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Convergência Regulatória e Cadeias Globais Ronaldo Fiani Instituto de Economia/UFRJ

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Convergência Regulatória

e Cadeias Globais

Ronaldo Fiani

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A Política de Modernização

Industrial no Pós-Guerra

A questão da modernização da

economia com o desenvolvimento da

indústria ganhou destaque a partir do

Pós-Guerra.

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A Política de Modernização

Industrial no Pós-Guerra

Naquele momento, a empresa moderna

tinha um modelo consolidado: ela era

fordista e verticalmente integrada.

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Industrial no Pós-Guerra

Por ser fordista, ela se caracterizava por

linhas de produção em massa, visando a

realizar todas as economias de escala

possíveis.

Contudo, a produção em grande escala

e a realização destas economais de

escala exigia um afluxo ininterrupto de

matérias-primas e peças para a

montagem.

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Industrial no Pós-Guerra

Para evitar que descontinuidades no

fornecimento destes insumos –

provocadas por conflitos com

fornecedores – prejudicassem a

realização de economias de escala, a

empresa fordista integrava verticalmente

etapas do processo produtivo que

fossem críticas.

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A política de desenvolvimento industrial

nos países menos desenvolvidos

privilegiou, coerentemente, empréstimos

a taxas de juros subsidiadas e proteção

tarifária.

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A partir dos anos 1980 esta política

passou a ser criticada pelo pensamento

conservador, por distorcer preços

importantes da economia (como a taxa

de juros subsidiada para investimento de

capital) e com isso promover a

ineficiência.

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Ao mesmo tempo, crises financeiras e

mudanças geopolíticas comprometeram

a capacidade dos governos dos países

em desenvolvimento de adotar políticas

custosas e que favorecessem

abertamente empresas nacionais.

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A palavra de ordem passou a ser a

abertura dos mercados e a adoção das

chamadas políticas horizontais (level

playing field).

A adoção desta política nos anos 1990

no Brasil levou a uma sistemática

redução na capacidade industrial do

país.

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Contudo, não faz sentido insistir no

modelo de desenvolvimento baseado na

empresa fordista verticalmente

integrada.

Desde o final do século XX a produção

vem acontecendo em cadeias globais

em vários setores importantes.

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Políticas de desenvolvimento industrial

devem, portanto, visar ao

reposicionamento do setor industrial em

questão nas cadeias produtivas globais,

e não à reprodução de todas as etapas

de uma cadeia em um único país.

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Este reposicionamento deve se dar no

sentido de galgar a escada tecnológica

rumo às atividades dos países

desenvolvidos, degrau a degrau.

Este movimento não inclui apenas

crédito a taxa de juros subsidiadas e

outras formas de proteção. É preciso

desenvolver competências nos elos

críticos da cadeia.

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Mas esta estratégia de galgar degraus

das etapas da cadeia produtiva no caso

dos produtos médicos, hospitalares e

odontológicos no Brasil esbarra em

algumas dificuldades importantes no

quadro atual.

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Falta um mapeamento das cadeias

globais do setor para orientar uma

estratégia de desenvolvimento

tecnológico da indústria:

1. Quais são as etapas críticas do ponto de

vista da agregação de valor?

2. Que empresas comandam estas etapas?

3. Onde elas estão localizadas?

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Deve-se favorecer a incorporação de

novas tecnologias, favorecendo

empresas nacionais inovadoras que

visem sempre à fronteira tecnológica

dos seus ramos de atuação e que

estejam voltadas para a competição

internacional.

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A política de margens de preferências

do Sistema Único de Saúde (SUS) deve

incorporar mais os produtos médicos,

hospitalares e odontológicos.

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Também deve ser coerente com uma

estratégia clara de desenvolvimento

tecnológico para as empresas do setor,

o que não parece existir.

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Industrial no Pós-Guerra

A participação da ANVISA no Fórum

Internacional de Reguladores de

Produtos para a Saúde (International

Medical Device Regulators Forum,

IMDRF) torna urgente a formulação de

uma estratégia regulatória para o

desenvolvimento tecnológico e a

competitividade internacional da

indústria brasileira.

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Esta estratégia também exige diálogo

entre empresas e agentes públicos no

setor, não apenas para eliminar entraves

burocráticos, minimizar o

desconhecimento dos agentes privados

sobre os trâmites necessários e agilizar

processos administrativos.

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Mas principalmente para esclarecer as

empresas nacionais sobre as diretrizes

de política para o setor e estabelecer

parcerias efetivas com os agentes

privados.

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RONALDO FIANI

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Muito Obrigado

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