Conversando sobre a Educação Permanente em saúde no Estado de São Paulo e nas Regiões...
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Conversando sobre a
Educação Permanente em
saúde no Estado de São
Paulo e nas Regiões...
Recordando...
Desde que foi criado, o SUS já provocou profundas
mudanças nas práticas de saúde do país.
Para que novas mudanças ocorram é preciso
haver também profundas transformações na
formação e no desenvolvimento dos
profissionais da área.
Só conseguiremos mudar realmente a
forma de cuidar, tratar e acompanhar
a saúde dos brasileiros se
conseguirmos mudar também os
modos de ENSINAR e APRENDER.
A população é o alvo central da
política de educação e
desenvolvimento dos
trabalhadores para o SUS.
Em 2003...
Ministério da Saúde
Formulação de Política Pública para
formação dos profissionais de saúde.
Além do Técnico Científico para aspectos
estruturantes das relações e das
práticas em todos os componentes de
interesse / relevância social
Ministério da saúde em 2003:
Atualização / desenvolvimento dos
profissionais sustentada nos princípios e
diretrizes do SUS e proposta para
implementar processos com capacidade de
impacto: - no ensino,
- na gestão setorial, - nas práticas de atenção e no controle social.
Em 2004 avanços...
A Política Nacional de Educação
Permanente em Saúde (PNEPS):
- Instituída pela Portaria 198 de
fevereiro de 2004.
- Estratégia do SUS para a formação e o
desenvolvimento de trabalhadores
para o setor.
Educação Permanente em saúde
- Uma proposta de ação
estratégica capaz de contribuir
para a necessária transformação
dos processos formativos, das
práticas pedagógicas e de saúde
e para a organização dos
serviços.
Educação Permanente em saúde
- A incorporação do trabalho como categoria estruturante de mudança das práticas.
- Situa o trabalho em saúde como foco de atenção da gestão e da estruturação dos
serviços, sintonizadas com as transformações do mundo do trabalho.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE:
- Empreende um trabalho articulado entre o
sistema de saúde, em suas esferas de gestão, e
as instituições formadoras, na identificação de
problemas cotidianos no processo de trabalho na
saúde e na construção de soluções.
- - A EPS considera o trabalho como seu eixo
estruturante, já que é nesse espaço onde estão
previstas as práticas a serem realizadas por cada
um e por todos os trabalhadores com uma
participação ativa em seu próprio processo de
aprendizagem.
Pode-se dizer que os processos baseados na
Educação Permanente em Saúde:
• Destinam-se a públicos multiprofissionais.
• Inserem-se de forma institucionalizada no
processo de trabalho.
• Possuem enfoque nos problemas cotidianos
das práticas das equipes de saúde.
Pode-se dizer que os processos baseados na
Educação Permanente em Saúde:
• Objetivam as transformações das práticas
técnicas e sociais.
• São contínuos.
• Utilizam-se de pedagogias centradas na
resolução de problemas, geralmente através de
supervisão dialogada, oficinas de trabalho,
realizadas, de preferência, no próprio ambiente
de trabalho.
EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE:
Envolve mudanças nas relações, nos
processos, nos atos de saúde e
principalmente nas pessoas.
São questões tecno/políticas e implicam a
articulação de ações para dentro e para
fora das instituições de saúde.
Educação Continuada... O que é?
ATIVIDADES DE ENSINO APÓS O CURSO DE
GRADUAÇÃO COM FINALIDADE DE
ATUALIZAÇÃO, AQUISIÇÕES DE NOVAS
INFORMAÇÕES E/OU DE DURAÇÃO
DEFINIDA, MAIS CENTRADA NO
DESENVOLVIMENTO DE GRUPOS
PROFISSIONAIS ESPECÍFICOS.
Educação Permanente em saúde... O que é?
O trabalho é destacado como eixo do
processo educativo, fonte de
conhecimento e objeto de
transformação.
Na saúde por exemplo, toma o processo
de trabalho como gerador e
configurador de processos educacionais
nos serviços.
Ed. Permanente: Ed. Continuada:
Multiprofissional Uniprofissional
Práticas Institucionalizadas Prática Autônoma
Problemas de Saúde Temas de
Especialidade
Transformação das práticas Atualização
Técnica
É contínua Esporádica
Centrada na resolução Pedagogia da
de problemas transmissão
PROCESSOS DE FORMAÇÃO / BASE CONCEITUAL DA E P
O Estudo fragmentado dos problemas de saúde leva à formação de especialistas que não conseguem lidar com realidades complexas. Profissionais que dominam tecnologias mas são incapazes de lidar com a subjetividade e a diversidade moral, social e cultural. E questões complexas como: a dificuldade de adesão a tratamentos, a autonomia no cuidado, a educação em saúde, o sofrimento e a dor, o enfrentamento das perdas e da morte...
PROCESSOS DE FORMAÇÃO / BASE CONCEITUAL DA E P
Propostas não podem mais ser construídas isoladamente ou de cima para baixo.
Devem fazer parte de uma grande estratégia, articuladas entre si e serem
criadas a partir da PROBLEMATIZAÇÃO das realidades locais.
PROCESSOS DE FORMAÇÃO / BASE CONCEITUAL DA E P
PROBLEMATIZAR
Significa refletir sobre determinadas situações,
questionando fatos, fenômenos e idéias,
compreendendo os processos e propondo soluções.
Deve levar os diferentes ATORES da saúde a
questionar sua maneira de agir, o trabalho em
equipe, a qualidade da atenção individual e coletiva
e a organização do sistema como rede única.
A Educação Permanente pode
então ser entendida como
aprendizagem – trabalho, ou seja,
ela acontece no cotidiano
das pessoas e organizações.
E P SE BASEIA NA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
A aprendizagem significativa acontece quando responde a uma pergunta nossa e/ou quando o conhecimento novo é construído a partir de
um diálogo com o que já sabíamos antes.
Na aprendizagem significativa acumulamos e renovamos experiências.
E P SE BASEIA NA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
O Educador e Estudante têm papéis diferentes
dos tradicionais. O professor não é mais a fonte dos conteúdos, mas um facilitador do processo ensino-aprendizagem, estimulando o aprendiz a ter postura crítica, reflexiva e ativa.
Deve estar voltada para a “construção de sentidos”, abrindo caminho para a transformação e não para a reprodução acrítica da realidade social.
E P SE BASEIA NA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
Isto é bem diferente da aprendizagem mecânica, na qual retemos conteúdos
sem um questionamento crítico e muitas vezes sem partir de nossas
experiências.
Ela é feita a partir dos problemas encontrados
na realidade e leva em consideração os
conhecimentos e as experiências que as
pessoas já têm.
Deve servir para preencher lacunas e
transformar as práticas profissionais e a
própria organização do trabalho.
O que as propostas / projetos de EP devem conter:
As necessidades de saúde que a proposta quer atender e as metodologias que serão utilizadas.
Mostrar as mudanças que poderão advir de sua execução para as ações e serviços de saúde, para a formação, a educação popular, a produção e disseminação de conhecimentos.
O que as propostas / projetos de EP devem conter:
Mostrar o número e a diversidade de atores, serviços e práticas incluídas na proposta.
Ser encaminhados em forma de projetos.
Alguns resultados alcançados:
- Estado de SP melhor experiência de trabalho do Brasil.
- Diferencial positivo parceria COSEMS/SP e CES.
- Maior aproximação entre as regiões de saúde e as Instituições de ensino locais e regionais.
- Maior visibilidade da problemática locoregional.
- Valorização e destaque a questões relacionadas a qualificação de RH para o SUS (municípios e
regiões).
Diagnóstico de situação:
- Muitos educadores e orientadores de serviços estão
desatualizados e precisam aprender novos modos de
ensinar.
- Necessidade de Integração Ensino-Serviço através da
educação Permanente.
Diagnóstico de situação:
- Grande maioria dos cursos formam profissionais distantes das necessidades de saúde da
população.
- Há regiões onde existem grande oferta de cursos de formação na
área da saúde, enquanto em outras, escassez.
Desafios para a Educação Permanente em saúde:
Educação e Trabalho (Formação e Produção de Processos e Práticas nos locais de serviço).
Mudança nas Práticas de Formação e nas Práticas de Saúde.
Articulação Ensino – Gestão – Atenção - Controle Social.
Garantir os avanços com o processo de trabalho desencadeado a partir dos Pólos de Educação
Permanente em Saúde (Rodas).
O que muda com a Portaria 1996?
▪ Maior protagonismo da Gestão: pacto pela
saúde / CG Regional
▪ Decisão e pactuação entre os gestores do
CGR.
▪ Descentralização do Recurso financeiro.
▪ Vinculação ações da EP em saúde aos Pactos e
respectivos Planos construídos no âmbito
municipal, regional ou estadual.
▪ Criação das Comissões de Integração Ensino /
Serviço.
Princípios da E P em Saúde como norteadores na construção dos Planos Regionais de E P em
Saúde e das ações educativas na saúde.
- A relação entre desenvolvimento organizacional e desenvolvimento individual.
- A capacidade pedagógica do trabalho.
- A formação para e no trabalho.
Princípios da E P em Saúde como norteadores na construção dos Planos Regionais de E P em Saúde e das ações educativas na
saúde.
- A necessidade de que as demandas não sejam
definidas somente a partir de uma lista de
necessidades individuais de atualização, da
capacidade de oferta das instituições de ensino,
nem das orientações dos níveis centrais, mas,
prioritariamente, desde a origem dos
problemas que acontecem no cotidiano do
trabalho referentes à atenção à saúde e à
organização do próprio trabalho.
• PAPEL DO COLEGIADO DE GESTÃO REGIONAL
● Possibilita o enfrentamento criativo dos
problemas e uma maior efetividade da ações
de saúde e Educação.
• Define as prioridades na área de Educação Permanente a partir da discussão dos problemas de saúde que podem ser superados com ações de E P através de educação em serviço, oficinas de trabalho, “capacitações” de curta duração, apoio e cooperação técnica (consultoria institucional) ou cursos regulares: de nível técnico ou de pós-graduação.
Desafios novos e antigos:
Manter / consolidar / motivar estratégias de trabalho conjunto para continuidade da
Política de Educação Permanente em saúde no Estado.
Ampliar integração / mobilização já alcançada nos processo de trabalho.
Construção dos Planos Regionais de EP
para recursos de 2008.
Desafios novos e antigos:
Potencializar o trabalho dos CGR(prioridades, responsabilidades,
parcerias).
“Construção” da visão macro regional – CIES.
Garantir o apoio da referencia técnica de EP da região aos CGR.
Desafios novos e antigos:
- Empoderamento dos atores locais de forma a
garantir a gestão participativa das decisões
e ações da educação na saúde.
- Maior foco nas reais questões locais e regionais, guardando suas especificidades
e necessidades regionais.
Desafios novos e antigos:
- Cada Região de Saúde deverá ter um
Plano Regional de E P em Saúde,
que deverá considerar as
Políticas Nacional, Estadual
e Municipais de Saúde no que
diz respeito à Educação na saúde
para acessar R$ 2008/2009.
Apoio às ações atuais:
- Documento Norteador.
- Interlocução de EP em saúde COSEMS/SP com os 64 CGR.
- Curso de Facilitadores em EP – agosto de 2008