CONVERSOR LD-ENGENHARIA

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ESTUDOS DOS AÇOS DIAGRAMA FERRO CARBONO AÇOS F. FUNDIDO EUTETÓIDE 0,8% C

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ESTUDOS DOS AÇOS

DIAGRAMA FERRO CARBONO

AÇOS F. FUNDIDO

EUTETÓIDE

0,8%C

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OBTENÇÃO DOS AÇOS

Aço é toda liga ferro-carbono, com teor de carbono variando de 0,008 a 2,0%, maleável e que apresenta em sua composição química elementos como o silício, manganês, fósforo e enxofre, resultante do processo de fabricação e em porcentagens pequenas.

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IntroduçãoIntrodução ACIARIA – é uma unidade dentro de uma usina siderúrgica com a função de produzir aços em forma de produtos semi-acabados (tarugos, lingotes, placas, etc...)

Nesta unidade da fábrica, a matéria prima é transformada em aço através de um processo metalúrgico envolvendo calor.

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PROCESSO LD - 78% Produção

FORNO ELÉTRICO - 20 %

OBTENÇÃO DOS AÇOS

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Fonte: Tendências tecnológicas da Siderurgia, Gerência Setorial de Mineração e Metalurgia, 1995.

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Vários trabalhos experimentais foram realizados na usina de Linz na Áustria durante a década de 40. A primeira corrida de 15 ton, foi realizada, pelo Professor Robert Durrer em outubro de 1949, os resultados foram tão satisfatórios, que em Dezembro de 1949 foi decidida a instalação de uma aciaria LD com conversores de 35 ton, iniciando sua operação em Dezembro de 1952, data que marca o nascimento do processo LD.

OBTENÇÃO DE AÇOS PELO PROCESSO LD

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O nome LD vem das iniciais “L” da cidade Austríaca Linz e “D” de Durrer, o Professor que desenvolveu o processo.

A primeira aciaria LD fora da Austria entrou em operação em agosto de 1954, no Canadá, e EUA. A primeira instalação no Brasil foi a Belgo Mineira em 1957, seguida da Companhia Siderúrgica Nacional, Cosipa, Usiminas, etc......

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todos estes fatores contribuíram para a rápida evolução do processo, que hoje é responsável por aproximadamente 72% da produção mundial de aço.

a grande produtividade;

custos mais baixos nas instalações em comparação com outras aciarias;

nenhum consumo de combustível;

consumo de refratários e mão de obra menor

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As vantagens do processo LD:

Rapidez da transformação do gusa em aço;

Reaproveitamento da sucata de recirculação (gerada dentro da própria usina) que corresponde a 23% do aço bruto;

Comparando com a aciaria S-M, o investimento inicial é da ordem de 40% e o custo operacional, 50% menor.

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PROCESSO LD

Transformar o ferro gusa Liquido (1350º C) em aço

ATRAVÉS DA OXIDAÇAO DO CARBONO

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Ferro gusa Aço

C -- (3,0 a 4,5%) 0,1 %

Temp = 1350ºC Temp = 1650 ºC

Mn = 0,4 % Mn = 1,0 % (adicionado)

Oxig = 0,005 Oxig = 0,20 % (absorve)

Fe = 94,5% Fe = 99,2%

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Conversor LD - combinado Esquema de limpeza dos gases

TUBOS DE SOPRO DE GÁS INERTE

COIFA COLETORA

DE GÁS

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O oxigênio pode ser introduzido no Conversor de duas formas:

Por cima – através de uma lança suspensa da boca do conversor;

Combinados - normalmente injetando oxigênio por cima através da lança e o gás inerte, pelo fundo do conversor, através de tubos, para agitar o banho. Os resultados seriam reações mais rápidas e completas, menor teor de FeO na escória, menor quantidade de inclosões, quando comparado com o LD convencional.

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Descrição do conversor

O conversor LD, é um recipiente de forma cilíndrica montado em munhões, capaz de girar completamente em torno de um eixo horizontal, a carcaça de aço tem a base de forma côncava, uma seção cilíndrica intermediária e uma seção cônica onde está o canal de vazamento que permite a separação do aço e da escória.

Uma coifa coletora de gás, refrigerada a água, é instalada exatamente acima da boca do conversor, na posição vertical

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Seqüência de operação

Carregamento de sucata;

Carregamento do gusa liquido;

Inicio do sopro de oxigênio e adição do fundente;

tomada de temperatura e composição;

Vazamento do aço – (adições);

Vazamento da escória.

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Seqüência de operação do conversor LD

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TEMPO DE CORRIDA = 40 min

Operação Tempo em min

Carga 8

Sopro de Oxigênio 18

Tomada de temperatura e comp. quimica

5

Vazamento do aço 6

Retirada da escória 3

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Matérias- primas

1. Gusa líquido

Constitui a parte predominante da carga metálica, +/- (70%) sendo o seu conteúdo térmico, em termos de composição química e temperatura responsável pela quase totalidade do fornecimento de calor ao processo.

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A composição típica de um ferro gusa utilizado como carga em um conversor é:

Composição Quantidade em %

C 3,0 a 4,5

Si 0,4 a 6,0

Mn 0,6 a 0,8

S Máx 0,05

P Máx 0,15

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A proporção de gusa líquido na carga do conversor depende:

De sua composição química e temperatura;

Da qualidade do aço a ser produzido;

Da qualidade da sucata utilizada no processo.

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O teor de enxofre tolerado nos aços é de no máximo de 0,05%.

Fe + S FeS (988ºC)

ou

Mn + S MnS (1600ºC)

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O MnS se solidifica em temperatura alta, próxima à de solidificação do próprio aço e, a temperatura em que se lamina o metal, esse composto é relativamente plástico, o que faz com que ele se deforme e se alongue no sentido em que o material é trabalhado. Sua presença no aço não é, por isso muito nociva.

Quando se forma o FeS, verifica-se que acima de 988ºC pode ocorrer a fusão do eutético Fe-FeS.

Se o aço for deformado acima desta temperatura, isto é se for laminado, irá se romper com surpreendente facilidade. É a fragilidade a quente.

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Aços com teores propositadamente alto de enxofre (0,1), a fim de facilitar a usinabilidade das peças, tem que possuir na sua composição química um teor de manganês elevado da ordem de 1,65% aproximadamente, para evitar a formação do FeS.

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O gusa líquido deve ser transportado para aciaria com o mínimo de perdas de calor. Este transporte é realizado pelo carro torpedo, que possibilita, a dessulfuração em instalação própria, através da injeção de CaC2 e gás inerte, submergido por uma lança.

Transporte do gusa líquido para a aciaria

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Dessulfuração do gusa em carro torpedo

3FeS + 2CaO + CaC2 3CaS + 2CO + 3Fe

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CARRO TORPEDO

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2. Sucata

A utilização de material refrigerante na carga do conversor “LD” é

imprescindível para o controle de temperatura do aço no final de sopro.

3. Cal

A adição de cal é então necessária para neutralizar os óxidos ácidos formados nas reações de oxidação que, de outra maneira, atacariam violentamente o revestimento básico do conversor e para obtenção de um índice de basicidade (CaO/SiO2) adequado, imprescindível a uma boa dessulfuração e desfosforação. O consumo da Cal é de aproximadamente

de 58 kg/ton aço.

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4. Fundente

A função mais importante do fundente é baixar o ponto de fusão da escória, outra função importante também é a sua influencia sobre a viscosidade da escória; a diminuição dessa viscosidade facilita a impregnação da cal pela escória.

A fluorita, constituída basicamente de fluoreto de cálcio (Ca F2), é utilizada

como fundente,

2 Ca F2 + Si O2 Ca O + SiF4

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5. Oxigênio

O processo LD utiliza oxigênio de elevada pureza. O valor mínimo aconselhável é de 99% de O2, sendo ideal valores na faixa de 99,7 a 99,8% com restante constituído de argônio e cerca de 50 ppm de Nitrogênio.

É importante a altura da lança em relação ao banho metálico. Lanças muito próximas do banho permitem que haja oxidação direta do ferro no banho, também o oposto faz aumentar em muito o teor de FeO na escória. Ambos os extremos resultam em menores rendimentos metálicos e enfatizam a importância do controle da altura da lança que deve ser de 0,8 a 1,0 m do banho.

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6. Ferro-ligas e desoxidantes

Os ferros-ligas e desoxidantes são materiais utilizados para acertos de composição química do aço na panela. É necessário e fundamental que os rendimentos das adições dos ferros-ligas sejam os mais elevados possíveis, e este rendimento depende de vários fatores, sendo os principais, a oxidação do banho e a quantidade de escória que cai na panela. Uma operação bastante eficiente é quando esta adição é feita na panela de vazamento com injeção de gás argônio sob pressão pelo fundo.

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ADIÇÕES DE FERROS LIGAS

INJEÇÃO DE GÁS INERTE

ADIÇÕES DE DESOXIDANTE

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1) Calcular a quantidade de ferro-manganês adicionado na panela para a fabricação de um aço SAE 1045. Partindo dos seguintes dados:

a) peso do metal na panela = 120 ton;b) teor de manganês no aço antes da adição = 0,3 %;c) rendimento do processo = 80 %;d) Teor de Mn na Fe-Mn = 65%;e) teor de manganês após a adição = 0,9 %

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Cassificação dos aço quanto ao teor de oxigênio

1. Efervescentes ------------- > 200 ppm de O2

2. Semi-acalmado ------------- 100 ppm < x < 200 ppm

3. Acalmado --------------------- < 100 ppm de O2

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1. Efervescente - são aqueles em que apresentam baixo teor de carbono (abaixo de 0,08%) e um teor de oxigênio acima de 200 p.p.m. São utilizados na fabricação de chapas onde não se exige um grau de deformação elevado;

2. Aços semi-acalmados são aqueles em que se procurou combinar as vantagens da boa superfície dos aços efervescentes, com a redução de segregação. Para tal, a efervescência foi interrompida, através da adição de alumínio. Devido a desoxidação aço apresenta um teor de oxigênio entre 100 e 200 p.p.m..São utilizados na fabricação de chapas grossas para a construção naval.

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3. Aços acalmados são aços totalmente desoxidados, apresentam teor de oxigênio abaixo de 100 p.p.m.

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2) Calcular a quantidade de alumínio que deverá ser utilizada para desoxidar 20 ton de um aço com 200 p.p.m de oxigênio para um aço com 90 ppm de oxigênio. Dados:

P.A O = 16 Al = 27

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3) Calcular a quantidade de ferro-silício, contendo 75% de Si, que deverá ser adicionado para desoxidar 80 ton. de um aço efervescente com 350 p.p.m. de oxigênio para um aço semi acalmado com 120 p.p.m. de oxigênio.

Dados: Si = 28 O = 16

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Exercício

1) Calcular a quantidade de ferro-silício, contendo 75% de Si, que deverá ser adicionado para desoxidar 80 ton. de um aço efervescente com 350 ppm de oxigênio para um aço semi acalmado com 120 ppm de oxigênio. Dados: Si = 28 O = 16

2) Determine a quantidade de alumínio que deverá ser utilizada para desoxidar 20 ton de um aço com 200 ppm para um aço com 80 ppm de oxigênio.

Dados: Al = 27 O = 16

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Seqüência de operação do conversor LD

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SOPRO DE OXIGÊNIO

REAÇÕES DO PROCESSO

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REAÇÕES DO PROCESSO

C + ½ O2 C O

2Fe + O2 2 FeO

Si + O2 SiO2

Mn + ½ O2 MnO

2P + 5/2 O2 P2O5

P2O5 + 3CaO P2O5 3 CaO

FeS + CaO CaS + FeO

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C + 1/2 O2 CO

Durante a primeira parte do sopro, a queda do carbono é muito lenta. Contudo, assim que o silício e o manganês desaparecem e a eliminação do fósforo tenha iniciado, a oxidação do carbono torna-se predominante

A redução do carbono prossegue a uma velocidade constante até que atinja níveis em torno de 0,1 a 0,15%. Nesta faixa, a velocidade de queda do carbono diminui, enquanto que o teor de oxigênio no banho e o teor de FeO da escória mostram rápidas elevações. Tal fato se explica por não ser a concentração de carbono no banho, próximo ao final da corrida, suficientemente alto para proteger o ferro de oxidação excessiva.

Por isto, aços fabricados em conversores LD de baixo carbono apresentam teores de oxigênio mais elevados, além de volume de FeO maior na escória

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1. Foi adicionado em um conversor LD, (100) ton de gusa com a seguinte composição:

C = 4,0 % P = 0,08 % Si = 0,6 % O2 = 0,004 %

Mn = 0,5 % Fe = 94,3 % O oxigênio utilizado no processo teve um rendimento de 85%, obtendo-seum aço com os teores: C = 0,10 % P = 0,02 % Si = 0,05 % O2 = 0,15 % Mn = 0,20 % Fe = 99,4 % Sabendo-se que 98 % do ferro carregado permanece no aço. Determine:1. o peso de aço , produzido por tonelada de ferro gusa;2. o volume de oxigênio utilizado por tonelada de gusa;3. Volume de gás obtido.

Dados: C = 12 ; O = 16; Si = 28 ; Mn = 55 ; P = 31; Fe = 56;