COPA | SEXTA-FEI RA, 13 DE JUNHO DE 2014 2014 · de jogar bola, mas sou uma ... que continuar...

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A8 | COPA | SEXTA-FEIRA, 13 DE JUNHO DE 2014 Folha de Alphaville C OPA 2014 Alphaville amanheceu ver- de amarelo. Logo pela manhã já se via pessoas com ao me- nos um detalhe das cores da bandeira brasileiras. Motoris- tas dos carros vestiam a cami- sa da seleção, no ônibus todos já estavam de verde e amarelo e não eram raras as buzinadas aos pedestres que caminha- vam com a o manto brasileiro. Depois do almoço as torci- das se dividiram entre as que foram curtir com a família e amigos em casa e os que fo- ram para os bares da região comemorar ao lado dos gar- çons com atendimento vip. O primeiro gol da Copa foi feito por Marcelo no gol da Croácia e desanimou a torcida, porém após alguns minutos Neymar jogou para a rede e desengas- gou o grito de gol do torcedor. Alphaville fica verde e amarelo em estreia de Mundial de futebol Torcida No segundo tempo um pênalti, chutes em direção ao gol e mais um gol ao fi- nal da partida levantaram a torcida nos bares da região. Durante a partida as ruas do bairro ficaram vazias no bairro e em silêncio, a exce- ção foi nos momentos de gol ou de nervosismo, em que a gritaria e os barulhos dos fogos de artifícios ecoaram pelas vias de Alphaville. Thais Kist assistia à par- tida no The Black Horse Pub e não disfarçou o nervosis- mo. Ao final do jogo, já com o título de campeão, Thais declarou seu amor pelo fu- tebol. “Eu jogava futebol em Porto Alegre e quando vim morar em São Paulo deixei de jogar bola, mas sou uma apaixonada pelo futebol.” A ex-jogadora comentou ainda quais foram os mo- mentos mais importantes. GOL. Quase no final da partida, Oscar balançou a rede e fez a torcida vibrar no The Black Horse “O gol do Neymar foi espe- tacular e o pior momento para mim foi a substituição do Huck, acho que não pre- cisava disso.” Entusiasmado, o enge- nheiro mecânico Ricardo Ser- sócio acredita que nada pre- cisa ser melhorado e que esta seleção tem futuro. “Acho que o melhor momento foi o gol de empate do Neymar, que foi decisivo para o jogo. Eu gostei bastante da partida. O Brasil suou a camisa e os meninos estão super empol- gados. Acho que o Brasil tem que continuar jogando com a mesma força de vontade, o mesmo coração e seguir em frente.” Agora é hora de esperar o próximo jogo na terça-fei- ra (17) contra o México. E a expectativa é que a seleção mantenha a alegria da po- pulação com mais gols. LENTIDÃO. Por volta das 14h desta quinta (12) quem seguia no final da avenida Alphaville e início da Yojiro Takaoka teve que reduzir a velocidade no retorno para casa, mas os motoristas puderam che- gar a tempo de ver o jogo FAMILIAR. Moradores do Residencial 12 aprovei- taram o telão instalado no salão de festas para assistir à abertura da Copa com a família. Clima era de euforia das crianças e união dos adultos TENSÃO. No HB Beer, no Centro de Apoio II, o clima era de tensão após o primeiro gol brasileiro. Tor- cida composta por adultos, em sua maio- ria, mostrava que queria mais do que um empate por 1 x 1 VOLTA PARA CASA TUMULTUADA NÃO ATRAPALHOU A COMEMORAÇÃO BRASILEIRA Acho que o Brasil tem que continuar jogando com a mesma força de vontade, o mesmo coração” Ricardo Sersócio Engenheiro mecânico O jogo de abertura da Copa do Mundo que aconteceu ontem, quinta-feira (12), foi também a estreia de Anna Be- atriz do Nascimento Noto nos campos. A moradora de Al- phaville, de apenas 6 anos, foi selecionada no programa So- nho de Craque do McDonald’s e entrou no Itaquerão ao lado do jogador Hulk, da seleção brasileira. O Sonho de Craque é um programa do McDonald’s que permite a meninos e meninas, com idade entre 6 e 10 anos, entrarem em campo com as seleções que disputarão a Copa do Mundo da Fifa desde 2002. Neste ano, 1.226 crianças brasileiras foram seleciona- das por meio de concurso na- cional, que teve como desafio enviar uma foto ou vídeo com o tema “Como você comemora um gol?”. O projeto também recebeu filhos de funcionários da rede, e 182 crianças vindas de 70 países diferentes. Anna Beatriz faz parte Moradora brilha em abertura da Copa Em campo Anna Beatriz pisou no gramado do Itaquerão ao lado do jogador Hulk, da seleção brasileira. Foi a 1ª vez da pequena em estádio Em janeiro, quando viajei para o Rio, colo- quei uma fitinha de São Jorge no tornoze- lo e fiz um pedido: de ser selecio- nada para a Copa ” Anna Beatriz Moradora de Alpha entrou com Hulk no jogo de estreia da Seleção dos 90 filhos de funcionários da empresa que venceram o concurso interno. A menina enviou um desenho que re- presentava o Mundial e foi selecionada. A família ficou sabendo do programa em ja- neiro, em fevereiro Anna en- viou o desenho e a resposta só chegou em abril. “Preferimos não criar expectativas para não sofrer, mas quando meu marido chegou com a notícia em casa, ficamos todos muito animados e emocionados”, conta Letícia Nascimento, a mãe orgulhosa. Letícia acompanhou a filha em todos os detalhes para o jogo: montou kits da Copa para amigos e familiares e levou a menina para fazer o cabelo e se preparar para a grande en- trada. “Estudei muito as Copas passadas e a Anna Beatriz já sabe quem são os jogadores e como se portar na hora do hino. Para o penteado, optei por algo que mostrasse bem o rosto dela”, diz. Já o pai, Ricar- do Noto, foi quem esteve por perto no começo da empreita- da, ajudando a pequena a trei- nar os desenhos e conversando com ela sobre a Copa. Anna Beatriz ainda não tinha entendido a dimensão do evento que participaria na última quarta-feira (11), mas já percebeu que se tratava de algo grande. “No Mackenzie [Tam- boré, escola em que estuda], EMOÇÃO. Com apenas 6 anos, Anna Beatriz estudou o hino e a Copa para entrar com a Seleção em campo todo mundo sabia que eu ia participar e passei de mesa em mesa meu desenho, para todos os alunos poderem ver”, conta. A preparação foi intensa e na quinta-feira a pequena co- meçou a maratona da Copa às 8h30 da manhã, quando se en- controu com as outras crian- ças que participariam do jogo. O dia foi cansativo, mas valeu a pena. Em seu grande momento, Anna Beatriz não deixou a desejar: cantou o hino nacional com a mão di- reita no coração e sentiu toda a emoção de pisar no palco de estreia do evento esportivo mais importante do ano. A família acompanhou de perto a entrada da menina e pode aproveitar o primeiro jogo do Mundial cheio de emoções. Anna não conseguiu ver todos os detalhes do jogo – o cansaço foi tanto, que a peque- na pegou no sono no segundo tempo da disputa –, mas fe- chou a noite realizada: fez sua parte, abriu com chave de ouro a partida que deu vitória ao Bra- sil com placar de 3 a 1 contra a equipe da Croácia. Anna Beatriz faz parte dos 90 filhos de funcionários selecionados 1.226 brasileiras 182 crianças vindas de 70 diferentes países participarão da Copa Ana Carolina Pereira repor [email protected] Isabel Raia [email protected] Fotos: Sandro Almeida / Folha de Alphaville

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A8 | COPA | SEXTA-FEI RA, 13 DE JUNHO DE 2014 Folha de Alphaville

COPA 2014

Alphaville amanheceu ver-de amarelo. Logo pela manhã já se via pessoas com ao me-nos um detalhe das cores da bandeira brasileiras. Motoris-tas dos carros vestiam a cami-sa da seleção, no ônibus todos já estavam de verde e amarelo e não eram raras as buzinadas aos pedestres que caminha-vam com a o manto brasileiro.

Depois do almoço as torci-das se dividiram entre as que foram curtir com a família e amigos em casa e os que fo-ram para os bares da região comemorar ao lado dos gar-çons com atendimento vip. O primeiro gol da Copa foi feito por Marcelo no gol da Croácia e desanimou a torcida, porém após alguns minutos Neymar jogou para a rede e desengas-gou o grito de gol do torcedor.

Alphaville fi ca verde e amarelo em estreia de Mundial de futebol

Torcida

No segundo tempo um pênalti, chutes em direção ao gol e mais um gol ao fi-nal da partida levantaram a torcida nos bares da região.

Durante a partida as ruas do bairro ficaram vazias no bairro e em silêncio, a exce-ção foi nos momentos de gol ou de nervosismo, em que a gritaria e os barulhos dos fogos de artifícios ecoaram pelas vias de Alphaville.

Thais Kist assistia à par-tida no The Black Horse Pub e não disfarçou o nervosis-mo. Ao final do jogo, já com o título de campeão, Thais declarou seu amor pelo fu-tebol. “Eu jogava futebol em Porto Alegre e quando vim morar em São Paulo deixei de jogar bola, mas sou uma apaixonada pelo futebol.”

A ex-jogadora comentou ainda quais foram os mo-mentos mais importantes.

GOL. Quase no fi nal da partida, Oscar balançou a rede e fez a torcida vibrar no The Black Horse

“O gol do Neymar foi espe-tacular e o pior momento para mim foi a substituição do Huck, acho que não pre-cisava disso.”

Entusiasmado, o enge-nheiro mecânico Ricardo Ser-sócio acredita que nada pre-cisa ser melhorado e que esta seleção tem futuro. “Acho que o melhor momento foi o gol de empate do Neymar, que foi decisivo para o jogo. Eu gostei bastante da partida. O Brasil suou a camisa e os meninos estão super empol-gados. Acho que o Brasil tem que continuar jogando com a mesma força de vontade, o mesmo coração e seguir em frente.”

Agora é hora de esperar o próximo jogo na terça-fei-ra (17) contra o México. E a expectativa é que a seleção mantenha a alegria da po-pulação com mais gols.

LENTIDÃO. Por volta das 14h desta quinta (12) quem seguia no fi nal da avenida Alphaville e início da Yojiro Takaoka teve que reduzir a velocidade no retorno para casa, mas os motoristaspuderam che-gar a tempo de ver o jogo

FAMILIAR. Moradores do Residencial 12 aprovei-taram o telão instalado no salão de festas para assistir à abertura da Copa com a família. Clima era de euforia das crianças e união dos adultos

TENSÃO. No HB Beer, no Centro de Apoio II, o clima era de tensão após o primeiro gol brasileiro. Tor-cida composta por adultos, em sua maio-ria, mostrava que queria mais do que um empate por 1 x 1

VOLTA PARA CASA TUMULTUADA NÃO ATRAPALHOU A COMEMORAÇÃO BRASILEIRA

Acho que o Brasil tem que continuar jogando com a mesma força de vontade, o mesmo coração” Ricardo Sersócio Engenheiro mecânico

O jogo de abertura da Copa do Mundo que aconteceu

ontem, quinta-feira (12), foi também a estreia de Anna Be-atriz do Nascimento Noto nos campos. A moradora de Al-phaville, de apenas 6 anos, foi selecionada no programa So-nho de Craque do McDonald’s e entrou no Itaquerão ao lado do jogador Hulk, da seleção brasileira.

O Sonho de Craque é um programa do McDonald’s que permite a meninos e meninas,

com idade entre 6 e 10 anos, entrarem em campo com as seleções que disputarão a Copa do Mundo da Fifa desde 2002. Neste ano, 1.226 crianças brasileiras foram seleciona-das por meio de concurso na-cional, que teve como desafi o enviar uma foto ou vídeo com o tema “Como você comemora um gol?”. O projeto também recebeu fi lhos de funcionários da rede, e 182 crianças vindas de 70 países diferentes.

Anna Beatriz faz parte

Moradora brilha em abertura da CopaEm campo Anna Beatriz pisou no gramado do Itaquerão ao lado do jogador Hulk, da seleção brasileira. Foi a 1ª vez da pequena em estádio

Em janeiro, quando viajei para o Rio, colo-quei uma fi tinha de São Jorge no tornoze-lo e fi z um pedido: de ser selecio-nada para a Copa ”

Anna BeatrizMoradora de Alpha entrou com Hulk no jogo de estreia da Seleção

dos 90 fi lhos de funcionários da empresa que venceram o concurso interno. A menina enviou um desenho que re-presentava o Mundial e foi selecionada. A família fi cou sabendo do programa em ja-neiro, em fevereiro Anna en-viou o desenho e a resposta só chegou em abril. “Preferimos não criar expectativas para não sofrer, mas quando meu marido chegou com a notícia em casa, fi camos todos muito animados e emocionados”, conta Letícia Nascimento, a mãe orgulhosa.

Letícia acompanhou a fi lha em todos os detalhes para o jogo: montou kits da Copa para amigos e familiares e levou a menina para fazer o cabelo e se preparar para a grande en-trada. “Estudei muito as Copas passadas e a Anna Beatriz já sabe quem são os jogadores e como se portar na hora do hino. Para o penteado, optei por algo que mostrasse bem o rosto dela”, diz. Já o pai, Ricar-do Noto, foi quem esteve por perto no começo da empreita-da, ajudando a pequena a trei-nar os desenhos e conversando com ela sobre a Copa.

Anna Beatriz ainda não tinha entendido a dimensão do evento que participaria na última quarta-feira (11), mas já percebeu que se tratava de algo grande. “No Mackenzie [Tam-boré, escola em que estuda],

EMOÇÃO. Com apenas 6 anos, Anna Beatriz estudou o hino e a Copa para entrar com a Seleção em campo

todo mundo sabia que eu ia participar e passei de mesa em mesa meu desenho, para todos os alunos poderem ver”, conta.

A preparação foi intensa e na quinta-feira a pequena co-meçou a maratona da Copa às 8h30 da manhã, quando se en-controu com as outras crian-ças que participariam do jogo.

O dia foi cansativo, mas valeu a pena. Em seu grande momento, Anna Beatriz não deixou a desejar: cantou o hino nacional com a mão di-reita no coração e sentiu toda a emoção de pisar no palco de estreia do evento esportivo mais importante do ano.

A família acompanhou de perto a entrada da menina e pode aproveitar o primeiro jogo do Mundial cheio de emoções.

Anna não conseguiu ver todos os detalhes do jogo – o cansaço foi tanto, que a peque-na pegou no sono no segundo tempo da disputa –, mas fe-chou a noite realizada: fez sua parte, abriu com chave de ouro a partida que deu vitória ao Bra-sil com placar de 3 a 1 contra a equipe da Croácia.

Anna Beatriz faz parte dos 90 fi lhos de funcionários selecionados

1.226 brasileiras 182 crianças vindas de 70 diferentes países participarão da Copa

Ana Carolina [email protected]

Isabel [email protected]

Fotos: Sandro Almeida / Folha de Alphaville