Cópia de Manual Do Coroinha Completo

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Manual completo para a formação de coroinhas.

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    1.O Coroinha

    Menino ou rapaz que, nas igrejas, exerce o papel de aclito nas

    funes litrgicas. Menino do altar. Ajuda a missa. Aclito, na igreja

    catlica, o ministro que acompanha e serve o celebrante de atos

    litrgicos. O Documento Litrgico Ordines 34 e 35 descreve a ordenao

    de aclitos. No sculo IV, sua funo era levar a eucaristia aos ausentes e

    apresentar aos sacerdotes o Sancta na ocasio da frao do po. Somente

    pode exercer o acolitato o leigo homem com idade e qualidade

    estabelecidas pela Conferncia dos Bispos (CIC, 230, 1).

    O aclito institudo para servir ao altar e auxiliar o sacerdote e o dicono. Compete-lhe principalmente preparar o altar e os vasos

    sagrados, bem como distribuir aos fiis a Eucaristia, da qual Ministro

    Extraordinrio da Comunho (Instruo Geral sobre o Missal Romano IGMR, 65). Trata se do aclito como Ministrio Concedido.

    O coroinha ajuda a missa, sem precisar desses requisitos. quase

    sempre um menino ou um jovem que tem como funo auxiliar o

    sacerdote na celebrao da Santa Missa e dos demais Atos Litrgicos,

    como casamentos, batizados etc.

    O servio do coroinha

    Quando Jesus fundou sua Igreja, quis instituir diversos

    Ministrios ou Servios para a Comunidade. Na Igreja, todos recebem

    uma vocao, um chamado. Alguns so chamados a servir como

    coroinhas.

    O Diretrio para a Missa com Crianas tem a preocupao de

    formar as crianas para que celebrem a Eucaristia com alegria e

    desembarao, sugerindo que se procure fazer com que elas sejam

    atuantes, ativas, conferindo-lhes diversos ofcios e tarefas. Dessa forma

    os coroinhas tm a oportunidade de iniciar e realizar sua caminhada de

    Igreja, ao encontro do Senhor. A eles possibilita-se que aceitem essa

    tarefa, importante para a comunidade. O coroinha no um enfeite, mas

    algum que, servindo o altar, est fazendo crescer a comunidade.

    Juntos, os coroinhas formam um grupo no qual podero encontrar

    unio, compreenso, confiana e estima, coisas de que tanto precisam. O

    proco dever, dentro do possvel, acompanhar cada um deles em sua

    realidade pessoal, tomando o devido cuidado para que no venham a cair

    no oba-oba, pois ser coroinha exige responsabilidade, para que

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    assumam, todos juntos e cada um em particular, com amor, este servio a

    Cristo e sua Igreja.

    Nos encontros dominicais ou em qualquer outro dia da semana,

    tero eles a oportunidade de refletir sobre a Palavra de Deus previamente

    escolhida.

    Tomamos por princpio o que diz a Instruo Geral sobre o Missal

    Romano - IGMR, 70: Todas as funes inferiores s do dicono podero ser exercidas por leigos do sexo masculino, mesmo que no tenham sido

    institudas para isso (...). As prescries litrgicas so adaptadas nossa realidade, de acordo com os documentos da Igreja.

    Quem dirige um grupo de coroinhas deve orient-los e participar

    junto com eles, pois o dirigente, como lder, est para servir e no para

    dominar ou impor.

    O Diretrio para a Missa com Crianas ainda sugere que se

    procure fazer cursos de preparao para os participantes: comentadores,

    leitores, recepcionistas, os que levam as ofertas, os que participam do

    lavabo, entre outras atividades.

    Na celebrao cada um deve fazer a sua parte

    Na assemblia reunida para a missa, cada um tem o direito e o dever de contribuir com sua participao, de modo diferente segundo a

    diversidade de funo e de ofcio. Por isso todos, ministros e fiis, no

    desempenho de sua funo, faam tudo e s aquilo que lhes compete, de

    tal sorte que, pela prpria organizao da celebrao, a igreja aparea tal

    como constituda em suas diversas funes e ministrios (IGMR, 58). importante saber qual o papel do coroinha nesta ou naquela

    celebrao, para que ele no faa aquilo que no lhe compete, ocupando

    o lugar de outro ministro.

    O Conclio Vaticano II, em sua constituio Sacro Sanctum

    Concilium n.29, diz: Tambm os ajudantes, leitores, comentadores e componentes da Schola Cantorum desempenham um verdadeiro ministrio litrgico. Portanto, cumpram sua funo com aquela piedade e

    ordem que convm a to grande ministrio e com razo deles exige o

    povo de Deus. Por isso, necessrio que, de acordo com as condies de

    cada qual,sejam cuidadosamente imbudos do esprito litrgico e

    preparados para executar as partes, perfeita e ordenadamente.

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    Como preparar os coroinhas na Parquia?

    Um cursinho preparatrio que ensine higiene, boas maneiras, o

    modo de preparar o ambiente para celebrao, os diversos nomes dos

    objetos litrgicos, a paramentao, as diversas cerimnias da Missa e as

    respostas ao dilogo do celebrante.

    O que se espera / exige de um Coroinha?

    Chegando ao Templo

    Ao chegar ao templo, o coroinha deve dirigir-se Capela do

    Santssimo Sacramento ou ao altar em que o sacrrio contenha Jesus

    Sacramentado. A, deve fazer uma genuflexo e permanecer em orao

    por alguns instantes, numa conversa com Jesus Cristo. S ento ele

    dever dirigir-se sacristia, para iniciar as atividades de arrumao do

    altar para a celebrao.

    Do coroinha exige-se piedade, postura, respeito para com os ministrios,

    respeito para com o sacerdote, respeito e ateno para com os fiis da

    assemblia, respeito para com o templo (desde cedo ele deve se

    acostumar a tratar santamente o lugar sagrado).

    H parquias que possuem um corpo de coroinhas bem preparados e se

    faz uma escala para o servio do altar. Noutras, alguns meninos aparecem

    e ajudam, sem maiores exigncias.

    Na catequese, surgem sempre alguns meninos que demonstram ao padre

    seu desejo de ser coroinhas. Compete ao proco, ou a quem lhe faa s

    vezes nesta rea, escolher aqueles que devero preparar-se para o ofcio

    de coroinha.

    H uma veste apropriada para o coroinha?

    Este aspecto deve ficar sempre a critrio do proco, isto , do

    padre responsvel pela parquia. Ele pode exigir que o coroinha tenha

    uma veste litrgica, que deve usada durante as celebraes. Esta veste

    pode ser a tradicional batina vermelha com sobrepeliz branca, uma tnica

    branca com capuz, uma batina de cor do paramento do padre ou um

    bluso que tenha o smbolo litrgico. O coroinha pode usar sua prpria

    roupa, mas sempre bom ter uma veste apropriada para o culto divino.

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    O Cdigo de Direito Cannico fala das vestes usadas pelos

    aclitos nas celebraes, mas se refere somente aos aclitos que

    receberam o ministrio. Todavia, opcionalmente, os coroinhas podero

    usar, de acordo com o costume do proco, uma tnica branca com um

    cordo branco ou da cor litrgica do dia, a tradicional batina vermelha

    com uma sobrepeliz branca ou ento uma roupa decente.

    O que o coroinha deve conhecer?

    1 a santa missa, com todas as suas partes;

    2 os lugares na igreja;

    3 os livros sagrados;

    4 os utenslios utilizados na celebrao;

    5 as vestes litrgicas (os paramentos).

    O padroeiro dos coroinhas, Aclitos e Ministros Extraordinrios da Sagrada Comunho.

    O santo padroeiro dos coroinhas So Tarcsio. Ele um mrtir

    da histria da Igreja dos primeiros sculos, tendo vivido a perseguio de

    Valeriano por volta do ano 258 da era crist. Tarcsio era aclito, isto ,

    um coroinha que servia ao altar da igreja nas tarefas secundrias,

    acompanhando o prprio Papa na celebrao eucarstica.

    Durante a terrvel perseguio de Valeriano, muitos cristos

    foram presos, processados e condenados morte. Nas tristes prises,

    espera do martrio, os cristos desejavam ardentemente poder fortalecer-

    se com Cristo Eucarstico chamado vitico, que quer dizer conforto para

    a viagem rumo eternidade. Era muito difcil conseguir entrar nas

    cadeias para levar o conforto da Eucaristia aos cristos presos. Dois

    diconos Felicssimo e Agapito disfarados cumpriam este piedoso ofcio e foram reconhecidos cristos e condenados morte. s vsperas

    de numerosas execues de mrtires, o Papa Sixto II no sabia como

    levar o Po dos Fortes quelas hericas testemunhas de Cristo que

    estavam na cadeia.

    Foi ento que Tarcsio, com cerca de 12 anos de idade, ofereceu-

    se dizendo pronto para essa piedosa tarefa. Diante das objees

    relacionadas sua tenra idade, ao grave perigo de morte, Tarcsio

    rebateu-as com a convico de que a pouca idade at poderia favorecer

    sua entrada nas prises, passando despercebido, como se fosse um

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    parente prximo de algum condenado ao martrio. Com relao ao

    perigo, Tarcsio afirmou que se sentia forte, disposto antes a morrer que a

    entregar as sagradas hstias aos pagos.

    Comovido por essa coragem, o Papa entregou numa caixinha de

    prata as Hstias que deviam ser distribudas como vitico aos prximos

    mrtires. Mas, passando Tarcsio pela Via pia, a grande estrada ao lado

    da qual se encontram as catacumbas, alguns rapazes notaram sua estranha

    compostura e comearam a indagar o que trazia, j suspeitando de algum

    segredo dos cristos. Ele, porm, julgando ser coisa indigna entregar, no

    dizer do Evangelho, prolas aos porcos, negou-se terminantemente a

    faz-lo. Foi ento por eles batido e depois apedrejado. Aps a sua morte

    revistaram-lhe o corpo, nada achando do Sacramento de Cristo.

    Seu corpo foi recolhido por um soldado ocultamente cristo de

    nome Quadrado, que o levou s catacumbas, onde recebeu honorfica

    sepultura.

    Conservam-se ainda nas catacumbas de So Calixto inscries e

    restos arqueolgicos que atestam a venerao que Tarcsio granjeou na

    igreja Romana.

    Tarcsio foi declarado padroeiro dos coroinhas ou aclitos que

    servem ao altar. Sua festa celebrada no dia 15 de agosto.

    2.Liturgia

    Liturgia , antes de tudo, AO. Ao supe movimento. A

    liturgia se expressa mediante palavras e gestos. Por isso, dizemos que a

    liturgia feita de sinais sensveis, ou seja, sinais que chegam aos nossos

    sentidos (tato, paladar, olfato, viso e audio).

    Antigamente, fora do campo religioso, liturgia queria dizer ao do povo.

    A Igreja passou a aplicar este termo para indicar ao do povo reunido

    para expressar sua f em Deus.

    O que celebrar?

    Celebrar tem vrios significados: festejar em massa, solenizar,

    honrar, exaltar, cercar de cuidado e de estima.

    O ser humano naturalmente celebrativo. As pessoas facilmente

    se renem para celebrar aniversrios, vitrias esportivas, formaturas,

    batizados, casamentos, funerais etc.

    O ato de celebrar implica alguns elementos importantes:

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    1. Celebrar um ato pblico (reunio de pessoas). No tem sentido uma

    pessoa celebrar o prprio aniversrio sozinha, fechada num quarto!

    2. Celebrar supe que haja momentos especiais. Momentos privilegiados.

    No se celebra a toda hora.

    3. Celebrar requer motivao. Os motivos podem ser os mais variados,

    como nascimento de um beb na famlia, dia da ptria, dia das mes etc.

    4. Celebrar depende de ritos. O que so ritos? So gestos que se repetem.

    Por exemplo, nos aniversrios, quais so os atos que se repetem? O

    convite, a chegada dos amigos, o bolo geralmente enfeitado, as velinhas,

    o canto do parabns, os comes-e-bebes... So atos prprios da festa de

    aniversrio. Por isso no se confunde com uma festa de casamento, que

    por sua vez composta de outros atos...

    5. Celebrar supe espao. Um lugar onde as pessoas se renem.

    6. Celebrar requer tempo. necessrio que haja hora marcada, a fim de

    que os participantes se orientem. A celebrao tambm tem uma durao

    (uma hora, o dia todo, uma semana... dependendo do que se trata).

    Todos esses dados, a saber: ato pblico, momentos especiais, motivao,

    ritos, espao e tempo se aplicam a todo tipo de celebrao.

    Celebraes Litrgicas

    O que so celebraes litrgicas? So encontros de Deus com seu

    povo reunido. Esses encontros se realizam mediante algumas condies

    que chamamos elementos constitutivos da celebrao litrgica.

    Os principais elementos que constituem uma celebrao litrgica

    so os seguintes:

    1. Assemblia: so pessoas batizadas que se renem para celebrar.

    2. Ministros: h os ministros ordenados - bispos, padres, diconos - e os

    ministros institudos leitores e aclitos. H numerosos outros ministros

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    no ordenados nem institudos: ministro extraordinrio para a

    distribuio da eucaristia, ministro da Palavra, ministro do batismo... e

    ministros para os vrios servios da celebrao litrgica.

    3. Proclamao da Palavra de Deus. Leitura de um trecho da Bblia,

    escolhido para a celebrao.

    4. Palavra da Igreja: explicao da palavra proclamada, homilia,

    oraes.

    5. Aes simblicas: ritos e smbolos mediante os quais os fiis entram

    em comunho com Deus.

    6. Canto: indispensvel na celebrao, o canto expressa a harmonia dos

    cristos, unidos pela mesma f.

    7. Espao: local da celebrao, mas significa tambm ocasio para se

    reforar os laos de fraternidade; momento da organizao e luta por

    melhores condies de vida, e ambiente da festa humana.

    8. Tempo: a sucesso das horas do dia e da noite, mas tambm o

    instante de graa de Deus; so momentos em que Deus, desde toda a

    eternidade, vai realizando seu plano de salvao na histria humana.

    O Culto

    O que Culto?

    justamente o conjunto de atos e

    atitudes espirituais que

    manifestam respeito, honra,

    venerao e adorao a Deus,

    como por exemplo, a missa e a

    orao.

    Todas as religies tm seu culto,

    seu modo de glorificar Deus. H

    religies, como a dos antigos

    indgenas brasileiros, em que a

    orao era feita com danas e

    outros rituais. Os muulmanos,

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    ao rezar, ajoelham-se e encostam a cabea no cho. Os hindus do muitas

    voltas em tomo de seus templos...

    Para ns, cristos, a liturgia a maneira de glorificar Deus e seu

    filho, Jesus Cristo, por meio das celebraes e oraes que realizamos na

    igreja.

    No se deve, porm, ir missa ou rezar a Deus apenas para obter

    favores, pedir solues para nossos problemas, milagres, bnos, mas

    principalmente para manifestar nosso amor por Deus e agradecer-lhe

    todas as coisas que dele recebemos.

    Para compreender bem isso, preciso esclarecer o seguinte: a

    liturgia no foi criada por ns para conseguir milagres de Deus; ao

    contrrio, a liturgia uma ao de Deus, para que os seres humanos

    recebam, por meio de seus sinais, a graa divina, alcanando a salvao

    pela f.

    Outro aspecto muito importante do culto foi tambm destacado

    pelos antigos profetas, por Jesus e, depois dele, por so Paulo: no

    adianta ir sempre igreja, prestar culto a Deus, parecer muito bom e srio

    aos outros e depois agir mal, ser egosta, injusto...

    A liturgia, o culto, o ato de rezar ou de ir missa no devem,

    portanto, ser aparentes. O culto cristo deve ser realizado com o corao,

    com a vontade de querer servir a Deus, com o prazer em visit-lo em sua casa, com o desejo de ajudar os outros, de agir comi honestidade e justia. Deus quer que o visitemos na igreja e que lhe prestemos

    homenagens de modo sincero e verdadeiro.

    Voc pode avaliar agora como importante ser coroinha, pois

    estar participando mais de perto de um dom de Deus, que guia nossa

    vida para o bem.

    2.1.Espao Celebrativo e

    Objetos Sagrados

    Espao Celebrativo

    O altar e sua importncia: todas

    as religies tiveram um local

    especfico onde se ofereciam

    sacrifcios. O altar o centro do

    culto sacrifical e sinal da presena

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    divina entre os homens. No Antigo Testamento se verifica que patriarcas

    e reis levantaram altares para agradecer a Deus e celebrar a sua presena

    entre o povo: No ergueu um altar aps o dilvio (cf. Gn 8,20); Abrao

    ergueu um altar no lugar em que Deus apareceu para ele (cf. Gn 12,7);

    Jac construiu um altar em Betel (cf. Gn 31,1); Moiss, em

    agradecimento, levantou um altar e lhe deu o nome de "O Senhor meu

    estandarte" (cf. Ex 17,15); Gedeo chamou o seu altar de "O Senhor

    Paz" (cf. Jz 6,24); Salomo fez um altar de bronze com dez metros de

    comprimento, dez de largura e cinco de altura (cf. 2Cr 4,1).

    Todos esses exemplos foram apenas figuras, uma antecipao da

    novidade que Cristo veio trazer ao mundo. Cristo d sentido ao culto

    antigo e pe fim a ele. No Novo Testamento, Cristo o nico altar (cf.

    Hb 13,10). Os nossos altares de pedra ou de madeira so apenas imagens

    dele. "O altar Cristo", afirma o Pontifical Romano da Igreja.

    O coroinha dever compreender o porqu de no se colocar nada

    sobre o altar, alm do estritamente prescrito: o Missal e o Clice da

    celebrao.

    Os castiais e as flores no devero ficar sobre a mesa do altar, assim

    como papis, objetos etc., mesmo fora dos horrios de celebrao.

    Ambo e estante (mesa da palavra): Ambo

    um local fixo onde se anuncia a Palavra de Deus.

    Difere da estante apenas porque ela mvel,

    enquanto ele fixo e muitas vezes adornado,

    para expressar a solenidade com que se deve

    proclamar a Palavra de Deus. O ambo

    normalmente se encontra numa das laterais do

    altar, no presbitrio, e pode servir de mesa da

    palavra, de onde se preside toda a liturgia da

    palavra.

    Credncia: mesinha onde se colocam os objetos

    litrgicos que sero utilizados na celebrao.

    Presbitrio: espao ao redor do altar, geralmente

    um pouco elevado, onde se realizam os ritos

    sagrados.

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    Nave: espao reservado aos fiis.

    Plpito: nas igrejas mais antigas, lugar de

    onde o sacerdote dirige a pregao.

    Sacristia: sala anexa igreja onde se

    guardam as vestes dos ministros e os

    objetos destinados s celebraes;

    tambm o lugar onde os ministros se

    paramentam.

    Batistrio: lugar reservado para a

    celebrao do batismo. Em substituio ao

    verdadeiro batistrio, usa-se a pia batismal.

    Objetos Sagrados

    Sacrrio ou tabernculo: o Sacrrio uma pequena

    caixa de metal, madeira

    ou pedra, um cofre

    precioso, semelhante a

    uma casa, tenda ou

    barraca de campanha,

    localizado geralmente na

    capela do Santssimo

    Sacramento ou atrs do

    altar de celebrao da

    missa. Nele guardada a

    sagrada reserva, isto , as

    partculas consagradas para a comunho dos doentes e para a visitao

    dos fiis.

    Ele deve ser forrado, na parte inferior interna, por um corporal, e sobre ele deve-se colocar o cibrio que contm as partculas consagradas.

    Costuma-se cobri-lo com um vu chamado conopeu, que lembra a cortina

    que cobria a Arca da Aliana no tabernculo dos hebreus, no deserto.

    Uma luz sempre acesa deve permanecer perto dele para indicar a

    presena de Jesus sob as espcies do po consagrado. Quando se passa

    diante do sacrrio deve-se fazer uma genuflexo, isto , dobrar o joelho

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    direito at o cho, em sinal de adorao e de profundo respeito.

    2.2. Utenslios usados para a celebrao Objetos Litrgicos

    Principais Alfaias Litrgicas

    Vasos Eucarsticos

    Clice: vaso em forma de taa, no qual se

    coloca o vinho que ser consagrado na

    missa. Deve ser de metal dourado ou ter o

    interior de sua copa dourado. um dos

    objetos considerados mais sagrados, por

    destinar-se a receber o sangue divino de

    Jesus Cristo no santo sacrifcio da missa,

    sob a espcie de vinho.

    Patena: um pratinho ou disco

    redondo de metal todo de ouro ou dourado nas na face cncava, na qual,

    durante a missa, o sacerdote coloca a hstia - o po que vai ser

    consagrado. A patena serve tambm para recolher os fragmentos da

    hstia consagrada que podem ter ficado sobre o corporal aps a

    comunho do sacerdote. bom lembrar que a missa um banquete;

    portanto, so necessrios prato e copo (patena e clice) para a refeio.

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    Observao: existe uma patena que utilizada pelo coroinha durante a distribuio

    da sagrada comunho eucarstica. Utilizando-a ele impede que a sagrada partcula

    v ao cho e tambm recolhe os fragmentos. Esta patena diferente da patena que

    acompanha o clice.

    mbula - A palavra mbula refere-se primeiramente a pequenos vasos ou tubos de cobre, ou de argila, ou a

    pequenos frascos de

    vidro onde se guardam

    os trs santos leos (o

    dos enfermos, dos

    catecmenos e do

    crisma). Por extenso

    ou analogia, d-se

    tambm o nome de

    mbula ao vaso sagrado onde se guardam as hstias

    consagradas, mas melhor denomin-lo

    de Pxide ou Cibrio. Ele um clice de

    metal precioso, com tampa, que contm

    as hstias a serem consagradas e as

    conserva

    dentro do

    sacrrio,

    quando

    consagradas.

    Ostensrio -

    Estojo

    redondo, dourado ou prateado, quase sempre

    artisticamente emoldurado, com um pedestal

    e suporte, que tem a funo de porta-hstia.

    Serve para expor o Santssimo Sacramento (a

    hstia consagrada) no altar e para conduzi-lo

    em procisso pelas ruas. Na bno solene, os

    ministros ordenados (e somente eles) traam,

    com o ostensrio, o sinal-da-cruz sobre os

    fiis.

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    Teca - Pequeno estojo redondo, ou

    caixinha dourada ou prateada,

    usado para levar a comunho s

    pessoas doentes ou idosas.

    Outras alfaias utilizadas na celebrao

    Pala - Carto quadrado, forrado de

    linho, utilizado para cobrir o clice

    que contm o precioso sangue de

    Jesus, protegendo-o de insetos,

    poeira etc.

    Corporal - Toalhinha

    quadrada, branca, de linho,

    sobre a qual so colocados o

    clice e a patena com a matria

    da consagrao. Quando a

    hstia e o vinho esto

    consagrados, o clice e a patena

    devem ficar sobre o corporal,

    assim como a mbula, que

    contm as partculas

    consagradas. Sempre que se vai

    levar a comunho aos doentes, estende-se tambm o corporal sobre uma

    mesinha, a fim de colocar a sagrada pxide com a sagrada partcula sobre

    ele.

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    Sanguinho ou sanguneo - Pequeno

    leno branco, ou uma toalhinha, que

    o sacerdote utiliza para enxugar os

    lbios, os dedos e tambm o clice,

    aps a comunho eucarstica.

    Lavabo - Conjunto de jarro, bacia e

    toalha. O padre o utiliza para lavar as

    mos e enxug-las depois de receber as

    oferendas. Os ministros da Eucaristia

    devero purificar os dedos, distribuio

    da comunho, lavando-os num vaso

    chamado purificatrio, que fica junto

    ao sacrrio.

    Galhetas - Pequenos

    vasos que devem con-

    ter o vinho e a gua

    filtrada utilizados na

    celebrao eucarstica.

    Quase sempre so de

    vidro, podendo

    tambm ser de metal

    ou de loua.

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    Velas - Devem ser utilizadas duas velas, sempre de

    cera de abelha. Elas simbolizam a luz que Cristo e

    devero ser colocadas em lugar de destaque, fora d o

    altar, e ser acesas antes do incio da procisso de

    entrada. comum encontr-las sobre o altar.

    Crio Pascal - Vela especial, bem ornamentada e

    abenoada na Viglia Pascal, que deve permanecer no

    altar at a Festa da Ascenso. Depois da festa, ele

    dever ser levado para o Batistrio (local em que se

    celebra o batismo), para as cerimnias do sacramento

    do batismo.

    Turbulo - Vaso de metal onde se colocam brasas,

    para queimar o

    incenso. So

    incensados o altar, o

    livro dos evangelhos,

    o crucifixo, o

    santssimo

    sacramento, o

    presidente da

    celebrao e a

    assemblia, em dias

    festivos.

    Naveta - Pequeno vaso de

    metal em forma de navio onde

    se guarda o incenso que

    dever ser queimado. Dentro

    dele, h uma pequena colher

    de metal utilizada para

    apanhar o incenso e coloc-lo

    sobre as brasas, no turbulo.

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    16

    Incenso - Resina aromtica extrada de vrias rvores. Queimado no

    turbulo durante a celebrao, simboliza a orao do povo, que sobe a

    Deus como perfume agradvel. Tambm sinal de adorao a Deus, de

    venerao aos Santos e de honra aos participantes da assemblia

    litrgica. Quando utilizado no incio da santa missa, delimita o local

    sagrado e d solenidade celebrao.

    Castial - Utenslio que serve de suporte para

    uma vela.

    Candelabro - Grande castial com

    ramificaes, a cada uma das quais

    corresponde um foco de luz.

    Plio - Cobertura com franjas, carregada

    apoiada em varas, que cobre o Ministro que

    leva o ostensrio com a hstia consagrada.

    Bolsa do Vitico Bolsa, de tamanho pequeno, quase sempre de pano, em que

    colocada a tea em que so levadas as hstias

    consagradas aos doentes idosos.

    Hstia - Pedao de po no fermentado, usado

    para a celebrao eucarstica, para a comunho

    do padre.

    comum ter a

    forma circular.

    Partcula -

    Pedao de po sem fermentado, em geral

    de forma circular, que o padre consagra

    para a comunho dos fiis.

    Calderinha Vasilha onde se coloca gua benta para asperso do povo.

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    17

    Aspersrio Instrumento com que se joga gua benta sobre o

    povo ou objetos.

    Outros termos litrgicos

    Aleluia: palavra hebraica -

    louvai o Senhor. uma

    expresso de alegria que se usa

    principalmente na aclamao ao Evangelho; no oficio, muitas vezes;

    abundantemente no tempo pascal. No se usa no tempo da quaresma.

    Alfaias litrgicas: so todos os objetos que servem de certo modo ao

    exerccio da liturgia, por exemplo, clice, patena, casula etc.

    Amm: palavra hebraica que alguns traduzem por assim seja, assim

    acontea. Esta palavra no se traduz. O Apocalipse (3,14) chama Jesus

    de o Amm, e a 2a Carta aos Corntios (1,20) afirma que em Jesus que

    dizemos amm. Santo Agostinho diz que o nosso amm a nossa

    assinatura, o nosso compromisso.

    Ano Litrgico: perodo de doze meses em que a Igreja celebra os

    Mistrios de Cristo. Inicia com o primeiro Domingo do Advento e

    termina com o ltimo domingo do Tempo Comum (festa de Cristo Rei).

    A festa central a Pscoa, precedida pela Quaresma e seguida do Tempo

    Pascal. A este perodo d-se o nome de Ciclo de Pscoa. Depois tem a

    festa de Natal, precedida pelo Advento e seguida do Tempo Natalino. A

    este perodo d-se o nome de Ciclo de Natal. Afora o ciclo de Pscoa e o

    ciclo de Natal, desenrola-se o Tempo Comum: a primeira parte que varia

    de quatro a nove semanas - coloca-se entre a festa do Batismo do Senhor

    e a Quarta-feira de Cinzas; a segunda parte vem logo aps a festa de

    Pentecostes e vai at o final do Ano Litrgico. Ao longo do ano

    distribuem-se as festas dos santos: Santoral.

    Antfona: texto curto antes e depois de cada salmo da Liturgia das

    Horas, que exprime sua idia principal.

    Cnon da missa: orao eucarstica da missa.

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    18

    Catecumenato: tempo de iniciao vida crist e preparao para o

    batismo.

    Concelebrao: celebrao simultnea de mais de um sacerdote

    mesma missa.

    Doxologia: frmula de louvor que geralmente se usa em honra da

    Santssima Trindade. Na liturgia recebe o nome de Doxologia o Glria ao Pai..., o Glria a Deus nas alturas e o Por Cristo, com Cristo..., no final da orao eucarstica.

    Cruciferrio: aquele que leva a cruz nas procisses.

    Epiclese: orao da missa com a qual se invoca a descida do Esprito

    Santo para que Ele, antes da Consagrao, santifique as oferendas, e aps

    a consagrao santifique e associe a assemblia dos fiis vida de Cristo.

    Epstola: na antiguidade, comunicao escrita de qualquer tipo. O Novo

    Testamento contm vinte e uma epstolas ou cartas. As epstolas

    normalmente tratam de temas gerais e so dirigidas no a uma pessoa em

    particular, mas ao pblico em geral.

    Exquias: ritos em favor dos fiis falecidos.

    Hosana: palavra de origem hebraica que significa salva-nos, por favor!

    Foi proclamada pelas multides que foram ao encontro de Jesus em sua

    entrada solene em Jerusalm, para indicar sua real dignidade messinica

    (cf. Mateus 21,9). Esta palavra aparece aps o prefcio, na aclamao:

    Santo, Santo, Santo!

    Kyrie eleison: expresso grega que significa Senhor, piedade. uma

    invocao antiga mediante a qual os fiis imploram a misericrdia do

    Senhor.

    Lavabo: ato de lavar as mos. Na missa, o lavabo se d aps a

    apresentao das ofertas. Alm disso, o lavabo ou abluo ocorre quando

    o sacerdote tem necessidade de lavar as mos, por ocasio do lava-ps,

    imposio das cinzas, uno das mos do neo-sacerdote...

    Memento: parte da orao eucarstica em que se recordam os vivos e

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    19

    falecidos.

    Oitava: solenidades de Natal e Pscoa, que se celebram por oito dias.

    Reserva eucarstica: hstias consagradas, guardadas no sacrrio.

    Rubricas: regras ou explicaes impressas em vermelho-rubro significa

    vermelho - para o reto desenrolar das aes litrgicas.

    Sacramentais: so sinais sagrados e aes litrgicas no institudos por

    Cristo, mas introduzidos pela Igreja, para proveito espiritual dos fiis.

    So sacramentais, entre outros, as diversas bnos e os objetos benzidos,

    assim como a dedicao de uma igreja e a consagrao de objetos e

    paramentos destinados ao culto.

    Sacramentrio: livro que engloba os diversos Rituais dos Sacramentos.

    Turiferrio: pessoa que leva o turbulo.

    Vitico: comunho que se leva aos que se encontram gravemente

    enfermos.

    2.3Os Livros Litrgicos Os Livros Sagrados

    O Missal Romano

    Livro usado pelo sacerdote para

    a celebrao eucarstica. O Missal

    contm:

    Rito da Missa (partes fixas);

    Prprio do tempo - Advento, Natal,

    Quaresma, Tempo Comum etc.;

    Prprio dos santos;

    Vasta coleo de prefcios;

    Vrias oraes eucarsticas;

    Missas rituais - Batismo, Confirmao,

    Profisso Religiosa etc.;

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    Missas e oraes para diversas necessidades: pelo papa, pelos bispos,

    pelos governantes, pela conservao da paz e da justia etc.;

    Missas votivas: Santssima Trindade, Esprito Santo, Nossa Senhora etc.;

    Missas dos fiis defuntos.

    No incio, o Missal apresenta longa e preciosa introduo

    contendo a Instruo Geral sobre o Missal Romano e as Normas

    Universais para o Ano Litrgico e o Calendrio.

    Lecionrio

    Livro que contm as leituras

    para a celebrao eucarstica. Os

    principais lecionrios so:

    Lecionrio Dominical: compreende as leituras para as

    missas dos domingos e de algumas

    solenidades e festas.

    Lecionrio Semanal: contm as

    leituras para os dias de semana de

    todo o Ano litrgico. A primeira

    leitura e o salmo responsorial de

    cada dia esto classificados por ano

    mpar e ano par. O evangelho o mesmo para os dois anos.

    Lecionrio Santoral: contm as leituras para as solenidades e festas dos

    santos. Esto a includas tambm as leituras para uso na administrao

    dos sacramentos e para diversas circunstncias.

    Pontifical Romano: contm as leituras que acompanham o Pontifical Romano. O Pontifical Romano um livro que agrupa diversos

    Livros Litrgicos usados nas Celebraes presididas pelo Bispo, por

    exemplo, Crisma, Ordenaes, Instituies de Ministrios etc.

    Evangelirio

    Livro dos evangelhos, usado na missa para a proclamao ou o canto do

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    21

    evangelho.

    Liturgia das Horas ou Ofcio Divino

    Designao dada orao de louvor da Igreja, que tem por objetivo

    estender s diversas horas do dia a glorificao de Deus, que encontra seu

    ponto mais elevado na orao eucarstica. Compreende quatro volumes:

    Volume I: Tempo do advento, natal e epifania.

    Volume II: Tempo da quaresma, trduo pascal e tempo pascal.

    Volume III: Tempo comum (da 1 a 17a semana).

    Volume IV: Tempo comum (da 1 a 34 semana).

    Rituais

    So livros que contm a celebrao dos sacramentos. Comeam com uma

    Introduo, que resume a teologia, a espiritualidade, a pastoral e as

    normas prticas. Em seguida vem a celebrao do respectivo sacramento,

    e no final esto as leituras correspondentes.

    Ritual do batismo de crianas

    Ritual da confirmao

    Ritual da iniciao crist dos adultos

    Ritual da penitncia

    Ritual da uno dos enfermos e sua assistncia pastoral

    Ritual de exquias

    Ritual da dedicao de igreja e de altar

    Ritual de bnos

    Ritual de ordenao de bispos, presbteros e diconos

    Ritual do matrimnio

    Pontifical romano

    O cerimonial dos bispos e o rito das ordenaes

    So reservados aos Senhores Bispos, e por isso quase sempre no so

    encontrados nas parquias. Quando os Bispos fazem a Visita Pastoral ou

    quando celebram as ordenaes, costumam trazer consigo os referidos

    livros.

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    22

    2.4Vestes, Cores Litrgicas e as Insgnias do Bispo

    Vestes Litrgicas (paramentos)

    Do Sacerdote

    O Sacerdote usa vestes que o

    distinguem das demais pessoas que

    participam da assemblia litrgica, so elas:

    Amito: pano branco que envolve o pescoo

    do padre, embaixo da alva ou da tnica.

    Tnica: veste talar geralmente branca que

    cobre todo o corpo. A alva uma veste talar,

    geralmente de linho branco, que recobre todo

    o corpo, at os ps. Era usada pelos nobres

    gregos e romanos e tambm pelos povos de

    clima quente, como se v, ainda hoje, em

    alguns pases do

    oriente tropical. A

    alva simboliza a

    pureza de corao que deve ter o sacerdote que

    celebra os mistrios divinos.

    Estola: faixa vertical que desce do pescoo do

    padre, com duas pontas na frente. Veste

    litrgica dos ministros ordenados. O Bispo e o

    presbtero a colocam sobre os ombros de modo

    que caia pela ponta em forma de duas tiras,

    acompanhando o comprimento da alva ou

    tnica. Os Diconos usam a estola a tiracolo

    sobre o ombro esquerdo, pendendo-a do lado

    direito.

    Cngulo: cordo branco, ou da cor dos

    paramentos do dia, de seda, linho ou algodo, com o qual os ministros

    ordenados cingem a cintura, por cima da alva ou da tnica. O uso do

  • Cpia de Manual do coroinha completo(novo).diferente

    23

    cngulo nas cerimnias litrgicas fica a critrio de cada ministro.

    Casula: pea em forma de casa que

    usada sobre as vestes e cobre todo o

    corpo. Ampla e solene, esta veste usada

    nas missas dominicais e em dias festivos.

    Observao: a cor da estola e da casula variam

    de acordo com a liturgia do dia. O Diretrio

    Litrgico traz informaes sobre as cores dos

    paramentos para cada festa ou solenidade, bem

    como para as missas da fria.

    Capa pluvial: capa comprida usada pelos

    antigos em

    tempo de

    chuva, como

    o prprio

    nome indica. Atrs, em cima, h uma dobra,

    ou capuz, com a qual os antigos cobriam a

    cabea,

    semelhana de

    algumas capas

    impermeveis

    modernas. Os

    ministros

    ordenados

    usam-na em

    funes

    litrgicas

    solenes, tais

    como a

    bno do

    Santssimo Sacramento, as procisses

    eucarsticas, a celebrao de matrimnio e

    outras. tambm chamada de capa de asperges, porque usada durante a asperso dos fiis com gua benta. bom

    notar que o dicono coloca, sobre a tnica, a estola a tira-colo,

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    24

    atravessada da esquerda para a direita. Usa tambm uma veste chamada

    dalmtica, semelhante casula do celebrante e da mesma cor.

    Dalmtica: Veste prpria do dicono.

    colocada sobre a alva ou tnica e a estola

    do dicono.

    Vu do Clice: pano quadrado com o qual

    se cobre o clice (quase no se usa mais).

    Do Coroinha

    Tnica

    Vermelha

    Cota vestimenta

    branca

    colocada sobre a tnica vermelha (o branco

    simboliza pureza da alma).

    Colarinho colocado no pescoo dentro da tnica vermelha

    Faixa Vermelha colocada sobre a cota. usada em celebraes festivas. Quando a cor

    litrgica for roxa ou preta, no se usa.

    Entretanto, h algumas comunidades que criaram suas prprias vestes,

    cujos modelos se adaptam s necessidades locais, como:

    Batina tnica branca.

    Escapulrio veste litrgica em forma de tira nica (como a estola) com um orifcio central onde se pe a cabea, acompanhando o comprimento

    da batina. Obedece cor litrgica do dia.

    Crucifixo colocado sobre todas as outras vestes

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    25

    Cores Litrgicas para os paramentos

    Branco - cor pascal, a cor dos batizados, que indica a ressurreio, a

    pureza, a alegria. Usa-se na Pscoa, no Natal, nas festas de Jesus Cristo,

    nas festas de Nossa Senhora e nas festas dos Santos, exceto nas festas dos

    Mrtires.

    Vermelho - cor que lembra o fogo do Esprito Santo, o sangue. Usa-se na

    solenidade de Pentecostes (festa do Esprito Santo, realizada cinqenta

    dias aps a Pscoa), no Domingo de Ramos, na Sexta-feira da Paixo do

    Senhor, nas festas dos Apstolos (exceto na festa de So Joo

    Evangelista, em que se usa o branco) e nas festas dos Mrtires.

    Verde - cor da esperana, usada em todos os domingos do chamado

    Tempo Comum, que somam aproximadamente 33 domingos por ano.

    Tambm se usa a cor verde nas chamadas missas da fria desse tempo,

    isto , as missas do domingo que so repetidas durante a semana.

    Roxo ou Violeta - cor da penitncia e da mortificao, usada durante o

    tempo do Advento (que prepara o Natal) e na Quaresma (que prepara a

    Pscoa), assim como nas missas dos fiis defuntos.

    Rosa - cor intermediria entre o roxo e o branco, usada apenas duas

    vezes por ano: no 3 domingo do Advento e no 4 o domingo da

    Quaresma representando suavizao da penitncia e do sacrifcio durante

    esses perodos.

    Preto - cor do luto, da dor, atualmente muito pouco utilizada, sendo

    substituda pelo branco ou roxo nas cerimnias fnebres, como missas de

    stimo ou trigsimo dia.

    Observao: em cada sacristia o Diretrio litrgico deve ser consultado pelo

    sacristo ou pela pessoa que prepara os paramentos para a missa. Ele traz no

    apenas a indicao de todos os textos para a celebrao de cada dia, mas tambm

    as cores dos paramentos.

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    26

    Insgnias do Bispo

    Mitra: uma espcie de chapu alto

    com duas pontas na parte superior e

    duas tiras da mesma tela que caem

    sobre os ombros.

    Bculo: cajado que o

    bispo utiliza para as

    celebraes. Simboliza

    que o Bispo pastor.

    D-se o nome de

    Frula ao bculo

    usado pelo Papa.

    Solidu: pea de tela de

    forma arredondada e

    cncava que cobre a coroa

    da cabea.

    Anel: simboliza a unio do bispo com os

    fiis de sua

    diocese e, de

    maneira mais

    abrangente, a

    unio do bispo

    com toda a

    Igreja.

    Cruz peitoral: cruz que os

    bispos levam sobre o peito.

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    27

    2.5Smbolos, movimentos, posturas e gestos.

    Smbolos e gestos simblicos Costumamos dizer que a bandeira nacional smbolo da ptria. Isto quer

    dizer que quando voc v ou toca a bandeira, logo seu pensamento voa

    at o pas que ela representa, por exemplo o Brasil. Ento, atravs da

    bandeira do Brasil voc passa a considerar tudo o que pertence ao Brasil,

    sua extenso, as matas, os rios, as riquezas, o povo, enfim tudo o que faz

    parte do Brasil. E se algum ofender a bandeira, mexe com seu

    sentimento patritico.

    Ento o smbolo (objeto) nos transporta para outra realidade que est

    alm do smbolo e tem relao com o smbolo. Vamos dar um exemplo,

    tirado do mundo cristo: o crucifixo. Todo cristo reconhece no

    crucificado a pessoa de Jesus Cristo, que nos redimiu do pecado e nos

    salvou. Portanto, aquele objeto de metal, madeira, ou outro material,

    simboliza nosso Redentor, Jesus Cristo. Por isso tratamos com respeito o

    crucifixo.

    Gestos simblicos so aes que tm a mesma funo do smbolo, isto ,

    nos transportam para outra dimenso, outra realidade, que, porm tem

    relao com o gesto simblico. Por exemplo, no incio e no fim da missa

    o padre traa sobre si o sinal-da-cruz, enquanto diz as palavras "Em

    nome do Pai, e do Filho, e do Esprito Santo". um gesto simblico, que

    nos remete Santssima Trindade a quem invocamos nesses momentos.

    A seguir vamos explicar brevemente alguns sinais ou smbolos cristos

    utilizados com freqncia na liturgia.

    So a primeira e a ltima letra do

    alfabeto grego (Alfa e mega). So

    aplicadas a Cristo, princpio e fim

    de todas as coisas. Em geral

    aparecem no crio

    pascal, mas

    tambm nos

    paramentos

    litrgicos, no

    ambo e no tabernculo.

    Este sinal formado por duas letras do alfabeto grego

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    28

    (X+P) e correspondem ao C e R da lngua portuguesa. Ajuntando as

    duas, formavam-se as iniciais da palavra CRISTS: Cristo. Com

    freqncia este sinal aparece nos paramentos dos padres, no ambo, na

    porta do sacrrio e na hstia.

    So as iniciais das palavras latinas Iesus

    Hominum Salvator, que significam: Jesus

    Salvador dos Homens. Geralmente so

    empregadas nas portas dos tabernculos e

    nas hstias. Smbolo de Cristo.

    No incio do

    cristianismo,

    em tempos de

    perseguio, o

    peixe era o

    sinal que os

    cristos

    usavam para representar o Salvador. que

    as iniciais da palavra peixe na lngua grega

    - IXTYS - explicavam quem era Jesus:

    IESS CRISTS TES SOTR: Jesus

    Cristo, Filho de Deus Salvador.

    As letras

    INRI so as iniciais das palavras latinas

    Iesus Nazarenus Rex Iudaeorum, que

    significam: Jesus Nazareno Rei dos Judeus.

    O Evangelho de Joo nos informa que essas

    palavras estavam escritas em trs lnguas

    (hebraico, latim e

    grego) sobre a cruz de

    Jesus (cf. Joo,

    19,19).

    Com trs ngulos

    iguais (eqiltero) representa a Santssima

    Trindade (Pai, Filho e Esprito Santo).

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    29

    Movimentos

    Nas celebraes litrgicas, os diversos movimentos, posturas ou

    atitudes so expresses corporais simblicas que expressam uma relao

    com Deus.

    A seguir apresento os principais movimentos:

    Caminhar em procisso: atitude de quem no tem morada fixa neste

    mundo: no se acomoda, mas se sente peregrino e caminha na direo

    dos irmos e irms, principalmente os empobrecidos e marginalizados.

    Existem algumas procisses que se realizam fora da Igreja, por exemplo,

    na solenidade de Corpus Christi, no Domingo de Ramos, na festa do

    padroeiro..., e outras pequenas procisses que se fazem no interior da

    igreja: a procisso de entrada, a das ofertas e a da comunho. A procisso

    do Evangelho muito significativa e se usa geralmente nas celebraes

    mais solenes.

    Reunido o povo, o sacerdote e os ministros paramentados dirigem-se ao

    altar na seguinte ordem:

    a) o ministro com o turbulo aceso, quando se usa incenso;

    b) os ministros que, se for oportuno, trazem as velas e entre

    eles, sendo o caso, outro ministro com a cruz;

    c) os aclitos e outros ministros;

    d) o leitor, que poder levar o livro dos Evangelhos;

    e) o sacerdote que vai celebrar a Missa.

    Antes de iniciar a procisso, o sacerdote, se for o caso, pe incenso no

    turbulo.

    Incensao: O incenso pode ser usado facultativamente em qualquer

    forma de Missa:

    a) durante a Procisso de Entrada;

    b) no Incio da Missa, para incensar o altar;

    c) Procisso e Proclamao do Evangelho;

    d) ao Ofertrio, para incensar as oferendas, o altar, o sacerdote e o povo;

    e) elevao da Hstia e do Clice, aps a Consagrao.

  • Cpia de Manual do coroinha completo(novo).diferente

    30

    O sacerdote pe incenso no turbulo e abenoa-o com o sinal da cruz,

    sem nada dizer.

    A incensao do altar se faz da seguinte maneira:

    a) Se o altar estiver separado da parede, o sacerdote o incensa andando ao

    seu redor.

    b) Se o altar no estiver separado da parede, o sacerdote, caminhando,

    incensa primeiro a parte direita do altar depois a parte esquerda.

    Se a cruz estiver sobre o altar ou junto dele, incensada antes do

    altar; se estiver atrs do altar, o sacerdote a incensa quando passa diante

    dela.

    Como incensar

    Quem incensa

    segura com a mo

    esquerda a parte

    superior das correntes

    que sustentam o

    turbulo, e com a direita

    segura as mesmas

    correntes todas juntas

    perto do turbulo, de

    modo a poder

    comodamente lan-lo e

    pux-lo para si. Tenha o

    cuidado de lan-lo

    com suavidade e

    decoro, sem mover o

    corpo ou a cabea,

    enquanto movimenta o

    turbulo para frente ou

    para trs. A mo esquerda que segura a parte superior das correntes deve

    ficar firme encostada ao peito.

  • Cpia de Manual do coroinha completo(novo).diferente

    31

    Para incensar o altar, use movimentos simples. No necessrio que o

    turbulo toque as correntes; Para incensar o presidente da celebrao

    (presbtero), primeiro faa pequena reverncia, d trs lances duplos e

    em seguida, uma pequena reverncia; se for o bispo, d trs lances

    triplos, fazendo-se uma pequena reverncia antes e outra depois; Para

    incensar o Evangelirio (ou Lecionrio), antes da Proclamao do

    Evangelho, utiliza-se trs lances triplos, faa pequena reverncia antes e

    outra depois; Para incensar a assemblia, estando voc de p no centro e

    na frente, faa pequena reverncia, d um lance simples em direo ao

    centro, outro pra a esquerda e

    outro para a direita e termine

    com uma pequena reverncia

    em direo ao centro; Durante

    a elevao da hstia e do

    clice consagrados, aplique

    trs lances triplos, faa uma

    reverncia simples antes e

    outra depois.

    Como segurar o turbulo

    Segure a argola da

    coroa do turbulo com o dedo

    mnimo e a argola da corrente

    com o dedo polegar. Esta a

    posio que deve manter

    normalmente durante a celebrao ou enquanto acompanha a procisso.

    Como apresentar o turbulo para pr incenso

    Mantenha o turbulo

    seguro pela mo esquerda,

    pegue as correntes bem

    embaixo e erga o turbulo

    (aberto) at uma altura

    cmoda ao presidente da

    celebrao. O coroinha, com

    a naveta aberta, apresenta o

    incenso ao sacerdote.

  • Cpia de Manual do coroinha completo(novo).diferente

    32

    Quando o sacerdote terminar de pr o incenso, voc discretamente fecha

    o turbulo e com a mo direita segure a parte superior do turbulo,

    entregando o ao sacerdote.

    Como segurar os castiais

    Veja, na figura, a maneira correta de pegar os castiais: quem vai

    do lado direito pe a mo esquerda no p do castial e com a direita

    segura-o no meio, pelo n; quem vai do lado esquerdo pe a mo direita

    no p do castial e com a esquerda segura-o pelo referido n.

    Posturas ou posies

    As posies indicam a atitude pessoal e comunitria para

    participar em cada momento da celebrao.

    A seguir apresento as principais posturas:

    Estar em p: a posio do Cristo Ressuscitado, atitude de quem est

    pronto para obedecer, pronto para partir. Indica tambm a atitude de

    quem acolhe em sua casa. Estar em p demonstra prontido para pr em

    prtica os ensinamentos de Jesus.

    Estar sentado: a posio de escuta, de dilogo, de quem medita e

    reflete. Na liturgia, esta posio cabe

    principalmente ao se ouvir as leituras (salvo a

    leitura do Evangelho), na hora da homilia e

    quando a pessoa est concentrada, meditando.

    Estar ajoelhado: a posio de quem se pe em

    orao profunda, confiante. "Jesus se afastou deles

    distncia de um tiro de pedra, ajoelhou-se e

    suplicava ao Pai..." (Lucas 22,41). Lembremos o

    leproso que, de joelhos, suplica que Jesus o livre

    da lepra (cf. Marcos 1,40).

    Fazer genuflexo: faz-se dobrando o joelho

    direito at o solo. Significa adorao, pelo que

    reservada ao Santssimo Sacramento, quer

  • Cpia de Manual do coroinha completo(novo).diferente

    33

    exposto, quer guardado no sacrrio. No fazem genuflexo nem

    inclinao profunda aqueles que transportam os objetos que se usam nas

    celebraes, por exemplo, a cruz, os castiais, o livro dos evangelhos.

    Prostrar-se: significa estender-se no cho; expressa profundo sentimento

    de indignidade, humildade, e tambm de splica. Este gesto est previsto

    na Sexta-feira santa, no incio da celebrao da Paixo. Tambm os que

    vo ser ordenados diconos e presbteros se prostram. Em algumas

    ordens ou congregaes religiosas se prev a prostrao na celebrao da

    profisso dos votos religiosos.

    Inclinar o corpo: uma atitude intermediria entre estar em p e

    ajoelhar-se. Sinal de reverncia e de honra que se presta s pessoas ou s

    imagens. Faz-se inclinao diante da cruz, no incio e no fim da

    celebrao; ao receber a bno; quando, durante o ato litrgico, h

    necessidade de passar diante do tabernculo; antes e depois da

    incensao, e todas as vezes em que vier expressamente indicada nos

    diversos livros litrgicos.

    Silncio: atitude indispensvel nas celebraes litrgicas. Indica

    respeito, ateno, meditao, desejo de ouvir e aprofundar a palavra de

    Deus. Na celebrao eucarstica, se prev um instante de silncio no ato

    penitencial e aps o convite orao inicial, aps uma leitura ou aps a

    homilia. Depois da comunho, todos so convidados a observar o

    silncio sagrado. O silncio litrgico, porm, previsto nas celebraes,

    no pode ser confundido com o silncio ocasionado por algum que

    deixou de realizar a sua funo, o que causa inquietao na assemblia. A

    celebrao litrgica feita de gestos, palavras, cantos e tambm de

    instantes de silncio. Tudo isso confere ritmo e d harmonia ao conjunto

    da celebrao.

    Gestos

    Os gestos so um timo meio de enfatizar e exprimir com todo o nosso

    ser aquilo que realizamos.

    A seguir apresento os principais gestos:

    Os gestos so um timo meio de enfatizar e exprimir com todo o nosso

  • Cpia de Manual do coroinha completo(novo).diferente

    34

    ser aquilo que realizamos. A liturgia, alm dos assinalados nos

    sacramentos, oferece como principais gestos:

    Braos abertos elevados: sinal de orao, de splica, de intercesso... e

    tambm de louvor e de ao de graas. E gesto da orao sacerdotal para

    as oraes presidenciais e a prece eucarstica. Durante muitos sculos, o

    povo acompanhava o sacerdote com esse gesto. Deveramos recuper-lo

    para certos momentos; algumas igrejas o fizeram.

    Braos estendidos para frente com a palma das mos para baixo: significa transmisso de poder, de perdo, da fora do Esprito, de

    bno.

    Mos abertas, com as palmas para

    cima: sinal de orao, de petio humilde,

    de abertura ao dom que se solicita, de

    disponibilidade. A este gesto pertence

    comunho na mo: pedindo

    humildemente o po de Cristo, com

    emoo e gratido. o modo mais

    expressivo de comungar.

    Mos que se estreitam, abrao ou beijo

    da paz: rito da paz na missa, acolhida e

    felicitao aos recm-ordenados, primeiro sinal dos recm-casados.

    Tambm se beija o altar e o

    evangelirio como prova de venerao.

    Tem este sentido, fora da liturgia, o

    beijar imagens, medalhas, relquias etc.

    Mos unidas, palma com palma: recolhimento, orao.

    Sinal-da-cruz: o sinal que resume

    todo o mistrio salvador. Ocupa lugar

    preeminente em toda celebrao.

    Iniciamos e conclumos a liturgia

    benzendo-nos. Antes do evangelho,

    persignamo-nos na testa, na boca e no

  • Cpia de Manual do coroinha completo(novo).diferente

    35

    peito como pedindo que a palavra do Senhor penetre a nossa mente, a

    nossa palavra e o nosso corao. Quando nos benzemos em qualquer

    outro momento, o primeiro significado que nossa vida esteja em

    conformidade com a de Cristo. Essa a principal proteo que podemos

    receber.

    Bno: benzer significa dizer bem. Deus benze e outorga seu dom e sua vida. Ns respondemos bendizendo, louvando a Deus. A bno de

    casas, alimentos etc., agradecimento a Deus por seus dons e

    compromisso para que naquilo que se abenoa esteja Deus presente e seja

    louvado.

    Erguer as mos: um gesto de splica ou de oferta do corao a Deus.

    Geralmente se usa durante a recitao do Pai-Nosso e nos Cantos de

    Louvor.

    Bater no peito: expresso de dor e arrependimento dos pecados. Este

    gesto ocorre na orao Confesso a Deus todo-poderoso...

    2.6Fiis que participam da celebrao

    Durante a celebrao, os fiis participam da celebrao, mas a

    participao de alguns deles no imprescindvel para que haja a

    celebrao. Os fiis podem ser:

    Ministrios ligados Ordem Sagrada

    Participam do sacerdcio de Cristo pelo sacramento da ordem:

    Bispo: O grande sacerdote de sua grei. Preside a liturgia por direito prprio.

    Presbtero: presidem representando o bispo.

    Diconos: colaboradores do bispo; alm de seu ministrio, podem

    presidir a algumas celebraes.

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    36

    Ministrios Institudos

    Denominados no passado Ordens Menores, agora so conferidos por Instituio queles que aspiram ao sacerdcio. So os Aclitos e Leitores.

    Leitores - exercem uma funo de alta dignidade, pois anunciam a

    palavra de Deus para toda a assemblia. Eles devem saber ler

    desembaraadamente, a fim de poder transmitir aquilo que proclamam

    com o testemunho da vida.

    Aclitos - Assistem e ajudam o presidente da assemblia, prestando-lhes

    todos os servios necessrios.

    Ministrios de fato

    So os que desempenham determinadas funes, ainda sem possuir

    nenhum ttulo de ordenao ou de instituio.

    Ministros Extraordinrios para a Sagrada Comunho Eucarstica

    (Meces) - eles assistem ao celebrante e auxiliam na distribuio do po

    eucarstico aos fiis, na celebrao da missa, e levam a eucaristia aos

    enfermos, presidirios ou pessoas idosas que no podem ir igreja.

    Comentarista - um sacerdote ou um leigo bem preparado que orienta

    os movimentos e as oraes dos fiis, durante a missa. Dialoga com a

    comunidade, fazendo breves comentrios introdutrios sobre as leituras,

    indica as posies e, em alguns lugares, d os avisos aos fiis.

    Leitores - exercem uma funo de alta dignidade, pois anunciam a

    palavra de Deus para toda a assemblia. Eles devem saber ler

    desembaraadamente, a fim de poder transmitir aquilo que proclamam

    com o testemunho da vida.

    Aclitos - Assistem e ajudam o presidente da assemblia, prestando-lhes

    todos os servios necessrios.

    Cantores - Tem funo de assaz importante nas solenidades. Eles devem

    fazer a assemblia rezar por meio do canto com todo o entusiasmo.

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    37

    Queremos lembrar que os instrumentos devem acompanhar e sustentar o

    canto, nunca abafando as vozes, e que todo o povo deve participar. Por

    isso, os cantores devem ser bem instrudos na liturgia da igreja, a fim de

    exercer com dignidade essa importante funo.

    Recepcionistas - exercem uma das funes mais importantes da

    celebrao, pois acolhem os fiis. A funo dos recepcionistas no pode

    ficar reduzida a uma entrega do folheto litrgico porta do templo.

    Exige-se acolhimento, afeto, compreenso, capacidade de informao

    etc.

    O povo - aqui no se trata de uma massa amorfa de espectadores mudos

    e distrados ou de um conjunto de pessoas piedosamente empenhados em

    rezar, cada uma por sua conta, seguindo uma devoo individual. O povo

    um ator de grande importncia no drama sagrado que se desenrola no

    altar. O povo participa no assiste.

    2.7Celebrao Eucarstica

    Eucarstia: Fundamentos Bblico-Teolgicos

    Origem

    A celebrao eucarstica tem sua origem na ltima ceia de Jesus.

    No contexto da ceia pascal dos judeus, Jesus antecipa o dom total de si

    mesmo em sacrifcio de redeno e institui o memorial da Nova Aliana.

    Jesus realiza ritualmente, isto , por meio de rito, o que vai realizar na

    realidade (morte na cruz).

    A ceia pascal dos judeus recordava o acontecimento mais

    importante do Antigo Testamento, ou seja, a sada do povo da escravido

    do Egito e a entrada na terra prometida. Essa recordao se fazia por

    meio de um banquete (ceia pascal) no qual se consumiam ervas amargas,

    po e o cordeiro, e se bebia vinho.

    A instituio

    Jesus convida seus discpulos para a ceia pascal e introduz a um

    elemento novo: Ele toma o po, d graas a Deus, parte o po e o entrega

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    38

    a seus discpulos, dizendo: ISTO O MEU CORPO QUE SER ENTREGUE POR VOCS. Faam isto em memria de mim. Depois, toma o clice com vinho, d graas a Deus e entrega o clice aos

    discpulos, dizendo: ESTE CLICE A NOVA ALIANA NO MEU

    SANGUE. Todas as vezes que beberem dele, faam isto em memria de

    mim. Analisando a instituio da eucaristia, encontramos quatro verbos

    que Jesus utiliza e que constituem hoje a estrutura fundamental da

    celebrao eucarstica: tomar, dar graas a Deus, partir e dar.

    Vejamos a que partes da missa corresponde cada um desses quatro

    verbos:

    Tomar = Apresentao das Oferendas

    Dar graas = Orao Eucarstica

    Partir = Frao do Po

    Dar = Comunho.

    Este o ncleo fundamental da Celebrao Eucarstica, desde a origem.

    Duas mesas

    No evangelho segundo Lucas, encontramos o episdio dos

    discpulos de Emas (cf. Lucas 24,13-33). Nesse relato possvel

    perceber que ao lado da mesa eucarstica j havia a mesa da palavra.

    Temos, portanto, os traos principais da atual celebrao eucarstica:

    1 parte: Lucas 24,25: Jesus cita e explica as Escrituras (mesa da

    palavra).

    Significados e Conseqncias (1)

    De forma resumida, apresenta-se os principais significados da

    Eucaristia, bem como suas exigncias e conseqncias.

    Ao de graas

    A palavra Eucaristia vem da lngua grega e significa

    agradecimento, ao de graas, reconhecimento. a resposta que brota

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    39

    espontnea do ser humano diante das manifestaes de Deus na criao e

    na histria humana.

    Quando ganhamos um presente, natural expressarmos nossa

    gratido a quem nos presenteia. Para isso usamos a criatividade: um

    "obrigado", um "Deus lhe pague", um abrao, um sorriso, um

    telefonema, uma lembrancinha etc.

    Viver em ao de graas implica oferecer ao Pai, por Cristo, as

    coisas criadas e a prpria pessoa. o que Jesus realiza de modo ritual na

    ltima ceia, e de modo real na cruz: entrega ao Pai sua vida em sacrifcio

    infinito pela salvao de toda a humanidade.

    Para ns, o que significa tomar parte no banquete eucarstico?

    Significa render graas a Deus por tudo e com tudo.

    Por tudo: a vida, a religio, nossa famlia, a f em Deus, o ar que

    respiramos, o sol, a chuva, os alimentos que nos sustentam, as flores, os

    animais etc. Na celebrao eucarstica, o po e o vinho, frutos da terra e

    do trabalho humano, simbolizam todos os bens da criao.

    Com tudo o que somos e temos, isto , nossas habilidades

    pessoais, dons, sade, disposio etc. Deus no precisa de coisas

    materiais. Ele espera a oferta do nosso ser.

    Jesus entregou ao Pai o que possua de mais precioso, a sua

    prpria vida. Tambm ns devemos fazer oferta de nossa vida ao Pai, por

    Cristo, com Cristo e em Cristo.

    Memorial (fazer memria)

    Ao celebrar a ltima ceia com seus discpulos, Jesus tomou o po

    e o vinho, rendeu graas e disse que aqueles elementos eram seu corpo e

    seu sangue, oferecidos em favor do povo. Em seguida acrescentou:

    FAAM ISSO EM MEMRIA DE MIM.

    Fazer memria da pscoa de Cristo significa TORNAR

    PRESENTE o ato salvador de Cristo. Revivemos na f o acontecimento

    de sua paixo, morte e ressurreio, atualizando-o e tornando-nos

    participantes dele.

    Ao celebrar a eucaristia, no comemoramos algo perdido no

    passado, ou um fato que ficou apenas na lembrana, mas, proclamamos,

    aqui e agora, a salvao de Deus aplicada histria presente e futura:

    "Todas as vezes que comeis desse po e bebeis desse clice, anunciais a

  • Cpia de Manual do coroinha completo(novo).diferente

    40

    morte do Senhor at que ele venha" (1 Corntios 11,26).

    Portanto, para ns, assim como para os judeus, o memorial tem

    trs direes: olha para o passado, mas projetando-o para o futuro, com a

    espera do fim dos tempos, e sentindo que o acontecimento histrico

    (passado) e o futuro se concentram no hoje da celebrao.

    Aplicando, mais uma vez, esse conceito eucaristia, temos o

    seguinte: a eucaristia um fato passado (morte e ressurreio de Jesus),

    que se torna presente para ns, aqui e agora (celebrao eucarstica) e nos

    projeta para o futuro (o reino de Deus no est concludo, mas vai se

    construindo at que todos cheguem plena comunho com Deus e com

    os irmos).

    Significados e Conseqncias (2)

    Eucaristia sacrifcio

    Na ltima ceia, Jesus tomou o po, rendeu graas e o deu a seus

    discpulos como seu corpo oferecido em sacrifcio, para que dele

    comessem. E pegando uma taa com vinho disse-lhes: "Bebei dele todos,

    pois isto o meu sangue, o sangue da Aliana, que ser derramado por

    muitos para a remisso dos pecados" (Mateus 26,28).

    Esses gestos tinham clara inteno de substituir o cordeiro da

    pscoa dos judeus.

    O sacrifcio de Jesus no algo que se reduz aos seus ltimos

    momentos de vida terrena, ou seja, sua paixo e morte. Toda a sua vida

    foi uma imolao constante. Jesus no buscou seus prprios interesses,

    mas procurou sempre fazer a vontade do Pai.

    Sua vida foi uma contnua doao em favor do povo,

    principalmente das pessoas necessitadas. Sua vida de total entrega

    culmina com a morte na cruz. Sua paixo e morte so o coroamento de

    toda a sua vida doada: "Tendo amado os seus que estavam no mundo,

    amou-os at o fim" (Joo 13,1).

    Eucaristia assemblia

    no seio da Igreja que o sacrifcio de Cristo se torna presente.

    Igreja palavra de origem grega, que significa assemblia, comunidade

    do povo, convocada e reunida por Deus.

    Desde o incio da Igreja os escritos do Novo Testamento falam

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    41

    da eucaristia como reunio da comunidade (assemblia).

    A assemblia crist, portanto, uma comunidade que celebra e no

    meio da qual desde o primeiro momento est presente Cristo, o Senhor.

    Quem faz parte da assemblia? Todos os fiis que se renem para

    celebrar em nome do Pai e do Filho e do Esprito Santo, o povo e os

    ministros, incluindo-se o ministro ordenado a quem cabe presidir a

    eucaristia.

    Eucaristia refeio

    A missa uma refeio, um banquete, uma festa. Quem faz o

    convite Deus Pai. A convocao dirigida a ns, filhos e filhas, com a

    finalidade de nos alimentar com sua palavra e com o corpo e sangue do

    seu Filho Jesus.

    O banquete eucarstico supe, portanto, a presena de convidados

    (assemblia) e alimento (po e vinho, corpo e sangue do Senhor). Sendo

    o banquete eucarstico uma festa, h tambm a necessidade da

    participao externa e da participao interna da assemblia.

    Constituem elementos da participao externa os movimentos, as

    palavras, as aclamaes, os cantos, as oraes, o toque, os sinais, o

    abrao da paz etc. Ao passo que a participao interna a predisposio

    de cada membro da assemblia, sua vontade de estar ali com os irmos,

    consciente do que vai celebrar. A participao interna comea antes que a

    pessoa entre na igreja para a celebrao.

    Significados e Conseqncias (3)

    Eucaristia comunho

    Comunho quer dizer comunicao. Mas significa tambm

    intimidade. Quando vamos receber a comunho (a hstia consagrada)

    estabelecemos uma comunho com Jesus e com os irmos e irms.

    Portanto, receber a comunho no simplesmente receber e ingerir um

    pedao de po consagrado (corpo de Cristo). Esse gesto significa que o

    fiel est em comunho com o corpo de Cristo. Ora, o corpo de Cristo a

    Igreja. Em outras palavras, somos ns. Portanto, comungar o corpo de

    Cristo estar em harmonia e paz, no s com Jesus, mas tambm com

    todos os filhos e filhas de Deus. Quem tem dio contra algum dever

    reconciliar-se antes de comungar. dio e comunho no combinam.

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    42

    Eucaristia compromisso social

    A celebrao eucarstica no um ato fechado em si mesmo. Ela

    aberta para fora, para a realidade do mundo que nos cerca. Por isso a

    missa se expande, se prolonga para alm da prpria missa. A missa no

    pode estar fora da realidade que envolve o povo. Alis, cada pessoa, ao

    participar da missa, leva consigo sua realidade (sua situao familiar e

    pessoal, a situao do povo, suas dificuldades, alegrias e angstias...).

    Levamos a realidade para a celebrao, e levamos a fora da

    celebrao para a realidade. Deste modo, fazemos a unio da f com a

    vida.

    Portanto, enquanto houver irmos passando fome, ns cristos

    no podemos cruzar os braos, no podemos celebrar e ficar

    acomodados. Justamente porque a celebrao nos empurra para a ao.

    Ao transformadora na sociedade. Nesse sentido dizemos que a

    celebrao eucarstica compromisso social.

    Eucaristia gratuidade

    Gratuidade vem da palavra latina gratis, de graa. A eucaristia

    pede que sejamos gratuitos, generosos, acolhedores, sem preconceitos.

    Essa gratuidade se manifesta na celebrao e alm da celebrao. Por

    isso, quando vamos participar da eucaristia, no convm ficarmos

    controlando o relgio, achando que tudo est pesado, cansativo, sem

    interesse. Se isto for verdade, alguma coisa est errada e necessrio

    corrigir.

    verdade que por vezes nossas celebraes ainda so feitas com

    muito palavreado. Vamos dar espao para a Palavra de Deus e diminuir

    as nossas palavras! Vamos dar preferncia para externar nossa f atravs

    do canto e dos gestos simblicos e manter as palavras indispensveis para

    bem celebrarmos. uma sada para se evitar que a celebrao seja

    enjoativa.

    Ser gratuito, durante a celebrao, deixar-se embalar pelo Esprito

    Santo, o liturgo (celebrante) por excelncia. seguir as inspiraes que

    nos vm da Palavra, dos smbolos, dos gestos simblicos. Ser gratuito na

    celebrao fazer bom proveito de algum fato novo, que no estava

    previsto no roteiro, mas que nos ajuda a celebrar melhor.

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    43

    2.7.1Esquema Geral da Celebrao Eucarstica - Parte por

    parte

    O esquema geral da celebrao eucarstica muito simples. Trata-se de

    duas mesas que fazem parte da mesma celebrao: a mesa da palavra e a

    mesa da eucaristia. A mesa da palavra precedida pelos ritos iniciais, e

    a mesa eucarstica seguida pelos ritos finais.

    I. Ritos iniciais

    Quando os fiis estiverem reunidos, uma pessoa devidamente preparada

    (comentarista) acolhe os participantes, d-lhes as boas-vindas e diz, em

    breves palavras, o motivo da celebrao.

    Procisso e canto de entrada: o canto deve expressar a alegria de quem

    vai participar da eucaristia, e precisa levar em conta as caractersticas do

    tempo litrgico (advento, natal, quaresma etc.), e o tipo de assemblia (h

    significativa diferena entre uma missa com adultos, s 7 horas da

    manh, e uma missa com crianas, s 10 horas!) De preferncia se faa a

    procisso pelo corredor central da igreja. Os coroinhas vo frente do

    presidente da celebrao.

    Quando se utiliza o incenso, o padre incensa o altar e a cruz.

    Saudao do celebrante: o presidente da celebrao comea fazendo o

    sinal-da-cruz, pronunciando (ou cantando) as palavras Em nome do Pai e

    do Filho e do Esprito Santo. importante que quem preside d nfase a

    esta saudao a fim de que as palavras expressem o que na realidade

    contm, ou seja, que todos esto ali reunidos em nome da Trindade.

    Ato penitencial: os membros da assemblia, pelo ato penitencial,

    expressam sua fraqueza, fazem um ato de humildade e invocam o perdo

    e a ajuda de Deus, a fim de poder ouvir com maior proveito sua Palavra e

    comungar mais dignamente o Corpo de Cristo.

    Glria: um antiqssimo e venervel hino com que a Igreja,

    congregada no Esprito Santo, glorifica a Deus Pai e o Cordeiro e lhes

    apresenta suas splicas. um cntico completo, no qual h louvor,

    entusiasmo, "um cntico transbordante de alegria, confiana, humildade,

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    44

    e que d ao incio da eucaristia um tom de festividade: o olhar da

    comunidade est posto na glria de Deus" (Dionsio Borobio, A

    celebrao na Igreja - 2, Os Sacramentos). Por isso, os novos textos para

    ser cantados devem respeitar seu contedo original, ou seja, manter o

    aspecto trinitrio. No porque um canto contm a palavra "glria" que

    serve como hino de louvor!

    Orao Inicial ou Coleta: a primeira orao presidencial, que recolhe,

    sintetiza, rene (coleta) as motivaes, os sentimentos da assemblia.

    Sua funo dar o sentido da celebrao do dia. Terminada a orao do

    dia, o comentarista convida a assemblia a sentar e preparar-se para

    ouvir a Palavra de Deus.

    II. Liturgia da Palavra

    As leituras: as leituras previstas para a celebrao dominical so trs

    (exceto nas missas com crianas), mais o salmo responsorial. A leitura

    do Evangelho constitui o ponto culminante da liturgia da Palavra, por

    isso sua proclamao cercada de gestos de apreo, como a aclamao, e

    nas celebraes solenes, a procisso com o evangelirio, o uso de velas

    acesas e o incenso.

    Algumas observaes prticas:

    1. As pessoas convidadas a proclamar as leituras tenham o cuidado de

    preparar bem a leitura (treinar antes), para evitar o inconveniente de

    palavras mal pronunciadas ou trocadas, prejudicando assim o sentido do

    texto. Os leitores saibam que so porta-vozes de Deus, da a necessidade

    de aplicar todo o empenho a fim de caprichar na proclamao. Deus

    expressa seus sentimentos atravs dos nossos.

    2. Os leitores apresentem-se com roupas convenientes e, durante a

    proclamao, mantenham postura normal, nem rgida nem relaxada.

    Leiam devagar, em tom suficientemente alto, pronunciando bem as

    palavras.

    3. No final da primeira e da segunda leitura, quem l conclui, dizendo

    simplesmente: Palavra do Senhor (no singular, e no "Palavras do

    Senhor" ou "Esta palavra do Senhor"). A mesma observao vale para

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    45

    o final da proclamao do evangelho: Palavra da Salvao.

    4. Por vezes aparecem membros da equipe de liturgia perguntando se

    podem substituir alguma leitura (ou o salmo responsorial por outro texto

    que no seja da Bblia). Os textos oficiais da Igreja e o bom senso pedem

    que a palavra de Deus no seja substituda por outras leituras, nem por

    textos de conclios, snodos ou assemblias episcopais (cf 3a Instruo,

    n. 2).

    5. Para a proclamao da Palavra sejam utilizados os livros litrgicos

    apropriados: Lecionrio, Evangelirio ou a Bblia.

    Homilia: uma conversa familiar com a finalidade de aplicar a

    mensagem de Deus realidade da assemblia. Ao mesmo tempo em que

    mostra Deus agindo em nossa vida, oferecendo sua salvao, a homilia

    nos convida a converter-nos, a voltar-nos cada vez mais para os

    caminhos de Deus.

    O Documento de Puebla afirma que a "homilia ocasio privilegiada

    para se expor o mistrio de Cristo no aqui e agora da comunidade,

    partindo dos textos sagrados, relacionando-os com o sacramento

    (eucaristia) e aplicando-os vida concreta" (n. 930).

    Profisso de f (ou Creio): a adeso dos fiis Palavra de Deus

    ouvida nas leituras e na homilia. a Creio um conjunto estruturado de

    artigos de f, uma espcie de resumo da f crist. Existem dois textos:

    um, mais longo, chamado niceno-constantinopolitano, porque foi fruto

    dos conclios de Nicia (ano 325) e Constantinopla (ano 381). a outro,

    mais breve e mais utilizado, de redao simples e popular, conhecido

    como Smbolo dos Apstolos.

    Orao dos Fiis (ou Orao Universal): assim chamada por incluir

    os grandes temas da orao crist de pedido: pelas necessidades da igreja,

    pelos governantes e a salvao do mundo; pelos oprimidos, pela

    comunidade local.

    A comunidade crist reunida em assemblia sagrada, exercendo de maneira relevante seu sacerdcio batismal, pede a Deus que a salvao

    que se acaba de proclamar se torne uma realidade na Igreja, no mundo,

    nos que sofrem e nessa mesma assemblia (CELAM, A Celebrao da

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    Eucaristia).

    Com a orao dos fiis termina a liturgia da palavra e comea a liturgia

    eucarstica.

    III. Liturgia Eucarstica

    H um vnculo muito estreito entre a Liturgia da palavra e a Liturgia

    eucarstica: as duas partes, ou melhor, as duas mesas formam uma

    unidade, que a celebrao eucarstica. Santo Agostinho afirmava:

    Bebe-se o Cristo do clice das Escrituras como do clice da Eucaristia. o Cristo-palavra que se faz eucaristia.

    Preparao e apresentao das oferendas: os dons apresentados, po,

    vinho e gua so frutos da terra e do trabalho humano, que vo se tornar o corpo e o sangue de Jesus Cristo. Desde os primeiros tempos da

    Igreja se costumava misturar um pouco de gua com o vinho. Simboliza

    a incorporao (unio) da humanidade a Jesus. Nesse momento, a

    assemblia normalmente realiza a coleta de dinheiro e outros donativos e

    os leva em procisso at o altar, juntamente com o po e o vinho. Esse

    gesto deve ser a expresso sincera de comunho e solidariedade das

    pessoas que pem em comum o que so e o que possuem para partilhar,

    conforme a necessidade dos irmos e para atender s necessidades da

    prpria comunidade. O presidente da celebrao, aps a apresentao das

    oferendas (e da incensao, quando houver) lava as mos. A esse rito d-

    se o nome de lavabo e tem finalidade simblica. Exprime, para o

    sacerdote, o desejo de estar totalmente purificado antes de iniciar a

    orao eucarstica, que o ponto culminante de toda a celebrao.

    Recomenda-se utilizar um belo recipiente e gua abundante na qual o

    sacerdote mergulha as mos, e uma toalha decente. Afinal, importante

    salientar os sinais.

    Orao eucarstica: o ponto central e parte culminante de toda a

    celebrao. Destacam-se os seguintes pontos:

    Prefcio: um canto de agradecimento e louvor a Deus por toda a obra da salvao ou por um de seus aspectos. Conclui-se com o

    canto do Santo.

    Invocao do Esprito Santo (epiclese): O padre estende as mos

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    sobre os dons e pede ao Pai que santifique as oferendas "derramando

    sobre elas o vosso Esprito a fim de que se tornem para ns o Corpo e o

    Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso" (2a Orao

    Eucarstica).

    Narrativa da Instituio: O padre repete as palavras que Jesus pronunciou na ltima ceia, ao instituir a eucaristia ("Estando para ser

    entregue, e abraando livremente a paixo, ele tomou o po, deu graas, e

    o partiu e deu a seus discpulos...".) Depois consagra o vinho. Ao dizer

    partiu o po, o padre no deve partir o po (ou a hstia), que gesto

    prprio da frao do po, reservado portanto para imediatamente antes

    da comunho.

    Observao: Quando o padre ergue a hstia consagrada e depois o clice, no est

    prevista nenhuma aclamao; os fiis acompanham em silncio. S aps a

    consagrao, quando o padre diz Eis o mistrio da f que a assemblia aclama (ou canta), utilizando uma das frmulas do Missal Romano.

    Oferecimento da Igreja e invocao do Esprito Santo: a Igreja oferece ao Pai, em ao de graas, o po da vida e o clice da salvao (2 orao eucarstica) e pede que "sejamos repletos do Esprito Santo e

    nos tornemos em Cristo um s corpo e um s esprito" (3a orao

    eucarstica).

    Intercesses: por meio delas se exprime que a Eucaristia celebrada em comunho com toda a Igreja, tanto celeste como terrestre (os santos, a

    Virgem Maria, os apstolos e mrtires..., o papa, o bispo diocesano, os

    demais bispos, ministros... e todo o povo de Deus), e se recordam os

    irmos e irms falecidos.

    Doxologia (louvor final): o sacerdote eleva o po e o vinho consagrados, corpo e sangue do Senhor, por quem sobe ao Pai, na

    unidade do Esprito Santo, o louvor de toda a humanidade, enquanto

    pronuncia as palavras Por Cristo, com Cristo e em Cristo... A assemblia

    aclama com solene Amm, de preferncia cantado.

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    IV. Rito de Comunho

    Pai-nosso: uma orao de passagem para a comunho. Ensinada por Jesus, esta orao resume os anseios mais profundos do ser humano,

    tanto em sua dimenso espiritual, quanto material. Quando se canta o pai-

    nosso, tenha-se o cuidado de conservar a letra desta orao bblica.

    Gesto de paz: mediante um aperto de mo, ou abrao ou beijo, expressamos nosso desejo de comunho com os irmos e irms e ao

    mesmo tempo inclumos um compromisso de lutar pela paz e a unidade

    no mundo inteiro. Cada um cumprimente os que esto ao seu redor.

    Frao do po: o sacerdote, reproduzindo a ao de Cristo na ltima ceia, parte o po em vrios pedaos. Este gesto significa

    que ns, sendo muitos, pela comunho do nico po da vida, que

    Cristo, formamos um nico corpo. Durante a frao do po, a assemblia

    canta ou recita o Cordeiro de Deus. Ao partir o po, o sacerdote coloca

    um pedacinho no clice. A explicao mais simples para esse gesto que

    as duas espcies - po e vinho (corpo e sangue de Cristo) formam uma

    unidade e fazem parte da mesma realidade: a pessoa de Jesus.

    Comunho: o momento em que cada membro da assemblia estabelece ntima unio com Jesus. Alimenta-se do corpo e do sangue do

    Senhor. Vejo com alegria aumentar o nmero de comunidades que

    distribuem a eucaristia sob as espcies do po e do vinho. Desse modo,

    fica mais claro o sinal do banquete eucarstico. Aps a comunho, haja

    um instante de silncio, a fim

    de que cada comungante se entretenha no dilogo com Jesus e pense nos

    compromissos que brotam da celebrao.

    Orao aps a comunho: o sacerdote implora os frutos da celebrao eucarstica e o povo confirma, respondendo amm.

    Com esta orao conclui-se a liturgia eucarstica e se passa aos ritos

    finais.

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    V. Ritos Finais

    Avisos: so importantes para alimentar a vida comunidade. Evite-se, porm, a leitura de longa lista de comunicados: as pessoas se cansam

    e se desligam. Tambm conveniente que somente uma pessoa (em geral

    o comentarista) se encarregue de dar os avisos. Se houver homenagens

    (aniversrios, bodas matrimoniais, dia das mes etc.) bom que sejam

    prestadas nesse momento.

    Compromisso: O Documento da CNBB, Animao da vida litrgica no Brasil, v utilidade em uma mensagem "na qual se exorte a

    comunidade a testemunhar no dia-a-dia a realidade celebrada". Para isso,

    pode-se utilizar algum cartaz ilustrativo, ou uma frase resumindo a

    mensagem central da celebrao, ou breve leitura de algum trecho com o

    tema do dia... (cf. n. 43).

    Bno: simples ou solene. O Missal Romano traz muitas bnos solenes para os vrios tempos litrgicos e festas dos santos.

    Despedida: conveniente que as pessoas saiam da celebrao cheias de esperana, animadas e decididas a dar testemunho do amor de

    Deus no meio da sociedade.

    Aps a despedida do presidente da celebrao, no deveria haver

    preocupao em segurar as pessoas para o canto final, Considero interessante que os instrumentistas e o grupo de cantores sustentem o

    canto, enquanto a assemblia se retira cantando.

    3. Ano Litrgico e Calendrio

    Voc j deve ter aprendido, na escola ou em casa, que h vrios

    tipos de anos: o ano escolar (perodo do ano em que voc vai escola); o ano civil (o ano oficial, que comea em janeiro e termina em

    dezembro); o ano solar (perodo em que ocorrem os movimentos da Terra

    em torno do Sol) e outros.

    Tambm a Igreja crist tem seu ano: o ano litrgico. Vamos explicar melhor o que ele significa: todos os anos, a Igreja

    relembra em suas celebraes os principais acontecimentos da vida de

    Cristo.

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    Jesus nasceu, viveu e morreu como todos ns. Quando criana,

    ele teve a vida de qualquer criana de seu tempo. Depois cresceu, tornou-

    se adulto e, percorrendo a Palestina com seus amigos, comeou a ensinar

    e a pregar o Reino de Deus e a fazer milagres em nome de seu Pai. Um

    dia, foi preso, julgado e condenado a morrer na cruz. Logo depois

    ressuscitou, apareceu aos seus amigos (os apstolos) e subiu ao cu, onde

    viver para sempre com a humanidade.

    Pois so todos esses acontecimentos da vida de Jesus que so

    relembrados nas celebraes litrgicas da Igreja ao longo do ano. E,

    como sabemos, pela f, que Jesus est vivo ao nosso lado, as cerimnias

    litrgicas no so apenas lembrana, mas memria, isto , so

    celebraes de uma realidade!

    As etapas do ano litrgico so, assim, a memria das passagens

    mais importantes da vida de Cristo. E na vida crist est o prprio

    Mistrio de Jesus: ele foi crucificado, ressuscitou e continua vivo nas

    palavras do Evangelho, estando presente no altar, durante a missa, e entre

    as pessoas reunidas em nome dele.

    Todos esses sinais so muito importantes para os cristos e para

    voc, coroinha, que participar ativamente das celebraes.

    O ano litrgico inicia-se com o Primeiro Domingo do Advento e

    termina com a festa de Cristo Rei. Os perodos do ano litrgico, seguidos

    pelas Igrejas de todo o mundo, so:

    Advento, Natal, Quaresma, Trduo Pascal, Pscoa e Tempo

    Comum. H ainda, alm desses perodos, outras ocasies durante o ano

    em que a Igreja comemora e homenageia Jesus, Maria, sua me, e os

    santos: so as solenidades, festas e memrias.

    E, finalmente, vamos repetir que, assim como o coroinha veste

    roupas especiais durante as celebraes de que participa, tambm os

    sacerdotes, ao longo dos vrios perodos do ano litrgico, usam roupas

    especiais, de cores diferentes, conforme a poca, chamada parmetros.

    Advento

    O perodo do advento abre o ano litrgico. Advento significa

    Vinda, chegada. o tempo em que se espera o nascimento de Jesus, a vinda de Cristo. Tem incio no fim de novembro ou comeo de

    dezembro. Os quatro domingos que antecedem o natal chama-se

    domingo de advento.

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    51

    No advento celebra-se, pois, o Mistrio da Vinda do Senhor, no apenas

    seu nascimento na gruta de Belm, mas tambm sua vinda entre ns hoje,

    por meios de Sacramentos, e sua futura

    vinda, no fim dos tempos.

    O tempo de Advento vivido,

    portanto, pelos cristos com muita

    alegria, com f e com empenho. Alm

    das oraes prprias desse perodo,

    costuma-se fazer a Coroa do Advento

    (quatro velinhas dispostas numa coroa

    de folhas naturais ou artificiais, que

    devem ser acesas uma a uma, nos

    quatro domingos).

    Durante o advento, vrias

    leit