Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10%...

18
Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de cães e gatos M. Sc. Gabriel Faria Estivallet Pacheco Zootecnista, Doutorando em Nutrição de Animais de Companhia - UFRGS Porto Alegre, RS, 27 de setembro de 2014 II SIMPÓSIO DE NUTRIÇÃO DE ANIMAIS DE COMPANHIA – IISINPET 26 e 27 de setembro de 2014

Transcript of Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10%...

Page 1: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de cães e gatos

M. Sc. Gabr iel Far ia Est ival let PachecoZ o o t e c n i s ta , D o u t o ra n d o e m N u t r i ç ã o d e

A n i m a i s d e C o m p a n h i a - U F R G S

Porto Alegre, RS, 27 de setembro de 2014

II SIMPÓSIO DE NUTRIÇÃO DE ANIMAIS DE COMPANHIA – IISINPET26 e 27 de setembro de 2014

Page 2: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Produção de arroz

Ingrediente básico na alimentação humana e de animais decompanhia (Kahlon, 2009; Ryan, 2011)

FAO, 2014

↑ Coprodutos?

Page 3: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Casca

QuireraFarelos

“Óleo”

Integral

DesengorduradoParboilizado

Desengordurado e Desfitinizado

Coprodutos da industrialização do arroz

Fitato

Page 4: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Fatores que interferem na composição nutricional dos coprodutos

Variedade genética

Condições ambientais de cultivo

ProcessamentoBruniçãoPolimento

Ryan, 2011

Page 5: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Coprodutos do arroz

Itens, % FAI FAP** FAD Quirera Casca

Umidade 11 10 9 12 8

PB 13 14 15 8 -

EE 14 24 1,6 1,1 -

FB 8 13 12 0,5 44

MM 9 11 10 1 20

Ca 0,2 0,3 0,1 0,04 -

P total* 1 1,4 1,9 0,17 -

P disponível 0,2 0,2 0,3 0,02 -

Adaptado de Rostagno (2011)

Tabela 1. Composição nutricional média de coprodutos do arroz

*Elevados teores de ácido fítico

Page 6: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Tabela 2. Coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca (CDAMS), da matéria orgânica(CDAMO), da proteína bruta (CDAPB), do extrato etéreo hidrólise ácida (CDAEEHA) e da energia bruta(CDAEEHA) do milho integral, milho degerminado, sorgo integral e quirera de arroz em cães.

Cereal CDAMS (%) CDAMO (%) CDAPB (%) CDAEEHA (%) CDAEB (%)

Quirera de arroz 95,0a 95,6a 82,6a 92,7a 95,1a

Milho integral 86,3b 87,2b 73,3b 88,7b 86,8b

Milho degerminado 67,8c 71,6c 69,6b 79,5c 72,8c

Sorgo integral 86,4b 87,5b 71,0b 86,9b 87,2b

Adaptado de Duarte et al., 2006

Page 7: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Ingredientes CDMS CDPB CDMO CDEEA CDAMIDO CDFDT

Milheto 85,9a 80,3a 87,4a 82,1ab 99,1a 65,5a

Quirera de Arroz 90,5a 75,3bc 90,9a 66,8c 99,2a 73,9a

Gérmen de Milho 65,5b 65,6d 66,6b 48,2d 95,5b 23,4c

Sorgo 90,5a 88,4a 89,6a 78,6b 98,7a 73,6a

Farelo de Trigo 59,3c 68,2cd 55,4c 53,8d 89,6c 20,2c

Milho 89,3a 88,4a 87,1a 83,0ab 98,5a 50,1ab

Farelo de Arroz 55,0c 72,9bcd 58,9c 85,2ab 90,4c 11,7c

Tabela 3. Coeficiente de digestibilidade aparente dos nutrientes deingredientes extrusados para cães calculado pelo método de diferença.

Adaptado de Sá Fortes et al., 2010

Page 8: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Variáveis Equação de regressão Valor estimado SEM R2

Valor nutricional, kcal/kg (base na MS)

ED 4,139.72 - 4.68973 x % of FFRB 3,671 43.1 0.73

EM 3,974.56 - 5.31339 x % of FFRB 3,443 45.3 0.76

Coeficiente de digestibilidade aparente, %

PB 84.4377 - 0.09612 x % of FFRB 74.8 1.4 0.49

MS 86.9258 - 0.2641 x % of FFRB 60.5 1.3 0.91

EEHA 93.6274 - 0.0524 x % of FFRB 88.4 0.9 0.42

EB 89.3315 - 0.185498 x % of FFRB 70.8 0.9 0.91

EM, %

EB 85.8663 - 0.194663 x % of FFRB 66.4 0.1 0.91

Pacheco et al. (2014)

Tabela 4. Equações de regressão linear para estimar os valores de energia digestível e metabolizável,coeficientes de digestibilidade aparente dos nutrientes e da energia do farelo de arroz integral em cães.

Page 9: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

ItensSpears et

al. (2004)

NRC

(2006)

Lacerda et

al. (2010)

Butolo

(2010)

Sá Fortes et

al. (2010)

Rostagno et

al. (2011)

Pacheco et

al. (2014)

Umidade % 7,9 9,4 5,6 12,5 9,2 10,7 11,4

PB % 15,6 14,0 13,3 11 13,1 13,1 12,5

FDT % 21,4 - - - 32,1 - -

FB % - 11,4 17 13 - 8,1 6

EEHA % 23,3 - - - - - -

EE % - 13,8 21,8 12 16,5 14,5 14,4

MM % 8,5 9,4 7,8 12 9,9 9 -

EB (kcal/kg) 5.440 - 4.101 - 4.562 4.335 4.521

EM (kcal/kg)* - 3.860 - - 2.866 - 3.443

Tabela 5. Composição nutricional do farelo de arroz integral na matéria seca.

Page 10: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Farelo de arroz integral

Elevada quantidade de óleo (12 – 23%) (Gerhardt & Gallo, 1998) Acidificação

Peroxidação

Ácido fítico (Mcknight,1996)

Page 11: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Dietas testes1Primeira escolha2 Relação de consumo3

% P-value IR SEM P-value

0 vs. 20% FFRB 34(16) 0.03 0.38 0.06 0.069

0 vs. 40% FFRB 57(25) 0.36 0.59 0.07 0.177

20 vs. 40% FFRB 64(30) 0.06 0.59 0.06 0.134

Pacheco et al. (2014)

Tabela 6. Preferência alimentar de dietas contendo diferentes níveis de farelo de arroz integralpara cães.

Dieta A x B na RI da dieta Ab

Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03

Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha) e Razão de ingestão (RI) da dieta A(Controle) em relação à dieta B (10% farelo de arroz).

Sabchuk et al. (2014)

O farelo de arroz integral é muito palatável para cães adultos

Page 12: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

ItensTratamento

FAD 12 % FAI 12 % P-value

Teste de palatabilidade 1 (gordura de frango)

Quantidade consumida, g/d 122 316 0,01

Relação de consumo 0,27 0,73 0,01

Teste de palatabilidade 2 (óleo de soja)

Quantidade consumida, g/d 199 298 0,19

Relação de consumo 0,39 0,61 0,14

Tabela 8. Dados coletados no teste de palatabilidade 1 e 2

Adaptado de Spears et al. (2004)

Page 13: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Farelo de arroz integral estabilizado

Concentração plasmática de taurina e gatos alimentados com dietascontendo 26% de FAI (MS)

Stratton-Phelps et al. , 2002

Concentração sanguínea de taurina e gatos alimentados com dietascontendo 26% de FAI (MS)

Page 14: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Farelo de arroz desengordurado

ItensSpears et

al. (2004)

Vasconcellos &

Carciofi (2008)

Butolo

(2010)

Rostagno et

al. (2011)

Dadalt

(2012)

Umidade % 9,0 11,4 13 10,4 12,3

PB % 20,2 15,5 15 15,5 15,3

FDT % 28,8 26,6 - -

FB % - 8,8 12 - -

EEHA % 5,5 1,3 - - -

EE % - - 1 1,65 -

MM % 2,2 13,6 12

EB (kcal/kg) 4.260 - - 3.494

EM (kcal/kg)* - - 2.450 2.140

Tabela 9. Composição nutricional do farelo de arroz desengordurado na matéria seca.

Page 15: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Farelo de arroz desfitinizado

Itens FAD FAD + fitase FADD

Coeficiente de digestibilidade, %

Matéria seca 55b 63a 61a

Energia bruta 62b 67a 69a

Proteína bruta 52b 60a 66a

Energia metabolizável 2.140c 2.288b 2.520a

Adaptado de Dadalt (2012)

Tabela 10. Coeficiente de digestibilidade da MS, da EB e da PB e energiametabolizável do FAD, FAD + fitase e do FADD em dietas para suínos emcrescimento

Page 16: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

ItemTratamentos

0% FFRB 20% FFRB 20% FFRB + EB 40% FFRB 40% FFRB + EB

Composição química analisada

Ca, % 0,79 1,26 1,17 1,17 1,09

P, % 0,77 1,21 1,19 1,45 1,45

Ca:P 1,02 1,04 0,98 0,81 0,75

Consumo de P, g 8,03 12,5 12,1 14,9 15,0

P na urina, g 3,20 4,08 3,92 5,84 6,19

P nas fezes, g 8,18 11,1 11,4 14,4 15,7

Balanço de P -3,35a -2,68a -3,26a -5,36b -6,96b

Consumo de Ca, g 8,61 13,0 11,9 13,3 12,8

Ca na urina, g 1,43 1,56 1,61 0,87 0,61

Ca nas fezes, g 8,15 11,0 11,0 14,4 14,9

Balanço de Ca -0,97a -0,77a -0,77a -2,02b -2,73b

Tabela 11. Composição química das dietas experimentais contendo diferentes níveis de farelo de arrozintegral, suplementados ou não com complexo enzimático e consumo, excreção e balanço de Ca e P

Adaptado de Pacheco et al. (2014)

Page 17: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Considerações finais

A utilização de coprodutos da industrialização do arroz pode seralternativa economicamente viável para reduzir os custos de produção

O Farelo de arroz é palatável para cães

Demandas... Padronização dos coprodutos do arroz

Componentes bioativos e promotores de saúde

Page 18: Coprodutos da industrialização do arroz na alimentação de ... arroz.pdf · Controle x 10% farelo de arroz 31 0,45 + 0,03 Tabela 7. Número de visitas ao pote (primeira escolha)

Gabriel Faria Estivallet Pacheco [email protected]

(55) 9175-1523 (51) 9808-2325

20 e 21 de novembro de 2014 – Lavras, MGhttp://www.dzo.ufla.br/simposiocaesegatos

Dúvidas?