Correio Carambeiense

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SÁBADO, 29 DE NOVEMBRO 2014 EDIÇÃO 95 ANO II * DIRETOR/EDITOR: GLEYDSON CARLOS EDIÇÃO SEMANAL | TIRAGEM 2 MIL EXEMPLARES R$ 2,00 NA REDAÇÃO Rio que abastece Carambeí “O rio apresenta problemas bastante complicados e precisa ser cuidado”. Com este alerta, a professora Ana Maria Ge- alh, chamou a atenção para a degradação da bacia do Rio São João, que abastece o município de Carambeí. Entre os problemas apontados pelo estudo está a questão do im- pacto causado pela atividade agropecuária, situação em parte minimizada pelo uso do sistema do plantio direto, mas complicada com o aumento do plantio de pinus; instalações inadequadas (casas, chiqueiros), em áreas de preservação. Leandro Buturi, 27 anos, foi encontrado morto pela esposa nos fundos da residência na tarde d último domingo. Ele co- meteu suicídio. O rapaz morava com a esposa e uma filha, de aproximadamente um ano de idade na Rua Pau Brasil, no Bairro Eldorado. A esposa disse à polícia que foi até os fundos da residência e encontrou o marido pendurado pelo pesco- ço, envolto pelos fios de uma rede de descanso. A mulher não soube explicar os motivos que levaram o marido ao suicídio. está em degradação RAPAZ COMETE SUICÍDIO

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Edição 95

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SÁBADO, 29 DE NOVEMBRO 2014

EDIÇÃO 95 ANO II *DIRETOR/EDITOR: GLEYDSON CARLOS EDIÇÃO SEMANAL | TIRAGEM 2 MIL EXEMPLARES

R$ 2,00 NA REDAÇÃO

Rio que abastece Carambeí

“O rio apresenta problemas bastante complicados e precisa ser cuidado”. Com este alerta, a professora Ana Maria Ge-alh, chamou a atenção para a degradação da bacia do Rio São João, que abastece o município de Carambeí. Entre os problemas apontados pelo estudo está a questão do im-pacto causado pela atividade agropecuária, situação em parte minimizada pelo uso do sistema do plantio direto, mas complicada com o aumento do plantio de pinus; instalações inadequadas (casas, chiqueiros), em áreas de preservação.

Leandro Buturi, 27 anos, foi encontrado morto pela esposa nos fundos da residência na tarde d último domingo. Ele co-meteu suicídio. O rapaz morava com a esposa e uma filha, de aproximadamente um ano de idade na Rua Pau Brasil, no Bairro Eldorado. A esposa disse à polícia que foi até os fundos da residência e encontrou o marido pendurado pelo pesco-ço, envolto pelos fios de uma rede de descanso. A mulher não soube explicar os motivos que levaram o marido ao suicídio.

está em degradaçãoRAPAZ COMETE SUICÍDIO

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SÁBADO, 29 DE NOVEMBRO 2014

| EDITORIAL | | MARCAS DA HISTÓRIA |

por Edi Raquel Bueno

EDITORA CARAMBEÍ | GLEIDSON CARLOS GREINERT - MEI | CNPJ: 13.836.805/0001-11 END. RUA BELO HORIZONTE - J. BRASÍLIACONTATOS: REDAÇÃO (42) 9937 - 9077 [email protected] /FINANCEIRO/ COMERCIAL (42) 9937 [email protected] /

Um Presidente do Brasil já visitou Carambeí

[email protected]

Harmônicos, porém independentesNo início do Século passado

chegava a primeira leva de imigrantes holandeses

que saiu de sua terra natal com a promessa que nestas paragens do Brasil o solo era adequado para plantação. Na verdade só eles sou-beram a dificuldade que sofreram para transformar o que é Carambeí hoje.

A força do Cooperativismo era um estímulo para não desistirem do seu sonho, pois a terra bruta ainda dependia de vários cuidados para se tornar produtiva.

Muitos anos se passaram e hoje se concentra aqui a maior Colônia de Holandeses do País. E o resultado da fé e perseverança desta gente está na Cooperativa Agropecuária Batavo (Hoje, Cooperativa Agroin-dustrial Batavo), uma das maiores do Brasil e é o retrato de um povo unido e voltado para o trabalho.

No ano de 1991 quando Caram-beí era distrito de Castro, a Batavo completava os seus 50 anos.

Era a primeira vez na história de Castro que um Presidente da Re-pública, Senhor Fernando Collor de Mello, vinha ao município, no distri-to de Carambeí.

O Prefeito de Castro era Dr. Rei-naldo Cardoso. Este ficou honrado com a presença do Presidente nas comemorações alusivas ao cin-qüentenário da Batavo. Naqueles

dias também aconteceria a nona edição da Expoleite na Castrolan-da.

Collor falou para o público pre-sente, e em seguida recebeu uma estatueta do então Presidente da Cooperativa Agropecuária Batavo, Senhor Dick Carlos de Geus. Logo depois aconteceu o cerimonial que previa o desfile de máquinas agrí-colas, utilizadas quando dos pri-meiros holandeses no Brasil.

Autoridades convidadas para o cerimonial: o Governador do Pa-raná, Senhor Roberto Requião, o Senador José Eduardo Vieira, o Deputado Federal Otto Santos da Cunha, e o Deputado Estadual Dr. Domingos Faustino de Carvalho.

Para a visita de Collor foi arma-do um palanque medindo 120m² com capacidade para 80 pessoas credenciadas, sendo que 40 luga-res foram reservados para a co-mitiva presidencial. Em seguida o Presidente foi à Ponta Grossa onde foi recebido pelo Prefeito, Senhor Pedro Wosgrau Filho. Na ocasião, inaugurou mil casas residenciais.

Fato que não esqueço foi quan-do o Presidente saiu com sua co-mitiva do Clube Social e Rachel, minha filha que na época tinha 9 anos, escapou das minha mãos e correu ao encontro do Sr Fernando Collor que a abraçou e a beijou na testa.

A educação municipal de Carambeí voltou nessa semana ao centro dos

holofotes por conta de um pro-jeto de lei aprovado pela Câ-mara Municipal que autorizou a Prefeitura a reduzir os salários dos professores que ingressa-rão no município por meio do concurso público (ler matéria pag.3). A desvalorização des-ses servidores é cada vez mais evidente. O professor é um dos elementos mais importan-tes dentro da sala de aula, pois tem por função muito mais que transmitir conhecimento: edu-car nossas crianças! E isso, com certeza, perpassa as paredes das salas de aulas.

Por outro lado, toda essa si-tuação nos remete a outro fato preocupante. É função da Câ-mara Municipal acompanhar os gastos e fiscalizar como estão sendo geridos os recursos. A administração pública é com-posta, ou pelo menos deveria ser por pessoas capacitadas que entendem como planejar cada recurso público.

Contudo, se observa que fa-lhas - boa parte causadas pela notável ingerência -, também passam a ser responsabilidade do poder Legislativo que ora se omite, ora se torna conivente, como podemos constatar essa semana. Fato é que a maio-ria dos vereadores aprovou a abertura de vagas atreladas a redução dos salários dos pro-fessores por não querer con-trariar o Governo Municipal. A Casa de Leis tem autonomia e, se quisesse, poderia analisar de forma distinta a abertura de va-gas e a situação financeira em seguida. Fato semelhante, de projeto aprovado às pressas e sem melhor debate, já ocorreu no passado, quando a Câmara concedeu o aumento no salário do prefeito, sob justificativa de melhorar a saúde, abrindo va-gas para médicos plantonistas e as contratações de médicos especialistas, que até agora até agora não ocorreram.

É preciso que a Câmara co-mece a fazer jus ao seu papel de órgão fiscalizador, não se es-quecendo que se trata de dois poderes. E, apesar de harmôni-cos, precisam ser independen-tes. Cortar gastos na educação, por exemplo, é ceifar de algum modo o futuro de nossa socie-dade

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Da redação

Da redação

Prefeitura faz cortes em salários de professores

Jussara defende cobrança de estacionamento

A fim de cortar despe-sas e suportar a crise financeira que assola

o governo municipal, a secre-taria de Educação da Prefei-tura de Carambeí entrou para a lista de cortes do prefeito Osmar Blum (DEM). Nessa semana, a Câmara Municipal aprovou, de autoria do Exe-cutivo, projeto de lei que abre vagas para a contratação de professores com carga horá-ria de 40 horas semanais para trabalhar nos Centros Mu-nicipais de Educação Infantil (CMEIs).

A matéria aprovada por maioria dos votos, com ex-ceção dos vereadores Eli-sangela Pedroso (PRP) e Élio Ratinho (PT), virou o centro de polêmica durante a sessão ordinária da Câmara Munici-pal na última terça-feira. Jun-to à abertura de vagas, a Pre-feitura atrelou, para garantir a aprovação pelos vereadores, um projeto de lei que reduz a remuneração dos professo-res que ingressarem na rede municipal de ensino. A nova redação, que entrará em vi-gência nos próximos dias, es-tabelece que os professores que contratados através de concurso público receberão nos três primeiros anos (es-tágio probatório) somente o piso nacional, independe de seus títulos.

A decisão da Prefeitura re-voltou os professores que já trabalham na rede munici-pal, contratados por meio de teste seletivo, e pretendem concorrer às vagas. Uma co-mitiva de educadores acom-panhou a votação durante a sessão ordinária da Casa de Leis. “Existia uma conquista que garantia o direito dos professores, mas, agora, es-tamos regredindo”, assinalou a professora Juliana Mena-rim. “Existirão duas classes de professores, porque quem de nós conseguir passar no con-curso público, por três anos, vai receber menos que um professor que já está traba-lhando, independente dos títulos; pós-graduado, mes-

Para melhor organização do trânsito na cidade, a vereadora Jussara Tonon (PTN) apresen-tou essa semana uma sugestão para a criação da autarquia de trânsito, bem como a instituição de cartão para estacionamento. Em sua indicação, endereçada ao prefeito Osmar Blum (DEM), Jussara defende “a democrati-zação do espaço público”. “Os condutores contam, atualmente, com poucas vagas destinadas a carros, motos e ônibus, táxis, veículos de cargas e descargas”, assinalou.

Na avaliação da vereadora, a regulamentação e cobrança do estacionamento beneficiam aos próprios usuários e também melhoram o trânsito. “Um gran-de número de pessoas deixam

O governador Beto Richa (PSDB) está retribuindo a votação ex-pressiva que obteve na última eleição por todo o Paraná. Passadas as eleições, Richa determinou o cancelamento de boa parte dos convênios firmados com as Prefeituras do estado. Em Carambeí, o CORREIO teve acesso com exclusividade ao documento (ofício 486/2014) enviado ao prefeito Osmar Blum (DEM). Ao todo, são qui-lômetros de calçamento poliédrico em que as obras se arrastaram por quase seis meses, e sequer concluiu dois quilômetros na locali-dade de Pilatos. As obras deveriam beneficiar ainda os moradores de Catanduvas e Areião. A empreiteira terá que entrar na justiça contra o município para poder receber a parte da obra executada.

Falando nisso, a empreiteira que é responsável pelas obras de calçamento é a mesma que voltou a abandonar as obras na Rua Paranapanema, no Boqueirão. Corre a boca pequena que a pa-ralisação das obras se deu em função do medo de um novo ca-lote por parte do estado. Infelizmente, quem sofrerá, mais uma vez, pelo descaso do poder público, será a população. Entre-tanto, a Prefeitura negou que a empreiteira não esteja receben-do e muito menos que as obras em outras regiões da cidade, como a liberação de recursos para as obras na Avenida dos Pio-neiros estão comprometidas. Dá pra acreditar num governador que não tem dinheiro nem mesmo para arcar com o 1/3 de fé-rias constitucional dos servidores estaduais? Temendo uma nova greve, professores e funcionários de escolas foram excluídos do calote e continuarão a receber o abono em parcela única no fim do mês de janeiro de 2015. Os demais servidores públicos do estado receberão o benefício constitucional em três parce-las — em janeiro, fevereiro e março — em virtude de proble-mas com o caixa. A informação é do Blog do Esmael Morais.

Vergonha para o estado, mas também para quem se utili-zou dessas obras como instrumento de campanha para an-gariar votos. Engana-se, não basta apoio, tem que ter influên-cia política, afirmou uma fonte ouvida pelo jornal, ao ironizar que os ratos também entram pelas portas dos fundos. Será?

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Embate entre vereadores ocorreu na aprovação do projeto considerado como ‘retrocesso’. Foto: Arquivo.

trado ou doutorado”, lamen-tou. “Nosso diploma não vale menos ou mais do que delas”, considerou.

Professora, Fabiane Ribei-ro avaliou a aprovação da alteração da lei como uma desvalorização da classe. “A gente percebe que a valori-zação está sendo pequena. O vereador [Bauke] deixou bem claro, desde a primeira vo-tação, que fazia o concurso quem queria, senão que pro-curasse concurso em outro município”, recordou. “Se nós moramos aqui, votamos aqui, nada mais justos que traba-lharmos aqui. Achei uma falta de respeito por parte, por-que nós estamos lutando por um direito, não estamos aqui para tomar o lugar de nin-guém. Não sabemos quem irá passar ou não no concur-so, por isso estamos pensan-do em todos”, disse.

A menção do vereador Bauke De Geus (DEM), líder do governo na Casa, que a professora se refere foi alvo de críticas por parte dos do-centes. No plenário, o ve-reador reconheceu que os professores devem ser valo-rizados, que se trata de um direito adquirido e quem está ganhando não perderá ne-nhum beneficio. “Irão abrir novas vagas, e essas vagas estão livres para quem qui-ser participar. São R$ 1,7 mil reais, se acharem pouco vão fazer concurso em outro lu-gar”, assinalou.

Durante a votação, a verea-dora Elisangela Pedroso (PRP)

se disse favorável à criação de vagas para professores, mas se posicionou contrária ao projeto de lei por entender que se trata de um retrocesso na educação. “Os professores lutaram e batalharam por seu plano de carreira e, hoje, essa alteração da lei vem trazen-do um retrocesso”, afirmou. “Infelizmente foi apresenta-do aqui como a única solu-ção para o momento, mas eu acreditaria nisso se houve uma estruturação dentro do governo municipal, onde já estariam dispensando cargos comissionados, cortando ho-ras extras, deixando apenas para serviços essenciais, e aonde não tivesse mais nada para fazer”, falou.

“Eu seria a primeira a apro-var esse projeto, porque ha-veriam esgotado todas as possibilidades. Fico triste em saber que tem um governo que quer mexer na educação e saúde, como foi colocada aqui pela secretária de Finan-ças durante audiência públi-ca, que falou da possibilidade de cortar um médico pelo alto salário”, disse. “Temos que ver a necessidade, saúde e educação são prioridades”, destacou Elisangela.

Por sua vez, o vereador Élio Ratinho (PT), o segundo voto negativo ao projeto, afirmou não ser contra a criação das vagas de professores, mas rejeitou o projeto de lei por perceber que se trata de re-trocesso aos direitos dos pro-fessores. “Da forma que foi aprovado o projeto serão três anos recebendo o piso sala-

seus carros nas ruas como bem entendem, sem mesmo lugar para estacionar e alguns ficam o dia todo no mesmo lugar esta-cionado”, destaca a parlamentar, ao comparar com as zonas de trânsito existentes nas cidades vizinhas de Castro e Ponta Gros-sa.

“O tempo máximo é de per-manência é de cinco horas, onde os veículos recebem um cartão, o qual é preenchido os campos com dia, hora, mês e horário, cabendo aos usuários só preencherem a caneta”, ex-plicou Jussara, ao acrescentar que passado o horário previsto o motorista do veículo receberá multa. “Haverá mais respeito nas ruas para as pessoas que vão estacionar seus carros”.

BETO RICHA

rial, ou seja, os direitos dos professores vão retroceder”, salientou. “Se nós queremos

uma educação de qualidade, o primeiro a ser valorizado é o professor”.

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“O rio apresenta proble-mas bastante complica-dos e precisa ser cuidado”.

Com este alerta, a professora Ana Maria Gealh, chamou a atenção para a degradação da bacia do Rio São João, que abastece o município de Carambeí. A preocupação com o futuro do rio integra o diagnóstico elaborado por uma equipe multidisciplinar da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e mais 13 instituições e que resultou na publicação do livro “Rio São João Carambeí, PR: fon-te de vida, cuidados devidos” (Editora UEPG), lançado nesta terça-feira (25), em cerimônia no Parque Histórico de Ca-rambeí, com a presença de autoridades, empresários, produtores, trabalhadores, pesquisadores e lideranças comunitárias.

Como organizadora do li-vro, juntamente com o pro-fessor Mário Sérgio de Mello (Departamento de Geociên-cias/UEPG), a professora Ana Maria Gealh agradeceu às empresas, instituições, enti-dades e pessoas que contri-buíram para o trabalho de pesquisa de campo e de la-boratório, com duração de 12 meses. O estudo do Rio São João foi semelhante ao realizado no Rio Pitangui, de Ponta Grossa, e traduzido na publicação do livro “Pitangui, rio de contrastes – seus luga-res, seus peixes, sua gente”.

De acordo com a pesquisa-dora, o estudo concluiu que as águas do Rio São João mostram evidente contami-nação por poluentes, oriun-dos tanto da zona urbana como da zona rural. Os or-ganizadores afirmam que a poluição já está ultrapassan-do o alto potencial de auto--regeneração das águas do

Livro aponta para contaminação do S. João

Sanepar garante

qualidade da água

Da redação

Com Assessorias

Professora Ana Maria Gealh (UEPG).

Ex-secretária de Meio Ambiente, Michelle Engles

rio, apesar da presença de muitas quedas e corredeiras, facilitadores da oxigenação da água.

A coordenadora da Agenda 21 Local, professora da rede estadual de ensino, Michele Engels (ex-secretária de Meio Ambiente de Carambeí), re-forçou a preocupação em re-lação ao futuro do manancial do São João, apresentando o documento elaborado a par-tir das oficinas da Agenda 21 da Bacia do Rio São João, em 2011.

As discussões entabuladas nas oficinas também contri-buíram para a constituição do Pacto das Águas do Rio São João, compromisso fir-mando entre governo, ini-ciativa privada, sociedade organizada e a população para a recuperação daquela bacia hidrográfica, composta ainda pelo Rio Lajeado. Mi-chele Engels relata que todo esse trabalho foi apresentan-do no Fórum da Agenda 21 Local, onde a comunidade foi convidada a participar direta-mente do processo e apontar soluções para a recuperação do Rio São João.

Entre os problemas apon-tados, Michele Engels des-taca a questão do impacto causado pela atividade agro-pecuária, situação em parte minimizada pelo uso do sis-

tema do plantio direto, mas complicada com o aumento do plantio de pinus; insta-lações inadequadas (casas, chiqueiros), em áreas de pre-servação ambiental perma-nente (APP); assoreamento pelo mau planejamento das estradas e mau uso do solo; mau uso da água, com des-pejo inadequado de efluen-

Ouvido pela reportagem, o fiscal e programador de redes da Sanepar em Carambeí, Léo da Silva, garante que a água tratada pela empresa e distri-buída à população atende a todos os requisitos de quali-dade, certificados diariamente através de medições e análises que comprovam a qualidade para o consumo. “O estudo comprovou que o Rio Pitangui está contaminado e em boa parte se dá pelos poluentes que partem do Rio São João. No entanto, é importante fri-sar que a barra onde se coleta a água para tratamento está bem acima de onde suposta-mente haveria essa contami-nação”, destacou Silva.

O fiscal afirma que a Sanepar possui um rigoroso sistema que afere a cada 15 minutos a qualidade da água. “Temos indicação zero de contamina-ção. E, em caso de qualquer problema com a água cole-tada, nós imediatamente sus-pendemos a coleta. Como é de praxe, mensalmente emiti-mos um relatório à secretaria municipal de Meio Ambiente, que acompanha o trabalho”, tranquilizou.

tes industriais e domésticos; uso de agrotóxico e descarte incorreto de embalagens; e destinação incorreta de resí-duos sólidos e animais mor-tos. Como aspecto positivo apontou o sentido de preser-vação dos produtores locais, que mantém praticamente intacta a área de cerrado da região.

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Da redação

É certo afirmar que boa-tos criados, sobretudo, na internet, têm a cada

dia mais se transformado ins-tantaneamente em pseudo-verdades. Ao mesmo tempo em que a rede mundial dis-ponibiliza acesso fácil às infor-mações, de outro lado há um bombardeio de dados falsos, que surgem com frequência e são disseminados com imensa facilidade e rapidez pelo mun-do virtual. Como se não bas-tasse, o Whatsapp, aplicati-vo para envio de mensagens instantâneas, tem colaborado também para a propagação de arquivos como vídeos e imagens - que incitam crimes, incluindo conteúdos porno-gráficos e difamatórios, que fogem do simples boato. Mas, e aí, qual a força de um boato, visto que na maioria das vezes causam pânico ou situações embaraçosas para as vítimas da “boataria”?

Nos últimos dias, após a di-vulgação da prisão de policiais militares pelo Comando de Operações Especiais (Cope) da Polícia Civil, que desarti-culou em Curitiba (PR) uma quadrilha responsável por es-tourar caixas eletrônicos pelo estado (agia também nos Campos Gerais), propagou-se a notícia de uma suposta prisão de membros do Desta-camento Militar de Carambeí, entre eles, o sargento Aniceto Marques Portes. O fato se es-palhou com o assalto e explo-são de três caixas eletrônicos que ocorreu no início do mês em uma agência do banco Itaú na Avenida dos Pioneiros, em Carambeí.

Ouvido pelo CORREIO, o cabo Sérgio, que atualmen-te comanda o Destacamento Militar na cidade, esclarece que a prisão de policiais mili-tares de Carambeí não passa de boatos. “O sargento Portes encontra-se de férias desde o dia 27 de novembro, confor-me escala de serviço, e a equi-pe de policiais está completa”, informou.

Ainda sobre o fato, o policial

Boatos sobre prisão de PMs são desmentidos

Cabo Sérgio substitui o sargento Portes no comando do Destacamento Militar. | Foto: Gleydson Carlos. acredita que os boatos se de-ram em função da prisão dos policiais de Curitiba ter ocorri-do muito próximo à data em que o sargento saiu de férias. “Porém, quando o crime ocor-reu, ele [sargento] não estava mais no comando”, recordou. “O Portes tem uma vida pre-gressa dentro do comando bastante ilibada. Inclusive, po-derá retornar no dia 2 de de-zembro, quando se encerram as férias, como subcoman-dante e não mais como sar-gento, pois foi indicado a uma promoção”, adiantou Sérgio.

Por telefone, o delegado de Polícia Civil, Marcus Vinicius Sebastião, que comanda as investigações dos crimes de assalto aos bancos na cidade, negou o envolvimento de po-liciais militares de Carambeí. Ele afirmou que pretende abrir inquérito policial para desco-brir de onde partiu essa infor-

mação falsa. “Sou responsável pelas investigações e posso afirmar que não há nada con-tra nenhum dos policiais mi-litares de Carambeí, inclusive contra o sargento Portes. Na verdade, sobre nenhum PM da região”, garantiu. “Ele [Por-tes] sempre teve uma conduta muito correta à frente do Des-tacamento Militar”, garantiu.

Sebastião alerta que acusa-ções como essas mexem com a moral das pessoas e que o código penal prevê penas ri-gorosas para quem comparti-lha dessas falsas informações. “Como servidores públicos estamos sujeitos as críticas da população pelo nosso traba-lho, mas não se pode aceitar que acusações como essas [calúnia e difamação] prejudi-quem quem trabalha de for-ma honesta e correta dentro da corporação”, observou o delegado.

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Destaque para a família Sil-veira. Mais um belo trabalho de Lucas Los Foto-grafia.

Rafael Kremer co-memorou recente-mente idade nova ao lado da esposa Bruna.

O cantor Erivelton (Chocolate) estreou idade nova. Felici-dades!

Boas vindas a mais nova inte-grante das famílias Pedroso e Dzazio, Gabriela. Na foto, com a irmã Amanda. Parabéns a mamãe Gisele.

Os irmãos Augusto e Karol Kloster comemoram ani-versário. Parabéns!