Correio da Umbanda - 2007-01 · 2014. 1. 21. · ˆ " ˛ # 7 ˘ :2 r \ # ˇ˘ˇ * 4˘ ˇ˘ˇ * ;...

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Edição 13 - J a n e ir o de 2 007 Correio da Umbanda Artig o - Au tor / R em eten te / I n stitu iç ã o.................................................................................... P ág U m b an da T em H istó ria, M as Até Q u an do? – M arc o B oein g / AS S E M A ................................... 02 O s E x u s – L u iz G om es D ias / T en da E sp í rita C ab oc l o T upi ..................................................... 04 M ediu n idade - E x traí do do C u rso de desen vol vim en to da T en da E sp í rita C ab oc l o T upi .......... 06 L u x o n a U m b an da? N ec essidades ou V aidade? – S an dro da C osta M attos / AP E U ............... 11 E n sin am en tos do C ab oc l o U b atu b a – Am e todas as c riaç õ es de D eu s - AP E U ....................... 12 P rec e a O x ossi – AP E U ............................................................................................................ 12 E n tidade Artif ic ial – V ovó B en ta / m en sag em da l ista da C h ou p an a do C ab oc l o P ery ............ 13 C h ac ras – G ab riel C af u re / G E C P A .......................................................................................... 16 O C an didato I n tel ec tu al - m en sag em da l ista da C h ou p an a do C ab oc l o P ery .......................... 20 Au to-ob sessã o - m en sag em da l ista da C h ou p an a do C ab oc l o P ery ....................................... 22 O rix á R eg en te do An o... – S é rg io K u n io K aw an am i / G E C P A .................................................. 26 A L ei da Atraç ã o – L au ro T revisan - E n viado p or Al ex an dre M oró s ......................................... 28 I AP f isc al iz a p tic a de c u l tos rel ig iosos n a S erra do M ar – E n viado p or S an dro da c osta M attos / AP E U ............................................................................ 29 P reservar a N atu rez a, N ossa M aior O b rig ã o - P au l o C . L . V ic en te / T E S E ........................... 30 O s E x u s e N ossos C arm as! - m en sag em da l ista da C h ou p an a do C ab oc l o P ery ................. 31 As V el as e P on tos R isc ados n o P ej i – L u iz G om es D ias / T en da E sp í rita C ab oc l o T upi .......... 32 U m a G ran de M en sag em ... – R ob erto S h in y ash ik i .................................................................... 33 E m B u sc a da E sp iritu al idade – M aria L u z ia N asc im en to / T em p l o A C am in h o da P az de P ai C ip rian o.............................................................................................................. 34 A E sp iritu al idade p el o C am in h o do O rien te – L eon ardo B of f .................................................... 34 A V on tade de D eu s – E n viado p or S an dra A . G on ç al ves / C en tro de U m b an da P ai J o de An g ol a .................................................................................................. 35 A R el aç ã o en tre o E sp iritism o e a U m b an da - D ou g l as C am il l o e E l eon ora K ira ...................... 36 U m Al erta – M arc o B oein g / AS S E M A....................................................................................... 39 AP E U 2 6 an os de F é e P tic a C aritativa - S an dro da C osta M attos/ AP E U ........................... 40 R oteiro de V iag em ao R io de J an eiro - M arc o B oein g / AS S E M A............................................. 41 I n stitu õ es q u e c on trib u í ram c om m aterial p ara esta ediç ão.................................................... 43 E x p edien te ................................................................................................................................ 46

Transcript of Correio da Umbanda - 2007-01 · 2014. 1. 21. · ˆ " ˛ # 7 ˘ :2 r \ # ˇ˘ˇ * 4˘ ˇ˘ˇ * ;...

  • Edição 13 - J a n e ir o de 2 0 0 7 Correio da Umbanda

    Artig o - Au tor / R em eten te / I n stitu iç ã o.................................................................................... P á g U m b an da T em H istó ria, M as Até Q u an do? – M arc o B oein g / AS S E M A ................................... 0 2 O s E x u s – L u iz G om es D ias / T en da E sp í rita C ab oc l o T u p i ..................................................... 0 4 M ediu n idade - E x traí do do C u rso de desen vol vim en to da T en da E sp í rita C ab oc l o T u p i .......... 0 6 L u x o n a U m b an da? N ec essidades ou V aidade? – S an dro da C osta M attos / AP E U ............... 1 1 E n sin am en tos do C ab oc l o U b atu b a – Am e todas as c riaç õ es de D eu s - AP E U ....................... 1 2 P rec e a O x ossi – AP E U ............................................................................................................ 1 2 E n tidade Artif ic ial – V ovó B en ta / m en sag em da l ista da C h ou p an a do C ab oc l o P ery ............ 1 3 C h ac ras – G ab riel C af u re / G E C P A .......................................................................................... 1 6 O C an didato I n tel ec tu al - m en sag em da l ista da C h ou p an a do C ab oc l o P ery .......................... 2 0 Au to-ob sessã o - m en sag em da l ista da C h ou p an a do C ab oc l o P ery ....................................... 2 2 O rix á R eg en te do An o... – S é rg io K u n io K aw an am i / G E C P A .................................................. 2 6 A L ei da Atraç ã o – L au ro T revisan - E n viado p or Al ex an dre M oró s ......................................... 2 8 I AP f isc al iz a p rá tic a de c u l tos rel ig iosos n a S erra do M ar – E n viado p or S an dro da c osta M attos / AP E U ............................................................................ 2 9 P reservar a N atu rez a, N ossa M aior O b rig aç ã o - P au l o C . L . V ic en te / T E S E ........................... 3 0 O s E x u s e N ossos C arm as! - m en sag em da l ista da C h ou p an a do C ab oc l o P ery ................. 3 1 As V el as e P on tos R isc ados n o P ej i – L u iz G om es D ias / T en da E sp í rita C ab oc l o T u p i .......... 3 2 U m a G ran de M en sag em ... – R ob erto S h in y ash ik i .................................................................... 3 3 E m B u sc a da E sp iritu al idade – M aria L u z ia N asc im en to / T em p l o A C am in h o da P az de P ai C ip rian o.............................................................................................................. 3 4 A E sp iritu al idade p el o C am in h o do O rien te – L eon ardo B of f .................................................... 3 4 A V on tade de D eu s – E n viado p or S an dra A . G on ç al ves / C en tro de U m b an da P ai J oã o de An g ol a .................................................................................................. 3 5 A R el aç ã o en tre o E sp iritism o e a U m b an da - D ou g l as C am il l o e E l eon ora K ira ...................... 3 6 U m Al erta – M arc o B oein g / AS S E M A....................................................................................... 3 9 AP E U 2 6 an os de F é e P rá tic a C aritativa - S an dro da C osta M attos/ AP E U ........................... 4 0 R oteiro de V iag em ao R io de J an eiro - M arc o B oein g / AS S E M A............................................. 4 1 I n stitu iç õ es q u e c on trib u í ram c om m aterial p ara esta ediç ã o.................................................... 4 3 E x p edien te ................................................................................................................................ 4 6

  • PÁGINA 2 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 Umbanda Tem História, Mas Até Quando?

    F u i ao R io de J an eiro, e en tre ou tros p asseios e visitas, ten tá vam os n os en c on trar c om D . Z il m é ia, f il h a e h erdeira de Z é l io de M oraes, en q u an to ag u ardá vam os u m c on tato, resol vem os ir visitar a c asa de Z é l io n o b airro de N eves, l oc al on de f oram f eitos os p rim eiros trab al h os de U m -b an da q u e se tem n otic ia ( p el o m en os of ic ial m en te) . T í n h am os ap en as a in dic aç ã o de seu en dereç o R u a F l orian o P eix oto, n u m ero 3 0 . C h eg an do à ru a tivem os a su rp resa de q u e a n u m eraç ã o h avia sido m u dada, m as em n ossa c ab eç a seria ate f á c il de ac h ar p ois m u ita g en te al i deveria c on h ec er a tal c asa. L edo en -g an o, su b im os e desc em os a ru a varias vez es, p erg u n tam os a m u ita g en te n ovos e vel h os e n in -g u é m sab ia n os diz er, c oisa q u e n os deix ou de c erta f orm a f ru strados, p ois p en sá vam os q u e p e-l o q u e l á ac on tec ia al g u é m l em b raria. J á está vam os p ara desistir q u an do dep ois de u m tel ef on em a q u e rec eb em os a p ró p ria D . Z il m é ia n o deu a in dic aç ã o de q u e o n ú m ero n ovo era “ oitoc en tos e p ou c o” . V ol tam os a an dar p el a ru a e l og o eu avistei a c asa, a rec on h ec i p or c au sa de u m a f oto q u e vi tem p os atrá s. J á n a c h eg ada n otam os o total ab an don o, se n ã o f osse p el o c arro n o p á tio p oderí am os ate ac h ar q u e estava ab an don ada. D esc em os e b atem os n o p ortã o, q u em n os aten deu f oi u m a n eta da irm ã de Z é l io q u e é q u em m ora n a c asa h oj e em dia, e de c ara j á deix ou b em c l aro q u e n ã o estava a von tade c om a n ossa visita. Q u an do ex p l ic am os a el a q u e q u erí am os tirar u m as f otos, p ois al i era u m l oc al im p ortan te p ara a h istó ria da U m b an da, el a deix ou c l aro q u e n ã o g ostava de U m -b an da, e q u e “ g raç as a D eu s el a n ã o tin h a m u ito c on tato c om aq u el a p arte da f am í l ia, p ois era c ató l ic a e j á h avia ac ab ado c om tu do daq u el a é p oc a” . F ru strados, revol tados, e até p osso diz er tristes saí m os dal i... E p ara c om p l etar n ossa tristez a sou b em os tam b é m q u e a T en da N ossa S en h ora da P ie-dade, está sem sede, u m a vez q u e teve de en treg ar o im ó vel , e h oj e só real iz a u m a sessã o p or m ê s n a C ab an a do P ai An ton io, n a B oc a do M ato em C ac h oeira do M ac ac u . R el atei tu do isto ac im a, p ara p oder esc rever o q u e vou esc rever... N ó s U m b an distas n os arvoram os em f al ar q u e devem os n os def en der dos “ ou tros” , c ria-m os m ovim en tos, c riam os “ esc ol as” , p assam os a b rig ar en tre n ó s m esm os p ara p rovarm os q u e som os “ m ais” U m b an distas q u e os ou tros, m as esq u ec em os de c oisas im p ortan tes, c om o p re-servar e dif u n dir n ossa h istó ria. I n dep en den te da E sc ol a q u e seg u im os, ou da n ossa c ren ç a em rel aç ã o ao su rg im en to da U m b an da, tem os de ser rac ion ais e en ten der q u e o “ an u n c io of ic ial ” , o M arc o da U m b an da é o dia 1 5 de N ovem b ro de 1 9 0 8 , p or m eio de Z é l io de M oraes e do C ab oc l o das 7 E n c ru z il h adas. M e c h oc a estar en tre U m b an distas, p essoas esc l arec idas e ao f al arm os de D . Z il m é ia, al g u é m ol h ar a p erg u n tar: “ Q u em é D . Z il m é ia? ” D ep ois q u e c om eç am os a f al ar sob re n ossa in dig n aç ã o, c om eç aram a ap arec er al g u n s g ru p os q u e seg u n do el es “ j á tin h am p roj etos em an dam en to” . Q u e p roj etos sã o estes? P or q u e a c om u n idade U m b an dista n ã o estava sen do in f orm ada p ara p oder de al g u m a f orm a aj u dar? O u será q u e el es q u erem f az er tu do soz in h os p ara dep ois p oderem en c h er a b oc a e diz er “ f u i eu q u em f ez ” ?

  • PÁGINA 3 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 Umbanda Tem História, Mas Até Quando? (continuação)

    T eve g en te q u e c h eg ou ate a l ig ar p ara a f am í l ia p ara diz er q u e tin h a g en te m ex en do n is-to, c om o se el es tivessem ex c l u sividade. M as estou esc reven do n ã o p ara c ritic ar, p ois n em é p rec iso, os atos f al am p or si. E sc revo p ara c on c l am ar os verdadeiros U M B AN D I S T AS , aq u el es q u e am am esta rel ig iã o e n ã o a tem c om o u m m eio de g an h ar a vida, vam os f az er al g u m a c oisa p ara sal var a n ossa h is-tó ria. T en h o u m a sim p l es su g estã o, c l aro q u e tu do dep en de da ac eitaç ã o da F am í l ia de D . Z il -m é ia: q u e tal l an ç arm os u m a c am p an h a n ac ion al de arrec adaç ã o, on de as c asas en tre seu s f i-l h os e c on su l en tes arrec adariam R $ 1 , 0 0 de c ada p essoa, dep ositarí am os n u m a p ou p an ç a ab er-ta em n om e da T en da N .S ra. da P iedade, e assim em p ou q u í ssim o tem p o ten h o a c ertez a terí a-m os o su f ic ien te p ara adq u irir a c asa de N eves e assim a T en da p oderia f az er l á su a sede, ou sej a vol taria as orig en s, ten h o c ertez a q u e Z é l io e o C ab oc l o das 7 E n c ru z il h adas f ic ariam m u ito f el iz es... E tam b é m p oderí am os reu n ir todo o m aterial q u e está esp al h ado p or ai ( ví deos, á u dios, f otos, rep ortag en s, etc ) e c riar u m p eq u en o M u seu , l á m esm o n a c asa de N eves, assim c om c er-tez a darí am os op ortu n idades e q u em q u iser c on h ec er m ais sob re a n ossa h istó ria. É c l aro q u e p ara isto ac on tec er p rec isarem os da b oa von tade das p essoas q u e tem estes m ateriais... L em b rem -se, só vai ter u m f u tu ro aq u el e q u e c on h ec e e p reserva seu p assado, ou voc ê s ac h am q u e u m a á rvore p ode ser sep arada de su as raí z es? Marco Boeing

    A s s ociaç ã o E s p irit u al is t a Mens ageiros d e A ru and a C u rit ib a-P R

    [email protected]

  • PÁGINA 4 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 O s E x ú s

    An tes de tu do, g ostaria de esc l arec er q u e m in h a in ten ç ã o, n ã o é in f l u en c iar n in g u é m a p en sar da m esm a f orm a q u e eu e sim esc l arec er al g u n s p on tos ob sc u ros q u e ain da p airam so-b re estes trab al h adores in c an sá veis, in j u stiç ados, in c om p reen didos e m u itas vez es até c on f u n di-dos c om en tidades do m al , diab os, en f im , p arte deste c on c eito deve-se à visã o detu rp ada q u e as p essoas tem ao dep arar-se c om u m a im ag em destas q u e sã o ven didas n as c asas de artig os re-l ig iosos e tam b é m p el a ig n orâ n c ia dos m esm os em n ã o p roc u rar os devidos esc l arec im en tos a resp eito destas en tidades m aravil h osas e de g ran de val ia p ara as c asas de U m b an da. An tes de c om eç arm os a dissertar sob res val orosos e h u m il des trab al h adores esp iritu ais, tem os q u e ten tar desc ob rir a orig em da etim ol og ia do n om e E X Ú . N a á f ric a, em c u l tos n ativos, o E X Ú , en tã o orix á m en sag eiro, era l ig ado ao el em en to f og o, o q u e p ara as dou trin as j u daic o-c ristã s era e é a f erram en ta do diab o p ara f az er arder à s al m as p ec adoras n o in f ern o, sen do assem el h ado p or isto a L ú c if er. Ac redita-se tam b é m q u e p or su as rep resen taç õ es q u e sig n if ic ava a en erg ia, a rep rodu -ç ã o, o n asc er do n ovo e a c on tin u idade os viaj an tes q u e p or aq u el e c on tin en te p assavam vin c u -l aram os E X Ú S as divin dades da p erdiç ã o sex u al e da org ia. I sto p osto, ex p l ic a p arte das f orm as b iz arras q u e c riaram p ara n ossos q u eridos e val oro-sos E X Ú S e P O M B AS -G I R A, af in al q u em n u n c a viu u m a im ag em de P O M B A-G I R A c om o u m m u l h erã o sem p re traj an do u m a c al c in h a p rovoc an te e u m f arto e b on ito seio à m ostra, e os E X Ú S c om c h if res, rab os, p é s de b ode, p é s de b oi en tre ou tras f orm as g rotesc as e esta im ag em f oi erron eam en te ab sorvida e dif u n dida p or al g u n s u m b an distas, p rin c ip al m en te p or aq u el es q u e tiveram l ig aç õ es a c u l tos af ric an istas. E x istem tam b é m aq u el es q u e ten tem ex p l ic ar essas f orm as g rotesc as c om o sen do estas im ag en s o sim p l es ref l ex o do in terior h u m an o. O u tro p on to a ser esc l arec ido é q u e n a dou trin a u m b an dista n ã o ex iste em h ip ó tese al g u -m a, m atan ç a de an im ais, trab al h os de am arraç ã o, trab al h os p ara traz er a p essoa “ X ” em tan tos dias de vol ta e n em c ob ran ç a p or trab al h os, n ã o ex iste b arg an h a n a esp iritu al idade su p erior! E -x iste n a in f erior, se tiver disp osto a p ag ar o p reç o q u e p ag u e, m as dep ois n ã o dig a q u e f oi em u m a c asa de U m b an da q u e f ez esse tip o de c oisa, q u e n ã o é . N ã o ex iste essa estó ria de q u e E x u tan to f az o m al q u an to f az o b em e q u e dep en de de q u em p ede, an al isem c om ig o, c om o el es p oderiam ser c on siderados g u ardiõ es se real m en te f ossem vu l n erá veis, se n ã o f ossem de ex trem a c on f ian ç a? E x istem sim al g u n s vâ n dal os do al é m c on h ec idos tam b é m c om o K iu m b as, E g u n s Assedi-adores e O b sessores, q u e se f az em p assar p or E X Ú S p ara ap roveitar-se de m é diu n s desaten -tos, c orru p tos, desp rep arados, trap ac eiros e in vig il an tes, p ara tirarem p roveito da situ aç ã o e al i-m en tar-se das en erg ias do m esm o, e esta f u sã o de vâ n dal os do al é m e m é diu n s desl eix ados dá orig em a m an if estaç õ es g rotesc as e ridí c u l as, p ortan to a vig il â n c ia é sem p re n ec essá ria e in dis-p en sá vel . É c om u m verm os n os trab al h os dos E X Ú S m u ita b eb edeira, f al aç ã o de b esteira, x in g a-m en tos e c oisas do g ê n ero, vig iem os, p ois os E x u s sã o b on dosos, c on f iá veis, disc ip l in ados e disc ip l in adores, vig orosos, de p erson al idade f orte e m u ito, m as m u ito resp eitadores. O s E X Ú S sã o en tidades de l u z q u e c on h ec em c om o n in g u é m os c am in h os e tril h as do

  • PÁGINA 5 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 O s E x ú s ( c ontinuaç ã o)

    astral in f erior, c on h ec em p rof u n dam en te c ertas reg iõ es do su b m u n do astral e sã o tem idos p or su a rig idez e disc ip l in a, sã o el es q u e se revestem de c orag em e p artem p ara o c om b ate c om os ag en tes ex traf í sic os, p atroc in adores e ex p l oradores das trevas h u m an as q u e se esc on dem aos ol h os dos h om en s, m as q u e n ã o esc ap am aos ol h os destes val orosos e aten tos trab al h adores, el es op eram em c l im as p esadí ssim os e sã o c raq u es em dissol ver p esadas en erg ias em an adas p el os seres h ab itan tes deste p l an eta. P ara q u e este trab al h o sej a f eito de f orm a c oesa e ef ic ien te el es m an té m u m a estru tu ra de trab al h o org an iz ada os E X Ú S q u e tam b é m p odem ser c h am ados de “ p ol í c ia do al é m ” , e real -m en te sã o, se dividem em trê s g ran des f al an g es: C em ité rio, E n c ru z il h adas e E stradas q u e p os-su em as seg u in tes c arac terí stic as: O s E X U S do C em ité rio sã o os m ais sé rios e f ec h ados u m a de su as p rin c ip ais m issõ es é trab al h ar em g ran des ob rig aç õ es, trab al h os e desc arreg o, em n ossa c asa tem os c om o c h ef e dessa f al an g e o E x u T atá C aveira, g ran de m estre e p rotetor de n ossa c asa. O s E X Ú S das E n c ru z il h adas n ã o sã o tã o f ec h ados c om o os do C em ité rio, p oré m m an té m u m a p ostu ra de ordem e disc ip l in a, g ostam de dar c on su l tas e aj u dam em g ran des ob rig aç õ es e desc arreg o, em n ossa c asa tem os c om o c h ef e dessa f al an g e o E x u V el u do. O s E X Ú S das estradas, estes sim sã o m ais b ran dos e b rin c al h õ es, p oré m , sem p re c om m u ito resp eito, sã o os q u e m ais atu am c om o c on su l en tes, n esta l in h a en q u adram -se vá rios esp í -ritos, desde os E X Ú S de estrada p rop riam en te dita, c om o tam b é m a f al an g e de seu Z é P el in tra, os C ig an os e os B aian os en tre ou tros, em n ossa c asa tem os c om o c h ef e dessa f al an g e o C ig a-n o das Al m as. É eviden te q u e em c ada l in h a de atu aç ã o dos E X Ú S ex istem tam b é m as P O M B AS -G I R A q u e c om p õ em a al a f em in in a dessa l in h ag em . E stes trab al h adores in c an sá veis sã o sin ô n im os de dedic aç ã o, am or e c aridade, p ois m es-m o ap ó s al c an ç ar u m g rau de evol u ç ã o m u ito el evado e n ã o p rec isarem m ais desem p en h ar es-tas f u n ç õ es q u e sã o as m ais á rdu as da seara esp iritu al , el es p ref erem ac u m u l ar f u n ç õ es, ou se-j a, ab raç am n ovas m issõ es p or m é ritos de su a evol u ç ã o, m as n ã o deix am a m issã o de n os p ro-teg er, def en der e n os orien tar. E sp ero q u e estas p ou c as m as sin c eras p al avras p ossam ab rir os ol h os e os c oraç õ es dos irm ã os q u e ain da ac reditam n aq u el as f orm as b iz arras, e q u e p ossam os en x erg á -l os de ou tra f or-m a, e tam b é m p ossam os dar val or aos serviç os p or el es p restados a n ó s, sem seq u er c ob rar-n os q u e os ol h em os c om ou tros ol h os, os ol h os da verdade, os ol h os da raz ã o e q u e p ossam os resp eitá -l os c om o real m en te sã o, sem ter m edo ou rec eio, af in al n ã o p odem os tem er a q u em es-tá sem p re p ron to a n os def en der e n os aj u dar, sem p re ob servan do é c l aro a l ei do m erec im en to af in al n ã o ex iste n in g u é m m ais j u sto do q u e os E X Ú S . S al ve os E X Ú S e P O M B AS -G I R A. F on tes: w w w .c ab oc l op ery .c om .b r w w w .u m b an da.am ovoc e.n et/ j orn al w w w .j orn al deu m b an dasag rada.c om .b r L ivro T am b ores de An g ol a, au tor R ob son P in h eiro E tam b é m u m p arc eiro E sp iritu al n ã o iden tif ic ado.

    L u iz G om es D ias T en da E sp í rita do C ab oc l o T u p i C am p o G ran de - M S l u iz c om z esem assen to@ h otm ail .c om

  • PÁGINA 6 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 Mediunidade

    Conceito A m ediu n idade é a c ap ac idade q u e todos n ó s tem os, em m aior ou m en or g rau e dif eren -tes tip os de servirm os de veí c u l o de c om u n ic aç ã o en tre o p l an o f í sic o e o p l an o esp iritu al . A m ediu n idade p oder f ic ar l aten te du ran te toda a vida e n ã o c au sar m aiores p rob l em as, ou p ode “ ex p l odir” , c au san do tran storn os n a saú de, n a vida sen tim en tal e n a vida p rof ission al . E x istem dois g ê n eros de m ediu n idade: de ef eitos f í sic os e de ef eitos in tel ec tu ais. A p rim eira é aq u el a q u e p rodu z m an if estaç õ es m ateriais, tais c om o b aru l h os, desl oc a-m en tos de ob j etos, m aterial iz aç õ es. A seg u n da p rodu z m an if estaç õ es in tel ig en tes, c om o a p al a-vra, a esc rita, a in sp iraç ã o.

    P r incip a is S intom a s d a M ed iu nid a d e a. S in tom a c l á ssic o su or ex c essivo n as m ã os e ax il as, p rin c ip al m en te n as m ã os. O s p é s tam b é m p odem f ic ar g el a-dos; as m aç ã s do rosto m u ito verm el h as e q u en tes; as orel h as ardem ; b . D ep ressã o p sí q u ic a a p essoa f ic a total m en te in stá vel , p assan do de u m a g ran de al eg ria p ara u m a p rof u n da tristez a sem m otivo ap aren te. F ic a m el an c ó l ic a e sen te p rof u n da sol idã o, c om o se o m u n do todo estives-se vol tado c on tra el a. É f ac il m en te irritá vel e, n essa f ase, el a vai f erir c om p al avras e g estos a-q u el es de q u em m ais g osta; c . Al teraç õ es n o son o son o p rof u n do ou in sô n ia. A in sô n ia é p rovoc ada p el a ac el eraç ã o n o c é reb ro devido à vib raç ã o. O s p en sam en tos voam de u m assu n to p ara ou tro, in c on trol á veis, e, a p essoa n ã o c on seg u e dor-m ir. O son o p rof u n do é devido à p erda de ec top l asm a, de f orç a vital . O c orre o en f raq u ec im en to g eral do org an ism o e as vib raç õ es da p essoa sã o redu z idas; d. P erda de eq u il í b rio e sen saç ã o de desm aio A p erda de eq u il í b rio é u m a sen saç ã o m u ito rá p ida. A p essoa p en sa q u e vai c air e ten ta se se-g u rar em al g u m a c oisa, m as a sen saç ã o term in a an tes q u e el a c on sig a f az er q u al q u er g esto. É ex trem am en te desag radá vel . A sen saç ã o de desm aio n orm al m en te oc orre q u an do a vib raç ã o ab an don a a p essoa b ru sc am en te, f ic a p á l ida e tem q u e sen tar p ara n ã o c air. À s vez es oc orre sen saç ã o de vô m ito ou de diarré ia. U m c op o de á g u a c om b astan te aç ú c ar e resp iraç ã o p el a n a-rin a direita n orm al m en te b astam p ara c on torn ar essa situ aç ã o; e. T aq u ic ardia C om u m em al g u m as p essoas. H á u m a sú b ita al teraç ã o n o ritm o dos b atim en tos c ardí ac os, f ru to da ac el eraç ã o p rovoc ada p el a vib raç ã o atu an do; f . M edos e f ob ias A p essoa f ic a c om m edo de sair soz in h a, de se al im en tar, de tom ar q u al q u er m edic am en to, p ois ac redita q u e tu do l h e f ará m al . À s vez es tem m edo de dorm ir soz in h a ou c om l u z ap ag ada. É m u ito c om u m , tam b é m total in seg u ran ç a em tu do o q u e vai f az er e ex ec u tar.

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    T odos os sin tom as ac im a desc ritos ten dem a desap arec er c om a p rep araç ã o esp iritu al e o desen vol vim en to m ediú n ic o, m as o tem p o n ec essá rio ao desen vol vim en to dep en derá m u ito do g rau de m ediu n idade, do in teresse e da p rep araç ã o esp iritu al de c ada m é diu m . T ip os d e M ed iu nid a d e A m ediu n idade se ap resen ta em asp ec tos m u ito c om p l ex os, sen do os m ais c om u n s: M ediu n idade n atu ral O esp í rito j á adq u iriu su as f ac u l dades m aiores, é sen h or de u m a sen sib il idade ap u rada p orq u e j á está em u m estado de evol u ç ã o m aior, q u e l h e p erm ite atu ar em p l an os su p eriores; M ediu n idade p rob ató ria É dada ao m é diu m u m a c on diç ã o p sic o-eté ric o-astral q u e l h e p erm ite servir de in stru m en to p ara o Astral S u p erior e su as m an if estaç õ es. E ste tip o de m ediu n idade ex iste devido à s dí vidas c á r-m ic as adq u iridas n o p assado e, trab al h an do o desen vol vim en to, o ser p ode q u itar seu s dé b itos;

    E s s a s d iv is õ es s u b d iv id em -s e em : C on sc ien te A en tidade q u e q u er se c om u n ic ar, se ap rox im a do m é diu m e tel ep atic am en te tran sm ite o c on te-ú do q u e q u er an u n c iar. N ã o ten do c on tato p erisp iritu al , o m é diu m rec eb e as idé ias e c om su as p al avras e o p ró p rio m odo de ser, tran sm ite-as ao c on su l en te. E sse f en ô m en o n ã o deve ser c on -f u n dido c om o p roc esso in tu itivo, q u e se m an if esta c om in sp iraç ã o m om en tâ n ea. A m ediu n idade c on sc ien te m u itas vez es é c on f u n dida c om o m istif ic aç ã o, p orq u e u sa u m a c om u n ic aç ã o on de o m é diu m em p reg a p al avras p ró p rias ou term os q u e c on stan tem en te u sa de f orm a sistem á tic a. S em i-in c on sc ien te E x iste en tre o m é diu m e a en tidade q u e q u er se c om u n ic ar u m in disp en sá vel tom vib rató rio ou af in idade f l u í dic a e, o c on tato se dá en tre a en tidade e o c orp o astral do m é diu m , q u e p or in ter-m é dio deste ag e sob re o c orp o f í sic o. I sso ac on tec e sem q u e h aj a o af astam en to do esp í rito do m é diu m , ou sem q u e el e p erc a a c on sc iê n c ia do q u e se p assa a su a vol ta. I n c on sc ien te O esp í rito do m é diu m se af asta tem p orariam en te do c orp o f í sic o, f ic an do ao l ado aj u dan do ou c u m p rin do taref as n o p l an o astral , en q u an to a en tidade u til iz a-se deste c orp o p ara trab al h ar e se desen vol ver. A en tidade é l ivre p ara tran sm itir su as idé ias e p en sam en tos sem a n ec essidade de u sar a p arte in tel ec tu al do m é diu m . P er is p í r ito

    P ara os esp í ritas, as p essoas estã o divididas em c orp o, p erisp í rito e al m a. O p erisp í rito é u m vé u f l u í dic o q u e en vol ve o esp í rito e o l ig a ao c orp o du ran te o tem p o da en c arn aç ã o. É in sep ará vel do esp í rito e é tan to m al l u m in oso q u an to m ais f or o adian tam en to m oral do esp í rito a q u e reveste. É in visí vel p ara n ó s n o estado n orm al ; en tretan to, p ode se torn ar

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    visí vel c om o n o c aso das m aterial iz aç õ es e das ap ariç õ es. O c orp o é o in stru m en to c om o q u al o esp í rito atu a n o m u n do terren o. P or c on seg u in te, ag ora q u e estam os en c arn ados p ossu í m os o esp í rito, o p erisp í rito e o c orp o f í sic o; q u an do estiverm os desen c arn ados p ossu irem os o esp í rito e o p erisp í rito. O p erisp í rito é o rec ep tor das sen saç õ es e o tran sm issor del as ao esp í rito. As sen saç õ es f í sic as sã o rec eb idas p el o p erisp í rito atravé s do sistem a n ervoso de q u e é dotado n osso c orp o. As sen saç õ es esp iritu ais rec eb em -se diretam en te p el o p erisp í rito q u e se irradia atravé s de n os-so c orp o e o c on torn a c om o u m a n é voa. F or m a s d e M a nif es ta ç ã o d a M ed iu nid a d e E x istem m ais de c em f orm as de m an if estaç ã o de m ediu n idade, sen do as m ais c om u n s:

    Intuição É um tip o d e m e d iunid a d e ond e o m é d ium r e c e b e e m s e u p e ns a m e nto, s ob a f or m a d e um a s ug e s tão, m e ns a g e ns p r o-v ind a s d e um e s p í r ito. A intuição ne m s e m p r e d e v e s e r s e g ui-d a , a não s e r q ue o m é d ium c ons ig a id e ntif ic a r a e ntid a d e q ue o e s tá intuind o. E s s a id e ntif ic a ção e l e a p r e nd e r á a f a z e r no s e u d e s e nv ol v im e nto, v is to q ue c a d a e ntid a d e p r od uz um a s intonia d if e r e nte no or g a nis m o;

    Inc or p or a ção É a m e d iunid a d e e m q ue o m é d ium s intoniz a a v ib r a ção d a e ntid a d e e e s s a v ib r a ção tom a c onta d e tod o o s e u c or p o. A s intonia é m e nta l e p od e p r od uz ir um a inc or p or a ção p a r c ia l ou inte g r a l .

    A ud iê nc ia O m é d ium ouv e um a v oz c l a r a e ní tid a nos s e us ouv id os e d e s s a f or m a r e c e b e a s m e ns a g e ns . N a a ud ição, d e v e m os te r o m e s m o c uid a d o q ue te m os na intuição, no q ue d iz r e s p e ito à id e ntif ic a ção d e q ue m e s tá d a nd o a m e ns a g e m .

    T r a ns p or te É a c a p a c id a d e d e v is ita r e s p ir itua l m e nte outr os l ug a r e s , e n-q ua nto o c or p o f í s ic o p e r m a ne c e r e p ous a nd o tr a nq ü il a m e nte , o e s p í r ito s e d e s l ig a d o c or p o e v a i p a r a o e s p a ço. D e s d ob r a m e nto É um tr a ns p or te e m q ue o e s p í r ito d o m é d ium f ic a v is í v e l à outr a p e s s oa . O c or p o f í s ic o f ic a r e p ous a nd o, o e s p í r ito d o m é d ium s e tr a ns p or ta a outr o a m b ie nte e , ne s s e a m b ie nte , tor na -s e v is í v e l .

  • PÁGINA 9 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 Mediunidade ( c ontinuaç ã o)

    V id ê nc ia É o tip o d e m e d iunid a d e q ue p e r m ite à q ue l e q ue a p os s ui d e -s e nv ol v id a , v e r a s e ntid a d e s , a s ir r a d ia çõ e s . E s ta s p od e m s e r d e tr ê s tip os : d ir e ta , intuitiv a e f oc a l iz a d a .

    D ir e ta O m é d ium p od e r v e r a s e ntid a d e s d e q ua tr o m a ne ir a s d if e -r e nte s .

    P r oj e ção O m é d ium v ê a p e na s um f a c h o d e l uz , um a c ol or a ção q ue d e p e nd e d a v ib r a ção a tua nte . N ão v ê f or m a h um a na , ne m id e ntif ic a a e ntid a d e ; P a r c ia l O m é d ium p e r c e b e um a f or m a h um a na a o l a d o d e q ue m e s tá tr a b a l h a nd o e s p ir itua l -m e nte , m a s a ind a não d á um a p e r f e ita id e ntif ic a ção. V ê s om e nte o c ontor no, a f or m a ;

    A c a v a l a m e nto O m é d ium v ê a e ntid a d e p or c im a d os om b r os d e outr o m é d ium . J á p e r c e b e s e é m a s c ul ina ou f e m inina , s e é c a b oc l o ou p r e to-v e l h o ou outr o f a l a ng e ir o q ua l q ue r , s e os c a b e l os s ão l ong os ou c ur tos , e tc .

    E nc a m is a m e nto O m é d ium v ê a e ntid a d e tod a , p e r f e ita . Is s o a c onte c e na inc or p or a ção inte g r a l , q ua nd o a e ntid a d e tom a c onta d o c or p o d e um outr o m é d ium ; Intuitiv a O m é d ium v ê a p e na s c om a m e nte . E l e s e c onc e ntr a e r e c e b e a im a g e m m e nta l , p or intuição.

    F oc a l iz a d a O m é d ium util iz a a l g um ob j e to p a r a a v id ê nc ia , c om o um c o-p o d ’ á g ua ou um c r is ta l . A s im a g e ns a p a r e c e m no ob j e to d e v id ê nc ia .

    C l a r iv id ê nc ia É o tip o d e m e d iunid a d e q ue p e r m ite v e r f a tos q ue oc or r e r a m no p a s s a d o e q ue oc or r e r ão no f utur o. O s c l a r iv id e nte s p o-d e m v e r os c or p os a s tr a l e m e nta l d e outr a s p e s s oa s , tom a r c onh e c im e nto d a v id a e m outr os p l a nos e s p ir itua is .

  • PÁGINA 1 0 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 Mediunidade ( c ontinuaç ã o)

    P s ic og r a f ia É o tip o d e m e d iunid a d e m uito c om um , p od e nd o s e r intuitiv a , s e m im e c â nic a ou m e c â nic a . É a c a p a c id a d e d e r e c e b e r c om u-nic a çõ e s a tr a v é s d a e s c r ita .

    Intuitiv a O m é d ium r e c e b e a s m e ns a g e ns na m e nte e a s p a s s a p a r a o p a p e l . É p ur a intuição.

    S e m im e c â nic a O m é d ium à m e d id a q ue v a i e s c r e v e nd o, v a i ta m b é m tom a n-d o c onh e c im e nto d o q ue e s c r e v e . O e s p í r ito a tua , s im ul ta ne a -m e nte , na m e nte e na m ão d o m é d ium . M e c â nic a O e s p í r ito a tua s om e nte na m ão d o m é d ium , q ue e s c r e v e s e m tom a r c onh e c im e nto d a m e ns a g e m r e c e b id a . Q ua nd o a o inv é s d e e s c r e v e r , o e s p í r ito util iz a a m ão d o m é -d ium p a r a p inta r , e s s e tip o d e m e d iunid a d e é c h a m a d o d e p s ic op ic tog r a f ia .

    Enviado por Celso Tirloni Ex t raí do do M ó du lo I I do Cu rso de D esenvolvim ent o do TU TC

    Tem plo de U m b anda Tia Conc eiç ã o - S ã o P au lo/ S P c elsot irloni@ perf orm anc eg lob al. c om . b r

  • PÁGINA 1 1 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 L ux o na Umbanda? N ec essidade ou V aidade?

    V am os ref l etir sob re: " n ec essidade x vaidade x h u m il dade" . N ã o está ac on tec en do u m ex ag ero de vaidade n a U m b an da ( n ã o da rel ig iã o, m as dos a-dep tos) ? V ou dar u m ex em p l o: q u an do o m é diu m tem u m a E n tidade ou ou tra q u e u sa u m ap etre-c h o de trab al h o ( u m c h ap é u , u m l en ç o, u m a b en g al a ou m esm o ou tro el em en to) , n ota-se q u e a n ec essidade desse m aterial é do G u ia, ou sej a, aq u el e E sp í rito u sa o c h ap é u , o l en ç o etc . p ara real iz ar seu trab al h o, den tro do seu f u n dam en to. M as, q u an do T O D AS as E n tidades q u e trab al h am c om o m esm o m é diu m , ou todas do m esm o terreiro ( m esm o em m é diu n s dif eren tes) p rec isam se p aram en tar, n ã o seria m ais c oisa do( s) m é diu m ( n s) , n a m aioria das vez es sem i-c on sc ien te( s) , do q u e do( s) esp í rito( s) atu an te( s) ? N a in tern et, revistas e j orn ais, p odem os ver c om f ac il idade, f otos on de o m esm o m é diu m ( ou todos do terreiro) , q u an do in c orp orado( s) ap resen ta( m ) -se da seg u in te f orm a: o b aian o está vestido de c an g ac eiro, c om f al an g eiros de seu Z é P el in tra ( n ã o c on c ordo c om o term o “ m al an dro” ) u sa tern o, b en g al a e c h ap é u , o b oiadeiro p arec e u m c ap ataz ou u m c oron el f az en -deiro, o c ab oc l o se veste im itan do u m í n dio ( j á q u e o de m odo g eral os artig os en c on trados, c o-m o c oc ares, n ã o sã o g en u in am en te in dí g en as) , o og u m veste rou p a de sol dado rom an o e tem u m a l in da esp ada c ravej ada de b ril h an tes, o erê traj a rou p as in f an tis ( m ac ac ã oz in h o, vestidin h o c ol orido etc ) , o C ig an o c om vestes c arac terí stic as do p ovo ( q u an to m ais c ol orido, m el h or) , o E x u u sa c ap a, triden te e c artol a, etc . O q u e voc ê s ac h am ? S erá q u e ex istem m esm o m é diu n s ou c asas on de T O D AS as E n ti-dades atu an tes p rec isam se p aram en tar? S eria c oin c idê n c ia q u e esses E sp í ritos ten h am esc ol h ido, todos ao m esm o tem p o, esse m é diu m ou essa c asa, p ara se p aram en tar? I sso n ã o seria c on trá rio ao p rin c ip al l em a da U m b an da - “ H U M I L D AD E e S I M P L I C I D AD E ” - tã o en sin ado p el os n ossos sá b ios P retos-V el h os? A rou p a b ran c a ( sí m b ol o de ig u al dade) , aos p ou c os estaria deix an do de ser a F AR D A dos sol dados do ex é rc ito do P ai O x al á , j á q u e até em dias de g iras c om u n s estã o u san do rou p as c a-da vez m ais esp l en dorosas? S erá q u e f esta de E n tidade ou O rix á p rec isa m esm o desse l u x o todo, deix an do à s vez es u m l oc al sag rado c om o u m tem p l o u m b an dista, m ais p arec ido c om u m a al a de esc ol a de sam b a, on de todo m u n do f ic a " f an tasiado" ? O u será q u e os G u ias é q u e sã o ( ou estã o f ic an do) c ada vez m ais vaidosos ( o q u e n ã o ac redito) ? I rm ã os-de-f é , f il h os da n ossa am ada U m b an da: ap esar do resp eito à s dif eren ç as, c er-tas q u estõ es p oderiam e deveriam ser m el h or estu dadas ou revistas p el os seg u idores do M estre O x al á , af in al de c on tas, a U m b an da veio p ara dar esp aç o a todos os f il h os do P ai C el esti-al , p rin c ip al m en te aos sim p l es e h u m il des ( en c arn ados e desen c arn ados) , m u itas vez es n ã o a-c eitos em ou tros seg m en tos rel ig iosos. C om toda essa p araf ern á l ia u til iz ada atu al m en te, on de os m ais n ec essitados se en c aix a-

  • PÁGINA 1 2 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 L ux o na Umbanda? N ec essidade ou V aidade? ( c ontinuaç ã o)

    rã o, j á q u e m u itos n ã o p odem c om p rar u m a “ rou p a de E x u ” , q u e c u sta m ais do q u e m u itos g a-n h am p or m ê s? L em b rem os q u e o b ril h o q u e devem os m ostrar n ã o é n o l u x o da vestim en ta, ou sej a, o l ado ex tern o, p ois tu do isso é il u só rio, j á q u e rou p a n ã o tem f orç a esp iritu al . O q u e real m en te im -p orta é a essê n c ia divin a q u e ex iste em c ada u m de n ó s, f il h os de D eu s. E sse b ril h o, q u e b rota n o â m ag o do ser é q u e deve ser m ostrado e m el h or ain da, doado, a todos aq u el es q u e n ec essi-tam . I sso sim ag rada o P ai, os O rix á s e seu s F al an g eiros de L u z .

    Texto de Sandro da Costa Mattos, 19/01/2007

    Ensinamentos do Caboclo Ubatuba - A me T odas as cr iaç õ es de D eus “ Aten ç ã o m eu s f il h os! H á m u ito ven h o avisan do sob re a n ec essidade de se am ar a M ã e-T erra. O ser h u m an o, l evado p el o eg oí sm o e ex trem o in teresse m aterial , esq u ec e q u e é p rec iso am ar todas as c riaç õ es de T u p ã ( D eu s) . P eç o p ara q u e ten h am c arin h o p ara c om todos os an i-m ais, n ossos irm ã os in f eriores. An tes de sair de c asa, p on h am as m ã os del ic adam en te sob re u m a f ol h a ou u m a f l or, p ois os veg etais p ossu em a essê n c ia divin a. L em b rem q u e, p or m ais q u e o h om em p ossa c on stru ir u m a p l an ta artif ic ial , el a n u n c a terá essa en erg ia q u e dá a vida. V ivam em h arm on ia c om a c riaç ã o do P ai” .

    Mensag em transm i ti da p el o Cab oc l o U b atu b a, na sede da A P E U em 05 /01/2007.

    P rec e a O x óssi Ó P ai O x ó ssi, D ivin o S en h or da n atu rez a, S ervidor ativo, p l en o, in c an sá vel e tern o, q u e tu do p rovê , S ois o c aç ador de al m as, doador p eren e, S en h or ab sol u to das f l orestas.

    S ó V ó s ten des o p oder da sob revivê n c ia, vivê n c ia e f ratern a p roteç ã o, O x ó ssi, am ig o e p ai, V ossa resp iraç ã o é o ox ig ê n io p ara o n osso viver. P erdoai-n os q u an do devastam os V ossos c el eiros de vida, c u j o al en to n os l em b ra da n ec essida-de de am arm os n ossos sem el h an tes e os seres irrac ion ais, q u e sã o p arte de V ossa g ran dez a. P ai am an tí ssim o, esp eran ç a de toda a h u m an idade. A c ada resp iraç ã o su sp iram os ag radec idos p el a c ertez a q u e estais j u n tos a n ó s. O k ê -arô O x ó ssi! Q u e assim sej a! F on te: J orn al U m b an da B ran c a - ediç ã o n º 2 1 - J an eiro/ 2 0 0 7 T ex tos en viado p or Sandro da Costa Mattos

    A ssoc i aç ã o de P esq u i sas E sp i ri tu ai s U b atu b a - Sã o P au l o/SP sc m -b i o@ b ol .c om .b r

  • PÁGINA 1 3 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 E ntidade Artif ic ial

    - S al ve seu g u ardiã o. Q u e as b ê n ç ã os de O x al á estej am c on tig o! - S al ve todos vó s, trab al h adores da L u z . Q u e assim sej a, p ara todos n ó s. - Al g u m a taref a ex tra n esta n oite, al é m das q u e j á tem os ag en dado? - I n f el iz m en te sim , m eu b om irm ã o. Ap rision am os u m artif ic ial ( * ) e q u e p el a c on sistê n c ia do m esm o, ac h o q u e dará u m p ou c o de trab al h o p ara a eq u ip e desf az ê -l o. - Ac reditem os n a f orç a do b em e n o am p aro q u e tem os da L u z . C om c ertez a, den tro da L ei f arem os o q u e f or p erm itido. E ste diá l og o se dava n o p ortã o de en trada de u m a ten da u m b an dista, n a c h eg ada das c aravan as de trab al h adores de Aru an da, q u e vin h am au x il iar á s eq u ip es esp iritu ais q u e j á se en -c on travam n o l oc al e q u e p ratic am en te residiam n o p l an o astral daq u el a c asa de c aridade, ver-dadeiro p ron to soc orro en tre os dois m u n dos, o f í sic o e o esp iritu al . A ordem j á se f az ia p or p arte das eq u ip es esp iritu ais, on de c ada u m sab ia su a f u n ç ã o e su a p ostu ra den tro daq u el e verdadeiro h osp ital de al m as, q u e m esm o sim p l es e p eq u en o n o m u n do m aterial , f az ia-se g ran de e f u n c ion al n o p l an o eté ric o. N eg ro T iã o, era q u em c om an dava a c aravan a q u e c h eg ava. Assim se desig n ava q u an do p rec isava se ap resen tar aos f il h os do terreiro, m as p oderia ser c h am ado de D r. F u l an o de T al , ou M estre .... H oj e trab al h ava n as b an das da U m b an da, n a vib rató ria dos p retos vel h os e q u em o via c ac h im b an do, de p é s desc al ç os, c al ç a arreg aç ada e rou p as su rradas, j am ais p oderia dedu -z ir q u e este m esm o " n eg ro vel h o" j á h avia p assado p or tan tas en c arn aç õ es c om o b en z edor, al -q u im ista, m é dic o, c ien tista e p rof essor. C am in h ada q u e dava a esse esp í rito a c ap ac idade de se f az er p eq u en o dian te dos p eq u en os, p ois ap ren dera n ã o só a c u rar e en sin ar, m as sob retu do a l iç ã o m ais dif í c il e de m aior val or dian te da vida, a vivê n c ia da h u m il dade. E n tran do em u m a sal a on de vá rios esp í ritos ag u ardavam su a p resen ç a em c om p l eto si-l ê n c io e em p rec e, N eg ro T iã o sau dou a todos de m an eira f ratern a e dial og ou c om el es: - M eu s irm ã os, sei da an siedade de c ada u m p el o f ato de estarem estag ian do n u m ap ren -diz ado n ovo. P ara a m aioria, é a p rim eira vez q u e p artic ip am de u m trab al h o de U m b an da, de-p ois de desen c arn ados. P assaram p el as esc ol as do p l an o q u e vos ac ol h e, e ag ora p rec isam a-tu ar n a p rá tic a, p ois a S eara é g ran de, o trab al h o é im en so, o tem p o c u rto e os trab al h adores sã o p ou c os. D ep ois de distrib u ir as taref as dos n ovatos j u n to a ou tros trab al h adores m ais ex p erien tes, N eg o T iã o c h am ou u m a m oç a q u e f az ia p arte daq u el e g ru p o e q u e se p erm itia c h orar de f el ic i-dade, p ois q u an do en c arn ada f ora trab al h adora daq u el a c asa e q u e p el a b on dade divin a, h oj e p odia retorn ar e c on tin u ar su a taref a, em b ora em c orp o esp iritu al . - F il h a, g ostaria q u e voc ê p u desse m e ac om p an h ar, an tes de in ic iar as taref as, V am os até a sal a on de estã o reu n idos os trab al h adores en c arn ados, ou sej a os m é diu n s. F á tim a n ã o c on tin h a a em oç ã o p el o reen c on tro. O l h ou p ara c ada rosto, rec on h ec en do a m aioria c om o vel h os c om p an h eiros q u e tan to a au x il iaram em seu s m om en tos derradeiros n a c arn e. O c h eiro da def u m aç ã o q u e estava sen do p assada n o am b ien te trou x e-l h e de vol ta ao p resen te: -F il h a, c om p reen do su a em oç ã o, m as al erto p ara q u e ag ora f irm e seu p en sam en to n u m a vib raç ã o m ais al ta p ara q u e p ossa reeq u il ib rar-se.

  • PÁGINA 1 4 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 E ntidade Artif ic ial ( c ontinuaç ã o)

    C ol oc an do su a m ã o sob re o f ron tal de F á tim a, o p reto vel h o il u m in ou -l h e o c h á c ra, ab rin -do-l h e assim a visã o do am b ien te eté ric o. - O b serva ac im a da c ab eç a de c ada m é diu m , c om o as c ores irradiadas se dif eren c iam , à m edida em q u e el es se l ig am à seu s p rotetores e g u ias atravé s da p rec e e dos p on tos c an tados. E ra m ag n í f ic a a tran sf orm aç ã o q u e oc orria n a en erg ia de c ada m é diu m da c orren te. E m al g u n s, on de era visí vel a en treg a, c riava-se u m a au ra tã o g ran de e b ril h an te q u e se m istu rava c om a de seu p rotetor, f u n din do-se n u m c l arã o resp l an desc en te. - F il h a, vej a c om o a m en te, al iada aos sen tim en tos tran sf orm am as en erg ias. I sso é m ag i-a, isso é a f orç a do am or em m ovim en to. Q u an do J esu s f al ou " vó s sois deu ses" , ref eria-se o a-m ado M estre, a essa c ap ac idade de q u e todos os esp í ritos h u m an os sã o c ap az es, a da tran s-m u taç ã o q u e os torn a c ap az es de verdadeiros m il ag res den tro da c riaç ã o. - O b serva p oré m , q u e em al g u n s, p ou c o ou n ada ex iste de l u m in osidade ac im a de seu s c oron á rios, dem on stran do q u e su as m en tes estã o ap rision adas em p en sam en tos den sos e p reo-c u p aç õ es f ora do am b ien te. V ej a q u e b ail am ac im a de su as c ab eç as al g u m as f orm as esc u rec i-das q u e j á p arec em ter vida p ró p ria, p ois b rig am en tre si c om o se disp u tassem u m l u g ar só seu . S ã o as f orm as p en sam en to, c riadas e adu b adas p el o p ró p rio m é diu m e q u e, n em a def u m aç ã o ou a en erg ia do l oc al desf ez , p ois só o p ró p rio c riador del as é q u e tem o p oder de destru í -l as, m u dan do su a f orm a de p en sar e c on seq u en tem en te su a vib raç ã o. Ao ou vir e ver tu do aq u il o, F á tim a vol tou a l em b ran ç a das tan tas vez es, q u an do en c arn a-da, al i n aq u el a m esm a c orren te, em q u e viera ao trab al h o ap en as p ara c u m p rir ob rig aç ã o p ois seu s p en sam en tos viaj avam em b u sc a dos p rob l em as q u e deix ara em c asa e su a von tade era de estar f ora dal i. L em b rou das tan tas vez es em q u e se m ag oava c om al g u n s irm ã os da c orren -te, p or desen ten dim en tos c orriq u eiros ou p or c on trariedades de idé ias. I m ag in an do q u e c or h avi-a ex al ado de su a au ra n aq u el es m om en tos, en verg on h ou -se. O s aten dim en tos j á h aviam in ic iado e todos os estag iá rios q u e al i estavam de ou vidos e ol h os b em ab ertos, desl u m b ravam -se c om a g ran diosidade do trab al h o real iz ado n aq u el a tem -p l o. F á tim a esp ec ial m en te, n ã o c ab ia em si de f el ic idade e l og o f oi ac h an do o q u e f az er, p ois tra-b al h o era o n ã o f al tava p or al i. Ao f in al , ob servan do os p retos vel h os q u e até en tã o h aviam atu ado j u n to a seu s m é diu n s, aten den do u m n ú m ero l im itado de en c arn ados, m as u m sem n ú m ero de desen c arn ados e q u e ag ora, j u n to a toda eq u ip e c om p osta de ou tros f al an g eiros, ef etu avam a l im p ez a en erg é tic a dos m é diu n s e do am b ien te, n u m m ovim en to in ten so de en erg ias, l em b rou -se daq u el e q u e atu ara c om o p reto vel h o atravé s de seu ap arel h o, q u an do en c arn ada. - N eg o T iã o, p osso l h e f az er u m a p erg u n ta? - C l aro q u e p ode f il h a. - O n de está m eu p reto vel h o? E l e ain da trab al h a n esta c asa? E u n em seq u er sab ia o seu n om e, p ois l og o q u e o deix ei trab al h ar c om ig o, veio a doen ç a e desen c arn ei. N eg ro T iã o, sorrin do m as c om os ol h os b an h ados de l á g rim as, en vol veu -a em seu s b ra-ç os e sem u m a p al avra seq u er, h avia resp on dido o seu q u estion am en to. Am b os ag ora ab raç a-dos, c h oravam e de seu s c oraç õ es irradiavam todo am or q u e sen tiam u m p el o ou tro, c om o esp í -ritos q u e viaj avam p el o tem p o a tan to tem p o. U m c l arã o de l u z se f ez n o am b ien te e en q u an to a c orren te real iz ava u m a p rec e c an tada, ag radec en do à p roteç ã o esp iritu al da n oite, a en erg ia g e-rada p el o reen c on tro ag ia c om o u m b á l sam o sob re todos, dan do-l h es a sen saç ã o de p az in des-

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    c rití vel . F á tim a, ap ó s a su rp resa, aj oel h ou -se ao p é s do p reto vel h o e b eij an do-l h e as m ã os p ediu p erdã o p el o seu desc aso c om a m ediu n idade, assu m ida de m an eira rel ap sa e tardiam en te, des-p ertan do som en te q u an do a dor b ateu f orte n o seu c orp o f í sic o. P el a su a ren itê n c ia em ac eitá -l o, p or ap resen tar-se c om o u m p reto vel h o e n ã o c om o u m " m en tor de l u z " . Ag radec eu en tern ec ida p or m ais esta op ortu n idade q u e o esp í rito am ig o estava l h e c on c eden do de p oder estar al i, j u n to del e, rein ic ian do su a c am in h ada. O q u an to ain da teria q u e ap ren der c om aq u el e " m estre" am a-do! E n q u an to a c orren te p u x ava o p on to c an tado de I an san e o am b ien te n ovam en te se il u m i-n ava de m an eira ex p l en dorosa, p el os raios q u e desc iam das m ã os daq u el a en tidade q u e rodop i-ava seu ap arel h o, l im p an do o am b ien te em seu s p orõ es, u m a en tidade g ig an te e de f orm as an i-m al esc as f oi traz ida até a p orta da ten da, p el os E x u s q u e trab al h avam n a g u arn iç ã o da m esm a. S ob os ol h ares adm irados dos estag iá rios, I an sã l an ç ava raios direc ion ados aq u el a m on -tru osidade q u e som en te se c on torc ia, p ou c o se ressen tin do. Ap ó s isol ar n ovam en te aq u el a f or-m a den tro de u m c am p o de f orç a en erg é tic o, e a desin c orp oraç ã o da en tidade, N eg ro T iã o irra-dian do o dirig en te, c om u n ic ou a c orren te q u e h avia al i u m " artif ic ial " g rotesc o c riado p el a en erg ia de disc ó rdia q u e vin h a rein an do en tre os m é diu n s n os ú l tim os tem p os e q u e n ã o p oderia ser desf eito p el a esp iritu al idade, o q u e só p oderia se ef etu ar p el os seu s p ró p rios c riadores. O rien tou -os en tã o a ex erc erem a f orç a m en tal , q u e atu an te n a m até ria astral m ol dá vel , p ode c on stru ir ou destru ir. O rien tan do c ada u m a b u sc ar den tro de si o m el h or dos sen tim en tos, p ediu q u e tran sm u tassem aq u el e m on stro e q u e em seu l u g ar c riassem p el a m esm a f orç a m en -tal , u m an j o de l on g as asas b ran c as, p ara q u e dal i em dian te f osse esse artif ic ial b en é f ic o a f ic ar de g u ardiã o daq u el e tem p l o. E assim se f ez . D e m an eira m á g ic a, p el a c on du ç ã o verb al do dirig en te u san do a en erg ia viol eta, a c orren te desf ez p or su a von tade, aq u el a f orm a p en sam en to q u e h aviam c riado c om ressen tim en tos e m á g oas. E stavam en verg on h ados dian te da esp iritu al idade p el o f ato de p erc e-b erem q u e j u stam en te el es q u e estavam al i c om o p arc eiros da l u z , p ara aj u dar a esp iritu al idade, h aviam c riado tran storn os ao b om desen vol vim en to do trab al h o c om a el ab oraç ã o de sen tim en -tos m esq u in h os, os q u ais j á deveriam ter ven c ido. D e vol ta aos seu s m u n dos, os estag iá rios tin h am m u ito o q u e disc u tir a resp eito da f ab u -l osa au l a p rá tic a de c aridade da q u al tin h am p artic ip ado. H avia tan to a rep en sar e c ada u m , em c ada ex em p l o vivido l á den tro do tem p l o de u m b an da, en c on trou den tro de si al g o a m u dar. M as todos c on c ordavam n u m p on to: - S em som b ra de dú vida, n ã o h á op ortu n idade ou esc ol a m el h or do q u e a vivê n c ia n o c orp o f í sic o. * artif ic ial : p en sam en to-f orm a c riado in dividu al ou c ol etivam en te atravé s dos im p u l sos dos p en sam en tos de en c arn ado ou desen c arn ado, m ol dada n a essê n c ia el em en tal astral e q u e, q u an do al im en tada in ten sam en te du ran te al g u m tem p o, c ria vida e p ode ser c on f u n dida c om u -m a en tidade esp iritu al . V ovó B en ta M en sag em divu l g ada n a l ista da C h ou p an a do C ab oc l o P ery - P orto Al eg re - R S

    h ttp : //w w w .c h ou p anadoc ab oc l op ery .b l og sp ot.c om / E n viado p or Adrian a H ern an des C en tro E sp iritu al ista C ab oc l o P ery R io de J an eiro - R J

  • PÁGINA 1 6 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 C h ac ras

    T odo o ser h u m an o p ossu i c en tros vitais, c on h ec idos c om o n om e de “ C H AC R AS ” ( q u e sig n if ic am rodas de l u z , em sâ n sc rito) . S ã o C en tros en erg é tic os de M até ria su til l oc al iz ados em n osso D u p l o-E té ric o resp on sá veis p or rec eb er e tran sm itir en erg ia p ara n osso c orp o f í sic o tra-z en do o eq u il í b rio, el es sã o os p on tos de c on ex ã o p el os q u ais a en erg ia f l u i de u m c orp o a ou tro. O s f l u x os en erg é tic os c riam vó rtic es ou redem oin h os, ap roveitan do essa en trada p ara atraves-sarem o p erisp í rito e o du p l o eté ric o e p assarem p ara o org an ism o f í sic o. A c om u n ic aç ã o en tre os c h ac ras ac on tec e atravé s de c on du tos c on h ec idos c om o " m eridian os" , p or on de f l u i a en erg ia vital al terada p or el es. O tam an h o dos c h ac ras dep en de do desen vol vim en to esp iritu al e das vib raç õ es q u e em itim os. N as p essoas m ais desen vol vidas esp i-ritu al m en te, el es sã o am p l os, b ril h an tes e tran sl ú c idos, p oden do atin g ir U m raio de até 2 5 c m , p erm itin do a c an al iz aç ã o de u m a q u an tidade m aior de en erg ia vital e o desen vol vim en to das f a-c u l dades p sí q u ic as do h om em . O m ovim en to g irató rio dos c h ac ras se dá devido ao c h oq u e das en erg ias eté ric as su tis q u e vê m do p l an o su p erior c om as f orç as eté ric as p rim arias, ag ressivas e vig orosas q u e p artem da T erra c arreg adas de im p u rez as p ró p ias do m u n do an im al in stin tivo. E sse f en ô m en o é p arec i-do c om o c h oq u e das c orren tes de ar f rio q u e desc em de n u ven s c arreg adas de á g u a e as c or-ren tes de ar q u en te q u e sob em da c rosta terrestre f orm an do os c on h ec idos F u rac õ es. O s c h ac ras em item diversas c ores p roven ien tes da ab sorç ã o do f l u ido vital q u e os irrig a e se dec om p õ e em c ores, essas c ores p oden do ir das m ais b el as e c in til an tes as m ais f eias e su -j as, dep en den do do estado em q u e a p essoa se en c on tra, p orem sem p re h á u m a ton al idade p re-dom in an te sob re os dem ais q u e revel a o tip o vib rató rio ou en erg ia ú til q u e ativa esse ou aq u el e sistem a do c orp o f í sic o. E n tre os c en tros de f orç a do p erisp í rito e os c h ac ras do du p l o-eté ric o ex iste u m a esp é c ie de f il tro q u e im p ede a ab ertu ra p rec oc e da c om u n ic aç ã o en tre os p l an os esp iritu al e f í sic o. E vi-tan do u m a sé rie de p rob l em as q u e vã o desde n ã o p erm itir q u e n ossas ex p eriê n c ias p assadas arm az en adas em n ossa m em ó ria esp iritu al c h eg u em à n ossa c on sc iê n c ia f í sic a, n ã o p erm itir q u e u m a en tidade esp iritu al in trodu z a f orç as p ara as q u ais o in dividu o c om u m n ã o estaria p ara en f ren tar ou q u e ex c edessem su a c ap ac idade de c on trol e, n ã o p erm itir u m estado de ob sessã o p or q u al q u er esp í rito q u e desej e se ap ossar del e. E sse f il tro p ode ser l esion ado ou rom p ido, al g o m u ito g rave em c ertos c asos. A l esã o p o-de se orig in ar de vá rias situ aç õ es, c om o u m a em oç ã o viol en ta ou de c ará ter m al é f ic o q u e p rovo-q u e u m a esp é c ie de ex p l osã o n o c orp o esp iritu al , u m su sto en orm e, u m ac esso de raiva ou ira, u m a sessã o de desen vol vim en to q u e ab ra p ortas q u e a n atu rez a p reten dia m an ter f ec h adas ou o u so de drog as, b eb idas e f u m o. E m b ora ex istam ou tros c en tros de f orç a m en ores e em desen -vol vim en to n as c riatu ras, sã o sete os n ú m eros de c h ac ras m ais im p ortan tes do du p l o eté ric o: c oron á rio, f ron tal , l arí n g eo, c ardí ac o, p l ex o S ol ar, esp l ê n ic o e B á sic o. Ch a cr a Cor oná r io ( o centr o d a cons ciê ncia )

    L oc al iz ado n o top o da c ab eç a é o p rin c ip al c h ac ra, el e rep resen ta a u n iã o c om o divin o, é o c en tro da c on sc iê n c ia esp iritu al , el e n os l ig a c om o p l an o esp iritu al e é atravé s del e q u e n ó s c ap tam os essas en erg ias esp iritu ais.

  • PÁGINA 1 7 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 C h ac ras ( c ontinuaç ã o)

    S u a h ip eratividade resu l ta em u m au m en to da atividade m en tal , o q u e g era u m desg aste rá p ido, em b ora o in dividu o ap resen te u m a c erta f ac il idade p ara atividades p sí q u ic as. Q u an do ap resen ta u m a H ip oatividade o h om em n ã o ab sorve a en erg ia vital m í n im a p ara a m an u ten ç ã o da vida m en tal do ser p rovoc an do dif ic u l dade p ara real iz ar el ab oraç õ es m en tais, atividades p sí q u ic as e dif ic u l dade de c on c en traç ã o, n orm al m en te ob serva-se tam b é m u m a ten -dê n c ia p ara o son o desc on trol ado. S u a V ib raç ã o de c or atu an te é o b ran c o varian do ao D ou rado e está l ig ado a V ib raç ã o de O x al á . Ch a cr a F r onta l ( o centr o d a v is ã o inter ior )

    L oc al iz ado en tre os ol h os, é o c h ac ra dos sen tidos, do rac ioc í n io e da visã o. P or isso di-z em q u e el e é resp on sá vel direto p el o f u n c ion am en to dos c en tros su p eriores in tel ec tivos, b em c om o do S istem a N ervoso C en tral . É tam b é m resp on sá vel p el a vidê n c ia e a in tu iç ã o n o c am p o da m ediu n idade. S u a H ip eratividade g era o deseq u il ib ro, p ois el e ac ab a p or “ rou b ar” en erg ia vital do c h a-c ra c oron á rio e do c h ac ra c ardí ac o, g eran do u m a h ip eratividade m en tal e l og o e esg otam en to, p rodu z in do ap atia e p osteriorm en te estresse. S u a H ip oatividade g era u m a c erta dif ic u l dade de ap ren diz ado e u m ol h ar detu rp ado sob re a vida e a m oral , b em c om o a f al ta de b om sen so. S u a V ib raç ã o de c or atu an te é o am arel o p oden do variar ao Az u l e esta l ig ado a vib raç ã o das S en h oras ( Y em an j á , O x u m , Y an sã , N an ã ) . Ch a cr a L a r í ng eo ( o centr o d e com u nica ç ã o)

    L oc al iz ado n a G arg an ta, rel ac ion a-se c om ex p ressã o tran sp essoal e o c h am ado E u su p e-rior, c om u n ic aç ã o esp iritu al e c om a vida. A f u n ç ã o desse c h ac ra tran sc en de a sim p l es atu aç ã o da voz h u m an a e en g l ob a todos os asp ec tos de rel ac ion am en to c om a m en sag em da vida. C o-m u n ic ar-se é rel ac ion ar-se. S u a H ip eratividade g era a c riatividade, en erg ia n a p al avra, m ag n etism o verb al . S u a h ip o-atividade g era dif ic u l dade de c om u n ic aç ã o c om o m u n do e c om as p essoas em g eral . E n ten de-m os essa c om u n ic aç ã o c om o c om p reen sã o da vida, c ap ac idade de in teraç ã o c om o m u n do, c om as idé ias e c om os seres. E m tais p essoas a voz deix a de ser c l ara. S u a V ib raç ã o de c or é o V erm el h o p oden do V ariar p ara o az u l viol eta e esta l ig ado a vi-b raç ã o de Y ori. Ch a cr a Ca r d í a co

    L oc al iz ado n o c en tro do p eito, está l ig ado c om o E n tu siasm o p el a vida, af etividade, au to-am or. E l e p erm ite o f l u x o das in f orm aç õ es sen tim en tais e em otivas.

  • PÁGINA 1 8 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 C h ac ras ( c ontinuaç ã o)

    S u a h ip eratividade p ode g erar val ores ex c essivos e sen tim en tos af l orados. E x trem am en te sen sí veis, sem l im ites p ara m ostrar seu s sen tim en tos, dec ep c ion am -se c on stan tem en te. M u itas vez es tem u m a p rof u n da in tu iç ã o das c oisas b el as ou desen vol vem u m a esp é c ie de sex to sen ti-do, q u e l h es f ac il ita c om p reen der o m u n do e o m eio em q u e vive, p orem , c arec em de sen so de l im ites em su a m an eira de ag ir. E n treg am -se ao sen tim en tal ism o ex ag erado, q u e, sem o u so da raz ã o, dec ai. S u a H ip oatividade g era p essoas sec as, m u ito rac ion ais ou sem p erc ep ç ã o da h arm on ia e das b el ez as da vida. S u a V ib raç ã o de c or é o V erde p oden do variar ao Am arel o-az u l ado e esta l ig ado a vib ra-ç ã o de X an g o. P l ex o S ol a r ( o ch a cr a u m b il ica l )

    L oc al iz ado p ró x im o ao U m b ig o está l ig ado à assim il aç ã o em oc ion al , sen sib il idade, sen sa-ç õ es de p raz er, de p aix ã o p el a vida e p el os el em en tos m ateriais. É o c en tro da von tade, do E g o, é esp ec ial iz ado n a ex p ressã o ou n o dom í n io dos in stin tos e das em oç õ es p assion ais. Atravé s del es o ser ex p ressa su as c u l p as e seu s m edos, dec orren tes de etap as m al -vividas n o p assado. S u a H ip eratividade g era u m c on g estion am en to das em oç õ es q u e desc em vib ratoriam en te do c orp o astral , p rodu z in do desc on trol e em oc ion al , al em do ex ag ero dos in stin tos e em oç õ es. R aiva, ressen tim en to, m á g oa, c iú m es e irritab il idade, al iados a ag ressividade. S u a H ip oatividade g era p essoas ap á tic as, n ã o se ap aix on am P or n ada n a vida, n ã o tem p ersp ec tivas, ob j etivos n em m etas a atin g ir. O s p roc essos de m el an c ol ia, tristez a e dep ressã o. S u a V ib raç ã o de c or é o Al aran j ado p oden do variar ao Am arel o-averm el h ado está l ig ado a V ib raç ã o de O g u m . Ch a cr a E s p l ê nico

    L oc al iz ado n a reg iã o c orresp on den te ao b aç o, é resp on sá vel el a vital iz aç ã o do du p l o-eté ric o e p or seu sistem a de distrib u iç ã o en erg é tic a, o esp l ê n ic o ab sorve en erg ias do S ol , n u trin -do e revital iz an do o sistem a san g u í n eo, atravé s da irrig aç ã o de su as c é l u l as. Q u an do está desreg u l ado de su as f u n ç õ es el e ab sorve q u al q u er tip o de en erg ia do am b i-en te, sem im p ortar a q u al idade del as. É p rec iso m u ita c au tel a, p ois o c h ac ra em desarm on ia c ostu m a af etar p rof u n dam en te o c ic l o vital q u e irrig a o du p l o-eté ric o. D esse m odo, ac ab a torn an -do-se arm az en ador de en erg ias m ais den sas, à s vez es, p erig osas ou dan in h as p ara a saú de do in dividu o e da c om u n idade q u e o c erc a. S u a vib raç ã o de c or é o Az u l p oden do variar ao verm el h o-viol eta, está l ig ado a V ib raç ã o de O x ossi.

  • PÁGINA 1 9 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 C h ac ras ( c ontinuaç ã o)

    Ch a cr a B á s ico L oc al iz ado n a b ase da c ol u n a verteb ral , el e é resp on sá vel p el o asp ec to de sol idez q u e iden tif ic am os n os diversos f atores q u e p erm eiam a vida n o c orp o f í sic o. É esse c en tro vital q u e p ossib il ita a ral aç ã o c om o m u n do das f orm as, da ap arê n c ia, resp on de p el a f ac il idade de se rel a-c ion ar b em c om as l eis do m u n do f í sic o e da vida soc ial . S ob su a atu aç ã o o ser h u m an o ap ren -de a c on viver c om os el em en tos m ais p rim á rios da vida, desen vol ven do as von tades e reg u l an -do-as. S u a H ip eratividade g era u m c om p ortam en to viol en to, c au sado p el a atu aç ã o das en erg ias p rim arias ou devido à in seg u ran ç a p essoal , l ig am -se aos asp ec tos m ã os m ateriais da vida, ex -travasam sen su al idade e sex u al idade. S u a V ib raç ã o de c or é o V iol eta p oden do variar ao verm el h o-az u l ado, está l ig ado a V ib ra-ç ã o de Y orim a.

    H a r m oniz a nd o. . .

    Q u an do os c h ac ras estã o em eq u il í b rio, desf ru tam os de ó tim a saú de f í sic a e p sí q u ic a, c a-so c on trá rio, f ic am os vu l n erá veis aos distú rb ios e à s doen ç as. Ao estarm os sau dá veis, n ossos c h ac ras g iram c om ritm o e sin c ron ia, p oré m , c om o org an ism o doen te, el es f ic am ac el erados ou l en tos dem ais, rodan do c om dif ic u l dade e p rovoc an do p erda de en erg ia vital . A saú de está n o eq u il í b rio, q u e p ode ser c on seg u ido atravé s de u m a dieta sau dá vel , ric a em verdu ras, l eg u m es e f ru tas, de ex erc í c ios f í sic os m oderados e ac om p an h ados p or u m m é di-c o, do resp eito à s h oras de desc an so e de p rá tic as rel ig iosas, m editativas e rel ax an tes. E n f im , tu do aq u il o q u e p rop ic ie a h arm on ia in terior. O p asse, a p rec e, a irradiaç ã o e a á g u a f l u idif ic ada servem c om o ap oio p ara a rec u p era-ç ã o, m as n ã o sã o a b ase real p ara o eq u il í b rio, al in h am en to ou h arm on iz aç ã o dos c h ac ras e c en tros de f orç a. D evem os l em b rar q u e c h ac ra b l oq u eado n ã o é c au sa, m as c on seq ü ê n c ia. A c au sa do deseq u il í b rio sã o n ossos p en sam en tos, sen tim en tos, em oç õ es, p al avras, desej os e aç õ es de b aix o teor vib rató rio, c om o p essim ism o, m á g oa, ran c or, in vej a, eg oí sm o, org u l h o, vin -g an ç a, ó dio e ví c ios. F on tes: w w w .u m b an darac ion al .c om .b r I P P B – I n stitu to de P esq u isas P roj ec iol ó g ic as e B ioen erg é tic as L ivro “ Al é m da M até ria” R ob son P in h eiro/ J osep h G l eb er editora “ C asa do E sp í ritos” T ex to de G ab riel C af u re E x traí do do I n f orm ativo do G E C P A de dez em b ro de 2 0 0 6

    G ru p o E sp iritu al ista C ab oc l o P en a Az u l C u ritib a - P R c af u re@ g m ail .c om

  • PÁGINA 20 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 O C andidato I ntel ec tual

    C on ta-se q u e J esu s, dep ois de in f ru tí f eros en ten dim en tos c om dou tores da L ei, em J eru -sal é m , ac erc a dos serviç os da B oa-N ova, f oi p roc u rado p or u m c an didato ao n ovo R ein o, q u e se c arac teriz ava p el a p rof u n da c ap ac idade in tel ec tu al . R ec eb eu -o o M estre, c ordial m en te, e, em seg u ida à s in terp el aç õ es do f u tu ro ap ren diz , p assou a ex p l ic ar os ob j etivos do em p reen dim en to. O E van g el h o seria a l u z das n aç õ es e c on -sol idar-se-ia à c u sta da ren ú n c ia e do devotam en to dos disc í p u l os. E n sin aria aos h om en s a retri-b u iç ã o do m al c om o b em , o p erdã o in f in ito c om a in f in ita esp eran ç a. A P atern idade C el este res-p l an dec eria p ara todos. J u deu s e g en tios c on verter-se-iam em irm ã os, f il h os do m esm o P ai. O c an didato in tel ig en te, f ix an do n o S en h or os ol h os arg u c iosos, in dag ou : - A q u e esc ol a f il osó f ic a ob edec erem os? - As esc ol as do C é u – resp on deu , c om p l ac en te, o D ivin o Am ig o. E ou tras p erg u n tas c h overam , im p rovisadas. - Q u em n os p residirá à org an iz aç ã o? - N osso P ai C el estial . - E m q u e b ases ac eitarem os a dom in aç ã o p ol í tic a dos rom an os? - N as do resp eito e do au x í l io m ú tu os. - N a h ip ó tese de serm os p erseg u idos p el o S in é drio, em n ossas atividades, c om o p roc eder? - D esc u l p arem os a ig n orâ n c ia, q u an tas vez es f or p rec iso. - Q u al o direito q u e c om p etirá aos adep tos da R evel aç ã o N ova? - O direito de servir sem ex ig ê n c ias. O rap az arreg al ou os ol h os af l itos e p rosseg u iu in dag an do: - E m q u e c on sistirá , desse m odo, o sal á rio dos disc í p u l os? - N a al eg ria de p ratic ar a b on dade. - E starem os arreg im en tados n u m g ran de p artido? - S erem os, em todos os l u g ares, u m a assem b l é ia de trab al h adores aten tos à V on tade D ivin a. - O p rog ram a? - P erm an ec erá n os en sin am en tos n ovos de am or, trab al h o, esp eran ç a, c on c ó rdia e p erdã o. - O n de a voz im ediata de c om an do? - N a c on sc iê n c ia. - E os c of res m an ten edores do m ovim en to? - S itu ar-se-ã o em n ossa c ap ac idade de p rodu z ir o b em . - C om q u em c on tarem os, de im ediato? - Ac im a de tu do c om o p ai e, n a estrada c om u m , c om as n ossas p ró p rias f orç as. - Q u em reterá a m el h or p osiç ã o n o m in isté rio? - Aq u el e q u e m ais servir. O c an didato c oç ou a c ab eç a, f ran c am en te desorien tado, e c on tin u ou , f in da a p au sa: - Q u e ob j etivo f u n dam en tal será o n osso?

  • PÁGINA 21 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 O C andidato I ntel ec tual ( c ontinuaç ã o)

    R esp on deu J esu s, sem se irritar: - O m u n do reg en erado, en ob rec ido e f el iz . - Q u an to tem p o g astarem os? - O tem p o n ec essá rio. - D e q u an tos c om p an h eiros seg u ros disp om os p ara in í c io da ob ra? - D os q u e p u derem c om p reen der-n os e q u iserem aj u dar-n os. - M as, n ã o terem os rec u rsos de c on stran g er os seg u idores à c ol ab oraç ã o ativa? - N o R ein o D ivin o n ã o h á viol ê n c ia. - Q u an tos f il ó sof os, sac erdotes e p ol í tic os n os ac om p an h arã o? - E m n osso ap ostol ado, a c on diç ã o tran sitó ria n ã o in teressa e a q u al idade p erm an ec e ac im a do n ú m ero. - A m issã o ab ran g erá q u an tos p aí ses? - T odas as n aç õ es. - F ará dif eren ç a en tre sen h ores e esc ravos? - T odos os h om en s sã o f il h os de D eu s. - E m q u e sí tio se l evan tam as c on stru ç õ es de c om eç o? Aq u i em J eru sal é m ? - N o c oraç ã o dos ap ren diz es. - O s l ivros de ap on tam en to estã o p ron tos? - S im . - Q u ais sã o? - N ossas vidas... O tal en toso adven tí c io c on tin u ou a in dag ar, m as J esu s sil en c iou , sorriden te e c al m o. Ap ó s l on g a sé rie de in terrog ativas sem resp osta, o af oito rap az in q u iriu , an sioso: - S en h or, p or q u e n ã o esc l arec es? O C risto af ag ou -l h e os om b ros in q u ietos e af irm ou : - B u sc a-m e q u an do estiveres disp osto a c oop erar. E , assim diz en do, ab an don ou J eru sal é m n a direç ã o da G al il é ia, on de p roc u rou os p esc a-dores rú stic os e h u m il des q u e, real m en te, n ada sab iam da c u l tu ra g reg a ou do direito R om an o, m an ten do-se, c on tu do, p erf eitam en te p ron tos a trab al h ar c om al eg ria e a servir p or am or, sem p erg u n tar.” I rm ã o X , C on tos e Ap ó l og os, 4 . ed., p .1 5 -1 8

    M e n sage m d iv ul gad a n a l ista d a C h oup an a d o C abocl o P e ry - P orto A l e gre - R S h ttp : / / w w w .ch oup an ad ocabocl op e ry .bl ogsp ot.com/

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  • PÁGINA 22 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 Auto-obsessã o

    Se p ensam entos dessem el h antes nã o si ntoni z am , o i ndi v í du o q u e em i ti r sem p re b ons p ensa-m entos af astará toda a i nf eri ori dade e p ertu rb aç ã o. P reoc u p ado em ser ú ti l , esq u ec erá seu s p ro-b l em as e será m ai s f el i z . Madre Terez a de Cal c u tá nã o dev i a senti r té di o, desâ ni m o, ou ang ú sti a

    exi stenc i al . Su as energ i as eram dedi c adas aos sof redores. A ob s es s ã o é s em p r e p r od u to d e u m a a u to-ob s es s ã o.

    O d es eq u il í b r io tem iní cio na m ente d o ind iv í d u o enca r na d o.

    P or H el oí s a P ir es / B ol etim d a A s s ocia ç ã o M é d ico E s p í r ita d o B r a s il O p rof essor, j orn al ista, f il ó sof o, p oeta, c on h ec edor da dou trin a esp í rita, H erc u l an o P ires, esc reveu o " p eq u en o g ran de" l ivro, O b sessã o, P asse e D ou tri naç ã o. B aseado em su a ex p eriê n -c ia de m ais de q u aren ta an os n o trab al h o de desob sessã o, H erc u l an o ex p l ic a c om o resol ver os p rob l em as das in f l u ê n c ias de esp í ritos in f eriores. C om m u ita au toridade, o p rof essor p ode f al ar sob re o assu n to, p ois su a vida f oi u m ex em p l o de c ap ac idade e su p eraç ã o das dif ic u l dades. V i-veu a dou trin a, n ã o ap en as a teoriz ou . C al m o, al eg re, h u m il de; h om em c u l to, dou tor em F il osof i-a, j orn al ista resp eitado e esc ritor p rem iado, en f ren tou p rob l em as c om m u ita tran q ü il idade. F oi el eito vá rias vez es p residen te do S in dic ato dos J orn al istas P rof ission ais de S ã o P au l o; diretor da c adeira de f il osof ia da F ac u l dade de F il osof ia de Araraq u ara. Au tor de 8 1 ob ras de va-l or rec on h ec ido. D esen vol veu g ran de ex p eriê n c ia n o sen tido de au x il iar os q u e, n esse dif í c il p l a-n eta T erra, se p erdem n o c ip oal das p ró p rias an g ú stias ou reb el dia, q u e en tram em l am en tá vel estado de esq u iz of ren ia tem p orá ria, do q u al n ã o c on seg u em sair sem o au x í l io ex tern o. O p rof essor real iz ava sessõ es c h am adas de desob sessã o, on de m en tes en c arn adas e-ram au x il iadas. N os ú l tim os q u in z e an os de su a ex istê n c ia, H erc u l an o, c om o au x í l io do dou tor An ton io J oã o T adesc o-M arc h ese, n eu rol og ista e do dou tor L aé rc io S au din i, real iz avam as ses-sõ es n as q u ais m u itos ob sedados en c on traram a c u ra. N os c asos de desaj u ste, o in diví du o, ex p el in do de si m esm o p en sam en tos de dep ressã o, l ig a-se a m en tes en c arn adas ou desen c arn adas, q u e au m en tam su as som b ras in teriores; a esse f en ô m en o c on ven c ion am os, os esp í ritas, c h am ar de ob sessã o.

    O b s es s ã o O b sessã o, c om o diz Al l an K ardec , o c odif ic ador da D ou trin a E sp í rita, é " o dom í n io q u e os esp í ritos in f eriores ex erc em sob re determ in adas p essoas" . A ob sessã o é sem p re p rodu to de u m a au to-ob sessã o. O deseq u il í b rio tem in í c io n a m en te do in diví du o en c arn ado. T el ep atic am en te, p or q u estã o de sin ton ia vib rató ria, en tra em c on tato c om ou tros in diví du os q u e vib ram n o m esm o teor e o p roc esso se in ic ia. N ã o h á m isté rio, h á a-p en as l ig aç ã o m en te a m en te, c om u n ic aç ã o. O in diví du o estab el ec e l aç os c om p en sam en tos desf avorá veis, en tra em on das desag radá veis e c ol h e os f ru tos de seu p ró p rio deseq u il í b rio. T odos n ó s, en c arn ados, em m om en tos de desâ n im o, de f al ta de " oraç ã o e vig il â n c ia" , n o-tam os q u e vam os n os en redan do em u m a teia de aran h a, q u e f az os p rob l em as p arec erem in so-l ú veis. É a h ora do b asta, da reaç ã o in terior, do u so da von tade p ara sair de u m estado desf avo-rá vel e en trar n u m eq u il í b rio m aior c om a h arm on ia u n iversal ; sin ton iz ar m el h or su a on da m en tal ,

  • PÁGINA 23 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 Auto-obsessã o ( c ontinuaç ã o)

    m u dar o teor vib rató rio. S om os os c on stru tores do n osso destin o. T em os sem p re o direito de op tar p el o q u e n os c on vé m ; in diví du os f ortes en f ren tam os p rob l em as q u e su rg em e, devido à f orç a in terior, sin ton i-z am c om ou tros in diví du os en c arn ados ou n ã o, q u e vib ram p ositivam en te; l u tam , ven c em e se torn am c ada vez m ais eq u il ib rados. I n diví du os f rá g eis, desl iz am a todos os in stan tes p el os dif í c eis c am in h os do p essim ism o e en tram em desaj u stes q u e p odem c au sar até doen ç as f í sic as. P en sam en tos de ó dio, revol ta, p essim ism o sã o tó x ic os q u e en ven en am o c orp o e desaj u stam a m en te. O M estre de N az aré n o c on vida ao p erdã o e à f é em D eu s; disse " O l h ai os l í rios do c am p o, q u e n ã o tec em n em f iam e n em S al om ã o se vestiu c om o el es em toda a su a g l ó ria" . N ã o f ez u m c on vite à p reg u iç a, m as à seren idade. C en tel h as divin as, f om os c riados p or D eu s p ara u m p rog resso in f in ito. O u , c om o disse J esu s: " sois deu ses, sois l u z es..." . O n osso l ivre-arb í trio p erm ite esc ol h erm os c am in h os m ais rá p idos p ara a evol u ç ã o, ou l ab irin tos dol orosos dos deseq u il í b rios. M as n osso destin o, den tro do determ in ism o das l eis de D eu s, é a an g el itu de. Ca u s a s d a s ob s es s õ es

    A c au sa p rim eira é a n ossa in c ap ac idade p ara u til iz ar a n ossa f orç a in terior e resol ver os p rob l em as q u e ap arec em . As en c arn aç õ es p assadas devem ser l evadas em c on ta. O dou tor I an S teven son , em seu l ivro V i nte Casos Su g esti v os de R eenc arnaç ã o , ex p l ic a c om o o in diví du o traz n o in c on sc ien te o arq u ivo do p assado, q u e à s vez es af l ora n o p resen te. O s c on teú dos su b l im in ares af l oram n a c on sc iê n c ia su p ral im in ar. D esaf etos do p assado ap roveitam os n ossos m om en tos de desc u ido, a q u eb ra de def esa p sic ol ó g ic a e n os af etam até on de o p erm itim os. Cu r a d a ob s es s ã o

    É n ec essá rio se m an ter den tro de u m eq u il í b rio p sí q u ic o g erado p or b on s p en sam en tos. O Mestre de N az aré ex p l ic a n a h istó ria O E sp í ri to Mal c om o se l ivrar dos ob sessores. O in diví du o p rec isa p ovoar a su a c asa m en tal c om b on s p en sam en tos; n ec essita en ten der a f in al i-dade da ex istê n c ia, o sen tido da vida. " V ivem os" , diz H erc u l an o, " p ara desen vol ver as p oten c ial idades p sí q u ic as de q u e som os dotados. N ossa ex istê n c ia tem p or f im a tran sc edê n c ia, a su p eraç ã o de n ossa c on diç ã o h u m a-n a" . S artre, o g ran de f il ó sof o m aterial ista, diz q u e o S er deve assim il ar as aq u isiç õ es dos q u e an tec ederam e deix ar o p rodu to de su as ex p eriê n c ias p ara os q u e vierem dep ois. E m b ora dig a q u e o h om em é " u m a p aix ã o in ú til " rec on h ec e a n ec essidade da tran sc edê n c ia. K eerk g ard c on ta a h istó ria do h om em e do c ac h orro q u e estã o n a p orta de u m b ar. O c a-

  • PÁGINA 24 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 Auto-obsessã o ( c ontinuaç ã o)

    c h orro vive ap en as; c om e, satisf az as n ec essidades b iol ó g ic as da esp é c ie. O h om em só E x iste q u an do c resc e esp iritu al m en te, rac ioc in a, é u m el em en to in du tor ao p rog resso. M u itos ap en as vivem , raros E x istem . O destin o do h om em n ã o é ser esc ravo dos ví c ios, das sedu ç õ es da c arn e, da m até ria. É c am in h ar ereto, n a vertic al , em b u sc a de m u n dos m el h ores. É f az er da terra u m m u n do de J u sti-ç a e de Am or. O m u n do é l in do. H á u m a m ú sic a su ave, q u e só os m ais sen sí veis c on seg u em c ap tar, q u e em b al a n ossos c oraç õ es, q u e é p rodu to da h arm on ia u n iversal . D eu s n os c riou p ara a f el ic i-dade e al eg ria. D iz A G ê nese, de Al l an K ardec : " S e o h om em ag isse sem p re de ac ordo c om a l ei de D eu s seria f el iz sob re a terra e evitaria p ara si m esm o os m al es m ais am arg os" . É o h om em q u e, c on trarian do as l eis de Am or, c ria p rob l em as: f om e, desem p reg o, g u erras, doen ç as. Aos p ou c os el e vai se satu rar do m al m oral e p roc u rar rem é dio n o b em . O m u n do ap resen ta p rob l em as q u e n ã o n os ag radam ; vam os resol vê -l os. S e n osso p ró -p rio in terior n os p arec e dep rim en te, vam os m odif ic á -l o. P ossu í m os f orç as in c rí veis, é n ec essá rio u til iz á -l as. S ab em os h oj e, atravé s das ex p eriê n c ias do c asal P au l V ase, n a F ran ç a, q u e o p en sa-m en to divide g otas d’ á g u a, ac en de l â m p adas, in ten sif ic a o c resc im en to de p l an tas. C om a f orç a de n osso p en sam en to, p odem os n os m odif ic ar p ara m el h or e m odif ic ar o m u n do em n ossa vol ta. C ertez a de ven c er n os dará vitó ria. G h an di, ig u al m en te f rá g il , c on seg u iu m u dar a f ac e de seu s p aí s. A s d im ens õ es d a v id a

    N o sé c u l o X X é f á c il ser esp í rita; nã o p r a tica r a d ou tr ina , m a s entend ê -l a . A m até ria se dissol veu em en erg ia; ex p eriê n c ias p rovam q u e, c om o dissera P l atã o, " O m u n do sen sí vel é il u -só rio" . A G ê nese de Al l an K ardec disse, h á m ais de c em an os, q u e m até ria é ap en as c on den sa-ç ã o de en erg ia. O s f í sic os atu ais sã o m etaf í sic os. F al am em b u rac os n eg ros e em el é tron s p ositivos q u e viriam de u m su b m u n do. A m en te do h om em se ab re p ara ou tras dim en sõ es, ou tras f orm as de ex istê n c ia. O g ran de E in stein f al a sob re a rel atividade. P op p er c on f irm a q u e tu do é ef ê m ero e rel ativo. U m m u n do n ovo su rg e, os p rec on c eitos c ien tí f ic os ou rel ig iosos n ã o tem m ais raz ã o de ser. O c orp o b iop l á sm ic o dos ru ssos c on f irm a q u e o K á dos eg í p c ios é o p erisp í rito da dou tri-n a esp í rita. U m a n ova c om p reen sã o do u n iverso, u m a n ova ordem de val ores su rg iu . A ex istê n c ia de dois m u n dos, o m aterial e o esp iritu al , é u m a real idade. O h om em c resc e p ara a c on sc ien tiz aç ã o de q u e é u m a p eq u en a p eç a, im p ortan te q u an do in serida n a g ran de en g ren ag em u n iversal . M as, assim c om o u m p araf u so soz in h o n ã o tem g ran de u til idade, sen do in disp en sá vel ao f u n c ion a-m en to de u m a m á q u in a, o in diví du o é ú til q u an do se in teg ra n a H arm on ia U n iversal . S oz inh os s om os p ontinh os f r á g eis p er d id os nu m u niv er s o l u m inos o. A nos s a f or ç a es tá na u niã o d e nos s a s m entes , p a r a a cons tr u ç ã o d e u m m u nd o m el h or .

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    N essa n ova dim en sã o, c on vé m ou vir H erc u l an o: " R ef orm u l e o c on c eito de si m esm o. V oc ê n ã o é u m p ob rez in h o ab an don ado n o m u n do. T ire da m en te a idé ia de p ec ado e de c astig o. O q u e c h am am p ec ado é o erro, q u e p ode e deve ser c orrig ido. C orrij a-se" . A idé ia de p ec ado e o c om -p l ex o de c u l p a arrasam o in diví du o. T r a ta m ento m é d ico

    H erc u l an o l em b ra q u e " D eve h aver u m a orien taç ã o m é dic a, ten do ou n ã o o p rof ission al c on h ec im en to da dou trin a esp í rita" . O m é dic o esp í rita c on tará c om as arm as m aiores da c om p reen sã o da reen c arn aç ã o e do in terc â m b io en tre en c arn ados e desen c arn ados; isso f ac il itará su a taref a. Al é m do tratam en to m é dic o, o ob sedado rec orrerá à s c asas esp í ritas on de, atravé s de p asses de sessõ es de desob sessã o, c on seg u irá f ortif ic ar su a von tade e esc l arec er n ã o só su a m en te c om o as dem ais en vol vidas n o p roc esso p ara a su a l ib ertaç ã o. R ec orren do aos esp ec ial istas do c am p o da m até ria e ao au x í l io dos q u e tratam dos p ro-b l em as do esp í rito, o in diví du o c on seg u irá m odif ic ar o seu m odo de vida e org an iz ar ao redor de si " a c ou raç a da f é e da c aridade" ac on sel h ada p el o ap ó stol o P au l o. S e p en sam en tos dessem el h an tes n ã o sin ton iz am , o in diví du o q u e em itir sem p re b on s p en sam en tos af astará toda a in f erioridade e p ertu rb aç ã o. P reoc u p ado em ser ú til , esq u ec erá seu s p rob l em as e será m ais f el iz . M adre T erez a de C al c u tá n ã o devia sen tir té dio, desâ n im o, ou an g ú stia ex isten c ial . S u as en erg ias eram dedic adas aos sof redores. É h ora de c resc er. D evem os n os l em b rar q u e n en h u m j u l g o resiste a u m a von tade f irm e. " S ó f ic a ob sedado aq u el e q u e, c on sc ien te ou in c on sc ien tem en te o desej ar. É u m a esp é c ie de au to-p u n iç ã o" . " A c u ra da ob sessã o é u m a au toc u ra..." , diz H erc u l an o P ires. F on te: h ttp : / / w w w .rc esp iritism o.c om .b r/ ob sessao-au toc u ra.h tm M en sag em divu l g ada n a l ista da C h ou p an a do C ab oc l o P ery - P orto Al eg re - R S h ttp : //w w w .c h ou p anadoc ab oc l op ery .b l og sp ot.c om / E n viado p or N orb erto P eix oto C h ou p an a do C ab oc l o P ery P orto Al eg re - R S n orp e@ p ortow eb .c om .b r

  • PÁGINA 26 Correio da Umbanda - E diç ã o 1 3 - J aneiro de 2 0 0 7 O rix á R eg ente do Ano . . .

    T odo in í c io de an o é a m esm a c oisa. À m eia-n oite, g eral m en te do h orá rio de verã o em B rasí l ia, n o dia 3 1 de dez em b ro, m u itos trab al h os n a p raia, ten das de U m b an da f az en do g ira à b eira do m ar, p essoas p u l an do sete on das, j og an do f l ores p ara I em an j á , sol tan do b arq u in h os c om of eren das. T u do m u ito b on ito. A dem on straç ã o da f é do b rasil eiro p u l an do on das e j og an do rosas, c om en do l en til h a e u vas. I sso é b on ito. M as c om o am an h ec er do dia p rim eiro do an o n ovo, m u ita su j eira, g arra-f as esp al h adas, b arq u in h os q u e vol taram do m ar, p edaç os de f l ores e f ru tas n a p raia. I sso n ã o é b on ito. ` O s diversos terreiros c om ten das im p rovisadas n a areia f az en do su as g iras, c an tan do p on tos, o som dos atab aq u es ec oan do e se m istu ran do c om o som das on das e da b risa do m ar, dem on stran do o am or à rel ig iã o, dan do p asses, m ostran do a c ara da U m b an da. I sso é b on ito. M as c ada ten da im p rovisada ten tan do m ostrar q u e tem p oder, q u e as en tidades sã o as m el h ores, c om as m el h ores c ap as, rou p as, adorn os; c om f aix as sim il ares à q u el as de “ Al u g a- se c asa n a p raia, tratar aq u i” n a f ren te, c om a visí vel p erc ep ç ã o de q u e c ada m é diu m está n a g ira p en san do q u e p oderia estar f estej an do a c h eg ada do n ovo an o, tom an do u m esp u m an te. I sso n ã o é b on ito.