Correio Notícias - Edição 1153

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1 Sexta-Feira - 30 de Janeiro de 2015 Edição 1.153 30 Sexta-Feira Janeiro / 2015 Edição 1153 Vestibular 01 de Fevereiro PM baiano desvenda significados de tatuagens no mundo do crime Estudo levantou 50 mil documentos e fotos em presídios e delegacias, institutos médicos legais, jornais, revistas e redes sociais, além de raras entrevistas com detentos Página 7. Escola de Trânsito do DER-PR leva ações educativas para mais de 47 mil alunos De forma lúdica, as crianças aprenderam sobre comportamento seguro no trânsito, com uso do cinto de segurança, cuidados no passeio de bicicleta, na travessia de ruas e a atenção à sinalização. No ano passado foram atendi- das 900 escolas. A escola atua em parceria com as secretarias muni- cipais de Educação, que disponi- biliza os professores. Além disso, participam policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual. Página 5. Petrobras divulga lucro no 3º tri de 2014 sem baixa contábil por Lava Jato A Petrobras registrou queda no lucro líquido no terceiro tri- mestre de 2014, para 3,087 bilhões de reais, segundo balanço não auditado divulgado na madrugada desta quarta- feira, em um anúncio que não incluiu nenhuma baixa contábil relacionada às denúncias de cor- rupção da Operação Lava Jato. O lucro líquido da companhia entre julho e setembro de 2013 havia sido de 3,395 bilhões de reais. A Petrobras planeja aumen- tar sua produção de petróleo no Brasil em 4,5 por cento em 2015 ante 2014, com variação de um ponto percentual na meta para mais ou para menos, segundo comunicado divulgado na madru- gada desta quarta-feira. Página 6. Com cachê de até R$ 200, figurantes alimentam programas de entretenimento Página 8.

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1Sexta-Feira - 30 de Janeiro de 2015Edição 1.153

30Sexta-Feira

Janeiro / 2015Edição 1153

Vestibular 01 de Fevereiro

PM baiano desvenda significados de tatuagens no mundo do crime

Estudo levantou 50 mil documentos e fotos em presídios e delegacias, institutos médicos legais, jornais, revistas e redes sociais, além de raras entrevistas com detentos

Página 7.

Escola de Trânsito do DER-PR leva ações educativas para mais de 47 mil alunos

De forma lúdica, as crianças aprenderam sobre comportamento seguro no trânsito, com uso do cinto de segurança, cuidados no passeio de bicicleta, na travessia de ruas e a atenção à sinalização.

No ano passado foram atendi-das 900 escolas. A escola atua em parceria com as secretarias muni-cipais de Educação, que disponi-biliza os professores. Além disso, participam policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual.

Página 5.

Petrobras divulga lucro no 3º tri de 2014 sem baixa contábil por

Lava Jato

A Petrobras registrou queda no lucro líquido no terceiro tri-mestre de 2014, para 3,087 bilhões de reais, segundo balanço não auditado divulgado na madrugada desta quarta-feira, em um anúncio que não incluiu nenhuma baixa contábil relacionada às denúncias de cor-rupção da Operação Lava Jato.

O lucro líquido da companhia

entre julho e setembro de 2013 havia sido de 3,395 bilhões de reais.

A Petrobras planeja aumen-tar sua produção de petróleo no Brasil em 4,5 por cento em 2015 ante 2014, com variação de um ponto percentual na meta para mais ou para menos, segundo comunicado divulgado na madru-gada desta quarta-feira.

Página 6.

Com cachê de até R$ 200, figurantes alimentam programas de entretenimento

Página 8.

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Sexta-Feira - 30 de Janeiro de 2015Edição 1.1532 OpiniãO

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CHARGE DO DIAReflexões sobre o Brasil e as perspectivas do comércio internacional

Gustavo GrisaO país tem perdido espaço

e oportunidades quanto à sua integração internacional. Basta, nesse sentido, a análise do avanço qualitativo dos produtos e serviços brasileiros na esfera mundial, e da marca relacionada ao Brasil para perceber isso. De uma maneira geral, o Brasil conti-nua em uma versão século 21 do seu perfil de exportador de com-modities, com alguma comple-mentaridade industrial de baixa e média complexidade. Ou seja, um modelo de inserção internacional que não ajuda a reverter o pro-cesso de relativa desindustriali-zação do país e é particularmente desarticulado às prioridades de nossas regiões mais produtivas e eficientes. O Brasil aumentou consideravelmente nas últimas décadas o seu volume de comér-cio internacional, mas não mudou o seu padrão qualitativo: há ainda uma considerável falta de articu-lação de global trader, e um com-prometimento nos últimos anos do resultado comercial do país em razão de certa deterioração macroeconômica, com padrões

ainda altos de oscilação cambial, e dispersão de foco.

Há sérios desafios e mudan-ças de estratégia para quem tem capacidade de influenciar e executar a política de inserção econômica global do país: no âmbito das disputas que virão, o entendimento das tendências e disputas em torno do conceito de “economia verde”, energia e combustíveis que pautarão essa e a próxima década, e um posicio-namento mais assertivo do que o pedido de 39 barreiras comerciais junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).

Geralmente, quando as eco-nomias entram em recessão ou desaceleração, há um surto de medidas protecionistas. Em parte pela demora na recuperação eco-nômica dos EUA e União Europeia, há a perspectiva do aumento de práticas desequilibradas de apoio à produção, como o seguro agrí-cola nos EUA, e da continuidade das disputas da União Europeia em torno da redução “temporária” de impostos industriais no Brasil.

A inserção nas correntes eco-nômicas mundiais de maior valor

agregado depende não apenas de um sistema de vigilância e inteli-gência comercial e competitiva mais ágil e integrado, mas prin-cipalmente da competitividade de corporações industriais, e da sua integração às cadeias produtivas e empresas líderes globais; de uma política constante de promo-ção da marca e da origem Brasil; e de um posicionamento estraté-gico como região industrializada preferencial da América do Sul, ao mesmo tempo em que pratica um agronegócio competitivo com controle de qualidade, logística e produtividade. Ou seja, uma polí-tica de bloco regional com lógica econômica, e não apenas política, em conjunto com um posiciona-mento de atuação junto aos gran-des mercados que possibilite às empresas promoverem, em uma ou duas décadas, a mudança da matriz de comércio do Brasil na direção de um perfil mais adequado às necessidades de geração de choques de competiti-vidade e inovação em uma econo-mia diversificada de renda média dentro dos padrões globais, que é a nossa realidade atual.

Crise energética, apagões e insegurança

Sérgio Luiz Cequinel FilhoOs últimos acontecimentos no

setor elétrico têm causado muita preocupação aos brasileiros. A luz amarela está acesa, principal-mente pela falta de investimentos e atrasos nas decisões e execução de obras, que viraram rotina tanto na geração como transmissão de energia elétrica. O país precisará regredir com o crescimento e adotar novamente as medidas de racionamento de energia, espan-tando assim os grandes inves-tidores estrangeiros? Por que o discurso dos governantes sobre a falta de energia é sempre o mesmo, culpando São Pedro? Como se explicam tantos atrasos em obras de linhas de transmissão e subes-tações de energia que já deveriam estar em operação? Infelizmente, são perguntas sem respostas.

Os cortes de energia, que as concessionárias são obrigadas a cumprir por decisão do Opera-dor Nacional do Sistema Elétrico, começaram em menor escala em 2014. O importe de energia da Argentina é outro indício de que as coisas não vão bem. O risco de déficit é iminente desde o início do século. A forte dependência de chuva, a queda nos investimentos, os entraves burocráticos atrelados ao aumento de consumo de ener-gia são os principais responsáveis por o país viver essa crise. As

usinas térmicas passaram a atuar a pleno vapor, ocasionando reajus-tes nas tarifas, já repassadas aos consumidores.

Temos políticas e ações iso-ladas em eficiência energética que precisam ganhar fôlego. Uma delas é colocar em prática alguns itens do Plano Nacional de Eficiên-cia Energética (Pnef). Além disso, criar uma cultura de economia com relação aos níveis de consumo. O consumidor brasileiro pode colaborar, mas precisa ser incen-tivado a economizar. Por outro lado, políticas públicas poderiam ser disseminadas para que novos empreendedores surgissem e ao mesmo tempo pudessem ter segu-rança em participar de um mer-cado com inúmeras oportunidades. Essas políticas devem ocorrer nas duas pontas, no lado do consumo e da geração de energia. É notório que existe um potencial enorme no setor energético, contudo inexplo-rado.

Uma possível ideia seria a cria-ção de uma lei estadual que incen-tivasse as ações em eficiência energética e que fosse realmente atrativa, beneficiando alguns seto-res que são estratégicos para o desenvolvimento do estado. Com isso, seria iniciada uma proposta de redução na dependência de recursos federais e o Paraná esta-ria dando uma resposta imediata

para espantar a crise e ao mesmo tempo servindo de exemplo para o Brasil em termos de desenvol-vimento sustentável. Dentro desta visão, os governos municipais também poderiam se aproximar das universidades locais para o desenvolvimento e ações em resposta a problemas pontuais, mesmo que os resultados surjam no médio e longo prazo, porque precisamos mais do que nunca no Brasil de uma política e gestão de continuidade das boas ideias.

O CREA-PR vem discutindo eficiência energética para as cida-des há algum tempo e fazendo o diálogo com o poder público. Diante de tantos cenários no setor de energia, a única certeza é a urgência para uma mudança de direção. Enquanto permanecer no ar a insegurança trazida por planejamentos ineficazes, ações lentas e não houver diversificação na matriz energética, o Brasil con-tinuará acendendo velas e lam-piões. É simples perceber que o grau de confiabilidade energética decresce exponencialmente e o nível de investimento de capital estrangeiro continuará despen-cando junto com o crescimento econômico. É preciso olhar para frente e estabelecer um diálogo frequente para criar um entendi-mento definitivo entre a engenha-ria e o poder público.

Os cursos técnicos e a entrada no mercado de trabalho

Mauricio RibeiroTemos presenciado, de forma

maciça, a ampla divulgação a res-peito dos cursos técnicos bem como uma atenção especial, por parte do governo federal, para com esses cursos por meio da criação de novos institutos e, principal-mente, pela oferta, na rede privada, de bolsas de formação oriundas do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Prona-tec) criado pelo governo federal, em 2011, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos de educação pro-fissional e tecnológica.

Esse movimento, envolvendo a rede privada, vai completar seu segundo ano em 2015, e muito des-conhecimento ainda pairam sobre os futuros e pretensos novos téc-nicos. Diversas situações trazem exemplos de alunos que desco-nhecem o verdadeiro papel de um técnico dentro de uma organização. Depoimentos de “quero aprender a costurar” ou “estou fazendo este curso para aprender a consertar o meu computador” nos levam a ima-ginar uma compreensão distante entre o papel dos técnicos dentro do quadro de colaboradores de uma organização daqueles cursos de curta duração que nos ensinam uma atividade específica.

Mas essa compreensão não se restringe somente aos candidatos a técnicos. O empresariado também precisa compreender o quão impor-tante o técnico devidamente capa-citado é para sua organização. O aprendizado que a empresa inter-namente dedica aos seus colabo-radores, tornando-os especialistas naquelas atividades operacionais, pode e deve ser substituída por uma formação metodológica, profis-sional, prática e objetiva, por meio de instituições capacitadas e cria-das com esse objetivo.

Para que se dimensione o papel do técnico é importante refle-tir sobre a diferença entre curso técnico, tecnólogo e curso de gra-duação.

O curso técnico, que tem dura-ção entre um ano e dois, é um curso de nível médio que objetiva capa-citar o aluno com conhecimentos teóricos e práticos nas diversas ati-vidades do setor produtivo. Acesso imediato ao mercado de trabalho é um dos propósitos dos que buscam este curso, além da perspectiva de requalificação ou mesmo rein-serção no setor produtivo. Ele é aberto a candidatos que tenham concluído o ensino fundamental e para a obtenção do diploma de téc-nico, é necessária a conclusão do

ensino médio. Já o tecnólogo, cuja duração é de dois anos a três anos e meio, é um curso de graduação que abrange métodos e teorias orientadas a estudos, pesquisas, avaliações e aperfeiçoamentos tecnológicos com foco nas aplica-ções práticas. É aberto, como todo curso superior, a candidatos que tenham concluído o ensino médio ou equivalente e tenham sido clas-sificados em processo seletivo (vestibular). Assim como o tecnó-logo, os cursos de graduação, que variam de quatro a seis anos, são abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio e tenham sido classificados em processo seletivo vestibular.

Quem opta por um curso téc-nico, em geral, quer aprender um ofício e ingressar rapidamente no mercado de trabalho. A compre-ensão do que é ser um técnico e a abertura das portas do mercado de trabalho para esse profissional por parte das empresas são fun-damentais. A rápida qualificação, o conhecimento prático, a perspec-tiva de requalificação do colabora-dor, ou mesmo a sua reinserção no mercado, deve ser compreendida como fator importante de desenvol-vimento, por todos os envolvidos nos diversos setores produtivos.

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3Sexta-Feira - 30 de Janeiro de 2015Edição 1.153pOLíTiCA

DEuS É FIEL E JuSTO!

LAVA JATOA Polícia Federal (PF) abriu mais dez inquéritos para

investigar empresas suspeitas de participar do esquema de corrupção em contratos com a Petrobras. Por determi-nação do delegado Eduardo Mauat, chefe da investiga-ção da Operação Lava Jato, a PF vai investigar possível envolvimento de diretores e funcionários nos desvios. De acordo com a PF, serão investigadas as empreiteiras Andrade Gutierrez, Setal Engenharia, MPE Montagens e Projetos Especiais, Alusa Engenharia S/A, Promon Enge-nharia, Techint Engenharia e Construção S/A, Skanska Brasil, GDK, Schahin Engenharia e a Carioca Christiani Nielsen Engenharia.

HOMICíDIOSCerca de três em cada mil adolescentes que tinham

12 anos em 2012 correm o risco de serem assassinados antes de completar 19 anos. Os dados foram divulga-dos ontem (28) pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Laboratório de Favelas e o Laboratório de Análises de Violência da Uni-versidade do Estado do Rio de Janeiro.

CONTINuANDOAs informações se referem a cidades com ao menos

100 mil habitantes e apontam para mais de 42 mil homicí-dios de adolescentes de 12 anos a 18 anos entre 2013 e 2019. A pesquisa analisou dados de 2012 para compor o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que estimou 3,32 mortes para cada mil habitantes nessa faixa etária. O indicador cresceu 17% em relação a 2011 e foi o maior registrado desde 2005.

PROTEçãO DE DADOS O Ministério da Justiça iniciou ontem (28) uma série

de debates na busca de colaboração da sociedade para elaborar dois documentos relativos ao uso da internet e à proteção de dados do cidadão. Um visa a consubstanciar a minuta de decreto presidencial que vai regulamentar o Marco Civil da Internet, sancionado em abril de 2014; e o outro subsidiará o anteprojeto de lei de proteção de dados pessoais. As sugestões podem ser apresentadas no prazo de 30 dias por meio do portal do ministério, nos endereços www.marcocivil.mj.gov.br ewww.dadospesso-ais.gov.br.

CORTEO governo anunciou mudanças nas regras para con-

cessão de abono salarial, seguro-desemprego, pensão por morte e auxílio-doença. O objetivo é economizar R$ 18 bilhões por ano. Conforme levantamento do Contas Abertas, o valor representa 12% do que foi gasto com esses benefícios em 2014. As despesas chegaram a R$ 148,3 bilhões no ano passado. A maior parcela dos gastos foi destinada às pensões por morte. Ao todo, R$ 96 bilhões foram comprometidos para pagamento desse tipo de benefício. Com as novas regras do governo fede-ral, na pensão por morte, haverá carência de 24 meses de contribuição previdenciária pelo segurado para que o cônjuge possa herdar o benefício.

OuTRAS MuDANçASO governo também exigirá tempo mínimo de casa-

mento ou união estável de 24 meses. Haverá ainda nova regra de cálculo do benefício: dos 100% que representam o salário benefício, cairá para 50%, mais 10% por depen-dente até o limite de 100%, com exceção para órfãos de pai e mãe. Já o seguro-desemprego somou dispêndios de R$ 35,7 bilhões no ano passado. As despesas incluem os gastos com a bolsa qualificação e pescador artesanal. O abono salarial representou R$ 16,7 bilhões aos cofres públicos em 2014.

PERíODO DE CARêNCIA A principal mudança no seguro-desemprego é que o

período de carência passa de seis meses para 18 meses na 1ª solicitação e para 12 meses na 2ª solicitação. Fica mantido em seis meses na 3ª solicitação. Para o abono salarial, pago ao trabalhador que recebeu até dois salá-rios mínimos, haverá carência de seis meses de trabalho ininterruptos. Hoje, basta trabalhar um mês no ano.

Porto de Paranaguá prevê aumento de 6% no embarque de soja em 2015

Com o crescimento nas previsões da safra de grãos e a manutenção do câmbio favorável para as exportações, o embarque de soja pelo Porto de Paranaguá deve

ser 6% maior em 2015 em relação ao ano passado

De ParanaguáAEN NotíciasSegundo a estimativa, os

embarques com o grão podem ultrapassar as 7,9 milhões de tone-ladas ao longo de todo o ano.

O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, José Richa Filho, disse que o aumento da efici-ência no Porto foi um dos compro-missos assumidos pelo Governo do Estado. “Os bons resultados serão percebidos pela indústria, pelo agronegócio e pelo comércio como um todo”, enfatizou Richa Filho.

Na última sexta-feira (23), o pri-meiro navio de soja foi carregado no porto, dando início à temporada de escoamento do grão, que terá movimento cada vez mais intenso até os meses de março e abril, quando a exportação da safra de soja atinge seu pico, com mais de 1,4 milhões de toneladas em cada um dos meses.

A conjuntura econômica e as condições favoráveis para expor-tação devem puxar o aumento no embarque da soja. “O crescimento deve ser puxado pelo aumento da

produtividade no campo e pela tendência de melhora no preço do produto em função da taxa de câmbio”, afirma o diretor-presi-dente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino.

Segundo o prognóstico do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná, a área a ser cultivada na safra 2014/15 em todo o Brasil deverá ser de 31,29 milhões de hecta-res, número que é 3,7% maior do que a safra anterior, quando foram plantados cerca de 30,17 milhões. Com base nisso e nos ganhos de produtividade por hec-tare, a estimativa para esta safra é que sejam produzidas cerca de 90,54 milhões de toneladas. Se confirmada, esta quantidade será 5,1% superior as 86,12 milhões de toneladas produzidas na tem-porada passada.

A desvalorização do real frente ao dólar também foi amigável ao produtor que vai exportar o grão. Nos últimos seis meses, a moeda saltou dos R$ 2,20 para R$ 2,60

- no final das contas, o produtor comprou os insumos com o dólar mais baixo e vai vender o grão com um câmbio mais favorável.

O aumento no escoamento total acompanha a expectativa de crescimento na movimentação de carga dos operadores do porto. Segundo o responsável técnico da Coamo no Porto de Paranaguá, Alexandro Cruzes, o aumento de patamar da safra deve puxar os embarques. “Com este patamar de preço, devemos partir para um crescimento de 5% a 6% na exportação”, completa.

EFICIÊNCIA - O aumento pre-visto no escoamento está também diretamente ligado às melhorias logísticas implementadas pela Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA). Neste ano, quatro novos shiplo-aders passarão a carregar os navios que atracam no. Corredor de Exportação. Os carregadores permitirão operar com navios de maior porte, reduzindo o tempo de embarque e o custo de transporte.

A capacidade nominal de car-regamentos dos novos shiploa-

ders é de duas mil toneladas por hora. “Estes novos shiploaders rendem um carregamento 30% maior que a dos equipamentos substituídos. O porto ganha em produtividade e capacidade de escoamento”, explica Dividino.

Além disso, investimentos recentes tem aumentado gradati-vamente a eficiência do porto no carregamento dos grãos, como, por exemplo, a readequação do sistema Carga Online, que ordena o recebimento de caminhões e permitiu acabar com as filas no acesso ao Porto. Ao todo, foram cerca de R$ 480 milhões em investimentos entre 2011 e 2014.

FARELO - Parte do chamado “complexo-soja” é complemen-tado pela exportação do farelo da soja. O processamento do grão moído tem maior valor agregado e rende mais ao produtor agrícola.

Neste tipo de produto, o Porto de Paranaguá é o líder em exportação no Brasil, com 5,17 milhões de toneladas embarca-das. No total, o porto paranaense foi responsável por 37,7% do total exportado pelo Brasil.

Porto de Paranaguá

ARQUIVO APPA

Richa assina contrato para Compagas fornecer gás para usina de Araucária

De CuritibaAEN NotíciasA Compagas é a concessioná-

ria responsável pela distribuição, no Paraná, do gás natural canalizado. A renovação do contrato garante a operação da usina no Sistema Interligado Nacional (SIN). A usina tem potência de geração de 460 megawatts de energia, o suficiente para abastecer uma cidade de 1,5 milhão de habitantes.

O convênio, de R$ 1,2 bilhão, tem duração de um ano e prevê o fornecimento de 2,2 milhões metros cúbicos de gás natural por dia - aproximadamente 8% de todo gás importado pelo ramal Brasil-Bolívia. “É fundamental manter a capaci-dade de geração de energia dessa

importante usina paranaense. Ela tem sido primordial para manter o fornecimento de energia, principal-mente, nesse período preocupante, de risco de racionamento de ener-gia no País”, disse o governador.

Richa reafirmou o compro-misso de fortalecer a Compagás e defendeu a diversificação da matriz energética brasileira. “Nossa deter-minação para a Copel é que busque investimentos em energias renová-veis. É preciso fortalecer o setor para garantir energia abundante e de qualidade para o desenvolvi-mento econômico do Brasil”, ressal-tou. A Compagás é uma empresa de economia mista, que tem como acionista majoritária a Companhia Paranaense de Energia (Copel).

NOVOS RAMAIS – O presi-dente da Compagas, Fernando Ghignone, explicou que a usina de Araucária é a maior cliente da Compagás. “Esse é um momento oportuno para o crescimento da participação do gás natural na matriz energética, principalmente, num momento que o setor elétrico está em crise”, afirmou. Atualmente, a Compagas conta com mais de 24 mil clientes dos segmentos residen-cial, comercial, industrial, veicular e geração de energia elétrica e aten-dimento a 14 municípios.

Ghignone disse que a empresa passa por um grande momento, com a construção de novos ramais de gás, principalmente para os Campos Gerais.

O gerente executivo da Petro-brás Rodrigo Vilas Novas destacou a participação da usina no sistema elétrico nacional. “Uma importante usina que tem contribuído para o fortalecimento do setor. O gás natu-ral é uma fonte energética segura que precisa ser ampliada”, afirmou.

FUNDAMENTAL - A Companhia Paranaense de Energia (Copel) é sócia majoritária da Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA), com 80% de participação. A Petrobras é detentora dos outros 20%. O pre-sidente da Copel, Luiz Fernando Vianna, afirmou que a renovação do contrato é fundamental para que a usina continue operando e gerando energia para o Sul e Sudoeste do Brasil.

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Sexta-Feira - 30 de Janeiro de 2015Edição 1.1534 eDiTAiS

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DA BOA VISTAESTADO DO PARANÁAVISO DE HOMOLOGAçãO/ADJuDICAçãO

REF.: Leilão nº 04/2014

OBJETO:

ITEM 01 - Veículo Volkswagen Kombi, Mis/Camioneta, Combust: Álcool/Gasolina, Categoria: Oficial, Cor: Branca, ano/mod:

2008/2009.

Face ao contido no Parecer do Controle Interno, homologo o presente procedimento licitatório, para o fim de adjudicar a venda

do objeto ao proponente: Item 01: no valor de R$ 17.100,00 (Dezessete mil e cem reais) em favor do Senhor JOÃO ANDRÉ DE

BARROS.

Gabinete do Prefeito, em 28 de janeiro de 2015.

PEDRO SÉRGIO KRONÉISPREFEITO MuNICIPAL

Professores conseguem liminar que suspende demissões e

extinção de cursosDepois de protestos pelo pagamento de salários atrasados, contra o fechamento de cursos e a despedida coletiva de

professores, o Sinpes conquistou nesta quinta-feira, na Justiça, a suspensão da extinção dos sete cursos e da demissão de

135 professores da Faculdade Evangélica do Paraná – Fepar, realizadas às vésperas do Natal 2014

ParanáRedação Bem ParanáComo consequência, mais 105

auxiliares de administração esco-lar também terão seus empregos mantidos.

Em pronunciamento liminar o Dr. Arion Mazurkevic, Desem-bargador do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, tornou sem efeito, a decisão do interventor indicado para administrar a crise da instituição no dia 17 de dezem-bro e do Juiz Titular da 9ª Vara do Trabalho de Curitiba de, em menos de 24 horas, fechar sete cursos da FEPAR e demitir 240 empregados.

O Administrador deverá cum-prir a determinação original e checar de forma completa e res-ponsável as reais condições finan-ceiras da Fepar juntamente com um representante designado pela Prefeitura de Curitiba. Só depois desta providência deverá sugerir alternativas para o saneamento desta instituição que levem em conta a continuidade do funciona-mento da Sociedade Evangélica, a preservação dos direitos trabalhis-tas dos empregados, bem como seus empregos.

Dessa forma, os cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medi-cina Veterinária, Nutrição, Psico-logia (diurno e noturno), Gestão Ambiental e Teologia, voltam a funcionar, garantindo o emprego dos professores e a grade horária contratualmente ajustada com os alunos.

Agora, a preocupação é de trazer de volta os alunos que já providenciaram transferência para outras instituições de ensino, a fim de garantir a permanência deles e a conclusão dos cursos de forma integral. Os Coordenadores dos cursos restabelecidos, assim como os professores, estão bastante ani-mados com a notícia e estão ansio-sos e à disposição do Interventor para recolocar a casa em ordem e prosseguir um trabalho coroado com excelentes avaliações do Ministério da Educação.

Depois de meses de luta pelo pagamento de salários atrasados e de exatos 39 dias de mobilização contra o fechamento de cursos e a despedida coletiva de professores, o Sinpes conquistou nesta quin-ta-feira, na Justiça, a suspensão da extinção dos sete cursos e da demissão de 135 professores da Faculdade Evangélica do Paraná – Fepar, realizadas às vésperas do Natal 2014. Como consequência, mais 105 auxiliares de adminis-tração escolar também terão seus empregos mantidos.

Em pronunciamento liminar o Dr. Arion Mazurkevic, Desembar-gador do Tribunal Regional do Trabalho do Paraná, tornou sem efeito, a decisão do interventor indicado para administrar a crise da instituição no dia 17 de dezem-bro e do Juiz Titular da 9ª Vara do Trabalho de Curitiba de, em menos de 24 horas, fechar sete cursos da FEPAR e demitir 240

empregados.O Administrador deverá

cumprir a determinação original e checar de forma completa e responsável as reais condições financeiras da Fepar juntamente com um representante designado pela Prefeitura de Curitiba. Só depois desta providência deverá sugerir alternativas para o sanea-mento desta instituição que levem em conta a continuidade do fun-cionamento da Sociedade Evan-gélica, a preservação dos direitos trabalhistas dos empregados, bem como seus empregos.

Dessa forma, os cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medi-cina Veterinária, Nutrição, Psico-logia (diurno e noturno), Gestão Ambiental e Teologia, voltam a funcionar, garantindo o emprego dos professores e a grade horária contratualmente ajustada com os alunos.

Agora, a preocupação é de trazer de volta os alunos que já providenciaram transferência para outras instituições de ensino, a fim de garantir a permanência deles e a conclusão dos cursos de forma integral. Os Coordena-dores dos cursos restabelecidos, assim como os professores, estão bastante animados com a notícia e estão ansiosos e à disposição do Interventor para recolocar a casa em ordem e prosseguir um trabalho coroado com excelentes avaliações do Ministério da Edu-cação.

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5Sexta-Feira - 30 de Janeiro de 2015Edição 1.153GerAL

Tocha olímpica dos Jogos de 2016 vai passar por CuritibaRevezamento vai contemplar todas as capitais. Ao todo, 250 cidades estarão envolvidas

BrasilAgência EstadoO revezamento da tocha olím-

pica dos Jogos do Rio 2016 foi apresentado oficialmente nesta quinta-feira, em cerimônia reali-zada no Museu de Arte Moderna (MAM), no centro do Rio. A partir de maio do próximo ano, a tocha percorrerá 250 cidades brasileiras ao longo de 100 dias. Curitiba e as outras capitais estão garantidas no roteiro.

A expectativa dos organiza-dores é a de que o percurso seja capaz de envolver pelo menos 90% da população brasileira.

O modelo da tocha já foi defi-nido. "É um desenho bastante bra-sileiro, bastante clássico e lindo", disse o diretor de comunicação do Comitê Organizador da Olimpíada, Mário Andrada. A apresentação, porém, não tem data ainda para acontecer.

Durante o revezamento, dez mil pessoas deverão carregar a tocha olímpica. Ela será acesa em Olímpia, na Grécia, e percorrerá o país europeu durante uma semana antes de desembarcar no Brasil.

Até a chegada ao Maracanã, na cerimônia de abertura dos Jogos do Rio, em 5 de agosto de 2016, a tocha terá passado por 250 cida-des, incluindo todas as capitais. O percurso terá 20 mil quilômetros de estrada e 10 mil milhas pelo ar ao longo de 25 semanas. As cida-des que receberão a passagem da tocha serão anunciadas em maio.

"Vamos ter muitas emoções nesta caminhada, e aqueles que tiverem esta oportunidade (de car-regar a tocha) estarão escrevendo a história das suas vidas", disse o presidente do Comitê Rio 2016, Carlos Arthur Nuzman.

"Eu tive a honra de poder car-regar a tocha em várias edições

do Jogos Olímpicos, mas a maior emoção que tive foi receber a chama olímpica das mãos do pre-sidente Mandela para trazer pro Rio, em 2004", recordou Nuzman.

"Para isso estive na prisão em que ele esteve, estive com ele na cela, e dali saiu à caminhada da chama olímpica, que foi acesa pela primeira vez em nosso País, no estádio do Maracanã, pelo Pelé", completou.

O revezamento da tocha olímpica foi iniciado nos Jogos Olímpicos de Berlim, em 1936. Na Olimpíada de Barcelona, em 1992, a Coca-Cola tornou-se patrocinadora do revezamento e desde então esteve em 11 edi-ções, incluindo as dos Jogos de Inverno. Nesta edição, Bradesco e Nissan também patrocinam. Serão os patrocinadores que irão definir o processo de escolha de quem irá conduzir a tocha.

Última tocha dos jogos de londres. Para 2016, revezamento passará por todas as capitais

DIVULGAçÃO

Atlético garante entrega do teto retrátil em 15 de março

Técnicos da empresa responsável pela automação da estrutura devem chegar a Curitiba na próxima semana

ParanáEduardo Luiz KlisiewiczO Atlético confirmou nesta

quinta-feira (29) que o teto retrá-til da Arena da Baixada será entregue no dia 15 de março. Caso não haja nenhuma alte-ração no cronograma, um dos capítulos mais polêmicos da his-tória recente do clube chegará ao fim.

De acordo com o vice-presi-dente do clube, Salim Emed, a chegada dos técnicos espanhóis da empresa Lanik I S.A. na pri-meira quinzena de fevereiro está garantida. “Os espanhóis chegam para executar o traba-lho de automação do teto. Vão colocar o mecanismo para poder abrir e fechar toda a estrutura”, afirmou à Gazeta do Povo nesta quinta-feira (29).

O dirigente atleticano ainda não confirma como será o evento de inauguração da estrutura. O departamento de marketing estuda várias possibi-lidades, mas a diretoria trabalha com cautela para não precisar cancelar o evento.

“Precisamos dessa segu-rança de que o prazo será cum-prido. Não dá para antecipar nada antes disso”. No ano pas-sado, o evento Shotoo, de MMA, precisou ser cancelado pelo atraso na entrega da “tampa do Caldeirão”.

Em dezembro, a relação

entre o clube e a empresa Lanik ficou estremecida após uma troca de acusações de ambos os lados. O engenheiro César França cobra do Atlético o depó-sito de 94 mil euros (cerca de R$ 300 mil) para cobrir os custos de hospedagem, alimentação e mão de obra dos engenheiros.

Na época, o representante da Lanik ameaçou impedir a volta de seus engenheiros para o término da obra. O clube condenou a ati-tude de França e garantiu que o dinheiro esta depositado em juízo, já que o clube move uma ação contra os reajustes no orça-mento inicial feito pela empresa.

Emed garante que os ânimos foram apaziguados. “A coisa toda foi resolvida. Está correndo o pro-cesso ainda na Justiça, mas todo o cronograma estabelecido ante-riormente está sendo mantido

por nós e pela empresa”, disse. A reportagem tentou contato com o representante da empresa espa-nhola, mas não obteve retorno.

O primeiro jogo com o teto instalado (provavelmente sem ter sido inaugurado) será no dia 22 de março contra o Nacional de Rolândia, pelo Campeonato Paranaense. O aniversário do Atlético é comemorado em 26 de março e o de Curitiba três dias depois.

“No aniversário do clube, cer-tamente [o teto] estará pronto, mas não deve ser [inaugurado oficialmente] neste dia. É uma data interessante, mas para um evento grandioso como esse tem de ser agendado com uma ante-cedência muito maior”, explicou Emed. Para ele, a proximidade com a data de entrega inviabiliza a inauguração imediata.

Março de 2015 é o novo prazo para a conclusão das obras da cobertura da arena da Baixada

Escola de Trânsito do DER-PR leva ações educativas para mais de 47 mil alunos

Mais de 47 mil alunos de escolas públicas e particulares, a maioria crianças de cinco e seis anos, receberam no ano passado os projetos educativos da Escola

de Trânsito do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PR)ParanáAEN NotíciasDe forma lúdica, as crianças

aprenderam sobre comportamento seguro no trânsito, com uso do cinto de segurança, cuidados no passeio de bicicleta, na travessia de ruas e a atenção à sinalização.

No ano passado foram atendi-das 900 escolas. A escola atua em parceria com as secretarias muni-cipais de Educação, que disponi-biliza os professores. Além disso, participam policiais do Batalhão de Polícia Rodoviária Estadual.

APRENDENDO E VIVENDO - O objetivo aulas é ensinar aos alunos sobre mobilidade, trânsito, acessibilidade e segurança. Os temas cinto de segurança, sinali-zações, uso da bicicleta de forma segura, como andar e circular em calçadas, travessias e ponto cego são apresentados no curso “Aprendendo e... Vivendo!”, que também orienta as crianças sobre os riscos existentes nas ruas.

Outros temas também são abordados pela Escola de Trân-sito, como a “Turma do Chaves no Trânsito” e o teatro João e Maria. “A intenção é deixar os assuntos mais leves para as crianças de cinco e seis anos, através de arte com educação”, explica a Coor-

denadora de Educação no Trân-sito do DER-PR, Maria Lúcia Alvis Kutianski.

SEMANA DO TRÂNSITO - A escola também oferece a Semana Nacional de Trânsito, que são palestras, blitz educativa, teatro e aula prática sobre cidadania e segurança no trânsito. As cidades que recebem as atividades são Curitiba, Cascavel, Francisco Bel-trão, Londrina, Maringá e Ponta Grossa.

MAIS DE 2 MILHÕES - Neste ano, a Escola de Trânsito do DER-PR completa 39 anos. Desde sua criação, mais de dois milhões

de paranaenses, entre estudantes, professores e pessoas da comu-nidade já foram atendidos com ações de educação no trânsito.

PROGRAMAçÃO – Para 2015, a Escola de Trânsito estará agendando visitas a partir de março. Esse ano o DER-PR pre-tende orientar também pessoas da 3° idade e alunos da Educação Especial, além das escolas que já são atendidas pelo projeto.

As escolas interessadas no projeto devem entrar em contato pelo telefone (41) 3356-2155 ou por email: [email protected]

a escola de trânsito do departamento de estradas de rodagem (der-Pr) divulgou o balanço do ano passado. durante o ano de 2014 os projetos educativos foram apresentados para mais de 900 escolas e atendendo cerca de 47 mil alunos

Boletim mostra melhora na qualidade da água do Litoral

O nono boletim de balneabilidade da temporada, divulgado pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP) nesta quinta-feira (29), mostra que

houve uma melhora na qualidade da água no Litoral paranaenseParanáAEN Notícias Nesta semana, apenas dois

pontos aparecem como impró-prios para banho: Ponta da Pita, em Antonina, e no Rio Marumbi, em Morretes.

O monitoramento da quali-dade da água é realizado desde a criação do órgão ambiental e avalia a concentração de bacté-rias Escherichia coli (E.coli) na água, que possibilita a verifica-ção da contaminação por esgoto sanitário clandestino, de acordo com os padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Por isso, o IAP alerta para que, ao alugar uma casa para a temporada, o veranista verifique se o imóvel está devidamente ligado à rede de esgoto do muni-cípio ou se a fossa séptica está devidamente limpa.

ALERTA - Os locais avaliados são escolhidos de acordo com

a concentração de banhistas e frequência que são utilizados para recreação. O IAP alerta que tomar banho em água contami-nada pode causar doenças de pele, gastrenterite e infecções nos olhos, ouvidos e garganta. Doenças mais graves também podem ser transmitidas pela água, como hepatite A, cólera e febre tifoide.

SINALIZAçÃO - No Litoral, os veranistas podem acompanhar a qualidade das águas por meio de bandeiras instaladas na orla, em totens eletrônicos e outros servi-ços do Governo do Paraná.

A bandeira de cor vermelha significa que a água está impró-pria para banho nos 100 metros à esquerda e à direta da sinali-zação. A azul indica que a água possui bons índices e pode ser aproveitada pelos banhistas.

PORTA DE ENTRADA - Rios, canais e galerias de águas plu-viais são as portas de entrada

para a contaminação fecal e, consequentemente, os trechos de praia nas proximidades de sua foz que apresentam os mais altos índices de contaminação. Por isso, além desses pontos monitorados toda semana, esses locais são sinalizados perma-nentemente como impróprios e devem ser sempre evitados.

LOCAIS - Os locais com essas características no Litoral Paranaense são em Guaratuba (Rio Saí-guaçu, Rio do Tenente, Rio das Pedras, Canal do Cam-ping, Canal Clevelândia, Galeria Mal. Deodoro, Rio Brejatuba); Matinhos (Canal da Praia Mansa, Canal Caiobá, Rio Matinhos); Pontal do Paraná (Rio Olho d'água); e Ilha do Mel (Rio Pon-tinha).

Os veranistas de todo Estado também podem obter essa infor-mação no site do IAP (www.iap.pr.gov.br), junto à imprensa e nos comércios locais.

Em Apucarana, 314 famílias recebem as chaves da casa própria

Entrega de chaves em Apucarana Mais 314 famílias de Apucarana, no Norte do Paraná, receberam nesta quinta-feira (29) as chaves da casa própria

De ApucaranaAEN NotíciasSão 300 moradias do Resi-

dencial Jaçanã, na área urbana, e outras 14 para pequenos produto-res rurais. O investimento soma R$ 22,4 milhões, feito pelo Governo do Paraná, Governo federal e pre-feitura de Apucarana.

O Residencial Jaçanã atende famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil e as prestações variam de R$ 25,00 a R$ 80,00. O Governo do Paraná entrou com subvenção financeira e com os serviços ener-gia e saneamento. No total, foram investidos R$ 22 milhões.

As 14 moradias rurais recebe-ram recursos de R$ 400 mil e as famílias pagarão quatro presta-ções anuais de R$ 285,00 sendo que o restante é subsidiado pelos governos do Paraná, federal e municipal.

DESENVOLVIMENTO - O pre-sidente da Cohapar, Nelson Cor-deiro Justus, disse que o momento é importante para as famílias que deixam de pagar aluguel e passam a viver em uma casa própria.

“Aqui as prestações máximas são de R$ 80,00 e a maioria destas pessoas gastava cerca de R$ 400 com aluguel. O dinheiro que sobra poderá ser investido no cresci-mento e desenvolvimento da famí-lia, objetivo pelo qual o governo do

Paraná trabalha. Vamos continuar promovendo o resgate social por meio da moradia digna”, disse.

Élcio Lara, superintendente da Caixa Econômica Federal, afirmou que além das moradias, o bairro está recebendo toda a infraestru-tura necessária para o bem estar das famílias.

“Este empreendimento signi-fica a melhoria da qualidade de vida para estas pessoas. Elas con-tarão com escola, creche, Cras, enfim, tudo que precisam para viverem bem. E isso tudo é graças à parceria que existe na cidade envolvendo o governo federal, estadual e municipal”, afirmou.

INTEGRADO - O prefeito de Apucarana, Beto Preto, enalte-ceu o volume de casas populares entregues e em obras no municí-pio e creditou o sucesso do pro-grama ao trabalho realizado de forma integrada com os governos estadual e federal. "Nós es urba-nas, rurais, titulação de imóveis e regularização fundiária, são 2,8 mil famílias atendidas no municí-piotamos entregando, em apenas dois anos, 1.300 casas e espera-mos alcançar, nos próximos dois, a marca de quatro mil moradias. Isso demonstra o nosso compro-misso com o gove urbanas, rurais, titulação de imóveis e regulariza-ção fundiária, são 2,8 mil famílias

atendidas no municípiorno do Estado e o governo federal para que possamos juntos encarar o déficit habitacional, que é um grande desafio social do poder público", afirmou.

VIDA NOVA - Silvana Martins Faneli, 39 urbanas, rurais, titula-ção de imóveis e regularização fundiária, são 2,8 mil famílias atendidas no município anos, estava bastante emocionada e disse que ter uma casa sempre foi um sonho. “Moro com meus dois filhos em um local precário e estava até perigoso, tinha medo que caísse tudo. Agora teremos uma vida nova, quero comprar móveis novos, é uma nova etapa para a minha família”, afirmou.

Airton Fernandes Gomes, agricultor, 50 anos, vai morar na casa nova com a esposa e três filhos. Com o dinheiro que conse-guiram economizar durante toda a vida de trabalho na roça, eles compraram uma pequena chá-cara, mas não conseguiram cons-truir uma casa. “Agora tudo vai ser melhor”, disse Airton.

APUCARANA – Entre mora-dias urbanas, rurais, titulação de imóveis e regularização fundiária, são 2,8 mil famílias atendidas no município. Os investimentos em habitação são de mais de R$ 143 milhões.

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Sexta-Feira - 30 de Janeiro de 2015Edição 1.1536 GerAL

Petrobras divulga lucro no 3º tri de 2014 sem baixa contábil por Lava JatoEmpresa divulgou balanço que vinha sendo adiado desde o ano passado

BrasilGazeta do PovoA Petrobras registrou queda

no lucro líquido no terceiro trimes-tre de 2014, para 3,087 bilhões de reais, segundo balanço não auditado divulgado na madrugada desta quarta-feira, em um anúncio que não incluiu nenhuma baixa contábil relacionada às denúncias de corrupção da Operação Lava Jato.

O lucro líquido da companhia entre julho e setembro de 2013 havia sido de 3,395 bilhões de reais.

A Petrobras planeja aumentar sua produção de petróleo no Brasil em 4,5 por cento em 2015 ante 2014, com variação de um ponto percentual na meta para mais ou para menos, segundo comunicado divulgado na madrugada desta quarta-feira.

Os resultados, que deveriam ter sido conhecidos em novembro, tiveram sua publicação adiada após o auditor Pricewaterhouse-Coopers ter se recusado a aprovar as contas da petroleira devido às denúncias de corrupção envol-

vendo a estatal e algumas das maiores empreiteiras do Brasil. O suposto esquema incluiria paga-mentos a políticos.

Segundo informações da Polí-cia Federal, de procuradores e dos delatores do caso, incluindo o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, executivos da estatal indicados por políticos conspiraram com empre-sas de engenharia e construção do país para sobrevalorizar refinarias, navios e outros bens e serviços.

"Concluímos ser impraticá-vel a exata quantificação destes valores indevidamente reconhe-cidos, dado que os pagamentos foram efetuados por fornecedores externos e não podem ser rastre-ados nos registros contábeis da companhia", disse a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, em comentários publicados no balanço.

No balanço, a Petrobras diz que continua trabalhando para produzir demonstrações finan-ceiras revisadas pela Pricewa-terhouseCoopers no menor tempo possível. sede da Petrobras: perdas de pelo menos Us$ 3,2 bilhões

Financiamento de veículos recua e ‘contamina’ créditoEstoque de crédito no país fecha 2014 com alta de 11,3%, menor

expansão desde 2003. Taxa de inadimplência fica em 4,8%

BrasilO Estado de São PauloMesmo com os estímulos do

governo ao setor automotivo, o financiamento de veículos recuou 4,4% no ano passado e “contami-nou” o crescimento dos emprésti-mos para as famílias. O fim do IPI reduzido, a alta dos juros básicos da economia, dos juros para aquisição da casa própria e o “saco de mal-dades” do Ministério da Fazenda tornaram difícil à expansão de 12% do mercado de crédito neste ano, como prevê o Banco Central.

O número é assustador: o juro cobrado no cheque especial atingiu a marca de 200% ao ano em dezembro. A maior taxa em 16 anos ocorreu justamente em um momento de recuo na inadim-plência desse tipo de empréstimo, que deveria ser usado apenas em caráter emergencial. A redução do calote no fim do ano passado se deu, segundo análise do Banco Central, porque os assalariados aproveitaram o pagamento do 13.º salário para quitar ou diminuir as dívidas com o banco.

Apenas em 2014, a alta dos juros desse tipo de financiamento foi de 53 pontos percentuais. Para se ter uma ideia do tamanho do aumento, a taxa cobrada no encer-ramento de 2014 para o crédito pessoal de pessoa física ficou em 45,3% ao ano. Mesmo este seg-mento de empréstimo registrou ele-

vação de quatro pontos em 2014.A forma de financiamento pes-

soal mais barata segue sendo o crédito consignado, que desconta a dívida diretamente na folha de pagamento. Com risco baixo de calote para os bancos, as taxas são mais amenas e fecharam em 25,9% ao ano. Os servidores públicos foram os que conseguiram os juros mais atrativos (24%) ante 28% dos beneficiários do INSS e de 33,9% dos trabalhadores do setor privado.

Mesmo com a inadimplência em níveis praticamente estáveis (4,8% em 2014 contra 4,7% em 2013), houve um encarecimento dos financiamentos em 2014, o que deve prosseguir neste ano. Não apenas por causa da elevação da Selic, mas porque os bancos ganharam mais com essas opera-ções. Temendo calotes, as institui-ções também foram mais seletivas na concessão de recursos – o que deve se acentuar ainda mais em 2015.

Os bancos públicos continua-ram a liderar a oferta de crédito no país, mas já não mostram o mesmo fôlego de antes. Da mesma forma, cresceram os recursos para o financiamento imobiliário das pes-soas físicas, mas num ritmo mais lento. No caso dos empréstimos via BNDES, só não houve perda de força no ano passado porque os prazos são mais longos e a alta do dólar ajudou a manter o esto-

que ainda elevado em 2014. Para este ano, com o aumento das taxas cobradas pela instituição, o quadro certamente será outro.

O saldo de crédito total, que chegou a pouco mais de R$ 3 trilhões no fim de 2014, mostrou a menor alta (11,3%) em um ano desde 2003. Foi o quarto ano seguido de desaceleração. Mesmo assim, a participação desse mercado de empréstimos atingiu em dezembro 58,9% do Produto Interno Bruto (PIB), fatia maior do que a vista no fim de 2013 (56%).

“Essa moderação do cres-cimento dá sustentabilidade ao crédito”, avaliou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. E lembrou que a fatia do crédito no PIB era de 25,9% há dez anos. O avanço da oferta de empréstimos, disse, ocorreu de forma simultânea ao crescimento da renda. “Tivemos aumento de salário, de emprego e de prazos nesse período. O crédito para investimento também ganhou relevância, principalmente para imóveis.”

A expansão dos empréstimos direcionados, com algum tipo de subsídio, foi de 19,6% no ano pas-sado – em 2013, fora de 24,5%. No crédito livre, a alta desacele-rou de 7,8% para 4,7% no mesmo período. “A desaceleração foi sig-nificativa”, disse Maciel.

PF abre inquéritos para investigar Andrade Gutierrez e mais nove empresas

No total serão mais dez inquéritos. Lava-Jato já tem pelo menos 120 em andamento

BrasilAgência O GloboA Polícia Federal instau-

rou nesta terça-feira (27) novos inquéritos no âmbito da Operação Lava-Jato para investigar possí-veis irregularidades cometidas por mais um grupo de empresas fornecedoras da Petrobras. No total, dez novos inquéritos serão somados aos cerca de 120 já existentes. As novas investiga-das são: Andrade Gutierrez, MPE Montagens Industriais, Alusa, Promon, Techint, Skanska, GDK S/A, Carioca Engenharia, Schahin e Setal Engenharia Construções e Perfurações. Segundo a Polícia Federal, também serão investi-gados dirigentes e funcionários destas empresas eventualmente envolvidos em irregularidades.

A Andrade Gutierrez foi denun-ciada pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Em seu depoimento de delação premiada,

ele admitiu ter recebido propina da Andrade Gutierrez e afirmou que o lobista Fernando Soares era muito próximo ao empresário Otávio Marques de Azevedo, presidente da holding da empreiteira, com quem tinha inclusive "algum negó-cio comum". Costa afirmou que o PP teve dificuldades de receber sua parte na propina a ser paga pela Andrade Gutierrez e que em determinado momento todos os valores pagos pela empreiteira deixaram de ser gerenciados por Alberto Youssef, operador do PP, e passaram a ser cobrados e geridos por Soares, o operador do PMDB.

Essas empresas já haviam sido citadas na Operação Lava Jato, em contratos individuais ou em consórcio com as empreiteiras já investigadas na sétima fase da Operação Lava Jato, cujos exe-cutivos já são réus em ações e 11 deles estão presos na sede da Polícia Federal em Curitiba.

Segundo a PF, a instauração de mais inquéritos é necessária para aprofundar e organizar as investigações sobre fraudes em contratos com a Petrobrás

No total, a Operação Lava Jato tem 18 ações penais em curso e duas sentenças já foram proferidas, uma em relação à doleira Nelma Penasso Kodama e outra de envolvidos em tráfico de drogas. O doleiro Alberto Youssef aparece como denunciado em 10 destas ações.

Procurada, a Andrade Gutier-rez afirmou que não foi notificada e não pode comentar sem fatos concretos. Voltou ainda a ressaltar que não tem ou teve qualquer rela-ção com os fatos investigados pela Operação Lava-Jato.

Em relação ao depoimento de Costa, a empresa nega as acusa-ções e reafirmou que as acusações são baseadas em “ilações, não em fatos concretos”.

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7Sexta-Feira - 30 de Janeiro de 2015Edição 1.153pOLiCiAL

Cerveró fica calado em depoimento na PFDo Pauta ParanáO ex-diretor da Petrobras

Nestor Cerveró manteve silêncio durante seu segundo depoimento prestado ontem na Polícia Federal em Curitiba. A oitiva durou cerca de uma hora e meia mas, mesmo assim, segundo Beno Brandão, um de seus advogados, ele ficou calado enquanto os delegados fizeram 12 perguntas relacionadas à compra da refinaria de Pasadena (EUA) em 2006. As informações são da Folha de Londrina.

A compra está sob investiga-ção da PF. A transação, feita em 2006 pelo comando do ex-diretor, resultou em prejuízo de US$ 792 milhões à estatal, segundo o TCU. Preso desde o último dia 14, Cer-veró, que já é réu em ação penal acusado de ter recebido cerca de US$ 40 milhões em propina na compra de dois navios-sonda para perfuração de águas profundas, havia dito que responderia a todas as questões que lhe fossem feitas a respeito de Pasadena, entre-tanto, ontem, mudou de estratégia.

A defesa de Cerveró disse que

esperará o julgamento de duas petições que ingressou junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) alegando que o juiz Sérgio Moro, responsável pela con-dução dos processos no Paraná, não teria competência para dar prosseguimento ao julgamento dos envolvidos no esquema de desvio ocorrido na Petrobras. "Não quero legitimar nada no Paraná. Temos duas exceções: uma de competência e outra de suspei-ção. Enquanto o tribunal não se pronunciar sobre isso, Nestor Cer-veró não falará mais. Sobre nada", ressaltou Edson Ribeiro, um dos defensores de Cerveró.

Não há previsão de quando poderão ser julgadas as peti-ções. "Vou utilizar do meu direito de silêncio. Foi exatamente isso que ele disse durante os depoi-mentos", completou Beno Bran-dão. No primeiro depoimento logo após sua prisão, o ex-diretor negou todas as irregularidades na compra dos navios-sonda, e que foram apontadas pela força-tarefa do MPF.

DIVULGAçÃO

Dilma atrasa repasses para obras federais no Oeste-PR

Do Pauta ParanáA falta de recursos federais

tem travado o avanço de importan-tes obras em Foz do Iguaçu. Sem repasses, a trincheira da BR-277, Unila (Universidade Federal da Integração Latino-Americana), unidades de saúde e centros de educação estão paralisadas. A segunda ponte, entre o Brasil e o Paraguai, sequer começou, apesar de anunciada reiteradas vezes por políticos ligados ao governo Dilma (PT). Algumas das obras, como o viaduto, a Unila e a segunda ponte são consideradas de extrema importância para o desenvolvi-mento de toda região Oeste. As informações são d'O Paraná.

A previsão de corte de recur-sos por parte do governo fede-ral gerou preocupação sobre o futuro das obras no Paraná - entre elas a segunda ponte e

a a duplicação da BR-163. Os projetos ainda estão em fase de desenvolvimento e deverão ser finalizados no mês de abril se o prazo estabelecido às empresas contratadas for cumprido.

O Ministério dos Transportes garante que obras importantes e em andamento serão priorizadas e que o repasse pelo governo federal será feito, apesar de ainda não se ter oficialmente a confirmação sobre o valor dos recursos para este ano. “Esses recursos serão conhecidos efe-tivamente após a aprovação do orçamento e publicação do res-pectivo decreto de programação financeira, previsto para abril de 2015”, afirma a assessoria do ministério.

A assessoria de imprensa do Dnit, responsável pela contrata-ção dos trabalhos, afirma que

todos os projetos serão finaliza-dos no primeiro semestre deste ano. Já sobre a duplicação na BR-163 entre Marechal Cândido Rondon a Guaíra, a informação é de que ainda não existe pro-jeto.

A segunda ponte em Foz do Iguaçu, cujos investimentos estão estimados em R$ 233.375 milhões, segundo projeção do Ministério dos Transportes, será a primeira finalizada com data marcada para o dia 20 de maio de 2017. As obras para duplica-ção da BR-163 entre Cascavel a Marmelândia, se cumprido o prazo esperado pelo governo federal, serão finalizadas no mês de setembro de 2017. As obras do trecho de Toledo a Marechal Cândido Rondon têm previsão de conclusão para esse mesmo período.

PM baiano desvenda significados de tatuagens no mundo do crimeEstudo levantou 50 mil documentos e fotos em presídios e

delegacias, institutos médicos legais, jornais, revistas e redes sociais, além de raras entrevistas com detentos

BrasiluOL NotíciasPalhaços, índias, magos,

caveiras, bruxos, serpentes, polvos, aranhas, peixes, anjos, santos e demônios são figuras comuns nos presídios brasileiros.

Há pelo menos 10 anos, o capitão da Polícia Militar baiana Alden dos Santos se dedica a traduzir os significados destas e outras imagens desenhadas nos corpos de presos e suspeitos de crimes no Brasil e no exterior. Seu estudo sobre os significados das tatuagens gerou uma cartilha, adotada oficialmente como apoio a investigações pela PM da Bahia.

"Foram detalhados os signi-ficados de 36 imagens associa-das a crimes específicos", diz o capitão. "Muitas delas, além de se repetirem em todo o país, aparecem nos mesmos padrões em países como Estados Unidos, Rússia e locais na Europa."

Além de símbolos mais conhe-cidos, como palhaços [associados a roubo e morte de policiais], magos ou duendes [comuns entre traficantes], a pesquisa identificou recorrência inusitada de persona-gens infantis, como o "Diabo da Tasmânia", o "Papa-léguas" e o "Saci-Pererê".

O primeiro sugeriria envol-vimento com furto ou roubo, principalmente arrastões. Já o Papa-léguas --ou sua variação mais comum, o "Ligeirinho"-- indicaria criminosos que usam motocicletas para o transporte de drogas.

O Saci também teria relação com o tráfico: seus portadores seriam responsáveis pelo preparo e distribuição dos entorpecentes.

Foi pelas redes sociais que a pesquisa de Alden encontrou popularidade: mais de 5.000 pes-soas acompanham suas posta-gens no Facebook sobre supostas conexões entre crimes e tatua-gens, além de casos policiais não registrados pela grande mídia.

Pelo YouTube, os vídeos publicados pelo PM já foram vistos mais de 600 mil vezes. O resultado final do estudo já foi bai-xado pela internet por mais de um milhão de pessoas.

Estigmatização?

Aproximadamente 50 mil documentos e fotos foram cole-tados pelo PM: eles vêm de pre-sídios e delegacias, institutos médicos legais, jornais, revistas e redes sociais --tudo isso somado a raras entrevistas com detentos de prisões baianas.

"As principais informações infelizmente não vieram dos presos em si. Há um forte código de silêncio. As conclusões vieram mais pelo cruzamento de dados", diz. Ele explica: "Levantamos, por exemplo, todos os presos que tinham tatuagem do Coringa e cruzamos com suas sentenças. Havia um padrão claro em seus delitos."

O padrão, segundo o militar, indica "roubo e envolvimento com morte de policiais".

"Portadores desta tatuagem demonstram frieza e desprezo pela própria vida", explica o PM. "A maioria parece absorver as características deste personagem --insano, sarcástico, vida louca. Normalmente não se entregam fácil e partem para a violência."

Questionado sobre a estigma-tização que a pesquisa poderia provocar sobre quem tem ima-gens pelo corpo, o policial mili-tar diz deixar claro que cidadãos "nunca poderão ser abordados somente por apresentarem tatua-gens descritas na cartilha".

"Nosso objetivo não é dis-criminar pessoas tatuadas, isso seria discriminar o próprio ser humano, que há muito tempo usa tatuagens como forma de expres-são", diz o capitão Alden.

Ele diz que, para policiais, a importância do estudo é ajudar o policial a salvaguardar sua integri-dade física, no caso de tatuagens ligadas a mortes de oficiais.

"Elas também funcionam como mais uma ferramenta para facilitar o trabalho de reconheci-mento de suspeitos", diz, citando as imagens de carpas --estes peixes são frequentemente asso-ciados à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

CódigosAlém das imagens figurativas,

elementos gráficos, como pontos tatuados nas mãos, também seriam indícios de crimes,

segundo o pesquisador.Um só ponto preto indicaria

"batedores de carteira". Dois, na vertical, sugerem estupro. Três pontos, em formato de pirâmide, apontam relação com entorpecen-tes.

O oficial não teme que a divul-gação dos símbolos iniba que a exibição ou confecção de novas tatuagens suspeitas.

"A existência desse mate-rial não fará com que as facções alterem seus códigos", diz Alden ao #salasocial. "Por incrível que pareça, em vez de os suspeitos deixarem de usar a imagem que os associam à prática de determi-nado crime, o que percebemos é a lógica inversa: quanto mais se tem consciência de que a polícia conhece, mas frequentes são as imagens, como uma espécie de desafio."

Segundo o PM, a tendência não se limita ao Brasil.

"O palhaço, com o mesmo sig-nificado, é muito comum também na máfia russa, no México, nos Estados Unidos, em Porto Rico. O mesmo ocorre com a índia (mulher cabelos negros e longos, que já serviu para indicar quem tinha autorização do tráfico para portar fuzis, hoje mais associada à prática de roubos).

'PM gato'Não são só as "traduções" das

tatuagens que garantem sucesso ao Capitão Alden --mensagens como "Vc é muito gato. Com todo respeito. Mas se faltar com o res-peito vc me prende?" e "Tá lindo, Capitão magia" são comuns nas fotos pessoais publicadas pelo PM em sua página.

Chamado de "PM Gato", Alden minimiza o sucesso pes-soal nas redes."Eu uso a página só para divulgação de trabalhos da polícia", diz. "Mesmo com tanto assédio das mulheres, a intenção da página é profissional."

Ele se diz surpreso com o alcance que suas postagens vêm ganhando.

"Gera muita repercussão e isso me dá cada vez mais dis-posição de alimentar a página. A tatuagem ainda chama atenção, mesmo sendo algo que já faz parte da própria humana", afirma.

DIVULGAçÃO/CAPITÃO ALDEN

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Sexta-Feira - 30 de Janeiro de 2015Edição 1.1538 reGiOnAL

Com cachê de até R$ 200, figurantes alimentam programas de entretenimentoBrasilAmanda SerraNinguém duvida que as histó-

rias contadas em programas como "Casos de Família", "Você na TV" e "Teste de Fidelidade" acontecem com qualquer um, mas uma per-gunta que sempre vem à tona dos espectadores é: "As pessoas que aparecem na TV estão mesmo con-tando a verdade ou é tudo encena-ção?"

O UOL foi atrás de empresas especializadas em agenciamento artístico para TV, ouviu figurantes e o diretor de uma emissora de TV para saber como surgem os rela-tos e como funciona a ponte entre ficção e realidade.

Há quatro anos trabalhando como figurante, Maria Andréia, 26 anos, já participou duas vezes do "Casos de Família", do SBT, e uma do "Você na TV", da RedeTV!, apre-sentando três temas diferentes.

"Criei uma história ['Os filhos atrapalham nosso relacionamento'] com um amigo e resolvemos partici-par do 'Casos de Família'. Ligamos para o produtor e contamos todo o caso. Ele acreditou, chamou a gente para a entrevista com o psicólogo e fomos aprovados. Ninguém foi à minha casa checar", contou ela, que disse ser casada na entrevista.

"As histórias são reais, mas no meu caso, a gente inventou. E criamos tão bem que o psicólogo não des-confiou", afirmou Andréia, que clas-sificou como rigorosa a seleção da atração.

Após um ano de sua participa-ção no "Casos", Andréia resolveu criar uma nova narrativa e contou com a ajuda de dois amigos atores. Ela passou novamente pela sele-ção, entretanto, a emissora chamou atenção do público ao exibir os dois casos com a figurante na mesma semana, como noticiou o crítico do UOL Mauricio Stycer. Ela se defende: "O erro foi do SBT, que exibiu o caso de 2014 na mesma semana em que reprisaram o caso de 2013. Ou seja, apareci duas vezes na mesma semana". Para cada episódio, Andréia recebeu R$ 100 de cachê.

No caso do "Você na TV", a jovem é mais direta: "Esse é inven-tado desde a produção". "Cheguei à emissora e conheci o figurante que seria o meu namorado. No camarim, a produtora perguntou: 'Qual segredo é bom para vocês'? O menino comentou que jogava futebol e sugerimos que a história seria a ida dele para o exterior e, consequentemente, o fim do nosso namoro", contou ela. Segundo a

figurante, existe um sistema de cadastro na emissora que dificulta uma pessoa participar mais de uma vez da atração. O cachê também foi de R$ 100.

Com o sonho de se tornar atriz ou produtora, a jovem de Ferraz de Vasconcellos, município de São Paulo, não se importa com a disputa verdade x ficção. "Gosto de atuar, da área de televisão, do improviso. Participo porque me divirto, é legal. As pessoas me reco-nhecem nas ruas". Sem emprego fixo, ela já chegou a faturar R$ 2 mil com figuração, com participações em programas televisivos, filmes e novelas.

A reportagem entrou em con-tato com o diretor do "Casos de Família", Rafael Bello Lopez, mas ele não atendeu ao pedido de entrevista.

O diretor do "Teste de Fideli-dade", da RedeTV!, Rafael Pala dia afirma que os personagens não são figurantes, apesar de o intuito ser o divertimento. "É entretenimento assim como o 'Big Brother Brasil', fazemos uma brin-cadeira em cima da realidade. Mas nossa intenção não é acabar com nenhum relacionamento. A reação da mulher no palco é real. Todos os casais são verdadeiros", afirmou.

Ele também confirmou o paga-mento de cachê para atrair as "víti-mas". "O cachê é o que faz a gente convencer o traidor a ir ao palco encontrar a esposa traída. Os dois recebem o dinheiro", disse, sem revelar a quantia.

A reportagem conversou com uma participante do "Teste", que insiste que a atração é armada. "Eles te oferecem roupas, te levam ao cabeleireiro e explicam a his-tória, dizendo que o importante é você chamar a atenção do público -- gritar, falar palavrão. Você pre-cisa ser uma atriz", contou a figurante, que preferiu não se iden-tificar.

"Enquanto o marido aparece se divertindo com a sedutora, uma das produtoras orienta você [a traída] a gritar, se comover. O rapaz que gravou comigo é meu amigo, pedi para minha amiga emprestar o marido dela para mim", completou. Segundo ela, o cachê pago pela emissora é de R$ 200.

A figurante disse não se importar com as fantasias dos programas e, além do dinheiro, considera como maior atrativo o "aparecer na TV". "Televisão é ilusão, o povo quer ver isso. A TV precisa de histórias, assim como o teatro, os filmes, as novelas. É

entretenimento. Na verdade, as histórias são reais, mas as vítimas não querem se expor, então os figurantes expõem o que acontece na realidade", analisou. "A mulher que foi corna não está preparada para estar no palco e mostrar seus sentimentos. Faz parte do mundo televisivo a ilusão", concluiu.

Agências x produçõesAlém das atrações citadas

acima, o "Programa da Eliana", do SBT, e o "Encrenca", da RedeTV!, também utilizam o serviço das agências. Apesar de existir uma página de inscrições para o quadro "Rola ou Enrola" (Eliana), muitos candidatos são selecionados por produtoras. Mauricio Stycer, inclu-sive, divulgou uma nota com um "especialista de namoros na TV". A reportagem entrou em contato com o modelo Eliedson Cruz, que já participou de quadros na Record e SBT, mas ele não quis comentar o assunto -- "Prefiro não me pronun-ciar, dependendo da matéria posso me queimar".

"A ideia é chamar pessoas que estejam atrás de um namorado (a), mas claro que não temos como controlar se após um, dois meses, o casal estará junto", afirmou a agenciadora Mara Cavalcanti, 32 anos, que seleciona amadores,

cantores e humoristas para os programas "Encrenca", "Programa do Ratinho", "Programa do Silvio Santos", "Rola ou Enrola" e "A Hora do Faro".

Contratada diretamente pelas emissoras, a maioria dos agen-ciados de Mara são atores e, por dia, ela costuma atender de seis a sete solicitações das televisões. Sem horários fixos e incentivada por um amigo produtor a investir na carreira, ela tem como respon-sabilidade alimentar as atrações. A profissional chega a faturar R$ 4,5 mil em um mês.

Com ofertas de cachês de R$ 80 a R$ 5 mil, é possível encon-trar diversos anúncios para figu-ração nas redes sociais – tanto para atrações de TV quanto para propagandas. Cabe ao figurante ter o perfil, adaptar-se e improvi-sar. Em um anúncio no Facebook, por exemplo, a Leyde Produções convocava pessoas para participar de pegadinhas da RedeTV! e em outro post pedia por "homens e mulheres acima dos 18 anos que cantam, mesmo que embaixo do chuveiro, para aparecerem em um programa de TV em rede nacio-nal". Procurada pela reportagem, a produtora afirmou que só contrata profissionais para comerciais.