CORRELAÇÃO ENTRE OS FUNDAMENTOS TÉCNICOS, ESFORÇO ... · Á minha família e minha namorada:...
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UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Bacharel em Educação Física
Bruno Zacari Sardelari
Gabriel Henrique Daniel
Leonardo Orlando Frigato
CORRELAÇÃO ENTRE OS FUNDAMENTOS
TÉCNICOS, ESFORÇO SUBJETIVO E FREQUÊNCIA
CARDÍACA EM PRATICAMENTES DE FUTEBOL
LINS– SP
2018
BRUNO ZACARI SARDELARI
GABRIEL HENRIQUE DANIEL
LEONARDO ORLANDO FRIGATO
CORRELAÇÃO ENTRE OS FUNDAMENTOS TÉCNICOS, ESFORÇOS
SUBJETIVOS E FREQUÊNCIA CARDÍACA EM PRATICANTES DE FUTEBOL
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Bacharel emEducação Física, sob orientação da Professor Me. João Rufino da Silva Junior e orientação técnica da Professora Me. Jovira Maria Sarraceni.
LINS– SP
2018
Sardelari, Bruno Zacari; Daniel, Gabriel Henrique; Frigato, Leonardo Orlando
Correlação entre os fundamentos técnicos, esforço subjetivo e frequência cardíaca em praticantes de futebol / Bruno Zacari Sardelari; Gabriel Henrique Daniel; Leonardo Orlando Frigato – – Lins, 2018.
85p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física, 2018.
Orientadores: Jovira Maria Sarraceni; João Rufino da Silva Junior
1. Futebol. 2.Fundamentos técnicos. 3.Esforço subjetivo. 4.Frequência cardíaca. I Título.
CDU 796
S248c
BRUNO ZACARI SARDELARI
GABRIEL HENRIQUE DANIEL
LEONARDO ORLANDO FRIGATO
CORRELAÇÃO ENTRE OS FUNDAMENTOS TÉCNICOS, ESFORÇOS
SUBJETIVOS E FREQUÊNCIA CARDÍACA EM PRATICANTES DE FUTEBOL
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para
obtenção do título de Bacharel em Educação Física.
Aprovada em: ____/____/____
Banca Examinadora:
Professor Orientador: João Rufino da Silva Junior
Titulação: Mestre em Ciências do Movimento Humano pela Universidade UNIMEP
de Piracicaba
Assinatura: ___________________________________
1º Prof(a): Me. Dagnou Pessoa de Moura
Titulação: E. Fisiologia do Exercício; M. Educação Física.
Assinatura: ___________________________________
2º Prof(a): Me. Leandro Paschoali Rodrigues Gomes
Titulação: M. Educação Física.
Assinatura: ____________________________________
À DEUS:
Por sempre estar presente em minha vida e não nos abandonar nos
momentos difíceis, ajudando na realização de nossos sonhos. Pela fé que alimenta
nossa alma, pela força em superar as dificuldades e saúde para sempre seguir em
frente.
Ao Professor João Rufino:
Que além de professor orientador, se tornou um grande amigo, teve toda
paciência em nos auxiliar, disponibilidade e dedicação em todos os momentos,
estando presente em cada parte desse trabalho. Sou grato pela confiança, carinho,
por compreender e incentivar na realização desse trabalho.
Ao Professor coorientador José Alexandre:
Somos gratos por disponibilizar todo seu tempo a nos ajudar, com dinamismo,
confiança, carinho, enfim, por compreender e incentivar a concretização desse
trabalho. Obrigado por nos orientar e depositar confiança em nosso estudo.
Aos meus pais:
À minha mãe Renata e meu pai Ademir que nunca deixaram de me incentivar,
e sempre me ofereceram amor e confiança eu deixo uma palavra e uma promessa
de gratidão eterna. Pela capacidade de acreditar е investir em mim. Mãe, sеυ
cuidado е dedicação fоі que deram forças para nunca desistir, а esperança para
seguir em sempre. Pai, sυа presença significou segurança е certeza dе qυе não
estou sozinho nessa caminhada. Muito obrigado por tudo.
À minha namorada:
Por todo amor, carinho e paciência obtida nos momentos de dificuldades,
sempre estando presente nos momentos bons e ruins, transmitindo segurança
necessária e me dando forças para nunca desistir, dos meus sonhos. Muito
obrigado.
Aos meus colegas de TCC:
Aos meus amigos e colegas de TCC Gabriel e Leonardo, que correram
comigo até aqui para alcançar nossos objetivos. Essa vitória não é só minha, essa
vitória é nossa. Saio da faculdade não só com mais dois amigos, mas sim com mais
dois irmãos. Obrigado por tudo, que deus nos abençoe sempre.
Aos amigos de classe:
Aos nossos grandes guerreiros que persistiram até o fim, nosso muito
obrigado por terem si tornado amigos que levarei para vida toda. Todos contribuíram
de alguma maneira na construção de minha vida peço a Deus que os abençoe
grandemente preenchendo seus caminhos com muita paz, amor, saúde e
prosperidade.
Bruno Zacari Sardelari
Agradeço primeiramente a Deus por ter chegado até aqui, sempre renovando
minhas forças e minha saúde em momentos difíceis. Tudo que conseguimos até
aqui foi com a fé no senhor.
Ao Prof. orientador João Rufino e ao Prof. José Alexandre:
Nossos mestres, que teve toda paciência e sabedoria para nos orientar pelo
caminho correto, além de nos orientar nesse período se tornou nossos amigos,
muito obrigado a vocês por nos incentivarem e entender o nosso trabalho e nos
passar de uma forma mais clara, nos tornando profissionais melhores.
Á minha família e minha namorada:
Meus pais Antônio e Marli, por sempre me apoiar nas minhas escolhas.
Dando todo suporte necessário. Agradecer em especial minha namorada Lídia, por
ser minha parceira, por me incentivar e fazer com que eu entenda que o futuro
depende do que eu faça no presente.
Aos meus parceiros de mamografia:
Leonardo e Bruno, parceiros de trabalho que se tornaram grandes amigos,
amigos que vou lembra sempre na vida. Estamos chegando ao fim com o
sentimento que demos o nosso máximo, que estamos concluindo com sucesso o
que traçamos como meta. Teremos várias barreiras para alcançar ao longo da vida
ainda, mas sabemos que quando a gente faz o que gosta a gente faz com amor, se
cairmos ao longo da caminhada levantaremos e tentaremos novamente de cabeça
erguida.
Gabriel Henrique Daniel
As vitorias e conquistas da vida tem valor quando podemos compartilhá-las
com a família e amigos, demonstrar gratidão a quem te ajudou ou apoiou, assim
gostaria de expressar a minha gratidão a algumas pessoas que contribuíram
valiosamente para realização desse trabalho de conclusão de curso.
Agradeço a meus pais Orlando Jose e Maria Luísa pelo incentivo e pela
admiração por mim. Obrigado pelas inúmeras noites que me esperaram acordados
para ouvir e me ajudar nas minhas dificuldades, obrigado mãe e pai pelo sacrifício
que vocês fez em razão da minha educação e agradeço as minhas irmãs Ana
Carolina e Nathalia Camila a razão de todas as minhas lutas e que são os maiores
responsáveis por recarregar minhas energia diariamente, agradeço a minha tia Ana
Clara que contribuiu para a minha formação sem ela não estaria aqui hoje, Meu
muito Obrigado.
A minha namorada Nayara que me incentivou a alcançar vôos mais altos em
busca de novos horizontes e sempre esteve disposta a me ajudar e compreender
minha ausência, minha enorme gratidão e meu imenso amor.
Ao meu professor orientador João Rufino que recebeu de braços abertos
quando o procurei para conhecer nosso projeto de trabalho, um exemplo de
profissional com uma sabedoria imensa, muito obrigado pela oportunidade, ajuda e
pelos inúmeros conhecimento adquiridos dentro desses quatro anos.
Ao professor coorientador José Alexandre que deu seu tempo livre mesmo
com suas dificuldades para nos ajudar com seu conhecimento e não médio esforços
para que o trabalho acontecesse com um alto nível.
E quero agradecer em especialmente ao meu dois companheiros de trabalhos
Bruno e Gabriel pois durante esses quatros anos souberam lidar com as minhas
diferenças, sempre me motivando, ajudando a adquirir novos conhecimentos
agradeço de coração o apoio, respeito e a consideração que tiveram nessa
caminhada sem vocês não conseguiria atingir o sucesso que este trabalho está
sendo, obrigado por contribuir com a minha conquista.
Leonardo Orlando Frigato
RESUMO
O Futebol é um dos esportes mais conhecidos e praticados no mundo, com
isto, evoluções e adaptações aconteceram em seu modo tradicional de jogo,
estimulando a criação de modalidades semelhantes, como o Futebol de 7, também
conhecido como Futebol Society. Além de seu crescimento em formas de jogar, a
modalidade é evidência em pesquisas, sendo uma ciência fortemente estudada nos
campos da técnica, tática, físico, cognitivo e outros, na busca de melhorias do
desempenho de praticantes da modalidade. Portanto, o presente estudo, teve como
objetivo verificar a correlação entre os fundamentos técnicos, esforço subjetivo e
frequência cardíaca em praticantes de Futebol Society, para isso, participaram de
uma partida da modalidade, 14 indivíduos do sexo masculino, divididos em duas
equipes, com idade acima de 18 anos. Durante a partida, que teve duração de 40
minutos, divididos em dois tempos de 20 minutos, foram coletadas as frequências
cardíacas dos praticantes, utilizando frequencimetros POLAR, e a Percepção
Subjetiva de Esforço utilizando a Escala de Borg. É válido destacar que a partida foi
filmada para posterior análises do fundamento técnico passe. Os resultados
encontrados em relação a Frequência Cardíaca (FC) foi de redução significativa no
segundo tempo de jogo em comparação ao primeiro tempo, e a Percepção Subjetiva
de Esforço (PSE) observou-se um aumento no segundo tempo de jogo em
comparação ao primeiro tempo. Sobre as ações técnicas do fundamento passe,
verificou-se diferença significativa dos passes certos e total de passes, sendo menor
o número de ambos no segundo tempo. Desta forma, os achados deste estudo,
permitem concluir que a PSE foi aumentada e a FC diminuída durante a partida,
também houve redução no número total de passes e número de passes certos.
Palavras chave: Futebol. Fundamentos Técnicos. Percepção Subjetiva de Esforço. Frequência Cardíaca.
ABSTRACT
Football is one of the most well-known and practiced sports in the world. With this, evolutions and adaptations have taken place in their traditional mode of play, stimulating the creation of similar modalities, like Football 7, also known as Football Society. In addition to its growth in play, the modality is evidence in research, being a science strongly studied in the fields of technique, tactics, physical, cognitive and others, in the search for improvements in the performance of practitioners of the sport. Therefore, the present study aimed to verify the correlation between technical fundamentals, subjective effort and heart rate in Football Society practitioners. For this purpose, 14 men participated in a match of the modality, divided into two teams, with age above 18 years. During the match, which lasted 40 minutes, divided in two times of 20 minutes, the cardiac frequencies of the practitioners were collected using the POLAR frequenciometer and the Subjective Effort Perception using the Borg Scale. It is worth mentioning that the match was filmed for further analysis of the technical pass. The results found in relation to Heart Rate (FC) were significantly reduced in the second play time compared to the first time, and Subjective Effort Perception (PSE) was observed to increase in the second play time compared to the first time . Regarding the technical actions of the pass foundation, there was a significant difference of the right passes and total passes, with the number of both being less in the second half. In this way, the findings of this study allow to conclude that the PSE was increased and FC decreased during the game, there was also a reduction in the total number of passes and the number of passes. Keywords: Football. Technical Fundamentals. Subjective Perception of Effort. Heart
rate..
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Condução de bolas .................................................................................... 27
Figura 2: Drible .......................................................................................................... 27
Figura 3: Passe ......................................................................................................... 28
Figura 4: Finalização ................................................................................................. 29
Figura 5: Domínio ...................................................................................................... 29
Figura 6: Cabeceio .................................................................................................... 30
Figura 7: Defesa Alta ................................................................................................. 31
Figura 8: Arremesso com as mãos ............................................................................ 32
Figura 9: Arremesso com os pés ............................................................................... 32
Figura 10: Escalação do time a ser analisado ........................................................... 52
Figura 11: Interface do software Scout ...................................................................... 53
Figura 12: Janela para correção de dados no software Scout .................................. 54
Figura 13: Janela de análise software Scout ............................................................. 55
Figura 14: Frequência cardíaca coletada segundo a segundo durante a partida ..... 61
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Categorias, idades e tempo de cada partida ............................................ 22
Quadro 2: Princípios táticos fundamentais do futebol ............................................... 38
Quadro 3: Frequência cardíaca coletada segundo a segundo durante a partida. O
gráfico representa a frequência cardíaca média (batimentos por minuto-BPM) de
cada minuto da partida .............................................................................................. 57
LISTA DE TABELAS
Tabela 1:Valores para Frequência Cardíaca de Repouso ........................................ 45
Tabela 2: Escala de classificação do esforço Subjetivo ............................................ 48
Tabela 3: Características morfo-antropométricas dos sujeitos nos valores de idade
(anos), estatura (m), massa corporal (kg) e índice de massa corporal (kg/m²) ......... 59
Tabela 4: Características da composição corporal (tríceps, abdômen e supra ilíaca)
em média e desvio padrão, dos sujeitos participantes .............................................. 59
Tabela 5: Frequência cardíaca (batimentos por minuto-BPM) e percepção subjetiva
de esforço (PSE-Escala de Borg adaptada) coletadas no primeiro e segundo tempo
da partida .................................................................................................................. 60
Tabela 6: Ações técnicas de passe (certo, errado e total), desarme, finalizações
(certa, errada e total) e falta realizadas no períodos do primeiro e segundo tempo da
partida ....................................................................................................................... 60
Tabela 7: Correlações entre a frequência cardíaca (BPM) e percepção subjetiva de
esforço (PSE) para cada jogador e entre as médias ................................................. 61
Tabela 8: Correlações entre ações técnicas de passe (certo, errado e total),
frequência cardíaca (FC-batimentos por minuto BPM) e percepção subjetiva de
esforço (PSE) ........................................................................................................... 62
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CBD: Confederação Brasileira de Desportos
CBF: Confederação Brasileira de Futebol
CT: Centro de Treinamento
DC: Débito Cardíaco
FC: Frequência Cardíaca
FCR: Frequência Cardíaca em Repouso
FCM: Frequência Cardíaca Máxima
PSE: Percepção Subjetiva de Esforço
RPE: Rating of Perceived Exertion
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 13
1 CONCEITOS PRELIMINARES ....................................................................... 15
1.1 Futebol e sua origem ...................................................................................... 15
1.1.1 História do Futebol no Brasil ........................................................................... 16
1.1.2 Evolução do Futebol ...................................................................................... 17
1.1.3 Regras Futebol Society .................................................................................. 19
1.1.3.1 Campo de jogo:dimensões ............................................................................ 19
1.1.3.2 Marcação do campo .................................................................................... 19
1.1.3.3 Área de Meta e Marca de Pênalti ................................................................ 19
1.1.3.4 Metas ........................................................................................................... 20
1.1.3.5 Zona de Substituição ................................................................................... 20
1.1.3.6 Número de Atletas ...................................................................................... 20
1.1.3.7 Uniforme dos Atletas ................................................................................... 21
1.1.3.8 Tempo de Jogo e Categorias ...................................................................... 22
1.1.3.9 Infrações Técnicas ..................................................................................... 23
1.1.3.10 Infrações Pessoais .................................................................................... 23
1.1.4 Procedimentos da cobrança do shoot out durante o jogo ............................. 24
1.1.5 Decisão por Penalidade máxima ................................................................... 25
1.1.6 Fundamentos técnicos do futebol .................................................................. 26
1.1.6.1 Fundamentos Técnicos de Jogadores de linha ........................................... 26
1.1.6.2 Condução de bola e Drible .......................................................................... 26
1.1.6.3 Passe .......................................................................................................... 28
1.1.6.4 Finalização ................................................................................................. 28
1.1.6.5 Domínio ...................................................................................................... 29
1.1.6.6 Cabeceio .................................................................................................... 30
1.1.7 Fundamentos Técnicos de Goleiro ................................................................. 30
1.1.7.1 Defesa Alta ................................................................................................. 31
1.1.7.2 Arremesso .................................................................................................. 31
1.1.7.3 Saída de Gol .............................................................................................. 32
1.1.8 Aspectos táticos: Posições ............................................................................ 33
1.1.9 Sistema de Jogo ............................................................................................ 34
1.1.9.1 Táticas Defensivas ..................................................................................... 35
1.1.9.2 Táticas Ofensivas ....................................................................................... 37
1.1.10 Preparação Física ....................................................................................... 39
1.2 Composição Corporal ....................................................................................... 40
1.2.1 Conceito ........................................................................................................ 40
1.2.2 Composição corporal no futebol ..................................................................... 41
1.3 Frequência Cardíaca ........................................................................................ 42
1.3.1 Conceito ........................................................................................................ 43
1.3.2 Frequência Cardíaca Máxima ....................................................................... 43
1.3.3 Frequência Cardíaca em Repouso ................................................................ 44
1.3.4 Valores da Frequência Cardíaca ................................................................... 44
1.3.5 Frequência Cardíaca (FC) e Futebol ............................................................. 45
1.4 Percepção Subjetiva e Esforço ......................................................................... 46
1.4.1 Conceito ......................................................................................................... 46
1.4.2 Classificação do Esforço Subjetivo ................................................................ 47
1.4.3 Relação com Futebol ..................................................................................... 48
1.5 Análise de Desempenho .................................................................................. 49
1.5.1 Conceito ........................................................................................................ 49
1.5.2 Etapas da Análise de Desempenho .............................................................. 50
1.5.3 Como analisar ............................................................................................... 50
1.5.4 O sistema de anotação .................................................................................. 50
1.5.5 O Software Scout .......................................................................................... 51
1.5.6 A Importância do Scout para o Futebol ......................................................... 55
2 O EXPERIMENTO ........................................................................................... 56
2.1 Recursos Metodológicos .................................................................................. 56
2.2 Participantes ..................................................................................................... 56
2.3 Avaliação dos fundamentos técnicos ............................................................... 57
2.4 Materiais ........................................................................................................... 57
2.5 Procedimentos ................................................................................................. 57
2.6 Métodos ............................................................................................................ 57
2.7 Análise estatística .............................................................................................. 58
2.8 Resultados ........................................................................................................ 58
2.9 Discussão .......................................................................................................... 62
2.10 Conclusão ...................................................................................................... 64
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 66
ANEXOS .................................................................................................................. 73
13
INTRODUÇÃO
Sobre a origem da modalidade Futebol, historiadores ressaltam que
sinais de jogos usando a bola foram encontrados em diversas culturas antigas,
um exemplo aconteceu no século XIX, ao longo do denominado ciclo da
borracha brasileira, na qual os índios já brincavam com esferas feitas de
borrachas. Estes jogos praticados na época, ainda não eram conhecidos como
Futebol e não possuíam regras como as que tem hoje, porém, desde aquele
tempo já se manifestava um grande interesse do homem por este tipo de jogo
(SILVA, 2016).
Em sua história e evolução, a mais famosa versão e a única oficialmente
confirmada, tendo relação direta com o Brasil, é a de Charles Miller, que com
apenas 9 anos de idade, foi para Inglaterra estudar, em sua passagem pelo
país, teve seu primeiro contato com o Futebol, pois foi na Inglaterra que a
modalidade ganhou vida, lá Charles Miller aprendeu o modelo de jogo e suas
regras no colégio BanisterCourt em Southampton, em que se sobressaiu por
marcar muitos gols (VIEIRA; FREITAS, 2006). Desta forma, Miller, com 20
anos na época, ao voltar para o Brasil, no porto de Santos, desembarcou
trazendo em suas malas: duas bolas de couro, uma agulha, uma bomba de ar,
dois jogos de uniformes de clubes ingleses e um livro de regras. Charles notou
que isto era uma novidade, e prontificou-se apresentar aos seus amigos e
colegas de trabalho uma nova modalidade esportiva, sendo considerado o
precursor do Futebol no Brasil (VIEIRA; FREITAS, 2006).
Ao passar dos anos, o Futebol cresceu em número de adeptos, houve
uma organização internacional da modalidade em relação as regras,
competições, clubes, deixando-o cada vez mais profissional e ganhando mais
apaixonados pela modalidade. Importante destacar que seu crescimento
estimulou a criação de modalidades semelhantes, seguindo o modelo
tradicional do jogo, como o Futebol de Salão, Futsal, Futebol Society, entre
outros, sendo esta última a modalidade escolhida para o presente estudo. Além
disso, a mídia percebeu sua grandiosidade, e de fato, virou uma cultura
esportiva mundial. Portanto, a modalidade vem em processo de evolução sob
as ações técnicas, táticas, físicos, cognitivos entre outros, sendo evidência nos
campos da ciência de pesquisa, afim, de descobrir alternativas para melhoria
14
da performance dos praticantes. Na busca deste objetivo, estudos demonstram
inúmeras possibilidades de ferramentas auxiliares na melhoria do desempenho
de praticantes do Futebol.
Dentre as ferramentas utilizadas para buscar desempenho de qualidade
individualmente e de forma coletiva dos envolvidos na modalidade Futebol,
Leães e Xavier (2012), ressaltam a análise de desempenho, sendo uma
ferramenta importante para compreender os elementos determinantes para o
rendimento da equipe e que o acompanhamento da aplicação dos fundamentos
técnicos aplicados pelas equipes pode contribuir na elevação do rendimento da
mesma. Além da análise de desempenho, dá-se uma importância enorme aos
fatores fisiológicos e físicos, componentes essenciais para a execução de
qualidade das ações técnicas como passe, condução, finalização, entre outros,
além das ações e princípios táticos de jogo.
O Futebol é uma modalidade esportiva acíclica caracterizada por
esforços intermitentes com curtos intervalos de recuperação entre as ações,
intercalando esforços de alta e baixa intensidade. (OLIVEIRA et al.. 2015)
Com o avanço tecnológico, fica cada vez mais acessível o controle de
variáveis de desempenho e da carga de treinamento em jogadores de Futebol.
Contudo as variáveis fisiológicas mais utilizadas relacionam-se com a dosagem
de hormônios, enzimas e subprodutos metabólicos. Uma das medidas mais
antigas, simples, rápidas, de fácil acesso, relativamente barata é a frequência
cardíaca (FC).
Segundo Silva (2003), é possível utilizar a frequência cardíaca como
parâmetro de esforço e controlar a carga do treinamento em atletas. O
monitorado através da frequência cardíaca fornece ao preparador físico
informações para verificar se as reações fisiológicas ou as exigências físicas
aplicadas durante o treinamento são compatíveis com as características da
competição. Sendo assim, esses dados permitem aumentar ou diminuir a carga
do treinamento. A frequência cardíaca e a descrição das atividades
competitivas são elementos que municiam o técnico ou treinador quanto as
características energéticas do jogador de futebol.
O esforço pode variar de pequeno a moderado, e de intenso a máximo.
As performances não são continuas, mas consiste em eventos intervalados,
com pausas durante a partida, como acontece no Futebol. Em que os
15
jogadores na maior parte do tempo, corre de um lado para o outro em uma
velocidade moderada, até que em certo momento eles realizam um esforço
máximo. Como por exemplo quando o um jogador rouba a bola no seu campo
de defesa e parte para o contra-ataque em alta velocidade, isso o exige um
esforço máximo. É necessário monitorar cuidadosamente a intensidade dos
atletas para que durante a partida, eles possam realizar as mudanças de ritmos
de forma que não os prejudiquem (BORG, 2000).
O Esforço Percebido ou Percepção Subjetiva de Esforço (PSE), tem
como objetivo medir o esforço percebido, fadiga localizada e falta de ar. Aborda
sobretudo ao trabalho muscular intenso que ocasiona uma tensão
relativamente grande sobre o sistema musculo esquelético, cardiovascular e
pulmonar. Desta forma a PSE está diretamente ligado ao conceito de
intensidade do exercício. É a sensação de quão pesada e exaustiva é uma
atividade física. (BORG, 2000)
Estes possíveis mecanismos embasam argumentos de que a PSE possa
ser utilizada para predizer a carga interna, intensidade e duração do exercício.
Desta forma, a presente pesquisa visa quantificar através de filmagens o
número de acertos e erros do fundamento técnico, passe, e analisar as
variáveis do esforço subjetivo e frequência cardíaca em praticantes de Futebol
Society, correlacionar os parâmetros, verificando relações entre eles.
Diante do pressuposto, a pesquisa tem a seguinte problemática: as
alterações na Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) e a Frequência Cardíaca
(FC) estão correlacionados ao desempenho técnico do fundamento passe, no
Futebol Society?
Em resposta a este questionamento, pode-se levantar a seguinte
hipótese: de fato, o Futebol e suas modalidades semelhantes, como o Futebol
Society, apresenta inúmeras variáveis fisiológicas que podem influenciar nas
ações técnicas dos praticantes, portanto, a hipótese levantada para esta
pesquisa é que: as alterações do PSE e FC, afetam no desempenho dos
fundamentos técnicos, em especial o passe de praticantes de Futebol Society.
16
1 CONCEITOS PRELIMINARES
1.1 Futebol e sua origem
De acordo com Silva (2016) o Futebol é um dos esportes mais
conhecidos e praticados em todo mundo, sendo uma cultura esportiva mundial,
tendo praticantes que jogam por diversão ou profissão. Além do prazer
oferecido pelo jogo, a modalidade também desperta o interesse pelos grandes
atletas que surgem através dele, virando celebridades, estimulando mais
pessoas em participar ou, no mínimo, ser um espectador da modalidade.
Em relação à sua origem, historiadores encontraram sinais de jogos de
bola em diversas culturas antigas, que antecederam o Futebol moderno,
consolidado pelos ingleses. Estes jogos praticados na época, ainda não eram
conhecidos como Futebol e não possuíam regras como as que tem hoje,
porém, desde aquele tempo já se manifestava um grande interesse do homem
por este tipo de jogo (SILVA, 2016).
É válido destacar, que no início, o Futebol assustava, em especial, entre
os séculos XV e XIX, que se praticava o Massfootball (futebol de massa), no
qual a violência predominava e não se tinha definido um número de atletas,
vilas e cidades inteiras tiveram jogos registrados na idade média, existiu até
uma partida, entre dois vilarejos próximo a Chester, na Inglaterra, com mil
jogadores na disputa (DARIDO; SOUZA JÚNIOR, 2007).
Outras modalidades semelhantes foram encontradas no passado, há
indícios de um jogo com bola bastante parecido com o Futebol, denominado
como Soule ou Harpastum, eram praticados na idade média por militares,
divididos em duas equipes, contendo atacantes e defensores, sendo que as
equipes se dividiam em vinte e sete jogadores cada. Neste jogo eram
permitidos socos, ponta pés, rasteiras e outros atos violentos, desta forma, pela
intensa violência, até relatos de morte de jogadores na prática deste esporte
foram constatados (SILVA, 2016).
Posteriormente, na Itália medieval, surgiu um novo jogo com o nome de
Gioco del Cálcio, com vinte e sete jogadores por equipe, praticado em praças
públicas, sendo que o objetivo do jogo era de a equipe conseguir passar pelo
17
time adversário carregando a bola até dois postes que ficavam na extremidade
da praça (DARIDO; SOUZA JÚNIOR, 2007). Segundo Silva (2016), ao decorrer
do jogo era comum ocorrer violência, pois, os participantes levavam para a
prática do esporte, dificuldades causadas por questões sociais da época
medieval, a violência e a desorganização se tornou tão grande que o rei
Eduardo II criou uma lei impedindo a pratica do jogo, sendo que quem se
atrevesse a jogar era condenado a prisão.
Mas, assim mesmo, o jogo não teve seu fim e integrantes da alta
sociedade resolveram criar uma nova maneira de jogar, estabelecendo regras
que impediam a prática da violência na nova versão do jogo, e para analisar se
havia violência ou não ao decorrer da partida, eles tiveram a ideia de colocar
doze juízes responsáveis para analisar se as regras estavam sendo
respeitadas ou não (SILVA, 2016).
De seu surgimento, até os dias atuais, o Futebol se destaca como o
esporte mais popular do mundo e vem crescendo a cada dia mais, com seu
jogo original, ou esportes semelhantes, como o Futebol de Salão, Futsal,
Futebol Society, entre outros. É interessante citar, que até mesmo em regiões
onde o Futebol não era uma cultura esportiva tão praticada, ou sem total
conhecimento, hoje acontece com inúmeros adeptos, constatando sua força no
mundo (GORDON; HELAL, 2002).
1.1.1 História do Futebol no Brasil
No século XIX, ao longo do denominado ciclo da borracha brasileira, os
índios já brincavam com esferas feitas de borrachas, porém, a chegada do
Futebol moderno se deu posteriormente. A mais famosa versão e a única
oficialmente confirmada, é a de Charles Miller, que com apenas 9 anos de
idade, foi para Inglaterra estudar, em sua passagem pelo país, teve seu
primeiro contato com o Futebol, aprendeu o modelo de jogo e suas regras no
colégio BanisterCourt em Southampton, em que se sobressaiu por marcar
muitos gols (VIEIRA; FREITAS, 2006).
Desta forma, Miller, com 20 anos na época, ao voltar para o Brasil, no
porto de Santos, desembarcou trazendo em suas malas: duas bolas de couro,
uma agulha, uma bomba de ar, dois jogos de uniformes de clubes ingleses e
18
um livro de regras. Charles notou que isto era uma novidade, e prontificou-se
apresentar aos seus amigos e colegas de trabalho uma nova modalidade
esportiva, sendo considerado o precursor do Futebol no Brasil (VIEIRA;
FREITAS, 2006).
A partir disto, Charles Miller promoveu algumas ações afim de divulgar a
modalidade, organizou a primeira partida de Futebol que se têm notícia no
Brasil, que ocorreu no dia 15 de abril de 1895, contou com a presença de 15
funcionários de empresas inglesas que estavam na cidade de São Paulo,
sendo entre a CIA Ferroviária São Paulo Railway, que contava com a
participação de Miller, venceu por 4 a 2 a Companhia de Gás (Gazz Team),
perante um público de 18 pessoas (VIEIRA; FREITAS, 2006).
É válido destacar que, no começo da pratica do Futebol, só jogavam
pessoas da alta sociedade, sendo proibido a participação de negros em
equipes de Futebol (SILVA, 2016). Porém, ao passar dos anos, e o
crescimento do número de adeptos da modalidade, o Futebol começou a ser
permitido para todos, independentemente da classe social ou raça. (SILVA,
2016).
1.1.2 Evolução do futebol
O Futebol é uma das principais, senão a principal modalidade esportiva
do mundo, isso é visível pelo número de torcedores demonstrando sua paixão,
amor e dedicação pelo clube do coração (MANOEL, 2017). É muito comum
encontrar, caminhando pela rua, torcedores usando camisetas, bermudas e até
bonés do seu respectivo time favorito ou cada vez mais tentando se manter
informado pela internet, televisão e jornais como andam as novidades do seu
time (MANOEL, 2017).
Porém desde o início da modalidade houve ações na busca pelo
crescimento da modalidade, neste sentido é importante destacar as ações
políticas que aconteceram na década de 20, pois naquela época o governo
promoveu a mudança liberal para o modelo centralizador, criado pelo
presidente nacional Getúlio Vargas. O governo teve a iniciativa de buscar e
investir em ações coletivas no país, com o objetivo de buscar alcançar o maior
número de pessoas possíveis, naquele momento, a política prometia alguns
19
projetos em diversas áreas, como de leis, saúde, educação, e o esporte, neste
último com o destaque maior no Futebol, que por consequência fez a
modalidade ficar em evidência, e por isso crescer em número de adeptos.
(MEZZARI, 2013 apud MANOEL, 2017).
Ao passar dos anos, várias outras ações foram sendo realizadas, na
busca do crescimento da modalidade, tornando o Futebol cada vez mais
profissional, com a criação de clubes, que iniciaram pagamento pelo trabalho
de seus jogadores, sendo gratificações monetárias. Alguns países como
Uruguai, Argentina ou Itália, consideravam os jogadores de Futebol como
profissionais, por esse motivo muitos jogadores brasileiros embarcaram para o
exterior para serem reconhecidos (MATTAR, 2012 apud MANOEL, 2017).
A criação da identidade nacional no Futebol foi bem-sucedida. Assim o
Futebol se tornou um dos esportes mais popularizados do mundo, foi caindo no
gosto do povo e passando de geração em geração (GADE, 1998 apud
MANOEL, 2017). Outra mudança importante foi a transformação da
Confederação Brasileira de Desportos (CBD) para a confederação Brasileira de
Futebol (CBF) (MEZZADRI, 2013 apud MANOEL, 2017).
Desta maneira, pode-se afirmar que o Futebol cresceu muito e vem
crescendo cada vez mais no Brasil e no mundo. Posto isto, a sua evolução
trouxe variações do modelo de jogo, estimulando a criação de modalidades
semelhantes, como o Futebol Médio, Futebol de 7, Futebol Suíço, mas
atualmente é mais conhecido, praticado e registrado como Futebol Society,
também chamado de Futebol de 07. (GADE, 1998 apud MANOEL, 2017).
O Futebol Society gerido no Brasil por volta de 1985, se tomou um
grande impulso devido ao fechamento dos campos de Futebol de várzea, pois
ocupavam um grande espaço, enquanto que o Society, por ser menor e não
necessitar de grandes áreas, foi se adaptando a essa nova realidade. No início,
a maioria de seus participantes eram pessoas entre 40 a 50 anos, que
gostavam de Futebol, mas não se adaptavam ao Futebol de Salão ou Futsal,
preferindo o Futebol Society por ser mais parecido com o Futebol de Campo.
(GADE, 1998 apud MANOEL, 2017).
1.1.3 Regras Futebol Society
20
1.1.3.1 Campo de jogo: dimensões
O campo de jogo deve ser de grama sintética ou natural, tendo sua
forma retangular, não podendo seu comprimento exceder a 55 m nem ser
inferior a 45 m e a sua largura máxima de 35 m e a mínima 25 m (FIF O7S,
2017).
1.1.3.2 Marcação do Campo
O campo de jogo deve ser marcado por linhas de cor branca e bem
visíveis, com 10 cm de largura, as quais devem acompanhar o nível do campo.
As linhas que o limitam de maior comprimento são chamadas linhas laterais e
as de menor comprimento linhas de fundo. Na metade do campo será traçada
uma linha transversal, de lado a lado, chamada linha central. O centro do
campo será marcado por um ponto bem visível, exatamente na metade da linha
central, com 10 cm de raio. Paralelas e equidistantes em 5 m da linha central
devem ser traçadas duas linhas de 5 m, uma em cada metade do campo, de
forma que, se for traçada uma linha perpendicular na metade desta linha,
coincidirá com o centro do campo e serão chamadas Linhas de Saída e Shoot
Out (FIF O7S, 2017).
1.1.3.3 Área de meta e Marca de pênalti
De cada extremidade do campo devem ser traçadas duas linhas
perpendiculares à linha de fundo, a uma distância de 5 m de cada poste de
meta. Essas linhas avançarão 8 m pelo campo adentro e serão unidas, em
suas extremidades, por uma linha transversal paralela à linha de fundo e com
15m de comprimento. A marca de pênalti será definida por um ponto bem
visível, com 10 cm de raio, na metade da linha frontal da área de meta, e a
distância de 8m da linha de fundo (FIF O7S, 2017).
1.1.3.4 Metas
21
Segundo a FIF O7S (2017), as metas devem ser colocadas no centro de
cada linha de fundo, sendo formadas por dois postes verticais distantes 5m
entre si medidos por dentro e ligados por uma barra horizontal cuja face interior
ficará a altura de 2,20 cm do solo. O diâmetro dos postes e da barra transversal
deve ser de 10 cm e pintados na cor branca. Por trás das metas devem ser
colocadas obrigatoriamente redes presas nos postes, na barra transversal e no
solo, devendo estar convenientemente sustentadas e colocadas de modo a dar
bastante espaço ao goleiro. As redes devem ser confeccionadas com material
adequado e que não ofereçam perigo aos praticantes, tendo pequenas
aberturas que não permitam a passagem da bola.
1.1.3.5 Zona de Substituição
Localizada em frente à mesa do representante, junto à linha lateral, no
meio do campo e demarcada por duas linhas paralelas de 50 cm, tendo de 5m
a 10m de distância entre elas, divididas em partes iguais (FIF O7S, 2017).
1.1.3.6 Número de atletas
De acordo com a FIF O7S (2017), o número de atletas:
a) uma partida deve ser disputada por duas equipes compostas de 07
atletas em cada uma, onde um dos quais, obrigatoriamente, será o
goleiro;
b) não é permitido o início da partida sem que as equipes tenham, no
mínimo, 07 atletas no campo de jogo;
c) quando uma equipe, ou ambas, ficarem reduzida a 03 atletas, seja
por qualquer motivo, a partida deverá ser encerrada imediatamente,
inclusive quando e durante as cobranças de penalidades máximas e
shoot out;
d) na súmula de jogo deve ser registrado o máximo de 20 atletas por
equipe, podendo ser completada até o final da partida, inclusive na
prorrogação;
22
e) as substituição são ilimitadas e volantes, não havendo necessidade
de paralisação do jogo, sendo restritas aos atletas registrados em
súmula;
f) o atleta só poderá executar um arremesso lateral ou de canto após
ter entrado no campo, pela zona de substituição;
g) qualquer um dos atletas poderá trocar de posição com o goleiro,
desde que autorizado pela Arbitragem e com a bola fora de jogo.
Quando a troca for com jogador postado no banco de reservas,
poderá ser realizada com o jogo em andamento ou com bola fora de
jogo;
h) quando do atendimento a qualquer atleta lesionado, este
obrigatoriamente deverá deixar o campo de jogo por qualquer lugar
do mesmo, desde que autorizado por um dos Árbitros, podendo ser
substituído imediatamente;
i) o atleta lesionado estará apto a retornar somente quando da próxima
posse de bola de sua equipe e com autorização do Árbitro, exceto o
goleiro que poderá continuar no jogo, sem a obrigatoriedade de ser
substituído;
j) em caso de sangramento ou lesão grave o atleta deve deixar o
campo de jogo, podendo ser substituído imediatamente;
k) os capitães das equipes devem obrigatoriamente assinar a súmula
do jogo, e
l) a comissão técnica das equipes será composta pelos seguintes
membros: Técnico ou Treinador, Massagista, Fisicultor e Médico.
É permitida a substituição de membros da comissão técnica, apenas
uma única vez desde que devidamente registrado e o substituído não poderá
retornar.
1.1.3.7 Uniforme dos atletas
De acordo com a FIF O7S (2017), o uniforme dos atletas consiste de:
camisa de meia manga ou longa, calção, meias de cano longo, caneleiras
oficiais, tênis ou chuteira apropriados para a prática da modalidade, podendo
utilizar equipamentos de proteção próprios ao esporte.
23
É obrigatório o uso de caneleiras, sendo que as mesmas deverão estar
cobertas pelas meias, e devem ser confeccionadas em material apropriado que
ofereça proteção ao jogador (plástico poliuretano ou material similar) (FIF O7S,
2017).
1.1.3.8 Tempo de jogo e categorias
Segundo a FIF O7S (2017), o Futebol 7, compreende as seguintes
categorias, Masculinas e Femininas e não poderá haver interatividade, e seus
tempos de jogo serão divididos em dois períodos iguais, de acordo com a
tabela abaixo.
Quadro1 - Categorias, idades e tempo de cada partida.
Fonte: FIF O7S, 2017, p.14.
Segundo a FIF O7S (2017), o tempo de jogo:
a) todos os jogos devem ter um intervalo de no máximo 10 minutos;
b) um pedido de tempo técnico por período pode ser solicitado pelas
equipes, o capitão deve pedir a um dos árbitros e o técnico somente
ao representante;
24
c) a duração do tempo técnico é de 01 minuto sendo concedido na
próxima paralisação da partida, que será acrescido ao término do
período.10 - O tempo de jogo, em qualquer dos períodos, deve ser
prorrogado para a execução de uma penalidade máxima ou
cobrança de Shoot Out, e
d) o tempo da prorrogação, não poderá ser maior do que 10 minutos
em todas as categorias, sendo dividido em 02 períodos de 05x05
minutos sem intervalo, apenas com mudança de lado das equipes,
continuando valendo as somatórias de infrações individuais e
coletivas, e de todos os cartões disciplinares.
Caso o pedido de tempo técnico não seja utilizado pelas equipes no
segundo período, poderá ser solicitado na prorrogação, se houver.
1.1.3.9 Infrações técnicas
Segundo a FIF O7S (2017), as principais infrações técnicas são:
a) tiro livre em favor do adversário no local da infração ou na marca de
pênalti se cometida dentro da área de meta da equipe infratora, é
considerada Penalidade, e
b) toda infração técnica acumula em súmula infração individual e
coletiva.
1.1.3.10 Infrações pessoais
De acordo com a FIF O7S (2017), estará cometendo infração pessoal o
atleta que:
a) tocar na bola sem estar devidamente uniformizado. b) usar
expressão verbal e/ou gestual para iludir o adversário;
b) o goleiro, após a defesa, soltar a bola e tocá-la novamente sem que
tenha sido tocada por qualquer outro atleta;
c) o goleiro, postado fora de sua área de meta, receber a bola de seus
companheiros, a conduzir para dentro de sua área e pegá-la com as
mãos;
25
d) o goleiro com domínio da bola, conduzi-la para fora de sua área,
retornar e pegá-la com as mãos;
e) o executor de arremesso lateral, de canto, de goleiro, tiro livre ou tiro
inicial, tiro ou arremesso de meta, tocar na bola antes que outro
atleta o faça;
f) obstruir a jogada prendendo a bola com os pés ou evitando com o
corpo sua movimentação, exceto o goleiro caído dentro de sua área
de meta;
g) obstruir intencionalmente o goleiro sem posse ou domínio da bola ou
interpor-se de modo a obstruir as pretensões deste em relação a
cobrança de infração;
h) levantar os pés para chutar com o calcanhar e levar perigo a
adversário próximo à jogada;
i) chutar com a sola dos pés tendo adversário próximo à jogada,
solada, e
j) levantar os pés na altura do busto, cabeça ou costas de adversário
próximo.
1.1.4 Procedimentos da cobrança do shoot out durante o jogo
Segundo a FIF O7S (2017), os procedimentos da cobrança do shoot
são:
a) a equipe beneficiada sairá com a bola na linha de saída do campo
da equipe infratora e todos os demais atletas deveram estar atrás da
linha de saída do campo contrário à cobrança, com exceção do
goleiro da equipe infratora que deverá estar com parte dos seus pés
em cima da linha de gol;
b) após a autorização do arbitro para a cobrança, o executor deverá
colocar a bola em jogo em no máximo 05 segundos. Penalidade:
Reversão em lateral no ponto mais próximo do local onde a bola se
encontrava e infração individual do atleta cobrador;
c) caso o goleiro da equipe infratora seja advertido com Cartão
Disciplinar na execução do Shoot Out, este deverá cumprir as
determinações da regra, e
26
d) todos os demais atletas somente poderão avançar na jogada após o
executor tocar na bola.
Obs.: Caso um ou mais atletas que não estejam participando do Shoot
Out, invada o espaço de 10m anterior à linha de saída do cobrador antes que
este toque na bola, o Árbitro retardará a cobrança e punirá o infrator conforme
julgar necessário, somente após restabelecido o posicionamento autorizará a
cobrança.
1.1.5 Decisão por penalidade máxima
A FIF O7S (2017), afirma que a decisão por penalidade máxima:
a) para a disputa deverá ser feito um sorteio utilizando uma moeda e o
vencedor caberá a escolha. As cobranças das penalidades
máximas, serão em número de 03 (três) para cada equipe,
executadas alternadamente, permanecendo o empate devem ser
alternadas por equipe, até que uma obtenha vantagem sobre a
outra;
b) qualquer atleta registrado em súmula poderá participar das
penalidades, havendo obrigatoriedade de troca para as cobranças
até o ultimo atleta. OBS. As equipes não igualam o número de
atletas;
c) o atleta cumprindo punição por cartão disciplinar não poderá
participar das penalidades, nem mesmo permanecer no campo de
jogo durante as cobranças;
d) quando da decisão por penalidades, todos os membros da comissão
técnica e os atletas não envolvidos na cobrança devem se postar
atrás da linha central, conforme ilustração;
e) a cobrança deve ser executada no máximo em 5 segundos após
autorização, caso ultrapasse a equipe perderá a cobrança;
f) os atletas participantes da cobrança da Penalidade Máxima que não
estiver devidamente uniformizado conforme Regra 04, quando tocar
na bola:
sendo o Executor, será desqualificado, e sua equipe perderá a
cobrança.
27
sendo o Goleiro, será desqualificado e repetira a cobrança.
Em ambos os casos, se for percebido após a execução, está deverá ser
anulada e a sua equipe perderá a cobrança.
1.1.6 Fundamentos Técnicos do Futebol
A técnica é definida como todo gesto ou movimento realizado pelo
praticante que lhe permite dar continuidade e desenvolvimento ao jogo. É
descrita também como uma série infindável de movimentos realizados durante
uma prática, tendo como base os fundamentos do jogo. No futebol, as técnicas
individuais, empregadas durante a prática do jogo, são fundamentalmente
influenciadas pelos componentes de equilíbrio, ritmo, coordenação geral e
coordenação espaço-temporal (LUCENA, 1994 apud SILVA JUNIOR, VIEIRA,
BALBINO, 2016).
Segundo Michelini (2007), a técnica do jogador de Futebol está na sua
habilidade em desenvolver o jogo usando adequadamente os fundamentos da
modalidade Futebol como: passe, recepção, chute, drible, entre outros, no caso
do jogador de linha. Além de defesa alta, baixa, saída de gol, entre outras
sendo o goleiro (apud SILVA JUNIOR, VIEIRA, BALBINO, 2016).
1.1.6.1 Fundamentos Técnicos de Jogadores de linha
1.1.6.2 Condução de bola e Drible
A condução de bola é definida como o ato de caminhar ou correr com a
bola perto dos pés, por todos os espaços possíveis do campo de jogo,
protegendo quando a risco de bloqueio pelo adversário. É um dos fundamentos
mais importantes, principalmente durante o aprendizado, pois um maior tempo
de contato com a bola facilita o controle e ajuda no momento da realização do
drible (VOSER, 2001, apud SILVA JUNIOR; VIEIRA; BALBINO, 2016).
Existem fatores que podem ser treinados, importantes para melhorar a
condução de bola. Um deles é a condução de bola feita com a cabeça
levantada possibilitando maior visão de jogo, organizando os movimentos de
acordo com as técnicas realizadas, principalmente equilíbrio e velocidade,
28
proteção da bola, estando sempre atento na hora certa de passar, driblar,
chutar em gol ou até mesmo de segurar e manter-se com a posse de bola. Na
figura 1 há um exemplo de condução de bola e na 2 o drible.
Figura 1 – Condução de bola
Fonte: elaborada pelos autores, 2018
Figura 2– Drible
Fonte: elaborada pelos autores, 2018
1.1.6.3 Passe
De acordo com Silva (2016), o passe é simplesmente definido como (a
habilidade) que o praticante deverá possuir visando à continuação das jogadas
nas trocas de bolas, obtendo uma organização das jogadas.
29
Figura 3 – Passe
Fonte: elaborada pelos autores, 2018.
Voser (2001) o define da seguinte forma: é a ação de passar a bola
diretamente ao companheiro ou lança-la em espaço vazio de jogo, este
fundamento técnico beneficia o jogo em coletivo e a construção das jogadas. A
prática da técnica do passe melhora o aprendizado da finalização, pois os dois
são de gesto motor parecido, mas com objetivos diferentes (apud SILVA
JUNIOR; VIEIRA; BALBINO, 2016). A figura 3 acima demonstra a elaboração
de um passe.
1.1.6.4 Finalização
Figura 4 – Finalização
Fonte: elaborada pelos autores, 2018.
30
Mutti (1994) garante que a finalização é indispensável para
sequenciamento das jogadas até seu termino. É a impulsão dada a bola com
um dos pés (figura 4), tendo como alvo o gol oponente, ou seja, a finalização é
a ação motora do passe, porém com propósitos diferentes (VOSER, 2001 apud
SILVA JUNIOR; VIEIRA; BALBINO, 2016).
1.1.6.5 Domínio
Figura 5 – Domínio
Fonte: elaborada pelos autores, 2018.
É a capacidade de um jogador receber a bola, amortecendo-a, e
permanece-la sob seu controle (Figura 5). É essencial frisar que as bolas não
chegam ao praticante apenas em um percurso, elas podem vir variadas: altas,
baixas, à meia altura, rasteiras, com brutalidade ou tranquilamente. Assim
consequentemente isso, torna-se importante na sua colocação, para uma
realização apropriada, dando possibilidades imediatas de conduzir, passar,
driblar ou de finalizar ao gol (VOSER, 2001, apud SILVA JUNIOR; VIEIRA;
BALBINO, 2016).
1.1.6.6 Cabeceio
31
Figura 6 – Cabeceio
Fonte: elaborados pelos autores, 2018.
Voser (2001) afirma que o cabeceio é usado para atingir a bola com a
cabeça. Com a chegada das novas regras, o fundamento de cabeceio ficou
ainda mais conhecido e utilizado, dez de um desafogo na defesa até uma bela
finalização no ataque. (VOSER, 2001, apud SILVA JUNIOR; VIEIRA;
BALBINO, 2016).
1.1.7 Fundamentos Técnicos do Goleiro
1.1.7.1 Defesa Alta
Figura 7 – Defesa Alta
Fonte: Cidade do México, 2014.
32
A defesa alta seria a intervenção de toda bola que passa acima da linha
do quadril, sucedendo em chutes altos, na qual a bola passa essa linha
imaginária, o goleiro, por sua vez se coloca atrás da bola ou, se vê forçado a
efetuar um deslocamento, que seria as conhecidas “pontes” (LUCENA, 1994,
apud SILVA JUNIOR; VIEIRA; BALBINO, 2016).
1.1.7.2 Arremesso
O goleiro tem duas oportunidades de realizar um passe, como atleta de
linha utilizando os pés ou como goleiro, usando as mãos. No momento em que
é realizada com as mãos, este atleta deve colocar a bola em jogo, tendo como
objetivo visar um companheiro de equipe ou um espaço livre, fazendo da
mesma forma quando quer efetuar o movimento de passe com os pés. Esse
“passe” do goleiro é muito usado devido as intervenções constantes do goleiro
e das saídas de bola pela linha de meta (LUCENA, 1994, apud SILVA JUNIOR;
VIEIRA; BALBINO, 2016).
Figura 8 – Arremesso com as mãos
Fonte: Claudia Garcia, 2016.
33
Figura 9 – Arremesso com os pés
Fonte: Claudia Garcia, 2016.
1.1.7.3 Saída de Gol
Método optado pelos goleiros em ocasiões de um contra um, onde o
goleiro se vê forçado a adiantar-se em direção ao atacante para tentar fechar o
ângulo do chute utilizando-se de qualquer parte do corpo, essa ação pode se
dar dentro ou fora da área. A saída de gol também pode ser utilizada no
planejamento de jogo do goleiro como jogador de linha, praticando passes e
finalizações (MUTTI, 1994 apud SILVA JUNIOR, VIEIRA, BALBINO, 2016).
1.1.8 Aspectos táticos: posições
No futebol, onze jogadores compõem uma equipe dentro de campo,
sendo o goleiro, um deles. Entre os jogadores de linha é feita a separação de
funções, que determina atividades específicas para cada componente da
equipe. Deste modo, eles não precisam entender os comportamentos ofensivos
e defensivos de jogo, em qualquer situação ou posição no campo. Cada
jogador, passa a ser especializado e, com isto, espera-se que a produtividade
coletiva aumente (PARREIRA, 2005 apud SILVA, 2015). Neste esporte, as
funções costumam ser divididas em três grupos: defensivo, meio de campo e
ofensivo. Conhecer as posições no futebol é essencial para designar a função
e o comportamento dos jogadores em um sistema tático. De acordo com
Parreira (2005 apud SILVA, 2015), as posições se definem da seguinte forma:
34
a) Zagueiro: atua na defesa, próximo ao goleiro. Sua finalidade é
impedir que os jogadores adversários criem chances de gol. É
necessário posicionar "sempre para defender o campo e o gol
ocupado pelo goleiro"
b) Lateral: é um tipo de zagueiro, que joga perto das linhas laterais do
campo de jogo. Sua apreensão é evidentemente defensiva. Posição
muito usada no futebol Argentino e italiano. No Brasil existe uma
confusão entre lateral e ala, no planejamento, as equipes usam alas,
apesar de ser chamados de meio-campo.
c) Volante: seu cargo é marcar o oponente e executar a ligação entre a
defesa e os meias armadores ou jogadores ofensivos. Tem que ser
bom na marcação, mas também ter algumas qualidades ofensivas;
d) Ala: O seu local de atuação envolve a profundidade do campo, entre
a linha de fundo da defesa e ofensiva do ataque. Eles jogam na
defesa e dão suporte para o time nas jogadas de ataque, sempre
perto das linhas laterais do campo de jogo. É uma mistura de lateral
e ponta;
e) Meia armado: Joga na parte do meio do campo e sua função é de
criação das jogadas, é quem tem o objetivo de distribui a bola aos
jogadores de posições ofensivas tentando os colocar em posição de
finalização.
f) Ponta: seu principal objetivo é penetrar a defesa adversária,
normalmente pelas laterais, criando circunstâncias do tão esperado
gol;
g) Atacante: seu melhor atributo é ter que ser um jogador rápido,
essencial para o contra-ataque e para atrair defesas adversárias para
fora da grande área. Ter um bom chute de fora da área e criar
jogadas para o centroavante;
h) Centroavante: Com bom posicionamento dentro da grande área
adversária e tem como maior característica a precisão nos chutes.
1.1.9 Sistemas de jogo
35
Estão apresentados abaixo alguns sistemas de jogo utilizados na
modalidade Futebol (SILVA, 2015). É importante ressaltar que dentro de cada
um deles há variações, nem todas apresentadas a seguir.
a) 3-4-3: possui zagueiros (central, esquerdo e direito), volantes
(esquerdo e direito), meias (esquerda e direita), atacantes (esquerdo,
direito) e centroavante. Também pode utilizar dois pontas no lugar
dos atacantes;
b) 3-5-2: possui zagueiros (central, esquerdo e direito), volantes
(esquerdo e direito), laterais (esquerdo e direito), meia-armador e
atacantes (esquerdo e direito). Como variação, no setor de meio-
campo, pode-se utilizar três volantes. Uma variação comum no setor
ofensivo é utilizar um atacante e um centroavante ao invés de dois
atacantes;
c) 4-3-3: possui zagueiros (esquerdo e direito), laterais (esquerdo e
direito), volante central, meias (esquerda e direita), atacantes
(esquerdo, direito) e centroavante. Como variação, pode-se utilizar
dois volantes e um meio-campista. Os laterais 14 podem jogar mais
recuados, para tornar o jogo mais defensivo ou mais avançando,
quando da posse de bola da equipe, para tornar o jogo mais
ofensivo;
d) 4-4-2: possuir zagueiros (esquerdo e direito), laterais (esquerdo e
direito), volantes (esquerdo e direito), meias (esquerda e direita),
atacantes (esquerdo e direito). No meio-campo pode-se usar três
volantes e um meio-campista ou, ainda, um volante e três meio-
campistas. Uma variação comum no setor ofensivo é utilizar um
atacante e um centroavante ao invés de dois atacantes;
e) 4-5-1: é um sistema tático mais defensivo e com a maioria dos
jogadores distribuídos no meio de campo permite maior eficiência na
marcação dos jogadores adversários. A sua variação mais comum é
com zagueiros (esquerdo e direito), laterais (esquerdo e direito),
volantes (esquerdo e direito), meia-armador, pontas (esquerda e
direita) e centroavante;
f) 5-4-1: este esquema é extremamente defensivo e pode ser usado
quando há necessidade de segurar o resultado atual de um jogo
36
difícil. Esta formação geralmente possui zagueiros (central, esquerdo
e direito), laterais (esquerdo e direito), volantes (esquerdo, central e
direito), meia-armador e atacante. Táticas defensivas e ofensivas.
1.1.9.1 Táticas defensivas
a) Contenção: caracteriza-se pela rápida realização de oposição ao
portador da bola. O defensor deve se aproximar o mais rápido
possível do portador da bola na tentativa de induzir o adversário ao
erro e, por consequência, sua equipe recuperar a posse de bola. Em
termos operacionais, a contenção tem como objetivo (COSTA et al.,
2011 apud SILVA, 2015):
b) Cobertura defensiva: o objetivo é oferecer apoio defensivo ao jogador
de contenção. Para Costa et al. (2009), a cobertura defensiva visa
servir de novo obstáculo ao portador da bola (segunda contenção ou
obstruir possíveis linhas de passe), caso ele passe pelo jogador de
contenção, e transmitir segurança e confiança ao jogador de
contenção para que ele tenha iniciativa de combate às ações
ofensivas do portador da bola. Operacionalmente, o jogador que faz
cobertura defensiva deve procurar se posicionar, preferencialmente,
entre a contenção e a baliza (COSTA et al., 2011 apud SILVA, 2015);
c) Equilíbrio:pauta-se na premissa de possuir superioridade, ou no
mínimo garantir igualdade, numérica setorial de jogadores nas
relações de oposição no Centro de Jogo, espaço de jogo entre a bola
e a própria baliza (COSTA, 2010 apud SILVA, 2015); (COSTA et al.,
2011b, apud SILVA, 2015). O equilíbrio setorial é necessário para
não deixar jogador (es) adversário (s) sem marcação, para isso
pode-se dividir o campo em setores imaginários (com quantidade e
tamanho variados). Em linhas gerais, visa assegurar a estabilidade
defensiva na região de disputa da bola;
d) Concentração: objetiva aumentar a proteção defensiva na zona de
maior risco à baliza, visa diminuir a profundidade adversária,
direcionar a bola para zonas de menor risco, marcar adversários que
buscam aumentar o espaço de jogo ofensivo e aumentar o número
37
de jogadores entre a bola e o gol (COSTA et al., 2011 apud SILVA,
2015).
e) Unidade defensiva: tem como objetivo a redução do espaço de jogo
efetivo da equipe adversária. A unidade defensiva permite à equipe
defender em unidade ou em bloco, reduzindo o espaço de jogo.
Assim, a equipe que se defende em bloco reduz os espaços livres
que o time adversário poderia utilizar para dar penetração às suas
ações ofensivas e, com isto, conseguir se defender de forma mais
eficiente. (NUNES, 2013 apud SILVA, 2015).
A Unidade Defensiva é o princípio fundamental defensivo responsável
pela criação do conceito de compactação, que é o resultado de manobras
coletivas coordenadas com a finalidade de diminuir o espaço de jogo. Uma
equipe que joga compacta é uma equipe que joga junto, aproximando seus
setores, e tem como referência a bola (NUNES, 2013 apud SILVA, 2015). A
compactação é um conceito que foi implementado na defesa da equipe
desenvolvida para este trabalho e presente nas principais equipes de futebol do
mundo. A compactação no futebol surgiu porque, de acordo com as regras do
futebol estabelecidas pela FIFA (FIFA, 2015 apud SILVA, 2015), um campo
oficial de futebol pode variar de tamanho.
A fim de minimizar esse problema surge o conceito da compactação. Em
profundidade a compactação vai ser o resultado da aproximação das linhas de
jogadores. Em largura os jogadores de uma mesma linha se aproximam.
Defensivamente a compactação é importante porque diminui os espaços livres
que a equipe adversária poderia utilizar para dar penetração às suas ações
ofensivas e, com isto, conseguir se 17 defender de forma mais eficiente. É
importante expressar que a compactação se torna ainda mais relevante por
causa da normativa do impedimento, estabelecida na lei 11 das regras do
futebol. Isso significa que sempre que a linha de defesa de uma equipe
avançar, a equipe adversária é obrigada a recuar jogadores para recolocá-los
novamente em condição de jogo. Todavia, a linha defensiva de uma equipe
avançar sobre a metade adversária do campo de jogo anula o objetivo da
compactação porque a lei 11 do futebol expressa que “um jogador não está em
posição de impedimento se ele estiver em sua própria metade do campo de
jogo” (FIFA, 2015 apud SILVA, 2015).
38
1.1.9.2 Táticas Ofensivas
a) Penetração: é a condução de bola pelo espaço disponível (com ou
sem defensores à frente) em direção à linha de fundo ou ao gol
adversário. Dribles são realizados a fim de colocar a equipe em
superioridade numérica em ações de ataque ou propiciar condições
favoráveis a um passe/assistência para o companheiro dar
sequência ao jogo. Em outras palavras, visa reduzir a distância entre
o portador da bola e a linha de fundo adversária (COSTA et al.,
2011c, apud SILVA, 2015);
b) Cobertura: nada mais é que o oferecimento de apoios ofensivos,
disponibilizando linhas de passe, ao portador da bola. Posiciona-se
próximo ao portador da bola a fim de manter a posse de bola da
equipe e, para isso, costuma realizar tabelas4 ou triangulações 5
com o portador da bola (COSTA et al., 2011c, apud SILVA, 2015);
c) Mobilidade: caracteriza-se por movimentações em profundidade ou
em largura, “nas costas” do último defensor em direção à linha de
fundo ou ao gol adversário. Visa ganhar espaço ofensivo e propiciar
ao jogador receber a bola a fim de criar oportunidades na sequência
ofensiva do jogo (COSTA et al., 2011c, apud SILVA, 2015);
d) Espaço: visa procurar espaços na amplitude do campo de jogo não
ocupados pelos adversários a fim de obter superioridade numérica
posicional. Inclui movimentações que permitem reiniciar o processo 4
Tabela - jogada envolvendo dois jogadores executada em grande
velocidade e a curta distância, um jogado A realiza um passe para
um jogador B e corre para receber novamente a bola em outra
posição. 5 Triangulação - é uma espécie de tabela envolvendo três
jogadores. 18 ofensivo conduzindo a bola para trás ou para próximo
à linha lateral. Em outras palavras, é a utilização e ampliação do
espaço de jogo efetivo em largura e profundidade (COSTA et al.,
2011 apud SILVA, 2015);
e) Unidade ofensiva: os jogadores devem se agrupar para a equipe
poder atacar em bloco, permitindo assim que mais jogadores
39
participem no processo ofensivo. Algo parecido com o princípio
fundamental defensivo da unidade defensiva, só que referente ao
ataque.
Quadro 2 – Princípios táticos fundamentais do futebol
Fase de Jogo
Princípios táticos
Definições
Ofensiva
Penetração Redução da distância entre o portador da bola e a
baliza ou a linha de fundo adversário
Cobertura ofensiva Oferecimento de apoios ofensivos ao portador da
bola
Mobilidade Criação de instabilidade organização defensiva
adversária
Espaço Utilização e ampliação de espaço de jogo efetivo
em largura e profissionalidade
Unidade ofensiva
Movimentação de avanço ou apoio ofensivo dos jogadores que compõe as últimas linhas
transversais da equipe
Contenção Realização de oposição ao portador da bola
Cobertura defensiva Oferecimento de apoios defensivos ao jogador de
contenção
Equilíbrio Estabilidade ou superioridade numérica nas
relações de oposição
Defensiva
Concentração Aumento de proteção defensiva na zona de mais
risco
Unidade defensiva Redução do espaço de jogo efetivo equipe
adversária
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
1.1.10 Preparação Física
Da mesma maneira que qualquer outro esporte competitivo, todo o
conhecimento relativo ao futebol de campo deve ser constantemente revisado
e atualizado tanto em termos táticos e técnicos quanto à preparação física.
Nota-se principalmente no Brasil, uma grande utilização de métodos de
preparação física para futebolistas, os quais já não se posicionam entre as
metodologias mais recentes e atualizadas nesta área de conhecimento, ao qual
podemos denominar de „„método tradicional de preparação‟‟ ou „„método
distribuído‟‟, proposta por Matveev 1977 apud ARRUDA et al., (1999).
Tradicionalmente, acredita-se que uma grande estimulação da aptidão
cardiorrespiratória é capaz de sustentar durante algum tempo, qualidades mais
específicas como a Resistência de Força Anaeróbia e Força Rápida. Assim, o
40
período de preparação para atletas de futebol é dividido em pequenos, médios
e grandes ciclos de treinamento, onde inicialmente acontece uma grande
estimulação do metabolismo aeróbio para posterior implementação de
exigências de velocidade, força, coordenação e técnica específica do desporto.
Durante muito tempo, e até mesmo nos dias de hoje, grande parte dos
preparadores físicos crê no modelo proposto por Matveev 1977 apud ARRUDA
et al., (1999). Em contrapartida, existe um novo método que defende outros
caminhos para o ganho de performance para futebolistas Matveev 1977 apud
ARRUDA et al., (1999).
Este novo método, proposto por Verkhoshanski (1990) apud ARRUDA et
al., (1999) caracteriza-se pela utilização de cargas concentradas de força
durante determinada etapa de preparação (método concentrado); propõe um
período de preparação generalizado de escasso volume acompanhado de uma
grande estimulação metabólica específica (exercícios preparatórios especiais
de volume crescente), sendo estes capazes de alicerçar as capacidades e
exigências específicas do desporto treinado. Observando as quantificações de
esforços físicos realizadas por (apud ARRUDA et al., 1999), pode-se notar que
as maiores exigências metabólicas dos futebolistas, norteiam o metabolismo
anaeróbio alático sob forma de corridas curtas e intensas nos momentos
decisivos (ofensivo/defensivos) das partidas de futebol. Segundo
Verkhoshanski (1990) apud ARRUDA et al., (1999), a etapa de carga
concentradas de força como requisito prévio, acompanhada de estimulações
metabólicas específicas (etapa B) na etapa de aproximação competitiva, cria
base para aprimoramento de capacidades específicas. Segundo Oliveira
(1998), na etapa B, posterior às cargas concentradas, ocorre o fenômeno
denomina do EPDT „„Efeito Posterior Duradouro de Treinamento‟‟ das cargas
concentradas. Tal etapa favorece o desenvolvimento eficaz da técnica
específica e da velocidade motora, força e deslocamento em níveis não
possíveis pelo método tradicional Verkhoshanski (1990) apud ARRUDA et al.,
(1999).
Evidentemente, durante o período de competição faz-se necessária uma
carga de treinamento que objetive a manutenção destas capacidades uma vez
que as intensas exigências físicas deste período podem acarretar uma redução
de tempo disponível para treinamento e manutenção. Nesta etapa (C) o
41
organismo do atleta reage de forma eficaz às cargas intensas, sendo
contraindicadas cargas volumosas. Para tal, sugere-se a execução de
exercícios de força rápida e máxima (alta intensidade, curta duração) com
objetivo de manutenção dos tônus musculares. Uma boa preparação física tem
suma importância na qualidade técnica de jogo, quanto mais preparado
fisicamente, menos chances de erros técnicos o atleta terá durante o jogo.
Verkhoshanski (1990) apud ARRUDA et al., (1999)
1.2 Composição Corporal
1.2.1 Conceito
Segundo Heyward e Stolarczyk (2000 apud GONÇALVES; MOURÃO,
2008) a composição corporal é a dimensão de diferentes segmentos corporais
totais, expressas pelo percentual de gordura e de massa magra, sendo
importante destacar que a avaliação da composição corporal estabelece
segmentos do corpo humano em forma quantitativa e utiliza os resultados para
detectar vários fatores.
A análise da composição corporal determina vários componentes
químicos presentes no corpo humano, como a água, proteína, gordura, hidrato
de carbono e minerais etc., estes componentes estão presente em todos os
seres humanos sendo em maior proporção a água seguida de proteínas,
gorduras, hidratos de carbono e outros, as quantidades variam de pessoa para
pessoa (FRAGOSA E VIEIRA, 2000 apud GONÇALVES; MOURÃO, 2008).
Segundo Martins (2009), há diversos fatores importantes para a avalição
da composição corporal, de fato ela pode ser utilizada em indivíduos
participantes de programas de perda de peso, desportistas, prescrições de
treinamentos, auxilio para um corpo e alimentação saudável, auxilio e
monitoração no crescimento e maturação de crianças, podendo identificar
riscos, como excesso ou falta de gordura corporal.
Na questão desportiva, para alguns atletas o excesso de gordura
corporal é prejudicial em seu desempenho, contudo, é necessário que tenham
avaliações e acompanhamentos para que se mantenha a gordura corporal
sempre nos níveis ideias (BRUDIE, 1988 apud MARTINS, 2009).
42
1.2.2 Composição corporal no futebol
Pelo fato do Futebol ser uma das modalidades mais populares do pais,
sendo praticada por diversão, porém também sendo uma profissão, os atletas
profissionais da modalidade, precisam estar em plena forma física, ajudando
nas funções técnicas, táticas e de tomadas de decisões durante os jogos, neste
sentido, a avaliação da composição corporal se torna importante, isto, por
permitir verificar as deficiências que possam atrapalhar no desempenho do
atleta, sendo que o Percentual de Gordura, verificado através da composição
corporal, é o índice mais confiável e fidedigno para ser utilizado em uma
avalição. (FREITAS et al., 2017). Segundo Freitas et al., (2017) é de suma
importância que o atleta mantenha uma boa distribuição dos componentes
corporais como, a massa de gordura e a massa magra, para que ele mantenha
uma boa manutenção de desempenho.
Válido destacar Ribeiro (2011), na qual cita que, quanto maior a
porcentagem de gordura corporal, maior será a demanda energética para a
realização das variadas tarefas em uma partida e, consequentemente, as
deficiências nesses parâmetros poderão afetar o desempenho do atleta.
Freitas et al., (2017) afirmam que todos os atletas de modalidades
esportivas desejam ter uma composição corpórea boa, principalmente para
aqueles que se movimentam no espaço. De fato, o excesso de peso prejudica
no desempenho, pelo fato de que seu corpo fica pesado, tendo assim
dificuldades de deslocamento e sustentabilidade dele (MORAES; HERDY;
SANTOS, 2009). O melhor a fazer é buscar ter sempre uma massa de gordura
que possibilite um rendimento conforme necessário nas modalidades,
principalmente o Futebol. (CAMPEIZ; OLIVEIRA, 2006). A importância corporal
na modalidade Futebol se torna fundamental, pelo fato de ser um espore de
movimentação, saltos, sprint, tomadas de decisões técnicas e táticas rápidas.
Segundo Moraes; Herdy; Santos (2009), quando se analisa a
composição corporal de jogadores de Futebol, é fundamental analisar as
características de massa magra e gordura, pois isso pode influenciar no
desempenho do mesmo. De acordo com Silva et al. (2008 apud MORAES;
HERDY; SANTOS, 2009), a massa corporal magra está relacionada com a
43
melhora na capacidade anaeróbia e potência, ela é uma variável de estrema
importância para as prescrições de treinamentos.
Por essa razão tenta-se obter qual o nível ideal da massa magra e
gordura, para que assim possa melhorar o desempenho do atleta e contribuir
para que os preparadores físicos e fisiologistas prescrevam atividades
relacionados a performance, uma vez que os componentes fenótipos e
genótipos interferem na capacidade dos indivíduos realizarem as atividades
(MORAES; HERDY; SANTOS, 2009).
Segundo Shephard (1999), é importante para o sucesso de uma equipe
não só apenas em uma partida de Futebol, mas também durante toda uma
temporada, realizar as avalições e determinações antropométricas (estatura,
massa corporal e composição corporal), pois com essas variáveis pode
analisar o estado nutricional do atleta e também sua prescrição de treinamento.
A composição corporal é uma das variáveis que conseguem ajudar na
monitoração de desempenho, além dela, o esforço subjetivo e frequência
cardíaca são outros exemplos de fundamental importância.
1.3 Frequência Cardíaca
1.3.1 Conceito
Fisiologicamente a Frequência Cardíaca (FC) é considerada um dos
sinais vitais mais importantes do organismo, por causa de sua relevância, está
presente na maioria dos exames físicos, pois a análise de suas ondulações se
faz importante no diagnóstico de possíveis doenças cardiovasculares. A FC de
repouso é utilizada como parâmetro para a condição funcional do organismo,
podendo ainda estabelecer as faixas de intensidade durante o exercício físico.
(PASCHOAL et al., 2006).
Alteração da FC é a primeira resposta do aparelho cardiocirculatório
observada no esforço físico. Sua elevação constitui a maneira mais simples e
eficaz para aumentar o Débito cardíaco (DC). O aumento do DC obtido pelo
aumento da FC é limitado, com o aumento da FC ocasiona uma diminuição do
tempo de enchimento diastólico e o DC pode diminuir para aumentos futuros da
FC. (DUARTE, 1978).
44
Segundo Carvalho; Silva; Pereira (2016) a FC pode ser controlada em
relação a sua intensidade e esforço de atividades físicas, para que assim possa
ter um controle sobre treinamentos sabendo utiliza-la. A FC pode ser utilizada
como indicador cardíaco, sinalizando o número de batimentos cardíacos por
minuto (BPM), podendo verificar assim a Frequência Cardíaca Máxima e
Frequência Cardíaca em Repouso.
1.3.2 Frequência Cardíaca Máxima
Segundo Duarte (1978), o aumento da FC acompanha de maneira linear
o aumento da carga de trabalho. Conforme eleva a intensidade do esforço,
gera um crescimento na FC até que se atinja um estado de exaustão. A FC
registrada em um estágio final do esforço máximo é denominada Frequência
Cardíaca Máxima (FCM). Esta é influenciada através de fatores como: aumento
da temperatura corporal, acumulo de ácido lático e fatores emocionais, com o
passar da idade, observa-se uma diminuição progressiva dos valores máximo
da FC.
A FCM é uma importante variável fisiológica para quantificar o esforço
máximo de um indivíduo até o ponto de exaustão. É um indicador utilizado na
avalição técnica de exercícios aeróbios, por possuir uma estreita relação com o
consumo máximo de oxigênio. (CAMARDA et al., 2008).
1.3.3 Frequência Cardíaca em Repouso
A Frequência Cardíaca em Repouso (FCR) pode variar entre 60 a 80
BPM, já em pessoas ativas a mesma pode chegar de 28 a 40 BPM, enquanto
em indivíduos sedentários pode passar dos 100 BPM. (CARVALHO; SILVA;
PEREIRA, 2016). Um outro fator que pode também ocasionar uma variação da
FC são as condições fisiológicas como repouso, atividades físicas, estado de
vigília e de sono, condicionamento físico, etc. Já a FCR pode sofrer alterações
por fatores ambientais como o aumento da temperatura e altitude, e ocorre
uma queda com a idade. ===Geralmente, antes de um indivíduo iniciar uma
atividade física, sua FC pré-exercício eleva referente ao valor de repouso
normal. Normalmente isso é chamado de resposta antecipatória. Isso ocorre
através da liberação do neurotransmissor e noradrenalina pelo seu sistema
45
nervoso simpático e pelo hormônio adrenalina pelas glândulas adrenais.
Aconselha-se que a FCR só deve ser medida em no período da manhã ao
acordar, quando o corpo está em total relaxamento. (WILMORE; COSTILL,
2001 apud CARVALHO, 2016).
1.3.4 Valores da Frequência Cardíaca
Segundo Powers e Howley (2005), os valores da FC em adultos variam
entre 60 a 100 BPM, contudo, ela pode variar com outros fatores como a idade,
realização de atividades físicas ou algum tipo de doença cardíaca. Quanto mais
esforço o coração faz, maior sua FC, e, quanto mais eficiente a batida do
coração, menor será a FC. Segue abaixo alguns valores da FC:
a) até 2 anos de idade: entre 120 a 140 bpm;
b) de 8 a 17 anos: 80 a 100 bpm;
c) adulto sedentário: 70 a 80 bpm;
Adulto que faz atividade física e idosos: 50 a 60 bpm.
Segue na tabela 1, os valores da FCR.
Tabela 1 - Valores para Frequência Cardíaca de Repouso
Fonte: Manual do Profissional de Fitness Aquático,2008, p.168
1.3.5 Frequência cardíaca (FC) e Futebol
O Futebol é uma modalidade esportiva acíclica caracterizada por
esforços intermitentes com curtos intervalos de recuperação entre as ações,
intercalando esforços de alta e baixa intensidade. (OLIVEIRA et al.. 2015)
IDADE EM ANOS
18-25
26-35
36-45
46-55
56-65
>65
Gênero
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
M
F
Excelente 49-55 54-60 49-54 54-59 50-56 54-59 50-57 54-60 51-56 54-59 50-55 54-59
Bom 57-61 56-61 57-61 60-64 60-62 62-64 69-63 61-65 59-61 61-64 58-61 60-64
Acima da Média
63-65 66-69 62-65 66-68 64-66 66-69 64-67 66-69 64-67 67-69 62-65 66-68
Média 67-69 70-73 66-70 69-71 68-70 70-72 68-71 70-73 68-71 71-73 66-69 70-72
Abaixo da Média
71-73 74-78 72-74 75-76 73-76 74-78 73-76 74-77 72-75 75-77 70-73 73-76
Ruim 76-81 80-84 77-81 78-82 77-82 79-82 79-83 78-84 76-81 79-81 75-81 75-79
Muito Ruim
84-95 86-100 84-94 84-94 86-96 84-92 85-97 85-96 84-94 85-96 83-98 88-96
46
Com o avanço tecnológico, fica cada vez mais acessível o controle de
variáveis de desempenho e da carga de treinamento em jogadores de Futebol.
Contudo as variáveis fisiológicas mais utilizadas relacionam-se com a dosagem
de hormônios, enzimas e subprodutos metabólicos. Uma das medidas mais
antigas, simples, rápidas, de fácil acesso, relativamente barata é a frequência
cardíaca (FC).
Segundo Silva (2003), é possível utilizar a frequência cardíaca como
parâmetro de esforço e controlar a carga do treinamento em atletas. O
monitorado através da frequência cardíaca fornece ao preparador físico
informações para verificar se as reações fisiológicas ou as exigências físicas
aplicadas durante o treinamento são compatíveis com as características da
competição. Sendo assim, esses dados permitem aumentar ou diminuir a carga
do treinamento. A frequência cardíaca e a descrição das atividades
competitivas são elementos que municiam o técnico ou treinador quanto as
características energéticas do jogador de futebol.
O conhecimento minucioso quanto a frequência cardíaca dos atletas de
Futebol durante o jogo é importante para que os treinamentos sejam
aperfeiçoados, o que poderia levar a um melhor desempenho nos jogos. Esse
fato justifica o crescente interesse dos pesquisadores sobre esse tema.
Normalmente os programas de treinamento no futebol são estruturados para
incorporarem três principais áreas: tática, técnica e física. (COELHO et al.,
2008).
Para Godinho et al (2013) a FC numa partida de futebol é superior a 150
bpm, com taxas de 85% do VO2máx em dois terços do jogo. Durante a
competição, o ritmo cardíaco do jogador pode variar entre 150 a 190 bpm,
descendo a níveis abaixo de 150 bpm somente em breves períodos, sendo que
os valores médios da primeira parte geralmente são superiores aos da
segunda.
Um tema muito importante para trabalhar junto a FC é a Percepção
Subjetiva de Esforço.
1.4 Percepção Subjetiva de Esforço
1.4.1 Conceito
47
O Esforço Percebido ou Percepção Subjetiva de Esforço (PSE), foi
inserida no final da década de 1950, com o objetivo de medir o esforço
percebido, fadiga localizada e falta de ar. Aborda sobretudo ao trabalho
muscular intenso que ocasiona uma tensão relativamente grande sobre o
sistema musculo esquelético, cardiovascular e pulmonar. Desta forma a PSE
está diretamente ligado ao conceito de intensidade do exercício. É a sensação
de quão pesada e exaustiva é uma atividade física. (BORG, 2000)
Estes possíveis mecanismos embasam argumentos de que a PSE possa
ser utilizada para predizer a carga interna, intensidade e duração do exercício.
De acordo com Borg (2000), os principais subcampos da psicofísica são:
detecção, identificação, discriminação e classificação progressiva, sendo esta a
mais importante para o esforço percebido, e também pode ser considerada
como um identificador sensitivo, como: tensão, dores, fadiga dos músculos
periféricos e do sistema pulmonar. Efetivamente, a PSE tem sido manuseada
como identificação de marcadores de domínios fisiológicos, como o limiar
anaeróbio (Lan) (VIEIRA et al., 2014). Este processo é bastante utilizado
devido sua facilidade, baixo custo benefício e efetividade em determinar a
intensidade do exercício, um marcador de intensidade útil por não requisitar o
uso de aparelhos para sua medida.
Em 1961, Borg foi um dos autores que mais contribuiu para a escala de
PSE, e, conforme a faixa etária, tipo de exercício e saúde do praticante, foram
criadas várias escalas da PSE. E apenas em 1990 foi lançado o primeiro
estudo com a escala de Borg 6-20, para prescrição de treinamento aeróbio em
jovens acima do peso (WARD; BAR-OR, 1990).
Já foram evidenciados em diversos estudos que a PSE possui relação
linear com as relações fisiológicas – frequência cardíaca (FC); lactato ([La]);
consumo de oxigênio (VO2) entre outros. É de extrema confiança utilizar essa
escala para monitorar o treinamento das pessoas. (PANDOLF, 1978;
ROBERTSON, GOSS e METZ, 1998; PEREIRA, et al., 2011; ZAMORA, et al.,
2012 apud MARQUES JUNIOR, 2015).
1.4.2 Classificação do Esforço Subjetivo
48
Uma mensuração comum e simples realizada em cada teste de esforço
físico é a Classificação do Esforço Subjetivo de Borg. (RPE, Rating
ofPerceivedExertion). Que tem como objetivo a determinação de índices de
esforço percebido e fornecer um pequeno aumento linear com a FC e VO2. Foi
criada com o intuito de possibilitar estimativas confiáveis e validas do esforço
percebido (POWERS; HOWLEY, 2005). Segundo o mesmo, torna-se fácil de
comparar os valores da RPE com as mensurações fisiológicas FC e VO2.
Atualmente seu uso é muito comum em treinamentos, reabilitações e testes de
exercícios.
A escala original utilizava-se classificações de 6 – 20 com 15 pontos de
intensidade, tendo a finalidade de aproximar os valores da FC de repouso com
FCM (60-200) (POWERS; HOWLEY, 2005). Contudo, essa escala traz uma
certa dificuldade para os indivíduos que a utilizam e dois autores propôs que
essa escala fosse modificada de 6 – 20 para 0 – 10 com 12 pontos de
intensidade. Carvalho; Guimarães (2010) não justificaram o motivo da
mudança. Mas conforme nosso conhecimento através dos estudos, podemos
dizer que com uma escala menor, possivelmente haverá menos erros e os
indivíduos terão mais facilidade em estabelecer qual intensidade ele se
encontra durante o exercício.
Segundo Borg (2000), a escolha do número 6 como ponto de partida, foi
devido a relação com a FC, em que um baixa FC em repouso para muitos
adultos está perto dos 60 (60 = 10 x 6) e que cada número ímpar foi ancorado
verbalmente. A Correlação da RPE e FC é de valor muito elevado, com
coeficientes de confiabilidade superior a 0,94. Considerando a FC como um
teste paralelo ao RPE.
Essas escalas foram elaboradas com o propósito de demostrar um meio
indireto de mensurar a sensação de esforço, carga externa ou estresse
fisiológico via percepção do participante (NAKAMURA et al., 2005).
Powers e Howley (2005) afirmam que as pontuações da RPE é um bom
meio de acompanhar o progresso do indivíduo durante uma sessão de
exercícios ou um teste de esforço físico. Isso é uma forma útil com intuito de
saber quando o indivíduo se encontra próximo da exaustão. É necessário que
sejam fornecidas instruções claras e padronizadas ao mesmo para melhor
utilidade da escala de RPE.
49
Na tabela 2 há um exemplo sobre as escalas de classificações do
esforço subjetivo.
Tabela 2 - Escalas de Classificação do Esforço Subjetivo
Escala de Classificação (Original)
Escala de Classificação (Revisada)
6 0 Nenhum
7 Extremamente leve 0,5 Extremamente leve (Quase imperceptível)
8 1 Muito leve
9 Muito leve 2 Leve (Fraco)
10 3 Moderado
11 Leve 4 Um pouco intenso
12 5 Intenso (Forte)
13 Um pouco intenso 6
14 7 Muito intenso
15 Intenso 8
16 9
17 Muito intenso 10 Extremamente intenso (Quase Máximo)
18 Máximo
19 Extremamente intenso
20
Fonte: Powers e Howley, 2005. p.294
1.4.3 Relação com o Futebol
Desta forma é válido destacar sobre os esportes com esforços mistos de
duração variável, sendo encontrados em diferentes esportes, principalmente os
que possuem contato com bola.
O esforço pode variar de pequeno a moderado, e de intenso a máximo.
As performances não são continuas, mas consiste em eventos intervalados,
com pausas durante a partida, como acontece no Futebol. Em que os
jogadores na maior parte do tempo, corre de um lado para o outro em uma
velocidade moderada, até que em certo momento eles realizam um esforço
máximo. Como por exemplo quando o um jogador rouba a bola no seu campo
50
de defesa e parte para o contra-ataque em alta velocidade, isso o exige um
esforço máximo. É necessário monitorar cuidadosamente a intensidade dos
atletas para que durante a partida, eles possam realizar as mudanças de ritmos
de forma que não os prejudiquem (BORG, 2000).
De acordo com Borg (2000), um fator que tem dado muito problema na
maioria dos esportes, principalmente no Futebol, é o supertreinamento rigoroso
e o enrijecimento. Devido ao calendário com alto números de jogos durante
uma temporada os atletas forçam-se excessivamente, quebrando o princípio do
trabalho-repouso. Quando ele está em estado de supertreinamento, acontece
mudanças em seu estado de espirito: fadiga e um alto esforço percebido
durante o treinamento.
Portanto, quando cita-se FC e PSE no futebol, acredita-se que a Análise
de Desempenho, na qual trabalha as estatísticas dos jogadores, pode
colaborar para a melhora no desempenho dos atletas e assim ajudar
treinadores e equipes.
1.5 Análise de Desempenho
1.5.1 Conceito
A análise de desempenho é uma área que se afirmou há muitos anos no
Futebol europeu e vem chegando gradativamente ao Brasil. Hoje, poucos
clubes vêm utilizando esse departamento, pois é preciso ter uma estrutura
qualificada para fazer este trabalho. O papel da análise de desempenho é de
observar, analisar os princípios fundamentais coletivos e individuais, como:
(defesa, ataque, transição ofensiva e transição defensiva), e procurar padrões
e suas variações nas equipes adversárias e na sua própria equipe (MONTANO,
2014).
1.5.2 Etapas da Análise de Desempenho
Segundo Unisport (2014) as etapas da análise de desempenho são:
a) Planejamento
b) Coleta de Dados
51
c) Análise de Dados
d) Apresentação de Resultados
1.5.3 Como analisar
De acordo com Unisport (2014), a análise geralmente é feita de duas
proporção: qualitativa e quantitativa.
A parte qualitativa é uma tipo de averiguação exploratória, ela é
realizada por meio de imagens e vídeos gravados, o analista observa a
dinâmica da equipe adversária e da sua própria equipe, obter informações do
comportamento da equipe adversária essa observação serve para montar
estratégias para surpreender seus adversários. Já com sua própria equipe a
análise qualitativa obtém a dinâmica completa da partida: o comportamento em
campo, locais mais presentes e menos presentes dos atletas, o local do campo
onde se ocorre mais desarmes, chute ao gol entre outras ações (UNIESPORT,
2014).
A análise quantitativa e representada dentro de uma partida dentro de
uma partida pelos números, convertendo as ações ocorridas em dados
estatísticos individualmente e coletivamente da sua equipe a estatística do
jogo, quantificada e chamada de Scout técnico (UNIESPORT, 2014).
1.5.4 O Sistema de Anotação
O sistema de anotação é um procedimento para obtenção de
informações sobre ações que acontecem dentro do jogo coletivamente ou dos
atletas individualmente para uma análise posteriormente. Comissão técnica e
observadores adotam várias maneiras para as anotações. Ao longo dos anos
pesquisadores e técnicos vem pesquisando maneiras de facilitar os sistemas
de anotações e de registros (HUGHES, 1996 apud CUNHA et al., 2011).
O sistema de anotação é muito importante pois disponibiliza informações
que o técnico precisa para desenvolver o melhor treinamento assim
possibilitando os jogadores a atingirem seu ápice (HUGHES, 1996 apud
CUNHA et al., 2011).
As informações obtidas têm vários objetivos que são:
52
a) feedback imediato;
b) desenvolvimento de uma base de dados;
c) indicação dos aspectos que exigem aperfeiçoamento, e
d) avaliação.
Os dois tipos de sistemas de anotações são manual, feita em papeis, e o
sistema computacional feita por software como, por exemplo, o Scout que vem
sendo utilizado no futebol.
O sistema de anotação manual é muito barato, portátil só que com o
tempo elas se desgastam e se perdem, sua principal desvantagem é o tempo
longo exigido para o processamento das informações.
Já o sistema de anotação baseado em computadores no processo de análise
de dados tem uma grande economia de tempo, e obtém resultados rápidos
para um feedback imediato (HUGHES e FRANKS, 1997 apud CUNHA et al.,
2011).
1.5.5 O Software Scout
O software foi elaborado no Laboratório de Instrumentação para
Biomecânica e no Instituto de Computação da Universidade Estadual de
Campinas Unicamp. No Scout também é feita anotações computacionais e
proporciona uma análise dos jogadores (CUNHA, BINOTO e BARROS, 2001
apud CUNHA et al., 2011). Esse programa simula um campo de jogo de 110m
de comprimento por 75m de larguras, cujas dimensões na tela são de 330
pixels de comprimento (eixo x) por 210 pixels de largura (eixo y).
Neste campo, é marcado o ponto onde os jogadores se encontram
quando executam uma ação com a bola. Essa marcação é feita quando o
observador acompanha o jogo pela televisão, ele faz uma estimativa
aproximadamente do local onde é realizada a ação e aciona o mouse sobre o
campo simulado na tela, registrando o local correspondente. Inicialmente, o
analista deverá fornecer ao software a escalação do time a ser analisada,
contendo os nomes e os números dos jogadores (Fig. 10).
53
Figura 10 – Escalação do time a ser analisado.
Fonte: Cunha et al., 2011,pag 55.
O observador pode escolher se deseja representar os jogadores
individualmente com (Triângulo, cruz, círculo ou próprio número dos atletas
etc). Pressionando em “MARCADOR”.
Prosseguindo, é preciso indicar ao sistema qual são os 11 atletas que
entraram jogando no campo de jogo. Com a escalação pronta o software
apresenta o campo simulado, onde será feita as marcações. O software
apresenta ao lado do campo uma barra de botões com a escalação do time e o
que será analisado: passe, recepção, drible, finalização, gol, falta, desarme
cruzamento entre outros (Fig. 11). Os fundamentos podem ser editados ao
critério do observador.
Figura 11 – Interface do software scout.
Fonte: Cunha et al., 2011,p. 56.
54
Ao acionar o mouse no local desejado da ação, o observador aperta
sobre o nome do jogador correto e sobre os fundamentos executados. A cada
fundamento a possibilidade de escolher a cor verde ou vermelha, a cor verde
significa correta e a vermelha incorreta.
A um relógio que registra o tempo da ação que deve ser acionado pelo
observador no início da partida, o relógio pode ser parado e acionado a
qualquer momento da análise, pode-se ser zerado e avançar o período de jogo
(primeiro e segundo tempo). Quando não há necessidade do registro de tempo,
há a opção de realizar a análise sem acionar o relógio.
As ações são anotadas em planilhas que fica abaixo do campo virtual,
acompanhando esta ordem: número do jogador, ação realizada (passe ou
desarme) e seu resultado (correto e incorreto). Os valores de X e Y representa
a parte do campo onde foi realizado a ação, período (primeiro e segundo
tempo), minutos e segundos de quando a ação foi realizada.
Quando o observador efetua um erro durante as anotações das ações (indicar
a ação no local incorreto, apertar o nome de outro atleta ou fundamento etc). E
viável realizar uma alteração clicando duas vezes com mouse na anotação
apontada na planilha de ações. O software abrirá uma janela com o registro e
permitirá fazer qualquer alteração (Fig. 12).
Figura 12 – Janela para correção de dados no software scout.
Fonte: Cunha et al., 2011,p. 5
55
Depois das medições, os dados podem ser visto e analisado de diversas
maneiras. É capaz de fazer uma filtragem dos dados por tempo (optar o
período de tempo desejado da análise), por atletas (optar em ações que foram
realizadas por determinados atletas) e por ações (optar pelos fundamentos e
seus resultados). A (Fig. 13) representa os passes corretos dos atletas 8 e 6 no
primeiro Período.
Figura 13 – Janela de análise software scout.
Fonte: Cunha et al., 2011,p. 58.
O software facilita a obtenção dos registros de análise numérica da
equipe ao decorrer do jogo, o observador pode contar com os dados numéricos
total de cada fundamento e quantos foram corretos e incorretos, pode-se
também fazer a análise por atleta individualmente.
1.5.6 A Importância do Scout para o Futebol
Com a evolução do futebol veio o aumento dos níveis de competividade
com isso foi preciso aprimorar as capacidades técnicas e táticas (VENDITE,
VENDITE e MORAES, 2005 apud OLIVEIRA et al., 2015). A análise estatística
56
contribui no treinamento das equipes coletivamente e individualmente
(BOTARO, 2009 apud OLIVEIRA et al., 2015).
O método mais utilizados estatisticamente para o desenvolvimento e
aprimoramento do desempenho das equipes é o scout que tem por finalidade
adquirir variáveis existentes dentro de uma partida, observando aspectos
técnicos e táticos (ABREU E SILVA, 2009 apud OLIVEIRA et al., 2015).
Segundo Garganta (2001 apud OLIVEIRA et al., 2015), treinadores coletam
informações durantes as partidas e fazem as análises das ações da equipe e
de cada jogador individualmente. A evolução tecnológica foi uma grade aliada
dos treinadores tornando facilmente que eles consigam dados mais objetivos
dos jogos (SAES, JESUS e SOUZA, 2007 apud OLIVEIRA et al., 2015). De
acordo com Ramos e Oliveira (2008 apud OLIVEIRA et al., 2015), Uma partida
de futebol bem observada e analisada traz dados importantes possibilitando
novas estratégias, Dentro desse método, a análise expõem inúmeras ações
como passe corretos e incorretos, chute ao gol corretos e incorretos, contato
com a bola entre outras (VENDITE e COLABORADORES, 2005 apud
OLIVEIRA et al., 2015).
Para Tempone e Silva (2012 apud OLIVEIRA et al., 2015), analisar e
interpretar as ações corretas possibilita a comissão técnica encontra
estratégias no aperfeiçoamento em busca da vitória e em uma melhora do seu
treinamento dia dia. Desta forma, sabemos quais variáveis são mais efetiva
para alcançar os objetivos e podem ser determinantes para o resultado final de
uma partida (SANTOS e COLABORADORES, 2014 apud OLIVEIRA et al.,
2015).
2 EXPERIMENTO
2.1 Recursos Metodológicos
Trata-se de uma pesquisa experimental, realizada com 14 indivíduos do
sexo masculino, amadores da modalidade Futebol, com idade de 18 a 30 anos.
A pesquisa foi realizada no CT show de bola – Campo do Rubinho na cidade
57
de Lins/SP, no dia 15 de setembro de 2018, com início às 09:00 horas e
término às 11:30 horas.
2.2 Participantes
A amostra foi realizada com 14 indivíduos do sexo masculino, com idade
de 18 a 30 anos, sem apresentar quaisquer problemas de saúde ou quadro de
lesões, sendo assim, excluídos convite a indivíduos que não se encaixaram no
critério de inclusão.
2.3 Avaliação dos fundamentos técnicos
As avaliações foram realizadas no CT show de bola – Campo do
Rubinho na cidade de Lins/SP, no dia 15 de setembro de 2018, com início às
09:00 horas e término às 11:30 horas
2.4 Materiais
Para a realização do jogo foi utilizada uma bola da marca Penalty®,
além de uniformes de jogo das próprias equipes.
A Frequência Cardíaca (FC) foi coletada em tempo real, através do
monitor de FC Team System2 e o software do mesmo fabricante (Polar,
Kempele, Finland).
A Percepção de Esforço Subjetivo foi coletada através da Escala de
Borg. A filmagem de solo para posterior analises dos fundamentos técnicos, foi
gravada através de uma filmadora profissional da marca Panasonic e a
filmagem aérea foi feita com um Drone da marca Djimavic Pro Platinum.
Os dados do Scout foi analisado através do programa Skout 1.0.
58
2.5 Procedimentos
A pesquisa foi realizada com jogadores amadores de Futebol Society,
sendo divididos em dois grupos de 7. Após a assinatura do Termo de
Assentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (ANEXO A), da carta de informação
ao participante de pesquisa (ANEXO B).
2.6 Métodos
Na data do dia 15 de setembro de 2018 foi realizado nas dependências
do CT show de bola – Campo do Rubinho, o início das pesquisas relacionadas
ao estudo sobre a Correlação entre os Fundamentos técnicos, esforço
subjetivo e frequência cardíaca em praticantes de Futebol. Participaram da
coleta 14 indivíduos do sexo masculino, no qual foram divididos em duas
equipes, com 7 indivíduos em cada, conforme as regras da modalidade Futebol
Society. Antes da partida foi realizado a composição corporal de cada jogador,
verificando as dobras cutâneas tríceps, supra ilíaca e abdômen, conforme o
protocolo de Guedes (1994).
Também antes do início da partida foi explicado aos jogadores como
aconteceria a coleta da PSE, mostrando uma tabela de 0 a 10 (POWERS e
HOWLEY, 2005). Evidenciando que a partida não pararia para as coletas,
durante o jogo, os pesquisadores do lado de fora, faria a pergunta relacionada
a PSE de cada indivíduo, que durante a partida responderia, isto a cada 10
minutos de jogo. A partida teve duração de 40 minutos divididos em 2 tempos
de 20 minutos, com intervalo de 10 minutos.
Foi usado um Drone para a filmagem aérea e uma câmera para
filmagem solo. Com a filmagem foi coletado os dados dos fundamentos
técnicos de cada atleta, através do programa Skout, que faz análise de
desempenho de cada atleta durante a partida, coletando todos os passes
certos e errados. Depois foi analisado os fundamentos técnicos, frequência
cardíaca e PSE para averiguar se quanto mais alta as variáveis estão mais
erros eles cometem durante a partida.
2.7 Análise estatística
59
Para a análise estatística foi realizado o teste de normalidade Shapiro-
wilk e, posteriormente, para dados paramétricos foi utilizado teste T de Student
pareado e para dados não paramétricos foi utilizado o teste de Wilcoxon
pareado. A correlação foi feita através da Correlação de Pearson. Todas as
análises foram realizadas usando os softwares Microsoft Excel® e SPSS®.
2.8 Resultados
Os resultados foram apresentados em forma de tabela com os dados em
média e desvio padrão.
Tabela 3 - Características morfo-antropométricas dos sujeitos nos valores de idade (anos), estatura (m), massa corporal (kg) e índice de massa corporal (kg/m²).
Idade (anos)
Estatura (m) Massa Corporal (kg)
IMC (kg/m²)
Média 22 1,74 73,1 23,5
Desvio padrão
3,87 0,06 11,52 3,24
Valores apresentados em média e desvio padrão. N=10. Fonte: elaborado, pelos autores, 2018.
A tabela 3 apresenta os resultados referentes ao perfil morfo-
antropométrico dos sujeitos participantes da pesquisa. A média da idade dos
sujeitos é 22 (±3,87) anos, a média da altura 1,74 (±0,06) metros e a massa
corporal média 73,1 (±11,5) kg. Com os valores de massa corporal e estatura
foi calculado o índice de massa corporal (IMC) cujos valores indicaram que os
sujeitos apresentam IMC de 23,5 (±3,24).
Tabela 4 – Características da composição corporal (tríceps, abdômen e supra ilíaca) dos sujeitos participantes.
Tríceps Abdômen Supra ilíaca
Média 8,39 15,12 16,41
Desvio Padrão 2,78 7,66 8,04
Valores apresentados em média e desvio padrão. N=10. Fonte: elaborado, pelos autores, 2018.
60
A tabela 4 (Valores apresentados em média e desvio padrão. N=10),
apresenta os resultados referentes a composição corporal (dobras cutâneas)
dos sujeitos participantes da pesquisa. A média do tríceps dos participantes foi
de 8.39 ± 2,78, o abdômen 15,12 ± 7,66 e supra ilíaca 16,41 ± 8,04.
Tabela 5 - Frequência cardíaca (batimentos por minuto-BPM) e percepção subjetiva de esforço (PSE-Escala de Borg adaptada) coletadas no primeiro e segundo tempo da partida.
FC PSE
Primeiro tempo 180,2±9,5 3,5±1,5
Segundo tempo 163,8±23,2* 5,3±1,4* Valores apresentados em média ± desvio padrão. N=10. * diferença significativa (p<0.05) após
teste t ou Wilcoxon pareados. Fonte: Elaborado, pelos autores, 2018
Na tabela 5 pode ser visto os valores de frequência cardíaca (batimentos
por minutos – BPM) e percepção subjetiva de esforço, sendo ambas as média
das coletas realizadas no meio (10 minutos) e final (20 minutos) da partida. A
frequência cardíaca representa a média dos 30 segundos prévios aos tempos
10 e 20 do primeiro tempo e 10 e 20 minutos do segundo tempo e foi
significativamente menor no segundo tempo comparada ao primeiro. Por outro
lado, a PSE foi significativamente maior no segundo tempo, comparada ao
primeiro.
Tabela 6 – Número de passe certos, errados e total de passes realizados no períodos do primeiro e segundo tempo da partida.
Passe certo
Passe errado
Passe total
Primeiro tempo 21,5±5,1 4,4±2,5 25,9±6,5
Segundo tempo 12,7±3,8* 3,7±1,5 16,5±3,1*
Valores apresentados em média ± desvio padrão. N=10. * diferença significativa (p<0.05) após
teste t ou Wilcoxon pareados. Fonte: Elaborado, pelos autores, 2018.
A tabela 6 apresenta os resultados das ações técnicas estudadas nos
dois tempos da partida. No fundamento passe, os números de passes certos e
o total de passes foram significativamente diminuídos no segundo tempo.
61
Figura 14: Frequência cardíaca coletada segundo a segundo durante a partida.
Fonte: elaborado, pelos autores, 2018.
A frequência cardíaca foi coletada a cada segundo da partida para
verificar suas variações ao longo de todo o tempo. O gráfico apresentado no
quadro 3 representa a frequência cardíaca média (batimentos por minuto-BPM)
de cada minuto da partida.
Tabela 7. Correlações entre a frequência cardíaca (BPM) e percepção subjetiva de esforço (PSE) para cada jogador e entre as médias.
Jogador Correlação
1 -0.51
2 0.33
3 -0.91
4 -0.98
5 -0.93
6 -0.3
7 -0.75
8 -0.37
9 0.42
10 -0.88
Correlação (Media)
-0.97
Correlação de Pearson. N=10. Fonte: Elaborado, pelos autores, 2018
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
200
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39
Frequência cardíaca (BPM)
62
A correlação entre a frequência cardíaca e a PSE para cada atleta
indicou que apenas dois atletas apresentaram correlação positiva, três
apresentaram correlação negativa fraca, um apresentou correlação negativa
moderada e cinco apresentaram correlação negativa forte ou muito forte,
indicando possível correlação entre as duas variáveis, confirmado no teste de
correlação das médias (Tabela 7).
Tabela 8. Correlações entre ações técnicas de passe (certo, errado e total), frequência cardíaca (FC-batimentos por minuto BPM) e percepção subjetiva de esforço (PSE).
Correlações Passe certo Passe errado Total de passes
r r r
FC 0.11 0.12 0.15
PSE -0.5* -0.01 -0.5*
Valores apresentados em média ± desvio padrão. N=10. * diferença significativa
Fonte: elaborado pelos autores, 2018.
A tabela 8 apresenta as correlações entre FC, PSE e as ações técnicas
do passe. Pode ser observado que a frequência cardíaca apresentou fraca
correlação com o passe, enquanto a PSE apresentou uma correlação
moderada com o passe certo e total de passes.
Ao avaliar os resultados apresentados nas tabelas acima, observa-se
que houve uma relação entre os dados apresentados. Com o fato do atleta
cansar mais, era esperado um prejuízo nos fundamentos, mas não foi
encontrado nenhuma correlação entre a frequência cardíaca (FC) com
qualquer um dos fundamentos. Já com relação a percepção subjetiva de
esforço (PSE), foi encontrado uma correlação moderado entre os parâmetros
do passe certo, passe total e a PSE.
2.9 Discussão
O futebol é o esporte mais popular do mundo, praticado por pessoas de
todos os sexos, idades e diferentes níveis. Possui como característica a intensa
variação de intensidade, decorrente das diferentes situações que o jogo
proporciona.
63
Nesta linha de pesquisa, muitos estudos comprovam que, ao longo da
partida o atleta tende a diminuir a frequência cardíaca, como se fosse
poupando o esforço do aspecto fisiológico que ele já está num estado de
cansaço.
Bangsbo (1992) verificou ao analisar seis jogadores dinamarqueses,
valor médio de 164 bpm no primeiro tempo, sendo que no segundo tempo
houve um decréscimo de 10 bpm, provocado pela fadiga, cansaço.
Em um estudo publicado por Braghin et al. (2004) observou–se diferença
estatisticamente significante entre os valores do primeiro e segundo tempo
(175 e 166 bpm, respectivamente).
Montimer et al. (2006) encontraram resultados de 170 ± 8 bpm no
primeiro tempo e 166 ± 10 bpm no segundo tempo. Os valores do primeiro e do
segundo tempo foram diferentes estatisticamente.
Assim como nos estudos apresentados, a FC do primeiro tempo foi
maior que a do segundo, demonstrando uma diminuição na intensidade das
ações. A FC é um indicador do esforço realizado. Nesse sentido, o desgaste
pode fazer com que a habilidade do jogador comece a apresentar certa
diminuição, vindo acarretar um menor desempenho do atleta e um prejuízo à
equipe.
A técnica é um dos fatores que determinam diretamente o desempenho
dos atletas nas atividades esportivas. No futebol a técnica também é conhecida
como fundamentos, sejam eles: o domínio e condução de bola, o passe, o
drible, a finalização entre outros.
Segundo Frisselli e Montovani (1999) não há nenhum
sistema de jogo que possa compensar a carência técnica, a ausência de
códigos básicos de ordem nas ações motoras dos jogadores. Para Rogel et. al.
(2007) jogadores profissionais de futebol possuem o desenvolvimento da
técnica esportiva acima da média da população em geral, e essas técnicas são
herdadas geneticamente e aperfeiçoadas com o treinamento.
Para Hoff (2005) a fadiga afeta diretamente as qualidades técnicas dos
atletas em uma partida de futebol. Essa queda na qualidade técnica está
relacionada a diminuição da propriocepção e na mudança na coordenação
neuromuscular da contração muscular no atleta causada pela fadiga, cansaço
(SILVA et al,2011).
64
Uma forma de quantificar o desempenho técnico de um jogador durante
a partida é através do Scout. O Scout é uma ficha de registros preenchida no
de correr da partida que oferece dados sobre os desempenhos coletivos e
individuais das equipes, como: passes certos e errados, finalizações, perda e
ganho de bola, faltas sofridas e cometidas e outras informações que os
técnicos e seus assistentes podem usar durante e/ou depois da partida
(CUNHA; BINOTTO e BARROS, 2001; TENROLLER, 2007; RAMOS FILHO e
ALVES, 2006).
Borin et al (2000) demonstrou que a escala de PSE de Foster é uma
boa ferramenta para quantificar a carga de treinamento. Eles analisaram
alguns jogos e encontraram correlação da PSE com a FC (r = 0,60) e [La] (r =
0,63) em jogadores adultos. Dessa forma, a PSE vem sendo utilizada para o
controle do treinamento no futebol, e tem se mostrado eficaz, principalmente
em exercícios de alta intensidade.
Baseado nessas informações, a presente pesquisa visou analisar
como objetivo principal verificar a correlação entre os fundamentos técnicos,
esforço subjetivo e frequência cardíaca em praticantes de futebol.
2.10 Conclusão
O presente estudo buscou verificar se existe correlação entre alterações
na percepção subjetiva de esforço e na frequência cardíaca ao longo da partida
afetando no desempenho do passe em praticantes de Futebol. Os achados do
presente estudo permitem concluir que:
1) houve aumento da PSE no segundo tempo, comparado ao primeiro
tempo;
2) a FC foi reduzida no segundo tempo, comparado ao primeiro.
3) houve redução no número de passes e passes certos no segundo
tempo, comparado ao primeiro;
4) a PSE apresentou correlação moderada com o número de passes e
passe certos.
Desta forma, o cansaço ao longo da partida e o número de passes e
passes certos podem estar correlacionados, reforçando a necessidade de bom
condicionamento físico e deslocamento adequado em campo para que o
65
jogador consiga reduzir o avanço na PSE e possivelmente manter o número de
passes, bem como, sua qualidade.
66
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68
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73
ANEXO
74
ANEXO A – PROJETO DE PESQUISA
3 COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA – CEP / UniSALESIANO
PROJETO DE PESQUISA
3.1 I – TÍTULO DO PROJETO
CORRELAÇÃO ENTRE FUNDAMENTOS TÉCNICOS, ESFORÇO SUBJETIVO E FREQUÊNCIA
CARDÍACA EM PRATICANTES DE FUTEBOL
3.2 II – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO ACADÊMICO – GRADUAÇÃO –
UNISALESIANO – UNIDADE LINS
Nome: Bruno Zacari Sardelari
CPF: 424.029.088-07 R.G. 39.224.756-2
Endereço: Avenida da Saudade Cidade: Balbinos U.F.: SP
CEP:16.640-000 Telefone: (14) 99777-3444 e-mail: [email protected]
Nome: Gabriel Henrique Daniel
CPF: 440.422.199-65 R.G. 44.407.607-4
Endereço: Prof. Alzira Godinho Cidade: Lins U.F.: SP
CEP:16.403-165 Telefone: (14) 99746-1687 e-mail: [email protected]
Nome: Leonardo Orlando Frigato
CPF: 439.323.658-01 R.G. 49.832.402-3
Endereço: Rua Natal BiondoMengato Cidade:Getulina U.F.: SP
CEP: 16.450-000 Telefone: (14) 99808-2221 e-mail: [email protected]
75
3.3 III – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL
Nome: João Rufino da Silva Junior
CPF: 372.613.078-07 R.G. 45.810.119-9
Endereço: General Osório Cidade: Lins U.F.: SP
CEP: 16.402-115 Telefone: (14) 99797-0169 e-mail: [email protected]
3.4 IV – ORIENTADOR
Nome: João Rufino da Silva Junior
CPF: 372.613.078-07 R.G. 45.810.119-9
Endereço: General Osório Cidade: Lins U.F.: SP
CEP: 16.402-115 Telefone: (14) 99797-0169 e-mail: [email protected]
3.5 V – DESCRIÇÃO DA PESQUISA
OBJETIVOS E HIPÓTESES A SEREM TESTADOS:
OBJETIVO GERAL:
O motivo que nos leva a propor este estudo é o questionamento e dúvidas sobre quanto as
alterações fisiológicas que acontecem dentro do campo de jogo podem influenciar negativamente
sobre os fundamentos técnicos individuais do praticante, provocando assim erros técnicos
individuais e por consequência coletivos da equipe na partida. Desta forma, a pesquisa se justifica
em analisar o comportamento de um praticante de futebol com base nas variáveis fisiológicas de
Frequência Cardíacae Esforço Subjetivo.
Portanto, o objetivo desse estudo é de analisar e correlacionar os fundamentos técnicos com o
esforço subjetivo e frequência cardíaca em praticantes de futebol.
OBJETIVO ESPECÍFICO:
76
• Quantificar através de filmagens o número de acertos e erros dos fundamentos técnicos citados anteriormente.
Analisar as variáveis do esforço subjetivo e frequência cardíaca em praticantes de futebol.
• Correlacionar os parâmetros, verificando relações entre eles.
PERGUNTA PROBLEMA:
• As alterações na Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) e a Frequência Cardíaca (FC) estão correlacionados ao desempenho técnico passe, finalização, desarme e faltas cometidas em praticantes de Futebol?
HIPÓTESE:
• De fato, o Futebol apresenta inúmeras variáveis fisiológicas que podem influenciar nas ações técnicas dos praticantes, portanto, a hipótese levantada para esta pesquisa é que: As alterações fisiológicas PSE e FC, afetam no desempenho dos fundamentos técnicos de praticantes de Futebol.
ANTECEDENTES CIENTÍFICOS E DADOS QUE JUSTIFIQUEM A
PESQUISA:
• Leães e Xavier (2012), afirmam que a análise do jogo de futebol é uma ferramenta importante para compreender os elementos determinantes para o rendimento da equipe e que o acompanhamento da aplicação dos fundamentos técnicos aplicados pelas equipes pode contribuir na elevação do rendimento da mesma.
• Desta forma, a presenta pesquisa tem como justificativa verificar se as variáveis fisiológicas afetam no desempenho dos fundamentos técnicos em praticantes de futebol.
LEÃES, C. G. S.; XAVIER, B. C. Números de finalizações a gol e sua associação com o resultado
final do jogo de futebol. Revista Digital EFDesportes.com. Buenos Aires, n. 166, mar. 2012.
Disponível em: http://www.efdesportes.com/. Acesso em: 03 dez. 2017.
_ . Passes certos e errados e sua relação com o resultado do jogo de futebol: analise da partida
final da Copa Libertadores da América 2011. Revista Digital EFDesportes.com. Buenos Aires. N.
157. jun. 2011. Disponível em: http://www.efdesportes.com/. Acesso em: 03 dez. 2017.
DESCRIÇÃO DETALHADA E ORDENADA DO PROJETO DE PESQUISA
TIPO DE PESQUISA:
Experimental
77
ABORDAGEM:
Quantitativa
MÉTODOS:
Pesquisa de Campo
TÉCNICAS:
Coleta de Dados através de Filmagens e Protocolos.
MATERIAIS UTILIZADOS:
Frequencimetros, câmeras para filmagem, Programa de Scout.
PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS:
Início da Pesquisa: Os indivíduos serão convidados a participar de uma partida de Futebol, todas
as informações serão passadas, além da entrega do TCLE e CARTA DE INFORMAÇÃO AO
PARTICIPANTE
Procedimento da Iniciais da Coleta: Após o aceite dos indivíduos, respeitando os critérios de
inclusão e exclusão, será combinado a data, local e horário de encontra para a coleta de dados.
Procedimentos da Coleta: Será organizado com os indivíduos da pesquisa um jogo formal da
modalidade Futebol, porém é válido destacar que haverá uma adaptação pela estrutura do campo
ser menor que a oficial, sendo assim o jogo acontecerá de acordo com as regras do Futebol de
sete.
Será 01 partida, com 14 indivíduos diferentes, dividindo da seguinte forma:
JOGO 01 – Duas equipes com 07 indivíduos em cada (06 na linha e 01 goleiro)
Total de 14 participantes da coleta
A partida terá a duração de 40 minutos, divididos em dois tempos de 20 minutos, com 10 minutos
de descanso no intervalo.
78
Coletas: Antes do início de cada partida, será realizado uma avaliação da composição corporal,
além de um aquecimento com todos os participantes, afim de reduzir as possibilidades de lesões
musculares. É válido destacar que a partida será feita em apenas um dia.
Será montada uma estrutura digital de filmagem, para filmar os jogos, desta forma, posteriormente
através do Programa SKOUT, o jogo ser mensurado em relação aos acertos e erros e número de
participaçãodos fundamentos técnicos de passe, finalização, desarme e falta cometida.
Durante a partida, os pesquisadores, irão pausar o jogo a cada 10 minutos, aferindo a frequência
cardíaca e esforço subjetivo de todos os atletas.
A frequência cardíaca será coletada utilizando frequencimetros das marcas Polar® e a PSE
através da escala de percepção de esforço subjetivo de 0-10 (Foster et al., 2001).
Após as coletas, serão analisados e correlacionados as variáveis fisiológicas e os fundamentos
técnicos dos praticantes de futebol através da correlação de Pearson.
ANÁLISE CRÍTICA DE RISCOS E BENEFÍCIOS:
Riscos:
• Lesões; • Ausência na pesquisa; • Desistência.
Meios para minimizar os riscos: • Conscientizar os participantes sobre formas de evitar lesões; • Recomendar o uso de equipamentos de proteção; • Proporcionar aquecimento antes da prática da modalidade Futebol
Benefícios:
Proporcionar uma nova ferramenta para ser trabalhada no desempenho de uma equipe.
DURAÇÃO TOTAL DA PESQUISA A PARTIR DA APROVAÇÃO:2 meses
CRITÉRIOS PARA SUSPENDER OU ENCERRAR A PESQUISA:A pesquisa será suspensa caso
não tenha a participação mínima de indivíduos para execução da coleta. Como também, caso o
processo de coleta dos dados apresente algum risco aos colaboradores, suspendendo
imediatamente a pesquisa.
79
LOCAL DA PESQUISA:Centro de Treinamento Show de Bola – LINS – SP
ORÇAMENTO FINANCEIRO DETALHADO DA PESQUISA: Xerox de documentos específicos
para a coleta
EXPLICITAR A EXISTÊNCIA OU NÃO QUANTO A PROPRIEDADE DAS
INFORMAÇÕES GERADAS. EXISTE ALGUMA RESTRIÇÃO QUANTO À
DIVULGAÇÃO DOS DADOS OBTIDOS DA PESQUISA?( ) SIM ( x ) NÃO EM CASO
AFIRMATIVO, JUSTIFICAR:
USO E DESTINAÇÃO DO MATERIAL E/OU DADOS COLETADOS: Elaboração deTrabalho de
Conclusão de Curso (TCC), e envio para revistas e congressos específicos da área.
3.6 INFORMAÇÕES RELATIVAS AOS SUJEITOS DA PESQUISA
DESCRIÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DA POPULAÇÃO A ESTUDAR:
Atletas do gênero masculino, com idade entre 18 a 30 anos, praticantes da modalidade futebol por no mínimo 02 anos.
Não apresentar lesão anteriores e/ou patologias que possam influenciar no desempenho técnico/físico individual do participante
DESCRIÇÃO DOS PLANOS PARA RECRUTAMENTO DE INDIVÍDUOS E
OS PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS COM CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E
EXCLUSÃO:
RECRUTAMENTO DE PARTICIPANTES:
Os participantes serão recrutados através de convites informais, com o objetivo de selecionar praticantes de Futebol com qualidades técnicas semelhantes; Todos os critérios de inclusão e exclusão serão respeitados para o recrutamento dos participantes.
Critério de Inclusão:
Sexo: Masculino;
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Praticante de Futebol por no mínimo 02 anos;
Não possuir lesões e/ou estar recuperando de lesão;
Idade: Entre 18 a 30 anos
Assinar o TCLE
Critério de Exclusão:
Apresentar dores antes ou durante a partia;
Estar com a Frequência Cardíaca alterada antes da partida;
Ser do sexo feminino
Não assinar o TCLE
3.7 QUALIFICAÇÃO DOS PESQUISADORES
Conforme currículos anexos
a) Pesquisador responsável: João Rufino da Silva Junior – Mestre
b) Pesquisador Assistente 1: Bruno Zacari Sardelari - Graduando
c) Pesquisador Assistente 2: Gabriel Henrique Daniel - Graduando
d) Pesquisador Assistente 3: Leonardo Orlando Frigato – Graduando
Lins, 09/07/2018
Assinatura do Pesquisador Responsável
81
ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado como voluntário a participar da pesquisa intitulada como:
Correlação entre fundamentos técnicos, esforço subjetivo e frequência cardíaca em
praticantes de futebol.
A JUSTIFICATIVA, OS OBJETIVOS E OS PROCEDIMENTOS: O motivo que nos
leva a propor este estudo é o questionamento e dúvidas sobre quanto as alterações
fisiológicas que acontecem dentro do campo de jogo podem influenciar negativamente
sobre os fundamentos técnicos individuais do praticante, provocando assim erros
técnicos individuais e por consequência coletivos da equipe na partida. Desta forma, a
pesquisa se justifica em analisar o comportamento de um praticante de futebol com
base nas variáveis fisiológicas de Frequência Cardíacae Esforço Subjetivo.
Portanto, o objetivo desse estudo é de analisar e correlacionar os fundamentos
técnicos com o esforço subjetivo e frequência cardíaca em praticantes de futebol.
Sendo que o procedimento de coleta de dados será da seguinte forma: Os indivíduos
serão convidados a participar de uma partida de Futebol, todas as informações serão
passadas, além da entrega do TCLE e CARTA DE INFORMAÇÃO AO
PARTICIPANTE
Após o aceite dos indivíduos, respeitando os critérios de inclusão e exclusão, será
combinado a data, local e horário de encontro para a coleta de dados.
Posteriormente será organizado com os indivíduos da pesquisa um jogo formal da
modalidade Futebol, porém é válido destacar que haverá uma adaptação pela
estrutura do campo ser menor que a oficial, sendo assim o jogo acontecerá de acordo
com as regras do Futebol de sete.
Será realizada 01 partida, com 14 indivíduos diferentes, dividindo da seguinte forma:
Duas equipes com 07 indivíduos em cada (06 na linha, 01 goleiro)
Total de 14 participantes da coleta
Cada partida terá a duração de 40 minutos, divididos em dois tempos de 20 minutos,
com 10 minutos de descanso no intervalo.
Coletas: Antes do início de cada partida, será realizado uma avaliação da composição
corporal, além de um aquecimento com todos os participantes, afim de reduzir as
possibilidades de lesões musculares.
82
Será montada uma estrutura digital de filmagem, para filmar os jogos, desta forma,
posteriormente através do Programa SKOUT, o jogo ser mensurado em relação aos
acertos e erros e número de participação dos fundamentos técnicos de passe,
finalização, desarme e participação de jogo.
Durante a partida, os pesquisadores, irão pausar o jogo a cada 10 minutos, aferindo a
frequência cardíaca e esforço subjetivo de todos os participantes.
A frequência cardíaca será coletada utilizando frequencimetros das marcas Polar® e a
PSE através da escala de percepção de esforço subjetivo de 0-10 (Foster et al., 2001).
Após as coletas, serão analisados e correlacionados as variáveis fisiológicas e os
fundamentos técnicos dos praticantes de futebol através da correlação de Pearson.
• DESCONFORTOS, RISCOS E BENEFÍCIOS: A sua participação neste estudo pode gerar algum tipo de desconforto quanto os riscos de lesões, ausências na pesquisa, desistências. No entanto, os pesquisadores estarão realizando meios de evitar riscos, sendo através de conscientização de toda a pesquisa, orientando sobre como evitar lesões; recomendar o uso de equipamentos de proteção; proporcionar aquecimento antes da prática da modalidade Futebol. É válido destacar que a pesquisa oferece benefícios, como: proporcionar uma nova ferramenta para ser trabalhada no desempenho de uma equipe, de forma coletiva e/ou individual, além dos participantes compreenderem possíveis estratégias de melhoria da capacidade de jogo.
FORMA DE ACOMPANHAMENTO E ASSISTÊNCIA:
Todo e qualquer tipo de lesão, ou desconforto físico e emocional, que acontecer pela participação na pesquisa, será de inteira responsabilidade da equipe de pesquisadores. Custeando tratamentos e reabilitações de possíveis transtornos adquiridos nas coletas de dados;
GARANTIA DE ESCLARECIMENTO, LIBERDADE DE RECUSA E GARANTIA DE
SIGILO:
Você poderá solicitar esclarecimento sobre a pesquisa em qualquer etapa do estudo. Você é livre para recusar-se a participar, retirar seu consentimento ou interromper a participação na pesquisa a qualquer momento, seja por motivo de constrangimento e/ou outros motivos. A sua participação é voluntária e a recusa em participar não irá acarretar qualquer penalidade ou perda de benefícios. Os pesquisadores irão tratar a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Os resultados da pesquisa experimental serão enviados para você e permanecerão confidenciais. Seu nome ou o material que indique a sua participação não será liberado sem a sua permissão. Você não será
83
identificado em nenhuma publicação que possa resultar deste estudo. Este consentimento está impresso e deve ser assinado em duas vias, uma será fornecida a você e a outra ficará com o pesquisador responsável. Se houver mais de uma página, tanto o pesquisador quanto o participante deverá rubricar todas as páginas.
CUSTOS DA PARTICIPAÇÃO, RESSARCIMENTO E INDENIZAÇÃO:
A participação no estudo, não acarretará custos para você e será disponibilizado
ressarcimento em caso de haver gastos com transporte, alimentação, etc., tanto para
você, quanto para o seu acompanhante, se for necessário. No caso de você sofrer
algum dano decorrente dessa pesquisa você tem direito à assistência integral e
gratuita.
Em caso de dúvidas poderei chamar os estudantes BRUNO ZACARI SARDELARI,
AVENIDA DA SAUDADE Nº 210 – BALBINOS – SP, 14 997773444; GABRIEL
HENRIQUE DANIEL, PROF. ALZIRA GODINHO Nº 555 – LINS – SP, 14 99746-1687;
LEONARDO ORLANDO FRIGATO, NATAL BIONDO MENGATO Nº 153 – GETULINA
– SP, 14 998082221; E o pesquisador responsável: JOÃO RUFINO DA SILVA
JUNIOR, GENERAL OSORIO, LINS – SP, 14 997970169 ou ainda entrar em contato
com o Comitê de Ética em Pesquisa do UniSALESIANO, localizado na Rodovia
Teotônio Vilela, Bairro Alvorada – Araçatuba-SP Fone:(18)3636-5252, 08:00 às 14:00.
O Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) é um colegiado composto por pessoas
voluntárias, com o objetivo de defender os interesses dos participantes da pesquisa
em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa
dentro de padrões éticos. O CEP – UniSALESIANO de Araçatuba é diretamente
vinculado ao Centro Universitário Católico Auxilium de Araçatuba-SP/Missão
Salesiana de Mato Grosso.