Corrida espacial

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Corrida Espacial

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ConteúdoPáginasExploração 1

Exploração espacial 1Lua 19

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Licenças das páginasLicença 29

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Exploração

Exploração espacial

Primeiro "passeio no espaço" norte-americano,executado pelo astronauta Ed White da missão

Gemini IV - 3 de junho de 1965

Exploração espacial é o conjunto de esforços do homem em estudar oespaço e seus astros do ponto de vista científico e da sua exploraçãoeconômica, fazendo o uso de naves espaciais, satélites artificiais ousondas espaciais, e muitas vezes fazendo uso de humanos em suasmissões: os astronautas, como são chamados nos Estados Unidos ecosmonautas como são chamados na Rússia.

A ciência tecnológica relacionada com eles é chamada de astronáutica.O céu sempre atraiu a atenção e os sonhos do homem. Há duzentosanos, em uma famosa obra de ficção intitulada "De la Terre à la Lune"(1865), Júlio Verne escreve sobre um grupo de homens que viajou atéa Lua usando um gigantesco canhão. Na França, Georges Melies foium dos pioneiros do cinema, e em seu filme "Le voyage dans la Lune"(1902) acabou criando um dos primeiros filmes de ficção científica emque descrevia uma incrível viagem à Lua. Em obras como "The War ofthe Worlds" (1898) e "The First Men On The Moon" (1901), H. G.Wells também concebe idéias de exploração do espaço e de contato com civilizações extraterrestres.

Muito ainda faltava para que o homem pudesse alcançar o espaço exterior, mas este sonho tornou-se realidade, emparte, através das idéias destes visionários e do trabalho de pioneiros. Entre estes pioneiros devemos lembrar osengenheiros de foguetes Robert Hutchings Goddard (EUA), Konstantin Tsiolkovsky (Rússia), Hermann Oberth(Alemanha), e mais recentemente Wernher von Braun (Alemanha) e Sergei Korolev (Ucrânia).

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Observações primitivas do céu

Nebulosa NGC 604, que é um nascedouro deestrelas, localizada em um dos braços em espiral

da galáxia M33, a 2,7 milhões de anos-luz dedistância da Terra - foto tirada pelo Telescópio

Espacial Hubble

Os astros sempre foram motivo de observação e estudo para o homem.Astecas, chineses, indianos e outras civilizações como a Mesopotâmia,e povos como os gregos e os árabes registraram ao longo da históriadiversos eventos celestes, como eclipses solares e lunares e efetuarammedidas dos astros e de suas órbitas principalmente com o objetivo demanter calendários precisos.

Os dois maiores astrônomos da antigüidade foram Hiparco e Ptolomeu.Estas primeiras observações astronômicas eram feitas totalmente aolho nu e, portanto, limitadas. A invenção do telescópio deu maiorimpulso à observação do céu.

Início da Astronomia moderna

O telescópio tem uma origem controversa, sendo sua invençãogeralmente atribuída a Hans Lippershey, um fabricante de lentesneerlandês, em 1608. Em 1609, o astrônomo italiano Galileo Galileiapresentou um dos primeiros telescópios registrados pela história (uma"luneta") e dele obteve diversas observações astronômicas que o levaram a confirmar o sistema heliocêntrico deCopérnico.

As observações de Galileu incluíram a descoberta das manchas solares, do relevo lunar e dos satélites de Júpiter,entre outras importantes descobertas.

Os Primeiros Foguetes

Lançamento de um foguete Redstone

A tecnologia necessária para a exploração espacial ficou disponível com aconstrução dos primeiros foguetes. Eles permitem colocar em órbita satélitesartificiais para estudo tanto da Terra quanto do espaço exterior. Tambémpermitem o envio de astronautas ao espaço exterior.

Desde os antigos chineses, que inventaram a pólvora, que se fazemexperiências com foguetes.

Mas foram Robert Hutchings Goddard (EUA), Konstantin Tsiolkovsky(Rússia) e Hermann Oberth (Alemanha) os pioneiros na concepção defoguetes. Estes homens fizeram com que a ciência astronáutica desse seusprimeiros passos.

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Robert Hutchings Goddard e o primeiro vôo defoguete propelido a combustível líquido (gasolinae oxigênio), lançado em 16 de março de 1926, em

Auburn, Massachusetts, EUA

Goddard foi mais longe e construiu diversos foguetes pequenos. Eleespecializou-se em conceber e construir foguetes propelidos porcombustível líquido. Diversos de seus projetos apresentavam conceitosque até hoje são usados nos modernos foguetes, como por exemplo aestabilização do vôo com o uso de giroscópios.

De forma independente, na Alemanha nazista, engenheiros alemãesdesenvolviam um projeto que resultaria na bomba V-2 (tecnicamentemais bem descrita como míssil).

As V-2 eram propelidas a álcool (mistura de 75% de álcool etílico e25% de água) e oxigênio líquido. Os motores geravam um máximo de160 000 lbs (72 574 kg) de empuxo, desenvolvendo velocidade de 1341 km/h, com um raio de alcance de 321 a 362 km. Elas foram usadaspara bombardear Paris e Londres em 1944.

O projeto dos modernos foguetes muito deve a estes precursores.O princípio de funcionamento do motor de foguete se baseia na terceiralei de Newton, a lei da ação e reação, que diz que "a toda açãocorresponde uma reação, com a mesma intensidade, mesma direção e

sentidos contrários". Assim, o foguete se deslocará para cima por reação à pressão exercida pelos gases emcombustão na câmara de combustão do motor. Por isto este tipo de motor é chamado de propulsão por reação.

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Na década de 1930, o entusiasmo com foguetes era muito grande tanto nos EUA, com Goddard, quanto na URSS.

Wernher von Braun

Com a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, os EUA e aURSS capturaram a maioria dos engenheiros que trabalharam nodesenvolvimento da V-2 (veja também Operação Paperclip). Verdade éque eles foram relevantes apenas no programa espacial dos EUA, jáque os capturados pela URSS não passavam de engenheiros e técnicosde produção. Particularmente importante para os EUA foi a aquisiçãode Wernher von Braun, um dos principais projetistas alemães, queparticipou ativamente do programa de mísseis balísticos dos EUA edepois dos primeiros passos do programa espacial norte-americano(tendo sido, inclusive, o líder da equipe que projetou o lançadorSaturno V que levou as naves Apollo para a Lua).

Historicamente, a exploração espacial começou com o lançamento dosatélite artificial Sputnik pela URSS a 4 de outubro de 1957, noCosmódromo de Baikonur (base de lançamento de foguetes da URSS),em Tyuratam, no Cazaquistão. Este acontecimento provocou umacorrida espacial pela conquista do espaço entre a URSS e os EUA queculminou com a chegada do homem à Lua.

O primeiro ser vivo no espaço não foi um homem, mas a cadela Russa Laika, da raça Kudriavka. Ela subiu ao espaçoem 1957 a bordo da nave espacial Sputnik II, e morreu quatro dias depois, devido ao calor, na reentrada.Diversos animais foram usados nos primórdios da exploração espacial para testar o efeito da radiação, da ausência de gravidade e das condições do espaço exterior sobre os organismos vivos. Antes da cadela Kundriavka, foram as cadelas Albina e Tsyganka, usadas pela URSS em vôos sub-orbitais. Pelo lado dos EUA, os primeiros primatas

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foram Albert 1 e Albert 2, que morreram em 1949 na ponta de foguetes V-2 capturados na Alemanha. Sputnik V, aúltima missão Sputnik, foi lançada ao espaço em 19 de agosto de 1960 com os cachorros Belka e Strelka, quarentacamundongos, dois ratos e diversas plantas. As missões Korabl-Sputnik ainda levaram os cães Pchelka, Mushka,Chernuschka e Zvezdochka.O primeiro primata em órbita foi Enos lançado em 29 de novembro de 1961 a bordo de uma nave Mercury empreparação ao primeiro vôo dos EUA com humanos.Yuri Gagarin (1934-1968) foi o primeiro homem no espaço, em um vôo orbital de 48 minutos, a bordo da naveVostok I. O vôo de Gagarin ocorreu em 12 de Abril de 1961. Neste vôo ele disse a famosa frase: "A Terra é azul".A primeira mulher no espaço foi a Russa Valentina Tereshkova (1937-), que em 16 de junho de 1963 deu 46 voltasao redor da Terra a bordo da nave Vostok VI.O lançamento da Sputnik e a colocação do primeiro homem no espaço devem-se, em grande parte, ao talento doengenheiro soviético Sergei Korolev, o engenheiro-chefe do programa espacial soviético, que conseguiu convencerNikita Khrushchov, na época o líder da URSS, a investir no programa espacial. Foi ele quem primeiro teve a idéia delevar (realmente) homens à Lua.Quatro meses após o lançamento da Sputnik I, os EUA responderam com seu primeiro satélite, o Explorer I, em 31de janeiro de 1958.O número de satélites artificiais terrestres e sondas espaciais lançados pelos EUA e pela URSS multiplicaram-se nosprimeiros anos da corrida espacial. Aos Sputniks da URSS seguiram-se, além do Explorer I, as Vanguard I, II e IIIdos EUA, e uma grande quantidade de satélites de comunicação, meteorológicos e espiões. Por volta da metade dadécada de 1960 ambos, EUA e URSS, haviam lançado tantos satélites que se tornaria inconveniente indicá-los atodos num artigo generalista como este. Além das Sputniks, os soviéticos haviam lançado 12 satélites da sérieCosmos, e os EUA haviam lançado 16 satélites Explorers e mais 38 satélites de reconhecimento Discoverer, só paracitar alguns.Os feitos iniciais da URSS na corrida espacial, que incluem o primeiro satélite artificial - o Sputnik - e o primeirohomem no espaço - Yuri Gagarin, desafiaram os EUA, cujo programa espacial ainda dava os primeiros passos - oprimeiro norte-americano iria ao espaço só em 5 de maio de 1961, mesmo assim apenas em um vôo sub-orbital.Num famoso discurso de 1961, John F. Kennedy lançou o desafio de "enviar homens à Lua e retorná-los a salvo"antes que a década terminasse.No famoso discurso na Universidade Rice suas palavras foram: We choose to go to the moon. We choose to go to themoon in this decade and do the other things, not because they are easy, but because they are hard ("Nós decidimosir a Lua. Nós decidimos ir à Lua nesta década e fazer as outras coisas, não porque elas são fáceis, mas porque elassão difíceis").A partir de então, os EUA colocaram em marcha um ambicioso programa espacial tripulado que iniciou com oProjeto Mercury, que usava uma cápsula com capacidade para um astronauta em manobras em órbita terrestre,seguido pelo Projeto Gemini com capacidade para dois astronautas, e finalmente o Projeto Apollo, cuja espaçonavetinha capacidade de levar três astronautas e pousar na Lua.

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Visão da Terra a partir da Lua - Apollo 8

Os primeiros astronautas a circunavegar a Lua foram os tripulantes daApollo 8, Frank Borman, James Lovell e William Anders, na noite deNatal de 1968.

Por problemas em suas missões Zond (que usavam a nave Soyuzmodificada para circum-navegação da Lua), os soviéticos não foramcapazes de levar homens à órbita da Lua antes dos EUA, e nunca maiso fariam. Apenas missões Zond não tripuladas, Zond 5 e Zond 6, ofizeram em setembro e novembro de 1968. Após isto, ainda houve asmissões não tripuladas Zond 7 e Zond 8 que circum-navegaram a Luaem 1969 e 1970, já após os bem sucedidos vôos tripulados dos EUApara a Lua.

Finalmente, o objetivo de pousar homens na Lua foi alcançado em 20 de julho de 1969 pela Apollo 11.

Neil Armstrong

Ficou famosa a frase do primeiro astronauta a pisar na Lua, Neil A.Armstrong: "Um pequeno passo para um homem, um salto gigantescopara a humanidade".

Em 1975 as naves Apollo 18 e a soviética Soyuz 19 realizaram umacoplamento no espaço, na primeira missão conjunta da Nasa (agênciaespacial dos EUA) e da agência espacial soviética.

Mais tarde, com a queda do comunismo, esta cooperação entre os doispaíses se intensificaria e eles acabariam participando juntos daconstrução da Estação Espacial Internacional.

Programa espacial da URSS

A URSS começou seu programa espacial com uma grande vantagemsobre os EUA. Isto ocorreu porque, devido a problemas técnicos para fabricar ogivas nucleares mais leves, osmísseis lançadores intercontinentais da URSS eram imensos e potentes se comparados com seus similaresnorte-americano. Assim, os foguetes para seu programa espacial já estavam prontos como resultado do esforçomilitar soviético resultante da guerra fria.

Por conseqüência, os soviéticos foram capazes de colocar o primeiro satélite artificial em órbita (o Sputnik, de quase84 kg) e o primeiro homem, Yuri Gagarin.O lançamento da Sputnik foi parte de um esforço de preparação da URSS para enviar missões tripuladas ao espaço.Consistiu de oito vôos não tripulados: Sputnik I, Sputnik II, Sputnik III, Sputnik IV, Sputnik V, Korabl-Sputnik-3,Korabl-Sputnik-4 e Korabl-Sputnik-5. Os dois últimos usando naves Vostok e já com padrão compatível com oenvio de humanos ao espaço.Embora a URSS nunca tenha admitido, seu programa espacial incluia planos para pousar homens na Lua (esteprograma mais amplo chamava-se de Lunar L1). A prova disto é a existência de um módulo lunar soviético,chamado de LK lander, mas cuja existência era desconhecida até recentemente no ocidente.O programa espacial da URSS, durante o período da corrida espacial, consistiu em três projetos (além das missõesnão tripuladas Sputnik ocorridas antes das missões Vostok e de uma série de sondas enviadas a outros planetas e àLua): Vostok (nave com capacidade para um cosmonauta), Voskhod (para dois ou três cosmonautas) e Soyuz (paratrês cosmonautas) que aproximadamente acompanhavam as capacidades de seus congêneres dos EUA: ProjetoMercury, Projeto Gemini e Projeto Apollo.Porém, nem tudo eram sucessos no lado da URSS. Em um acidente ocorrido na plataforma de lançamento em 1960 dezenas de cientistas e técnicos soviéticos morreram, atrasando os planos soviéticos para o espaço. Mas o pior

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ocorreu em 1966 com a prematura morte de Sergei Korolev, o engenheiro-chefe do programa espacial soviético.Ainda houve o acidente com a Soyuz 1, em abril de 1967, com a morte do cosmonauta Vladimir Komarov, queatrasou o Projeto Soyuz em 18 meses. Estes fatos somados a falta de verbas, pouco controle de qualidade daindústria soviética e o desinteresse dos militares da cúpula do regime pelo programa espacial foram as principaiscausas do fracasso dos soviéticos em chegar à Lua.

Estação espacial MIR

Além dos programas Vostok e Soyuz, a URSS desenvolveu os projetosSalyut e Almaz, de permanência de humanos em longo período noespaço, usando estações espaciais.

Mesmo não tendo conseguido levar homens à Lua, o programa espacialsoviético foi muito bem sucedido em uma diversidade de aspectos, e aíse inclui a estação espacial MIR - um esboço e campo de provas para oque viria a ser a Estação Espacial Internacional.

A URSS também desenvolveu um veículo reutilizável, semelhante aoÔnibus Espacial dos EUA, chamado Buran. No entanto, o veículo foiusado apenas uma vez, em um vôo não tripulado, e depois abandonado.

O programa espacial da Rússia (a herdeira da ex-União Soviética)conta até hoje com a nave Soyuz (a espaçonave mais antiga da história

da exploração espacial ainda em uso), e também com a nave de carga Progress (uma versão modificada da Soyuz,que está sendo usada para abastecer a Estação Espacial Internacional) e com um poderoso lançador, o fogueteProton.

Programa espacial dos EUA

Alan Shepard após o pouso da Freedom 7

Muito do atraso inicial do programa espacial dos EUA pode seratribuído a um erro estratégico de investir inicialmente nos lançadoresVanguard, mais complexos e menos confiáveis que os lançadoresRedstone (baseados nas antigas V-2 alemãs). Isto acarretou que acapacidade de lançamento norte-americano era de 5 kg no momentoem que a Sputnik I, de 84 kg mas com capacidade de 500 kg, foi recémlançada pela URSS.

Mesmo assim, após a Sputnik, os EUA responderam com a Explorer Ie as Vanguard I, II e III.

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"Buzz" Aldrin fotografado por Neil Armstrong -Apollo 11

Muito teria que ser feito para se chegar ao gigantesco foguete SaturnoV, desenvolvido pela equipe chefiada por Von Braun, e que permitiriaenviar a nave Apollo à Lua. O Saturno V tinha três estágios, 110m dealtura, e 2,7 milhões de kg, propelido pelos cinco poderosos motoresF-1 do primeiro estágio, mais os motores J-2 dos estágios seguintes.

Em julho de 1958 é criada a agência espacial dos EUA, Nasa,responsável por coordenar todo o esforço norte-americano deexploração espacial e administrar o programa espacial dos EUA.

O programa espacial dos EUA iniciou com o Projeto Mercury, baseadoem uma nave com capacidade para um astronauta e manobras emórbita da Terra.

Nave Gemini em órbita

A seguir, a Nasa desenvolveu o Projeto Gemini, que consistia em umanave com capacidade para dois astronautas e manobras em órbita daTerra. Os principais objetivos das missões Gemini eram testar aacoplagem em órbita e atividades extra-veiculares, duas habilidadesconsideradas necessárias para o pouso na Lua. O lançador usado noProjeto Gemini foi o foguete Atlas. O Projeto Gemini também usou oestágio Agena, um veículo para treinamento de rendez-vous eacoplamento.

Houve doze vôos no Projeto Gemini, dez deles tripulados, queocorreram entre março de 1965 e novembro de 1966. O projeto foi bemsucedido em seus objetivos de desenvolver a tecnologia e preparar osastronautas para as missões para a Lua.

Foguete Saturno V - lançamento da Apollo 11 -16 de julho de 1969

Finalmente, os EUA foram bem sucedidos em seu objetivo de alcançara Lua antes da URSS, em 1969, com o Projeto Apollo. Este projetoenvolveu um fantástico esforço de US$ 20 bilhões, 20 mil companhiasque desenvolveram/fabricaram componentes e peças, e 300 miltrabalhadores.

Seis missões Apollo pousaram na Lua (no total de doze astronautas quecaminharam na Lua). Todas as missões tripuladas Apollo fizeram usodo foguete Saturno V, com exceção das Apollo 7, Skylab II, III e IV, eApollo 18, que fizeram uso do foguete Saturno IB, menos potente emais barato, pois estas missões foram missões com pequena carga emórbita terrestre.

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Ônibus Espacial na torre de lançamento

Após a missão Apollo 18, a Nasa abandonou a nave Apollo paradesenvolver um veículo reutilizável, chamado Ônibus Espacial (SpaceShuttle; em Portugal: Vaivém Espacial), que entrou em operação em1981. Embora o Ônibus Espacial não seja totalmente reutilizável, comoera pretendido no início do seu desenvolvimento, acabou atendendo àsnecessidades da Nasa até recentemente.

O projeto de construção de veículos espaciais reutilizáveis remonta de1975, quando foram feitos os primeiros testes de um protótipoacoplado a um avião Boeing adaptado a testes de vôo a grande altitude.O objetivo foi testar a aerodinâmica e a dirigibilidade do ÔnibusEspacial.

Ônibus Espacial Atlantis pousando

Foram construídas cinco espaçonaves deste tipo, chamadas Columbia,Challenger, Discovery, Atlantis e Endeavour, que foram usadas emdiversas missões no espaço. Destas apenas a Discovery, a Atlantis e aEndeavour ainda existem, já que as outras acabaram destruídas emacidentes que se tornaram tragédias da história da exploração espacial.

Ainda foram construidas mais duas naves, uma chamada Enterprise,usada apenas para testes de pouso, mas sem capacidade de entrar emórbita, e a outra chamada Pathfinder, um simulador usado paratreinamento dos astronautas.

Telescópio espacial Hubble

Um dos grandes feitos recentes da Nasa foi o Telescópio EspacialHubble, posto em órbita da Terra em 1990, e que captou as maisnítidas imagens do céu até então vistas e que estão permitindodescobrir as origens de nosso Universo.

Atualmente os EUA participam, junto com outros 15 países, daconstrução da Estação Espacial Internacional.

Programa espacial da China

O Programa espacial chinês teve início em 1956, através da cooperaçãoem ciência, tecnologia espacial e desenvolvimento de foguetes dogoverno comunista da China com a então União Soviética.

Mesmo com o afastamento da então URSS devido a divergências políticas com o governo de Mao Tse Tung em1960, a comunidade científica chinesa continuou seus testes e experiências e durante a década de 60 construiu elançou diversos foguetes.O desenvolvimento do foguete orbital Longa Marcha - que seria o pilar dos lançamentos espaciais chineses - nos últimos anos da década, levaria a China a colocar um satélite - o Dong Fang Hong I - em órbita, em 1970, o primeiro

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de uma série de mais de cinquenta lançados na décadas seguintes.

A nave Shenzhou, desenvolvida nos anos 90 para levar umhomem ao espaço é a maior realização do programa espacial

chinês; o módulo em verde é o único que volta à Terra,trazendo os taikonautas da missão.

Como o apoio do governo comunista chinês, no começo dosanos 70, o Projeto 714, que esperava colocar dois homens emórbita terrestre, começou a ser desenvolvido, mas terminoucancelado por falta de investimento financeiro, devido adiscordâncias políticas internas durante o período daRevolução Cultural.

Foi somente nos anos 90 que a comunidade astronáutica daChina pôde finalmente se dedicar seriamente ao esforçotecnológico de enviar um homem ao espaço, quando aAdministração Espacial Nacional recebeu sinal verde efundos suficientes para o desenvolvimento do ProgramaShenzhou, iniciado em 1992, que culminou com a primeiramissão tripulada chinesa ao espaço em 15 de outubro de2003, a Shenzhou 5, levando a bordo o coronel Yang Liweipara 21 horas em órbita da Terra, colocando os chinesesdentro do seleto clube dos tres países que já enviaramhumanos ao espaço por seus próprios meios.

Atualmente, o governo e a agência espacial chinesaprogramam-se para novas missões no espaço, estandoconfirmado para 2008 o primeiro passeio espacial de umtaikonauta chinês, além de planos futuros de uma alunissagem e uma viagem ao planeta Marte.

Outros programasRecentemente os programas espaciais dos EUA e da Rússia (herdeira do programa espacial da extinta URSS)começaram a receber concorrência de programas de outros países, tais como a Comunidade Européia e o Japão.A Agência Espacial Europeia (ESA) conta com um ótimo lançador para satélites, o foguete Ariane. A ESA tambémdesenvolveu um veículo reutilizável semelhante ao Ônibus Espacial americano, chamado Hermes. No entanto,devido aos custos, o projeto foi abandonado.Também começaram as primeiras tentativas privadas de exploração espacial, como é o caso da SpaceShipOne quefoi bem sucedida em enviar astronautas em vôos sub-orbitais acima de 100 km de altitude.

Acidentes e tragédiasMesmo com toda a tecnologia e controle de qualidade, em um ambiente tão hostil como o espaço, e envolvendomáquinas tão complexas, é de se esperar que ocorram erros.Muitos acidentes ficaram para a história da exploração espacial. Alguns deles provocaram baixas entre os astronautase cosmonautas.Em 24 de outubro de 1960 uma explosão na plataforma de lançamento matou dezenas de cientistas e técnicos daURSS.No dia 23 de março de 1961 (poucos dias antes do voo pioneiro de Gagarin ao espaço) irrompe um incêndio nointerior de uma cápsula Vostok. O cosmonauta que realizava treinamento a bordo da nave, Valentin Bondarenko, nãotem tempo de escapar e sofre queimaduras graves, vindo a falecer num hospital poucas horas depois. Isso somenteviria a ser admitido oficalmente pela URSS em 1985.

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Muitos anos depois, os astronautas Virgil "Gus" Ivan Grissom, Edward Higgins White II e Roger Bruce Chaffee, doProjeto Apollo, morreram no solo em um incêndio dentro da cabine de comando, no que ficou conhecido como"Apollo 1".Em 1966 a nave Gemini VIII ficou desgovernada no espaço, mas os astronautas conseguiram consertar a nave eregressar a Terra.Em abril de 1967, o cosmonauta Vladimir Komarov teve uma variedade de problemas técnicos com a nave Soyuz 1,e acabou morrendo no pouso, no acidente que atrasou o programa espacial soviético em 18 meses.Em 21 de fevereiro de 1969 um foguete do programa lunar soviético caiu, logo após o lançamento, sobre uma cidadematando 350 pessoas.

Visão dos danos no Módulo de Serviço da Apollo13, fotografado pela escotilha do Módulo de

Comando após a separação

Em 1970, devido a um acidente grave, provavelmente ocasionado porcolisão com um meteorito, a Apollo 13 ficou seriamente avariada emseu caminho em direção à Lua. Isto impossibilitou seu pouso na Lua eresultou em um retorno tenso e espetacular à Terra, com um mínimo deoxigênio remanescente, no mais conhecido acidente espacial dahistória. O episódio terminou, contudo, de forma satisfatória para osseus tripulantes.

A frase que marcou o evento foi: OK, Houston, we have a problemhere. ("Houston, nós temos um problema aqui").

Em 30 de junho de 1971 a despressurização da nave Soyuz matou oscosmonautas Georgy Dobrovolsky, Vladislav Volkov e ViktorPatsayev, que haviam cumprido uma missão de 24 dias em órbita.

Em 28 de janeiro de 1986 um defeito nos tanques de combustível causou a explosão do Ônibus Espacial Challenger,matando todos seus ocupantes, inclusive a professora Christa MacAulife, a primeira civil a participar de um vôoespacial.

Mais recentemente, em 2003, o Ônibus Espacial Columbia explodiu nos procedimentos finais de pouso, matandotodos os seus tripulantes.Em 22 de agosto de 2003, uma explosão destruiu o Veículo Lançador de Satélite (VLS-1), na base brasileira deAlcântara, no Estado do Maranhão. A causa do acidente de Alcântara, segundo o major brigadeiro Tiago Ribeiro,diretor do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos, São Paulo, foi a ignição espontânea de umdos quatro motores do VLS-1. A explosão destruiu os equipamentos e matou 21 pessoas da equipe Centro deLançamento de Alcântara (CLA).

Sondas espaciaisSe a presença de humanos na Lua é um feito tecnológico grandioso, a maioria das descobertas científicas maisinteressantes têm sido feitas por sondas teleguiadas não tripuladas.A primeira sonda espacial foi a soviética Lunik II, que pousou na Lua em 1959. Depois disto seguiram-se diversassondas da URSS e dos EUA, enviadas para a Lua e diversos planetas.Em janeiro de 1962, a sonda Ranger 3 dos EUA, de 327 kg, falhou em pousar na Lua e entrou em órbita solar. Emabril de 1962, a Ranger 4, de 328 kg, tornou-se a primeira sonda norte-americano a atingir a Lua. A Ranger 4 nãopousou exatamente, mas ocorreu um impacto com a superfície lunar. O mesmo aconteceu com a Ranger 6, emjaneiro de 1964.

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Foguete Atlas-Centauro lança o Surveyor 1 em30 de maio de 1966

Entre 1966 e 1968, os EUA enviaram 7 sondas Surveyor para a Lua.Partes da Surveyor 3 foram coletadas para estudo pela missão Apollo12 em novembro de 1969.

A primeira sonda interplanetária foi a Mariner 2 (EUA), que pousouem Vênus em 1962. Ela foi seguida pela Venera 7 da URSS, quechegou em Vênus em 1970.

Em 1968 as missões Zond 5 e Zond 6 da URSS foram bem sucedidasem circum-navegar a Lua.

Em 1970 a URSS foi bem sucedida em enviar a Lua o veículo porcontrole remoto (rover) Lunokhod 1, a bordo da nave Lunik 17. AURSS coletou muitas pedras lunares através de suas sondas Lunik.

Em 1971 a Mariner 9 enviou muitas fotos da superfície de Marte. Nomesmo ano a sonda Marte 2 da URSS também chegou a Marte.

A Mariner 10 sobrevoou Mercúrio em 1974.Os EUA também enviaram sondas de longa distância e com missõeslongas, como por exemplo as Pioneer 10 e 11 que pesquisaram Júpiter em 1973 e 1974, e em 1979 enviaram fotos deSaturno.

A Pioneer 10 foi o primeiro artefato humano a abandonar o sistema solar. Lançada em 3 de março de 1972,sobrevoou Júpiter a aproximadamente 131 000 km em 3 de dezembro de 1973. Depois, em 3 de dezembro de 1974, aPioneer 11 também sobrevoou Júpiter a 46 000 km, seguindo rota depois para Saturno.

Também devemos lembrar as Voyager 1 e 2 que pesquisaram os planetas externos do sistema solar e abandonaram osistema solar partindo para uma viagem sem volta em direção das estrelas. A Voyager 2, lançada em 20 de agosto de1977 passou a 286 000 km de Júpiter e a 101 000 km de Saturno. Em 24 de janeiro de 1986 ela passou a 82 000 kmde Urano, e em 25 de agosto de 1989 passou a menos de 3000 km de Netuno, o planeta mais distante da Terra a servisitado por uma sonda espacial, é esperado que ela fique totalmente sem energia em 2025.Em 1976 as Viking (EUA) pousaram em Marte e coletaram muitos dados do planeta, assim como enviaram muitasfotografias de seu relevo.Mais avançada, a Pathfinder dos EUA pousou no solo de Marte em 1997, com um veículo robótico (rover) capaz demovimentar-se na superfície marciana e enviar fotos detalhadas de seu terreno.A sonda Deep Space 1 foi lançada em 24 de outubro de 1998, testando diversas novas tecnologias espaciais. Suamissão foi bem sucedida em se encontrar com o cometa Borrelly e enviar as melhores fotos de um cometa jamaisobtidas. A nave deixou de funcionar em dezembro de 2001.

Foto tirada pela Stardust do cometa Wild 2

Mais ambiciosa que a missão da Deep Space 1, a Stardust foi projetadapara coletar material de um cometa e retornar à Terra para estudos. Anave foi lançada ao espaço em 7 de fevereiro de 1999 e alcançou ocometa Wild 2 em janeiro de 2004. A nave retornou com o materialcoletado do cometa em 15 de janeiro de 2006.

Genesis foi uma missão para coletar íons no espaço exterior, noperíodo de 30 de novembro de 2001 até 1 de abril de 2004, numaregião entre o Sol e a Terra chamada "ponto L1", e retorná-los para estudos. A missão retornou com o material emuma cápsula em 8 de setembro de 2004. Embora tenha ocorrido um problema técnico com o pára-quedas e a navetenha se danificado na queda, o material foi recolhido em bom estado e poderá ser estudado.

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Exploração espacial 12

Sonda Cassini-Huygens

Ainda são dignas de menção a sonda Galileu, que descobriu vulcõesem Júpiter, e a sonda Cassini, lançada em 1997, que pesquisa Saturno.

No Natal de 2004 a Sonda européia Huygens desprendeu-se de suanave-mãe, a norte-americano Cassini, e iniciou sua viagem para pousarem Titã, lua de Saturno, tendo pousado em Titã com sucesso em 14 dejaneiro de 2005, no primeiro pouso de nave espacial em outro satélitenatural que não a nossa Lua. Uma das descobertas científicas destasonda mostraram que em Titã "chove" metano, provocando fluxoslíquidos. Isto ocorre porque a temperatura de Titã é de 180ºCnegativos.

Exploração de Marte

Marte

O planeta do sistema solar que mais atraiu a imaginação do homem foisempre o "planeta vermelho". Palco para inúmeras histórias deficção-científica, Marte é o planeta do sistema solar que possui aatmosfera mais próxima aos parâmetros da atmosfera terrestre.

Objeto de estudo das missões Viking, Pathfinder, Mars GlobalSurveyor, Mars Odyssey e Mars Express, muitas descobertas aindaestão para serem feitas, particularmente a resposta à pergunta se Martepossui vida ou não.

As missões Viking enviaram duas naves gêmeas para Marte, as Viking1 e Viking 2. A Viking 1 foi lançada em 20 de agosto de 1975 echegou em Marte em 19 de junho de 1976. A Viking 2 foi lançada em9 de setembro de 1975 e entrou em órbita de Marte em 7 de agosto de1976. Ambas pousaram naves-filhas, os Landers, que tiraram fotos,tomaram amostras e efetuaram análises de solo em busca de vida marciana.

sítio da Viking Lander 1

Foram exatamente as análises do solo marciano, feitas pelos Landersdas missões Viking, que permitiram aos cientistas classificar diversosmeteoritos encontrados aqui na Terra como de origem marciana. Umdeles em especial, chamado cientificamente de ALH 84001, caído naTerra há dezenas de milhares de anos e encontrado entre 1984 e 1985,causou sensação em 2001 pois apresentava possíveis indícios de vidabacteriana fossilizada, na forma de pequenas estruturas minerais -evidência de vida extraterrestre. A evidência mostrou-se polêmica e foirejeitada.

Às missões Viking seguiu-se a Pathfinder, que foi uma das mais bemsucedidas sondas da história da exploração espacial. A Pathfinder foilançada ao espaço em 4 de dezembro de 1996. Ela possuía um robôchamado Sojourner, que permitia mobilidade nas observações da

superfície marciana. O robô foi projetado para movimentar-se pela superfície de Marte e colher amostras, assimcomo fazer análises do solo.

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Exploração espacial 13

Sojourner rover (missão Pathfinder) no solo deMarte

As imagens da Pathfinder foram recebidas até setembro de 1997,quando as transmissões se interromperam por algum problemadesconhecido.

A Mars Global Surveyor é uma nave da Nasa lançada em 7 denovembro de 1996, que chegou à órbita de Marte em 12 de setembrode 1997. Sua missão principal começou em março de 1999 e terminouem janeiro de 2001. A missão estendida começou imediatamente apósem fevereiro de 2001 e deve terminar em dezembro de 2006.

A Nasa também pousou dois veículos robóticos de controle remoto(rovers) na superfície de Marte, o Opportunity e o Spirit. Ambos obtiveram valiosas informações científicas do solomarciano.

A Mars Odyssey foi uma sonda lançada em 7 de abril de 2001, e que chegou a Marte em 24 de outubro de 2001.Além dos experimentos científicos que a sonda levava, a Mars Odyssey serviu também como retransmissora dossinais de rádio dos rovers Opportunity e Spirit.Uma outra sonda importante enviada para Marte foi a Mars Express, lançada pela Agência Espacial Européia.A sonda foi lançada ao espaço em 2 de junho de 2003 por meio de um foguete Soyuz-Fregat (o Fregat é o quartoestágio do lançador Soyuz). A Mars Express é a primeira missão européia a visitar outro planeta.Ela foi projetada para pesquisas relacionadas com a geologia e a história de Marte, sendo um de seus objetivosprimários a descoberta de traços de água. São ao todo sete instrumentos científicos a bordo da nave, para executaruma série de experimentos remotos. A sonda também desceu na superfície marciana o Beagle 2 Lander, mas cujocontato por rádio foi perdido logo após o pouso, tornando-o inútil.Em fevereiro de 2005 foi anunciada a descoberta, pela Mars Express, de evidências de um mar congelado logoabaixo da superfície do planeta, somente 5º ao norte do equador do planeta, com uma extensão de 900 km. Aimportância da descoberta é que esta é a primeira evidência da existência de água longe dos pólos do planeta. Mas amais importante descoberta da Mars Express é a existência de gelo em Marte, obtida por meio de uma câmeraestereoscópica HRSC. Trata-se de uma superfície circular de gelo, de 35 km de comprimento e 2 km deprofundidade, localizada no fundo de uma cratera, numa grande planície no polo norte do planeta.

Estação Espacial InternacionalA expressão "estação espacial" foi cunhada por Hermann Oberth em 1923 para descrever uma estrutura que serviriacomo ponto de partida para viagens à Lua e a Marte.A única experiência dos EUA com uma estação espacial, a Skylab, da década de 1970, foi um fracasso. A Skylabcaiu na Terra prematuramente, encerrando os esforços norte-americanos de ocupação permanente do espaço.A experiência mais bem sucedida de ocupação permanente do espaço foi a Estação Espacial Russa MIR. Após aqueda do comunismo, a cooperação e o financiamento dos EUA permitiram desenvolver com a MIR uma tecnologiaque, hoje, está sendo aplicada na Estação Espacial Internacional (ISS).

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Exploração espacial 14

Estação Espacial Internacional

A ISS é uma estação permanente de pesquisa espacial.Participam de seu desenvolvimento 16 países: EUA,Canadá, Japão, Rússia, 11 países pertencentes aAgência Espacial Européia e o Brasil. A ISS, quandocompleta, irá medir aproximadamente 90 m por 70 m, oque é mais de quatro vezes o tamanho da MIR.

A construção da ISS começou em 1998 com a conexãodo módulo de controle Russo Zarya com o Unity Nodenorte-americano. A construção ainda levará alguns anospara ser concluída, embora a ISS já esteja funcionalneste momento.

O futuroMuitas aspirações da astronáutica podem se tornar realidade em poucos anos. Desde melhores motores de foguetesaté descobertas científicas revolucionárias e viagens tripuladas para Marte - são as promessas da exploração espacialneste novo século.Um motor revolucionário, que pode fazer avançar a tecnologia astronáutica, é o motor Scramjet, capaz de atingirvelocidades hipersônicas de até 15 vezes a velocidade do som. O motor Scramjet não possui partes móveis, e obtéma compressão necessária para a combustão pelo ar que entra pela frente, impulsionado pela própria velocidade doveículo no ar. A Nasa testou com sucesso um motor deste tipo em 2004. O foguete, chamado X-43A, foi levado aaltitude de 12 000 m por um avião B-52, e lançado na ponta de um foguete Pegasus a altitude de 33 000 m. Eleatingiu a velocidade recorde de 11 000 km/h.Outra possibilidade de avanço na tecnologia de motores de foguetes é o uso de propulsão nuclear, em que um reatornuclear aquece um gás produzindo um jato que é usado para produzir empuxo. Ou ainda a idéia de construir umfoguete em forma de vela, que é acelerado pelo vento solar, o que permitiria maior velocidade e viagens a distânciasmaiores.

Concepção artística do VentureStar (ou X-33):projeto de um veículo realmente reutilizável

O desenvolvimento de um veículo reutilizável (o que o ÔnibusEspacial nunca foi completamente) é um outro avanço esperado paraos próximos anos. Isto permitiria mais vôos para o espaço, e umaumento das atividades de pesquisa na Estação Espacial Internacional.Um destes projetos é o VentureStar (também conhecido como X-33),uma nave com maior capacidade que o Ônibus Espacial e realmentereutilizável.

Está em curso no momento uma espécie de corrida para odesenvolvimento de novas gerações de veículos transportadoresespaciais. Paralelamente aos projetos da NASA para novos Veículos deExploração Espacial, a Agência Espacial Russa(ROSCOSMOS) está sealiando à Europa e ao Japão para o desenvolvimento do veículo

reutilizável Kliper. Embora eficiente e ainda hoje utilizada para transporte até a ISS, a cápsula Soyuz poderá seraposentada assim que o novo veículo estiver operacional.

A obsolecência do Ônibus Espacial provocou o anúncio de um esforço da NASA para substitui-lo, e uma dasalternativas anunciadas seria uma nova geração de foguetes convencionais (não reutilizáveis), semelhantes aosusados durante a corrida espacial.Acredita-se que no século XXI a Terra sofrerá graves problemas ambientais e energéticos. Assim, a busca por fontes de energia limpas e baratas é urgente. Como o espaço é percorrido pela luz do Sol permanentemente, hoje

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Exploração espacial 15

imaginam-se formas de capturar e aproveitar esta energia. Uma das possibilidades é o chamado satélite de energiasolar capaz de "desviar" a energia solar para a Terra de forma segura.As descobertas recentes de planetas fora do nosso sistema solar estão despertando a possibilidade da descoberta devida extraterrestre. Mas ela pode ser descoberta aqui mesmo no nosso sistema solar, pois, Europa, satélite natural deJúpiter, é uma forte candidata a possuir organismos vivos. Isto porque sabe-se que, abaixo de uma camada de gelo,provavelmente existe um mar extraterrestre que pode abrigar seres vivos.A descoberta da tecnologia necessária para manter uma base permanente de homens na Lua poderia ser o início daexploração comercial da mesma. Muitos minérios poderiam ser extraídos e enviados à Terra. Outra possibilidadeseria o uso da Lua como base de lançamento de foguetes para os planetas mais afastados da Terra, e mesmo para forado sistema solar. Tal possibilidade teria a vantagem econômica da baixa gravidade lunar, que permitiria lançar navesmais longe e usando menos combustível.Todas estas possibilidades são bastante animadoras, incluindo-se o plano recente dos EUA de enviar humanos aMarte. Isto poderia ser um passo importante para descobrir se lá já houve vida ou não.Outro movimento recente da exploração espacial, ainda em evolução, é a exploração espacial movida pela iniciativaprivada. A nave SpaceShipOne, com capacidade para realizar vôos sub-orbitais, é o primeiro projeto bem-sucedidode vôo extraterrestre planejado e executado por uma empresa privada. Atualmente, diversas organizações estãoempenhadas em projetos visando a vôos tripulados para os limites do planeta. Estão interessadas no promissormercado do turismo espacial. Além de trazer para perto do cidadão comum a instigante possibilidade de conhecer oespaço, essas iniciativas podem contribuir para o desenvolvimento de alternativas tecnológicas mais baratas deexploração espacial. Basta dizer que a SpaceShipOne atingiu objetivos semelhantes aos do Programa Mercury aocusto de 20 milhões de dólares, uma fração do custo anual do programa espacial americano, sendo que a espaçonaveprivada pode levar três pessoas e é reutilizável.

Ver também• Astronomia• Astronáutica• Astronauta• Baixas das missões espaciais• Bases de lançamentos espaciais• Colonização do Sistema Solar• Corrida espacial• Elevador espacial• Estação espacial• Estação Espacial Internacional• Foguetes de lançamento• Lista de astronautas• Missão espacial completa brasileira• Nave espacial• Programas espaciais• Ônibus (ou Vaivém) Espacial• Programa Aurora• Propulsão de naves espaciais• SETI• SpaceShipOne• Sondas espaciais• Viagem espacial

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• Viagem interplanetária• Viagem interestelar

Agências espaciais• Agência Espacial Brasileira• Agência Espacial Europeia• Agência Espacial e de Aviação Russa• NASA

Programa espacial dos Estados Unidos da América• Explorer I• Vanguard• Projeto Mercury• Projeto Gemini• Agena (veículo para treinamento de acoplamento usado no Projeto Gemini)• Surveyor (projeto que comprovou a viabilidade do pouso em solo lunar)• Projeto Apollo• Telescópio Espacial Hubble

Programa espacial soviético• Lunar L1• Sputnik• Programa Proton• Vostok• Voskhod• Soyuz• Lunokhod• Vênera• Zond• LK lander• Veículos espaciais reutilizáveis da URSS

• Buran• Ptichka

• Estações espaciais da URSS• Salyut• Almaz• MIR

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Exploração espacial 17

Ligações externas

Links gerais em português• História da Exploração do Espaço [1]

• Unesp - A era espacial [2]

• A Exploração Espacial [3]

• Cronologia da exploração espacial [4]

• Realmente ela é azul! Há quarenta anos um russo fez história [5]

• Fatos que marcaram a história: Missão Apollo 11 [6]

• O homem no espaço: conhecimento e incerteza [7]

• Engenharia Aeroespacial: Exploração espacial e funcionamento dos foguetões [8]

• Nossa vizinhança [9] (em português) reportagem publicada pelo sítio da revista National Geographic Brasil.

Links gerais em espanhol• Portal da Agencia Espacial Europeia para crianças [10]

• Site sobre astronomia para crianças [11]

• Centro de Estudios Espaciales de la Universidad de Chile [12]

• El Instituto español de Técnica Aeroespacial [13]

Links gerais em inglês• Enciclopédia Astronáutica [14]

• Nasa Images - Imagens da Exploração Espacial Americana [15]

• Space Exploration [16]

• Space Exploration Home Page [17]

• Space Pix Gallery [18]

Agências espaciais• NASA [19]

• Agência Espacial Européia [20]

• Agência Espacial Brasileira [21]

Programa espacial brasileiro• Aferir o desvio de um raio de luz que passa rente ao sol, como ocupação para o turista espacial [22]

• Programa espacial brasileiro [23]

• Brazil Gears Up For Commercial Spaceport [24]

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Projetos em cooperação• International Space Station [25]

• Cassini-Huygens Home [26]

Outros programas• Mars Express [27]

• SpaceShipOne [28]

Referências[1] http:/ / www. solarviews. com/ portug/ history. htm[2] http:/ / www. feg. unesp. br/ ~orbital/ sputnik/ Capitulo-2. pdf[3] http:/ / www. zenite. nu?astronautica[4] http:/ / www. solarviews. com/ portug/ craft1. htm[5] http:/ / www. ajornada. hpg. ig. com. br/ ciencia/ ciencia00018. htm[6] http:/ / www. feranet21. com. br/ fatos_historia/ fatos/ missao_apolo_11. htm[7] http:/ / www. comciencia. br/ reportagens/ espaco/ espc09. htm[8] http:/ / twarda. planetaclix. pt/ projecto/ index. html[9] http:/ / viajeaqui. abril. uol. com. br/ national-geographic/ especiais/ espaco/ sistema-solar-485414. shtml[10] http:/ / www. esa. int/ esaKIDSes/ index. html[11] http:/ / www. alucine. com/ ninos. htm[12] http:/ / www. cee. uchile. cl/ public/ home. html[13] http:/ / www. inta. es[14] http:/ / www. astronautix. com/[15] http:/ / www. nasaimages. org/[16] http:/ / members. lycos. co. uk/ spaceprojects/ spaceexploration. html[17] http:/ / my. execpc. com/ ~culp/ space/ space. html[18] http:/ / www. spacepix. net/[19] http:/ / www. nasa. gov[20] http:/ / www. esa. int/ esaCP/ index. html[21] http:/ / www. aeb. gov. br/[22] http:/ / www. cosmobrain. com. br/ cosmoforum/ viewtopic. php?t=118[23] http:/ / www. geocities. com/ ResearchTriangle/ Lab/ 6116/ cronologiabrasil. html[24] http:/ / www. spacedaily. com/ news/ tourism-05a. html[25] http:/ / spaceflight. nasa. gov/ station/ index. html[26] http:/ / saturn. jpl. nasa. gov/ home/ index. cfm[27] http:/ / www. esa. int/ SPECIALS/ Mars_Express/[28] http:/ / www. scaled. com/ projects/ tierone/

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Lua 19

Lua

Lua

Satélite da Terra Características orbitais

Semi-eixo maior 384.399 km (0,00257 UA)

Perigeu 363.104 km0,0024 UA

Apogeu 405.696 km0,0027 UA

Excentricidade 0,0549

Período orbital 27,321582 d (0,074802 a)

Período sinódico 29,530589 d (0,08085 a)

Velocidade orbital média 1,022 km/s

Inclinação Com a eclíptica: 5,145°Com o equador da Terra: entre 18,29° e 28,58°

Características físicas

Diâmetro equatorial 3474,8 km

Área da superfície 0,074 Terras3,793 x 107 km²

Volume 0,020 Terras2,1958 × 1010 km³

Massa 0,0123 Terras7,349 x 1022 kg

Densidade média 3,34 g/cm³

Gravidade equatorial 0,1654 g

Dia sideral 27 d 7 h 43 min (rotação síncrona)

Velocidade de escape 2,38 km/s

Albedo 0,1054

Temperatura média: -53,1 ºC-173,1 ºC min 116,9 ºC max

Composição da Atmosfera

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Lua 20

Pressão atmosférica 1 µPa

HélioNeônioHidrogênioArgônio

25%25%23%20%

A Lua (do latim Luna) é o único satélite natural da Terra, situando-se a uma distância de cerca de 384.405 km donosso planeta.Segundo a última contagem, mais de 150 luas povoam o sistema solar: Netuno é cercado por 13 delas; Saturno tem60; Júpiter possui 63. A Lua terráquea não é a maior de todo o Sistema Solar - Ganimedes, uma das luas de Júpiter, éa maior [1] - mas nossa Lua continua sendo a maior proporcionalmente em relação ao seu planeta. Com mais de 1/4do tamanho da Terra e 1/6 de sua gravidade, é o único corpo celeste visitado por seres humanos e onde a NASA(sigla em inglês de National Aeronautics and Space Administration) pretende implantar bases permanentes.Visto da Terra, o satélite apresenta fases e exibe sempre a mesma face (situação designada como acoplamento demaré), fato que gerou inúmeras especulações a respeito do teórico lado escuro da Lua, que na verdade fica iluminadoquando estamos no período chamado de Lua nova. Seu período de rotação é igual ao período de translação. A Luanão tem atmosfera e apresenta, embora muito escassa, água no estado sólido (em forma de cristais de gelo). Nãotendo atmosfera, não há erosão e a superfície da Lua mantém-se intacta durante milhões de anos. É apenas afetadapelas colisões com meteoritos.É a principal responsável pelos efeitos de maré que ocorrem na Terra, em seguida vem o Sol, com uma participaçãomenor. Pode-se dizer do efeito de maré aqui na Terra como sendo a tendência de os oceanos acompanharem omovimento orbital da Lua, sendo que esse efeito causa um atrito com o fundo dos oceanos, atrasando o movimentode rotação da Terra cerca de 0,002 s por século, e, como consequência, a Lua se afasta de nosso planeta em média3 cm por ano.A Lua é, proporcionalmente, o maior satélite natural do nosso Sistema Solar. Sua massa é tão significativa emrelação à massa da Terra que o eixo de rotação do sistema Terra-Lua encontra-se muito longe do eixo central derotação da Terra. Alguns astrônomos usam este argumento para afirmar que vivemos em um dos componentes de umplaneta duplo, mas a maioria discorda, uma vez que para que um sistema planetário seja duplo é necessário que seueixo de rotação esteja fora dos dois corpos.

Formação da Lua

A ilustração da hipótese do impacto gigante queacredita-se ter formado a Lua.

A origem da Lua é incerta, mas as similaridades no teor dos elementosencontrados tanto na Lua quanto na Terra indicam que ambos oscorpos podem ter tido uma origem comum. Nesse aspecto, algunsastrônomos e geólogos alegam que a Lua teria se desprendido de umamassa incandescente de rocha liqüefeita primordial, recém-formada,através da força centrífuga.

Outra hipótese, atualmente a mais aceita, é a de que um planetadesaparecido e denominado Theia, aproximadamente do tamanho deMarte, ainda no princípio da formação da Terra, teria se chocado comnosso planeta. Tamanha colisão teria desintegrado totalmente o planetaTheia e forçado a expulsão de pedaços de rocha líquida. Essespequenos corpos foram condensados em um mesmo corpo, o qual teria

sido aprisionado pelo campo gravitacional da Terra. Esta teoria recebeu o nome de Big Splash.

Há ainda um grupo de teóricos que acreditam que, seja qual for a forma como surgiram, haveria dois satélitesnaturais orbitando a Terra: o maior seria a Lua, e o menor teria voltado a se chocar com a Terra, formando as massas

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Lua 21

continentais.

Geologia lunar

Ilustração esquemática da estrutura interna daLua.

O conhecimento sobre a geologia da lua aumentou significantemente apartir da década de 1960 com as missões tripuladas e automatizadas.Apesar de todos os dados recolhidos ao longo de todos esses anos,ainda há perguntas sem respostas que unicamente serão contestadascom a instalação de futuras bases permanentes e um amplo estudosobre a superfície da lua. Graças a sua distância da Terra, a Lua é oúnico corpo, junto com a Terra, que se conhecem detalhadamente suageologia. As missões tripuladas Apollo contribuíram com a recoleçãode 382 kg de rochas e amostras do solo, dos quais seguem sendo oobjeto de estudo para a compreensão sobre a formação de corposcelestes.

SoloAs explorações e os estudos do solo da Lua levaram os cientistas a concluir que a queda de meteoros em suasuperfície desprotegida de atmosfera é a principal causa de seu solo ser esburacado [2] já que atmosfera pode frear oudiminuir a velocidade desses objetos, ao colidirem, razão pela qual abrem mais crateras contra a superfície lunar doque na terra.

Faces

A Lua fotografada por um telescópio domésticode 180mm e ocular de 9mm usando uma câmera

comum de 8 megapixels.

As partes mais próximas de um objecto em órbita em volta de umplaneta sofrem uma atracção gravitacional maior deste (porque estão auma menor distância dele) do que as mais distantes, ou seja, há umgradiente de gravidade. Isso faz com que se gere um binário que leva oobjecto a acabar por ficar orientado no espaço de modo a que seja a suaparte com uma maior massa a ficar voltada para o planeta. É esse efeitoque explica porque é que a Lua assume uma taxa de rotação estávelque mantém sempre a mesma face voltada para a Terra. O seu centrode massa está distanciado do seu centro geométrico de cerca de 2 kmna direcção da Terra.

Curiosamente, não se sabe porquê, do lado voltado para a Terra a suacrosta é mais fina quanto à amplitude de relevo e é onde estãoconcentrados os mares - as zonas mais planas.

As designações "continentes" e "mares" não devem ser entendidas com o mesmo significado que têm na Terra. Oscontinentes são escarpados e constituídos por rochas mais claras (anortositos), essencialmente formados porfeldspatos, que reflectem 18% da luz incidente proveniente do Sol. Apresentam, em geral, um maior número decrateras de impacto e ocupam a maior extensão da superfície lunar. Os mares lunares não têm água, apresentam a suasuperfície mais plana do que a dos continentes, fazendo lembrar a superfície livre de um líquido. São escuros,constituídos por basaltos, reflectindo apenas cerca de 6% a 7% da luz incidente. A formação dos mares, que são maisabundantes na face visível do que na face não visível (lado escuro), relaciona-se com os impactos meteoríticos.

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Lua 22

Lado visível da Lua Lado escuro da Lua

Crateras

A Cratera Daedalus do lado escuro da Lua.

A superfície da lua possui várias crateras de impacto,[3] que seformaram quando asteroides e cometas colidiram na superfície lunar.Há cerca de meio milhão de crateras com mais de 1 quilômetro naLua.[carece de fontes?] A falta de uma atmosfera, o clima e recentesprocessos geológicos fazem com que asteroides consigam se chocar naLua com muita facilidade, o que deixa a superfície lunar cheia decrateras.

A maior cratera na Lua, que também tem a distinção de ser uma dasmaiores crateras conhecidos no Sistema Solar,[4] é a Cratera doPolo-sul Aitken. Ela está no lado escuro da Lua, entre o polo sul e oequador, e tem cerca de 2240 quilômetros de diâmetro. Crateras nolado visível da Lua incluem Mare Imbrium, Mare Serenitatis, MareCrisium e Mare Nectaris.

Água

Segundo descobertas recentes anunciadas pela Nasa,[5] conseguidas graças à missão LCROSS (iniciais de LunarCrater Observation and Sensing Satellite, do inglês, Satélite de Observação e Sensoriamento de Crateras Lunares),foi confirmada a existência de água em estado sólido na Lua. O aparelho carregava o foguete Centaur, que atingiu aLua com extrema força de impacto no dia 9 de outubro de 2009, nas proximidades do polo sul lunar.

Um buraco de 30 metros de largura foi aberto, onde foram encontrados quase 100 litros de água congelada.Analisada pelo satélite Lcross, a nuvem de vapor e poeira fina resultantes também revelou o local com fonte degrandes quantidades de hidrogênio.A experiência faz com que os cientistas acreditem na possibilidade haver mais água espalhada por todo o subsololunar do que se poderia imaginar. O satélite natural da Terra, agora começa a ser encarado seriamente como terrenopara a construção de uma base espacial que serviria de apoio para missões tripuladas à outros planetas do sistemasolar.

Marés

Esquema mostrando a influência da Lua nasmarés terrestres.

As marés altas não ocorrem exactamente no alinhamento entre oscentros da Terra e da Lua. Os altos correspondentes às marés altas sãolevados um pouco mais para a frente pela rotação da Terra.

Como resultado disso, a força de atracção entre Terra e Lua não éexercida exactamente na direcção da linha entre os seus centros e isso

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Lua 23

gera um binário sobre a Terra que contraria a sua rotação (e atrasa a rotação da Terra por cerca de 0,002 segundospor século) e uma força de atracção sobre a Lua, puxando-a para a frente na sua órbita e elevando-a para uma órbita(afastando-se da Terra cerca de 3,8 cm por ano). Ou seja, há uma transferência líquida de energia da Terra para aLua.Eventualmente este efeito fará com que o alto da maré acabe por ficar exactamente alinhado com a linha Terra-Lua ea partir daí o efeito de travagem causado pelo binário acabará. Mas nessa altura a Terra fará uma rotaçãoexactamente no mesmo tempo em que a Lua faz uma rotação em volta da Terra: a Terra mostrará sempre a mesmaface à Lua. Como as marés originadas pela Terra na Lua são muito mais fortes, a rotação da Lua já foi travada demodo a ela nos mostrar sempre a mesma face, desaparecendo um binário que já terá existido. A mesma coisaaconteceu já à maioria dos satélites do sistema solar.

Exploração lunar

Uma das marcas deixadas em solo lunar pelasbotas do astronauta Buzz Aldrin na missão

Apollo 11 em 20 de julho de 1969.

No início da década de 1960 o presidente John F. Kennedy colocoucomo meta para os Estados Unidos o envio de um Homem à Lua antesdo fim da década. Este desafio foi concretizado no projeto Apollo. Em20 de Julho de 1969 Neil Armstrong tornou-se o primeiro Homem acaminhar na Lua. Existem grupos que duvidam deste evento, alegandoser a aterrisagem na Lua transmitida pela televisão em um cenáriomontado, e todo o evento teria sido usado como propaganda do regimeestadunidense durante a Guerra Fria.

A última missão tripulada norte-americana à Lua foi a Apollo 17, emdezembro de 1972. O veículo de exploração lunar (LRV - LunarRoving Vehicle), comandado por Eugene A. Cernan, explora por 33quilômetros um vale da Lua, o Taurus-Littrow. Os astronautas, Cernane Harrison H. Schmitt, exploraram a superfície da Lua, enquanto oterceiro membro da equipe, o comandante naval Ronald Ellwin Evanspermanecia em órbita. A permanência da tripulação em solo lunar foi

de 22 horas.[6]

Trajectória lunar

A trajectória real da Lua.

É tentador aceitar que a trajetória da Lua roda em volta da Terra de talmodo que por vezes anda para trás. Mesmo quando vemos umarepresentação da sua trajectória como a que se mostra na animaçãoseguinte, a nossa percepção cria-nos uma ilusão: A Lua parece andarpara trás. E, na verdade, (mesmo nesta animação, em que a suatrajectória é representada como uma curva sinusoidal) ela avançasempre.

A principal razão para essa ideia errada é o facto de nas representações do sistema solar, em que as trajectórias dosplanetas são desenhadas do ponto de vista do observador posicionado no Sol ao passo que também é comumrepresentar a trajectória da Lua do ponto de vista de um observador na Terra, o que é o observado, mas acontece queesse movimento diário é aparente devido à rotação da Terra em torno do seu eixo e não da Lua propriamente dito oque contribuiria com outro conceito errado que é a suposta existência de um lado escuro da Lua, quando na realidadeé a face oculta.

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Lua 24

De facto, como a força gravitacional do Sol sobre a Lua é 2,2 vezes mais forte do que a exercida pela Terra, a Luadescreve uma elipse de afastamento constante da Terra ao mesmo tempo que, devido a força gravitacional, ambospercorrem uma trajetória de translação deformada em espiral a volta do Sol. E a sua trajectória é sempre convexa:curva-se sempre na direcção do Sol. Não é esse o caso da maioria dos satélites artificiais, que fazem uma rotação emvolta da Terra em menos de 2 horas. Mas a rotação da Lua em volta da Terra é umas 4 centenas de vezes mais lenta.

Ilustração do Sol, da Lua e da Terra.

A figura abaixo descreve melhor o que realmente acontece. É maisesclarecedor visualizar o movimento da Lua como se ela fosse umamota que acompanha um automóvel (a Terra), ambos em movimentonuma mesma estrada. A mota, uma vez por mês acelera e ultrapassa oautomóvel pela direita e depois deixa-se ficar para trás pela esquerda.De facto, a Lua, quando fica para trás (quarto crescente) é aceleradapela atracção gravítica da Terra e quando se adianta (quarto minguante)é travada pela força de gravidade da Terra[7] .

Tanto a Terra como a Lua estão em queda-livre em volta do centro demassa do sistema Terra-Lua (localizado dentro da Terra) que, por suavez, está em queda-livre em torno do centro de massa do sistemaSol-Terra-Lua (localizado dentro do Sol). Por isso, podia ser maisesclarecedor e menos geocêntrico dizer que a Terra e a Lua rodamligeiramente em torno do seu centro de massa comum, à medida que seguem a uma órbita comum em torno do Sol.Alguns astrónomos defendem aliás que o sistema Terra-Lua é um planeta duplo, já que a influência gravitacional doSol é comparável com sua interação mútua.

A animação acima mostra o tamanho relativo da separação do sistema Terra-Lua. O feixe de luz, representado pela linha amarela, mostra o períodoque a luz leva para seguir da Terra para a Lua: 1.255 segundos.

A Lua e a trajectória da TerraQuando a Lua está em quarto minguante, a Lua está à frente da Terra. Como a distância da Terra à Lua é de cerca de384404 km e a velocidade orbital da Terra é de cerca de 107 mil km/h, a Lua encontra-se num ponto onde a Terra vaiestar daí a cerca de 3 horas e meia. Do mesmo modo, quando vemos a Lua em quarto crescente, ela encontra-seaproximadamente no ponto do espaço "onde nós estávamos" 3 horas e meia antes.

O brilho lunar

Lua durante a noite terrestre.

O brilho da Lua, também conhecido como luar, não diminui parametade quando ela está em quarto. O seu brilho é apenas 1/10 do queela tem quando está cheia. Isso deve-se ao relevo da Lua: quando elaestá em quarto as partes mais elevadas projectam sombras nas partesmenos elevadas e reduzem a quantidade de luz solar reflectida nadirecção da Terra.

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Lua 25

EclipsesEclipses são fenômenos que ocorem quando o Sol, a Terra e Lua estão alinhados. Eclipses solares ocorrem durante alua nova, quando a Lua está entre o Sol e a Terra. Eclipses lunares ocorrem durante a lua cheia, quando a Terra estáentre o Sol e a Lua. Eclipses acontecem quando a Lua alinha-se com o Sol e a Terra, mas devido à orbita elípticadela de 6°, os eclipses não acontecem em cada lua cheia e nova.

Eclipse solar

O eclipse solar de 1999.

Eclipses solares ocorrem quando a lua está entre a Terra e o Sol,ocultando completamente a sua luz numa estreita faixa terrestre.Um eclipse do Sol pode ser visto apenas em um ponto da Terra, quemove-se devido à rotação da Terra e da traslação da Lua. A distânciada Lua em relação à Terra determina a quantidade de luz que é cobertado Sol, bem como a largura da penumbra e escuridão total (mais oumenos cem quilômetros). Essa largura estará no máximo se a Luaaparece no perélio, na qual a largura pode atingir até 270 quilômetros.

Eclipses totais do sol são eventos relativamente raros. Apesar delesocorrerem em algum lugar da Terra a cada dezoito meses, é estimadoque eles recaem (isto é, duas vezes) em um dado lugar apenas a cadatrezentos ou quatrocentos anos. Após um longo tempo esperando,eclipse total do Sol dura apenas alguns minutos, dado que a umbra daLua move-se leste a mais de 1700 km/h. Escuridão total não dura mais que 7 minutos e 40 segundos. A cada milênioocorrem menos que 10 eclipses totais do Sol que ultrapassam mais de 7 min de duração. A última vez que issoaconteceu foi em 30 de junho de 1973, e a próxima está a acontecer apenas em 25 de junho de 2150. Para osastrônomos, um eclipse total do Sol é uma rara oportunidade de observar a coroa solar (a camada externa do Sol).Normalmente, a coroa solar não é visível a olho nu devido ao fato que a fotosfera é muito mais brilhante do que acoroa solar.

Eclipse lunar

Um eclipse lunar.

Um eclipse lunar ocorre quando a Terra está entre a Lua e o Sol,sempre durante a lua cheia. Ao contrário dos eclipses solares, que sãovistos apenas em pequenas partes do planeta, o eclipse lunar pode servisto de várias regiões.A Lua não desaparece completamente na sombra da Terra, mesmodurante um eclipse total, podendo então, assumir uma coloraçãoavermelhada ou alaranjada. Isso é consequência da refração e dadispersão da luz do Sol na atmosfera da Terra que desvia apenas certoscomprimentos de onda para dentro da região da umbra. Esse fenômenotambém é responsável pela coloração avermelhada que o céu assumedurante o poente e o nascente. De fato se nós observássemos o eclipsea partir da Lua, nós veríamos o Sol se pondo atrás da Terra.

Os eclipses lunares são classificados de acordo com a parte da Lua queé obscurecida pela sombra da Terra, e por qual parte da sombra da Terra ela está sendo obscurecida. Os eclipses

penumbrais ocorrem quando a Lua entra na região de penumbra, o que resulta numa variação do brilho da Lua que dificilmente é notada; o eclipse parcial ocorre quando apenas parte da Lua é obscurecida pela sombra da Terra; o

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Lua 26

eclipse total, quando toda a face visível da Lua é obscurecida pela umbra; e um último tipo de eclipse lunar raro édenominado eclipse horizontal, que ocorre quando o Sol e a Lua, em eclipse, estão visíveis ao mesmo tempo no céu,sempre ou no nascente ou no poente.[1] http:/ / www. universetoday. com/ guide-to-space/ the-solar-system/ what-is-the-largest-moon-in-the-solar-system/ What is the Largest Moon

in the Solar System?[2] Queda de meteoros criou solo esburacado da Lua (http:/ / super. abril. com. br/ superarquivo/ 1996/ conteudo_115355. shtml)[3] Melosh, H. J.. Impact cratering: A geologic process.[4] Nasa Spacecraft Reveal Largest Crater in Solar System - on Mars (http:/ / www. spaceref. com/ news/ viewpr. rss. spacewire.

html?pid=25777). Página visitada em 2008-06-26.[5] http:/ / info. abril. com. br/ noticias/ ciencia/ confirmada-agua-na-lua-13112009-38. shl[6] Nosso Tempo - Volume II. "Destino: Lua - A Aurora da Era Espacial", páginas 374-379. Klick Editora.[7] http:/ / www. math. nus. edu. sg/ aslaksen/ teaching/ convex. html

Ver também• Colonização da Lua• Corrida espacial• Eclipse lunar• Missões para a Lua

Ligações externas• Atlas da Lua no Google (http:/ / www. google. com/ moon)• Calendário Fases da Lua (http:/ / www. calendar-agenda. com/ pt/ )• Galeria Fotográfica da Lua (http:/ / galeria. gem51. com/ main. php?g2_view=core. ShowItem& g2_itemId=266)• Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (http:/ / lroc. sese. asu. edu/ ) - Site da Sonda Espacial que será lançada em

breve à Lua (em inglês)• Dá para voar de helicóptero na Lua? (http:/ / mundoestranho. abril. uol. com. br/ tecnologia/ pergunta_287902.

shtml) (em português) no Mundo Estranho.

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Fontes e Editores da Página 27

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Aldrin, Jr.Ficheiro:Mir space station 12 June 1998.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Mir_space_station_12_June_1998.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: NASAFicheiro:Alan Shepard pouso.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Alan_Shepard_pouso.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Campani, Startaq, TheDJ, 3edições anónimasFicheiro:Aldrin Apollo 11.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Aldrin_Apollo_11.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: NASAFicheiro:Gemini 6 7.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Gemini_6_7.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Bricktop, Campani, Duesentrieb, Evil Monkey,Pline, RomkurFicheiro:Ksc-69pc-442.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Ksc-69pc-442.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Avron, Dodo, GDK, Spellcast, TheDJFicheiro:Space Shuttle na torre.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Space_Shuttle_na_torre.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: NASAFicheiro:NASA Space Shuttle Atlantis landing (STS-110) (19 April 2002).jpg  Fonte:http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:NASA_Space_Shuttle_Atlantis_landing_(STS-110)_(19_April_2002).jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Dbenbenn, Duffman,Ingolfson, Kozuch, TheDJFicheiro:Hubble 01.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Hubble_01.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: NASAFicheiro:Shenzhou spacecraft diagram.png  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Shenzhou_spacecraft_diagram.png  Licença: Public Domain  Contribuidores: Bricktop,Evil Monkey, Henristosch, Ingolfson, SanaoFicheiro:Apollo13 - SM after separation.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Apollo13_-_SM_after_separation.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores:User:W.wolnyFicheiro:Surveyor 1 launch.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Surveyor_1_launch.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: NASAFicheiro:Stardust photo.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Stardust_photo.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Bricktop, Campani, ComputerHotline,Li-sungFicheiro:Cassini Saturn Orbit Insertion.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Cassini_Saturn_Orbit_Insertion.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Glenn,TheDJFicheiro:Mars Valles Marineris.jpeg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Mars_Valles_Marineris.jpeg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Avala, Bricktop,Common Good, Harald Khan, Homonihilis, Hunyadym, TheDJ, Yarl, Ævar Arnfjörð Bjarmason, 2 edições anónimasFicheiro:Mars Viking 11h016.png  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Mars_Viking_11h016.png  Licença: Public Domain  Contribuidores: "Roel van der Hoorn (Van derHoorn)"Ficheiro:Pathfinder01.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Pathfinder01.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Bricktop, Campani, ComputerHotline, Dodo,Li-sungFicheiro:ISS October 2002.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:ISS_October_2002.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Bricktop, Ghalas, Nuno Tavares,PlineFicheiro:X-33 larc big.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:X-33_larc_big.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Avron, Campani, ComputerHotline, Denniss,1 edições anónimasFicheiro:Moon symbol decrescent.svg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Moon_symbol_decrescent.svg  Licença: Public Domain  Contribuidores: LexiconFicheiro:Full Moon Luc Viatour.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Full_Moon_Luc_Viatour.jpg  Licença: GNU Free Documentation License  Contribuidores:user:LviatourFicheiro:giantimpact.gif  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Giantimpact.gif  Licença: Public Domain  Contribuidores: NASA. Original uploader was Serendipodous aten.wikipediaFicheiro:Moon Schematic Cross Section.svg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Moon_Schematic_Cross_Section.svg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Originaluploader was Bryan Derksen at en.wikipediaFicheiro:Lua 180mm 8 megapixel.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Lua_180mm_8_megapixel.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Cristiano MeiraMagalhãesFicheiro:Moon PIA00302.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Moon_PIA00302.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Karn, Pringles, TheDJ, 姫宮南, 4edições anónimasFicheiro:Moon PIA00304.jpg  Fonte: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ficheiro:Moon_PIA00304.jpg  Licença: Public Domain  Contribuidores: Mellen, Pringles, 姫宮南

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