Corrosão

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Definição de Oxidação No sentido original do termo seria a “reação com o oxigênio”. Ex.: Mas, o que dizer da reação: É a perda de elétrons, desconsiderando as espécies para as quais os elétrons migram. 2Mg(s) + O 2 (g) → 2MgO(s) 2Mg(s) + Cl 2 (g) → MgCl 2 (s)

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OxidaçãoDefinição de Oxidação e redução

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Page 1: Corrosão

Definição de Oxidação

No sentido original do termo seria a “reação

com o oxigênio”. Ex.:

Mas, o que dizer da reação:

É a perda de elétrons, desconsiderando as

espécies para as quais os elétrons migram.

2Mg(s) + O2(g) → 2MgO(s)

2Mg(s) + Cl2(g) → MgCl2(s)

Page 2: Corrosão

Mudança de cor com a oxidação

Nióbio

Page 3: Corrosão

Película de óxido de ferro

Oxidação do Fe a 700 ºC

Page 4: Corrosão

Variação na Composição

600 ºC (100 min)

1000 ºC (25 min)

FeO Interna

Fe3O4 Externa

FeO 95 % Interna

Fe3O4 4 % Média

Fe2O3 1 % Exterma

Page 5: Corrosão

Sendo o O2, um meio oxidante, podemos considerar que

a fixação do O2 à superfície de um metal, resulta da

competição de três processos:

1. Adsorção de um filme de oxigênio atômico

sobre a superfície metálica:

2. Adsorção de oxigênio molecular (O2) sobre a

face externa do filme anterior

3. Película de óxido proveniente da oxidação

-Fe-Fe-Fe-

O :

O :

-Fe-Fe-Fe-

O :

O :

O O

:

Page 6: Corrosão

Efeito da Temperatura

Os processos de adsorção predominam

em temperaturas baixas

O terceiro é mais acentuado em

temperaturas elevadas, podendo também

ocorrer em temperaturas mais baixas

Page 7: Corrosão

Quando se forma uma camada de óxido numa superfície metálica exposta a uma atmosfera oxidante, é necessário que haja um fenômeno de difusão através da película de óxido para que possa ocorrer um crescimento da película

Mecanismo de Crescimento da

Película

Page 8: Corrosão

O processo de oxidação envolve o transporte

de íons e de elétrons através da película.

O crescimento da película e/ou a oxidação vai

depender das conduções iônicas e eletrônica.

Page 9: Corrosão

A condução iônica pode se dar das

seguintes maneiras:

1. Difusão Catiônica – Mn+ difunde-se pelo óxido no sentido do oxigênio e o crescimento da película se dá na interface óxido-ar

2. Difusão Aniônica – O2- difunde-se pelo óxido no sentido do metal e a película cresce na interface metal-óxido

3. Difusão Simultânea – os íons se encontram em qualquer parte da massa da película

Page 10: Corrosão

A difusão catiônica ocorre mais

frequentemente que a aniônica e a

simultânea é a menos observada.

Quando um metal é oxidado por difusão

catiônica, ele pode deixar espaços vazios,

por onde o metal fica sempre livre para ser

oxidado, acelerando a corrosão.

Page 11: Corrosão

A velocidade de oxidação será função da velocidade com que os reagentes se difundem através da película, ou seja, será igual ao fluxo molar ou mássico

RA = WA

Velocidade de Oxidação

Page 12: Corrosão

Difusão e Reação

Seja o sistema reacional:

Pe

lícu

la d

e

esp

essu

ra Y

Y

WA

WB

Page 13: Corrosão

)CC(DYW

dCDdzW

dz

dCDJW

WW

AAABA

C

C

AAB

Y

0

A

AABAA

BA

0

A

0A

1ª Lei de Fick

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Exemplificando:

222 FeOFe

22

CCkr

FeOFeO

Sendo a reação química

BAA CCkR

CBA

Page 15: Corrosão

Como a velocidade de reação depende da

difusão temos que:

cteT)t(FYR

dt

dn

S

1YWR

CCk)CC(DYWR

A

AAA

BAAAABAA 0

Page 16: Corrosão

LEIS DA OXIDAÇÃO

As equações que representam a

velocidade de oxidação de um dado

metal com o tempo são funções da

espessura da camada de óxido e da

temperatura

Existem três equações principais que

exprimem a espessura (Y) da película

formada em qualquer metal no tempo (t):

linear, parabólica e logarítmica.

Page 17: Corrosão

Graficamente teremos:

Page 18: Corrosão

1. Equação Linear – ocorre quando a

velocidade de oxidação é constante.

1Cdt

dY

21 CtCY

Sendo, C2 a constante de integração que

define a espessura da película no período

inicial de oxidação (t = 0).

Page 19: Corrosão

Se a oxidação se iniciar em uma superfície

isenta de óxido, temos:

tCY 1

Esta equação é seguida por metais cuja a

película é muito porosa e não impede a

difusão. Alguns metais que não apresentam

este fenômeno podem fazê-lo a altas

temperaturas.

Page 20: Corrosão

2. Equação Parabólica – ocorre quando a

difusão de íons ou a migração de

elétrons através da película é controlada

e a velocidade é inversamente

proporcional à espessura da película.

Y

C

dt

dY 1

dtCYdY 1

Page 21: Corrosão

31

2 2 CtCY

É a equação seguida por metais que

formam películas protetoras, pouco

porosas. Essa equação é seguida por

muitos metais como Cu, Ni, Cr, Co. Com o

aumento da temperatura a película é mais

espessa

21

2

2CtC

Y

Page 22: Corrosão

3. Equação Logarítmica – ocorre quando a

película formada é muito tênue e pouco

permeável, ou quando a oxidação ocorre

a baixas temperaturas.

t

C

dt

dY 1

t

dtCdY 1

Page 23: Corrosão

21 CLntCY

Ocorre na oxidação inicial de muitos metais:

Cu, Fe a 200 °C, Zn a 400 °C, Ni, Al a

temperatura ambiente, que se oxidam

rapidamente no início e depois lentamente,

tornando-se a película praticamente

constante, isto é, não aumenta de

espessura.

Page 24: Corrosão

Imperfeições e Tipos de Óxidos

1. A rede cristalina

contém um excesso de

íons metálicos, Mn+, em

posição intersticial, e

para haver a

neutralidade elétrica, há

elétrons (e-) em excesso.

As imperfeições na rede cristalina dos

óxidos formados podem ser de dois tipos:

Page 25: Corrosão

Óxidos tipo “n”

Os compostos deste tipo são

semicondutores do tipo “n” (negativo),

assim chamados porque a condutividade é

feita pelos elétrons em excesso.

O excesso de íons Mn+ migra com os

elétrons, durante a oxidação para a

camada externa do óxido. Outros óxidos

tipo “n” são: TiO2, CdO, V2O5, MgO, MoO3,

Fe2O3, WO3 e Al2O3.

Page 26: Corrosão

Imperfeições e Tipos de Óxidos

2. Há falta de cátions em

certos pontos da rede

cristalina do óxido, o que é

compensado por perda de

elétrons com consequente

passagem a um estado de

oxidação mais elevado por

alguns cátions, para realizar

a neutralidade elétrica.

Page 27: Corrosão

Os compostos desse tipo são semicondutores do tipo “p” (positivo), assim chamados porque a condutividade pode ser considerada ligada ao deslocamento desses pontos positivos na rede.

Óxidos tipo “p”

Page 28: Corrosão

Exemplificando:

No caso do Cu2O, o oxigênio retira um elétron do Cu+, convertendo-o em Cu2+, o qual, por sua vez, retira um elétron do íon vizinho e assim sucessivamente até chegar ao metal. Outros óxidos tipo “p” são: NiO, FeO, CoO, Ag2O, MnO, SnO e Cr2O3.

Page 29: Corrosão

Eficiência das Películas Protetoras

Volatilidade

Resistividade Elétrica

Transporte Catiônico

Aderência

Plasticidade

Solubilidade

Porosidade

Pressão de Vapor

Expansão Térmica

Page 30: Corrosão

Volatilidade

Nos casos em que a

película formada é

volátil tem-se uma

equação linear

Os óxidos de Mo e W

são voláteis em

temperaturas

elevadas, sofrendo

corrosão com o

tempo

Page 31: Corrosão

Resistividade Elétrica

Quando elevada dificulta a difusão de

elétrons, retardando a corrosão

A película de Al2O3 apresenta alta

resistividade elétrica, daí sua eficiência

protetora

Page 32: Corrosão

Transporte Catiônico

O movimento dos cátions será tanto mais difícil quanto menos lugares na rede cristalina do óxido

Page 33: Corrosão

Aderência

Observa-se que, quanto mais aderente é a

película, mais semelhante é a estrutura

cristalográfica entre o óxido formado e o metal

Quanto mais plástica é a película mais difícil a

sua fratura e por consequência maior proteção

Plásticidade

Page 34: Corrosão

Solubilidade

Películas solúveis em meios corrosivos não são protetoras

Os óxidos são geralmente insolúveis em atmosfera seca, líquidos não aquosos aerados ou água destilada aerada

Quanto menos porosa for a película, menor a difusão através dela logo maior a proteção

Porosidade

Page 35: Corrosão

Pressão de vapor

O óxido que apresenta uma pressão de vapor elevada sublima rapidamente, a oxidação ocorre de maneira contínua (corrosão)

A película e o metal devem apresentar coeficientes de dilatação térmica com valores próximos

Expansão Térmica

Page 36: Corrosão

Pilling e Bedworth apresentaram uma

classificação de porosidade de películas

baseada na relação entre volume de óxido e

volume de metal oxidado, conforme:

M = massa molar do óxido

D = densidade do óxido

m = massa atômica do metal

n = número de átomos metálicos no óxido

d = densidade do metal

Porosidade das Películas

Dmn

dM

V

V

metal

óxido

Page 37: Corrosão

A relação de Pilling e Bedworth estabelece

que:

Relação menor do que um – películas

porosas e metais rapidamente oxidados

Relação maior do que um – películas não

porosas e metais mais resistentes

Porosidade das Películas

Page 38: Corrosão

M = 102 g/mol

D = 4 g/cm3

m = 27 g

n = 2/mol

d = 2,7 g/cm3

Exemplificando com o Al2O3, formado sobre o Al

4272

72102

,

V

V

metal

óxido

2751,V

V

metal

óxido Película Resistente

Page 39: Corrosão

Na, K e Ca não formam películas protetoras

Al, Cr Ni e Cu formam películas compactas e

contínuas

Mo e W formam películas compactas mas que

se volatilizam em temperaturas elevadas

Ag, Au e Pt não se oxidam

O Fe forma película compacta e contínua em

temperatura elevada

Industrialmente, temos que:

Page 40: Corrosão

Finas: monomolecular até 400 Å e são

invisíveis a olho nu.

Médias: 400-5.000 Å, visíveis a olho nu,

mas só pelas cores

Expessas: acima de 5.000 Å, visíveis a

olho nu e atingem valores elevados

Espessuras de Películas

Page 41: Corrosão

Medindo a Espessura da Película

Método Gravimétrico: se a oxidação de

uma superfície metálica de área “s”

produz um aumento de massa igual P, e

sendo M a massa molar do óxido, m a

massa atômica do metal e D a densidade

do óxido, tem-se:

)( mM

M

sD

PY

Page 42: Corrosão

Calculando o ganho de massa

P

Page 43: Corrosão

Medindo a Espessura da Película

O metal oxidado é colocado como anodo

de uma pilha, onde o metal–base é

dissolvido, liberando a película

Por ataque químico onde o metal pode ser

inteiramente dissolvido, deixando a

película intacta