CORROSÃO

download CORROSÃO

of 3

description

Introdução sobre assuntos de corrosão

Transcript of CORROSÃO

  • 1.1. CORROSO

    Para entender a corroso preciso ter em mente as reaes de

    transformaes de fase, ou seja, a degradao do slido a transio do lquido

    e a mudana do gs. Estes fenmenos acontecem espontaneamente e/ou

    induzidos e podem ser controlados por meio de tratamentos superficiais nos

    metais (LEYGRAF, Christofer et all.,2000).

    O fenmeno qumico corroso acontece quando o substrato volta ao seu

    estado termodinmico mais estvel atravs do equilbrio das reaes do metal

    com o meio. A formao do metal ocorre devido ao calor fornecido ao minrio,

    ento, na corroso retira-se parte deste calor. Isso acontece por meio de reaes

    redox convertendo o metal em produtos como xidos, hidrxidos ou sais que

    reduzem a sua massa e propriedades como resistncia. E essa perda pode

    custar de 1 a 5% do PIB, e no Brasil esse custo, em 2011, foi de R$166 Bilhes.

    Deste valor, R$ 41,5 bilhes (25%) poderiam ter sido evitados com tratamentos

    superficiais adequados (MARQUES, William; 2013).

    Para criar alternativas, considera-se que a corroso ocorre pela exposio

    do ao a todos os regimes atmosfricos e a relao entre metal ligante determina

    a velocidade das interaes qumicas e degradao do material. O ligante o

    tipo de revestimento que atribuir tais propriedades a superfcie do ao. Com

    isso conceitos de reaes irreversveis, tamanho de partcula, homogeneidade e

    densidade de camada tomam destaque dentre os tipos de ligantes para a

    formao de revestimentos protetores metlicos (LEYGRAF, Christofer et

    all.,2000).

    Para determinar as propriedades necessrias de um substrato num meio

    especfico preciso verificar a composio qumica e o estado fsico do ambiente

    na qual ele ficar exposto assim como os esforos mecnicos que ele ser

    submetido. Como o ao carbono possui grande quantidade de ferro, o seu

    potencial padro baixo, e isso, lhe d carter oxidante (SILVA, Marcos V. F. et

    al.; 2014).

    Uma forma de prever o comportamento da corroso em relao ao pH do

    meio atravs dos Diagramas de Pourbaix. Ele estabelece o equilbrio de

    potencial eltrico de constituintes num meio. Com isso, possvel determinar as

    condies de pH, temperatura e diferena de potencial que um metal ir corroer.

    A Figura 2 mostra o Diagrama de Pourbaix para o ferro e gua 25C.

  • Figura 2. Diagrama de Pourbaix para o Fe/H20 25C

    Fonte: CAPIOTTO, Nelson. 2006

    Os ambientes industriais e que contm grande quantidade de cloreto de

    sdio esto entre os mais agressivos. Porm, a formao de ferrugem depende

    das diferentes misturas de FeOOH como goetita e amorfa. E isso acontece pela

    presena de gua no meio, ento ambientes midos tem relao direta com o

    aumento da camada de ferrugem. Uma forma de isolar o material desse meio

    formando camadas protetoras como a pintura, e para aderir o substrato orgnico

    de forma eficaz no metal preciso submet-lo a pr tratamentos que atuam

    como inibidores da corroso e promotores de aderncia da tinta.

    Os inibidores de corroso so substncias que tem por finalidade impedir

    ou retardar os processos oxidativos e so divididos em dois grandes grupos: os

    inibidores orgnicos e os inibidores inorgnicos. Os inibidores inorgnicos de

    corroso atuam promovendo uma rpida oxidao do metal dando origem a uma

    camada de xidos que passa a ocupar o local dos stios ativos de oxidao,

    reduzindo consideravelmente os processos andicos (MAINIER, Fernando

    Benedicto et all.; 2004).

  • Como exemplo desse tipo de inibidores tem-se: cromatos, nitratos,

    fosfatos, silicatos, entre outros. J os inibidores orgnicos tm como ao a

    adsoro de molculas de um fluido ao metal em sua rea catdica e/ou andica.

    Os inibidores de adsoro so normalmente compostos orgnicos contendo

    insaturaes e/ou grupamentos fortemente polares contendo nitrognio,

    oxignio ou enxofre. Como ex., podemos citar aminas, aldedos, mercaptanas,

    compostos heterocclicos nitrogenados, compostos contendo enxofre e

    compostos acetilnicos (FRAUCHES-SANTOS, Cristiane et al.; 2013).

    A microestrutura do ao importante para anlises de corroso, uma vez

    que, facilitam a formao de camadas no protetoras, como o caso da

    cementita, estrutura do metal que pela presena de carbetos possibilita a

    formao de Fe3C que considerado o esqueleto do metal, ou seja, a camada

    que se forma quando ele foi corrodo apresenta grande porosidade.

    O tipo de rugosidade tem forte influncia no mecanismo de corroso. Est

    associado ao mecanismo de desgaste abrasivo experimentado pela superfcie

    do ao. O aumento da rugosidade do ao faz com que a tenso de cisalhamento

    atravs de um escoamento aumente em comparao ao um ao liso. Processos

    de jateamento aumentam a rugosidade do metal e no alteram o seu

    comportamento eletroqumico. O aumento na taxa de corroso para as amostras

    com maior rugosidade pode ser justificado pelo aumento da rea superficial que

    envolve as reaes eletroqumicas (FERREIRA, L.R.M.;2012).

    Com isso, a caracterizao da forma de corroso auxilia bastante no

    esclarecimento do mecanismo e na aplicao das medidas adequadas de

    proteo. Elas devero ser eficientes na proteo de todas as ligas com as quais

    o fluido entrar em contato, garantindo um valor limite de taxa de corroso que

    no implique em dano significativo aos componentes metlicos. E neste

    sentido que processos de pintura industrial atuam (CARDOSO, S. P. et al; 2005).