Corrosão Atmosférica

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    UFOP/ESCOLA DE MINAS/DEMET/GEsFraM

    Prof. Luiz Cludio Cndido

    CORROSO ATMOSFRICA(Anlise de pesquisa realizada pelo IPT/SP)

    ESTAES DE CORROSO ATMOSFRICA

    Selecionou-se 3 locais representativos de atmosferas urbana, industrial erural (amarinha no foi considerada neste trabalho - para informa!"es sobre estetipo de atmosfera ver dados pelo Centro de Pes#uisa da $S%&%'S). *s locais

    escolhidos para a instala!o das +sta!"es de Corroso tmosfrica e suasidentifica!"es foram

    Atmosfera rura cidade de LorenaSP / identifica!o +sta!o de Corrosotmosfrica de Lorena / +C Lorena0

    Atmosfera ur!a"a Campus do %P1, Cidade $niversitria da $SPSoPauloSP / identifica!o +sta!o de Corroso tmosfrica deSo Paulo / +C So Paulo0

    Atmosfera #"$ustr#a %nd2strias u4micas 5hodia, Santo ndrSP /

    identifica!o +sta!o de Corroso tmosfrica de Santo ndr/ +C Santo ndr.

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    'a 1abela 6 esto apresentadas, resumidamente, as caracter4sticas principaisde cada uma das +sta!"es tmosfricas.

    1abela 6 / +sta!"es de corroso atmosfrica

    MATERIAIS ENSAIADOS

    sele!o dos materiais a serem ensaiados foi feita, tendo-se como basea#ueles mais comumente utilizados em condi!"es de e7posi!o atmosfrica, se8aem estruturas se8a em e#uipamentos metlicos. Com base neste critrio, foramensaiados os se9uintes materiais

    !o carbono com composi!o #u4mica similar : do a!o ;'1 60 inco0 Lato @

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    das li9as correspondentes. * aspecto micro9rfico dos materiais est mostrado nasDi9uras 6-66. 'o caso dos materiais com revestimentos, as micro9rafias mostram oaspecto da camada.

    1abela 6 / nlise #u4mica do a!o carbono e composi!o nominal do a!o ;'16

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    1abela B / nlise #u4mica do a!o com composi!o similar : do S1& =AA ecomposi!o nominal da li9a

    1abela = / nlise #u4mica do a!o com composi!o similar : do ;'1 3 / nlise #u4mica do a!o com composi!o similar : do ;'1 36> ecomposi!o nominal da li9a

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    1abela @ / nlise #u4mica do a!o com composi!o similar : do S1& 3> ecomposi!o nominal da li9a

    1abela A / nlise #u4mica do lato com composi!o similar : da li9a @

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    *bservando-se os resultados apresentados nas 1abelas 6 a A, nota-se #ue osmateriais ensaiados possuem composi!o #u4mica similar : das respectivas li9as eassim sero denominados de a9ora em diante.

    Di9ura 6 / specto micro9rfico do a!o carbono ;'1 6

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    Di9ura 3 / specto micro9rfico do a!o estrutural S1& =@?. Derrita e perlita,microestrutura caracter4stica de a!o estrutural. ta#ue nital. umento

    ?

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    Di9ura = / specto micro9rfico do a!o patinvel ;'1 3

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    Di9ura A / specto micro9rfico do zinco alto 9rau de pureza. &icroestruturacaracter4stica de zinco fundido. ta#ue nital. umento 6

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    Di9ura 6< / specto da camada de zinco aplicada sobre a!o comum. ta#ue nital.umento ?

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    fi7a!o dos CPs aos painis foi feita por meio de isoladores de porcelanaparaevitar contato direto entre eles e entre estes e o painel de ensaio.

    ntes da coloca!o dos CPs nos painis de ensaio, estes foram submetidos :limpeza prvia para remo!o de camadas de E7idos ou de Eleos e 9ra7as. *s CPs

    de a!o ino7idvel, zinco, alum4nio e lato foram limpos por meio de decapa9em#u4mica0 os CPs de a!o carbono, a!o estrutural e a!o patinvel por meio de8ateamento abrasivo e os CPs de a!o zincado e a!o zincado e cromatizado foramapenas desen9ra7ados com solvente. s solu!"es de decapa9em utilizadas, nestaetapa, foram as se9uintes

    !o ino7idvel ;'1 3

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    Di9ura 6? / Painel utilizado para ensaios de corroso atmosfrica

    Di9ura 63 / 5epresenta!o es#uemtica do 9rfico utilizado para clculo da massafinal dos corpos-de-prova em fun!o do tempo acumulado dedecapa9em

    Para decapa9em dos CPs, foram utilizadas as se9uintes solu!"es

    !os carbono, estrutural e patinvel

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    Solu!o ClarI=< 9 de cloreto estanoso?

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    das etapas de 9rande importncia a classifica!o das atmosferas. +sta etapa, noentanto, no uma tarefa fcil, pois a corrosividade de uma atmosfera depende devrios fatores, tais como temperatura, umidade relativa, 4ndice pluviomtrico, ta7ade insola!o e concentra!o de poluentes entre vrios outros.

    +7istem vrias maneiras para se classificar atmosferas, #uanto a suacorrosividade. norma S1& M-G? / Characterization of Atmosferic Test Sitesapresenta ? mtodos denominados de M(to$o A e M(to$o '. He acordo com oM(to$o A, a atmosfera pode ser classificada com base nas ta7as de corroso doa!o carbono estrutural com /Standard Specification for Carbon Structural Steel e do zinco de alto 9rau de

    pureza S1& ;-> / Standard Specification for Zinc. N o M(to$o 'classifica asatmosferas com base nos fatores climticos e de polui!o.

    norma %S* G??3 / Corrosion of metals and alloys Corrosivity ofatmospheres Classification, tambm, apresenta duas metodolo9ias paracaracterizar as atmosferas a primeira com base nos fatores climticos e de

    polui!o0 a se9unda, com base na ta7a de corroso dos metais a!o carbono, zinco,alum4nio e cobre.

    l9uns autores adotam o a!o carbono como material de referOncia, pelo fatode #ue este material o mais lar9amente utilizado em condi!"es de e7posi!oatmosfrica0 muito embora, na prtica, ele nunca utilizado sem prote!oadicional contra corroso.

    H+' N'%*5 (6GAA), em seu trabalho sobre plane8amento e avalia!o deensaios de corroso atmosfrica apresenta 3 maneiras para caracterizar uma

    atmosfera as #uais sero descritas resumidamente a se9uir

    primeira e a mais simples atravs da determina!o da ta7a de corroso deum material tomado como referOncia. *s metais mais comumente utilizados soo zinco e o a!o carbono0

    se9unda atravs de medi!"es dos fatores climticos e de polui!o, #uaisse8am temperatura, umidade relativa, tempo e intensidade de insola!o, 4ndice

    pluviomtrico, tempo de ocorrOncia de neblina, dire!o e velocidade dos ventose concentra!o de diE7ido de en7ofre, cloretos, 9ases nitrosos e material

    particulado. +ste mtodo implica em um custo muito elevado, especialmente nosestudos de lon9a dura!o, alm de no haver uma metodolo9ia ade#uada para otratamento dos dados0

    terceira e 2ltima consiste em medir as variveis #ue se relacionam diretamentecom o processo corrosivo, #uais se8am tempo de molhamento, temperatura, ta7ade absor!o de diE7ido de en7ofre e ta7a de deposi!o de cloretos. +sta forma,tambm, re#uer um monitoramento fre#uente dos dados o #ue a torna invivel,

    principalmente nos estudos de lon9a dura!o.parei

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    Pelo e7posto, pode-se perceber #ue no e7iste um maneira 2nica paraclassificar as atmosferas, apesar de #ue as metodolo9ias no so comple7as. +mfun!o disso, as classifica!"es obtidas utilizando-se uma dada metodolo9ia, no

    podem ser e7trapoladas para #ual#uer tipo de material. %sto particularmente

    verdadeiro, nos casos em #ue a classifica!o feita com base nos dados climticose de polui!o, por#ue os metais apresentam comportamentos distintos para umdado tipo e concentra!o de poluente.

    'este trabalho, devido ao lon9o per4odo de dura!o dos ensaios dee7posi!o, no seria vivel fazer monitora!o dos parmetros climticos e de

    polui!o #ue influenciam o processo de corroso de metais. Por esta razo, optou-se por caracterizar as atmosferas com base na ta7a de corroso de metais dereferOncia. * critrio adotado foi o recomendado pela norma %S* G??3, baseadonas ta7as de corroso do a!o carbono, do zinco e do alum4nio. * outro metal citado

    por esta norma (o cobre) no estava inclu4do neste trabalho. He acordo com estanorma, as atmosferas podem ser classificadas em = cate9orias de corrosividade,conforme mostrado na 1abela 6

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    1abela 66 / 1a7as de corroso (t) dos metais de referOncia para diferentes

    cate9orias de corrosividade, apEs 6 ano de e7posi!o (norma %S*H%SG??3)

    1abela 6? / 1a7as de corroso (t) dos metais de referOncia para diferentescate9orias de corrosividade, apEs 6< anos de e7posi!o (norma%S*H%S G??B)

    Meta#s $e refer)"*#a e *ass#f#*a+,o $as atmosferas

    Como 8 foi mencionado, sero apresentadas duas classifica!"es das+sta!"es de Corroso tmosfrica0 uma com base nas ta7as de corroso do a!ocarbono, do zinco e do alum4nio para um ano de e7posi!o e, a outra, com base nasta7as de corroso do a!o ao carbono, do zinco, do alum4nio e do a!o patinvel para6< anos de e7posi!o.

    'as 1abelas 63-6= esto apresentadas as ta7as de corroso do a!o carbono,

    do zinco e do alum4nio nas 3 esta!"es e as respectivas cate9orias de corrosividade,

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    apEs um ano de e7posi!o. 'as 1abelas 6>-6G esto as ta7as de corroso dosmesmos metais e tambm do a!o patinvel, para 6< anos de e7posi!o.

    %ndependente da metodolo9ia eou do material de referOncia adotado para secaracterizar uma atmosfera, a classifica!o obtida para um determinado metal no

    pode ser 9eneralizada para os demais metais, pois dependendo da natureza e daconcentra!o dos poluentes, um ambiente pode ser a9ressivo para um metal e noser para outros. lm disso, classifica!o de atmosferas utilizando-se metodolo9iasdiferentes, isto , com base nos fatores climticos e com base na ta7a de corrosode metais de referOncia, apresentam resultados diferentes. *u se8a o 9rau decorrosividade de uma determinada atmosfera no necessariamente o mesmo,#uando se altera a metodolo9ia adotada para a sua caracteriza!o.

    1abela 63 / 1a7as de corroso do a!o carbono, referentes a um ano de e7posi!o,nas trOs +sta!"es tmosfricas e as respectivas cate9orias decorrosividade

    1abela 6B / 1a7as de corroso do zinco nas trOs +sta!"es tmosfricas, referentesa um ano de e7posi!o, e as respectivas cate9orias de corrosividade

    1abela 6= / 1a7as de corroso do alum4nio nas trOs +sta!"es tmosfricas,referentes a um ano de e7posi!o, e as respectivas cate9orias decorrosividade

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    1abela 6> / 1a7as de corroso do a!o carbono nas trOs +sta!"es tmosfricas, apEsos 6< primeiros anos de e7posi!o, e as respectivas cate9orias decorrosividade

    1abela 6@ / 1a7as de corroso do zinco nas trOs +sta!"es tmosfricas, apEs os 6, S1& =@?, S1& =AA e;'1 6

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    presen!a destes elementos na li9a melhora sensivelmente a resistOncia : camada deE7ido #ue se forma sobre a superf4cie do metal. +sta camada compacta e aderentesendo conhecida como ptina. medida em #ue esta camada vai se formando, ata7a de corroso vai diminuindo, pois ela atua como barreira protetora isolando o

    metal do meio. +m atmosferas de bai7a a9ressividade, com em atmosfera rural, aforma!o da camada de E7idos muito lenta de modo #ue a superioridade destematerial sE percebida apEs um tempo de e7posi!o muito lon9o. 'estes casos, odesempenho deste a!o similar ao do a!o carbono comum, no se 8ustificando,assim, a sua utiliza!o.

    superioridade do a!o patinvel, #uando comparada : do a!o carbono, muito evidente em atmosferas com a9ressividade moderada (teor de S*?inferior a66= 9m3). 'estas condi!"es, as ta7as de corroso deste tipo de a!o so da ordemde ? mano a > mano), sendo portanto recomendvel a sua utiliza!o.

    +m ambientes industriais muito a9ressivos, tambm nota-se uma sens4veldiferen!a entre as ta7as de corroso dos a!os patinveis e do a!o carbono. Porm,em termos absolutos, esta ta7a muito alta, de modo #ue este material devereceber um tratamento adicional contra a corroso, por e7emplo por meio dezinca9em ou de pintura. +m ambientes a9ressivos e com molhamento cont4nuo,

    praticamente no se observa diferen!a entre o a!o carbono comum e o a!opatinvel.

    'este trabalho, o a!o patinvel ensaiado foi o a!o bai7a li9a S1& =AA,cu8a composi!o #u4mica e a microestrutura encontram-se na 1abela B e Di9ura B,respectivamente.A+o estrutura

    So chamados a!os estruturais a#ueles a!os com composi!o #u4mica epropriedades mecnicas definidas. +stes a!os podem possuir em sua composi!oelementos de li9as tais como Cu e 'i. %nicialmente, eles tambm apresentam ta7asde corroso elevadas #ue vo diminuindo 9radativamente com o tempo dee7posi!o. +ste fenJmeno deve-se tambm : presen!a de uma camada de produtosde corroso com aspecto poroso #ue vai se tornando mais compacta e aderente :medida #ue aumenta o per4odo de e7posi!o. Doram ensaiados ? tipos de a!osestruturais o S1& 3> e o S1& =@?. s 1abelas ? e 3, e as Di9uras ? e 3apresentam as composi!"es #u4micas e as microestruturas destes a!os,respectivamente.

    s perdas de espessura dos B tipos de a!os em fun!o do tempo dee7posi!o esto apresentados nas Di9uras ?B-3

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    Di9ura 36 / 1a7as de corroso dos a!os ;'1 6

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    Di9ura 33 / 1a7as de corroso dos a!os ;'1 6

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    1abela ?6 / 5esultados das anlises por difratometria de raios R e por disperso deener9ia dos produtos de corroso dos a!os ;'1 6

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    Di9ura 3= / specto da superf4cie do a!o S1& 3> e7posto na +C So PauloapEs 6@ anos de e7posi!o, obtido com o microscEpio eletrJnico devarredura. umento 6

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    Di9ura 3@ / specto da superf4cie do a!o S1& =AA e7posto na +C So PauloapEs 6@ anos de e7posi!o, obtido com o microscEpio eletrJnico devarredura. umento 6

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    Di9ura B< / Se!o transversal do a!o S1& =@?, mostrando o ata#ue porcorroso. umento 6

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    Cromo/ principal responsvel pela forma!o da camada protetora (filme oupel4cula) na superf4cie e #ue d ori9em ao fenJmeno conhecido comopassiva!o. presen!a desta camada come!a a ser notada a partir de teores de

    6

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    ferr4ticos. 'o caso do a!o ino7idvel duple7, este contOm, apro7imadamente, =

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    limpezas fre#Tentes se8a pela a!o direta das chuvas, se8a pela interferOnciahumana durante as etapas de manuten!o.

    'este trabalho, os corpos-de-prova foram previamente decapados emsolu!"es cidas de cido fluor4drico e cido n4trico, de modo #ue 8 era de certa

    forma esperado um alto desempenho, mesmo na esta!o de corroso atmosfricade maior a9ressividade. +nsaios realizados com o a!o do tipo ;'1 3

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    Di9ura B3 / Se!o transversal do a!o ;'1 36>, no evidenciando ata#ue porcorroso. umento =, apEs 6@ anos de e7posi!o na +C

    So Paulo, obtida com o microscEpio eletrJnico de varredura,mostrando ata#ue inter9ranular superficial

    Aum0"#o

    * alum4nio e suas li9as, #uando e7posto : atmosfera, apresentam umae7celente resistOncia : corroso devido : forma!o, sobre a sua superf4cie, de umacamada de E7idos de carter protetor. espessura da camada de E7idos depende

    das condi!"es de e7posi!o em atmosferas limpas e secas, a espessura destacamada da ordem de 6

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    polu4das, a espessura da camada de E7ido consideravelmente maior. &esmo emambientes mais a9ressivo, a camada de E7idos tem carter protetor, o #ue faz com#ue a sua ta7a de corroso decres!a com o tempo de e7posi!o. He modo 9eral, amaior intensidade de ata#ue por corroso ocorre durante os primeiros ? anos de

    e7posi!o.+m termos absolutos, as ta7as de corroso so bai7as e dificilmenteultrapassam o valor de 6 mano. +m atmosferas cu8a corrosividade muitosevera, elas podem atin9ir valores de 3 mano. +stas ta7as de corroso9arantem a este metal um desempenho satisfatErio na maioria das atmosferas.

    +m atmosferas limpas, como por e7emplo as atmosferas rurais, o alum4niomantm o aspecto brilhante da sua superf4cie, pois a camada de E7idos #ue forma

    praticamente invis4vel. N em atmosferas polu4das, com o tempo de e7posi!o, oalum4nio apresenta al9umas altera!"es na superf4cie, com perda do brilho ori9inal,

    aspereza e escurecimento. +ste escurecimento conse#TOncia do crescimento dacamada de E7ido #ue se torna vis4vel.+m atmosfera marinha, o alum4nio assume uma colara!o opaca, en#uanto

    #ue na atmosfera industrial, predomina a colora!o escura. aspereza por vezesverificada na superf4cie do alum4nio conse#TOncia da corroso localizada(corroso por pite).

    forma!o de pites na superf4cie do alum4nio devida : a!o dos poluentesdos #uais os principais so o diE7ido de en7ofre, cloretos e material particulado. maneira como estes poluentes influenciam na forma!o de pites pode serapresentada resumidamente a se9uir

    forma!o a9e sobre os metais passivveis, como o alum4nio, #uebrandolocalmente a camada passiva e determinando a ocorrOncia de pites0

    * material particulado, ao se depositar na superf4cie do metal, constitui-se ems4tios favorveis para absor!o do diE7ido de en7ofre, acidificando oeletrElito nas vizinhan!as das part4culas depositadas. +sta acidifica!o capazde dissolver localmente a camada de E7idos e conse#uentemente determinar a

    corroso localizada do alum4nio. presen!a de material particulado pode,ainda, determinar a ocorrOncia de corroso localizada do alum4nio, pelosmecanismos de corroso por concentra!o diferencial0

    * diE7ido de en7ofre (S*?)#uando adsorvido na superf4cie do metal, podeo7idar-se a S*3e atravs da rea!o com 9ua, formar cido sulf2rico, o #ue

    provoca a acidifica!o do eletrElito condensado. +m atmosferas de mdiaa9ressividade, na ausOncia do material particulado, a presen!a de diE7ido deen7ofre no causa muitos danos ao alum4nio. %sto ocorre por#ue a ta7a deadsor!o do diE7ido de en7ofre, pelo alum4nio muito bai7a, mesmo emambientes com alta umidade relativa. ssim, em atmosferas industriais isentas

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    de material particulado, o eletrElito presente na superf4cie do alum4nio dilu4do e, portanto, insuficiente para dissolver a camada de E7idos. Ualelembrar #ue a estabilidade da camada de E7idos formada sobre a superf4cie doalum4nio estende-se at o p de ?,=.

    Dace a estas considera!"es fcil deduzir #ue a lava9em da superf4cie doalum4nio, pela 9ua das chuvas, altamente benfica, pois elimina os a9entescausadores de pites como o cloreto, material particulado e diE7ido de en7ofre.

    Como a corroso atmosfrica do alum4nio de natureza localizada, no seobservam perdas de massa considerveis. Por esta razo, normalmente costuma-sedeterminar as varia!"es de al9uns parmetros de propriedades mecnicas. Para este

    propEsito, o limite de escoamento tem sido o parmetro mais utilizado paraavalia!o das altera!"es nas propriedades mecnicas.

    'o trabalho, conforme 8 descrito anteriormente, o alum4nio ensaiado foi dotipo 66 / Comportamento do alum4nio 66< nas 3 +sta!"es de Corrosotmosfrica

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    Di9ura B@ / 1a7as de corroso do alum4nio 66

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    Di9ura BA / Superf4cie de um corpo-de-prova de alum4nio e7posto na +C SoPaulo, apEs 6@ anos. Doto9rafia obtida no microscEpio eletrJnico devarredura. umento 6

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    S*?e de cloreto. %mpurezas ou elementos de li9a em teores menores #ue ?F nointerferem si9nificativamente no desempenho do zinco, #uando e7posto :atmosfera.

    uando o zinco e7posto a atmosferas secas forma-se, 9radualmente, sobre

    a sua superf4cie uma camada de E7ido de zinco (n*) #ue atua como uma barreiramuito efetiva contra a corroso. $ma vez formada esta barreira, a ta7a de corrosodo zinco torna-se praticamente desprez4vel.

    +m atmosferas limpas e na presen!a de o7i9Onio, de 9s carbJnico (C*?) ede 9ua, o produto de corroso inicialmente formado sobre o zinco o hidrE7idode zinco #ue convertido em carbonatos de zinco ou em carbonatos bsicos dezinco, #ue so compostos insol2veis. Se a atmosfera estiver contaminada com S* ?,o hidrE7ido de zinco convertido em sulfato bsico de zinco, ao passo #ue seestiver contaminada com cloreto, o hidrE7ido de zinco convertido em cloretos

    bsicos de zinco. +m ambos os casos, estes compostos so insol2veis e formamuma barreira #ue prote9e contra a corroso.

    Sob determinadas condi!"es, no entanto, a camada de produtos de corroso#ue se forma sobre a superf4cie do zinco no possui caracter4sticas protetoras. %stoocorre em atmosferas e7cessivamente contaminadas com S*?e com cloreto. Se acontamina!o da atmosfera com compostos de en7ofre for muito elevada, acamada de 9ua e7istente na superf4cie do metal torna-se cida e o principal

    produto formado o sulfato de zinco #ue sol2vel em 9ua e, portanto, no formauma barreira efetiva contra a corroso. Se a contamina!o com cloreto for muitoelevada, a camada de 9ua na superf4cie do metal ficar saturada com este sal #ue,

    por ser muito hi9roscEpico, determinar o molhamento cont4nuo do metal. lmdisso, poder haver forma!o de cloreto de zinco #ue bastante sol2vel e,

    portanto, tambm, no atua como barreira. dependOncia da ta7a de corroso do zinco com o tempo de e7posi!o

    fun!o do ambiente de das condi!"es de e7posi!o. +m atmosferas rurais eurbanas, e7posto em condi!"es no-abri9adas, a ta7a de corroso normalmente linear com o tempo. N em condi!"es abri9adas, esta ta7a decresce com o tempo.

    +m ambientes marinhos, tanto em condi!"es abri9adas como no-abri9adas,e7iste uma tendOncia de diminui!o da ta7a de corroso com o tempo de

    e7posi!o, sendo este efeito mais pronunciado em condi!"es abri9adas.+m atmosfera industrial, a ta7a de corroso altamente dependente da

    concentra!o de diE7ido de en7ofre, de modo #ue, normalmente, verificam-sevaria!"es na ta7a de corroso. ssim, em per4odos de elevados 4ndices de polui!oe, portanto, de elevada concentra!o de diE7ido de en7ofre na atmosfera, tem-sealtas ta7as de corroso e vice-versa.

    pesar desta diversifica!o na dependOncia da ta7a de corroso do zinco,se9undo a literatura(6), acredita-se #ue resultados obtidos com ? anos de e7posi!o

    8 so suficientes para estimar a ta7a de corroso mdia do zinco. Por e7emplo, se

    um revestimento de zinco possui espessura de camada de apro7imadamente =

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    de ? mano, pode-se estimar uma vida 2til da ordem de ?= anos para camada dezinco. +videntemente, deve-se ter em mente #ue as condi!"es atmosfricas dolocal onde o metal foi e7posto podem ser alteradas e conse#uentemente ter-se-iamta7as de corroso diferentes, coerentes com as novas condi!"es de a9ressividade.

    Sabe-se #ue a ta7a de corroso do zinco muito maior em atmosferasindustriais do #ue em atmosferas rurais. +sta diferen!a de comportamento atribu4da a presen!a de diE7ido de en7ofre na atmosfera, pois o diE7ido de en7ofrerea9e com a pel4cula protetora de carbonato de zinco, convertendo-a em sulfatossol2veis.

    +7iste uma correla!o linear entre a ta7a de corroso do zinco e aconcentra!o de diE7ido de en7ofre na atmosfera. +ste metal, inclusive, maissens4vel a este poluente do #ue o prEprio a!o carbono. Conhecendo-se aconcentra!o de diE7ido de en7ofre na atmosfera, pode-se inclusive estimar a ta7a

    de corroso do zinco, atravs da se9uinte e#ua!o (V'+0 $P&, 6G@

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    Di9ura =< / Comportamento do zinco metlico nas 3 +sta!"es de Corrosotmosfrica

    Di9ura =6 / Comportamento do a!o zincado por imerso a #uente, nas 3 +sta!"esde Corroso tmosfrica

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    Di9ura =? / Comportamento do a!o zincado e bicromatizado, nas 3 +sta!"es deCorroso tmosfrica

    Di9ura =3 / Comportamento do zinco, do a!o zincado e do a!o zincado ebicromatizado, na +C Lorena / atmosfera rural

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    Di9ura =B / Comportamento do zinco, do a!o zincado e do a!o zincado ebicromatizado, na +C So Paulo / atmosfera urbana

    Di9ura == / Comportamento do zinco, do a!o zincado e do a!o zincado ebicromatizado, na +C Santo ndr / atmosfera industrial

    Para melhor ilustrar a corrosividade das 3 atmosferas ao zinco, foramcalculadas as ta7as mdias de corroso dos 3 materiais, correspondentes aos

    per4odos de retiradas dos corpos-de-prova. +stes valores esto apresentados nasDi9uras =>-@6. 1abela ?= mostra al9umas ta7as de corroso t4picas dos diferentestipos de atmosfera encontradas na literatura, para ? anos de e7posi!o.

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    Di9ura => / 1a7as de corroso do zinco na +C Lorena, na +C Santo ndr e na+C So Paulo

    Di9ura =@ / 1a7as de corroso do a!o zincado, na +C Lorena, na +C Santondr e na +C So Paulo

    Di9ura =A / 1a7as de corroso do a!o zincado e cromatizado, na +C Lorena, na+C Santo ndr e na +C So Paulo

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    Di9ura =G / 1a7as de corroso do zinco, do a!o zincado e do a!o zincado ecromatizado, na +C Lorena / atmosfera rural

    Di9ura >< / 1a7as de corroso do zinco, do a!o zincado e do a!o zincado ecromatizado, na +C So Paulo / atmosfera urbana

    Di9ura >6 / 1a7as de corroso do zinco, do a!o zincado e do a!o zincado ecromatizado, na +C Santo ndr / atmosfera industrial

    *bservando-se as Di9uras =>->6, pode-se perceber #ue, nas 3 +sta!"es deCorroso tmosfrica, as ta7as de corroso destes 3 tipos de materiaisapresentaram tendOncia praticamente linear com o tempo de e7posi!o. *bserva-seainda #ue no h diferen!as muito si9nificativas entre as ta7as de corroso dosmateriais.

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    1abela ?= / 1a7as de corroso do zinco encontradas no trabalho e valores obtidosna literatura, para ? anos de e7posi!o (XN%&*1*0 L&+%H0S%$+%50 6GG6)(6)

    Como 8 era esperado, as ta7as de corroso do zinco, do a!o zincado e doa!o zincado e cromatizado so menores na atmosfera rural, se9uidas pelaatmosfera urbana e finalmente pela atmosfera industrial.

    *s produtos de corroso formados na superf4cie dos corpos-de-prova foramanalisados por espectroscopia na re9io do infravermelho, por difratometria deraios R e atravs de microscopia eletrJnica de varredura (&+U). *s resultados dasanlises esto apresentados na 1abela ?>. Para estes metais tambm, a anlise porespectrometria no infravermelho no permitiu identificar a natureza dos produtosde corroso. morfolo9ia do ata#ue da superf4cie destes materiais foi observadacom au74lio do &+U e est mostrada nas Di9uras >?->B.

    1abela ?> / 5esultados das anlises dos produtos de corroso do zinco, do a!ozincado e do a!o zincado e cromatizado e7postos na +C So Paulo /atmosfera urbana

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    Di9ura >? / Doto9rafia da superf4cie do zinco e7posto na +C So Paulo. &+U.

    umento =

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    Di9ura >B / Doto9rafia da superf4cie do a!o zincado e cromatizado e7posto na +CSo Paulo. &+U. umento =@. Pode-se verificar #ue no houve diferen!assens4veis no comportamento dos 3 tipos de materiais.

    Di9ura >= / Se!o transversal do zinco e7posto na +C So Paulo, mostrando oata#ue por corroso. umento => / Se!o transversal do a!o zincado e7posto na +C So Paulo,mostrando o ata#ue por corroso. umento =

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    Di9ura >@ / Se!o transversal do a!o zincado e cromatizado e7posto na +C SoPaulo, mostrando o ata#ue por corroso. umento =