Corrosão.AltasTemperaturas

download Corrosão.AltasTemperaturas

of 17

Transcript of Corrosão.AltasTemperaturas

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    1/17

    Corroso em Altas Temperaturas

    Disciplina de Corroso

    Programa de Ps-Graduao UFMG

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    2/17

    FORMAO DA PELCULA DE OXIDAO

    A pelcula formada pela oxidao do metal base o resultado daoxidao qumica desse metal por um agente oxidante;

    Essa pelcula, dependendo das propriedades do xido formado,

    pode proteger o metal base contra a continuidade da oxidao econsequente destruio do metal, mas se a pelcula se

    desprender com facilidade ser dada continuidade ao processo de

    oxidao;

    As equaes que regem esse fenmeno esto abaixo:

    Reao de oxidao:

    Reao de reduo:

    Reao de exirreduo:

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    3/17

    MECANISMO DE CRESCIMENTO DA PELCULA

    DE OXIDAO

    Considerando um meio oxidante, com presena abundante de oxignio,existem trs processos competindo:

    Adsoro de um filme de oxignio atmico sobre a superfcie metlica (predominaem temperaturas baixas);

    Adsoro de oxignio molecular sobre a face externa do filme (predomina em

    temperaturas baixas)

    Pelcula de xido proveniente da reao de oxidao (predomina em

    temperaturas altas);

    Como o processo de oxidao envolve o transporte de eltrons, ento ocrescimento da pelcula da conduo inica, ocorre das seguintes maneiras:

    O nion ( ) difundindo-se pelo xido no sentido do metal;O ction metlico ( ) difundindo-se pelo xido no sentido do oxignio;

    Difuso simultnea do nion e do ction;

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    4/17

    MECANISMO DE CRESCIMENTO DA PELCULA

    DE OXIDAO

    Pode-se considerar que a difuso catinica ocorre com mais frequnciaque a aninica pois o on do metal geralmente menor que o ion ,

    podendo atravessar mais facilmente a rede cristalina do xido.

    Devido corroso do metal, existe a formao de imperfeies na

    estrutura do mesmo, por causa de lugares vazios presentes na estrutura

    oxidada devido movimentaes dos ctions formados. Podemos citar

    dois tipos principais de imperfeies:

    Compostos formando semicondutores do tipo n (negativo): a condutividade realizada pelos eltrons, onde existem excesso de ons metlicos, tais ons migram

    com os eltrons para a camada externa de xido. Ex: CdO, MgO;

    Compostos formando semicondutores do tipo p (positivo): a condutividade estrelacionada com a movimentao dos ons do metal base, os eltrons caminham

    saltandoentre os ctions do metal vizinhos. Ex: NiO, FeO, CoO, MnO;

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    5/17

    EQUAES DE OXIDAO

    So equaes que descrevem a velocidade de oxidao do metal basecom o tempo, em funo da espessura da camada de xido e da

    temperatura:

    Equao linear: - utilizada para o caso dos metais cuja relao

    entre o volume de xido formado e o volume metal consumido menor que 1.Ex: Fe acima de 900C;Equao parablica: - utiliza-se essa equao para o caso dosmetais cuja relao entre o volume de xido formado e o volume metal consumido

    maior que 1. Ex: Fe e Cu;

    Equao logartmica: - ocorre na oxidao inicial de metais comoCu, Fe, Zn, Ni, que se oxidam rapidamente no incio e depois lentamente, com a

    espessura da pelcula quase constante, exe: Fe, 200C, Zn 400C e Al temperatura ambiente;As constantes dependem da temperatura, da natureza do material e em

    alguns casos da presso, A a espessura da pelcula no tempo t=0, para os casos

    da presso constante temos a equao: , onde Q a energia deativao da reao de oxidao, R a constante dos gases e T a temperatura

    absoluta.

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    6/17

    A eficincia depende das propriedades da pelcula formada

    entre o metal e o meio corrosivo.

    Resistividade Eltrica quando elevada, dificulta a difuso

    de eltrons, retardando a corroso.

    Transporte Catinico quanto menos lugares vazios narede, maior a dificuldade de movimentao de ctions;

    Plasticidadequanto mais plstica, mais difcil a fratura;

    Porosidadequanto menos porosa, menor a difuso;

    Volatilidade, Presso de Vapor, Aderncia e Solubilidade

    so propriedades que tambm interferem na proteo.

    EFICINCIA DE PELCULAS COMO

    AGENTES PROTETORES

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    7/17

    PELCULAS POROSAS E NO POROSAS

    RELAO DE PILLING-BEDWORTH

    A relao determinada pela expresso:

    , onde

    M = massa molecular do xido;

    D = massa especfica do xido;

    m = massa atmica do metal;

    n = n de tomos metlicos na frmula molecular do xido;d = massa especfica do metal.

    Relao < 1pelculas porosas e metais rapidamente oxidados;Relao 1pelculas no porosas e metais mais resistentes.

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    8/17

    PELCULAS POROSAS E NO POROSAS

    RELAO DE PILLING-BEDWORTHExemplo com o Al2O3 formado sobre o alumnio:

    M = 102 g

    D = 4 g/ cmm = 27 g

    n = 2

    d = 2,7 g/cm

    Tab.1 Valores da Relao dePilling -Bedworth para xidos metlicos.

    3

    33

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    9/17

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    10/17

    ESPESSURAS DE PELCULAS - TIPOS

    Espessas Acima de 5000 ,visveis a olho nu e podematingir valores elevados. Ex: Carepa de laminao no ao.

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    11/17

    ESPESSURAS DE PELCULAS MTODOS

    Mtodo Gravimtrico a espessura, em centmetros, podeser obtida pela seguinte expresso:

    s = rea (cm )

    P = massa (g)

    M = massa molecular do xidom = massa do metal em M do xido

    D = Densidade do xido

    Mtodo Eletromtrico mede a quantidade de eletricidadenecessria para a reduo da pelcula de oxidao.

    I = intensidade de corrente eltrica (A)

    t = tempo para completa reduo (s)

    M = grama equiv. substncia reao de reduo

    F = constante de Faraday

    d = massa especfica da substncia (g/cm )

    s = rea delimitada para reduo (cm )

    3

    2

    2

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    12/17

    CRESCIMENTO DE PELCULAS EM LIGAS

    OXIDAO SELETIVAOcorre quando um componente ou constituinte estrutural de uma

    liga oxida-se mais rapidamente que os outros.

    Ex: Adio de Cr em ligas de ao, formando a pelcula Cr2O3.

    A liga reage com o oxignio; se a Vdifusodo on metlico atravs doxido formado for maior que a Vdifuso dos outros metais

    componente da liga, a reao prosseguir com esse metal.

    Se a pelcula tiver caractersticas protetoras, haver diminuio na

    velocidade de oxidao.

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    13/17

    CRESCIMENTO DE PELCULAS EM LIGAS

    OXIDAO SELETIVAEx.: comportamento dos metais puros contra o oxignio:

    Se a velocidade de difuso do on metlico atravs do xido

    formado for maior que a dos outros metais componente da liga, a

    reao prosseguir com esse metal. Tem-se uma oxidao seletivae, se a pelcula tiver caractersticas protetoras, haver diminuio

    na velocidade de oxidao.

    O uso das ligas resistentes s altas temperaturas depende dos

    seguintes fatores:

    Resistncia qumica da liga;

    Resistncia mecnica da liga nas condies de emprego;

    Facilidade de usinagem;

    Custo da liga.

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    14/17

    Meio: Enxofre

    Reao:

    Fe + S . FeS (Resduo escuro)

    Fe + H2S FeS + H2(Resduo escuro + gs)Pelculas de Enxofre no protegem por apresentarrede cristalina, volume grande do tomo e ponto defuso baixo.

    Ligas de Ni forma eutticos que fundem emtemperaturas baixas comparadas com as ligas de Fe

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    15/17

    Meio: Hidrognio

    Reao em aos:

    Fe3C + 2H2 3Fe + CH4

    (Carbonetao e Descarbonetao)Reao em ligas de Cu:

    2Cu + O2 2CuO

    CuO + H2 Cu + H2O (ruptura no contornode gro)

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    16/17

    Meio: Cinzas

    Ocorrncia: queima de combustveis.

    Combustveis contendo V e S (esfoliao)

    Vandio catalisa SO2 para SO3 (Formao deNa2SO4)

    Mecanismo:

    Na2SO4 + 3M Na2O + 3MO + S

    M + S MS

    Na2SO4+ 3MS 4S + 3MO + Na2O

  • 7/25/2019 Corroso.AltasTemperaturas

    17/17

    Referncias Bibliogrficas

    GENTIL, Vicente. Corroso. 6 edio. Rio de Janeiro: LTC,2012.

    MCCAFFERTY, E. Introduction to Corrosion Science.1edio. New York: Springer, 2010