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Teoria da Relatividade

Cosmologia II

Prof. Pieter [email protected]

http://professor.ufabc.edu.br/~pieter.westera/Relatividade.html

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Resumo

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Teoria do Big Bang

0:Big Bang, começo do tempo.O Universo “nasce” de umasingularidade inicial, q. d. umestado de densidade etemperatura infinitas.

Desde então: Expansão,redução da temperatura.

até ~5·10-44 sec (T ≥ 1032 K):Época de Planck: densidade e temperatura altas demais para ser tratada pela física que conhecemos hoje em dia.

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Teoria do Big Bang

5·10-44 s - 10-36 s: T ≥ 1028 K:Época da GUT (Grand UnifiedTheory, “Grande TeoriaUnificada”): As forças eletro-magnética, nuclear forte e fracaeram unificadas em uma.O Universo consistia de uma“sopa” primordial de quarks (os constituentes dos prótons e dos nêutrons) e partículas transportadoras de forças (fótons, grávitons, gluons, ...).Matéria e anti-matéria se formavam e aniquilavam constantemente.

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Teoria do Big Bang

10-36 s - 10-34 s (T ~ 1028 K):Inflação: aumento exponencialdo tamanho do Universopor um fator ≥ 1043 em < 10-34 s.

A “sopa” primordial continuou,mas parte das partículas virtuais(aquelas que estavam seformando e aniquilando)se tornaram reais.

Nesta época devem ter sidoemitidas fortes ondasgravitacionais.

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Teoria do Big Bang

10-34 s – 10-11 s:1028 K ≥ T ≥ 1015 K:Época eletrofraca: As forçaseletromagnética e fraca aindaeram unificadas em uma,a força eletrofraca, enquantoa força forte já era uma forçadistinta.

A “sopa” primordial continuou. Esta época é, às vezes, chamada de “grande deserto”, por que não houve formação de partículas novas.

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Teoria do Big Bang

10-11 s – 1 ms:1015 K ≥ T ≥ 1012 K:Época das partículas:As forças eletromagnética efraca se “desacoplaram”,q. d. se tornaram duas forçasdistintas.A “sopa” primordial se tornou prótons e nêutrons (sobrando de um pequeno desequilíbrio entre matéria e anti-matéria 109+1 : 109), os mesmos prótons e nêutrons que constituem a matéria hoje.

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Teoria do Big Bang

1 ms – ~5 min:1012 K ≥ T ≥ 109 K:Época da núcleossintese:Fusão nuclear dos prótons enêutrons, formando núcleosde hélio e um pouquinho dedeuterio, lítio e berílio.=> composição química primordial do Universo:H (~76 %), He (23 a 24 %), D (0.01 %), Li (< 0.01 %).~98 % dos átomos de hoje

4 min – ~378'000 anos: 109 K ≥ T ≥ 3000 K:Época dos núcleos: Núcleos e elétrons interagindo constantemente com fótons (“partículas de luz”).

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Teoria do Big Bang

~378'000 anos, T ~3000 K:Final da época dos núcleos“Re-combinação”: núcleos eelétrons formando átomos:elétricamente neutros=> não interagiam mais comos fótons=> Desde então, a luz pode viajar livremente pelo espaço, “o Universo se torna transparente”.A luz emitida pouco antes, na “superfície de última difusão” ainda está permeando o Universo e pode ser observada como Radiação Cósmica de Fundo.

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Teoria do Big Bang

A partir das 378'000 anos:Época dos átomos:átomos e plasma consistindode íons e elétrons.

após alguns 100 mi. de anos:Formação de estrelas e galáxias

A partir ~1 bi. de anos até hoje:época das galáxias: galáxias se formando e fusionando, formando grupos, aglomerados e super-aglomerados de galáxias

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Resumo

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Teoria do Big Bang

Isto tudo parece papo de maluco.

De onde tiraram isto?

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Evidências

Paradoxo de Olbers (1823)

Se o Universo é infinito e existe desde sempre, entãoem qualquer direção que se olha deveria ter uma estrela.=> O céu deveria estar tão brilhante quanto a superfície de uma estrela.

Como o céu de noite é escura, um dos dois (ou ambos), o tamanho ou a idade do Universo, deve ser finito (neste caso a idade).

=> Prova muito simples da idade finita do Universo.

Edgar Allan Poe (1809-1849) e Lord Kelvin (1824-1907) já tinham chegado a esta conclusão.

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Evidências

Evidência para o fato, de que vivemos numa época, emque galáxias estão fusionando, ...

Estes processos estão sendo observados

- Aqui perto:- A Via Láctea está engolindo as galáxias anãs na vizinhança- A Via Láctea e a galáxia de Andrômeda estão se aproximando e colidirão em poucas bilhões de anos

- e na distância:- p. e. nas galáxias Antennae

As galáxias Antennae

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Radiacão Cósmica de Fundo

- Emitida na época da “Re-combinação”(formação de átomos a partir de núcleos eelétrons), quando o Universo tinha~378'000 anos de idade- Prevista por Гамов (Gamov), Alpher eHermann em 1948- Descoberta por acaso porPenzias & Wilson (1965) - Explicada por Burke, Dickee Peebles no mesmo ano=> Prêmio Nobel paraPenzias & Wilson (1978)

Гамов

Penzias e Wilson

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Radiacão Cósmica de Fundo

Estudada pelos satélites

- COBE: lançado em 1989, resultados 1992- WMAP: lançado em 2001, resultados 2003/2006- Planck: lançado em 2009

COBE WMAP Planck

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Radiacão Cósmica de Fundo

Espectro de corpo negro:

Na emissão (378'000 anos):~3000 K

desde então:comprimentos de ondasofreram um redshift(foram “esticados”)por um fator ~1090pela expansão do Universo.

=> hoje: 2.725 K

=> Prova, que a “Re-combinação” aconteceu, ou seja, uma evidência experimental do Big Bang, e mais uma prova pra expansão do Universo.

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Radiacão Cósmica de Fundo

Mapas de temperatura da Radiação de Fundo do céu

Dados COBE WMAP

- Extremamente homogênea:Azul 0 KVermelho 4 K

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Radiacão Cósmica de Fundo

Mapas de temperatura da Radiação de Fundo do céu

Dados COBE WMAP

Numa escala mais fina:Azul 2.721 KVermelho 2.729 Kaparece o momento dipolo devido ao movimento do Sol

- Extremamente homogênea:Azul 0 KVermelho 4 K

O Sol está se movimentando nesta direção em relação ao referencial da radiação cósmica=> efeito Doppler: detectamos a radiação com comprimentos de onda mais curtos=> medimos uma temperatura da radiação mais alta

O Sol está indo pra direção oposta desta direção=> comprimentos de onda mais compridos => temperatura mais baixa

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Radiacão Cósmica de Fundo

Mapas de temperatura da Radiação de Fundo do céu

Dados COBE WMAP

Depois de subtraído o efeito do movimento do Sol:As regiões azuis são 0.0002 K mais frias que as vermelhas.A região mais quente no meio é a contribuição da Via Láctea

- Extremamente homogênea:Azul 0 KVermelho 4 K

Numa escala mais fina:Azul 2.721 KVermelho 2.729 Kaparece o momento dipolo devido ao movimento do Sol

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Radiacão Cósmica de Fundo

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Radiacão Cósmica de Fundo

Após subtraido a contribuição da Via Láctea:

As regiõesvermelhaserammaisdensasna épocada emissão

=> Mapa da densidade da matéria visível do Universo 378'000 anos após o Big Bang

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Radiacão Cósmica de Fundo

As partes vermelhas são da ordemde uma parte em 100'000 maisdensas que as partes verdes.

Pode se calcular como estasregiões mais densas deveriam terevoluido até hoje, por colapso gravitacional.

=> As sobredensidades da matéria visível não eram suficientes para formar as estruturas observadas hoje (galáxias, aglomerados de galáxias, ...).Elas deviam ter sido uns 1000 vezes maiores.

=> Deve ter tido mais matéria que a visível.

=> Evidência para a Matéria Escura.

As galáxias e aglomerados de galáxias se formaram nos poços de potencial gravitacional da Matéria Escura.

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Radiacão Cósmica de Fundo

Espectro Angular da Radiação Cósmica de Fundo

Distribuição dos tamanhos dasestruturas na radiação de fundo,ou seja, das estruturas~378'000 anos depois do Big Bang.

Cálculos complicados mostram, quea posição do primeiro pico, 1º, éuma medida para a densidade total(matéria visível + matéria escura +energia escura) no Universo.

=> A densidade total é igual à densidade crítica.

Como já tinhamos determinado a densidade da matéria visível + escura, ~31 % da densidade crítica, podemos calcular a densidade da Energia Escura: ~69 % da densidade crítica.

=> Evidência para a Energia Escura.

Tamanho angular

Momento de multipolo l

Tem muitasestruturasde 1º detamanho

Tem poucasestruturasde 0.5º detamanho

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Radiacão Cósmica de Fundo

Espectro Angular da Radiação Cósmica de Fundo

Os mesmos cálculoscomplicados conseguemprever a forma exata(posições e alturas dosdemais picos)do espectro angularpara diferentesmodelos cosmológicos.

Variando vários parâmetros do modelo

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Radiacão Cósmica de Fundo

Espectro Angular da Radiação Cósmica de Fundo

O espectro angular da radiaçãocósmica de fundo bateexatamente com o espectroprevisto para o modelo ΛCDM:Matéria visível compõe 5 %,Matéria Escura, 26 %e Energia Escura, 69 %da densidade crítica.

=> Prova para todo o modelo ΛCDM.

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Dinâmica de estrelas da Via Láctea

As estrelas da Via Láctea,p. e. o Sol, se movimentam emórbitas circulares em torno docentro Galáctico.

A velocidade de rotação de umaestrela depende da massa daVia Láctea contida no espaçono interior da sua órbita.

As velocidades medidas indicamque tem mais massa na Via Láctea, do que aquela devida aoscomponentes observados (estrelas, gás interestelar, ...).

=> Outra evidência para a Matéria Escura.

Outras Evidências para a Matéria Escura

curva de rotação da VL

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Dinâmica de estrelas em galáxias discos

O mesmo se observa em outrasgaláxias discos, p. e. a galáxia deAndrômeda.

O movimento inesperadamenterápido das estrelas é observadotambém em galáxias de outros tipos,i. e. elípticas, irregulares, etc.

=> Todas as galáxias têm mais massado que a massa observada.

=> Matéria Escura.

Outras Evidências para a Matéria Escura

curvas de rotação de vários galáxias discos

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Outras Evidências para a Matéria Escura

Massas de aglomerados de galáxias

Dinâmica das galáxias

As galáxias em um aglomerado semovimentam também, com velocidadesque podem ser medidas através dosseus espectros, pelo efeito Doppler.

A dispersão de velocidades σr depende

da massa do aglomerado, que pode,então, ser calculada usando o teoremade virial: M ≈ 5σ

r

2R/G

=> Massas de 1014 a 1015 MSol

Abell 1689

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Outras Evidências para a Matéria Escura

Massas de aglomerados de galáxias

Radiação do gás inter-aglomerado

Além das galáxias, os aglomeradoscontêm gás, de massa maior doque as galáxias, que irradia emraios X devido à sua temperatura.

A pressão deste gás está emequilíbrio com a gravitação doaglomerado.

Medindo a radiação em raios X,pode se calcular a temperatura e a pressão do gás inter-aglomerado, e a massa do aglomerado.

=> Massas de 1014 a 1015 MSol

Aglomerado Abell 521 em raios X

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Outras Evidências para a Matéria Escura

Massas de aglomerados de galáxias

Efeito de lentes gravitacionais

Massas altas, como aglomeradosde galáxias, desviam a luz,e distorcem a imagem de objetosatrás da massa, p. e.galáxias mais distantes(=> aula Relatividade Geral).

Medindo a distorção dasimagens destas galáxias“de fundo”, pode sedeterminar a massa do objetona frente (a lente, no caso,o aglomerado).

=> Massas de 1014 a 1015 MSol

Aglomerado Abell 2218 2218

Galáxia de fundo

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Outras Evidências para a Matéria Escura

Massas de aglomerados de galáxias

Os métodos concordam: Maglomerados

= 1014 a 1015 MSol

Porém:A soma das massas das estrelas nas galáxias é ~50 vezes menor.

A soma das massas das galáxias mais o gás inter-aglomerado ainda é 5 a 6 vezes menor.

=> Aglomerados contêm massa além da matéria conhecida (bariônica).

=> Outra evidência para a Matéria Escura não-bariônica.

=> Evidências para a Matéria Escura de fontes completamente diferentes e independentes: Radiação Cósmica de Fundo, galáxias, aglomerados de galáxias (e existem mais).

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Do que consiste a Matéria Escura?

Tem que ser algo que quase não interage com materia “comum”(só pela gravitação e talvez a força fraca). Senão já a teríamos visto.Já sabemos que não são MACHOs (=> aula Relatividade Geral).

Anos 80: Duas Possibilidades

- Hot Dark Matter (ingl. para Matéria Escura Quente): Partículas de muito baixa massa e com altas velocidades: neutrinos (~10-36 kg) ou outras partículas hipotéticas

- Cold Dark Matter (Matéria Escura Fria): Partículas ou até objetos com massa mais alta, e velocidades baixas: “axions” (~10-41 kg), WIMPs (ingl. Weakly Interacting Massive Particles, “partículas massivas interagindo fracamente”, 10-26 - 10-24 kg), ou outras partículas hipotéticas

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Do que consiste a Matéria Escura?

Como distinguir?

- As partículas do Hot Dark Matter têm velocidades tão altas (relativísticas), que elas escapam das concentrações de massa (galáxias, aglomerados, etc.) Elas não participam na formação destas estruturas.

- Cold Dark Matter fica ligada às estruturas pela gravitação Ela participa da formação das estruturas.

=> A formação das estruturas se dá diferentemente nas duas hipóteses.=> As forma das estrututuras e distribuição da matéria visível, quer dizer, das galáxias saem diferentes

=> Comparar com simulações

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Do que consiste a Matéria Escura?

Simulações da evolução das grandes estruturas no Universo

Cada ponto é uma galáxia.

Com Matéria Escura Distribuição Com Matéria Escura Quente Observada Fria

=> A simulação com Matéria Escura Fria reproduz a distribuição observada melhor

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Do que consiste a Matéria Escura?

Simulação mais recente com Matéria Escura Fria

Reproduz perfeitamente a distribuição observada.

=> A Matéria Escura é Fria (CDM)

Dark Matter Millenium Simulation Comparação com umaamostra de redshifts

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Do que consiste a Matéria Escura?

Evolução de um Cubo Comovente segundo a Simulação

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Outras Evidências para a Energia Escura

Luminosidades de Supernovas Ia

Supernovas (SN) são explosões de estrelas no final das suas “vidas”.

Para um certo tipo, as supernovas Ia, estas explosões sempre ocorrem com a mesma luminosidade, que conseguimos determinar através de SN Ia que occoreram “perto daqui”.Se diz que SN Ia são velas padrão.

A luminosidade apparente (o brilho do objeto no céu) diminui com o quadrado da distância de luminosidade.=> Pode se determinar a distância de uma SN Ia e, então, da galáxia onde ela ocorreu, medindo a sua luminosidade apparente.

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Outras Evidências para a Energia Escura

Luminosidades de Supernovas Ia

Em 1998, astrônomosdescobriram que em redshiftsaltos, ou seja, no passadodistante, as distâncias das SN Iasão maiores que previsto pelaLei de Hubble, que se baseianuma taxa constante de expansãodo Universo.=> A expansão era mais lenta

=> A expansão do Universo é acelerada.

=> Evidência pra Energia Escura.

du

lo d

e d

istâ

nci

a m

-M

maisdistante

maisperto

Expansão constante,relação linear,Lei deHubble

Expansãoacelerada

Desvio da Lei de Hubble

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Outras Evidências para a Energia Escura

Luminosidades de Supernovas Ia

O valor da densidade da EnergiaEscura determinado atravésdas distâncias das SN Ia batebem com a valor determinadopela Radiação Cósmica de Fundo,69 % da densidade crítica.

=> Prêmio Nobel para Saul Perlmutter, Brian Schmidt e Adam Riess (2011)

du

lo d

e d

istâ

nci

a m

-M

maisdistante

maisperto

Expansão constante,relação linear,Lei deHubble

Expansãoacelerada

Desvio da Lei de Hubble

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Abundâncias dos Elementos Primordiais

No espaço inter-galáctico, há nuvens de gás tênue,que pouco mudaram desde a sua formação.=> Elas ainda têm a mesma composiçãoquímica que logo depois do Big Bang(composição primordial).

Nestas nuvens, e no resto do Universo,23 a 24 % dos átomos são de hélio, que sópodem ter sido formados na época danúcleossíntese, de 1 ms a 5 min depois doBig Bang, quando densidade e temperatura doUniverso eram altas o suficiente parapossibilitar a fusão nuclear, ou nucleossíntese,dos prótons e nêutrons formados no primeiro millissegundo.O processo é outro que a cadeia p-p no interior de estrelas, por que tinha nêutrons livres a disposição (nas estrelas não tem).

Além de hélio, foram formados montantes microscópicos de deutério, hélio-3, lítio e berílio, Os outros ~76 % dos átomos são de hidrogênio.

Núcleossintese primordial

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Abundâncias dos Elementos Primordiais

Através do montante de hélio nacomposição primordial,dá pra calcular- a duração da época da núcleossíntese, ~5 min- Temperatura e densidade da matéria “comum”, ou bariônica no final destes 5 min.

Os montantes de deutério,hélio-3 e lítio permitem cálculosmais sofisticadas das condições nas primeiros 5 min do Universo.

=> Só 5 % da densidade crítica é bariônica, em concordância com os resultados da radiação de fundo.

=> Prova, que a nucleossíntese primordial aconteceu, e determinação independente da densidade da matéria bariônica.

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Abundâncias dos Elementos Primordiais

E por que os elementos mais pesados não foram formados já na época da nucleossíntese, logo depois do Big Bang?Afinal, a temperatura era de 109-1012 K, bem maior do que a temperatura necessária para a formação de carbono pelo processo triplo α, 2·108 K.

Por que o processo triplo α é muito lento. Demora dezenas de milhares de anos para transformar um montante significativo de He em C.Nos 5 minutos da época da nucleossíntese, não houve tempo pra isso.Por outro lado, as estrelas vivem por bilhões de anos.

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Origem dos Elementos

=> ~98 % dos átomos do Universo atual foram formados na época da núcleossintese (1 ms – ~5 min depois do Big Bang)=> composição química primordial do Universo:H (~76 %), He (23 a 24 %), D (0.01 %), Li (< 0.01 %).

- Os outros 2 %, ou seja todos os outros 105 elementos estáveis foram formados mais tarde por fusão nuclear em Estrelas.

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Formação dos Elementos

Elementos formados no decorrer do tempo:

1. Época das partículas (até 1 ms)

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Formação dos Elementos

Elementos formados no decorrer do tempo:

2. Época da nucleossínteses (até 5 min)

√ √ (√ √)

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Formação dos Elementos

Elementos formados no decorrer do tempo:

3. Em estrelas de baixa massa

√ √ √ √ √ √ √ √

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Formação dos Elementos

Elementos formados no decorrer do tempo:

4. Em estrelas de massa intermediária ou alta

√ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √

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Formação dos Elementos

Elementos formados no decorrer do tempo:

5. Em supernovas

√ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √ √

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Formação dos Elementos

Abundâncias dos elementos no Universo

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Formação dos Elementos

Abundâncias dos elementos no Sistema Solar

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Evidências

O Pico das Oscilações Acústicas Bariônicas

Voltando para os tamanhos dasestruturas na RadiaçãoCósmica de Fundo:

Se houve muitas estruturas comum certo tamanho (1° no céu) naépoca da recombinação, estasestruturas devem ter evoluídopara tamanhos típicos hoje.

Pelo modelo ΛCDM estruturas de 1° na Radiação Cósmica de Fundo, ~200 kpc na época, deveriam ter tamanhos de 140 Mpc hoje.

Espectro de tamanhos na radiaçãocósmica de fundo

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Evidências

O Pico das Oscilações Acústicas Bariônicas

Numa amostra de 46'748 galáxiasdo Sloan Digital Sky Survey, estadistância ocorre com maisfrequência entre galáxias, do queesperado para uma distribuiçãoaleatórea de galáxias.

=> Evidência para a evolução deestruturas primordiais até asestruturas em grande escala hoje,de maneira predita pelomodelo ΛCDM.

Função de correlação dedistâncias intergalácticas

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Evidências

Evidências para a Inflação

O problema do Horizonte:

Por que a Radiação Cósmicade Fundo é tão homogênea?

pontos de mais de 2° de distânciana Radiação Cósmica de Fundonunca podem ter tido contato causal,se as informações chegaram neles à velocidade da luz.Mesmo assim, a Radiação Cósmica de Fundo é tão homogênea no céu, que parece que toda a região deve ter estado em um equilíbrio antes.Como este equilíbrio se estabeleceu entre pontos sem contato causal?

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Evidências

Evidências para a Inflação

O problema da Planura:

Por que o Universo era tão plano (Ω = 1) na época daRe-combinação?

Para que o parâmetro da densidade total hoje, Ω0, possa

estar dentro de 0.6 % de 1 (Planck: Ω0 = 1.0023 ± 0.0055),

ele deve ter sido dentro de 0.001 % naquela época (=> aula anterior).

Se Ω não tivesse sido tão perto de 1 naquela época, o Universo já teria se desfeito (Ω < 1) ou recolapsado(Ω > 1), e nós não existiríamos.

O que causou aquele ajuste fino?

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Evidências

Evidências para a Inflação

A inflação, aquele período hipotético no final da época da Grande Teoria Unificada de aumento exponencial do tamanho do Universo por um fator ≥ 1043 em < 10-34 s, consegue explicar os dois fenômenos.

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Evidências

Evidências para a Inflação

Segundo a teoriada inflação, aparte do Universoque se tornoua parte observadana radiação defundo, era muitomenor que se nãotivesse tido ainflação, pequenoo suficiente parater tido contato causal e ter estabelecido um equilíbrio.=> Resolve o Problema do Horizonte.

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Evidências

Evidências para a Inflação

A inflação também resolve o Problema da Planura:Qualquer curvatura ou irregularidade teria se aplainado na expansão.

=> Bons argumentos a favor da inflação.

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Evidências

Vários métodos diferentes eindependentes dedeterminação de Ω

m,0 e Ω

Λ,0

levam a resultadoscompatíveis com o modeloΛCDM. ΛCDM

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Evidências

Melhorexplicaçãodas váriasregiõesdestediagrama. ΛCDM

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O Futuro do Universo

Como se desenvolverá o Universo no futuro?

Se o modelo ΛCDM for certo (e não tiver nenhum ingrediente faltando), as galáxias se afastarão cada vez mais rapidamente uma da outra, até não haver mais contato (ligação causal) entre eles.=> Estaremos isolados.

Tudo dentro das galáxias resfriará e acabará em objetos “mortos” (Buracos Negros, Anãs Brancas, Anãs Marrons, etc.).

Há teorias que afirmam que, num futuro mais distante ainda, tudo se desintegrará: galáxias, os objetos mortos e, por último, átomos e partículas elementares (Big Rip).

Porém, nunca se sabe se não está faltando algum ingediente na nossa teoria.

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Outros Modelos Cosmológicos

Mas não pode ter outra explicação para todos estes fenômenos? Não existem outros modelos cosmológicos?

Sim, muitos!

Alguns exemplos:Estado Estacionário (inicialmente o grande concorrente da teoria do Big Bang, elaborado por Hoyle, Gold e Bondi, os inventores do termo Big Bang) e Estado Quasi-Estacionário,MOND (Modification of Newtonian Dynamics ou "Modificação da Dinâmica Newtoniana"),Luz cansada, Cosmologia do plasma, Multiversos,Teoria das cordas, Universo cíclico,“Constante” cosmológico variável e muitos, muitos outros.

Existem quase tantas teorias quanto cosmólogos(e algumas de crackpots também).

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Outros Modelos Cosmológicos

Mas não pode ter outra explicação para todos estes fenômenos? Não existem outros modelos cosmológicos?

Sim, muitos!

Mas todos estes:- ou não são compatíveis com as observações.- ou são mais complicados e menos plausíveis do que ΛCDM (não são favorecidos pela Navalha de Occam).

Por enquanto, o modelo ΛCDM é o mais convincente que temos, na opinião da maioria dos cosmólogos e astrônomos.

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(Possíveis) Observações Futuras

Já que uns 95 % do Universo ainda não foram identificados, estão sendo feitas, ou serão feitas ou planejados mais experimentos/observações cosmológicos:

- Os que já foram feitas, mas com maior precisão.

- Gerar e detectar as partículas exóticas da matéria escura em aceleradores de partículas, p. e. no LHC no CERN em Genebra (Suiça/França).- Elaboração de detectores para a detecção direta da Matéria Escura. (Será que vai funcionar?)- Detectar as ondas gravitacionais emitidas na época da inflação.- ...

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Teoria da Relatividade

FIM PRA HOJE