CPP Casa dos Poetas e da Poesia Atividade poética: Poesia...

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CPP Casa dos Poetas e da Poesia Atividade poética: Poesia sobre imagem. CPP

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CPP – Casa dos Poetas e da Poesia

Atividade poética:

Poesia sobre imagem.

CPP

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Despido de vaidade.

Seria melhor para humanidade O amor mais sincero, universal,

Se o ser humano fosse mais igual, Mais fraterno, despido de vaidade.

O consumismo gera até maldade

Em uma individualidade sem igual, Na ganância e egoísmo tão abissal,

O ser humano teria mais humildade.

Talvez houvesse mais igualdade, Pois, a vaidade gera toda ansiedade Não haveria fortunas tão desiguais.

Despida a ambição haveria caridade

Haveria no universo, mais sensibilidade, Talvez, seria o ser humano, mais natural,

Norma Aparecida Silveira Moraes

Beleza castigada.

No olhar o frio e cinzento piso Não reflete seu medo e sua dor Na paisagem sinistra, um aviso Serás tu, castigado com pendor

Seu crime, postulante e declarado

Foi ter nascido belo...só isto somente Numa época sombria e decadente

Gerou inveja e cobiça, foi seu pecado!

O castigo será seu aprisionamento Desgastará sua imagem....beleza perdida

Ali jaz, na irreversível roda do tempo Sentirás a dor de morrer em vida!

Marta Biscoli – março/ 2018

Constrição.

Já sem ventre e sem placenta

Num simulacro de pós-parto

Envolto em fiel abandono

O impossível fielmente desejado

Pesa sobre cabeça, ombros e braços.

Quando, constrito, o corpo gentil

É dado á luz de íntimo temor

Esmagando sua força fálica

Como se fora asa quebrada

De anjo ex-comungado

Decaído do sétimo céu?

Da nuvem de cor na chuva

Indo à lama em vez do ouro?

Da alta montanha do orgulho

Ao abismo da consciência?

Vulnerável e absoluto

Como se é só num tempo antigo

Antes e agora o ar de chumbo.

Menos é o corpo desnudo

Oposto à máxima nudez

Que vem mais de dentro

Ao perceber igual ao som do riso

O salmo elegíaco do choro.

Então, o que era mundo se desfaz

E, de novo, pequeno, sabe-se

Nascido para ser humano

Um filho na solidão de Deus.

(Edvaldo Rofatto).

Sua nudez.

Homem que me tira do sério Que arrebata meus neurônios

Atiça meus mais profundos desejos.

Sossegue vamos com calma Deixe que eu possa apreciar Este momento da sua nudez.

Transferir para minha imaginação

Estes delírios da natureza Sentir sem tocar, mais arrepiando.

Este meu corpo já entregue as mais

Insinuações e desejos por ti Se chegue assim, devagarzinho, ti quero!

Eudalia Martins...

O seu castelo, desmoronou.

Agora é tarde para pensar Sofre reflexos de uma atitude

Aversa aos seus princípios Foi movido pelo o ódio

Hoje, se encontra nesse lugar, cinzento e vazio Cercado por grades e correntes

Imensos muros de concreto Acima, atiradores na espreita

Atentos às movimentações. Agora, é banho de sol Nu de cabeça baixa

Na mente um filme que passa Como fora parar ali?

'Matou por amor“ aquele era o discurso. Mas o sentimento de posse, o ciúme doentio a

Acendeu o pavio, o gatilho puxou. Julgado e condenado, branco, pálido

Sonha com a liberdade, E reconquistar seu grande amor.

Em questão de segundos uma atitude impensada A força extrema foi usada, o seu castelo, desmoronou

Everaldo Magalhães

Nu.

Estava assim, só corpo... Inteiramente nu,

Uma friagem estranha me rodeava, envolvia,

O frio e o medo... Cabisbaixo, olhava o chão.

Como correr os olhos em derredor? Onde estava? Como vim? Por que? Minha roupa?

Casa? Família? Amigos? Céu? Estou sonhando? Surtei?

Sem censura, defesa, direito, valor. Comigo só:

Meu corpo, minha pele, Olhos, boca, pernas, braços, cabelos,

Mãos pequenas para tanto defender, Esconder, salvar.

Apavoro ante tal responsabilidade, Suo, tremo, arrepio, sinto o bater dos dentes...

Estendo o olhar, mais adiante, Minha amada estende-me um roupão macio

Salvando-me deste pesadelo!

Maria Helena da Silva Campos Cruz

Devaneios.

Menino alinhado, sutil, tão acanhado Revela-se em performances varonil

Atrai, retrai e encanta-me ! Me perco, enlouqueço sem saber onde é o começo

Sua nudez amedronta meus olhos rebeldes

Sinaliza meu corpo febril, esfomeado. Ataca meu cérebro sem postura

Adoça minha boca sem amargura.

Venha menino! Componha-se. Desiniba teu corpo, retrate seu ego. Desarme seus passos, atire teu alvo.

Querias eu, subestimar minha inteligência.

Desligar meus neurônios apurados Tapar meus olhos rebeldes Ignorar meus devaneios

E não querer-te nos meus desejos

Arrasto meu corpo sobre cama... Adormeço lentamente !!!

Selda Kalil

PPS – Atividade poética Poesia Sobre Imagem.

Edição – Fevereiro/ Março de 2018 na rede literária:

Casa dos Poetas e da Poesia.

Imagem colhida no Google para inspiração dos autores.

A responsabilidade autoral dos

trabalhos apresentados neste PPS, é dos poetas que assinaram suas

respectivas obras.

Edição designer: Marsoalex.

Casa dos poetas e da Poesia. http/.casadospoetasedapoesia.ning.com