Crecer-Online - novembro de 2012

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nº 46 – Novembro de 2012 Nos últimos decénios tem-se visto o avanço de uma "desertificação" espiritual. (…) É o vazio que se espalhou. No entanto, é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua impor- tância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expres- sos implícita ou negativamente. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Pro- metida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus que liberta do pessimismo. Hoje, mais do que nunca, evangelizar significa testemunhar uma vida nova, transformada por Deus, indicando assim o caminho. (Bento XVI, Homilia na abertura do Ano da Fé, Praça de S. Pedro, 11 Outubro 2012) ANO DA FÉ

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Órgão informativo e formativo do Movimento Oásis em Portugal

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nº 46 – Novembro de 2012

Nos últimos decénios tem-se visto o avanço de uma "desertificação" espiritual. (…) É o vazio que se espalhou. No entanto, é precisamente a partir da experiência deste deserto, deste vazio, que podemos redescobrir a alegria de crer, a sua impor-tância vital para nós homens e mulheres. No deserto é possível redescobrir o valor daquilo que é essencial para a vida; assim sendo, no mundo de hoje, há inúmeros sinais da sede de Deus, do sentido último da vida, ainda que muitas vezes expres-sos implícita ou negativamente. E no deserto existe, sobretudo, necessidade de pessoas de fé que, com suas próprias vidas, indiquem o caminho para a Terra Pro-metida, mantendo assim viva a esperança. A fé vivida abre o coração à Graça de Deus que liberta do pessimismo. Hoje, mais do que nunca, evangelizar significa testemunhar uma vida nova, transformada por Deus, indicando assim o caminho. (Bento XVI, Homilia na abertura do Ano da Fé, Praça de S. Pedro, 11 Outubro 2012)

ANO DA FÉ

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Casais Oásis refletem sobre o Ano da Fé

Domingo, 14 de Outubro, pelas 15 horas, o grupo de casais Semente reuniu, desta feita em Vale de Cambra, nas instalações do Santuário de Santo António, por gentileza do "nosso" Padre Araújo, que, com grande cuidado, preparou não apenas a oração com que iniciamos o encontro, mas ainda uma reflexão sobre a Carta Apostólica Porta Fidei, de Bento XVI. No início deste Ano da Fé, a Porta da Fé foi-nos aberta a partir do texto do Santo Padre, num convite a uma caminhada que se inicia no Batismo e há-de culminar no decisivo encontro com Aquele em quem acreditamos. A nível pessoal e individual o convite é à conversão, assumindo cada cristão consciência e novo entusiasmo na adesão ao Evan-gelho, procurando uma melhor compreensão dos conteúdos da fé, ressaltando como instrumento fundamental para chegar a um conhecimento sistemático da fé o Catecismo da Igreja Católica. Cada um de nós é ainda chamado a intensificar o testemunho da caridade, fruto da fé. Pelo testemunho da fé evidencia-se o compromisso missionário que é tarefa da Igreja, com o que ligadas, como têm de sê-lo, as dimensões particular/pessoal e comunitária da fé. A clareza da exposição do Padre Araújo e a assertividade das perguntas que ele nos colocou para reflexão não nos permitiram "ficar à porta", antes nos obrigando a atraves-sar a soleira..., esperando que o Ano da Fé permaneça como oportunidade de aumen-tarmos a nossa fé, vivendo-a e exercitando-a. Fica um agradecimento particular ao Padre Araújo. Podíamos refletir sem ele... mas não era a mesma coisa. I.P.

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Pensamento de P. Rotondi A nossa vida é um “caminho”. O nosso caminhar deve ser em direcção a Deus: começamos n’Ele e para Ele tendemos. Deveríamos poder dizer sempre, com São Paulo: “O meu viver – isto é, o meu pensar, querer e agir – é Cristo”. Concretizando: eu penso como Ele; quero o que Ele quer e faço-o. Neste caminho, é inevitável encon-trar obstáculos capazes de tornar mais difí-cil o nosso “andar”. Pode até acontecer pararmos completamente. Todavia, os obs-táculos podem – apesar de… dificultar – qualificar o nosso “correr” para Ele. Viver, de facto, não é “ir vivendo”: não é uma passeata feita para dizer que nos mexe-mos; é um “andar em direcção a”, com metas estabelecidas e um andar posto à prova. Ora, todos sabemos que a “corrida de obstáculos” é qualitativamente melhor do que a “corrida simples”. É preciso – e aí é que está o problema – superá-los. Sabe-mos que Deus, o Fiel, não permitirá nunca que o obstáculo seja superior às nossas reais capacidades. Cabe a Ele dar-nos a força necessária. Peçamos ao Senhor que o obstáculo não dificulte o caminho da nossa vida mas, pelo contrário, o qualifique. Peçamos-lhe que organize uma “corrida de obstáculos” e a proponha aos cristãos que querem “atletas”, isto é, santos. ( in Crescere, nº 9 / 2009)

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Viagem às cidades imperiais da Europa central

No passado dia 16 de agosto um grupo de cerca trinta amigos, tendo como líder a Ana Maria, rumaram a Budapeste, para uma viagem (de sonho) às cidades imperiais. A primeira etapa era a capital da Hungria, Budapeste, onde à chegada nos foi servido um jantar a bordo de uma embarcação, que deslizando nas águas do Danúbio, nos permitiu contemplar os inúmeros monu-mentos iluminados que de uma e outra margem tornam ainda mais belo este rio que liga as grandes capitais da Europa central. No dia seguinte foi um périplo pelas duas partes, oriental e ocidental, que compõem a cidade e que lhe deram de Budapeste. Destacam-se nesta visita a Catedral de Matias, a basílica de Santo Estêvão, o edi-fício do Parlamento, da Opera Nacional Húngara e o Teatro Nacional.

No dia 18, ainda cedo, o grupo rumou a Bratislava, a capital da República da Eslo-váquia. A cidade de Bratisllava, muito bela nos seus exuberantes arranjos de flores e onde se destaca o centro histórico, a Forta-leza e o rio Danúbio. Tendo como companheiro omnipresente, e deslumbrante, o rio Danúbio rumámos a Viena onde chegamos ao fim do dia para uma estadia que a todos os participantes maravilhou.

Na manhã seguinte, o primeiro momento foi de encontro com Cristo. Cada domingo Ele tem audiência connosco, na Palavra proclamada e no Pão partido e repartido. Foi um momento alto, pois tivemos, mais uma vez, a perceção de que em todas as latitudes, culturas e línguas, o nome do Senhor é celebrado. Esta celebração deu-se na igreja Votiva. Depois da Eucaristia foi uma viagem pela cidade de Viena onde comtemplamos os grandiosos edifícios e monumentos, de modo particular a Ópera de Viena, os Museus de Belas Artes e Ciências Natu-rais, os monumentos a Goethe, a Shiller,

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Mozart e a Maria Teresa. Houve ainda tem-po para contemplar o Parlamento em estilo neoclássico, a Rathaus ou Câmara Munici-pal de estilo Neogótico com entrada na Catedral de Santo Estêvão e no palácio de Schonbrunn. No final do dia, na zona de Grinzing, retemperamos as forças numa taberna típi-ca ao som de música tradicional da Áus-tria. Na segunda feira, dia 20, foi a partida de Viena, em direção a Durnstein rumo a Pra-ga, capital da República Checa. O sempre grandioso rio Danúbio foi fiel companheiro, a todos maravilhando. No percurso deu-se a visita à Abadia de Melk e ao mais famoso mosteiro Beneditino da Europa Central, onde se poderá dizer que a Áustria nas-ceu. O dia seguinte foi inteiramente dedicado à visita à cidade de Praga, a cidade dourada das 100 torres como é também conhecida. A visita começou pela Cidade Velha, na margem direita do rio Moldava, onde nos foi dado comtemplar o Castela de Praga, que mais que um castelo, é um conjunto

(Continuação da página 4) de palácios, conventos e igrejas, como o Palácio Real, a Mala Starma, um conjunto histórico cuidadosamente preservado, com palácios, casas e jardins barrocos e renas-centistas e onde se situa a Catedral de São Nicolau e igreja de São Tomás, a igre-ja de Nossa Senhora de Loreto, uma répli-ca da existente em Loreto, Itália. Depois foi a visita e pé à Ponte Carlos que une a Pequena Cidade à cidade Velha e a Stare Mesto, constituindo o conjunto mais belo e atraente da cidade de Praga. Foi-nos dado contemplar que entre as inúmeras estátuas de santos e outras figuras históricas da República Checa, como São João de Nepomuceno, se encontra uma estátua de Santo António de Pádua, que para nós, é de Lisboa. Por fim, neste dia, foi a visita à igreja do Menino Jesus de Praga, onde se encontra uma imagem de cera do Menino e que para ali foi levada pelos espanhóis em meados do século XVI e ainda nos foi dado esperar pelas 16 horas para admirar o espantoso e famoso Orloj, o relógio astronómico instalado na parede sul da

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Movimento Oásis Centro de Espiritualidade Rua Mirante de Sonhos, 105 4445-511 Ermesinde - tel. 229712935 http://www.movimentooasis.com Contactos : [email protected] / [email protected]

Câmara Municipal de Cidade Velha. No dia 22, manhã cedo, encaminhamo-nos para o mais famoso complexo termal do Império Austro-húngaro, em Karlovy Vary, um deslumbramento de construções, conjuga-das com beleza natural. O dia do regresso à vida quotidiano aproxima-se. As saudades da família, que deixamos em casa, misturam-se com o prazer da amizade, da alegria partilhada e do crescimento interior ao contemplarmos o que o Criador possibilitou ao homem, misturam-se. O agradecimento a todas as companheiras e companheiros de viagem e de modo parti-cular ao Pe Adélio Abreu, à Ana Maria e aos seus sobrinhos. Ao Pe Adélio pela sua partilha da Palavra na celebração da Eucaristia e pela alegria com que viveu estes dias, à Ana Maria pela permanente preocupação do serviço por amor, e aos sobrinhos pela alegria e colorido que emprestam em tudo o que fazem. Bem hajam todos! Resta por fim, perante o que vimos e como vivemos esta seman, a vontade de cantar com o salmista: “Senhor, nosso Deus, como é admirável o vosso nome em toda a terra! A vossa majesta-de está acima dos céus...”

J Angélico