Creio em Jesus Cristo, Seu único Filho

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Page 1: Creio em Jesus Cristo, Seu único Filho

Juventude Mariana Vicentina do Sobreiro - Sector da Formação

«ESTA É A NOSSA FÉ,

A FÉ DA IGREJA QUE NOS GLORIAMOS DE PROFESSAR»

*Creio em Jesus Cristo, Seu único Filho, Nosso Senhor*

1. Formação

Na última reunião de formação, vimos que Deus é Pai, existe e foi Ele quem

criou tudo «as coisas visíveis e invisíveis». Mas não basta apenas crer que

Deus é Pai e Criador, mas que Jesus Cristo é seu único e verdadeiro

Filho.

Percorrendo a História desde a Criação:

Deus criou Adão e Eva, bem como os Anjos, num estado de inocência e de

justiça em que não estavam sujeitos nem às dores, nem à morte.

O demónio, disfarçado de serpente, levou-os a desobedecerem a Deus,

comendo do fruto proibido e como castigo da sua desobediência foram

expulsos do paraíso terrestre, e condenados a comer o pão com o suor do

seu rosto: ficaram sujeitos à ignorância, à dor, à morte, e excluídos da

felicidade do Céu.

O pecado de Adão transmitiu-se a todos os seus descendentes (excepto

Nossa Senhora - Imaculada Conceição), de forma que estes nascem

culpados do pecado dos seus primeiros pais e sujeitos às mesmas misérias.

Chama-se pecado original, isto é, que vem da nossa origem. O Pecado

Original é dogma de fé.

Deus não abandonou o homem depois do seu pecado. Compadeceu-se

dele, e prometeu-lhe um Salvador que se chamou o Messias.

Os profetas predisseram a época da vinda do Messias, o seu nascimento de

uma virgem em Belém, os seus milagres, a sua paixão, a sua morte, a sua

Ressurreição, e finalmente o a expansão da sua mensagem por toda a Terra.

O Salvador prometido ao mundo é Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Mas porque dizemos que Jesus é Verdadeiro Filho de Deus?

Ler 2Pe 1, 16-18

«De facto, demo-vos a conhecer o poder e a vinda de Nosso Senhor Jesus

Cristo, não por havermos ido atrás de fábulas engenhosas, mas por termos

sido testemunhas oculares da sua majestade. Com efeito, Ele foi honrado e

glorificado por Deus Pai, quando a excelsa Glória lhe dirigiu esta voz:

Este é o meu Filho, o meu muito Amado, em quem Eu pus o meu encanto. E

esta voz, vinda do Céu, nós mesmos a ouvimos quando estávamos com Ele

na montanha santa.»

Durante séculos, houve quem se opusesse - heresias - a esta verdade de Fé

«Jesus é Filho de Deus»

• Fotino (Ano 376) - declarou que Cristo não é filho de Deus senão

como os outros homens bons o são. Ou seja, segundo este Bispo, os

que vivessem bem e com uma conduta correcta, mereciam ser

chamados de Filhos de Deus

Desta forma, consideravam que Cristo viveu bem e fez a vontade de

Deus, como tal merecia ser chamado Filho de Deus.

Este mesmo herético afirmava que Cristo não existiu antes da

Virgem Maria, mas que apenas começou a existir quando foi

concebido.

Por este motivo, os Papas da época acrescentaram ao Credo «Filho

Unigénito de Deus, nascido do Pai, antes de todos os séculos»

• Sabélio (séc. II) - não acreditava na Trindade de Deus, mas

confundia as Pessoas numa só unidade em Deus. Para ele, as Pessoas

eram "modos" em que Deus se manifestava.

Apesar de ter dito que Jesus existiu antes da Virgem Maria, afirmou

que a Pessoa do Pai era a mesma que a do Filho.

Como tal, foi acrescentado ao Credo «Deus de Deus, luz da luz», ou seja:

Deus Filho de Deus Pai; e Filho que é Luz, Luz essa que vem do Pai que

também é Luz.

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• Ário (336) - a mais perigosa heresia dos tempos primitivos foi o

Arianismo, formado por um sacerdote da Alexandria - afirmou que

Jesus existia antes da Virgem Maria e que era uma a Pessoa do Pai e

outra a do Filho, atribuiu a Jesus, alguns erros:

- que Cristo foi Criatura;

- que foi feito por Deus como a mais nobre das criaturas,

não desde toda a eternidade, mas num determinado tempo;

- que não havia uma só substância na Pessoa do Pai e na

Pessoa do Filho.

Em relação a que Jesus era apenas criatura de Deus, acrescentou-se «Deus

verdadeiro de Deus Verdadeiro». Pois se o Pai sempre existiu e do

mesmo modo o Filho, então se o Pai é verdadeiro Deus, também o é o

Filho.

Em oposição à afirmação que era a Criatura, e neste caso a mais nobre, foi

declarado «gerado e não criado»

Como contraponto ao erro de que Jesus não era da mesma substância, foi

acrescentado «consubstancial ao Pai»

3. Considerações finais

Está, por isso, esclarecido porque devemos acreditar que Cristo é o Filho

Unigénito de Deus, e Verdadeiro Filho de Deus; que sempre existiu com o

Pai; que uma é a Pessoa do Filho, outra a do Pai e que Ele tem uma só

natureza com o Pai.

São João, quando falou do Verbo de Deus (Evangelho que era lido pelo

Padre no final da missa até ao Concílio Vaticano II) destruiu as três

heresias que falámos:

- A de Fotino, quando disse «No princípio era o Verbo» (desde

sempre).

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- A de Sabélio, ao dizer «e o Verbo estava em Deus» (Jesus estava

na Trindade, não era uma manifestação diferente de Deus)

- Por fim, a de Ário, quando disse «e o Verbo era Deus» (ou seja,

não era criatura, e era da mesma substância).

A Virgem Maria deixa-nos 5 recomendações, aquando da geração do

Verbo:

� Ouvir Deus - "O Espírito Santo descerá sobre Ti"

� Consentir pela fé - "Eis a escrava do Senhor"

� Receber Deus na nossa vida - Nossa Senhora recebeu o Verbo e

carregou-o no Seu seio.

� Pronunciar/Anunciar Deus - quando Nossa Senhora deu à luz o

Seu Filho.

� Nutrir e alimentar a fé - tal como Maria alimentou o Seu Filho e o

amamentou enquanto bebé.

Referências no YouCat - 74, 77, 79

4. Oração

Senhor, Tu vês-me,

E eu vejo-te.

És a palavra viva do Pai,

Por meio da qual Ele criou o mundo

E que se fez Homem, tal como eu sou.

És o Filho de Deus e o Filho da Virgem Maria,

Que disse «sim» à tua vinda ao mundo.

És o bom pastor que vai atrás daquele que se perdeu.

És a videira da qual somos os ramos.

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És a minha porta para o Pai e a porta do Pai para mim.

És a compaixão e alegria de Deus connosco.

És o perdão de Deus para as nossas ofensas

E a sua misericórdia para connosco.

És o grão de trigo que é moído e se torna pão e nos dá a vida.

És a imagem de Deus, na qual reconhecemos o Pai.

És o seu amor encarnado que nunca me deixa só

E que é mais forte do que a morte.

És a ressurreição e a vida para todos

Que em ti confiam, que em ti acreditam e que a ti seguem.

És o juíz justo que um dia há-de voltar,

Que resgata justiça aos marginalizados

E coloca a nossa vida na verdadeira luz.

E um dia serás tudo em todos.

Ver-te-ei a Ti e Tu a mim.

Ver-te-ei como és,

Alegrar-me-ei em Ti, em comunhão com todos

Os que te pertencem

Pelos séculos dos séculos.

Amém

Dörte Schrömges - Georg Lengerke

Tu és Deus, o Filho