Crenças Fundamentais · É um serviço educacional de interesse público, publicado pela Igreja de...

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PCF/1106/1.1

É um serviço educacional de interesse público, publicado pela Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional.

ESTA PUBLICAÇÃO NÃO É PARA SER VENDIDA.

Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida uma Associação Internacional

© 2009, 2011 Igreja de Deus Unida, uma Associação InternacionalTodos os direitos reservados. Imprimido nos E.U.A.

As Escrituras aqui citadas, salvo referido em contrário, são extraídas da versão da Bíblia Portuguesa por

João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida (ARC), SBB 1998.

2 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 3

4 Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo 8 A Palavra de Deus 11 Satanás, o Diabo 13 A Humanidade 18 A Lei de Deus e o Pecado 22 O Sacrifício de Jesus Cristo 25 Três Dias e Três Noites 28 O Arrependimento e Fé 31 O Batismo da Água e a Imposição das Mãos33 O Dia de Sábado35 A Páscoa Bíblica 39 Os Festivais de Deus 43 As Leis Alimentares de Deus 47 O Serviço Militar e a Guerra 49 Promessas a Abraão 53 O Propósito de Deus para a Humanidade 56 A Igreja62 O Dízimo65 As Ressurreições e o Juízo Eterno 69 O Retorno de Jesus Cristo e o Vindouro Reinado

Versões BíblicasAs escrituras citadas são extraídas da versão da Bíblia Portuguesa por João Ferreira de Almeida, Revista e Corrigida (ARC).Quando outra versão é usada, a versão bíblica é referenciada com as seguintes abreviações:ARA – Almeida Revista e AtualizadaACF – Almeida Corrigida FielBLH – Bíblia na Linguagem de HojeNVI – Nova Versão Intrenacional

ÍndicePrefácioQuando a Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional, foi

constituída em 1995, 20 crenças fundamentais foram identificadas e aprovadas pelos anciãos (presbíteros) da Igreja para serem registadas como parte dos seus documentos de governo. Consideramos que o ensino destas crenças é crucial para edificação sobre o fundamento certo duma própria reverência à Palavra de Deus, especialmente como é revelada em Jesus Cristo (ver Isaías 66:2; Provérbios 1:7, 1 Coríntios 3:11).

As 20 declarações originais de crença, algumas com pequenas revisões para maior clareza, são apresentadas nas páginas que seguem—cada uma representada por um parágrafo de resumo no início do breve capítulo sobre a questão específica abordada. O material adicional em cada capítulo fornece maiores explicações e esclarecimentos.

As crenças da Igreja não estão limitadas às aqui registadas. Este trabalho não é uma compilação abrangente doutrinário, mas sim um resumo dos principais ensinamentos da Igreja. As declarações de crenças e as expansões concomitantes delas neste livro, não constituem exposições completas dos nossos ensinamentos com os pontos abordados aqui. Convidamos os leitores interessados para baixar ou solicitar o livro ou livros listados no final de cada secção para obterem uma explicação mais detalhada sobre o ensino, com o apoio bíblico completo. Mais informações sobre os temas abordados neste livro também podem ser encontrados usando o recurso de busca em nossos sites, nomeadamente o site em Português www.revistaboanova.org ou o site mais compreensivo, em inglês, www.ucg.org.

Explicações de outros ensinamentos da Igreja de Deus Unida podem ser encontrados nas nossas várias publicações e documentos de pesquisa. Todo esse material está disponível em nossos sites, e também pode solicitar cópias dos nossos livros e artigos para que lhe sejam enviados pelo correio, gratuitamente.

Se tem perguntas específicas ou se deseja entrar em contato com um dos nossos ministros com responsibilidade pela sua região, não hesite em contactar-nos através do nossos escritório, conforme listado no fim deste livro.

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Deus “Pai” e Jesus Cristo, Seu “Filho.” (A forma hebraica de Jesus Cristo é Yeshua o Messias. O título do Messias ou Cristo—que literalmente significa “Ungido”—é aquele do governante da linhagem do rei Davi, que está profetizado para servir como um representante divino chefe em restaurar a glória de Israel e reinar com justiça sobre o mundo.)

Tanto o Antigo quanto o Novo Testamento contêm referências que mostram que há mais do que uma personagem na Divindade (por exemplo vejam Salmos 110:1 que também é referido em Actos 2:29-36). Nova-mente, o Novo Testamento identifica-Os como Deus Pai e Jesus Cristo, o Filho (1 Coríntios 8:6). O Filho também é chamado Deus (Hebreus 1:8-9).

Como Pai e Filho, o único Deus é, portanto, a única família Deus. A distinção entre estes dois Seres existindo em conjunto como Deus está implícita desde o início da Bíblia (Gênesis 1:1), onde a palavra hebraica Elohim é usada. (Elohim é o plural da palavra hebraica para Deus, Eloá.) Tem existido comunicação entre os dois desde o início, como visto no exemplo de Gênesis 1:26, onde o uso do plural no verbo Façamos e o pronome Nossa referem-se a Elohim.

O Antigo Testamento concentra-se no Deus de Israel que se descreve a Si mesmo como “EU SOU” e “O Senhor, o Deus de Abraão, . . . de Isaque, e . . . de Jacô” (Êxodo 3:14-15). (Aqui Senhor é a palavra deri-vada do Hebreu YHWH que, como “EU SOU”, aparentemente denota a existência eterna e auto-inerente.)

Em João 8:58, Cristo referiu-se a Si próprio como “EU SOU”. Assim, este é o mesmo Deus que libertou os Israelitas do Egipto e os acompa-nhou no deserto e que mais tarde ficou conhecido no Novo Testamento como Jesus Cristo (1 Coríntios 10:4). A existência dAquele a quem Cristo se referia como o “Pai” não foi bem entendida por muitas pessoas antes da vinda de Cristo—embora às vezes Ele é expressamente mencionado no Antigo Testamento.

Jesus Cristo também é conhecido como o “Verbo,” que “estava com Deus” no começo e é igualmente identificado como “Deus” (João 1:1-2). Ele criou todas as coisas (versículos 3, 10; Efésios 3:9 ACF; Colossenses 1:16; Hebreus 1:1-3), e depois fez-se carne e habitou entre os seres huma-nos (João 1:14).

Enquanto na carne, o Verbo divino se esvaziou da glória e poder divino, e veio a ser humano na plenitude dos sentidos—capaz de ser tentado a pecar (isto é, desobedecer a Deus), mas nunca pecou (Filipenses 2:5-8, Hebreus 2:14, 17; 4:15). Como homem, Jesus disse que Seu poder mila-groso não veio de Si mesmo, mas de Deus Pai (João 5:30, 14:10).

A relação entre o Verbo e o Pai está definida duma forma mais clara no Novo Testamento, onde Jesus veio em carne como o Filho de Deus,

Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo

Acreditamos num único Deus, o Pai, que é um Espírito e tem existên-cia eterna, é um Ser pessoal que possui suprema inteligência, sabe-doria, amor, justiça, poder e autoridade. Ele, através de Jesus Cristo, é o Criador dos céus e da terra e de tudo o que neles existe. Deus é a Origem de toda a vida e Aquele para quem a vida humana existe. Acreditamos num Senhor, Jesus Cristo de Nazaré, que é o Verbo e que tem existido eternamente. Acreditamos que Ele é o Messias, o Cristo, o Filho divino do Deus vivente, concebido pelo Espírito Santo e nascido em carne humana pela virgem Maria. Acreditamos que foi por meio d’Ele que Deus criou todas as coisas, e que sem Ele nada do que se fez seria feito. Acreditamos no Espírito Santo como sendo o Espírito de Deus e de Cristo. O Espírito Santo é o poder de Deus e o Espírito da vida eterna (2 Timóteo 1:7; Efésios 4:6; 1 Coríntios 8:6; João 1:1-4; Colossenses 1:16).

A existência de um Deus Criador de grande poder e inteligência é uma conclusão tão óbvia do universo que nos rodeia, de maneira que

o ateísmo, a descrença em Deus, é uma negação da realidade: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis” (Romanos 1:20). No entanto, muitos dos detalhes dos atributos de Deus exigem revelações adicionais.

Entendemos que Deus é espírito (João 4:24), existente em uma esfera diferente daquela dos seres humanos, que são carne. “Como os céus são mais altos do que a terra,” assim são os Seus caminhos e pensamentos mais altos do que os nossos. (Isaías 55:9). O nosso entendimento e per-cepção de Deus estão todavia, baseados nas revelações que Deus nos dá através da Sua Palavra escrita, a Bíblia (as Escrituras Sagradas).

A Bíblia revela que Deus é o Soberano do Universo, existente supremo acima de tudo. Deus é eterno, imutável em caráter, Todo-Poderoso, Onis-ciente e Onipresente (Deuteronômio 33:27, Isaías 57:15; Malaquias 3:6, Tiago 1:17; Jó 42:2; Jeremias 32:17; Salmo 147:5; 1 João 3:20; 2 Crônicas 2:6; Jeremias 23:23-24).

A escritura também revela Deus como dois seres distintos divinos—

Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo

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atuou como Porta-voz do Pai (João 8:28, 12:49-50, 14:10) e revelou o Pai aos Seus discípulos (Mateus 11:25-27).

O Pai “deu o Seu Filho unigênito” em sacrifício como o “Cordeiro de Deus” para o perdão dos nossos pecados. Depois disso Jesus foi exaltado pelo Pai para a glória que Eles tinham compartilhado antes que o mundo tivesse existido (João 3:16, 1:29, 17:5). (Veja o capítulo intitulado “O sacrifício de Jesus Cristo” e “A Páscoa Bíblica”, começando nas páginas 22 e 35).

O Novo Testamento enfatiza a unidade entre o “Pai” e o “Filho”, mas por outro lado manifesta uma distinção clara entre os dois em muitas escrituras (por exemplo, João 20:17; Romanos 15:6). Lemos em Efésios que Deus “tudo criou por meio de Jesus Cristo” (Efésios 3:9 ACF, enfâse adicionada).

Como Seres distintos, o Pai e o Filho têm individualmente um corpo glorioso espiritual (João 4:24, 1 Coríntios 15:45, Filipenses 3:21). Esses corpos espirituais têm uma semelhança e forma definida, pois Moisés viu a “semelhança do Senhor” (Números 12:8; veja Êxodo 33:18-23). Deus como espírito não é visível aos seres humanos (Colossenses 1:15, 1 Timóteo 1:17)—a não ser que se manifesta de maneira sobrenatural.

No entanto, quando Deus aparece ou mostra-se numa visão, ele tem “a semelhança de um homem” (Ezequiel 1:26), embora brilhante e radiante, sendo “o aspecto da semelhança da glória do Senhor” (versículo 28; ver também Apocalipse 1:12-16). Os seres humanos foram modelados após a semelhança de Deus num nível físico (Gênesis 1:26-27; 5:1-3).

A afinidade entre o Pai e o Filho mostra o perfeito e eterno caminho de vida com amor de Deus—o qual é um fluxo de carinho para com outros. Deus é a personificação do amor (1 João 4:8, 16). O Pai tem amado sem-pre o seu Filho, e o Filho tem amado sempre o seu Pai (João 17:4, 20-26). A harmonia que existe entre o Pai e o Filho é uma singularidade mental e de propósito, tendo Jesus Cristo orado ao Pai que criasse essa mesma harmonia entre os Seus discípulos, Ele próprio e o Pai (versículos 20-23).

A palavra “Deus”, como usada na Bíblia, pode referir-se tanto ao Pai (por exemplo, Actos 13:33; Gálatas 4:6), como a Jesus Cristo, o Filho (por exemplo, Isaías 9:6; João 1:1, 14) ou a ambos (por exemplo, Romanos 8:9), dependendo do contexto nas escrituras.

O poder que procede de Deus é chamado, o Espírito de Deus ou o Espírito Santo (Isaías 11:2; Lucas 1:35; Actos 1:8;10:38; 2 Coríntios 1:22; 2 Timóteo 1:7). É por meio desse Espírito que Deus está presente em toda a parte ao mesmo tempo (Salmos 139:7-10).

O Espírito Santo de Deus não é identificado como uma terceira pessoa numa trindade, mas é consistentemente descrito nas Escrituras como

sendo o poder de Deus, a mente de Deus e a própria essência e força da vida de Deus através da qual o Pai gera seres humanos como Seus filhos espirituais. O Espírito Santo é dado ao ser humano depois do arrependi-mento e do batismo (Actos 2:38).

O Espírito é também “a garantia da nossa herança até a redenção daque-les que pertencem a Deus” (Efésios 1:14, NVI) na ressurreição dos justos para a vida eterna ao retorno de Jesus Cristo (1 Tessalonicenses 4:16). Esse Espírito faz aqueles que o recebem “filhos de Deus” na família de Deus, co-participando da natureza divina (Romanos 8:16; 2 Pedro 1:4).

Os seres humanos também são chamados elohim ou “deuses” nas Escrituras, em referência à finalidade da nossa criação (Salmos 82:6, João 10:34-36). Deus está envolvido no processo de expansão da família divina para além do Pai e do Filho. Efésios 3:14-15 se refere ao “Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, do qual toda a família nos céus e na terra toma o nome.”

Jesus Cristo também é chamado o “primogénito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29). Os seres humanos têm o grande potencial e a oportuni-dade de entrar na família de Deus e serem transformados para o mesmo tipo de seres que o Pai e Cristo são (Romanos 8:14,19; João 1:12; 1 João 3:1-2). (Leia os capítulos intitulados “A Humanidade” e “O Propósito de Deus para a Humanidade”, começando nas páginas 13 e 53).

Deus quer que O conheçamos para que possamos confiar n’Ele e amá-lO. Ele tem-nos mostrado muito mais acerca de Si mesmo, através dos Seus nomes, títulos e descrições que revelou àqueles com quem tem trabalhado através dos tempos.

Estes nomes revelam que Deus tem uma inteligência, poder, glória e sabedoria supremas (Génesis 14:19, 22; 16:13; Salmos 29:3; 47:2; Isaías 55:8-9; 1 Timóteo 1:17; Judas 25); que personifica toda a justiça, perfeição e verdade (Deuteronómio 32:4; 2 Coríntios 13:11); que possui o céu e a terra (Génesis 14:19, 22; Atos 17:24); que é imortal (Génesis 21:33; 1 Timóteo 1:17); e que é digno de todas os elogios (Salmos 18:3; Apocalipse 4:11).

Deus é o nosso provedor (Génesis 22:14; 1 Timóteo 6:13, 17; Tiago 1:5, 17), curador (Êxodo 15:26), escudo (Génesis 15:1; Salmos 59:11), defesa (Salmos 25:4-5, 9; Isaías 48:17), conselheiro (Isaías 28:29), professor (Salmos 25:4-5, 9; Isaías 48:17), legislador (Isaías 33:22; Tiago 4:12), juiz (Génesis 18:25; Salmos 50:6), força (Salmos 18:2; 28:7; 59:17) e a nossa salvação (Salmos 27:1, 9; 68:20).

Ele é fiel, misericordioso, generoso, paciente, bondoso, justo e mag-nânimo (Êxodo 34:5-7; Deuteronómio 7:9). Deus ouve as nossas orações (Salmos 6:9; 34:17; 65:2), faz uma aliança conosco (Deuteronómio 29:12;

Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo

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mentes dos Seus servos, deixando ao mesmo tempo que se expressassem livremente, à medida que escreviam os livros conhecidos como a Palavra de Deus (a Bíblia).

As Escrituras Sagradas são as fontes do conhecimento e da verdade que Jesus e seus apóstolos usaram como o texto básico para ensinar o caminho de Deus para a salvação. Acima de tudo, Jesus Cristo deu-nos o exemplo de seguir as Escrituras como único texto de autoridade suprema na vida cristã. Combatendo com sucesso as tentações de Satanás, Cristo declarou, “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (Mateus 4:4, Lucas 4:4; Deuteronómio 8:3). Cristo citou outras escrituras durante a Sua batalha contra o diabo (Mateus 4:7, 10).

Cristo começou o Seu ministério na terra lendo as Escrituras e decla-rando, “Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos” (Lucas 4:16-21). Em João 10:35, Cristo exclamou que a “Escritura não pode ser anu-lada”. Ele referiu-se às Escrituras como uma fonte ativa e de autoridade na Sua vida (João 7:38,42). Cristo não deixou que nada o distraísse de se focalizar nas Escrituras—nem a traição ou Sua crucificação (João13:18; 17:12; 19:28; Mateus 27:46; Salmos 22:1; Lucas 23:46; Salmos 31:5).

Os apóstolos seguiram o exemplo de Cristo. O núcleo da fé cristã, doutrina e comportamento, são continuamente definidos através das Escrituras. Após a Sua ressurreição, Jesus Cristo resumiu as Suas instru-ções pessoais aos Seus discípulos, pois Ele “abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras” (Lucas 24:32, 44-45). Foi através das Escrituras que surgiram discípulos em todas as nações, como o exemplo do etíope eunuco (Actos 8:26-35).

Paulo, o apóstolo escolhido para levar o nome de Cristo para ambos aos gentios (não-israelitas) e israelitas (Atos 9:15), apelou pela a autori-dade das Escrituras questionando: “Pois, que diz a Escritura?” (Romanos 4:3, 11:2; Gálatas 4:30). Noutras ocasiões, Paulo confirmou a sua posição declarando, “Porque a Escritura diz . . .” ou por declarações semelhan-tes (Romanos 10:11; Gálatas 3:8, 22; 1 Timóteo 5:18). Escritos de Paulo mostram que ele repetidamente citou ou referiu a passagens do Antigo Testamento para suportar os seus ensinamentos. O Antigo e o Novo Tes-tamento foram claramente escritos para cristãos, ambos Judeus e gentios.

Existe uma continuidade entre o Antigo e o Novo Testamento (Mateus 4:4; 2 Timóteo 3:15-16). O Novo Testamento acrescenta e amplia o Antigo Testamento (Mateus 5-7). A história mostra que as únicas Escrituras que existiam durante o ministério de Cristo e as primeiras décadas dos após-tolos eram as do Antigo Testamento.

Ler, ouvir e agir conforme a Palavra de Deus são características chaves do povo de Deus (Lucas 8:21; 11:28). A Palavra de Deus produz fé na vida

Daniel 9:4), é um refúgio nas horas difíceis Salmos 9:9), dá-nos conheci-mentos (Salmos 94:10) e deseja dar-nos a imortalidade para que possamos compartilhar a vida eterna com Ele na Sua família e Seu Reino (João 3:16; Lucas 12:32).

Jesus Cristo, para além de ser Deus Filho e nosso Irmão mais velho da família de Deus, é também a Cabeça vivente da Igreja de Deus em serviço ativo (Efésios 5:23; Colossenses 1:18), seu Chefe Apóstolo (Hebreus 3:1) e seu Sumo Pastor (1 Pedro 5:4). Ele vive nos crentes Cristãos arrepen-didos através do Espírito Santo como nosso Salvador pessoal (compare Gálatas 2:20; João 14:23; 1 João 3:24). Ele está sentado à direita de Deus Pai no céu como nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 3:1; 4:14-15; 6:20), Intercessor (Romanos 8:34) e Advogado (1 João 2:1). E esperamos o seu retorno como Rei dos reis e Senhor dos senhores para governar sobre todas as nações e servir como Juiz Supremo sob o Pai (Apocalipse 11:15; 17:14; 19:15-16; João 5:22, 27; 2 Coríntios 5:10). (Veja o capítulo intitulado “O Retorno de Jesus Cristo e o Vindouro Reinado”, a partir da página 69).

Para informação adicional, baixe [download] ou solicite os nossos livros grátis:

Questão Fundamental da Vida: Deus existe?, Quem é Deus?, Jesus Cristo: A Verdadeira História, Qual é o Seu Destino?

A Palavra de DeusAcreditamos que as Escrituras, tanto o Antigo quanto o Novo Testa-mento, são a revelação de Deus e a Sua completa e expressa vontade para a humanidade. Toda a Escritura é inspirada em pensamento e palavra, infalível nos seus textos originais; é a autoridade suprema e final na fé e na vida; e é o fundamento de toda a verdade (2 Timóteo 3:16; 2 Pedro 1:20-21; João 10:35; 17:17).

O Antigo e o Novo Testamento são unidos na revelação do plano de salvação de Deus e no desenvolvimento desse plano na história da

humanidade. A Bíblia inteira revela os atos da intervenção misericordiosa de Deus para salvar a humanidade oferecendo-lhe a vida eterna dentro da Sua família. Ao escrever os vários livros da Bíblia, as personalidades, os estilos e os vocabulários dos autores reflectiram-se nos seus escritos. No entanto, quando escreveram, fizeram-no conforme foram movidos pelo Espírito Santo (2 Pedro 1:21). Assim, Deus influenciou e orientou as

A Palavra de Deus

10 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 11

de uma pessoa (Romanos 10:17; Colossenses 3:16). Deus espera que o Seu povo estude a Sua Palavra, diligentemente e regularmente, para obter compreensão, para sua edificação pessoal, e também para se guardar duma sociedade ateia (Atos 17:11; Efésios 6:17; 1 João 2:14; Salmos 119:9). Uma pessoa aprende a defender a sua fé ao assimilar o entendimento da Palavra de Deus (1 Pedro 3:15). As Escrituras Sagradas são capazes de nos tornar “sábios para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” (2 Timóteo 3:15).

A Bíblia está repleta de aplicações práticas para a nossa vida quotidiana (Hebreus 4:12). Paulo, enquanto estava na prisão, lembrou a Timóteo que embora o homem possa ser restringido, o mesmo não ocorre com a Palavra de Deus (2 Timóteo 2:8-9).

A Igreja de Deus obedece à ordem bíblica de confiar na Palavra de Deus na sua busca da verdade. Como está escrito em 2 Timóteo 3:16, a Palavra inspirada de Deus estabelece doutrinas (ensinamentos), refuta erros, administra correção e dá instrução na maneira correta de viver. O versículo seguinte diz que é “para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra” (versículo 17).

A verdade da Bíblia não somente ensina e guia o Seu povo como também os santifica ou separa (João 17:17). A Bíblia é uma ferramenta essencial no relacionamento de Jesus Cristo com a Seu povo santificado, a Sua Igreja, “para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra” (Efésios 5:26).

A Escritura é destinada a trazer-nos a uma relação com Aquele que inspirou o que está escrito nela—o próprio Verbo de Deus que se fez carne, Jesus Cristo, por conta de Deus Pai (João 1:1-3, 14). (Veja o capí-tulo intitulado “Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo”, começando na página 4.) Cristo disse claramente às pessoas do seu dia: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam. E não quereis vir a mim para terdes vida” (João 5:39-40).

Quando se trata da Bíblia, não é suficiente só ler e estudar—ou só ten-tar seguir muitas das suas directivas. Temos que ser levados a conhecer, servir e confiar no Deus revelado nas suas páginas—o Pai através do Seu Filho, Jesus Cristo, o Verbo.

Para informação adicional, baixe [download] ou solicite os nossos livros grátis: É a Bíblia Verdade?, Como entender a Bíblia.

Satanás, o DiaboAcreditamos que Satanás é um ser espiritual, que é adversário de Deus e dos filhos de Deus; A Satanás foi dado domínio sobre o mundo por um tempo determinado; Satanás tem enganado a humanidade fazendo com que Deus e a Sua lei sejam rejeitados; Satanás tem governado baseando-se no engano, com a ajuda de uma multidão de demónios que são anjos rebeldes, seres espirituais que seguiram Satanás na sua rebelião (Mateus 4:1-11; Lucas 8:12; 2 Timóteo 2:26; João 12:31; 16:11; Apocalipse 12:4, 9; 20:1-3, 7, 10; Levítico 16:21-22; 2 Coríntios 4:4, 11:14; Efésios 2:2).

Antes de criar o mundo físico, Deus criou poderosos serventes espi-rituais que são referidos na Bíblia como anjos, que literalmente

significa “mensageiros” (Hebreus 1:7, 14). Os anjos, que são descritos em alguns versículos como “filhos de Deus” em virtude de sua criação por Deus, foram testemunhas da formação da terra (Jó 38:4-7).

Há centenas de milhões de anjos justos a servir a Deus (Apocalipse 5:11). Mas um grande contingente de anjos se rebelaram contra Deus antes da criação da humanidade. Eles escolheram o caminho da vaidade e egoísmo em vez do caminho de Deus de efluente amor pelos outros. (Veja o capítulo intitulado “A Lei de Deus e o Pecado”, começando na página 18.) O líder dessa rebelião é conhecido como Satanás. Ele e seus asseclas do mal são mencionados no Novo Testamento como espíritos imundos ou como demônios.

Satanás é o adversário de Deus, como evidenciado no significado do seu nome, Satanás, que significa “adversário” no hebraico do Antigo Testamento. A tradução Septuaginta grega do Antigo Testamento, torna esta palavra como diabolos, a partir da qual obtemos a palavra diabo em Português. Isso significa “caluniador” e pode ter o sentido de um acu-sador ou adversário no tribunal (compare Zacarias 3:1). Tanto o termo hebraico como o grego são usados no Novo Testamento.

O diabo opõe-se a Deus continuamente, sempre que tem uma oportu-nidade. Ele despreza o plano de Deus, particularmente o alvo de Deus de incluir os seres humanos na família de Deus. Conseqüentemente, ele também detesta os seres humanos. Ele é o enganador e o acusador dos irmãos (Apocalipse 12:9-10). Ele é assassino, mentiroso e pai da mentira (João 8:44). Ele é descrito figurativamente como um leão que ruge, à pro-cura de alguém para devorar (1 Pedro 5:8, BLH).

Satanás não é um inimigo comum. Ele é um adversário extremamente

Satanás, o Diabo

12 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 13

inteligente e astuto, cujo principal objectivo é de negar a salvação aos seres humanos, enganando-os, levando-os por um caminho falso, incen-tivando-os a pecar e voltando-os contra Deus (Efésios 6:11-18; 2 Coríntios 2:11; Lucas 8:12).

Tal como o livro de Jó demonstra, Satanás só pode agir dentro dos limites permitidos por Deus (Jó 1:12; 2:6). O relato de Jó também mostra que Satanás tem uma atitude acusadora e descreve-o claramente como um ser real e com uma personalidade própria. Como o Novo Testamento demonstra, Ele veio a Jesus Cristo como um ser real num esforço mal sucedido para tentá-Lo com desejos egoístas (Mateus 4:1-11).

Da mesma maneira que as acções de Satanás são limitadas pela vontade de Deus, o seu tempo também é limitado. Presentemente ele é o “príncipe deste mundo” (João 12:31; 14:30; 16:11) e é descrito como o “deus deste século” (2 Coríntios 4:4), mas o seu reino terminará na sétima e última trombeta quando Cristo retornar (1 Coríntios 15:52; 1 Tessalonissenses 4:16; Apocalipse 11:15).

Satanás então será removido e preso durante o reinado milenar do Mes-sias e depois será solto por um curto período de tempo, ao fim dos 1.000 anos (Apocalipse 20:1-3, 7-8). Depois disso, ele será removido definitiva-mente quando ele é “lançado no lago de fogo e enxofre” (versículo 10), que está “preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25:41).

Satanás foi criado como um anjo de alta posição e autoridade (Ezequiel 28:14, 16). Em Isaías 14:12 ele é chamado em hebraico Heylel, seguido pela distinção de “filho da madrugada.” A tradução em Latim deste nome é Lúcifer, um nome do planeta Venus quando aparece como a estrela da madrugada, significando “portador da luz.” As versões portuguesas traduzem esta palavra como “estrela da manhã,” (ARC e ARA) ou “bri-lhante estrela da manhã” (BLH).

Abordado em Ezequiel 28 como o “rei de Tiro”, visto que ele é a força invisível por trás do trono dos reinos terrenos, este ser foi inicialmente um “querubim ungido para proteger” (versículos 14, 16), um dos dois seres angélicos cujas asas foram estendidas ao longo do trono de Deus, como representado na cópia terrena do trono de Deus, a Arca da Aliança (Êxodo 25:20-21; Hebreus 9:23-24; Apocalipse 11:19). Ele, evidentemente tinha uma posição, que era pelo menos igual à de Miguel, um “arcanjo” e “grande príncipe” (Judas 9; Daniel 12:1).

Este ser, a estrela da manhã, foi criado perfeito e inculpado, mas even-tualmente escolheu o caminho do pecado e da rebelião (Ezequiel 28:12, 15, 17). Aparentemente um terço dos anjos seguiram-no na sua insurrei-ção, e com ele tentaram derrubar Deus, mas foram derrotados e lançados para a terra (Apocalipse 12:4; Lucas 10:18, Isaías 14:12-15; 2 Pedro 2:4).

O reino de Satanás é agora caracterizado como trevas, e não luz, embora Satanás é capaz de apresentar-se dum modo falaz como um anjo de luz (Lucas 22:53; Efésios 6:12; Colossenses 1:13; 2 Coríntios 11:14).

Em algumas circunstâncias, o diabo e os seus demónios são capazes de possuir e controlar seres humanos e até animais (Mateus 8:28-33; 9:32-34). O próprio Satanás entrou e possuiu o traidor Judas (Lucas 22:3). Cristo, cuja autoridade é maior que a de Satanás, expulsou demónios durante o Seu ministério na terra e deu poder aos Seus servos, devida-mente ordenados, a fazer o mesmo (Marcos 16:17).

Satanás é referido por nomes e descrições diferentes, que indicam algumas das suas malvadas funções, características e acções. Além de “diabo,” ele é conhecido como o Apoliom e Abadom, que significam, respetivamente, “destruidor” e “destruição” (Apocalipse 9:11); Belial, significando “sem valor” ou “perverso” (2 Coríntios 6:15); Belzebu, o nome dum deus filistino significando “senhor das moscas” (Lucas 11:19; compare Mateus 12:24-27 com 2 Reis 1); o grande dragão e serpente (Apocalipse 12:9); o tentador (Mateus 4:3; 1 Tessalonicenses 3:5); e prín-cipe das potestades do ar (Efésios 2:2).

Para informação adicional, baixe [download] ou solicite o nosso livro grátis: Há na verdade um Diabo?

A HumanidadeAcreditamos que a humanidade foi criada à imagem de Deus com o potencial de virmos a ser filhos de Deus, compartilhando da Sua natureza divina. Deus criou a humanidade da carne, que é uma substância material. Os seres humanos vivem pelo fôlego da vida, são mortais, sujeitos à corrupção e decadência, sem vida eterna, exceto como o dom de Deus debaixo dos termos e condições expressas na Bíblia. Acreditamos que Deus colocou perante Adão e Eva a escolha da vida eterna pela obediência a Deus ou a morte pelo pecado. Adão e Eva cederam-se às tentações e desobedeceram a Deus. Como resultado, o pecado entrou no mundo e pelo pecado, a morte. A morte agora reina sobre toda a humanidade porque todos têm pecado (Génesis 1:26; 2 Pedro 1:4; Hebreus 9:27; 1 Coríntios 15:22; Romanos 5:12; 6:23).

O primeiro capítulo da Bíblia Sagrada revela que Deus criou o homem e a mulher à Sua imagem e semelhança (Génesis 1:26-27). O con-

A Humanidade

14 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 15

texto deste fato é importante entender-se. Cerca de 6.000 anos atrás, Deus preparou este mundo para a habitação humana durante uma única semana, como explicado no Gênesis 1. Nos vários dias antes da criação do homem, Deus fez as várias formas de vida, cada uma das quais era de se reproduzir “conforme a sua espécie” (versículos 11-12, 21, 24-25).

Este princípio fundamental descarta a evolução como comumente entendida—a idéia de que as criaturas evoluíram de uma espécie para outra. (Deus criou o código genético para permitir mudanças limitadas dentro das espécies, mas não de uma espécie para outra).

Depois de afirmar repetidas vezes que as criaturas eram para reproduzir conforme a sua espécie, Deus disse que faria o homem à Sua imagem e semelhança (novamente, versículos 26-27). A implicação clara é que o homem foi criado de acordo com o “género de Deus”, por assim dizer, tendo Deus a intenção de reproduzir-se através dos seres humanos. Na verdade, Gênesis 5:1-3 compara quando Deus fez Adão, o primeiro homem, à Sua semelhança, a quando Adão “gerou um filho à sua seme-lhança, conforme a sua imagem, e chamou o seu nome Sete.”

A humanidade foi, portanto, criada com um potencial realmente mara-vilhoso. O futuro da humanidade, como explicado na Escritura, é de vir a ser filhos na família de Deus (1 João 3:1-2; 2 Pedro 1:4; 2 Coríntios 6:18). Contudo, os seres humanos, como criaturas físicas de carne e sangue, foram inicialmente formados num nível muito inferior ao de Deus.

Como inicialmente criado, a “semelhança” a Deus no homem é bastante restrita—limitada a áreas, como a semelhança geral na forma, sentimen-tos, pensamentos, habilidades criativas e a capacidade de governar—tudo em um sentido bastante inferior quando comparado a Deus. No entanto, Deus quer que o homem finalmente venha a partilhar a Sua glória divina, o Seu poder, inteligência, sabedoria e caráter justo e carinhoso. (Veja o capítulo intitulado “Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo” e “O Pro-pósito de Deus para a humanidade”, começando nas páginas 4 e 53).

O carácter do Deus Todo-poderoso é perfeito. Ele é bom por inerência e não pode pecar. Isto é também o que Deus deseja para Seus filhos. Até mesmo Deus, que é Todo-poderoso, não cria um carácter perfeito nos seres humanos apenas por querer esse resultado. O desenvolvimento do carácter requer uma decisão consciente por um agente independente de moralidade, que tome a responsabilidade de conduzir a sua vida baseada nos conhecimentos do que é moralmente certo e do que é moralmente errado. Requer também uma decisão de escolher o que é certo e de rejeitar o que é errado.

Como descrito acima, quando os nossos primeiros pais, Adão e Eva, foram criados, receberam uma vida física, uma existência carnal de dura-

ção por um periodo limitado. “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Génesis 2:7).

A palavra Hebraica nephesh, traduzida “alma” em Génesis 2:7, é usada no primeiro capítulo de Génesis quatro vezes em conexão com animais (Génesis 1:20, 21, 24, 30) e é traduzida como “corpo” na frase “corpo de um morto” em Números 6:6. Mais tarde, foi dito ao primeiro homem, “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Génesis 3:19).

O livro bíblico de sabedoria conhecido como Eclesiastes contém a seguinte exortação: “Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o con-forme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projecto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma” (Eclesiastes 9:10; veja também versículo 5). Portanto, não há consciência na morte, que é comparada em outros lugares nas Escrituras com o dormir em des-conhecimento total (veja, por exemplo, João 11:11-14; 1 Coríntios 11:30; 15:51, 1 Tessalonicenses 4:13-14) .

Os seres humanos são mortais, sujeitos à corrupção e à decadência. Os seres humanos não possuem imortalidade na forma duma “alma imor-tal.” Em vez disso, eles começam sem a vida eterna. Uma oração bíblica declara: “Que proveito há no meu sangue, quando desço à cova? Porven-tura te louvará o pó? Anunciará ele a tua verdade?” (Salmo 30:9). Outro afirma: “Porque na morte não há lembrança de ti; no sepulcro quem te louvará?” (Salmos 6:5). (Veja o capítulo intitulado “As Ressurreições e o Juízo Eterno,” começando na página 65.)

Os seres humanos têm um componente espiritual na sua composição inicial—o espírito humano (Jó 32:8; Zacarias 12:1). É este espírito que dá inteligência ao cérebro físico do Homem, dando assim à mente humana habilidades bem além de outras criaturas físicas: “Porque qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está?” (1 Coríntios 2:11).

Este espírito é inconsciente de si próprio para além do corpo, e volta a Deus no momento da morte (Eclesiastes 12:7). Na ressurreição futura, Deus colocará os espíritos daqueles que morreram em novos corpos, devolvendo-lhes a inteligência consciente com suas personalidades e memórias intactas.

Os seres humanos são criações incompletas, quando inicialmente for-mados. Deus quer partilhar com a humanidade a Sua própria natureza e permitir que eles se tornem, literalmente, Seus filhos espirituais. Isso só é possível quando o Espírito Santo de Deus se junta com o espírito de cada pessoa humana (Romanos 8:16). Este Espírito dá ao homem um maior

A Humanidade

16 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 17

entendimento divino e confere-lhe o caráter de amor de Deus (1 Coríntios 2:10-16, Romanos 5:5). É através do Espírito Santo que Deus nos trans-formará em seres que, quando ressuscitados ou transformados à segunda vinda de Cristo, viverão com Ele para sempre (Romanos 8:11).

Deus deseja dar a todo o ser humano o dom da vida eterna, como membro da Sua família. A vida eterna não é algo que as pessoas possam ganhar. Contudo, Deus não vai dar este precioso dom a alguém que não se renda a Ele e à Sua lei (1 Coríntios 6:9-10).

Na Bíblia, a vida eterna na família de Deus é chamada salvação, pois aqueles que recebam a imortalidade na Sua famíla numca jamais estarão sujeitos à morte. Deus revela-nos, através das suas Escrituras divina-mente inspiradas, que a salvação não é dada de forma automática a todos os seres humanos. Ele dará esta bênção somente àqueles que tenham com-provado a sua boa vontade em obedecer-Lhe (Apocalipse 21:7-8).

Deus não estava obrigado a elevar os seres humanos à eternidade com Ele no domínio espiritual, mas sabemos que Deus é amor (1 João 4:8). Portanto, por amor transbordante e altruísta, Ele arquitetou um plano pelo qual nos pode ser dada a salvação, a maior bênção possível que um Criador amoroso pode conferir (Lucas 12:32).

Quando Deus criou Adão e Eva, Ele deu-lhes o acesso à árvore da vida, que simbolizava a vida eterna (Génesis 2:9; 3:22). E disse-lhes que não comessem do fruto da árvore da ciência do bem e do mal, que era sim-bólica da escolha humana, sem a ajuda de Deus, para determinar o que é certo e o que é errado.

Mas eles desobedeceram à ordem de Deus, e disobediência às ordens de Deus constitui pecado ou iniqüidade (1 João 3:4). E o pecado leva à morte (Gênesis 2:17, Ezequiel 18:4, 20; Romanos 6:23). Todo o pecado danifica o caráter de quem o comete. Além disso, o pecado prejudica [causa dano a] o pecador assim como à sociedade em geral. (Veja o capítulo intitulado “A Lei de Deus e o Pecado”, começando na página 18.)

O arbítrio livre foi dado ao Adão e Eva, tal como a todos os seres huma-nos, e sob a influência de Satanás, violaram o explícito comando de Deus (Génesis 3:1-6). (Vejam o capítulo entitulado “Satanás o Diabo” come-çando na página 11.) Os primeiros humanos começaram então a viver numa maneira contrária à vontade do seu amoroso Criador, colocando-se a si próprios debaixo da pena da morte, da qual Deus os tinha prevenido antecipadamente. Nenhum ser humano tem vivido uma vida sem pecado, excepto Jesus Cristo, o Filho de Deus (Eclesiastes 7:20; Romanos 3:23; Hebreus 4:15).

Apesar da propensão humana para o pecado, o plano final de Deus para a humanidade não foi frustrado. Na Sua sabedoria omnisciente, Deus pro-

videnciou uma forma pela qual os seres humanos podem ser reconciliados com Ele (João 3:16-17). As pessoas ainda podem desenvolver o carácter divino, o qual é um requisito indispensável para que recebam o preciosís-simo dom da vida eterna como filhos de Deus (1 Coríntios 15:22; Gálatas 2:20). No entanto, independentemente desta libertação providenciada por Deus, a morte continua a reinar sobre toda a humanidade porque todos têm pecado (Romanos 3:23).

Deus deseja um relacionamento harmonioso—tanto entre os seres humanos e Ele mesmo, assim como entre seres humanos, entre indiví-duos e entre grupos. Novamente, Deus está envolvido no processo de criação de Sua grande família, da qual a família humana física é uma representação. Também vemos este simbolismo na sagrada instituição do casamento. Ao criar Adão, Deus disse que não era bom para ele ficar sozinho (Gênesis 2:18). O homem precisava de companheirismo. Então Deus fez a mulher e estabeleceu o casamento (versículos 21-25)—uma aliança de parceria entre um homem e uma mulher perante Deus (Mateus 19:4-6; Malaquias 2:14).

O relacionamento conjugal foi destinado a modelar a relação que Jesus Cristo viria a ter com a Igreja de Deus (Efésios 5:22-23). E Deus também afirmou que marido e mulher são feitos “um” para produzir descendência de Deus (Malaquias 2:15). Casamento é um compromisso muito sério, sal-vaguardado na lei de Deus. (Vejam o capítulo intitulado “A Lei de Deus e o Pecado”, começando na página 18.)

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O que Acontece depois da Morte?Céu e Inferno: O que realmente ensina a Bíblia?O Casamento e a Família: A Dimensão em falta

A Humanidade

18 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 19

A Lei de Deus e o Pecado

Acreditamos que o pecado é a transgressão da lei. A lei é espiritual, perfeita, santa, justa, e boa. A lei define o amor de Deus e está base-ada nos dois grandes princípios de amor para com Deus e de amor ao próximo. Ela é imutável e obrigatória. Os dez mandamentos são os 10 pontos da lei de amor de Deus. Acreditamos que a quebra de qualquer ponto da lei traz sobre uma pessoa a penalidade do pecado. Acre-ditamos que esta lei espiritual fundamental revela o único caminho para a vida verdadeira e a única maneira possível de felicidade, paz e regozijo. Toda a infelicidade, miséria, angústia, e aflição vieram pela transgressão à lei de Deus (1 João 3:4; 5:3; Mateus 5:17-19; 19:17-19; 22:37-40; Tiago 2:10-11; Romanos 2:5-9; 7:12-14; 13:8-10).

Há fundamentalmente dois modos de vida. Um deles é o caminho da abnegação, altruísmo e preocupação para com os outros, isto é, o

caminho do amor, desejando dar e ajudar. Este é o caminho de Deus, que é a própria personificação do amor (1 João 4:8, 16). Seu modo de vida é codificado para os seres humanos na Sua lei, que exprime o amor (Roma-nos 13:10, 1 João 5:3).

O contrário é o caminho da vaidade e egoísmo—esforçando-se para obter para si mesmo. Esta abordagem constitui violação da lei de Deus, que é o pecado (1 João 3:4). Este é o caminho de Satanás, seus demônios e, seguindo a sua liderança, o caminho da humanidade. (Veja o capítulo intitulado “Satanás, o Diabo”, começando na página 11.)

No entanto, Deus criou a raça humana para que finalmente venhamos a ser membros da Sua família, destinados a herdar a imortalidade e a viver num relacionamento harmonioso com Ele e uns com os outros por toda a eternidade (Hebreus 2:6-13). Para finalmente compartilharmos a eternidade com Deus, também devemos ter em comum os Seus pensa-mentos, concordar com a Sua maneira de ser, abraçar o Seu caminho de vida e apreciar e apoiar os Seus valores que estão expressos na Sua lei (Filipenses 2:5-13).

A revelação de Deus por escrito para o ser humano, as Escrituras Sagradas, revelam este conhecimento essencial através das Suas leis e ensinamentos (2 Timóteo 3:15-17). Isto forma o fundamento e a base para o relacionamento perpétuo que Deus deseja ter com todos nós. Portanto,

é imperativo que todo aquele que procura este relacionamento supremo com Deus preste atenção às direcções da lei de Deus como são reveladas na Sua Palavra.

Dentro do princípio geral do amor, Jesus Cristo em Mateus 22:37-40 resumiu a lei de Deus em dois grandes mandamentos do Antigo Testa-mento: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma e de todo o teu pensamento [de Deuteronômio 6:5]. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo [de Levítico 19:18]. Desses dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.”

Estes dois mandamentos resumem a delimitação mais específica encon-trada nos Dez Mandamentos (Êxodo 20, Deuteronômio 5). Os quatro primeiro mandamentos são acerca duma demonstração de amor para com Deus. Os últimos seis mandamentos são acerca duma demonstração de amor para com o próximo—para com o nosso companheiro. Também devemos entender esses mandamentos como princípios de aplicação na nossa vida, em vez de limitar cada um à formulação rigorosa e literária dos versículos.

Parte do propósito de Jesus vir à terra foi “engrandecer a lei” (Isaías 42:21 ARA). Uma forma importante que ele fez isso foi mostrando a intenção espiritual completa dos mandamentos de Deus—tanto através de seus ensinamentos, assim como, através de Seu exemplo perfeito de obediência.

Em seu ensinamento, Jesus explicou que os mandamentos de Deus são aplicáveis muito além da mera letra. Eles são para regular até os nossos próprios pensamentos. Por exemplo, ele explicou que a raiva injusta contra alguém, está quebrando o Sexto Mandamento de Deus contra o assassinato, e que cobiçar uma pessoa que não seja o cônjuge, é cometer adultério no coração, o qual constitui uma violação do Sétimo Manda-mento (Mateus 5:21-28).

Deus exige que obedeçamos ao espírito de cada um dos Dez Manda-mentos. Começando com os quatro primeiros Mandamentos de amor para com Deus, o Primeiro Mandamento que proíbe a adoração doutros deuses também significa que não devemos permitir que nada venha diante de Deus em nossas vidas.

O Segundo Mandamento proíbe adorar perante representações físicas de Deus, como estátuas ou imagens de Cristo, mas também proíbe limitar a Deus com uma falsa imagem na nossa mente. O Terceiro Mandamento diz que não devemos tomar o nome de Deus em vão, o que significa que devemos ser muito cuidadosos na maneira de usá-lo, mas também que não devemos desonrar a reputação de Deus pela maneira como vivemos.

A Lei de Deus e o Pecado

20 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 21

O Quarto Mandamento, acerca de santificar o Sábado e não trabalhar nele, inclui também o princípio de estruturação de nossa semana de trabalho à volta do Sábado e manter um enfoque espiritual durante todo o dia. (Veja o capítulo intitulado “O Dia do Sábado”, começando na página 33.)

Movendo-nos para os seis últimos dos Dez Mandamentos acerca de amar o nosso próximo, o Quinto Mandamento diz que devemos hon-rar nossos pais, que inclui obedecê-los quando jovens, respeitando sua sabedoria quando somos adultos, cuidar deles quando são idosos e não envergonhar o nome da família. (Implícito neste comando é também a necessidade dos pais serem honráveis).

O Sexto Mandamento, como já mencionado, proíbe o assassinato. Na letra da lei isso significa usurpar a prerrogativa de Deus de tirar uma vida humana (visto que só Ele tem autoridade para fazê-lo ou mandar que alguém a tire). Não devemos suicidar-nos, ou ajudar a alguém cometer suicídio. Não devemos cometer aborto. No espírito da lei, não devemos odiar ou desvalorizar a outra pessoa.

O Sétimo Mandamento, que proíbe o adultério, na sua intenção espi-ritual proíbe toda e qualquer relação sexual fora do casamento, bem como fantasiar sobre tais relações. Assim, a imoralidade sexual em geral, incluindo o sexo antes do casamento e as relações homossexuais, são proibidas, conforme detalhado em outros lugares na leis de Deus.

O Oitavo Mandamento, que proíbe o roubo, no espírito da lei inclui sal-vaguardar aquilo que pertence aos outros e obter ganhos honestos, a fim de até mesmo compartilhar com outras pessoas em necessidade.

O Nono Mandamento, que proíbe dar falso testemunho contra o teu próximo, em sua plena intenção inclui a proteção da reputação de outros e manter a honestidade e integridade em todas as relações—dizendo sempre a verdade.

E, finalmente, o Décimo Mandamento, que proíbe cobiçar o que pertence a um vizinho, é, mesmo na sua expressão literal, uma ordem espiritual sobre os pensamentos na mente. Devemos deixar de cobiçar o que não podemos obter legalmente.

Estes mandamentos são apoiados e esclarecidos por outras leis e instruções na Escritura Bíblica. Na verdade, toda a Bíblia serve como lei revelada de Deus para nós, dizendo-nos o que Ele requer. No entanto, infelizmente, o homem rejeitou a lei de Deus, mesmo ao início da história humana.

O pecado, que é a transgressão da lei, foi apresentado à humanidade no Jardim do Éden. Satanás mentiu ao Adão e à Eva a respeito da árvore do conhecimento do bem e do mal (Génesis 3:4; João 8:44). Contrário à pre-

dição enganadora de Satanás, o Adão e a Eva de facto morreram. Como seus descendentes, todos nós compartilhamos esta condição comum de mortalidade (Hebreus 9:27).

Não é coincidência que a presença universal do pecado em todos os humanos (Romanos 3:23) está conectada com a morte e com a retenção da dádiva de Deus, a vida eterna (Romanos 6:23).

A natureza penetrante do pecado e da morte é demonstrada pela ten-dência humana de desprezar e desobedecer à lei de Deus (Romanos 8:7). A auto-decepção frequentemente acompanha este abandono das direc-tivas perfeitas de Deus (Jeremias 17:9; 10:23). A influência de Satanás é inconfundível neste modelo, tanto directamente (Efésios 2:1-3) como indirectamente através daqueles que ele engana (2 Coríntios 11:13-15).

Tendo-se tornado o adversário de Deus pela sua própria rebelião, Satanás tem secretamente recrutado a raça humana nesta batalha. Seres humanos pecadores tornam-se inimigos de Deus, já que todo o pecado, além do seu efeito sobre os homens, é por definição contra Deus (Génesis 39:9; Salmos 51:4).

Violar qualquer uma das instruções de Deus é pecado (1 João 5:17), como também é pecaminoso deixar de fazer o que deve ser feito (Tiago 4:17) ou violar a nossa própria consciência (Romanos 14:23). Além disso, o pecado é um poder de escravidão do qual necessitamos redenção e libertação (Romanos 7:23-25). Não temos o poder de efectuar esta reden-ção por iniciativa própria (1 Pedro 1:18-19).

Já que o pecado, em qualquer forma, traz alienação de Deus (Isaías 59:1-3; Efésios 4:17-19) e eventualmente a morte, nenhuma quantia de obediência, depois que o pecado foi cometido, pode reverter o seu efeito, embora, mesmo assim, a obediência seja esperada. Somente o sacrifício perfeito de Jesus Cristo nos pode dar a libertação (Hebreus 2:4-15) e reconciliar-nos com Deus. (Veja os capítulos intitulados “O Sacrifício de Jesus Cristo “ e “Arrependimento e Fé”, com início em páginas 22 e 28.)

Através do perdão do pecado, disponível pela graça de Deus (Romanos 3:24), o Cristão acha a liberdade na obediência à lei de Deus (Tiago 1:21-15). Em vez de sermos escravizados no pecado pela deso-bediência, servimos Deus pela obediência e andamos no Seu caminho, para sermos guiados à vida eterna no Seu reino pela Sua generosa e não merecida dádiva (Romanos 6:16-23).

Retornar à nossa vida antiga de pecado é uma questão séria aos olhos de Deus (2 Pedro 2:20-22). Todavia, o único pecado que não pode ser per-doado é a recusa intencional a arrepender-se, por quem esteja plenamente informado, totalmente rejeitando Deus e o sacrifício de Jesus Cristo, pelo qual a remissão de pecado se torna possível (Hebreus 6:4-6; 10:26-31).

A Lei de Deus e o Pecado

22 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 23

Este pecado é descrito por Cristo como a “blasfémia contra o Espírito” (Mateus 12:31), uma rejeição consciente do poder e autoridade de Deus. Depois de cada ser humano ter tido uma oportunidade completa para a salvação, aqueles que não se arrependerem serão destruídos (Apocalipse 20:14-15), cumprindo assim a sanção final do pecado, a segunda morte. (Veja o capítulo intitulado “As Ressurreições e o Juízo Eterno”, come-çando na página 65.)

Apesar de cada pessoa ser responsável pelo seu próprio pecado (Eze-quiel 18:4, 20), Satanás o diabo é identificado como o tentador, o enga-nador da humanidade e aquele que é fundamentalmente responsável por liderar a humanidade ao pecado (Mateus 4:3; 1 Tessalonicenses 3:5; Apocalipse 12:9; 20:1-3). (Novamente, veja o capítulo intitulado “Satanás, o Diabo”, começando na página 11.)

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Os Dez Mandamentos A Nova Aliança: Abole a Lei de Deus?

O Sacrifício de Jesus Cristo

Acreditamos que Deus amou tanto o mundo de pecadores impotentes que Ele deu o Seu unigénito Filho, o qual, mesmo sendo tentado em todos os pontos da mesma maneira que somos, viveu sem pecado na carne humana. Aquele Filho, Jesus Cristo, morreu como um sacrifício pelos pecados da humanidade. A Sua vida, porque Ele é o criador de toda a humanidade, tem muito mais valor do que a soma total de todas as vidas humanas. A Sua morte é, portanto, suficiente para pagar a penalidade dos pecados de todos os seres humanos. Pagando esta penalidade Ele fez possível, de acordo com o plano de Deus para cada pessoa e para a humanidade como um todo, que nós tenhamos os nossos os pecados perdoados e que nós sejamos libertados da pena de morte (Hebreus 4:15; 9:15; 10:12; João 1:18; 3:16; Colossen-ses 1:16-17, 22; 1 João 2:2; 4:10; Efésios 1:11; Apocalipse 13:8).

Jesus Cristo é o ponto focal do Cristianismo. Conforme Atos 4:12 afirma, “em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do

céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.” O perdão dos pecados e, finalmente, o dom da vida eterna são acessíveis somente através do Seu sacrifício. Nós somos reconciliados a Deus pela morte de Cristo, mas salvos pela Sua vida (Romanos 5:10).

As Escrituras descrevem Jesus Cristo usando vários títulos distintivos, incluindo: o Verbo de Deus (João 1:1, 14; Apocalipse 1:13 ARA), nosso Salvador (1 João 4:14), nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 9:11), nosso Senhor (Apocalipse 22:21), o Filho de Deus (Apocalipse 2:18; 1 João 5:5), nosso Cordeiro Pascal (1 Coríntios 5:7 ARA), o Filho do Homem (Apo-calipse 14:14), e Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:16). (Veja o capítulo intitulado “Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo”, começando na página 4.)

Cristo é o nosso Salvador e o sacrifício final para o pecado. Apesar de Ele ser divino, Jesus tornou-se um ser humano para sofrer e morrer pelos pecados da humanidade (Filipenses 2:5-7; Hebreus 2:9). Como o Filho do Homem, Ele foi capaz de conhecer todas as aflições da vida humana (Hebreus 4:15) para melhor nos compreender como nosso misericordioso Sumo Sacerdote (Hebreus 2:17).

Cristo como o nosso Salvador deu a Sua vida para que nós possamos viver. Ele morreu uma morte horrível, como nosso Cordeiro Pascal (prefigurado no cordeiro pascal sacrificado no Antigo Testamento), para que tenhamos entendimento da magnitude do pecado e do significado monumental do Seu sacrifício, que foi feito para cada ser humano. Ele foi “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (João 1:29; compare com Apocalipse 5:6, 12; 7:14; 12:11). (Veja o capítulo intitulado “A Páscoa Bíblica”, começando na página 35.)

O pecado, a transgressão da lei de Deus (1 João 3:4), é realmente hor-rível. Desobediência à lei de Deus trouxe dor e miséria incalculáveis , bem como a sua pena máxima, a morte (Romanos 6:23). (Veja o capítulo intitulado “A Lei de Deus e o Pecado”, começando na página 18)

Jesus viveu uma vida perfeita e por consequência não mereceu ter a pena da morte. No entanto, Ele foi predestinado desde a fundação do mundo a morrer (Apocalipse 13:8). Embora Cristo, como o perfeito sacri-fício para o pecado, tenha sido acusado de violar a lei de Deus em mais do que numa ocasião, Ele nunca quebrou a lei de Deus.

Aceitamos o Seu sacrifício como essencial para nossa salvação. Con-forme modelamos as nossas vidas à moda de Jesus Cristo, nós “levamos a nossa cruz” e seguimo-Lo (Lucas 14:27), incluindo-se nisto a disposição de virmos a sofrer e de sermos perseguidos como Ele nos mostrou pelo Seu exemplo (1 Pedro 2:19-23). Agradecemos ao Deus Pai por ter dado o Seu Filho Jesus Cristo para ser aquele sacrifício perfeito para toda a

O Sacrifício de Jesus Cristo

24 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 25

humanidade (João 3:16; Romanos 8:32).Todo o pecado é perdoado após o arrependimento e a aceitação do

sacrifício de Cristo. (Veja o capítulo intitulado “O Arrependimento e Fé”, começando na página 28.) O perdão do pecado requer o sacrifício supremo—a morte de Jesus Cristo. A Sua crucificação, há quase 2.000 anos, foi essencial para o plano de Deus da redenção e salvação.

Através de Seu sacrifício, Jesus tomou sobre si a pena final do pecado, a morte, libertando-nos desse destino final, a nossa morte eterna, se aceitar-mos o Seu sacrifício em arrependimento continuo (Hebreus 2:9; 9:14-15). E, pelo ato de Jesus Cristo dar de Si mesmo durante a Sua vida para cui-dar dos outros, até ao ponto final de que, através do tormento angustiante que Ele sofreu ao fim, Jesus também tomou sobre si as conseqüências adicionais do pecado—nomeadamente as dores e o sofrimento.

É como Isaías 53:4 diz: “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si.” Mateus 8:17 escreve desta maneira: “Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.” E, finalmente, Isaías 53:5 conclui: “o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.” Jesus suportou brutalidade e miséria, como base para a nossa libertação do sofrimento, inclusive através da cura.

Enquanto Deus não remove todo o sofrimento agora, assim como ele ainda não tenha retirado a morte de nós, às vezes ele aliviará alguns dos sofrimentos agora se nós fielmente confiarmos nEle—como, por exemplo, ser fisicamente curado da doença através da unção (Tiago 5:13 -16). E nós temos a promessa de Deus que um dia a morte e o sofrimento deixarão de existir (1 Coríntios 15:54, Romanos 8:18, Apocalipse 21:4).

Pelo entendimento e aceitação do sacrifício de Jesus Cristo em arrepen-dimento e fé, podemos estar assegurados de que os nossos pecados estão apagados. Poderemos avançar nas nossas vidas Cristãs com confiança, sabendo que através do sacrifício de Jesus Cristo podemos ser reconci-liados com o Pai.

Como um resultado desta reconciliação, podemos desenvolver um parentesco com o Pai que nos fornece esperança e confiança para o nosso futuro. Podemos aguardar a vida eterna no Reino de Deus como um dom da graça de Deus por causa do sacrifício que Cristo voluntariamente fez por cada um de nós.

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Santos de Deus: A Promessa de Esperança para toda a Humanidade

Três Dias e Três NoitesAcreditamos que o Pai levantou Jesus Cristo dentre os mortos depois que o Seu corpo jazeu três dias e três noites na sepultura, tornando assim possível a imortalidade ao homem mortal. Ele, depois de tudo isso, ascendeu ao céu, onde agora se senta ao lado direito de Deus Pai como nosso Sumo Sacerdote e Advogado (1 Pedro 1:17-21; 3:22; Mateus 12:40; 1 Coríntios 15:53; 2 Timóteo 1:10; João 20:17; Hebreus 8:1; 12:2).

Um dos mais dramáticos, encorajadores e graciosos eventos de todos os tempos foi a ressurreição de Jesus Cristo. Deus Pai ressuscitou

o Seu Filho Jesus Cristo, que tinha sido morto e colocado numa sepul-tura escassamente fora de Jerusalém. A Sua morte, consentida pelo Pai e voluntariamente aceite por Jesus (João 10:17-18), pagou a penalidade de todos os pecados de todos os seres humanos que jamais terão vivido, desde que realmente se arrependam dos seus pecados. A Sua morte foi preestabelecida pelo Pai e pelo Verbo desde a fundação do mundo como uma parte necessária da salvação da humanidade (1 Pedro 1:20).

Deus, na Sua justiça, misericórdia e amor soberano, assim fez possível para que todos os homens tenham os seus pecados perdoados (após arre-pendimento e fé) e sejam reconciliados com Ele pelo sangue de Cristo como o Cordeiro de Deus (Mateus 26:28; Apocalipse 12:11). (Veja os capítulos intitulados “O sacrifício de Jesus Cristo” e “Arrependimento e Fé”, com início nas páginas 22 e 28). Mas a morte de Jesus Cristo não foi o fim de tudo isso. Somos reconciliados com Deus pela morte de Jesus, mas somos salvos pela Sua vida (Romanos 5:10).

Somente através da ressurreição de Cristo para a imortalidade poderí-amos ter um Salvador vivente que, como Sumo Sacerdote, intercede por nós diante do Pai (1 Timóteo 2:5; Hebreus 4:15-16; Romanos 8:26-27). E o fato de que Jesus Cristo ressuscitou dentre os mortos dá aos seres humanos uma razão muito convincente para crer no evangelho do Reino de Deus e acreditar que eles também podem ser trazidos de volta da morte (1 Coríntios 15:14-19). A Sua ressurreição fornece aos humanos uma base de esperança viva, de que eles também poderão herdar a vida eterna (1 Pedro 1:3).

Jesus ofereceu o fato de que o túmulo, só o prenderia por apenas um curto período, como o único sinal divino para a Sua geração que Ele era “maior do que Jonas” e “maior do que Salomão” e que a Sua mensagem deveria levar os seus ouvintes ao arrependimento (Mateus 12:39-42). Ele

Três Dias e Três Noites

26 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 27

disse que ficaria três dias e três noites—um período de 72 horas (João 11:9-10; Génesis 1:5)—no coração da terra (na sepultura), do mesmo jeito que Jonas ficou três dias e três noites nas entranhas do peixe (Jonas 1:17). Num outro lugar, Jesus disse que “seria morto, mas que depois de três dias ressuscitaria” (Marcos 8:31).

Um dos grandes problemas com a crença que é normalmente aceite a respeito da crucificação e da ressurreição, é que não há três dias e três noi-tes entre a tarde da Sexta-feira Santa e a manhã do Domingo de Páscoa.

Acreditamos que o peso das evidências escriturais e históricas levam-nos a concluir:

• Que Jesus morreu na Quarta-feira de tarde;• Que o Seu corpo foi rapidamente colocado no túmulo de José de Arimateia um pouco antes do pôr do sol da mesma tarde—a noite dava início ao Sábado anual (um dia de descanso solene), o primeiro dia dos Pães Asmos (João 19:30-31, 42; Marcos 15:42-46);• E que Jesus foi ressuscitado pelo Pai um pouco antes do pôr do sol no Sábado (ao fim do Sábado semanal), três dias e três noites depois de ter sido colocado na sepultura, exactamente como Ele tinha dito. Esta explicação está consistente com os detalhes descritos nas Escri-

turas. Ela não requer nenhum ajustamento forçado de três dias e de três noites entre a Sexta-feira à noite e o Domingo, criando especulações sobre as partes dos dias e das noites. Esta explicação também reconcilia os rela-tos das mulheres sobre os aromas de embalsamento, descritos em Marcos 16:1 e Lucas 23:56. No primeiro relato, as mulheres crentes obediente-mente descansaram um Sábado antes de comprarem os aromas para o embalsamar. No segundo relato, as mulheres prepararam os aromas que tinham comprado para o embalsamar e depois descansaram um Sábado.

Estes relatos são reconciliados através da compreensão que houve dois Sábados durante esta semana em questão. Jesus foi crucificado no dia da Páscoa bíblica (Mateus 26:18-20; 1 Coríntios 5:7), o qual era o dia de preparação para um Sábado (Marcos 15:42), que era conhecido como “grande o dia daquele Sábado” (João 19:31 ARA). Este grande dia de Sábado era o primeiro Dia Santo anual no calendário Hebraico, o pri-meiro dia dos pães Asmos, que sempre caiu no dia após a Páscoa bíblica (Levíticus 23:5-7). Era um Sábado annual, e não um Sábado semanal. Os Dias Santos Anuais também são chamados “Sábados de descanso” visto que nemhuma obra servil devia ser feita nesses dias (versículos 7, 24, 32).

As mulheres esperaram até que este dia, o Sábado anual, terminasse; então no dia seguinte compraram e prepararam os aromas para embalsa-mar; depois descansaram novamente durante o Sábado semanal de Deus; e então cedo no Domingo de manhã, foram ao túmulo para aplicar os

aromas de embalsamento no corpo de Jesus.Elas visitaram a sepultura no fim “dos Sábados” santos (plural)1

daquela semana (Mateus 28:1). O Sábado anual nesse ano, foi de Quarta--feira ao pôr-do-sol até Quinta-feira ao pôr-do-sol, e o Sábado semanal, como sempre, de Sexta-feira ao pôr-do-sol até Sábado ao pôr-do-sol. Quando elas chegaram ao túmulo, Domingo de manhã cedo, acharam-no vazio e ouviram o anúncio do anjo dizendo que Jesus estava vivo e que já não estava lá (Marcos 16:6).

Existe um volume significativo de evidências históricas e escriturais que apontam para 31 dC como o ano da Crucificação e da ressurreição de Cristo. Entre essas indicações do ano da crucificação estão o cumpri-mento das profecias de Daniel sobre a vinda do Messias (com uma conta-gem de anos especificada em Daniel 9:24-26, que começa evidentemente com o decreto do rei persa Artaxerxes em Esdras 7), e a consideração cautelosa de três importantes acontecimentos: a data provável do nasci-mento de Jesus, a Sua idade quando Ele começou o Seu ministério e a duração de Seu ministério.

A celebração da Páscoa bíblica no ano que Cristo morreu caiu no quarto dia da semana (isto é, do pôr-do-sol de Terça-feira ao pôr-do-sol de Quarta-feira), e a morte de Jesus Cristo nesse dia cumpriu o Seu papel como o verdadeiro Cordeiro Pascal de Deus (1 Coríntios 5:7). O dia seguinte, do pôr-do-sol de Quarta-feira ao pôr-do-sol de Quinta-feira, foi um Sábado santo anual.

Em conclusão, acreditamos que Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus, morreu pelos nossos pecados no dia da Páscoa bíblica, esteve sepultado por três dias e três noites (um período de 72 horas) e que só depois é que ressuscitou e que, após um período de vários contatos com os seus discípulos, Ele ascendeu ao céu para se sentar ao lado direito do Pai, muito acima de todos outros, em poder, glória e honra (Efésios 1:19-23). (Veja o capítulo intitulado “Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo”, começando na página 4.)

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Feriados ou Dias Santos: Importa que dias observamos?

Três Dias e Três Noites

A palavra grega traduzida para Sábado, Sabbaton, em Mat 28:1 está no plural. Por isso uma tradução mais correta seria “dos Sábados”.1

28 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 29

O Arrependimento e FéAcreditamos que todos os que verdadeiramente se arrependem dos seus pecados em completa rendição e obediência voluntária a Deus, e que em fé aceitam Jesus Cristo como o seu Salvador pessoal, têm os seus pecados perdoados por um ato de graça divina. Tais indiví-duos são justificados, perdoados da penalidade do pecado e recebem o Espírito Santo, o qual literalmente reside dentro deles e os supre de amor divino, com o qual apenas se pode cumprir a lei e produzir a justiça. Eles são batizados pelo Espírito colocando-os no Corpo de Cristo, que é a verdadeira Igreja de Deus. Acreditamos numa mudança permanente na maneira de viver e na atitude. Somente aqueles que tiverem a presença interna do Espírito Santo, e estejam sendo guiados por esse mesmo Espírito são de Cristo (Actos 2:38; 3:19; 5:29-32; 2 Coríntios 7:10; João 3:16; Efésios 1:7; 2:7-9; Romanos 3:21-26; 5:5; 6:6; 8:4, 9-10, 14; 13:1; Jeremias 33:8; João 14: 16-17; 1 Coríntios 12:12-13; Filipenses 2:3-5).

O arrependimento de obras mortas e fé em Deus são listados em Hebreus 6:1, como parte da fundação que finalmente levará à per-

feição e vida eterna. Jesus Cristo estabeleceu um modelo importante na sua pregação, quando Ele regularmente chamou os ouvintes a se “arre-penderem e crerem” (Marcos 1:15). O apóstolo Paulo também pregava “o arrependimento para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (Atos 20:21, ARA).

Jesus destacou a importância do arrependimento quando ele declarou duas vezes que “se vos não arrependerdes, todos de igual modo perece-reis” (Lucas 13:3, 5). Deus exige que todos se arrependam (Atos 17:30; 2 Pedro 3:9). No primeiro sermão registado na Igreja do Novo Testa-mento, Pedro disse ao povo “arrependei-vos” (Atos 2:38).

Devemos arrependermos-nos do pecado, que é a transgressão da lei de Deus (1 João 3:4 ARA). Arrependimento vai além de sentir pena ou mostrar remorso por suas ações passadas (2 Coríntios 7:8-11). O verda-deiro arrependimento envolve o reconhecimento de nossa natureza e sua oposição a Deus (Romanos 8:7). Isso requer uma mudança, uma volta completa e total na vida duma pessoa, uma mudança de estar pecando para deixar de pecar—uma mudança da desobediência à lei de Deus para a obediência.

Temos que parar de seguir o caminho do mundo e virar para seguir o caminho de Deus (Isaías 55:7-8, Atos 26:20, Romanos 12:2). Arrependi-mento é uma entrega total e obediência voluntária, com base no conhe-

cimento de como Deus quer que vivamos. (Veja o capítulo intitulado “A Lei de Deus e o Pecado”, começando na página 18.)

O arrependimento começa com as nossas súplicas, implorando e pedindo perdão a Deus pelos nossos pecados e aceitando Jesus Cristo como o nosso Salvador pessoal. Não é somente uma decisão baseada na emoção, todavia e certamente a emoção é uma parte importante (Atos 2:37), mas é uma decisão de obedecer sinceramente a Deus através da fé em Jesus Cristo. A justiça de Cristo torna-se nossa através da fé nEle e dEle (Filipenses 3:8-9; Romanos 8:1-4).

Esta fé é uma crença profunda e uma certeza confiante (Hebreus 11:1). E nós não podemos aproximarmos-nos a Deus sem ela: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam” (versículo 6 ). Essa fé irá levá-lo a obedecer a Deus. Inicialmente, essa fé não confia apenas no perdão inicial do pecado, mas também reconhece que Deus vai ajudar os fiéis a permanecerem fiéis.

O arrependimento pela fé não é simplesmente submeter-se a um sistema de religião ou a um grupo de regulamentos. A confiança em Deus e nos Seus caminhos guiará uma pessoa a agir de acordo com os Seus desejos e a manifestar obras de justiça (Tiago 2:17-26). O verdadeiro arrependimento divino não é algo que uma pessoa possa conseguir por si mesma. É um dom de Deus (2 Timóteo 2:25; Atos 11:18). É uma das muitas coisas boas que nosso Pai celestial nos dá (Tiago 1:17). Ele leva-nos ao arrependimento (Romanos 2:4).

O arrependimento é uma das partes mais importantes no processo de conversão. Como Pedro disse naquele primeiro sermão: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Actos 2:38). Assim, o arrependimento precede o batismo. E o batismo é um sinal exterior de nosso compromisso de deixar nossos antigos caminhos para trás e embarcar numa nova vida, purificada por meio de Cristo.

Depois do arrependimento e do batismo, o Espírito de Deus é dado à pessoa através da imposição das mãos por um servente devidamente ordenado por Deus (Atos 8:14-18; 2 Timóteo 1:6; Hebreus 6:1-2). (Veja o capítulo intitulado “O Batismo da Água e a Imposição de Mãos”, que começa na página 31.) O Espírito Santo depois nos ajuda a honrar o nosso compromisso de arrependimento, guiando-nos a viver realmente o caminho de Deus (Romanos 8:14). Então temos o amor de Deus motivando-nos a guardar as Suas leis (1 João 5:3). Os Cristãos verdadeiros têm o Espírito Santo (Romanos 8:9) e esforçam-se por viver como Cristo viveu (1 João 2:6).

O Arrependimento e Fé

30 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 31

O arrependimento envolve tanto a alegria quanto a tristeza. O arrepen-dimento conduz-nos a um relacionamento alegre e eterno com o nosso Deus carinhoso, o nosso Criador e doador de vida. O arrependimento concentra a nossa visão no amor e misericórdia de Deus e no perdão do pecado feito possível pelo sacrifício de nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. O arrependimento é necessário para despojarmo-nos do “velho homem”, o nosso caráter anterior, e para virmos a ser parte da família de Deus (Efésios 4:20-24).

E, novamente, isto é uma reação da fé. Em Marcos 1:15, acima citado parcialmente, Jesus especificamente pediu às pessoas “arrependei-vos e crede no evangelho”, referindo-se à boa nova do Reino de Deus (versículo 14). A expectativa de virmos a ser parte do Reino de Deus é certamente uma razão para nos alegrarmos, e motiva aqueles que do coração fazem a vontade de Deus.

Logo após arrependimento divino, uma pessoa deve ser batizada, como vimos, para que todos os pecados do passado sejam apagados (Romanos 3:25) e então receber a dádiva do Espírito Santo (Actos 2:37-38). Depois disso vem a vida guiada pelo Espírito Santo, crescendo em graça e conhe-cimento, produzindo frutos e sendo aperfeiçoada em santidade e justiça (2 Pedro 3:18; Mateus 13:23; 2 Coríntios 7:1).

Um resultado importante de termos o Espírito Santo dentro de nós é o desenvolvimento da fé (Gálatas 5:22-23; 1 Coríntios 12:4, 9). A vida que agora vivemos na carne, vivemos pela “fé do Filho de Deus” (Gálatas 2:20). De fato, o justo (aqueles que são justificados ou que são justos diante de Deus) vivem pela fé (Habacuque 2:4, Romanos 1:17, Gálatas 3:11, Hebreus 10:38).

Precisamos entender que o arrependimento, precisa ser um processo contínuo. Não é uma ação de um momento na vida do crente. Uma pes-soa convertida tem que continuar a batalhar contra o pecado em sua vida (1 João 1:8-10, 2:1). Vestígios da natureza humana permanecerão pelo resto de nossas vidas, lutando contra as nossas mentes e conduzindo-nos ao pecado (Romanos 7:17, 20-21).

Uma pessoa espiritualmente convertida, fundamentalmente deseja agradar e obedecer a Deus. O amor de Deus derramado no coração dessa pessoa pelo Espírito Santo (Romanos 5:5) procura seguir o caminho per-feito de Deus, mas a fraqueza da carne, muitas vezes impede esse desejo interior (Romanos 7:12-25).

Deus não condena o crente (Romanos 8:1) enquanto ele ou ela permaneça nesta atitude de arrependimento e de conquista do pecado (Apocalipse 2:7, 11, 17, 26; 3:5, 12, 21). Só no caso dessa pessoa cessar permanentemente de se arrepender é que não há mais perdão. (Novamente, veja o capítulo

intitulado “A Lei de Deus e o Pecado”, começando na página 18.)Neste longo processo de conquista que dura a vida inteira, a pessoa

convertida continua através do arrependimento e fé, a confiar no sacrifí-cio de Jesus Cristo para cobrir seus pecados. E com a ajuda milagrosa de Cristo que vive nele ou nela através do Espírito Santo, o cristão é capaz de crescer no caminho de Deus da vida, cada vez mais andando pela fé em obediência à lei do amor de Deus (Gálatas 2:20, Filipenses 4:13 ; Colossenses 1:29).

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Você pode ter Fé Vivente

O Batismo de Água e a Imposição das Mãos

Acreditamos na ordenação do batismo de água, pela imersão, depois do arrependimento. Através da imposição das mãos, com oração, o crente recebe o Espírito Santo e torna-se parte do Corpo espiritual de Jesus Cristo (Mateus 3:13, 16; João 3:23; Actos 2:38; 8:14-17; 19:5-6; 1 Coríntios 12:13).

Depois de Hebreus 6:1 mencionar o arrependimento e a fé como princípios elementares de Cristo, o versículo 2 continua essa lista

identificando “a doutrina dos batismos” e “imposição das mãos”, como os dois princípios seguintes.

João Batista introduziu o batismo do arrependimento, ligado ao con-ceito de remissão dos pecados (Mateus 3:1-6; Marcos 1:4-5). O próprio Jesus foi batizado por João (Mateus 3:13-17), não porque Ele precisasse de se arrepender ou ser perdoado, mas como um exemplo para os Seus discípulos de todas as épocas.

A palavra batismo é simplesmente uma tradução da palavra Grega baptizo que significa “imergir” ou “mergulhar.” Por definição, então, a única forma de batismo bíblico é a completa imersão na água. João Batista escolheu um lugar particular no Rio Jordão para os seus batismos

O Batismo da Água e a Imposição das Mãos

32 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 33

porque lá havia água suficiente para submergir completamente as pessoas (João 3:23).

Para o Cristão, a ordenança do batismo é muito importante. Numa só acção, a morte, o enterro e a ressurreição de Cristo são lembrados ao crente e associados à sua própria simbólica “morte” e “ressurreição” da “sepultura de água” para andar em novidade de vida (Romanos 6:3-6; Colossenses 2:12-13).

Também inerente no simbolismo está a promessa da ressurreição futura do crente para o Reino de Deus. O pecador perdoado levanta-se da água do batismo para viver uma nova vida em Cristo, livre da pena de morte originada pelo pecado. As águas do batismo simbolicamente lavaram todos os pecados. Neste sentido, o batismo é um reconhecimento externo das intenções internas do crente, de entregar e submeter a sua vida a Deus e ao Seu caminho (Efésios 4:20-24).

O batismo, que é ordenado nas Escrituras, deve ser precedido pela fé e arrependimento (Atos 2:37-38; Marcos 16:16). O próprio simbolismo de batismo demonstra o desejo de “enterrar” a velha vida pecaminosa (Romanos 6:11). O nosso reconhecimento de culpa e a necessidade de que Jesus Cristo nos salve das consequências do pecado é de suprema importância. Este arrependimento se caracteriza por uma mudança de coração e de acção, e é baseado na fé pessoal, e num compromisso total com Jesus Cristo e Deus Pai (Lucas 14:25-33, Colossenses 2:12). (Veja o capítulo intitulado “O Arrependimento e Fé”, começando na página 28.)

Uma pessoa só deve ser batizada se é suficientemente madura para entender e apreciar completamente o compromisso de vida necessário. A Bíblia não dá nenhuma indicação de que o batismo é apropriado para crianças.

A comissão que Jesus deu a Seus discípulos inclui a autoridade para batizar os crentes (Mateus 28:18-20). O batismo é seguido pela oração e pela imposição das mãos de um (ou mais que um) dos serventes de Deus devidamente ordenados. Isto demonstra que Deus age através de agentes humanos e que estamos a cooperar com o ministério fiel que Ele estabe-leceu em Sua Igreja. (Veja o capítulo intitulado “A Igreja” começando na página 56.)

Isso tudo é parte do processo pelo qual recebemos o dom do Espírito de Deus (Atos 2:38; 8:14-18; 2 Timóteo 1:6, Hebreus 6:1-2). É através da habi-tação do Espírito Santo, que Cristo vive no cristão (João 14:16-17, 23, Gála-tas 2:20). E através deste processo, o crente é colocado no Corpo espiritual de Cristo (1 Coríntios 12:12-13), trazendo alegria no céu (Lucas 15:7).

Mais uma vez, aqueles que se tenham arrependido através da chamada de Deus (João 6:44) devem ser batizados para o perdão dos pecados,

seguindo o exemplo e ensino de Jesus Cristo. E, com a imposição das mãos, eles receberão o Espírito Santo, capacitando-os para começar a viver uma vida transformada liderada por esse Espírito.

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O Dia de SábadoAcreditamos que o sétimo dia da semana é o Sábado do Senhor nosso Deus. Somos mandados descansar das nossas obras e adorar a Deus neste dia, seguindo os ensinamentos e exemplo de Jesus, dos apóstolos, e da Igreja no Novo Testamento (Génesis 2:2-3; Êxodo 20:8-11; 31:13-17; Levítico 23:3; Isaías 58:13; Hebreus 4:4-10; Marcos 1:21; 2:27-28; 6:2; Actos 13:42-44; 17:2; 18:4; Lucas 4:31).

O dia de Sábado semanal, o tempo sagrado de descanso que cai de sete em sete dias—de Sexta-feira ao pôr-do-sol até ao pôr-do-sol

de Sábado—foi criado e separado para o homem no momento da criação do homem. Deus abençoou e santificou o sétimo dia e nele descansou de todas as Suas obras da semana da criação, como registrado em Gênesis 1.

A conta de pôr-do-sol a pôr-do-sol vem do fato de que os seis dias antecedentes começaram com a noite (versículos 5, 8, 13, 19, 23, 31) e, em Levítico 23:32, Deus explica que Ele ainda conta os dias dessa maneira. (O costume de iniciar e terminar a contagem dos dias à meia-noite remonta às práticas estabelecidas na sociedade romana pagã, e é contrário ao método de Deus para determinar o tempo.)

O primeiro Sábado foi o dia após a formação do primeiro homem e mulher, um tempo ordenado para os seres humanos se concentrar numa relação pessoal e íntima com seu Criador (Gênesis 1:26 - 2:3).

Jesus Cristo declarou ser o Senhor do Sábado (Marcos 2:28), e na ver-dade Ele é Quem realmente instituiu o Sábado, visto que Deus Pai criou todas as coisas por meio de Jesus Cristo (João 1:1-3, 14; Colossenses 1:16-17, Hebreus 1:1-2).

Como Jesus explicou também na mesma instância, o sábado foi des-tinado a beneficiar diretamente toda a humanidade e não apenas um determinado grupo cultural, religioso ou étnico (Marcos 2:27). É um

O Dia de Sábado

34 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 35

periodo de tempo muito especial para aprofundar e expandir a devoção e relacionamento do homem com Deus. Quando deixamos de buscar nosso próprio caminho, encontramos prazer naquilo que agrada a Deus (Isaías 58:13-14).

Deus deu-nos instruções a respeito da observância do Sábado, quando ele incluiu o Sábado nos Dez Mandamentos em Êxodo 20 e Deuteronômio 5. Assim, o Sábado, é um aspecto importante da lei de Deus, que devemos obedecer. (Veja o capítulo intitulado “A Lei de Deus e o Pecado”, começando na página 18.)

Em Êxodo 20:8-10, Deus disse ao homem “lembra-te do dia do Sábado, para o santificar.” O homem lembra e consagra o Sábado, abstendo-se do trabalho durante esse dia, usando o tempo para buscar a Deus e adorá-Lo .

Levítico 23:3 regista o Sábado do sétimo dia como um dos períodos de tempo designados por Deus e declara o Sábado um período obrigatório de descanso solene e de santa convocação. (Veja o capítulo intitulado “Os Festivais de Deus”, começando na página 39.) À medida que cristãos seguem esse padrão de respeito e adoração, estão lembrados do Deus Criador, Aquele que os trouxe à existência.

Em Deuteronômio 5:12-15 Deus reafirma a necessidade de guardar o Sábado. Ele explica que o Sábado deve ser uma lembrança, não só de Deus como o Criador, mas o fato de que Ele é o Único que liberta da escravidão (ver também Lucas 4:18-19). O Israel da antiqüidade recordava ser libertado da escravidão física, no Egito. Cristãos recordam-se de ser libertados da escravidão espiritual e liberados por meio de Jesus Cristo (Romanos 6:16-18).

Êxodo 31:13-17 aponta que o Sábado é um sinal entre Deus e o Seu povo e que constitui uma aliança perpétua. Isto é um sinal adicional, além das instruções dadas no momento da criação do homem e nos Dez Manda-mentos. O Sábado é para ser guardado como uma lembrança para aqueles que são chamados de Deus que Ele é o Único e verdadeiro Deus, que os diferencia, e que eles são Seus filhos, os quais entregaram suas vidas em obediência a ele.

Quando Jesus retornar à terra e estabelecer a regra do Reino de Deus sobre todas as nações, o Sábado será regularmente observado por toda a humanidade como uma forma de adorar e servir a Ele (Isaías 66:23).

O próprio Jesus estabeleceu um exemplo de retidão em Sua vida obser-vando o Sábado (Lucas 4:31), e o Novo Testamento regista que Seus segui-dores continuaram esta prática muito além da Sua morte e ressurreição.

Paulo ensinou aos gentios (não-israelitas) no Sábado (Atos 13:42-44), seguindo ambos a lei de Deus e o exemplo de Cristo. Onde quer que Paulo foi ele ensinava no Sábado, como era seu costume, e estabeleceu igrejas

que observavam o Sábado (Atos 17:2; 18:4). Não existe nenhum exemplo nos escritos dos apóstolos, ou na prática da Igreja do Novo Testamento que mostra qualquer indício de mudança no exemplo e ensino que rece-beram de Cristo.

Hebreus 4:9 declara que “ainda resta um descanso sabático para o povo de Deus” (NVI). O contexto desta passagem em Hebreus 3 e 4, apresenta o Sábado do sétimo dia como um símbolo do descanso que os antigos israelitas desejaram—o qual foi cumprido em parte, pela colonização dos Israelitas na Terra Prometida—mas que será finalmente cumprido na futura regra de Deus sobre todas as nações, quando todos os povos encontrarão verdadeiro descanso.

Os versículos antes e depois de Hebreus 4:9, mostram que os cristãos agora devem ser diligentes para poderem entrar no futuro descanso de Deus, tal como devem ser diligentes com o descanso sabático semanal que representa esse futuro descanso (Hebreus 4:4, 9-11).

Em conclusão, o Sábado olha para a criação do passado e relembra o homem de seu Criador. No presente, o Sábado recorda, para aqueles que guardam o sétimo dia santo, que Deus é Aquele que os livrou da escra-vidão do pecado. Finalmente, o Sábado aponta para o futuro retorno de Jesus Cristo e o estabelecimento do Reino de Deus, quando haverá verda-deiro descanso para toda a humanidade.

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O Sábado, de Pôr-do-sol a Pôr-do-sol, o dia do Descanso de Deus

A Páscoa BíblicaAcreditamos que devemos observar a Páscoa bíblica do Novo Tes-tamento na noite de 14 de Abibe, o aniversário da morte de nosso Salvador (Levítico 23:5; Lucas 22:13-14).

A Páscoa é o primeiro dos sete festivais anuais de Deus enumerados em Levítico 23, seguido imediatamente pela Festa dos Pães Asmos por

sete dias. (Veja o capítulo intitulado “Os Festivais de Deus”, começando na página 39). Como o Novo Testamento nos instrui, devemos observar a Páscoa, em comemoração do sacrifício de Jesus Cristo.

A observância da Páscoa tal como revelada aos israelitas quando da libertação deles do Egito, como registrado em Êxodo 12-13, envolvia cada

A Páscoa Bíblica

36 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 37

família sacrificar um cordeiro sem defeito no dia 14 do primeiro mês do calendário Hebraico (Abibe ou Nisan) e comê-lo com pães Asmos e ervas amargas. Além da carne, ervas e pão asmo, tradicionalmente, a Páscoa também veio a incluir vinho.

O sangue do cordeiro, colocado nessa noite à volta das portas dos isra-elitas, foi um sinal ao Senhor para “passar por cima”2 das casas deles (protegendo-os) quando Deus em julgamento justo matou os primogênitos do Egito. A vida dos primogênitos israelitas foram, assim, redimidas (com-pradas de volta ou resgatadas) pelo sangue do cordeiro.

Daí em diante, quando os israelitas observavam a Páscoa na mesma data, eles deviam recordar esta redenção no Egito (enquanto que a Festa dos Pães Asmos, que se segue, comemora a libertação da escravidão Egita durante o Êxodo).

No entanto, além de recordar a redenção dos israelitas no passado, a Páscoa do Antigo Testamento prefigurava uma redenção ainda muito maior—por um sacrifício muito maior. “Porque Cristo, nossa Páscoa, foi sacrificado por nós” (1 Coríntios 5:7). Jesus Cristo é referido como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29). Nós somos “resgatados . . . com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado [sem defeito] e incontaminado [sem mancha]” (1 Pedro 1:18-19). (Veja o capítulo intitulado “O Sacrifício de Jesus Cristo”, começando na página 22.)

A morte de Jesus ocorreu na tarde do dia 14 de Abibe, a data da Pás-coa bíblica. Sabemos isto porque era o dia da preparação para o sábado anual que se seguiu no dia 15, o primeiro dia da festa de sete dias dos pães Asmos (Mateus 27:62, Marcos 15:42, Lucas 23:54, João 19: 14, 31, 42). (Veja o capítulo intitulado “Três Dias e Três Noites”, começando na página 25.)

Além disso, na noite antes da Sua morte, Jesus observou uma cerimô-nia memorial com os Seus discípulos que Ele especificamente identificou como a Páscoa (Mateus 26:17-30, Marcos 14:12-26 e Lucas 22:7-20). Este foi o início do dia 14 de Abibe, porque os dias bíblicos são contados de pôr-do-sol a pôr-do-sol. (Para mais informações sobre a maneira bíblica de contar dias, veja o capítulo intitulado “O Dia de Sábado”, começando na página 33.)

Jesus ordenou que a partir daí o dia da Páscoa, devia ser observado por Seus seguidores em memória dEle, e declarou que os símbolos do pão sem fermento e vinho deviam ser considerados representativos do Seu corpo e Seu sangue dado em sacrifício. Jesus disse sobre o vinho: “Este é o Meu sangue, o sangue da Nova Aliança” (Mateus 26:28, Marcos 14:24, ARA),

instituindo a Nova Aliança para os Cristãos de hoje—coerente com Seu papel como “o Mediador da Nova Aliança” (Hebreus 12:24).

Jesus também disse que o Seu sangue foi “derramado em favor de mui-tos, para remissão de pecados” (Mateus 26:28, ARA), revelando que a Sua morte sacrificial pagaria a pena da morte por conseqüência do pecado (Romanos 6:23; ver Hebreus 9:15).

Mas a Páscoa bíblica do Novo Testamento não é apenas a respeito da morte de Jesus como o Cordeiro de Deus. É também a respeito do Seu sofrimento (Lucas 22:15). Devemos relembrar o sacrifício total que Ele fez—tanto o Seu sofrimento como a Sua morte. Seu sofrimento, morte e sepultamento ocorreram no dia 14 de Abibe. Os símbolos do pão asmo e do vinho representam o Seu sacrifício total—isto é, representam ambos o Seu sofrimento e Sua morte.

A morte de Jesus ocorreu, como mencionado, à tarde do dia 14 de Abibe, mas o Seu período de sofrimento intenso começou na noite anterior à Sua morte, enquanto ele ainda estava com seus discípulos: “E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito. Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte” (Mateus 26:37-38).

Em Seu sacrifício, Jesus tomou sobre Si mesmo as penalidades de todos os pecados da humanidade (1 Pedro 3:18). Quando nós compartilhamos do mesmo pão e vinho, reconhecemos que Ele ofereceu Seu corpo e sangue para cobrir os nossos pecados. Através da fé no sacrifício de Jesus Cristo somos reconciliados com Deus Pai.

Reconciliação nos dá acesso ao Pai, fazendo possível que cheguemos corajosamente perante Seu trono de graça para socorro em tempo de necessidade (Hebreus 4:16). É por causa do sacrifício de Cristo que pode-mos ser curados espiritualmente, fisicamente, mentalmente e emocional-mente (Isaías 53:4-5; Tiago 5:14). (Novamente, veja o capítulo intitulado “O Sacrifício de Jesus Cristo”, começando na página 22.)

Quando comemos o pão asmo durante a cerimônia memorial na noite de Páscoa bíblica, simbolizamos a nossa participação no benefício do sacri-fício de Cristo, assim como simbolizamos Cristo vivendo em nós (João 6:53-54). Nós também mostramos a nossa união com Cristo e com cada membro do Corpo de Cristo, a Igreja (1 Coríntios 10:16), assim como a nossa disposição em viver pela Palavra de Deus.

Paulo explica, em 1 Coríntios 11:20-26 que através desta cerimônia “anunciamos a morte do Senhor, até que Ele venha”—demonstrando o único caminho pelo qual o ser humano poderá ser reconciliado com Deus. De fato, a Páscoa bíblica, acaba por apontar para o futuro. Apesar do sacri-fício de Cristo ser o cumprimento do assassinato do cordeiro, Ele disse

A Páscoa Bíblica

A palavra hebraica para “passar por cima” em Ex 12:13 é passach. A palavra hebraica para “Páscoa” em Ex 12:11 é pessach. Assim a palavra Páscoa, é semelhante em hebraico, a “passar por cima”. Quando Deus “passa por cima” dos nossos pecados, Ele nos perdoa.

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38 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 39

que o significado completo da Páscoa seria “cumprido no reino de Deus” (Lucas 22:15-16). Isto é quando o processo de redenção será completado.

Além disso, a apresentação por Cristo do vinho como símbolo do Seu sangue da Nova Aliança era, na simbologia maior, um tipo de proposta de casamento ao seu povo—prefigurando as “bodas do Cordeiro”, que seguirá o Seu retorno (Apocalipse 19:7, 9). (Veja o capítulo intitulado “A Igreja,” começando na página 56.)

Quanto à observação da Páscoa bíblica nos dias de hoje, Paulo disse na mesma passagem em 1 Coríntios 11, que a Igreja se deve “reunir” (ver-sículo 20) para “comerdes este pão e beberdes deste cálice” (versículos 26-27). E ele confirmou aqui que devemos observar este “memorial” (ver-sículo 24), quando Jesus o observou com seus discípulos, “na noite em que foi traído” (versículo 23)—ao início do dia 14 de Abibe.

O culto anual da Páscoa bíblica também deve incluir a ordenança do lava-pés, tal como estabelecido por Jesus nessa mesma celebração da Páscoa. Depois de dar um exemplo de ser um servo, lavando os pés dos Seus discípulos, Ele declarou: “vós deveis também lavar os pés uns aos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também . . . Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes” (João 13:14-17).

Todos os três elementos—o lava-pés, o pão asmo e o vinho—são parte da celebração anual da Páscoa bíblica. Deve ser observada apenas uma vez por ano, após o pôr-do-sol no início do dia 14 do primeiro mês do calendá-rio Hebraico, conforme estabelecido pela Palavra de Deus.

Esta celebração é tão importante aos olhos de Deus que Ele deu uma disposição em Números 9:1-14 que se uma pessoa for impedida por cir-cunstâncias inevitáveis de observar a Páscoa bíblica no dia 14 do primeiro mês, essa pessoa pode observar a Páscoa um mês mais tarde, o dia 14 do segundo mês. A Igreja de Deus Unida continua essa prática hoje.

Finalmente, deve-se afirmar que a Páscoa bíblica representa um passo importante no plano de salvação de Deus. Enquanto que a morte sacrificial de Cristo, como comemorada na Páscoa bíblica, nos reconcilia com Deus, realmente nós somos salvos pela vida de Cristo (Romanos 5:9-10). Con-forme descrito no capítulo seguinte, esta libertação é retratada na Festa dos Pães Asmos e os outros festivais de Deus que se seguem.

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esperança para toda a humanidade

Os Festivais de DeusAcreditamos no mandamento da celebração dos sete festivais anuais que foram dados ao Israel da antiqüidade por Deus; que foram guar-dados por Jesus Cristo, pelos apóstolos, e pela Igreja no Novo Testa-mento; e serão guardados por toda humanidade durante o reino mile-nar de Cristo. Estes festivais revelam o plano de salvação de Deus (Colossenses 2:16-17; 1 Pedro 1:19-20; 1 Coríntios 5:8; 15:22-26; 16:8; Tiago 1:18; Êxodo 23:14-17; Levítico 23; Lucas 2:41-42; 22:14-15; João 7:2, 8, 10, 14; Actos 2:1; 18:21; 20:16; Zacarias 14:16-21).

Nós celebramos os festivais que Deus nos ordenou a observar nas Escrituras, rejeitando todos os feriados criados pelo homem e deri-

vados do culto pagão, como o Natal e o Domingo de Páscoa,3 de acordo com a instrução de Deuteronômio 12:29-32, para não ‘imitarmos como essas nações serviam aos seus deuses’.

Quando Deus libertou a nação de Israel da escravidão no Egito, ele ordenou-lhes que participassem em adorações especiais durante as épo-cas de colheita do ano (Êxodo 23:14-16, Deuteronômio 16:1-17). Estas celebrações estão listadas na íntegra em Levítico 23, onde são referidas em várias traduções da Bíblia como “as solenidades do Senhor” ou “as festas fixas do Senhor” (Levítico 23:2, 4).

“Solenidade” é usado aqui no sentido de festividade ou celebração. Esta é certamente uma descrição válida, e quatro das ocasiões listadas em Levítico 23 são na verdade chamadas no original hebraico do Antigo Testamento com a palavra chag ou hag, que significa “festa” [versículos 6, 34, 39 e 41]. Mas a palavra hebraica usada ao início do capítulo, nos versículos 2 e 4, referindo-se a todas as ocasiões, é mo’edim, que significa “horas marcadas”. Assim, essas ocasiões são compromissos especiais que Deus fez com Seu povo—“horas de reunião ou encontro marcados” que Ele quer que nós mantenhamos.

O entendimento da mensagem do evangelho e do plano de salvação de Deus é enriquecido pela compreensão que Deus usa as colheitas físicas de alimentos para simbolizar as colheitas espirituais de seres humanos através do dom da salvação de Deus por meio de Jesus Cristo (Mateus 9:37-38; João 4:35; 15:1-8, Colossenses 2:16-17). Os três primeiros festi-vais estão associados com as colheitas da primavera na terra de Israel,

Os Festivais de Deus

A celebração do Domingo de Páscoa e o periodo conhecido como a Semana Santa (ou Easter em Inglês) e os seus símbolos utilizados—coelhos, chocolates e ovos coloridos—são contrários aos ensinamentos Bíblicos. Note que não há nada de mal com coelhos, chocolates e ovos coloridos, mas quando utilizados como parte dum significado religioso, isso é um ensinamento que não é Bíblico. Note também que coelhos são animais imundos (veja a secção “As leis alimentares de Deus” começando na página 43).

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40 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 41

enquanto os quatro últimos festivais estão relacionados com as colheitas do fim do verão e início do outono.

Dentro dos sete festivais existem sete Dias Santos (ou Sábados) anuais. Estes Sábados anuais, juntamente com o Sábado semanal de Deus, são santas convocações, ou reuniões obrigatórias, do povo de Deus. Eles dias são santos porque eles são santificados—separados—por Deus. Ele ordena que Seu povo se reúna nestes dias para adorá-Lo e aprender acerca dEle e Seu plano, bem como para conviver e festejar conjuntamente (Levítico 23:1-4, Deuteronômio 14:23-26, Neemias 8:1-12).

O registro do Novo Testamento mostra que a Igreja Cristã do primeiro século continuou a observar os festivais bíblicos. O próprio Jesus Cristo observou estes festivais, e nós, como Seus seguidores somos instruídos a andar como Ele andou (João 7:8-14, 1 João 2:06)—para viver como Ele viveu.

A Igreja do Novo Testamento milagrosamente começou num destes festivais anuais—o Dia de Pentecostes (Atos 2:1-4). Os apóstolos e discípulos da Igreja primitiva continuaram a observar estes festivais muito depois da morte e ressurreição de Jesus (Atos 18:21; 20:16, 27:9, 1 Coríntios 5:8).

Paulo manteve a observância destes festivais e apresentou-os como “sombras” contínuas ou esboços dos grandes eventos no plano de salvação de Deus que ainda estão para ser cumpridos (Colossenses 2:16-17). Ele também instruiu a congregação dos gentios (não-israelitas) em Corinto a respeito de um dos festivais, dizendo “Celebremos a festa” (1 Coríntios 5:8 ARA).

Através da observação destas festas, o povo de Deus medita e lembra-se durante o ano, da obra de Jesus, o Messias, em cumprimento do plano de salvação de Deus. A Sua obra envolve diferentes fases—a primeira fase foi a Sua vinda para oferecer-se como sacrifício pelo pecado para a humanidade, agora, numa outra fase, atuando como Advogado e Sumo Sacerdote para o Seu povo e vivendo dentro deles para ajudá-los a vencer o pecado e, numa fase final, voltando em poder e glória para estabelecer o governo do Reino de Deus sobre todas as nações.

Tudo isso e muito mais é retratado nas festas anuais. Através de Cristo como nosso ponto focal, começamos a entender o significado especial por trás das festas anuais.

O plano da salvação como revelado nas Escrituras Sagradas é retratado no significado dos sete festivais anuais enumerados em Levítico 23. Em resumo:

• A Páscoa bíblica, no início da primavera no hemisfério norte, nos ensina que Jesus Cristo não tinha pecado e, como “Cordeiro de Deus”

pascal, deu a Sua vida para que os pecados da humanidade poderiam ser perdoados e a pena de morte removida (1 Coríntios 5:7, 1 Pedro 1:18-20, Romanos 3:25).

A Páscoa bíblica, apesar de não ser observada como um Sábado anual sobre o qual nenhum trabalho servil é para ser feito, é o primeiro festival do ano. Sua observância inclui o lava-pés assim como a partilha do pão sem fermento e vinho como símbolos do corpo de Cristo e Seu sangue derramado oferecido em sacrifício. (Veja o capítulo intitulado “A Páscoa Bíblica”, começando na página 35.)

• A Festa dos Pães Asmos (A Festa dos Pães sem Fermento), começando no dia depois da Páscoa bíblica e continuando por sete dias, ensina-nos que Jesus Cristo nos leva a rejeitar a iniqüidade, a arrependermos-nos dos pecados, e a viver de toda a palavra de Deus (1 Coríntios 5:8, Mateus 4:4).

Durante este festival, levedura—qualquer agente como o fermento que faz a massa do pão crescer durante o cozimento—simboliza o pecado e, portanto, é removido das nossas casas e não é comido durante os sete dias (1 Coríntios 5:7-8; Êxodo 12:19). Ao comer pão sem fermento durante este periodo, demonstramos viver uma vida de sinceridade e verdade, livre do pecado. O primeiro e o último dia deste festival de sete dias são Sábados anuais.

• A Festa de Pentecostes é um Sábado anual no final da primavera no hemisfério norte. Também chamada de Festa das Semanas ou a Festa da Colheita ou Primícias, ela nos ensina que Jesus Cristo está construindo Sua Igreja, constituída por aqueles que são “como as primícias” da colheita espiritual da humanidade, que têm “as primícias do Espírito” (Êxodo 23:16, Atos 2:1-4, 37-39; Tiago 1:18, Romanos 8:23). (Veja o capítulo intitulado “A Igreja”, começando na página 56.)

Estes que têm “as primícias do Espírito” receberão a salvação no retorno de Cristo. Entretanto receberam o poder do Espírito Santo, que cria em cada um deles um novo coração e uma nova natureza para vive-rem na obediência incondicional aos mandamentos de Deus.

O próprio Jesus é o primeiro das primícias, como representado numa oferta especial de primícias durante o festival anterior (veja Levítico 23:9-14; 1 Coríntios 15:20, 23). Pentecostes, palavra grega para “qüinquagé-simo”, é o qüinquagésimo dia a contar desta oferta especial de primícias.

• A Festa das Trombetas, um sábado anual no final do verão ou início do outono no hemisfério norte, ensina-nos que Jesus Cristo retornará visi-velmente à terra no final desta época. Nessa altura Ele ressuscitará os fiéis servos de Deus que já não estão vivos, e instantaneamente transformará os santos obedientes que ainda estão vivos, em seres espirituais imortais

Os Festivais de Deus

42 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 43

(Mateus 24:31; 1 Coríntios 15:52-53, 1 Tessalonicenses 4:13-17) .Este festival comemora o toque das trombetas que precederão e

anunciarão Sua volta. Sete anjos com sete trombetas são descritos em Apocalipse 8-10 anunciando eventos que abalarão o mundo. Cristo voltará com o toque da sétima trombeta (Apocalipse 11:15).

• O Dia da Expiação, um Sábado anual, pouco depois do Sábado anual anterior, aponta para quando Satanás, o diabo, será preso por 1.000 anos (Levítico 16:29-30, 20-22; Apocalipse 20:1-3). Retrata a remoção da causa primária do pecado—Satanás e seus demônios. Até que Deus remova o instigador do pecado original, a humanidade continuará a ser levada à desobediência e sofrimento.

Este Dia Santo também retrata nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, fazendo expiação pelos pecados de toda humanidade. Este ato de expiação—ato de aplicar o Seu sacrifício para pagar as dívidas dos nossos pecados—permite-nos ser reconciliados com Deus e ter acesso direto a Ele, entrando espiritualmente no “Santo dos Santos” (Hebreus 9:8-14; 10:19-20). Por meio do jejum neste dia, aproximamos-nos de Deus, e representamos a reconciliação com Deus que toda a humanidade irá experimentar após o retorno de Cristo. Cristo é essencial neste processo como nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 4:14-15; 5:4-5, 10) e como nosso único sacrifício pelo pecado para sempre (Hebreus 9:26-28; 10:12).

• A Festa dos Tabernáculos, também chamada de Festa da Colheita, vem uns dias após o Dia Santo anterior e dura sete dias, sendo o primeiro um Sábado anual. Esta festa nos ensina que quando Jesus Cristo voltar, Ele vai começar a colheita ou a reunião da maior parte da humanidade para estabelecer uma nova sociedade com Ele como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores sob Deus Pai.

Cristo, assistido pelos santos ressuscitados, estabelecerá Seu governo na terra por 1.000 anos (Apocalipse 19:11-16; 20:4, Levítico 23:39-43, Mateus 17:1-4, Hebreus 11:8-9). Regra sob Suas leis vai se espalhar de Jerusalém para todo o mundo, introduzindo um período sem precedentes de paz e prosperidade (Isaías 2:2-4; Daniel 2:35, 44; 7:13-14). (Veja o capítulo intitulado “O Retorno de Jesus Cristo e o Vindouro Reinado”, começando na página 69.)

Este festival é observado hoje em dia por meio de reuniões regionais em todo o mundo, nas quais os membros da Igreja vivem em habitações temporárias durante o período inteiro, em conformidade com as instru-ções Bíblicas.

• O Oitavo Dia, o Sábado anual imediatamente a seguir à Festa dos Tabernáculos, é conhecido por muitos como o Último Grande Dia. Este dia nos ensina que Jesus Cristo completará a Sua colheita de seres

humanos levantando-os dos mortos e oferecendo salvação a todos que morreram no passado e que nunca tiveram uma oportunidade completa de salvação (Ezequiel 37:1-14; Romanos 11:25-27; Lucas 11:31-32; Apocalipse 20:11-13). (Veja o capítulo intitulado “As Ressurreições e o Juízo Eterno”, começando na página 65.)

Assim, o ciclo anual da celebração dos festivais e Dias Santos relembra aos discípulos de Cristo que Ele está elaborando o plano de salvação de Deus oferecendo salvação do pecado e da morte, e o dom da vida eterna na família de Deus a toda a humanidade—do passado, do presente e do futuro.

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de esperança para toda a humanidade

Leis Alimentares de Deus

Acreditamos que as carnes que são designadas por Deus como “imundas” em Levítico 11 e Deuteronómio 14 não devem ser comidas.

A Escritura revela que Deus criou uma grande variedade de vida animal que habita nosso planeta, e afirma ainda que alguns desses

animais foram criados para a finalidade específica de suprir alimento para a humanidade (1 Timóteo 4:3).4 Um Cristão não é obrigado a comer carne. No entanto, se o vegetarianismo (nas suas várias formas) é praticado como um requisito religioso, então é considerado uma fraqueza espiritual (Romanos 14:2). Tentar impor o vegetarianismo a outras pessoas como se fosse um ensinamento bíblico, é listado como uma das “doutrinas de demônios” por Paulo (1 Timóteo 4:1-3).

Não há nenhuma clara indicação de quando Deus revelou pela primeira vez a diferença entre os animais que são designados como “limpos” na Escritura e aqueles que não são. A ausência dum específico mandamento sobre esse assunto nos primeiros capítulos do Gênesis não pode ser interpretado como prova que nenhuma instrução foi dada a este respeito no início da história humana.

As Leis Alimentares de Deus

Os animais são identificados e separados [santificados] para alimentação, pela palavra de Deus (1 Timóteo 4:5).4

44 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 45

Na verdade, nas primeiras páginas da Bíblia, há poucos mandamentos específicamente delineados. No entanto, os exemplos que estão registados nas primeiras páginas da Bíblia, demonstram que os padrões do que era certo e do que era errado, foram bem entendidos. Por exemplo, não há nenhum específico mandamento contra o assassinato antes de Caim ter matado o seu irmão Abel, mas ninguém conclui que o homicídio era aceitável antes desse ponto.

O livro de Gênesis pode ser descrito como um livro de origens. Ele foi escrito ou compilado por Moisés para fornecer um registo histórico do que aconteceu, e não como uma lista de leis específicas. Os leitores de Gênesis não devem presumir, baseados na ausência da menção duma específica lei no início do livro de Gênesis, que essa lei não existia desde o início da humanidade.

A primeira declaração na Bíblia a respeito de animais “limpos e imundos” é encontrada em Gênesis 7:2, quando Noé foi instruído a levar sete (ou, mais provavelmente, sete pares) de cada espécie de animais limpos e apenas um par de cada espécie de animais imundos.

Quando Deus disse a Noé que construísse uma arca gigantesca, Ele deu detalhadas instruções sobre a sua composição, tamanho e esboço, mas por outro lado a Escritura regista que Deus não viu necessidade alguma de instruir Noé sobre quais criaturas eram limpas e quais eram imundas. A instrução de Deus e a resposta de Noé indica claramente que Noé entendeu muito bem o que Deus disse, e já sabia quais eram as criaturas que eram limpas e quais não eram.

Ao fim do Dilúvio, Deus disse a Noé: “Tudo quanto se move, que é vivente, será para vosso mantimento; tudo vos tenho dado, como a erva verde” (Gênesis 9:3). Isso não significa, contudo, que todos os animais e ervas eram adequados para o consumo humano. Por exemplo, muitas criaturas e ervas pela sua natureza, são perigosas, venenosas e colocam a nossa saúde em risco.

O ponto que estava a ser feito aqui era que, embora poucos homens tivessem sobrevivido, e grandes e perigosos animais tivessem sido preservados, Noé e sua família não tinham necessidade de temer esses animais. O versículo clarifica bem, que os animais eram para o benefício do homem. Como uma entidade, todos os animais foram entregues às mãos do homem da mesma forma que as plantas verdes também foram entregues.

Observe bem o paralelo. Algumas plantas verdes são adequadas para a alimentação, enquanto outras são adequadas para materiais de construção, outras para beleza e prazer, e algumas são venenosas e podem causar doenças e levar à morte quando ingeridos. Da mesma forma, alguns

animais são úteis para fornecer comida, enquanto outros fornecem fibras para roupas, outros ajudam no trabalho da terra ou ajudam a proteger-nos de perigos. E, tal como as plantas venenosas, alguns animais não são destinados a serem consumidos.

Sempre que animais são mencionados nas Escrituras como fonte de alimento, ou em conexão com sacrifícios, mesmo antes de Israel receber a Antiga Aliança no Monte Sinai, eles são invariavelmente animais designados limpos (Gênesis 15:9—bezerra, cabra, carneiro, rola, pombinho; Gênesis 22:13—carneiro; Êxodo 12:5—cordeiro ou cabrito). É bem claro que a lei de carnes limpas e imundas antecede a Antiga Aliança, independentemente de que função que elas possam ter desempenhado nessa aliança.

Quando o sistema levítico foi estabelecido, foi necessário codificar uma série de assuntos que já estavam em vigor por bastante tempo. Duas seções da Bíblia, Levítico 11 e Deuteronômio 14:3-21, codificam quais são as criaturas que foram separadas como adequadas para a alimentação e quais não são. O termo usado para designar aqueles animais cuja carne é aceitável para o alimento é limpo, enquanto o termo utilizado para aqueles que não são adequados para o alimento é imundo. É importante que nós façamos “diferença entre o imundo e o limpo” (Levítico 11:47; compare Ezequiel 22:26; 44:23).

As Escrituras não revelam exatamente por que Deus designou certas carnes de animais como sendo adequadas para alimentos, enquanto que outras carnes não são aceitáveis. Pode haver motivos de saúde, ou razões simbólicas, ou como parece ser, ambas as razões. Deus certamente sabe como e por que Ele criou cada animal. No entanto, mesmo se as deter-minações de Deus neste assunto fossem puramente apenas um teste de obediência, Ele, o Criador de toda a vida, tem pleno direito de tomar essas decisões.

Várias passagens do Novo Testamento indicam que as leis de carnes limpas e imundas ainda eram observadas por Jesus Cristo e Seus seguidores. Visto que os líderes religiosos da época de Jesus estavam tão ansiosos de ter desculpas para acusa-Lo de violar as interpretações que eles entendiam da lei religiosa, é importante tomar nota que não há nenhum registo de que eles jamais O tivessem confrontado sobre os Seus ensinamentos e práticas no assunto de carnes limpas e imundas. Se Ele tivesse defendido a ideia de que poderiamos comer animais imundos, isso teria sido uma oportunidade ideal para manchar Sua reputação perante a multidão, visto que eles ficariam horrorizados com tal idéia.

A declaração de Jesus na passagem de Marcos 7:19 (que é frequentemente citada erroneamente), teria insultado os líderes religiosos, se eles tivessem

As Leis Alimentares de Deus

46 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 47

interpretado a Sua declaração da mesma maneira que muitas pessoas fazem hoje. Sua referência aqui a “ficando puras todas as comidas” é frequentemente pensado que se refere a ele declarar toda a carne limpa. Mas Sua declaração realmente refere-se a todos os alimentos serem removidos para fora do corpo através da eliminação física. Isto não tem nada a ver se carnes são consideradas limpas ou imundas.

Atos 10 é outra passagem que é hoje geralmente mal-entendida, mas, na verdade, ilustra poderosamente o entendimento da Igreja durante o periodo do Novo Testamento sobre carnes limpas e imundas, embora este não é o objetivo principal da visão aqui descrita.

O apóstolo Pedro recebeu uma visão de Deus, que o orientou a levar a mensagem do evangelho aos gentios (aos que não eram israelitas). Durante esta visão, Pedro por três vezes recusou comer dos animais imundos que lhe foram apresentados e ficou pensativo sobre o significado da visão, até que Deus lhe revelou que era na verdade a respeito de pessoas e realmente não era a respeito de animais limpos e imundos. Foi revelado a Pedro que nenhum ser humano deve ser considerado “comum ou imundo” (Atos 10:28-29).

Este capítulo termina com o Espírito Santo a ser dado aos da casa do gentio Cornélio como prova de que a chamada de Deus ao arrependimento e à salvação já estava aberta a pessoas de todas as nações (versículos 44-48, ver também Atos 11:1-18). Embora este trecho da Escritura tem sido usado para reivindicar a permissão para comer animais imundos, este trecho indica claramente o contrário. O evento aqui teve lugar vários anos após o início da história da Igreja no Novo Testamento, mas mesmo assim Pedro rejeitou a idéia de comer carne imunda, até mesmo protestando dizendo que “nunca comi coisa alguma comum e imunda” (Atos 10:14).

Paulo, em um trecho citado anteriormente, escreveu de criaturas que “Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças” e descreveu que essa “toda criatura de Deus é boa. . .porque pela palavra de Deus e pela oração, é santificada” (1 Timóteo 4:3-5).

A palavra “santificada” que foi usada para descrever toda essa cria-ção, significa “separada”, e leva a dupla conotação de serem separadas de algo, assim como separadas para algo. Os únicos animais separados pela Palavra de Deus, a Bíblia, são os que são listados como limpos. Eles foram separados de todos os outros animais e para a nutrição do homem. A carne dessas criaturas designadas como apropriadas para o alimento deve ser recebida com graças por aqueles que acreditam e conhecem a verdade. Carne de animais designados como imundos é imprópria para o

consumo humano e não deve ser comida.Deus deu outras leis alimentares que também são importantes tomar

nota. Ele declarou como um estatuto perpétuo que o Seu povo não deve comer nenhuma gordura ou sangue (Levítico 3:17, 7:22-26, 17:10-14, 19:26, Deuteronômio 12:16, 23-25 ; 15:23; 1 Samuel 14:33-34; Ezequiel 33:25). A gordura proibida é a de mamíferos, e não de aves, e é a gordura de cobertura que pode ser removida e não a gordura marmorizada na carne. A restrição de comer sangue é aplicável a ambos o sangue de mamíferos e ao de aves. A exigência de que o sangue seja drenado de toda a carne antes de ser comida, até foi mesmo comunicada pelos apóstolos do Novo Testamento aos gentios convertidos, os quais estavam acostumados a comer animais estrangulados sem drenar o sangue (Atos 15:19-20, 28-29). Como Deus diz em Deuteronômio 12:25, “Não o comerás, para que bem te suceda a ti e a teus filhos, depois de ti, quando fizeres o que for reto aos olhos do Senhor.”

Para informação adicional, baixe [download] ou solicite o nosso livro grátis: O que a Bíblia ensina sobre Carnes Limpas e Imundas?

Serviço Militar e Guerra

Acreditamos que Cristãos são proibidos pelos mandamentos de Deus de tirar a vida humana, direta ou indiretamente, e que portar armas é contrário a esta crença fundamental. Portanto, acreditamos que os Cristãos não devam servir voluntáriamente no exército. Se involuntá-riamente, eles tiverem que servir no exército, acreditamos que devem conscienciosamente se recusar a portar armas e, na medida que seja possível, recusar de estar sob autoridade militar (Êxodo 20:13; Mateus 5:21-22; 1 Coríntios 7:21-23; Atos 5:29).

O caminho de Deus é o caminho do amor, do sacrifício, e de comparti-lha (Romanos 12:1, 10). O ensinamento de Deus para um indivíduo a

respeito de tirar uma vida humana está resumido no Sexto Mandamento, o qual diz, “Não matarás” (Êxodo 20:13). Cristo repetiu um grande princí-pio quando Ele disse, “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). E o apóstolo Paulo disse, “O amor não faz mal ao próximo” (Romanos 13:10). (Veja o capítulo intitulado “A Lei de Deus e o Pecado”,

O Serviço Militar e a Guerra

48 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 49

com início na página 18).Jesus declarou, “O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse

deste mundo, lutariam os meus servos. . .” (João 18:36). No período do Antigo Testamento, Israel era um reino deste mundo, mas um em que Deus era o Rei. Israel exercia autoridade civil sob o comando de Deus— incluindo o poder da guerra terrestre. Esse periodo foi encerrado e essa situação já não existe hoje em dia.

Hoje, a Igreja de Deus é uma nação espiritual—o Israel espiritual. (Consulte o capítulo intitulado “A Igreja”, começando na página 56). Como cristãos, saímos das trevas, do poder de Satanás para o poder do Reino de Deus (Atos 26:18; Colossenses 1:11-13).

Esse Reino não se encontra em nenhum dos governos nacionais de hoje. Em vez disso, temos a nossa cidadania no céu (Filipenses 3:20), sendo embaixadores de um reino que virá ainda a ser estabelecido em toda a terra. Por isso, nós não lutamos em guerras terrestres.

Considere que, se os cristãos tivessem uma responsabilidade de pegar em armas pelos seus respectivos países, então uma guerra entre esses países teria cristãos lutando outros cristãos—uma circunstância, obviamente insustentável, visto que os discípulos de Cristo devem ser caracterizados pelo seu amor dum pelo outro (João 13:34-35). E que, como já mencionado, o amor significa não fazer mal ao próximo (Romanos 13:10).

Devemos imitar as ações de Jesus (1 Pedro 4:1, 13-16). Ele não devol-veu nenhum insulto quando foi insultado, e Ele não ameaçou quando sofria. Aliás, Ele sofreu por fazer o bem e suportou esse sofrimento com paciência porque desejava agradar a Deus (1 Pedro 2:19-24). Ele ensinou que, ter raiva do seu irmão pode resultar em pecado (Mateus 5:21-22). Devemos amar os nossos inimigos e fazer o bem àqueles que nos odeiam (versículos 43-44). Não devemos vingar-nos; a vingança pertence a Deus (Romanos 12:19).

Nossa guerra, como cristãos, está na arena espiritual (Efésios 6:10-20). Nós não guerreamos contra a carne (2 Coríntios 10:3), mas “contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios 6:12). Devemos ser fiéis soldados espirituais de Jesus Cristo (2 Timóteo 2:3-4). Esta é a nossa vocação [ou chamada] na vida. Como tal, o cristão tem às vezes que encarar um conflito entre as leis do homem e as leis de Deus Todo-Poderoso. Quando isso acontece, o cristão tem que obedecer às leis de Deus, que sempre têm precedência (Atos 5:29, 1 Pedro 2:13-14).

De fato, devemos tentar evitar conflitos, se pudermos (Romanos 12:18), e ingressar nas Forças Armadas não contribui a essa finalidade. Na maio-ria dos países, os militares têm as suas próprias regras e regulamentos.

Uma pessoa no serviço militar não está em liberdade de decidir o que ele ou ela poderá fazer, mas está sob a autoridade dos superiores e deve fazer o que eles dizem ou estará em risco de graves conseqüências.

O mais sensato a fazer é abster-se de se colocar em tal posição, já que uma pessoa no serviço militar está sujeito à autoridade militar e pode ser chamado para tomar vidas humanas ou violar outras áreas ou princípios da lei de Deus. O apóstolo Paulo disse que não devemos vir a ser escravos dos homens (1 Coríntios 7:23).

Por essa razão, a Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional, apóia a objecção de consciência dos seus membros ao serviço militar e guerra.

Promessas a AbraãoAcreditamos na justiça duradoura de Deus. Esta justiça é demons-trada pela lealdade de Deus em preencher todas as promessas que Ele fez ao pai da fé, Abraão. Como prometido, Deus multiplicou os descendentes diretos de Abraão e assim, Abraão tornou-se literal-mente o “pai” de muitas nações. Acreditamos que Deus, tal como prometeu, fez prosperar materialmente os descendentes da linhagem de Abraão, nomeadamente Isaque e Jacó (cujo nome Ele mudou mais tarde para Israel). Acreditamos que Deus, através da Semente de Abraão, Jesus Cristo, está oferecendo a salvação a toda a huma-nidade, independentemente da linhagem física. A salvação não é, portanto, um direito de nascimento. A salvação está livremente aberta a todos os que Deus chama, e aqueles que são considerados como descendentes de Abraão são os da fé, herdeiros de acordo com as promessas. Acreditamos que o conhecimento de que Deus cumpriu e continua a cumprir as promessas físicas feitas a Abraão e a seus filhos, e que Ele está cumprindo a promessa espiritual através de Jesus Cristo, é fundamental para entendermos a mensagem dos profetas e a aplicação dessa mensagem ao mundo (Salmos 111:1-10; Romanos 4:16; 9:7-8; Gálatas 3:16; Génesis 32:28).

Deus fez promessas físicas e espirituais a Abraão. As promessas físicas envolveram grandezas físicas para seus descendentes: “E

far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei e engrandecerei o teu nome” (Génesis 12:1-2). Estas promessas físicas e nacionais incluíram garantias de território e outras bênçãos (Génesis 12:7; 13:14-17; 15:18).

Estas promessas físicas foram formalmente transferidas para os des-

Promessas a Abraão

50 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 51

cendentes de Abraão. Primeiro, passaram para Isaque (Génesis 26:1-4). Depois para Jacó (Génesis 28:3-4, 13-14), a quem Deus chamou Israel, dizendo-lhe que “uma nação e multidão de nações” sairiam dele (Gênesis 35:9-12). Em seguida, estas promessas físicas foram passadas a José e finalmente para os dois filhos de José, Efraim e Manassés, que se torna-riam, respectivamente, “uma multidão de nações” e “um grande povo” (Génesis 48:15-19). Mas, por causa da escravidão de Israel e subsequente desobediência, o cumprimento destas promessas físicas foi adiado.

Antes que qualquer um dos primeiros descendentes de Abraão her-dasse a promessa da terra, eles tornaram-se escravos no Egipto (Êxodo 1:7-11). A nação de Israel gemeu por causa do seu estado de escravidão e Deus ouviu-os. Em sua fidelidade, Deus determinou libertar Israel da sua escravidão cumprindo as promessas, que fez a Abraão, Isaac e Jacó, de que os seus descendentes, os descendentes de Abraão seriam fisicamente abençoados e que se tornariam num grande povo na terra (Êxodo 2:23-25; 6:7-8; 13:5; Deuteronómio 9:4-6).

Em seguida encontramos promessas de bênçãos físicas sendo ofereci-das a Israel após a saída do Egito. Somente se os Israelitas obedecessem a Deus e se permanessessem fieis à Sua aliança com eles, é que eles poderiam receber tais promessas. Se eles não obedecessem aos termos da aliança, as bênçãos seriam adiadas e pragas viriam em seu lugar (Êxodo 19:5-6; Levítico 26:3-39; Deuteronómio 28:1-68).

Por causa dos pecados flagrantes de Israel e Judá—a nação de Israel tinha sido dividida em dois reinos—as bênçãos nacionais continuaram a ser adiadas. Houve apenas breves períodos de grandeza quando alguns reis justos reinaram. Mas, por causa da fidelidade de Deus, Ele acabaria por abençoar os descendentes de Abraão com a grandeza que Ele predisse.

Parte da punição pelos pecados de Israel foi enviá-los ao exílio nacional. Muitos judeus do Reino do Sul (Judá), apesar de terem sido deportados para a Babilônia, depois voltaram para a terra da Judéia. No entanto, os israelitas do Reino do Norte (Israel), que foram deportados para a Assíria não voltaram a se restabelecer na sua antiga pátria. Eles se tornaram o que são hoje conhecidas como as “Dez Tribos Perdidas de Israel”. Ao longo do tempo, essas pessoas migraram para o noroeste da Europa.

Os descendentes de Efraim e Manassés, receberam a bênção de ascen-são à grandeza nacional. Efraim tornou-se a prometida ‘multidão de nações’ (Grã-Bretanha e os povos da comunidade de ascendência britâ-nica, como Canadá, Austrália e Nova Zelândia), e Manassés tornou-se a grande ‘nação’ (os Estados Unidos da América). É através destes povos que a maioria das profecias Bíblicas a respeito de Israel estão sendo cum-pridas (Génesis 48:16; 49:22-26).

Devemos anotar que, as outras tribos de Israel [Reino do Norte] tam-bém estão representadas em outras nações do noroesta da Europa, ou emergentes dessa região. E, além desses israelitas, o povo judeu de hoje é descendente do povo do antigo Reino de Judá [Reino do Sul]—o que significa que enquanto os judeus são israelitas, nem todos os israelitas são judeus.

Deus tinha a intenção de que Israel [que inclui ambos os Reinos do Norte e do Sul] viesse a ser um país modelo em obediência a Ele, para os outros povos verem e desejarem imitar (Deuteronômio 4:5-8). Ele deu ao povo Suas leis e aliança, mas eles não tiveram um coração correto para continuar em obediência (Deuteronômio 5:29), e, por isso, eles falharam em seu exemplo, levando à punição nacional.

Severo juízo virá ainda mais uma vez no “tempo de angústia para Jacó” (Jeremias 30:7), quando, pouco antes da volta de Cristo, muitas profecias do fim dos tempos com respeito aos descendentes modernos de Israel serão cumpridas. (Veja o capítulo intitulado “O Retorno de Jesus Cristo e o Vindouro Reinado”, começando na página 69.) Uma das maiores lições de Israel é que, um povo a quem foi dado tanto, não terá um sucesso com-pleto, a não ser que receba o que é essencialmente necessário—os meios para uma verdadeira transformação espiritual de caráter.

Também contido nas promessas a Abraão estava a promessa espiritual ainda mais importante, a promessa da salvação a todos os homens que se tornassem da “Semente” de Abraão (seus descendentes). Através de Abraão todas as famílias da terra teriam acesso às bênçãos de Deus (Gênesis 12:3). Deus confirmou as promessas feitas a Abraão porque ele obedeceu os mandamentos de Deus (Gênesis 22:18; 26:5).

O apóstolo Paulo entendeu que a salvação não era apenas para os judeus ou israelitas, mas para toda a humanidade. Ele explicou que a “Semente” para quem as promessas aplicavam era Jesus Cristo, e que todos devem tornar-se um em Ele (Gálatas 3:8, 14-16, 26-29).

O sacerdote Zacarias, no nascimento de seu filho João Batista, profeti-zou que Deus se lembraria do juramento que tinha feito a Abraão (Lucas 1:69-72). Paulo registra que Jesus Cristo veio para confirmar as promessas feitas aos pais (Romanos 15:8). A promessa de salvação vem de Deus atra-vés do Espírito Santo como uma parte da Nova Aliança disponível para nós através da morte e ressurreição de Cristo.

O Espírito Santo é a chave para as “melhores promessas” que vêm ao abrigo da “nova” e “melhor” aliança [ou concerto] que foi estabelecida nessas melhores promessas (Hebreus 8:6). O Espírito Santo faria obedi-ência possível, para que Israel e todos os outros que se juntassem a Israel através do Espírito seriam capazes de ter sucesso em ser a nação modelo

Promessas a Abraão

52 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 53

que Deus intencionou. Foi dito aos apóstolos para esperarem em Jerusalém por esta promessa

melhor (Actos 1:4, 8). Eles esperaram para serem selados pelo Espírito Santo “da promessa,” o qual era a garantia da herança deles (Efésios 1:13-14). É pelo Espírito de Deus que sabemos que somos filhos de Deus e em Cristo (Romanos 8:9, 14-17) e assim somos a semente de Abraão (espiritualmente) e herdeiros da salvação de acordo com a promessa (Gálatas 3:28).

Esta promessa não é baseada em raça, mas na chamada de Deus e no arrependimento individual, independentemente da raça ou origem nacional. Por este meio, por meio da fé, tudo pode ser renomeado “o Israel de Deus” (Gálatas 6:16). (Veja o capítulo intitulado “A Igreja,” começando na página 56.)

Quando Jesus Cristo estabelecer Sua Nova Aliança com Israel e Judá em Seu retorno (Jeremias 31:31)—a Aliança na qual a Igreja de Deus agora é um precursor—então a nação física de Israel será finalmente capaz de servir como a nação modelo que Deus intencionou que fosse (Zacarias 8:23; Jeremias 31:1, Romanos 11:12)—tendo sido transformada para Israel espiritual e liderando o mundo inteiro para a mesma relação salvadora com Deus.

Para informação adicional, baixe [download] ou solicite os nossos livros grátis: Os Estados Unidos e a Grã-Bretanha na Profecia Bíblica;

A Nova Aliança: Anula a Lei de Deus?

O Propósito de Deus para a Humanidade

Acreditamos que o propósito de Deus para a humanidade é preparar aqueles a quem Ele chama—e que decidem responder a essa cha-mada através de uma vida de conquista ao pecado, desenvolvendo caráter justo e crescendo em graça e conhecimento—para possuírem o Reino de Deus e tornarem-se reis e sacerdotes reinando com Cristo no Seu retorno. Acreditamos que a razão da existência da humani-dade é para nascermos, literalmente, como seres espirituais na famí-lia de Deus (Romanos 6:15-16; 8:14-17, 30; Actos 2:39; 2 Pedro 3:18; Apocalipse 3:5; 5:10).

O propósito da existência do homem é declarado em ambas as extremidades da Escritura. No início da Bíblia, Deus revela que Ele

criou o homem à Sua imagem e semelhança (Gênesis 1:26-27)—uma linguagem que se refere a descendência ou filhos (Gênesis 5:1-3)—para compartilhar o domíno ou regra com Ele sobre a criação, em submissão a Ele (Gênesis 1:28). (Veja o capítulo intitulado “A Humanidade”, começando na página 13.)

E no final da Bíblia, Deus diz: “Aquele que vencer herdará todas as coisas, e eu serei seu Deus, e ele será meu filho” (Apocalipse 21:7). Mais uma vez, a linguagem diz respeito aos Seus filhos compartilharem a regra sobre toda a criação com Deus, em submissão a Ele.

Assim, vemos que o destino do homem é ser parte do Reino e família de Deus. E no último versículo acima mencionado, como em toda a Bíblia, somos informados que o homem só pode chegar a este destino através de um processo de ‘vencer’ ou ‘superar’ na nossa luta cristã.

É desejo de Deus que nenhum ser humano pereça, mas que todos che-guem ao arrependimento, de modo a tornar-se membros de Sua família como filhos e filhas em Seu Reino (2 Pedro 3:9, 2 Coríntios 6:18). Como parte deste processo, Deus está agora chamando alguns indivíduos para herdar a vida eterna no retorno de Jesus Cristo à terra (1 Coríntios 1:26-28, Mateus 20:16, João 6:44, 65), enquanto os outros serão chamados mais tarde. (Veja os capítulos intitulados “Os Festivais de Deus”, “A Igreja” e “As ressurreições e o Juízo Eterno”, a partir das páginas 39, 56 e 65).

Aqueles que estão sendo escolhidos agora têm de aceitar Cristo como seu Salvador, renunciar as suas vontades à vontade de Deus e lutar com a ajuda de Deus para vencer [superar] o pecado durante sua vida atual (Apocalipse 3:21).

Jesus Cristo é referido como “o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29, ver também os versículos 14-17; Apocalipse 1:5-6, Colos-senses 1:15-18). Ele veio como um ser humano para liderar o caminho para que outros possam ser glorificados e herdar todas as coisas. Os cristãos são efectivamente referidos como “herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo” (Romanos 8:17, ARA). No entanto, como Hebreus 1 a 2, explica, a humanidade ainda não conseguiu alcançar o seu destino de herdar todas as coisas, mas Jesus conseguiu, e Deus está envolvido neste processo “tra-zendo muitos filhos à glória” (Hebreus 2:10).

Neste processo, as pessoas tornam-se filhos de Deus através do recebi-mento do Seu Espírito Santo, que se une com o espírito humano de cada indivíduo (Romanos 8:16). Estamos, assim, “de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível” (1 Pedro 1:23).

E, então, nós ficamos “participantes da natureza divina” (2 Pedro 1:4)

O Propósito de Deus para a Humanidade

54 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 55

—tal como qualquer criança toma os traços genéticos de seus pais. Atra-vés de um processo de desenvolvimento, nós nos tornamos mais e mais semelhantes a Deus em termos de caráter, enquanto temos como objetivo uma transformação final envolvendo nossa própria essência e nível de existência.

O apóstolo Paulo explicou que “assim como trouxemos a imagem do terreno [do primeiro homem, Adão], assim traremos também a imagem do celestial [de Jesus Cristo]” (1 Coríntios 15:49). E enquanto “o primeiro homem, Adão, foi feito alma [um ser físico] vivente; o último Adão, [Cristo, tornou-se] em espírito vivificante [que dá vida]” (versículo 45). Assim, seremos seres espirituais como Cristo. Com efeito, “a carne e san-gue não podem herdar o Reino de Deus” (versículo 50).

O apóstolo João faz uma declaração surpreendente sobre a nossa futura ressurreição durante o retorno de Cristo: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele; porque assim como é O veremos” (1 João 3:2).

E Paulo explica ainda que “esperamos ansiosamente . . . o Senhor Jesus Cristo. Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso” (Filipenses 3:20-21, NVI). Ou seja, o corpo divino e espiritual de Cristo é o mesmo género de corpo que teremos na ressurreição!

Assim como as crianças humanas são do mesmo género de seres como seus pais e irmãos mais velhos são, seres humanos, então seremos do mesmo género de seres como Deus Pai e Jesus Cristo são, seres divinos. Ao dizer que “ainda não é manifesto o que havemos de ser”, João queria dizer que nós não podemos agora realmente compreender o que significa ser como o Pai e Cristo, pois está além da capacidade de nossa limitada mente humana. Ele, no entanto, compreendeu que seremos o que Eles são.

De fato, Deus foi ainda mais explícito sobre o nosso destino no Salmo 82:6 (ARA), declarando sua intenção para as pessoas como “[Vós] sois deuses, sois todos filhos do Altíssimo.” Jesus até citou este versículo (veja João 10:30-36). A verdade é que nosso destino é de ostentar o nome da família de Deus (Efésios 3:14-15). Atualmente, o único Deus—isto é, a única família de Deus—consiste de dois seres divinos: Deus Pai e Jesus Cristo. Mas finalmente, Deus pretende expandir essa família divina para bilhões de seres. (Veja o capítulo intitulado “Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo”, começando na página 4.)

A Igreja de Deus nesta era é um precursor no cumprimento desse propó-sito. Ao retorno de Cristo, aqueles que morreram na fé serão ressuscitados

e os que estão vivos na fé serão transformados (1 Cor 15:51-53). Aqueles em ambos os grupos tornar-se-ão seres espirituais imortais e

divinos na família de Deus. Eles depois disto servirão com Cristo na terra como reis e sacerdotes durante o Seu reinado mileniar (por mil anos) que seguirá imediatamente (Apocalipse 5:10; 20:4). (Veja o capítulo intitulado “As Ressurreições e o Juízo Eterno” e “O Retorno de Jesus Cristo e o Vin-douro Reinado”, a começar nas páginas 65 e 69).

Rei e sacerdote são ambos cargos de Jesus Cristo. Ele é Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:15-16). Ele também é nosso Sumo Sacerdote (Hebreus 3:1; 4:14-16; 5:5-6; 6:20; 7:24-28; 8:1-6; 9:11; 10:12). Assim, como referimos acima, outros participação em ambas as Suas res-ponsabilidades como ambos reis e sacerdotes servindo sob Ele para levar a cabo o desejo do Pai.

Aqueles que se tornem sacerdotes no milénio serão responsáveis pelo ensinamento das pessoas para discernir entre “o imundo e o limpo”, uma frase que, no seu sentido mais amplo, inclui o discernimento entre o bem e o mal (veja Ezequiel 22:26; 44:23-24). Como mensageiros de Deus, eles ensinarão a lei de Deus e farão saber qual o seu significado e aplicação (Malaquias 2:7-9).

Uma das responsabilidades de um rei no Antigo Testamento era escrever as palavras da lei de Deus num livro e “nele lerá todos os dias da sua vida” para que ele pudesse cuidadosamente observa-las e não se desviar delas (Deuteronómio 17:18-20). Os que vierem a ser reis e sacerdotes no reino de Deus serão aqueles que permitiram Deus escrever as Suas leis nos seus corações e mentes enquanto seres humanos (ver Hebreus 8:10-11; Jeremias 31:33).

Como reis durante o Milénio, eles ensinarão o caminho de vida de Deus aos humanos que vivem nessa idade (Isaías 30:20-21). Eles administrarão o governo de Deus nas áreas que Jesus Cristo lhes der responsabilidades (ver Mateus 19:27-28; Lucas 19:11-19). Eles até terão autoridade sobre os anjos (1 Coríntios 6:1-3). E em tudo isto, eles estarão completamente sujeitos à vontade de Cristo, da mesma maneira que Ele está à do Pai (João 5:30).

O grande plano de Deus inclui toda a humanidade. O Julgamento do Grande Trono Branco, descrito em Apocalipse 20:11-13, revela que todos os seres humanos que morreram sem jamais ter entendido este grande plano serão ressuscitados e o verdadeiro destino deles lhes será revelado. O plano de Deus abrange todos. Toda a humanidade irá desfrutar da opor-tunidade de aprender a verdade de Deus e de se arrepender. (Novamente, veja o capítulo intitulado “Os Festivais de Deus” e “As Ressurreições e o Juízo Eterno”, a partir das páginas 39 e 65).

O Propósito de Deus para a Humanidade

56 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 57

Isto terá lugar durante o tempo além do milênio, quando a grande maio-ria dos seres humanos serão ressuscitados dentre os mortos para receber a sua oportunidade de salvação. Aqueles que se arrependerem e aceitarem Cristo como seu Salvador receberão o dom da vida eterna na família de Deus, conseguindo finalmente o seu destino dado por Deus.

Com o novo céu e a nova terra transformados, a cidade celestial de Deus, a Nova Jerusalém, vai finalmente descer para a terra com Deus Pai. E aqueles que se arrependeram e O serviram fielmente, e que estarão transformados em seres espírituais glorificados como Ele mesmo, morarão com Ele e com Cristo para sempre em perfeita paz e felicidade, sem mais sofrimento ou morte (Apocalipse 21:1-4). (Novamente, veja o capítulo intitulado “O Retorno de Jesus Cristo e o Vindouro Reinado”, começando na página 69.)

Como já mencionado, aqueles que são glorificados herdarão de Deus “todas as coisas”—terão co-propriedade e domínio, não apenas sobre a terra, mas sobre todo o universo e reino espiritual. Este aspecto incrível do destino do homem foi anunciado no início do Antigo Testamento, por Moisés, quando ele afirmou que “o sol, a lua e as estrelas, todo o exército dos céus. . . o Senhor, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus” como uma herança (Deuteronômio 4:19).

Esta, então, é a finalidade para a qual a humanidade foi criada—para compartilhar com Deus o nível divino de existência para sempre como Sua família feliz e amorosa, para pussuir com Ele o vasto universo criado e dominar sobre todo. Este destino é tão transcendente que mal podemos imaginar isso!

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A IgrejaAcreditamos que a Igreja é aquele corpo de crentes que receberam e estão sendo conduzidos, pelo Espírito Santo. A verdadeira Igreja de Deus é um organismo espiritual. O seu nome bíblico é “a Igreja de Deus.” Acreditamos que a missão da Igreja é pregar o evangelho (a boa nova) do vindouro Reino de Deus a todas as nações como teste-munha e ajudar a reconciliar a Deus tantas pessoas quantas estejam agora a ser chamadas. Acreditamos também que é missão da Igreja de Deus, fortalecer, edificar e nutrir os filhos de Deus em amor e exortação a nosso Senhor Jesus Cristo (Actos 2:38-39, 47; 20:28;

Romanos 8:14; 14:19; Efésios 1:22-23; 3:14; 4:11-16; 1 Coríntios 1:2; 10:32; 11:16, 22; 12:27; 14:26; 15:9; 2 Coríntios 1:1-2; 5:18-20; Gálatas 1:13; 1 Tessalonissenses 2:14; 2 Tessalonissenses 1:4; 1 Timóteo 3:5, 15; Marcos 16:15; Mateus 24:14; 28:18-20; João 6:44, 65; 17:11, 16).

A Igreja de Deus do Novo Testamento começou no Dia de Pentecostes após a ascensão de Jesus Cristo ao céu. Deus derramou o Seu Espírito

sobre os discípulos que estavam reunidos naquele dia, em obediência ao mandamento de Cristo a permanecer em Jerusalém (Lucas 24:49, Atos 2:1-4, 5:32). Nos dias que se seguiram, “acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (Atos 2:47).

A palavra igreja é traduzida da palavra grega ekklesia. No periodo em que o Novo Testamento foi escrito, ekklesia era uma palavra grega usada para reuniões cívicas, formada da forma substantiva do verbo kaleo (que significa “chamar”) e do prefixo ek (que significa “fora”). De kaleo tam-bém vem klesis (“chamada”5) e kletos (“chamado”6).

O palavra composta ek-klesia, então, significa um corpo de pessoas “chamadas” [convocadas] para se reunirem, assim como o Israel da anti-qüidade foi chamado para fora do Egito para se reunir perante Deus como “a congregação [ekklesia] no deserto” (Atos 7:38). A palavra ekklesia [igreja] também foi usada na tradução Septuaginta grega do Antigo Tes-tamento para várias instâncias da palavra hebraica qahal, normalmente traduzido como “assembleia” ou “congregação” em Bíblias Portuguesas.

A primeira ocorrência da palavra ekklesia no Novo Testamento, foi feita por Jesus durante Seu ministério, quando prometeu: “Edificarei a minha igreja” (Mateus 16:18). Ele estava-se referindo ao estabelecimento de uma reunião [ou assembleia] convocada de pessoas que compartilham uma identidade comum.

O aspecto duma chamada aqui é importante. O apóstolo Paulo em 1 Coríntios 1:2 referiu-se “à igreja [ekklesia – os chamados] de Deus. . ., chamados [kletos] para ser santos [separados]” (ARA). É a chamada espe-cial de Deus, bem como a presença do Espírito Santo na mente daqueles que respondem a essa chamada, que identifica a Igreja de Deus como uma assembleia ou convocação especial de pessoas (Atos 2:38-39; Romanos 8:9, 28-30; 1 Coríntios 1:9; 2:12-13, Efésios 4:3-6).

Referindo-se a esta chamada [convocação], Jesus disse: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou o não trouxer” (João 6:44) e a não ser se pelo Pai “lhe for concedido” (versículo 65). Por isso, ninguém pode “associar-se” à Igreja por conta própria, como um ato de si mesmo. Pelo

A Igreja

A palavra grega klesis significa “chamada” – por exemplo: o ato de fazer uma chamada.A palavra grega kletos significa “chamado” – por exemplo: aquele que é chamado.

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58 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 59

contrário, Deus inicia e orienta o processo, levando a pessoa ao arrependi-mento e batismo pela remissão dos pecados e dando-lhe o dom do Espírito Santo (Atos 2:38), através do qual uma pessoa torna-se membro da Igreja.

Uma vez que é a presença interior do Espírito de Deus que identifica e une o povo de Deus (1 Coríntios 12:12-13), a Igreja é então um orga-nismo espiritual. Seus membros são, figurativamente, “como pedras vivas, [sendo] edificados casa espiritual” (1 Pedro 2:5). Deus Pai e Jesus Cristo vivem dentro desta “casa” dos crentes através do Espírito Santo (João 14:23; 1 João 3:24).

Da mesma forma, Efésios 2:19-22 descreve a Igreja como um “templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.” O corpo físico de cada indivíduo também é chamado “o templo do Espírito Santo” (1 Coríntios 6:19).

A imagem de um unificado organismo espiritual é mais diretamente destacado no fato de que Jesus Cristo é referido como a vivente “cabeça da Igreja”, e a Igreja é descrita como “o corpo de Cristo” (1 Coríntios 12:27, Efésios 1:22 -23, 4:12, Colossenses 1:18).

A Bíblia, na maioria das versões bíblicas em Português, refere-se ao Corpo de Cristo na sua totalidade espiritual ou a uma congregação indi-vidual, pelo nome “a igreja de Deus”, e, quando referindo-se a mais de uma congregação, pelo nome “as igrejas de Deus” (plural). Em 12 casos no Novo Testamento, o nome da Igreja é mencionado com a distinção “de Deus” (por exemplo, Atos 20:28; 1 Coríntios 10:32, 11:22, 15:9, 1 Timóteo 3:5). Isto está de acordo com a oração de Jesus na noite antes da Sua morte, “Pai Santo, guarda em teu nome aqueles que me deste” (João 17:11).

No entanto, porque a Igreja é o Corpo de Cristo e Ele se referiu a ela como “a Minha igreja”, também vemos a descrição “as igrejas de Cristo” (Romanos 16:16). Ainda assim, “igreja de Deus” é o nome comum. Tam-bém vemos nomes de cidades ou áreas para indicar congregações. Por exemplo, lemos da “igreja de Deus que está em Corinto” (1 Coríntios 1:2, 2 Coríntios 1:1), “a igreja que está em Cencréia” (Romanos 16:1) e “às igrejas da Galácia” (Gálatas 1:2). Novamente, a referência é a uma assembleia de pessoas que foram convocadas (chamadas).

Desde o início, Deus determinou chamar o Seu povo desta era: “Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho . . . E aos que predestinou, a esses também chamou” (Romanos 8:29-30).

Estes se destinam a ser as “primícias” de Deus na “colheita” espiritual da humanidade—uma reunião [ou assembleia] das primeiras pessoas chamadas para a família de Deus, antes de chamar o resto da humanidade

depois do retorno de Cristo, para este relacionamento na família de Deus (compare com Mateus 9:37-38; João 4:35; Romanos 8.23; Tiago 1:18). (Veja os capítulos intitulados “Os Festivais de Deus” e “As Ressurreições e o Juízo Eterno”, a partir das páginas 39 e 65).

Os patriarcas fiéis e os profetas do Antigo Testamento estão entre essas primícias na formação da Igreja como o templo espiritual de Deus— como primícias, nós somos “edificados sobre o fundamento dos apóstolos [do Novo Testamento] e dos profetas [do Antigo Testamento], de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina” (Efésios 2:20).

Há muitos paralelos entre a nação de Israel no Antigo Testamento e a Igreja de Deus no Novo Testamento. Os israelitas foram considerados primícias, mas eles desobedeceram a Deus (Oséias 9:10, ARA). Israel foi “primogênito” de Deus (Êxodo 4:22). E a Igreja do Novo Testamento é a “universal assembléia e igreja dos primogênitos” (Hebreus 12:22-23).

Como mencionado, Israel foi inicialmente, a ekklesia de Deus (a assem-bléia convocada ou igreja) no deserto (Atos 7:38). A nação estava destinada a ser uma “propriedade peculiar” de Deus, um “reino sacerdotal e um povo santo” (Êxodo 19:5-6). E a Igreja é agora “a geração eleita, sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido” de Deus (1 Pedro 2:9).

Paulo em Romanos 11, explicou que, apesar da desobediência de toda a nação, haveria sempre um remanescente fiel de Israel—e que os israelitas que se arrependem, juntamente com os gentios (não-israelitas), podem ser enxertados em Israel. Ele disse aos gentios convertidos ao cristianismo: “Se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros con-forme a promessa” (Gálatas 3:29).

Em Romanos 2:25-29, ele explicou que ser contado como um judeu é uma questão de obediência através de um coração direito no Espírito: “É judeu o que o é no interior”. Ele também se referiu à Igreja como “o Israel de Deus” (Gálatas 6:16).

Assim, a Igreja é “Israel espiritual”. E, por isso, algumas referências proféticas a Israel, Jerusalém e Sião são aplicáveis à Igreja. Isto não é uma teologia de substituição, alegando que todas as profecias e promessas a Israel são cumpridas na Igreja. Pois, claramente, existe ainda um papel a desempenhar para os descendentes físicos de Israel. As promessas e pro-fecias nacionais ainda são aplicáveis a Israel. (Veja o capítulo intitulado “Promessas a Abrão” começando na página 49.) Pelo contrário, a Igreja é um precursor na relação de aliança que Deus prometeu a Israel.

A nação física de Israel quebrou a antiga aliança de Deus. A lição é que uma nação abençoada com abundância, com as melhores leis e mesmo com a presença e intervenção visível de Deus não teria sucesso em obedi-ência continua a Ele. Somente através de uma mudança de coração é que

A Igreja

60 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 61

isso seria possível.Então Deus disse que iria fazer uma “nova aliança com a casa de Israel

e a casa de Judá” (Jeremias 31:31 ARA, Hebreus 10:16-17)—uma aliança em que haveria perdão dos pecados e obediência legítima para sempre pelo fato da lei de Deus ser escrita no coração do povo (realizado através da habitação do Espírito Santo).

Esta nova aliança foi iniciada com a Igreja. É de facto uma aliança de casamento (veja Jeremias 31:32). A Igreja está comprometida a casar-se com Cristo, tal como uma noiva está para com o noivo, e espiritualmente casar-se-á com Cristo quando Ele retornar—este relacionamento é a rea-lidade espiritual sobre a qual o casamento humano deve ser modelado (Efésios 5:22-33, 2 Coríntios 11:2; Apocalipse 19:7, 9).

Na preparação para esse tempo, Deus chamou-nos para fora dos males deste mundo (João 17:15-16) e nos separa pela verdade da Palavra de Deus (versículo 17). Jesus também diretamente comissionou seus discípulos para anunciar o evangelho (a boa nova) do Reino de Deus para o mundo como um testemunho (Marcos 16:15; Mateus 24:14). Ele ainda disse a eles para fazer discípulos de todas as nações (Mateus 28:19), alimentando o rebanho de Cristo (ver João 21:17) e, nas pegadas de João Batista, “prepa-rar ao Senhor um povo” (Lucas 1:17).

A proclamação do evangelho deve ser acompanhada por uma cha-mada para arrependimento (Marcos 1:14). Como parte disso, Jesus e seus discípulos estabeleceram um exemplo de advertir as consequências do pecado—incluindo a destruição profetizada que virá a acontecer às nações e aos indivíduos.

O trabalho de pregação da Igreja, juntamente com o testemunho combinado de vidas individuais dos membros da Igreja, fornece uma poderosa mensagem de esperança e de iluminação para um mundo escuro (Filipenses 2:15, Mateus 5:14-16). Os membros da Igreja de Deus são transformados pela renovação de suas mentes pelo poder do Espírito Santo de Deus (Romanos 12:2).

A Igreja também oferece um refúgio para a convivência (Atos 2:42, 1 João 1:7), encorajamento (Hebreus 3:13, 10:24) e alimento espiritual (Efé-sios 5:29, Colossenses 2:19). Deus deu dons espirituais a todos os membros para a edificação do corpo (Romanos 12:3-8, 1 Coríntios 12:4-30, Efésios 4:7-8, 11-16). Estes dons são para ser exercitados com amor (1 Coríntios 13:1-3). Amar uns aos outros, estabelece a credibilidade dos membros, como discípulos de Jesus Cristo (João 13:34-35).

Como um corpo organizado e uma nação espiritual, os membros da Igreja têm diferentes funções e responsabilidades. Alguns são colocados em posições de liderança, pregação e ensino para ajudar os membros a

atingir seu potencial, promover a unidade e proteger contra os falsos ensi-nos (ver Efésios 4:11-16). O ministros de Jesus Cristo devem exercer a sua autoridade espiritual para o serviço e benefício do povo de Deus. Cristo disse que “quem governa [que seja] como quem serve”—seguindo o Seu próprio exemplo de servir altruísticamente e de ser uma pessoa que dá de si (Lucas 22:26-27).

Parte da responsabilidade do ministério, juntamente com a proclamação do evangelho, é para batizar e impôr as mãos sobre os novos converti-dos para o recebimento do Espírito Santo. (Veja o capítulo intitulado “O Batismo da Água e a Imposição das Mãos”, que começa na página 31.)

Como parte de seu trabalho, os ministros também foram autorizados, em nome de Jesus, a expulsar os demônios e impôr as mãos sobre os enfer-mos com óleo de unção e orar para a cura (Marcos 16:17-18; Tiago 5:13-18). No entanto, embora Deus tenha estabelecido esta autoridade e prática e, freqëntemente intervém de acordo com esta prática, Ele pode exigir outras condições adicionais, tais como fé, arrependimento, obediência e persis-tência na oração.

Mesmo assim, há situações em Sua infinita sabedoria, que Deus decide não intervir na altura ou da maneira que pediram na oração. Ainda assim, nós temos confiança que “todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto” (Romanos 8:28). A responsibilidade pessoal de cada cristão é de buscar “primeiro o Reino de Deus e a sua justiça”, e então todas as outras necessidades finalmente acabarão por ser atendidas (Mateus 6:33; ver versículos 25-34). (Veja o capítulo intitulado “O Arrependimento e Fé”, começando na página 28.)

Com a fé cristã que “uma vez por todas foi entregue aos santos” durante o primeiro século (Judas 1:3 ARA), membros da Igreja foram encorajados a se apegar aos ensinos e às tradições de Jesus Cristo e dos apóstolos como mencionadas nas Escrituras (2 Tessalonicenses 2:15). No entanto, eles também foram advertidos contra os falsos mestres, pregando um evangelho diferente e uma representação diferente de Jesus (2 Pedro 2:1, Gálatas 1:6-9, 2 Coríntios 11:4).

Paul advertiu que a apostasia iria surgir dentro da Igreja e atrairia pessoas ao erro (Atos 20:29-31). E ele escreveu que “já o mistério da injustiça opera” (2 Tessalonicenses 2:7). Historicamente, a Igreja apostólica original, que aderiu cuidadosamente à lei de Deus, sumiu de vista enquanto um cristianismo falso assumiu grande destaque. A maioria do que vai pelo nome do cristianismo hoje está saturado de ensinos e práticas originárias da religião e filosofia pagã da antiqüidade. Este é um aspecto importante do que a Bíblia chama de “MISTÉRIO, A GRANDE

A Igreja

62 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 63

BABILÔNIA” (Apocalipse 17:5). No entanto, apesar das perseguições e períodos com um número muito

pequeno, o verdadeiro cristianismo nunca desapareceu. Jesus prometeu que Sua Igreja jamais morreria (Mateus 16:18) e que ele nunca nos iria deixar ou abandonar (Hebreus 13:5). Ele prometeu estar com o Seu povo “até à consumação dos séculos” (Mateus 28:19-20), capacitando-os para fazer a Sua obra. Nós acreditamos que nós, na Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional, estamos a exercer esta mesma tradição.

Quando Cristo regressar à terra para estabelecer o Reino de Deus sobre todas as nações, os “chamados” na Sua Igreja, serão glorificados e aperfeiçoados através da ressurreição e mudança instantânea para governar com Ele (Apocalipse 2:26, 3:21, 5:10; Daniel 7:22, 26-27), tendo-se tornado professores e juizes sobre os homens e até mesmo sobre os anjos (1 Coríntios 6:1-3). (Veja o capítulo intitulado “O Propósito de Deus para a Humanidade”, começando na página 53.)

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Unida; O véu retirado do Livro de Apocalipse

O DízimoAcreditamos no dízimo como forma de honrar a Deus com a nossa substância e como um meio de servi-Lo na pregação do evangelho, no cuidado da Igreja, na participação dos festivais e na ajuda aos necessitados (Provérbios 3:9-10; Génesis 14:17-20; 1 Coríntios 9:7-14; Números 18:21; Deuteronómio 14:22-29).

O “dízimo” significa “dar ou tomar o décimo.” Nas Escrituras, refere-se a dar um décimo de “todo o fruto” (Deuteronômio 14:22) derivado

do que se produz, ou da nossa propriedade, ou renda para o apoio de uma finalidade religiosa. A motivação para o dízimo é um reconhecimento de adoração a Deus como Criador e Possuidor de todo o universo e tudo nele, incluindo nós mesmos.

Embora o dízimo se tornou uma lei codificada, ou escrita sob a aliança que Deus fez com o Israel da antiqüidade no Monte Sinai, ele já era historicamente praticado entre os que eram fiéis a Deus antes dessa aliança. Abraão, depois de derrotar uma coalizão de reis que tinham seqüestrado o sobrinho, dizimou dos despojos da guerra a Melquisedeque, sacerdote do Deus Altíssimo (Gênesis 14:18-22).

Abraão obviamente entendeu dar um décimo como a forma adequada de honrar a Deus com suas posses físicas. Vale a pena notar também que Abraão deu o dízimo a Melquisedeque, um representante do Deus Criador. (Na verdade, esse mesmo Melquisedeque era o Verbo divino, que mais tarde nasceu na carne como Jesus Cristo, tal como é demonstrado em Hebreus 7:1-3).

Abraão reconheceu a premissa essencial de dar o dízimo a Deus: Ele é o atual “Possuidor dos céus e da terra”, que fez a vitória e todas as bênçãos possíveis a Abraão.

Deus lembra-nos através da Bíblia, e o povo de Deus respeitosamente reconhece, que tudo pertence a Deus (Êxodo 19:5; Jó 41:11; Salmos 24:1; 50:12; Ageu 2:8). Disse Moisés a Israel: “Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, que Ele é o que te dá força para adquirires poder. . .” (Deuteronómio 8:18). O dízimo é então, primeiro e acima de tudo, um acto de adoração reconhecendo Deus como a nossa fonte de existência, benção e providência.

Jacó também seguiu o exemplo de seu avô Abraão. Quando Deus lhe confirmou as promessas que Ele tinha feito a Abraão, Jacó prometeu a Deus: “de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo” (Génesis 28:20-22).

A prática do dízimo foi mais tarde incorporada na aliança com Israel como uma lei escrita. A tribo de Levi, dedicada ao serviço religioso da nação, não recebeu uma herança de terra a partir da qual derivam aumento (Números 18:23), mas recebeu o dízimo da produção agrícola de Israel, pelos seus serviços eclesiásticos à nação. Os Levitas, baseados no que tinham recebido em dízimos do povo, por sua vez davam um dízimo à família sacerdotal de Aarão (versículos 26-28).

Com o passar do tempo, o dízimo foi negligenciado descuidadamente por Judá após o exílio, pelo que Deus repreendeu severamente a nação (Malaquias 3:8-10). Não dar o dízimo, disse Deus, era o equivalente a roubá-Lo e o povo foi consequentemente amaldiçoado. No entanto Ele também prometeu que a obediência de dar o dízimo resultaria em bênçãos tão abundantes que “não haja (haveria) lugar suficiente para as recolherdes.”

Na verdade, Deus disse aqui que o povo lhe tinha roubado em “dízimos e ofertas”—mostrando que Deus esperava que eles dessem ofertas adicionais para além do seu dízimo, cujos montantes eram determinados individualmente. Ofertas podiam ser dadas a qualquer momento, mas eram exigências específicas durante os períodos dos festivais de Deus, quando cada um devia dar como tivesse possibilidade, em conformidade com as bênçãos que ele tinha recebido de Deus (Deuteronômio 16:16-17).

O Dízimo

64 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 65

Alguns séculos mais tarde, Jesus, de forma clara, manteve esta prática do dízimo, afirmando: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer estas coisas, e não omitir aquelas” (Mateus 23:23).

Em vez de aproveitar esta oportunidade esplêndida para anular a prática do dízimo, Cristo, pelo contrário, confirmou plenamente o Seu desejo de que dar o dízimo deveria realmente ser praticado, juntamente com a sincera adesão de fazer outras coisas “mais importantes” [coisas espirituais] que eles estavam claramente negligenciando.

Como os dízimos e as ofertas em Israel foram dados à tribo de Levi para o seu sustento e os seus serviços a Deus, assim também a Igreja no Novo Testamento prestou apoio financeiro aos ministros de Cristo para realizar o seu trabalho. Instâncias e os princípios relativos a esta prática são encon-trados em várias passagens (vejam Lucas 10:1, 7-8; 1 Coríntios 9:7-14; 2 Coríntios 11:7-9; Filipenses 4:14-18 e Hebreus 7.

De Deuteronómio 14, podemos identificar outras duas razões do dízimo: para ir às festas de Deus (Levítico 23; Deuteronómio 14:22-27) e para atender as necessidades dos pobres e necessitados (versículos 38-39). Como acreditamos em observar os festivais de Deus e acreditamos em cuidar das necessidades dos pobres e dos necessitados, reconhecemos a continuidade desta prática.

A Igreja de Deus Unida continua a ensinar que o dízimo é uma lei universal e que a obediência da boa vontade duma pessoa a esta lei reflecte a natureza altruísta e generosa do nosso Criador e Provedor (2 Coríntios 9:6-8).

A respeito da administração desta lei, é o dever da Igreja ensinar as pessoas o princípio de dar o dízimo, mas é a responsabilidade do indivíduo em obedecer. O dízimo é uma coisa pessoal de fé entre o indivíduo e seu Criador.

Ensinamos que qualquer pessoa zelosa em seguir a Deus deve obedecê-Lo neste caminho fundamental, mas não é responsabilidade da Igreja nem forçar nem regular o pagamento do dízimo. Por causa das complexidades económicas das sociedades de hoje, a Igreja regularmente recebe muitas perguntas técnicas a respeito do dízimo, e procuramos dar direcção administrativa informada de acordo com o desejo e direcção de Deus.

Quanto à doação voluntária além do dízimo que Deus exige, Ele deseja que sejamos generosos com as bênçãos que Ele nos deu, disposto a ajudar os outros através da contribuição para o trabalho de Sua Igreja, procla-mando a sua verdade e cuidando das necessidades dos membros. E nós devemos ajudar os necessitados que encontramos conforme somos capa-

zes. A escritura mostra que, enquanto temos de prestar adequadamente para as nossas famílias e ser sábio mordomos de nossos recursos, devemos também dar e cuidar das pessoas.

Através do dízimo e ofertas voluntárias adicionais com sentimentos de alegria e de boa vontade (2 Coríntios 9:6-8), nós tanto honramos a Deus como apoiamos as necessidades físicas para fazer a Sua obra: pregando o evangelho ao mundo e fazendo discípulos de todas as nações (Mateus 24:14; 28:19-20). Deus proveu um sistema financeiro perfeito que providen-cia as necessidades da Sua obra, a necessidade pessoal de observar os Seus festivais e a necessidade de cuidar dos pobres.

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As Ressurreições e o Juízo Eterno

Acreditamos que a única esperança da vida eterna para o ser humano mortal, é a ressurreição através da presença do Espírito Santo. Acre-ditamos que com o retorno de Jesus Cristo, uma ressurreição para a vida espiritual vai ter lugar a todos que tenham sido fiéis servos de Deus. Acreditamos que, depois de Jesus Cristo reinar na terra por 1.000 anos, haverá uma ressurreição para a vida física da maioria das pessoas que jamais viveram. Acreditamos que, depois destas pessoas terem tido uma oportunidade de viver uma vida física, se elas se converterem, também, receberão a vida eterna. Acreditamos, também, que aqueles que rejeitarem a oferta de Deus para a salva-ção colherão a morte eterna (1 Coríntios 15:19, 42-52; Actos 23:6; João 5:21-29; Romanos 6:23; 8:10-11; 1 Tessalonissenses 4;16; Ezequiel 37:1-14; Apocalipse 20:4-5, 11-15; João 3:16; Mateus 25:46).

Os ensinamentos sobre a ressurreição dos mortos e juízo eterno são listados como duas das doutrinas fundamentais do cristianismo que

conduzem à perfeição e vida eterna (Hebreus 6:1-2). Sem a ressurreição dos mortos, Cristo não teria ressuscitado e a nossa fé seria em vão (1 Coríntios 15:12-19). Os seres humanos são mortais, sem qualquer imortalidade inerente. Além disso, o homem é incapaz de dar a vida eterna a si mesmo—necessitando por isso de uma ressurreição. Além disso, devemos entender que Deus é o Juiz final e determinador do destino eterno de uma pessoa.

As Ressurreições e o Juízo Eterno

66 Crenças Fundamentais da Igreja de Deus Unida 67

A Bíblia é bem clara quando diz que não há consciência na morte (Ecle-siastes 9:5, 10; Salmos 6:5). A morte é repetidamente comparada na Bíblia com o dormir (Jó 3:11-17; 14:10-12, Salmos 13:3, Isaías 57:1-2; Daniel 12:2, João 11:11-14, 1 Coríntios 11:30; 15:51, 1 Tessalonicenses 4:14). Nenhuma alma consciente e imortal deixa o corpo no momento da morte, seja para ir com grande felicidade para o céu, ou para sofrer interminável tormento no inferno. (Veja o capítulo intitulado “A Humanidade”, começando na página 13.) Estes conceitos vêm da religião pagã falsa e duma má interpre-tação das Escrituras.

Vemos em 1 Coríntios 15 que a ressurreição é a esperança de toda a humanidade. Ressurreição significa levantar ou levantamento. Biblica-mente, refere-se ao levantamento dos mortos à vida de novo. As escrituras ensinam a ressurreição de “todos os que estão nos sepulcros” (João 5:28), mas há uma ordem na qual os mortos serão ressuscitados (1 Coríntios 15:23-24). A Bíblia revela que uns serão ressuscitados para a vida eterna e outros serão sentenciados à morte eterna (Daniel 12:2-3; Apocalipse 20:13-15).

As ressurreições são possíveis porque Deus tem o poder de dar vida. Deus, através do Verbo, que se tornou Jesus Cristo, deu vida ao primeiro homem, Adão. Jesus tem o mesmo poder de dar vida a um ser humano, uma segunda vez. Ambos, o Pai e o Filho têm vida neles mesmos (João 5:26).

Este poder inerente de Deus pode produzir ambas a vida física e a vida espiritual. Deus tem poder para ressuscitar alguém da sepultura em forma física ou espiritual (1 Coríntios 15:35-38). Na verdade, Deus já demons-trou que Ele tem o poder de ressuscitar para a vida física (João 11:43-44, Mateus 27:52-53) e para a vida espiritual (Mateus 28:6-7).

Ressurreições são também possíveis porque o próprio Cristo foi ressus-citado (1 Coríntios 15:20-22). Sua ressurreição como um Salvador vivente tornou possível a salvação de todos os povos. Assim, a humanidade iria morrer e perecer para sempre se não fosse pela ressurreição de Cristo (Romanos 5:10, 1 Coríntios 15:26, 55).

O plano de Deus para a salvação da humanidade exige a ressurreição de todos os que morrem (João 5:28). O apóstolo João referiu-se a três ressurreições em Apocalipse 20—uma para a vida eterna (versículos 4-6), uma para a vida física (versículos 11-12) e uma à morte no lago de fogo (versículos 13-15). (Embora os últimos versículos citados aqui não men-cionam uma ressurreição especificamente, os incorrigíveis perversos dos séculos passados, que rejeitaram a oferta de Deus para a salvação, terão de ser ressuscitados para serem lançados no lago de fogo.) Vamos considerar cada um destes, por sua vez.

A primeira ressurreição é chamada por esse mesmo nome: “. . . E vive-ram, e reinaram com Cristo durante mil anos . . . Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Apocalipse 20:4-6).

Esta ressurreição ocorrerá na segunda vinda de Cristo, quando os jus-tos mortos serão ressuscitados para a imortalidade (1 Coríntios 15:50-52, 1 Tessalonicenses 4:14-17). É conhecida como “a ressurreição da vida” em João 5:29, e é também referida como uma “melhor ressurreição” (Hebreus 11:35) porque é uma ressurreição à imortalidade e regência com Cristo durante o Milênio.

Então Cristo “retribuirá a cada um conforme as suas obras” (Mateus 16:27 ARA). Embora a própria salvação é um dom gratuito de Deus e não se baseia em obras, as obras duma pessoa demonstram quanto essa pessoa tem crescido no caminho de vida de Deus e será um fator na determinação do grau de responsabilidade de cada pessoa no Reino de Deus (veja Mateus 25:14-30, Mateus 19:11-27).

A segunda ressurreição terá lugar no final do reinado de mil anos de Cristo e dos santos. “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram.” (Apocalipse 20:5).

Esta ressurreição, também conhecida como a ressurreição geral ou o Juízo do Grande Trono Branco (ver versículo 11), é descrita em detalhe adicional no versículo 12 (ACF): “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros [evidentemente sig-nificando que os livros da Bíblia estavam agora abertos para o entendi-mento deles]; e abriu-se outro livro, que é o da vida [ou seja, teriam uma oportunidade para ser listados com os salvos]. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.” Isto é, eles são avaliados ao longo do tempo—de acordo com a forma como eles vivem pelo que então aprendem—e não condenados imediatamente.

João 5:29 na versão Almeida Revista e Atualizada (ARA) corretamente descreve esta “a ressurreição do juízo”—pois não é a ressurreição “da condenação” como algumas versões da Bíblia vertem as palavras aqui.

Deve ser mencionado que o Juiz aqui e em todo o julgamento, é Cristo: “E também o Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo” (João 5:22). Isto é porque Jesus teve experiência da vida como um ser humano (versículo 27, Hebreus 4:15).

A segunda ressurreição é uma ressurreição de volta à vida física (ver Ezequiel 37:1-14). Esta ressurreição incluirá a grande maioria de todas as pessoas que já viveram—pessoas que nunca conheceram Deus e Seu grande propósito para elas. Será um momento emocionante, quando

As Ressurreições e o Juízo Eterno

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milhares de milhões de pessoas de todos os períodos da história voltarão a viver (Mateus 11:20-24; 12:41-42).

Embora estas pessoas viverão fisicamente uma segunda vez, este periodo será a primeira oportunidade delas para a salvação e imortalidade gloriosa na família de Deus. Estas pessoas que serão ressuscitadas à vida física nesta ressurreição vão ter tempo suficiente para aprender e crescer no caminho de Deus da vida. Verdadeiramente, o plano de Deus inclui todos. Ele não quer que nimguém pereça, mas que todos cheguem ao arre-pendimento e à salvação (2 Pedro 3:9, 1 Timóteo 2:4). No entanto, alguns, mesmo com conhecimento suficiente e oportunidade, ainda se recusam a obedecer.

A terceira ressurreição terá lugar perto da conclusão do plano revelado por Deus para a humanidade. Esta será uma ressurreição para a vida física de todos que propositamente tenham rejeitado a oferta de Deus para a vida eterna em épocas passadas, embora plenamente conscientes da verdade e finalidade de Deus.

Eles serão trazidos de volta para ser justamente punidos com a morte no lago de fogo juntamente com aqueles que não se arrependem no final do período da segunda ressurreição. “Esta é a segunda morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” (Apo-calipse 20:14-15; 21:8; ver também Hebreus 10:26-29; 2 Pedro 3:10-12).

Este não é um lugar de tormento ardente, mas um fogo que arderá na terra no futuro, e apenas por um tempo. Conforme mencionado, nosso amado Deus dá a todos uma oportunidade de ter a vida eterna e deseja que ninguém pereça. Mas se as pessoas, no fim de contas, se recusam a arrepender-se, a punição é a segunda morte—uma aniquilação total, através de incineração, acabando com suas vidas e existência de forma rápida e para sempre (Malaquias 4:1, 3; Mateus 10:28, 25:46).

Este é um juízo e castigo eterno—e não porque o tormento continua para sempre, pois certamente não continua, mas porque os efeitos da punição são permanentes. Aqueles que morrem a segunda morte perma-necerão para sempre mortos, não tendo possibilidade de uma ressurreição subseqüente.

As três ressurreições revelam a ordem do plano muito inspirador de Deus para toda a humanidade. “E, como aos homens está ordenado morre-rem uma vez, vindo, depois disso, o juízo” (Hebreus 9:27), isso exige uma ressurreição para todos aqueles que tenham vivido.

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que Realmente Ensina a Bíblia?; O Plano dos Dias Santos de Deus: A Promessa de Esperança para Toda a Humanidade.

O Retorno de Jesus Cristo e o

Vindouro Reinado Acreditamos no retorno pessoal, visível, pré-milenial, do Senhor Jesus Cristo para governar sobre todas as nações na terra como Rei dos Reis e para continuar o Seu cargo de sacerdote como Senhor dos Senhores. Naquele tempo, Ele sentar-se-á no trono de David. Durante o Seu reinado de 1.000 anos na terra, Ele restaurará todas as coisas e estabelecerá o Reino de Deus para sempre (Mateus 24:30, 44; Apocalipse 1:7; 11:15; 19:16; 20:4-6; 1 Tessalonissenses 4:13-16; João 14:3; Isaías 9:7; 40:10-12; Hebreus 7:24; Jeremias 23:5; Lucas 1:32-33; Actos 1:11; 3:21; 15:16; Daniel 7:14, 18, 27).

Jesus Cristo veio à terra cerca de 2.000 anos atrás, “para tirar os pecados de muitas pessoas. Depois ele aparecerá pela segunda vez,

não para tirar pecados, mas para salvar os que estão esperando por ele” (Hebreus 9:28 BLH ). Naquele tempo Seu reinado sobre todas as nações terá início com o anúncio impressionante, “Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:15).

A futura vinda do Messias, o Cristo, como Rei dos reis e Senhor dos senhores é uma verdade frequentemente confirmada na Bíblia. É pro-metida no Antigo Testamento (Isaías 40:10, Daniel 2:44, Miquéias 1:3) e reafirmada no Novo Testamento (Mateus 24:30, João 14:3, Atos 1:11; Apocalipse 1:7; 19:16).

Confiando na Escritura como Palavra de Deus, então, nós acreditamos completamente no retorno pessoal, visível e pré-milenar do Senhor Jesus Cristo (isto é, imediatamente anterior ou no início do Seu profetizado reino de 1.000 anos).

Seu retorno não acontecerá em segredo, pois todas as pessoas que estiverem vivas O verão (Mateus 24:30, Apocalipse 1:7). Grandes sons sobrenaturais acompanharão o evento: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus” (1 Tessalonicenses 4:16). Os reis da terra tentarão fazer guerra contra Ele, mas Ele vai superá-los rapidamente (Apocalipse 17:14) para finalmente trazer paz à terra.

O Retorno de Jesus Cristo e o Vindouro Reinado

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O período que procederá o Seu retorno será o pior período de sempre de calamidades. Jesus disse que “haverá, então, grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco haverá jamais” (Mateus 24:21). Jeremias 30:7 diz que vai cair duro sobre os des-cendentes de Jacó ou Israel: “Ah! Porque aquele dia é tão grande, que não houve outro semelhante! E é tempo de angústia para Jacó; ele, porém, será salvo dela”—isto é, depois de sofrerem.

A própria terra será abalada com agitações cataclísmicas durante o período do juízo de Deus sobre toda a humanidade referido em muitas passagens das Escrituras como “o dia do Senhor.” Ele vai culminar com o retorno e reino de Cristo.

O profeta Zacarias proclamou a mensagem de Deus quanto a este juízo: “Eis que vem o dia do Senhor . . . Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém . . . E o Senhor sairá e pelejará contra estas nações, como pelejou no dia da batalha. E, naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o oriente. . .então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos contigo . . . E o Senhor será rei sobre toda a terra” (Zacarias 14:1-5, 9).

Jesus Cristo, Aquele que os israelitas conheciam como Deus no Antigo Testamento (ver João 8:58, 1 Coríntios 10:4), cumprirá esta profecia. (Veja o capítulo intitulado “Deus Pai, Jesus Cristo e o Espírito Santo”, começando na página 4.)

Em submissão à vontade de Deus Pai, Jesus vai sentar-se no trono do rei Davi, Seu ancestral humano, governando de Jerusalém sobre Israel e sobre as nações gentias (Isaías 9:7; Jeremias 3:17, 23:5; Lucas 1:32; Romanos 15:12), estabelecendo, literalmente, o Reino de Deus como um governo mundial—“um reino que não será jamais destruído . . . e será estabelecido para sempre” (Daniel 2:44).

Durante os primeiros 1.000 anos deste reinado, Cristo inaugurará “os tempos do refrigério . . . tempos da restauração de tudo” (Atos 3:19, 21). Esta era vindoura, o maravilhoso mundo de amanhã, será um tempo de paz, retidão, justiça, e abundância (Amós 9:13-14, Isaías 2:2-4; 11:1-9; Miquéias 4:1-5). O inimigo de Deus e da humanidade, Satanás, o diabo, será banido durante esse período (Apocalipse 20:1-3). (Veja o capítulo intitulado “Satanás, o Diabo”, começando na página 11.)

Jesus vai ser assistido no Seu reino pelos santos—Seus seguidores fiéis de todos os períodos da história humana, que serão ressuscitados quando Ele retornar. Eles se tornarão filhos imortais de Deus (1 Coríntios 15:50-53), ascenderão para se encontrar com Cristo nos ares (1 Tessalonicenses 4:17) e juntar-se-ão a Ele na conquista das nações rebeldes da terra e no estabelecimento do Reino de Deus (Salmo 149:5-9; Apocalipse 5:10,

20:6). É-nos dada a garantia de que em Cristo “os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade” (Daniel 7:18).

O Milênio será seguido por uma breve libertação de Satanás, como uma lição importante para a humanidade, e depois a sua remoção permanente (Apocalipse 20:7-10). Logo a seguir à remoção permanente de satanás, virá outra ressurreição por meio da qual todos os que já viveram, serão dados a oportunidade de ser salvos e receber a vida eterna (versículos 5, 11-12). E, após esse período, virá a destruição permanente no lago do fogo dos ímpios incorrigíveis, aqueles que finalmente se recusarem a arrepender-se (versículos 13-15; 21:8). (Veja o capítulo intitulado “As Ressurreições e o Juízo Eterno”, começando na página 65.)

Finalmente, o ambiente terrestre será transformado em “um novo céu e uma nova terra” (Apocalipse 21:1) e a gloriosa cidade de Nova Jerusalém descerá do céu para a terra, juntamente com Deus Pai, que na última habi-tará com Seus filhos, agora imortais (versículos 2-3). “E Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem cla-mor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas” (versículo 4).

Esta é a culminação do plano de salvação de Deus, quando Cristo “tiver entregado o Reino a Deus, ao Pai . . . Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de Seus pés. Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte” (1 Coríntios 15:24-26). Os filhos imortais de Deus, submissos a Cristo e ao Pai, então herdarão “todas as coisas” (Apocalipse 21:7)—o universo inteiro. (Veja o capítulo intitulado “O Propósito de Deus para a Humanidade”, começando na página 53.) E “do incremento deste principado e da paz, não haverá fim” (Isaías 9:7).

Esta é a salvação impressionante pela qual esperamos—que começará no retorno glorioso do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. “Porque ainda um poucochinho de tempo, e o que há de vir virá e não tar-dará” (Hebreus 10:37). Como Ele declara no último capítulo da Bíblia: “E eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo para dar a cada um segundo a sua obra” (Apocalipse 22:12). Sim, Jesus Cristo está vol-tando. O Rei está vindo—em breve! Então, nas palavras de Hebreus 10:23, “retenhamos firmes a confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu.”

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Revelado; Você Pode Entender a Profecia Bíblica; Estamos Vivendo no Tempo do Fim?

O Retorno de Jesus Cristo e o Vindouro Reinado

Quem somos: Esta literatura é distribuída gratuitamente pela Igreja de Deus Unida, uma Associação Internacional, que tem ministros e congregações em muitas partes do mundo.

Nós encontramos as nossas raízes na Igreja que Jesus fundou, no início do primeiro século. Seguimos os mesmos ensinamentos, doutrinas e práticas que então foram estabelecidas. A nossa incumbência é a de proclamar o evangelho do vindouro Reino de Deus por todo o mundo, como uma testemunha, e de ensinar todas as nações a observar o que Cristo ordenou (Mateus 24:14; 28:19-20).

Gratuito: Jesus Cristo disse: “de graça recebestes, de graça dai” (Mateus 10:8). A Igreja de Deus Unida oferece esta e outras publicações gratuitamente, como um serviço educacional no interesse público. Nós o convidamos a pedir a sua subscrição gratuita da revista A Boa Nova e a inscrever-se no nosso Curso de Ensino Bíblico, de 12 lições, também livre de custos.

Estamos agradecidos pelos generosos dízimos e ofertas dos membros da Igreja, e doutros colaboradores, que voluntariamente contribuem para o suporte desta obra. Não solicitamos fundos do público em geral. No entanto, aceitamos de bom grado contribuições em ajuda a compartil-harmos esta mensagem de esperança com outros. Todas as receitas são auditadas por uma firma independente de auditoria.

Conselho pessoal disponível: Jesus ordenou os seus seguidores para apascentar as Suas ovelhas (João 21:15-17). Para ajudar a cumprir esta instrução, a Igreja de Deus Unida tem congregações à volta do mundo. Nelas os crentes reúnem-se para serem instruídos segundo as Escrituras e para confraternizarem.

A Igreja de Deus Unida empenha-se em entender e praticar o Cristian-ismo do Novo Testamento. Desejamos compartilhar o estilo de vida de Deus com os que ardentemente buscam adorar e seguir o nosso Salva-dor, Jesus Cristo.

Os nossos ministros estão disponíveis para aconselhar, responder a questões e explicar a Bíblia. Se desejar contactar um ministro, ou visitar uma das nossas congregações, queira sentir-se à vontade para contactar o nosso escritório mais próximo de si.

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