Crescimento de Igreja Dicas Importantes

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    MMMAAANNNUUUAAALLLDDDEEE

    CCCRRREEESSSCCCIIIMMMEEENNNTTTOOODDDAAAIIIGGGRRREEEJJJAAA

    Retirado de Juan Carlos Miranda em seu livro Manual de crescimento da igrejaInstituto de Crescimento de Igreja

    SALT-IAENE

    AS ESCRITURAS E A VONTADE DE DEUS

    Ide, portanto, fazei discpulos de todas as naes, batizando-os em nome do Pai, doFilho e do Esprito Santo, ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado.

    Eis que estou convosco todos os dias at a consumao dos sculos. (Mt. 28:19,20).Aqui esto as Escrituras. Aqui est a vontade de Deus. Todos os crentes a chamam

    de a Grande Comisso, e, em uma medida ou outra, tratamos de cumpri-la, mas muitas

    vezes, nos intimidamos. David Haney, em seu livro Renueva mi Iglesia (Renova minha

    Igreja), disse: No cumprimos a Grande Comisso. Nossa verso abreviada da GrandeComisso diz: Ide por todo mundo e fazei discpulos (a termina a leitura). Alguns batistas

    e discpulos de Cristo dizem: Batizando-os. E terminam a. No creio que a omisso seja

    monoplio destas denominaes; acho que todos ns nos intimidamos.Temos evidncia escriturstica de que a Igreja do primeiro sculo funcionava no

    estrito cumprimento da Grande Comisso. Vejamos seu exemplo logo perceber como osensinamentos do crescimento da Igreja esto baseados nas Escrituras e na vontade de Deus.

    Quatro formas do crescimento da Igreja

    Aprendi desde os meus primeiros passos neste movimento de crescimento da Igreja,

    e nos ltimos anos em que tenho ensinado esta matria, o que devo ter compartilhado com

    10 ou 12 mil pastores e lderes latino-americanos, que existem quatro formas deCrescimento de Igreja, e que elas so baseadas nas experincias da Igreja do primeiro

    sculo.

    Em primeiro lugar, encontramos no captulo 2 do livro de Atos, que havia umCrescimento Espiritual; perseveravam na doutrina, cresciam verticalmente em comunhocom Deus. Depois de poucas horas, aquele grupo de 120 homens e mulheres que estava no

    cenculo (e isto sem dvida incluam os 11 discpulos que tinham permanecido) havia semultiplicado, chegando a 3.120. Como teriam essas 120 pessoas solucionado o problema de

    um crescimento to rpido? Em qu auditrio ou estdio se reuniriam? E as crianas, o que

    fariam com elas? As Escrituras no do respostas a estas perguntas, mas dizem que

    perseveravam na doutrina. Tenho certeza de que no nos dito como a fim de enfatizaro que faziam. De acordo com essa experincia e com o que hoje ensinamos no

    Movimento de Crescimento da Igreja, o crescimento espiritual era imprescindvel. No

    podia haver outro crescimento sem esta base. Partindo da, conclumos que a nfase no

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    est s em nmeros, mas colocada em todo aspecto do indivduo e da Igreja. A

    maturidade crist e a revelao vertical com Deus so o princpio de todo crescimento.

    Em segundo lugar, havia um crescimento corporativo. Cresciam no Corpo deCristo, a Igreja; cresciam juntos na comunho entr4e si, por isso, Atos 2:44 nos diz:

    Todos os que creram estavam juntos. A koinonia da Igreja do primeiro sculo deve

    contagiar nossas congregaes de modo que reine a unidade e no a diviso dos crentes.Sem dvida, temos de ter cuidado para que koinonia no venha a se transformar em

    Koinonite. Esta ltima uma enfermidade que muitas de nossas Igrejas padecem e

    algumas j morreram deste mal.Temos tantas koinonias com os irmos que nos concentramos em nossa

    edificaes e perfeio e nos esquecemos das almas que esto se perdendo. Nosso mal estem engordarmos espiritualmente e deixar o mundo que nos rodeia a morrer de fome pelas

    coisas de Deus e pela possibilidade de conhec-lo com seu Salvador pessoal. No caso da

    Igreja de Atos, finalmente a perseguio com as koinonites, e ento a Igreja comeou acrescer geograficamente.

    Em terceiro lugar, aquela tinha Crescimento Socialsegundo nos diz o versculo 47:... contando com a simpatia de todo o povo, cresciam para fora: aqueles que os rodeavam,

    a vizinhana, estavam vendo o que acontecia. Quero pensar que tambm eles se ocuparamdaquilo que, mais tarde, apresentaremos como o mandato cultural, o Ministrio Social. O

    testemunho no se limitava pregao ou comunho dos irmos, mas eles estavam

    ocupados com os problemas dos que buscavam a satisfao de suas necessidades nestemovimento espiritual.

    Sem dvida, muitos haviam escutado o Mestre. Haviam sido curados ou

    alimentados, e agora buscavam nos seguidores de Cristo o respaldo necessrio.Suponhamos que muitos vieram pelos pes e peixes. Esperamos que tenham recebido

    muito mais que isso.

    Por ltimo, o mesmo versculo 47 nos fala de um Crescimento Numrico. ...Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos... Eles

    cresciam mais e mais. Como resultado eficaz das atividades individuais e coletivas da

    Igreja e do que ela estava semeando, agora o Senhor lhe dava o Crescimento. A hora da

    colheita havia chegado. Este era o comeo , j que a descrio do escritor bblico nos dizque esse perodo de uns 30 ou 40 anos a Igreja experimentou o seguinte crescimento

    numrico:

    Atos 1:15 - 120 estavam reunidos.

    2:41 - 3000 foram acrescentados.

    4:4 - 5000 homens agregados.5:14 - aumentavam em grande nmero.

    6:1 - crescia o nmero dos discpulos.

    6:7 - discpulos se multiplicavam.

    6:7 - muitos sacerdotes obedeciam f.8:5-25 - o grande avivamento em Samaria.

    9:31 - as Igrejas na Judia, Galilia e Samaria multiplicavam-se.

    9:32-42 - os que viviam em Lida e Sanora (todos se converteram).11:21,24,

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    - um movimento espiritual e de salvao em Antioquia.

    12:24 - a palavra do Senhor crescia e se multiplicava.

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    Esta a concluso do que poderamos chamar de a primeira parte do livro de Atos.

    O restante do livro apresenta a perseguio, as viagens do apstolo Paulo e outras

    atividades que tinham haver com a expanso da Igreja. Vejamos o que ocorreu com essecrescimento geogrfico e numrico:

    Atos 13:43-44 - Antioquia da Pisdia.48-49 - Muitos (v. 43) creram todos (v. 48)

    14:20-21 - Derbe muitos.

    16:5 - Galcia aumentando em nmero dia a dia.17:4 - Tessalnica numerosa multido.

    17:12 - Beria muitos creram.18:8-11 - Corinto tenho muito povo nesta cidade.

    28:24 - Roma alguns admitiam.

    28:30-31 - Recebia a todos que o procuravam.

    E com se fosse para dar um retoque final a este conjunto de maravilhas que o

    Senhor estava fazendo, vemos em At. 21:20, as palavras de Tiago: Bem vs, irmo,

    quantas dezenas de milhares h entre os judeus que creram. Tudo isso nos permite ver ointeresse que o escritor teve em demonstrar os resultados da obra do Senhor. Sofreria ele do

    que alguns chamam de numerolatria? No creio. Mas de uma coisa estou seguro, ele no

    sofria de numerofobia. O Crescimento quantitativo e a expanso geogrfica soimportantes luz daquilo que apresentado no Novo Testamento.

    H poucos dias, um crtico do Movimento de Crescimento da Igreja em uma de suas

    aulas, falando do relato das portas larga e estreita disse sarcasticamente: Se a porta estreita por onde passar tanta gente que os adeptos do Movimento de Crescimento da

    Igreja pretendem ganhar? Minha resposta seria que, se Lucas encontrou e nos mostrou

    todos os que entraram pela porta estreita no livro de Atos no tenho dvida de que o Senhortambm ter lugar para todos os queiram entrar hoje tambm. Muitas vezes, mais estreita

    a mente do que no cumprem nem desejam cumprir a Grande Comisso.

    Uma vez mais queremos repetir: o Crescimento da Igreja no tem uma nfase nica

    e exclusiva em nmeros; estamos interessados no crescimento integral. Por isso, veremosagora como se desenvolveu o crescimento qualitativoda mesma igreja que, como notamos,tambm cresceu quantitativamente.

    Atos 1:14 - Todos estes perseveravam unnimes.

    2:1-4 - Ficaram cheios do Esprito Santo.

    2:42 - Perseveravam na doutrina dos Apstolos.2:46-47 - Diariamente, perseveraram unnimes no templo.

    4:20 - Porque no podemos deixar de falar das cousas que vimos e

    ouvimos.

    4:24 - Levantaram unnimes a voz a Deus.4:31 - Tendo ele orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos

    ficaram cheios do Esprito Santo.

    4:32 - Da multido dos que creram era um o corao e a alma.12:24 - A Palavra do Senhor crescia e se multiplicava.

    13:49 - E divulgava-se a Palavra do Senhor por toda aquela regio.

    13:52 - Os discpulos, porm, transbordavam de alegria e do Esprito

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    Santo.

    16:5 - As igrejas eram fortalecidas na f.

    17:11 - Examinando as escrituras todos os dias.18:8 - Tambm muitos dos corntios, ouvido, criam e eram batizados.

    19h20min - Assim a Palavra do Senhor crescia e prevalecia poderosamente.

    21h19min-20 - E tendo-os saudado, contou miraculosamente o que Deus fizeramentre os gentios por seu ministrio.

    O Crescimento Qualitativo requisito e responsabilidade de cada crente. A quantidade equalidade no esto em plos oposto, mas complementam-se; so efeito da mesma cauda e

    necessitam um do outro. O mesmo Senhor Jesus Cristo que ele no se comprazia em:

    Sair a pescar sem recolher (bom pescado). Lucas 5:4-11.

    Mesas vazias em um banquete (gente disposta). Lucas 14:15-23.

    Semeadura sem colheita (a melhor qualidade de colheita). Mateus 13:3-9.

    Uma figueira sem frutos (Bons frutos). Lucas 13:3-9.

    Uma ovelha perdida que no tenha sido trazida ao aprisco (dcil). (Mateus 18:11-14.

    Moeda perdida que no seja encontrada (de bom valor). Lucas 15:8-10.

    Frutos maduros que no tenham sido colhidos (bom fruto). Mateus 9:36-38.

    Proclamao sem resposta (resposta que busca saber mais). Mateus 10:14.

    Em cada uma dessas situaes, podemos dizer que o Senhor esperava resultados

    concretos, mas, creio tambm, esperava boa qualidade nesses resultados.

    TRS CARACTERSTICAS DO CRESCIMENTO DA IGREJA

    Todo movimento espiritual tem suas caractersticas particulares. O Movimento de

    Crescimento da Igreja tambm as tm. So caractersticas bblicas que, muitas vezes, soesquecidas e postas de lado por igrejas ou indivduos. A primeira uma caracterstica de

    obedincia. Trata-se dacon,duta do Reino e, portanto, cada crente deve crescer emobedincia. E certo que cada pessoa obedece ao chamado do Senhor, quando O aceita comoSalvador. Mas isso no termina a; existe um ciclo completo a ser seguido, e dele devemos

    participar.

    Obedincia tem a ver com o senhorio de Cristo em nossas vidas.

    A Palavra muito clara: Nem todo o que me diz Senhor, Senhor! entrar no Reinodos Cus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que est nos ceus (Mt 7.21). Osenhorio de Cristo em nossas vidas deve ser mais do que verbal; deve ser de obedincia

    vontade do Pai. O Senhor no quer que nenhum perea (2 Pe 3.9). Ns somos os

    embaixadores para levar essa mensagem de salvao. Fazmo-lo no por obedecer umdever humanista e sim por obedecer ao mandamento divino. Quando os filhos de Deus

    exercitam a obedincia ao levar a mensagem das boas novas do Salvador, a igreja cresce e

    se expande. E o resultado lgico. Se no h obedincia, no h crescimento. Obedincia em

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    seguir o Mestre: Toma a tua cruz e segue-me. Quaisquer que sejam as conseqncias,

    devemos ser fiis e obedientes em proclamar o evangelho.

    Obedientes em buscar e encontrar os perdidos. O Dr. Donald McGavran fala da teologia debuscar e encontrar os perdidos. Muitas vezes temos exercitado uma teologia de buscar e

    paramos a. Devemos seguir em frente e encontrar. Esse tipo de obedincia a que o

    Senhor requer de ns.Obedincia em alimentar os novos bebs espirituais. No podemos deix-los morrer

    de fome. na sala de partos. O apstolo Pedro, depois que o Senhor ressuscitou, recebeu as

    seguintes instrues: Apascenta os meus cordeiros; apascenta as minhas ovelhas.Talvez nunca possamos encontrar o limite daquilo que devemos fazer em obedincia, mas

    devemos exercit-lo. Os resultados do que fazemos para o Senhor nos ajudaro a ver o graude obedincia que praticamos. Por seus frutos os conhecereis.

    Com as palavras de McGavran, dizemos: A teologia de misses, recordando queDeus Um, deve ver o equilbrio entre o Deus que busca e o Deus que encontra.

    Teologicamente, no se pode permitir ao crente que suas intenes sejam unicamente debuscar, ainda que, em alguns lugares, parea que isso tudo o que podemos fazer...

    Cristo veio encontrar e salvar o perdido. E o que a Igreja de Cristo deve fazer2 O

    Movimento de Crescimento da Igreja, neste sentido de obedincia ao Rei, tambm seconcentra no mandato evangelstico. Por Ele somos ordenados a fazer discpulos de todas

    as naes e o nosso dever fazer todo o possvel para que as pessoas sejam persuadidas a

    crer no Senhor Jesus Cristo, aceitando-O como seu Salvador pessoal. Se este nosso dever,devemos cumpri-lo.

    A segunda caracterstica do Crescimento da Igreja O tismo. Trata-se de um

    pragmatismo consagrado. O dicionrio define a palavra assim: critrio fundado nosresultados prticos.3 Creio que todos entendemos o que significa consagrado e como

    podemos combinar os dois elementos para cumprir a tarefa divina. Esta a maneira como

    Crescimento da Igreja o interpreta. No significa esse tipo de pragmatismo que trata aspessoas como objetos e as desumaniza. No pragmatismo que compromete os princpios

    doutrinrios e ticos da Bblia ou do reino. Tem a ver especialmente com metodologia,4

    disse o Dr. Pedro Wagner; e o Dr. McGavran acrescenta: Quanto aos mtodos, somos

    pragmticos furiosos.5 Uma vez mais dizemos, pragmatismo consagrado, j que o usamosem obedincia a Deus e o propsito final o de dar glria e honra a Ele. O mesmo Dr.

    Pedro Wagner fala que existem trs razes pelas quais surge este pragmatismo consagrado:

    Cultural, histrica e teolgica.6Dentro das razes culturais, devemos ver que, em geral, pelo menos no ambiente

    americano (desde o polo norte ao sul), cada um trata de ser prtico no que defende. Todavia

    os que criticam o pragmatismo do Crescimento da Igreja, so pragmticos em sua prpriasconcepes, mesmo as que tm a ver com o mandato cultural. Quanto s razes

    histricas, podemos defini-las com base na experincia; vemos mtodos, os quais Deus tem

    abenoado, e outros, que no tm a bno divina. Encontramos mtodos que, em seu

    tempo, trouxeram muitas bnos, mas agora j no as trazem; mtodos que foramabenoados em alguns lugares, e em outros no. Algo difcil de entender para as

    denominaes e suas respectivas Juntas Missionrias o porque de seus programas

    mundias no terem o mesmo xito em todo lugar? Aqui, existe no somente um aspectohistrico, mas tambm pode-se incluir o aspecto cultural.

    No que concerne razo teolgica, temos referncias bblicas sobre o pragmatismo.

    No Antigo Testamento encontramos Neemias que em 52 dias construiu os muros de

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    Jerusalm, estando ainda debaixo do ataque inimigo. No Novo Testamento, na carta aos

    hebreus, vemos que a crucificao era uma ao pragmtica determinada. O mesmo

    apstolo Paulo, em sua meta de levar a salvao e cumprir o mandato evangelstico, estavadisposto a ser pragmtico para que de todos os modos salve a alguns (1 Co 9.19-22).

    Suponhamos que devemos entender esta passagem de um ponto de vista consagrado.

    Todavia quando lemos a parbola da figueira estril, em Lucas 13.6-9, vemos que oresultado prtico era o fruto. Quantas coisas infrutiferas fazemos? Podemos seguir os

    passos da parbola e ver se no tempo de eliminar esse mtodo e buscar outro que d

    frutos.A terceira caracterstica a de otimismo. Como necessitamos disto! Parece que as

    hostes do Senhor exrcito em campanha, sofrem de demasiado pessimismo. Envolvemo-nos em tantos argumentos e discusses, que terminamos esgotando nossas energias,

    consumindo nosso entusiasmo e nos sentindo perdedores, antes de sair para a batalha. O

    Senhor disse em Mateus 16.18: Edificarei a minha igreja. Este um sentimento detriunfo. O Senhor triunfar, Ele ser o vencedor e eu quero estar ao Seu lado.

    Em meus seminrios na Amrica Latina, ao chegar neste ponto, pergunto quais so

    os simpatizantes de uma ou outra equipe de futebol ou do esporte preferido do pas.

    Geralmente so citadas duas ou trs equipes das quais quase todos so torcedores. Logopergunto quem est ganhando o campeonato nacional. Invariavelmente uma das

    mencionadas. Pergunto quem o ltimo no campeonato... nenhum dos presentes simpatiza

    com essa equipe. Isso me d a base para afirmao de que ningum quer pertencer aosperdedores, mas sim aos ganhadores. No que se diz respeito obra de Deus, eu e voc

    queremos pertencer equipe ganhadora, a equipe daquele que disse: Edificarei a minha

    igreja.Otimismo baseado nas promessas do Senhor e nesta f que, como crente, devo

    exercitar. F que pode triunfar. F que me ajuda a crer. Aceitar que tudo possvel ao que

    cr (Marcos 9.23). Desejo ter uma f como a do Dr. Roberto Schuller, do estado daCalifrnia, EUA. Para ele, f no s teoria. Deus o levou desde Iowa at a Califrnia com

    a esposa e uns quinhentos dlares, em 1955. Hoje, muitos o criticam por sua Catedral de

    Cristal e seus 10.420 membros (recomendamos a leitura de seu livro Su Iglesia Tiene

    Posibilidades [Sua Igreja Tem Possibilidades]. Nem tudo aplicvel situao na qualvoc e eu estamos, mas ele nos motiva e ajuda-nos a estarmos ao lado do Ganhador, Cristo

    Jesus). O Dr. Schuller tem sido criticado por muitas coisas; a ltima que escutei foi que

    seupensamento possibilstico baseado no pensamento positivo do Dr. NormanVincent Peale. Eles podem ser parecidos. Schuller admira Vincent Peale, mas sua base est

    no texto mencionado em Marcos 9.23. Para ele, este seu estilo de vida. E f em ao. Eu

    mesmo noifou de acordo com tudo o que Schuller faz e como faz, especialmente quanto aosentido ou direo que ele d ao trabalho missionrio em sua igreja, mas devo tirar o

    chapu para a sua f e seu pensamento possibilstico. Desejaria que os crticos

    mostrassem o que eles fariam desde 1955, se tivessem somente 510.dlares.

    Alguns dizem que puro espetculo. Fico a pensar em uma igreja com esse rol demembros, com uma freqncia de mais de seis mil pessoas cada domingo de manh e com

    dez pastores, alm de Schuller. Para eles, e como descrio do seu trabalho, seja como

    Ministro de Evangelizao, Educao Crist, Aconselhamento, etc., o objetivo maisenfatizado o de retrucar, treinar, motivar, supervisionar e encarregar os lderes leigos para

    que faam a obra do ministrio (Ef 4.12). Tambm h 1.500 lderes leigos que participam

    toda semana em visitao, aconselhamento e estudos bblicos. Existe o Instituto Bblico

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    prprio onde estes 1.500 obreiros se preparam. Todos os professores de sua Escola

    Dominical devem ter 96 horas de aulas bblicas. Depois disso, devem completar 224 horas

    em especializao para receber suas credenciais de ministro leigo. Tenho conhecido muitosde seus mestres e so mais preparados que muitos de nossos pastores. E isto requisito e

    no opo. Assim, poderamos falar de outras coisas que ali ocorrem e que edificam a

    Igreja do Senhor. Se isso espetculo... eu diria... vamos v-lo todos os domingos, talvezaprendamos algo.

    Desejo ter a f e o otimismo do pastor Javier Vazques, em Santiago do Chile, onde

    em sua igreja, depois que os lugares se esgotam, pessoas de p, em filas de trs, escutamatentamente. No muito fcil quando a assistncia chega a 18.000 pessoas e h um coro

    de 2.000 vozes que emociona; a msica do acordeo, guitarras, violinos e bandolins fazvibrar! Talvez voc e eu no estejamos de acordo com tudo o que ali se faz e como se faz.

    Talvez achemos ser uma lstima o fato de que tanta gente aglomerada nos corredores

    impea que se faa um apelo e um convite para que as pessoas venham frente e faamuma orao de deciso, obrigando-as a permanecerem ajoelhadas em seus prprios lugares,

    sem poder sequer estender a mo ao pastor ou evangelista. Que problema maravilhoso!

    Existem classes e grupos por toda a cidade e vizinhana, um rol de membros de

    mais de 100.000 pessoas reconhecidas que esto causando um impacto no Chile. O pastorVazquez fala confiante- mente que o Chile ser de Cristo. Ele pode diz-lo com justa

    razo. Ele tem mais de cem mil boas razes, que Deus pode usar para levar o evangelho a

    todo o pas. A estrutura e cadeia de comando para o trabalho evangelstico, talvez, notenham justificativas teolgicas para muitos, mas tm um efeito que difcil de calar. Se

    isto tambm espetculo, vamos assisti-lo todos os domingos.

    Assim poderamos continuar com muitas outras igrejas em outros pases latino-americanos. Iramos ao redor do mundo e veramos o que o Senhor est fazendo. E o que

    falar da igreja do Dr. Cho na Coria? Para que ir to longe? Sem dvida, o Senhor est

    trabalhando ao redor de sua casa. O otimismo que encontramos nestes tipos de igrejasmencionadas, onde no existe somente crescimento numrico, mas tambm um crescimento

    qualitativo por excelncia, o tipo de otimismo que o Crescimento da Igreja reclama como

    uma uma de suas trs caractersticas.

    Recordemos que a quantidade faz a extenso da igreja e a qualidade faz a largura.Se voc multiplicar essa extno pela largura, chegar ao crescimento integral.

    O Que Deus Espera de Ns

    As Escrituras so muito claras em nos mostrar a vontade de Deus para cada um de

    ns. Muitas verdades podem ser aplicadas tanto individual como coletivamente. Nocaptulo 15 do Evangelho de Joo, encontramos uma delas. Cada um de ns, como parte de

    nosso dever cristo, deve produzir frutos. Quando nosso fruto somado ao dos demais e

    posto no celeiro (a igreja), podemos ver os resultados. Toda igreja local tem no somente o

    potencial, ms tambm o dever de evangelizar e crescer. O mandamento do Senhor para aIgreja que ela deve estender-se. Para faz-lo, Ele tem dado a cada um de ns, membros do

    Corpo de Cristo, os recursos e os dons para cumprirmos essa tarefa. Para poder dar frutos,

    a evangelizao bblica deve ser o estilo de vida de cada membro da congregao local.Deus espera que levemos adiante este estilo de vida crist, e aquilo que Ele espera de ns

    deve ser a motivao constante de cada crente fiel.

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    Quando estudamos a passagem de Joo 15.1-17 vemos que o Senhormesmo d uma

    explicao, uma interpretao e uma aplicao. Na explicao, usando uma linguagem

    figurada, o Senhor explica a relao que existe entre o lavrador, a videira, os ramos e ofruto. Na interpretao, identificam-se os seguintes personagens: o agricultor, que o Pai

    Celestial; a videira, que o prprio Senhor; os ramos, os discpulos; e os frutos, que

    deveriam ser permanentes. Assim, na aplicao percebemos que Ele fala claramente doresultado da unio entre o divino e o humano; o resultado duplo: fruto abundante e

    permanente. Mas necessrio que possamos ir alm do ensinamento para que vejamos qual

    a lio importante desta passagem. De acordo com os versculos 2 e 8, o que interessa aoagricultor o fruto. A palavra que sobressai aqui fruto. Ela mencionada seis vezes. Com

    o risco de ser criticado, diria que a no fala de melhorar, nem do cultivo dos ramos. Emoutras palavras, no fala das qualidades dos ramos. Considero que isso importante e at

    poderia estar implicado na anlise dos resultados. O que est muito claro que o agricultor

    busca fruto em abundncia. Sendo fruto que se pode contar, mensurvel; a Escritura diz:Fruto, mais fruto, muito fruto. Indica um aumento cada vez maior. Por suposio,devemos notar que o fruto resultado de bons ramos e, por sua vez, fruto permanente,

    inseparvel dos ramos. Isto indica um ciclo completo da graa de Deus trabalhando, e a

    reproduo em discpulos para que constantemente dem frutos que se reproduzam.O Dr. George Peter, ao referir-se a esta passagem, disse: Os apstolos do Senhor

    Jesus Cristo certamente podem ser caracterizados como dando frutos em toda boa obra.

    Neles se cumpriram as palavras de Cristo tanto na eleio soberana de Deus como na fielresponsabilldade deles, quando o Senhor lhes disse: No fostes vs que me escolhestes a

    mim; pelo contrrio, eu vos escolhi a vs outros e vos designei para que vades e deis frutose o vosso fruto permanea (Jo 15. 16).

    De acordo com isto, uma das caractersticas do bom discpulo, dar frutos em toda

    boa obra. O discpulo do Senhor tem uma norma bsica: a prova de ser um discpulo

    verdadeiro a produo de frutos. Mais adiante, neste livro, vamos falar da misso daigreja, relacionada com o mandato evangelstico, mas aqui podemos ver que a misso de

    um discpulo dar fruto abundante e permanente, ou seja, cumprir esse mandato

    evangelstico. No haver reproduo a menos que evangelizemos. Devemos sair das

    quatro paredes dos nossos santurios e evangelizar. A orao de cada crente deve ser nosentido de poder dar muitos frutos e frutos que permaneam.

    Este nosso privilgio como filhos de Deus. Fomos eleitos por Cristo para

    permanecer nEle e glorificar ao Pai, dando muito fruto (v. 8), e produzir fruto permanente,reproduzindo discpulos (v.16). H outra coisa que eu possa fazer para que haja ua maior

    qualidade e maior quantidade de frutos nos celeiros celestiais?

    A Meta Bblica

    Como terminamos de ver, cabe-nos a tarefa de fazer discpuls. Quando lemos

    Mateus 28.18-20, observamos que o imperativo central da Grande Comisso fazerdiscpulos. Isto significa trazer homens e mulheres, que no conhecem nada de Cristo e sua

    Igreja, a uma relao salvadora de f e compromisso total.

    Fazer discpulos envolve pessoas. Cristos responsveis que se multiplicam, sopessoas que se entregaram a Cristo e a Seu comando para tornar outras pessoas discpulos

    tambm, e relacion-las com as comunidades de pessoas crists, denominadas igrejas8. Os

    outros verbos que encontramos na Grande Comisso so: indo, batizando e

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    ensinando. So gerndios que devem ser entendidos com a auda do imperativo, neste

    caso, fazei discpulos.

    Cada palavra indica uma atividade que deve se realizar para completar o imperativo.Os discpulos devem cumprir o indo, batizando e ensinando. No podemos deixar de

    lado nenhuma atividade sem limitar o esforo de fazer discpulos. E um processo contnuo

    pelo qual os homens que se convertem a Jesus Cristo relacionam-se entre si e chegam a sermembros responsveis e reprodutivos da igreja. Esses discpulos saem a fazer outros

    discpulos, batizando-os, ensinando-os e relacionando-os, igualmente com a igreja.9 (Veja

    diagrama 1).No Instituto de Evangelizao e Crescimento da Igreja Charles E. Fulier, pelo

    manual Bases Biblicas para el Iglecrecimiento (Bases Bblicas Para o Crescimento daIgreja), temos desenhado o que chamamos o Diagrama de Ciclos Humanos.1 Isto nos

    ajuda a ver que existem reas progressivas de atividades que devem ser levadas at o fim

    para se alcanar a meta. Trata-se de uma realidade em qualquer movimento de pessoas emum grupo. Se desejarmos que elas participem do processo ativamente, partiremos para trs

    etapas: (1) recrutamento para o grupo; (2) unio com o grupo; e (3) preparo do grupo para

    uma participao ativa. As trs etapas so necessrias ao grupo, para formar membros

    responsveis. Se deixarmos uma dessas etapas de lado, o crescimento do grupo se deter(veja pgina seguinte).

    Neste diagrama temos o ponto de vista bblico, cuja meta fazer discpulos

    responsveis. Depois, o ponto de vista eclesistico, cuja meta fazer membrosresponsveis. Em seguida, o ponto de vista de conduta objetiva, cuja meta o

    compromisso responsvel dos discpulos. Por ltimo, o ponto de vista sociolgico, o qual

    nos mostra de onde viemos ou para onde vamos. Sua meta a de filhos responsveis. Emgeral, o que tem sido chamado de evangelizao entre ns, tem representado o esforo

    em instruir para a atividade de ver bebs nascerem. O processo de criar filhos

    responsveis realmente comea quando dois personagens iniciam um noivado, depois vemo processo do compromisso, casamento, gestao e continua deps do nascimento dos filhos,

    atravs da incorporao na famlia e instruo em habilidades sociais e acadmicas, at qe o

    ciclo comece outra vez. Isso ilustra como o processo de ciclo completo necessrio tanto

    na vida cotidiana como na vida espiritual. Este diagrama pode avaliar o futuro de qualquerprograma equilibrado de crescimento. Se concretizar-se um ciclo completo, haver

    resultados; as metas sero alcanadas.

    Do ponto de vista eclesistico, o imperativo bblico de fazer discpulos toma lugarnum contexto social, que uma combinao do processo anterior. No primeiro contato com

    a igreja, a pessoa no-convertida resiste a ns da mesma maneira e pelas mesmas razes

    emocionais. Por exemplo, percebendo que o contato inicial foi efetivado, por intermdio deum evento musical, devemos levar as pessoas atravs de todo o processo. Quando a pessoa

    passa para essa etapa, comea ento a escutar a nossa mensagem. Ela deve aceit-la e fazer

    um compromisSo com Cristo, antes de comear a incorporar-se ao rol de membros da

    igreja. Uma vez que tenha se comprometido com Cristo e com o CorP0, ela tambm farum compromisso com a obra de Cristo no mundo. Durante esta etapa comear um novo

    ciclo, O discpulo o agente e o objeto da Grande Comisso: fazendo, batizando e

    ensinando, embora ele mesmo seja ensinado.No livro Sua Igreja Precisa Crescer, do Dr. Virglio Gerber, ele se expressa

    assim: A meta da evangelizao no se atinge at que estes novos convertidos cheguem a

    ser cristos reprodutivos, completando o ciclo e garantindo o processo contnuo de

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    evangelizao e crescimento da igreja. A meta fundamental da evangelizao no Novo

    Testamento , portanto, dupla.

    AEstratgia Bblica As Escrituras no s nos do uma meta que mostra a vontadede Deus para a nossa vida e sua Igreja, mas tambm nos fornecem a estratgia para o

    crescimento da igreja. Elas nos permitem ver a estratgia bblica com base em quatro

    parbolas: dos talentos, dos solos, da colheita e, uma mais, a da grande ceia, que nos ajudaa sermos prticos.

    I. A Parbola dos Talentos (Mt 25.14-30)

    Ajuda-nos a descobrir como o Senhor espera que seus discpulos cheios de poderinvistam suas habilidades especiais (dons) para alcanar a meta mxima e mensurvel

    de um crescimento da igreja. Os talentos so como dinheiro que podemos investir, e assim

    os vemos no diagrama seguinte. Faa seus clculos: maneira como investimos nosso domou dons espirituais, sob o poder e direo do Esprito Santo (estratgia), determina a

    quantidade do resultado. Ele pode ser medido objetiva e estatisticamente. Podem- se contar

    as pessoas tanto como o dinheiro (talento); ambos so qualitativos e quantitativos.

    Por certo, a expanso do nmero de membros no a nica maneira de se obterxito. O uso preciso dos nmeros no Novo Testamento uma maneira, entre outras, que o

    Senhor nos deu para medir o xito ou fracasso e se nossos mtodos tm sido bons ou se

    necessitam ser trocados. Em nosso captulo V, trataremos especificamente dos donsespirituais. Esperamos que isto nos ajude a desenvolver uma estratgia bblica pessoal e

    coletiva que redunde em crescimento.

    II. A Parbola dos Solos (Mt 13.1-23).

    Ajuda-nos a descobrir trs terrenos resistentes e um receptivo, observando osresultados produzidos pela semente plantada. Geralmente esta parbola conhecida como a

    do semeador, mas percebemos que no tem tanto a ver com o semeador, e sim com os

    solos.

    O Dr. Gerber, ao estudar esta parbola, oferece as seguintes consideraes como liesbvias:

    1. Deve-se semear com um alvo definido de obter fruto.

    2. Semear a semente no a meta finaL A semeadura no um fim em si mesma.3. Em termos de resultados, de vital importncia o lugar onde a semente lanada.4.

    A colheita do fruto depender da fertilidade do solo.5. Espalhar a semente em terrenos resistentes trar resultados pequenos ou mesmo

    nenhum resultado.

    6.

    Os solos tm de ser examinados com antecedncia para se determinar sua

    receptividade ou resistncia.7. A semeadura inteligente um requisito bsico para uma colheita abundante.8. O solo considerado de alta qualidade devido sua capacidade de produzir grande

    quantidade de fruto. A qualldade a medida da quantidade, e a quantidade umamedida de qualldade.

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    Devemos recordar que no temos nenhum instrumento nem mtodo perfeito para

    garantir o nvel de recepo da terra, nem sequer podemos prever quanto tempo levar para

    que a semente germine.Baseados na pesquisa dos solos que devemos considerar e noS perguntar onde o

    agricultor concentrar suas energias. Isso nos ajudar a determinar nossa estratgia.

    III. A Parbola da Colheita (Mt 9.37-38)

    Fala-nos que o fruto est maduro e o que falta so os trabalhadores para ceif-lo.Perguntas surgiro. A mais importante talvez seja: Em que os obreiros devem se

    concentrar? Devero eles nivelar a terra, cultivar, cercar o terreno, fertilizar ou podar? Aevidncia que j estudamos em Joo 15 de que devemos nos concentrar nos frutos e a

    colheita deve aumentar.

    O Evangelho Segundo Joo 4.35 relata o meio de se determinar uma estratgia qued resultados. Os frutos devem ser ceifados sem demora. No devemos permitir que os

    frutos e a colheita fiquem e se percam no campo. Eles no devem se perder por falta de

    obreiros, equipamentos, transportes, etc. Isto pode simbolizar ou comparar-se com a

    colheita de almas.Nasci em uma zona agrcola por excelncia. Meu primeiro pastorado foi nessa

    regio. Durante anos vi preciosos frutos perderem-se pelo descuido, falta de estratgia ou

    planejamento para colher, armazenar e transportar as colheitas. Lamentvel! Mas arealidade. Neste mundo, muitos esto se perdendo porque a igreja no v os campos

    prontos para a ceifa.

    IV. A Grande Ceia Parbola prtica (Lc 14.16-23).

    O que podemos fazer quando as pessoas no respondem? Tratamos de ganh-lascom a mensagem de salvao, para que tenham a vida eterna e, sem dvida, elas sempre

    tm uma desculpa que at parece justa.

    Aqui o Senhor nos diz claramente qual a sua meta: Que minha cT cheia.

    Mudos foram os corndados que tiveram o privilgio de serem os primeiros da lista (vv. 16-17). No h tambm muitos, como eles, que passaram por sua igreja e pela minha? Houve

    ainda um segundo grupo convidado (v. 21), do qual evidentemente muitos aceitaram;

    todavia, tiveram de sair para buscar outros e for-los a entrar (v. 23) .A maioria das igrejas passa a maior parte de seu tempo trabalhando com o primeiro

    grupo (vv. 18-21) que no produtivo. Mas se levantarmos nossos olhos e virmos os

    campos brancos para a colheita, creio, comearemos a mudar nossa atitude e estratgia.Destas parbolas aprendemos a lio til para que o ministrio que o Senhor tem posto em

    nossas mos seja mais frutfero e abenoado.

    A ESCALA DE RESISTNCIA RECEPTIVIDADE

    O Crescimento da Igreja no tem sido utilizado unicamente para rever os ensinamentosbblicos e descobrir princpios e estratgias que o Senhor nos deixou para cumprirmos mais

    efetivamente a Grande Comisso; o Crescimento da Igreja tem tambm descoberto a ajuda

    que pode dar s cincias que muito tm a ver com a conduta humana.

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    Destes estudos surge a escala ou o eixo de resistncia e receptividade. George Hunter,

    falando deste instrumento, disse: Tem sido a maior contribuio do Movimento de

    Crescimento da Igreja para a evangelizao mundial desta gerao. Sim, esta umaexcelente contribuio cientfica. Esta escala de resistncia-receptividade ajuda-nos a

    compreender em que posio est a pessoa em relao prontido para receber o

    evangelho.Como voc avalia a atitude das pessoas em relao ao Evangelho?

    A receptividade ou a resistncia para com a f crist em uma circunstncia particularpodem ter variantes diferentes. E o que dizem Dayton e Fraser, ao citarem estas cinco:

    1. Ograu em que aspessoas esto satisteitas em sua vida presente. Se a religio ou aconvico que tm satisfazem suas inquietudes, elas no prestaro ateno nem

    consideraro outra alternativa religiosa.2. O grau em que a vida das pessoas est mudando. Os novos imigrantes e as pessoas

    que Jem ate deixaram sia terra natal esto mais predispostas a recber novas idias.

    Tambm os grupos minorit rios que esto longe de suas comunidades de origem e

    j no esto rodeados pelos amigos que retm sua antiga identidade religiosa.3. A sensibilidade cultural para com a apresentao do evangelho. Uma das maiores

    resistncias encontrada nas pessoas ao redor do mundo causada pela

    insensibilidade cultural dos evangelistas. Muitas vezes pedimos s pessoas queabandonem parte de sua identidade, para poderem se tornar crists.

    4. O agente das Boas Novas. Por causa de sua origem poltica ou tnica, algumaspessoas prestaro mais ateno que outras ao agente evangelizador. Nem sempre apessoa com a melhor instruo melhor evangellsta!

    5. A adaptao do evangelho a formas culturais que esto dominando um grupo socialno presente. Existem alguns costumes que o evangelho no aprova. Sistemasreligiosos super-tradicionais, que se interpe a Cristo, resistiro ao evangelho. Isto

    tambm verdade quanto s pessoas que se enriquecem custa do crime. Isto no

    quer dizer que traficantes de drogas e prostitutas no possam ser ganhos para o

    evangelho. Somente reconhecemos que o prprio sistema ao qual pertencem, ope-se s exigncias do discipulado e isto cria uma resistncia natural ao evangelho.

    O poder de avaliar a resistncia ou receptividade do evangelho bsico para aestratgia evangelizadora. Se a pessoa est muito receptiva, como no caso de Cornio, ela

    est pronta para crer e espera somente a palavra de vida nesse caso qualquer mtodo ou

    estratgia produzir uma grande colheita. Pode-se cometer erros que se retificam e seesquecem. Mas, por outro lado, se a pessoa est fortemente contrria a ter um compromisso

    com Cristo (ainda presumindo que se utilize uma evangelizao sensvel cultura), ento,

    na maioria dos casos, at a melhor estratgia fracassaria.

    Uma escala de resistncia e receptividade ajudar a planejar uma estratgiaevangelstica. Especialmente com a inflao na maioria dos pases latino-americanos, temos

    que usar os recursos financeiros e a energia de que dispomos da melhor maneira possvel.

    Organizaes como o Comit de Trabalho de Lausanne e a Marc, que um ramo da VisoMundial, podem classificar os grupos de pessoas que so muito receptivas, receptivas,

    indiferentes, opostas e muito opostas por meio do uso de computadores. Este uso dos

    computadores tem sido criticado por muitos. Eu digo: meu pai nunca voou em um avio, eu

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    sim. Eu no entendo muito de computadores, mas meus filhos vivero baseados neles no

    futuro. Tenho eu direito de dizer-lhes que no os usem quando meu pai nunca teve o direito

    de dizer-me que no voasse em um avio?McGavran disse que as metas bblicas podero ser alcanadas com maior facilidade

    se ganharmos os que podem ser ganhos.15. A vontade de Deus para sua Igreja, da qual

    Cristo o Cabea, o cumprimento da Grande Comisso (Mt 28.19,20). Ele nos tem dadoferramentas, metas e estratgias. A Bblia clara e explcita. Examinemo-la, cumpramos

    Sua vontade. Como poderemos cumpri-la? Esperamos que no somente este captulo, mas

    tambm os subseqentes nos ajudem a faz-lo. Como poderemos medir os resultados?Temos uma boa ferramenta no diagrama seguinte, chamada Escala de Engel, ou seja um

    modelo do processo de deciso espiritual. At que ponto esto chegando as pessoas comquem temos contato nesta escala? Existe um ciclo completo de reproduo? Esperamos que

    sim.

    REFERNCIA

    MIRANDA, Juan Carlos. Manual de crescimento da igreja (So Paulo: Vida Nova, 1989),p. 17-36.

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