Crescimento Populacional No Brasil e Mundo

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Professora Débora Sales

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Professora Débora Sales

Introdução O estudo da população é fundamental para podermos verificar a

realidade quantitativa e qualitativa da mesma. Para governantes

em especial, é de fundamental importância pois, permite traçar

planos e estratégias de atuação, além de poder desenvolver um

planejamento de interesse social.

A população deve ser entendida como um recurso na medida em

que representa mão de obra para o mercado de trabalho,

soldados para a defesa nacional, dentre outras coisas.

O ramo do conhecimento que estuda a população chama-se

Demografia, portanto o profissional da área é o demógrafo.

Mortalidade, Natalidade, CV, Fecundidade e expectativa de vida nos países pobres e ricos

Mortalidade Natalidade Corresponde a relação entre o

número de óbitos ocorridos em um ano e a população absoluta, o resultado é expresso por mil.

N.º de óbitos X 1000 = taxa de mortalidade

População absoluta Assim como a natalidade, a

mortalidade está ligada em especial a qualidade de vida da população analisada.

No Brasil, assim como a natalidade a mortalidade caiu, especialmente a partir do processo de industrialização, que trouxe melhorias na assistência médica e sanitária à população, além da urbanização acentuada.

corresponde a relação entre o número de nascimentos ocorridos em um ano e a população absoluta, o resultado em geral é expresso por mil.

N.º de nascimentos X 1000 = taxa de natalidade

A natalidade é ligada a vários fatores como por exemplo qualidade de vida da população, ou ao fato de ser uma população rural ou urbana.

As taxas de natalidade no Brasil caíram muito nos últimos anos, isso se deve em especial ao processo de urbanização que gerou transformações de ordem sócio-econômicas e culturais na população brasileira.

C.V. Fecundidade Corresponde a diferença entre a

taxa de natalidade e a taxa de mortalidade.

C.V. = natalidade - mortalidade. O crescimento vegetativo

corresponde a única forma possível de crescimento ou redução da população mundial, quando analisamos o crescimento de áreas específicas temos que levar em consideração também as migrações.

O crescimento vegetativo brasileiro encontra-se em processo de diminuição, mas já foi muito acentuado, em especial nas décadas de 50 à 70, em virtude especialmente da industrialização.

Corresponde a média de filhos por mulher na idade de reprodução. Essa idade se inicia aos 15 anos, o que faz com que em países como o Brasil, onde é comum meninas abaixo dessa idade terem filhos, ela possa ficar um pouco distorcida.

Na década de 70 a taxa de fecundidade no Brasil era de 5,8 filhos por mulher, em 1999 esse número caiu para 2,3. Isso reflete a mudança que vem ocorrendo no Brasil em especial com a urbanização e com a entrada da mulher no mercado de trabalho, que tem contribuído com a redução significativa da taxa de natalidade e por conseqüência da taxa de fecundidade.

Expectativa de Vida Corresponde a quantidade de anos que vive em média a

população.

Este é um indicador muito utilizado para se verificar o nível de desenvolvimento dos países.

No Brasil a expectativa de vida nas últimas décadas tem se ampliado, em 1999 as mulheres viviam em média 72,3 anos, enquanto os homens 64,6 anos, esse aumento na expectativa também se deve a melhorias na qualidade médico sanitária da população em virtude do processo de urbanização.

A partir do século XVI, no inicio da formação do capitalismo, as migrações em escala continental ocorreram de modo geral da Europa para as regiões que ainda não haviam incorporado o desenvolvimento tecnológicos e os padrões europeus.

Hoje, os fluxos migratórios internacionais ocorrem, de certa forma, na direção inversa. As populações das regiões mais pobres esperam desfrutar de melhores condições de vida nos países mais desenvolvidos, os quais em sua maioria estão localizados no continente europeu.

O desenvolvimento tecnológico nas últimas décadas do século XX intensificou as disputas no mercado internacional.

Atualmente, o mundo subdesenvolvido tem procurado atrair investimento de empresas multinacionais, visando dinamizar sua economia, elevar a entrada de divisas e aumentar sua capacidade de produção de bens, geração de serviços e exportação. Mas esses investimentos, de modo geral, não ampliaram a oferta de emprego. Em muitos casos, acarretaram a falência de empresas nacionais que utilizava muita mão -de –obra e pouca tecnologia.

O Brasil foi um país de imigração primeiramente foi ocupado pelos portugueses e pelo escravos africanos. Entre 1850 e 1934, ocorreu a maior entra de imigrantes no país no auge da agricultura cafeeira no território brasileiro. Os principais grupos que entraram no Brasil, em toda história da imigração espontânea, eram constituída de portugueses, italianos, espanhóis alemães e japoneses. A partir de 1934, foi estabelecidas a Lei de Cotas,

que restringia a entrada de estrangeiros, exceção feita aos portugueses.

O Brasil transformou-se num pais de emigração. Mais de 2 milhões de brasileiros vivem em outros países nesse inicio de século, segundo pesquisadores do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamarati).

Emigrantes brasileiros - 2001Destino dos Emigrantes brasileiros Número de emigrantes

Estados Unidos 800.000

Paraguai 455.000

Japão 254.000

Europa 250.000

Pirâmides etárias As pirâmides etárias são

representações gráficas (histograma) da população classificada por sexo e idade. No eixo vertical (y) estão indicadas as diversas faixas etárias, enquanto que no eixo horizontal (x) está indicada a quantidade de população: as barras da esquerda representam a população masculina e as barras da direita representam a população feminina. Observe duas pirâmides etárias correspondentes a dois países que apresentam um perfil sócio-econômico bastante diferente.

Pirâmide etária no Brasil No Brasil, a pirâmide etária tem se modificado a

cada década. Sua forma revela uma situação intermediária entre as duas primeiras pirâmides apresentadas, de acordo com as alterações recentes ocorridas do padrão demográfico brasileiro. Observe estas mudanças através da sobreposição das pirâmides de 1980 a 2000.

Os indicadores demográficos do Estado de São Paulo demonstram que a estrutura populacional paulista sofreu alterações significativas ao longo dos últimos 26 anos, com decréscimo de 28,2% na participação de crianças com 14 anos ou menos e aumento de 56,3% na proporção de idosos com 60 anos ou mais. Essas alterações revelam que o Estado vem sofrendo um processo contínuo de desaceleração do ritmo de crescimento populacional, com um estreitamento significativo da base de sua pirâmide etária.

Segundo o especialista, o crescimento populacional é um problema tão complicado para o mundo científico que poucos analistas optam por analisar as "gravíssimas" conseqüências da superpopulação do planeta.

Os deslocamentos populacionais fazem parte da historia da humanidade, tendo sido responsáveis pela formação de diversos povos e, em certa medida dos próprios elementos culturais que os caracterizam.

Os grupos étnicos existentes só podem ser entendidos a partir da analise das migrações considerando-se os choques e as assimilações culturais dos povos ao longo da história.

Com os deslocamentos populacionais, extensas regiões da Terra foram sendo ocupadas e colonizadas. O continente americano é um bom exemplo desse processo. Atualmente, as migrações internacionais tornaram-se um fenômeno nunca antes registrado em qualquer outra etapa de evolução humana.

Terminada a 2ª Guerra Mundial, foi assinada a convenção de Genebra, sob a tutela da ONU. Nessa convenção, estabeleceu-se uma regulamentação internacional, com políticas comuns para o tratamento de refugiados políticos e prisioneiros de guerra. Tais políticas baseiam nas regras gerais referentes a direitos humanos e direitos de exílio de refugiados políticos que correm risco de morte em seu país de origem.

A ONU criou o ACNUR ( Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), uma organização de apóio a refugiados de todo mundo.

Os Estados Unidos, país que mais recebeu imigrantes em todo mundo em toda história, são formados por grande diversidade de povos de origem européia (preponderante), asiática, africana e diversos grupos indígenas mais os latinos americanos constitui atualmente o maior volume de migrantes. Segundo relatório da ONU de 2003, os Estados Unidos são o país com a maior quantidade de estrangeiros: mais de 35 milhões – quase a metade da população da Alemanha, país mais populoso da União Européia

ÁSIA O problema da baixa taxa de natalidade na Ásia tem origem no

crescimento social e econômico das mulheres. Um período de rápido crescimento econômico tem permitido que a segurança alimentar experimente importantes avanços na maioria dos países da Ásia e do Pacífico.

O Camboja, onde a porcentagem de pessoas subnutridas diminui de 62 para 33% entre 1980 e 1996, lidera esta tendência

A desnutrição aumentou somente em dois países, na Mongólia e na República Popular Democrática da Coréia. Neste último, passou de 16 para 48 por cento. Apesar da crise financeira ter freado os avanços de certos países, a tendência geral segue sendo positiva.

ÁFRICA Com Gana encabeçando a lista, oito países da África ocidental

conseguiram reduzir consideravelmente a incidência da fome entre 1980 e 1996. Na realidade, os cinco países do mundo que conseguiram os melhores resultados pertencem a esta sub-região. Mas o panorama é muito distinto na África central, oriental e meridional, onde a porcentagem e os números de pessoas desnutridas aumentaram.

O Burundi sofreu o maior aumento, e a porcentagem da população afetada pela desnutrição passou de 38 para 63 por cento entre 1980 e 1996. Da mesma forma, outros 13 países da África central, oriental e meridional registraram elevados aumentos nos índices de desnutrição.

AMÉRICA LATINA Tanto os níveis de desnutrição

como suas tendências variam consideravelmente na América Latina e Caribe. Na maioria dos países da América do Sul, os níveis de subnutrição já são baixos ou estão diminuindo num bom ritmo. Mesmo assim, em diversos países da América Central esses níveis estão aumentando, embora seja necessário dizer que Honduras registrou uma melhoria notável ao conseguir reduzir a prevalência da subnutrição de 31 para 21 por cento.

No Caribe, o retrocesso

experimentado por Cuba, onde

a porcentagem de pessoas

subnutridas subiu de 3 para 19

por cento, foi em muitos

aspectos semelhante ao de

outras ilhas vizinhas, que

desde 1980 tem experimentado

o crescimento da desnutrição.

Europa, Oceania e na América do Norte

Oceania A partir do século XIX, explosão demográfica do planeta, ou seja,

crescimento vegetativo (natalidade - mortalidade) alto. Isto ocorreu principalmente devido ao aumento das tecnologias no setor agrícola e no setor de transportes (diminuindo a fome), devido também a melhoria das condições de saúde da população, através das melhorias sanitárias e das campanhas de vacinação em massa, reduzindo drasticamente o número de surtos epidêmicos e aumentando a expectativa de vida da população. A mortalidade nos dias atuais ainda é elevada nos países subdesenvolvidos (acima de 60‰), mantendo-se em níveis baixos nos países desenvolvidos (abaixo de 6‰).

O crescimento demográfico no planeta vem diminuindo com o passar dos anos, embora permaneça alto na África, na Ásia e em alguns países da América Latina, ele já vem se estabilizando na Oceania e na América do Norte e tornando-se negativo na Europa. Isto mostra que os países subdesenvolvidos (que hoje representam 80% da população mundial) venham participar cada vez mais da população do globo.

América do Norte e Europa

Devemos fazer uma pausa para examinar o problema populacional tão amplamente observado pelas raças brancas da América do Norte e da Europa - raças que têm explorado arbitrariamente os povos da Ásia, África, América Latina e do Pacífico Sul. Os explorados têm exposto delicadamente aos seus exploradores que, do que eles necessitam não são dispositivos anticoncepcionais, nem "libertadores" armados, nem do Prof. R. Ehrlich para resolverem os seus problemas populacionais.

Continuação Precisam antes, de uma devolução justa dos imensos

recursos que foram roubados das suas terras, pela América do Norte e pela Europa. Equilibrar estas contas é mais premente no momento, do que equilibrar as taxas de nascimentos e mortes.

Os povos da Ásia, África, América Latina e do Pacífico Sul podem justamente apontar que os seus "conselheiros" Americanos têm mostrado ao mundo como expoliar um continente virgem em menos de um século e têm acrescentado ao vocabulário da humanidade palavras como "esgotamento precoce".

Teorias malthusiana e neomalthusiana.

1798, Pastor Protestante Thomas Robert Malthus, escreveu a mais famosa

obre questões demográficas: Ensaio sobre o principio da população.

Crescimento populacional ilimitado.

Natureza crescimento limitado.

Conflitos ( fome, subnutrição, doenças, epidemias infanticídios e guerras

por disputas de terra, produção de alimentos)

descartava a utilização de métodos contraceptivos, devido sua formação

religiosa.

Defendia abstinência sexual, adiamento do casamento (capacidade de

sustento dos filhos)

Conclusão O crescimento populacional em larga escala exige de

nós brasileiros uma postura de ação, pois apenas como espectadores nada será mudado. É preciso realmente que consciências sejam formadas a fim de que compromissos sejam assumidos para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos de todo o mundo. Finalizando, fica aqui um louvor ao Rotary pela belíssima iniciativa e permita Deus que cada associado encontre sempre razões para Servir através do esforço pessoal dando exemplo do “Dar de Si Antes de Pensar em Si” e que esse exemplo sirva para outros milhares de brasileiros que tenham os mesmos ideais e assim, juntem forças na construção de um mundo melhor.