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Criação de Matéria no Vácuo Bariogênese e GUT Universo Inflacionário Perturbações Primordiais A Inflação Ronaldo E. de Souza mailto:[email protected] 28 de maio de 2007 Ronaldo E. de Souza A Inflação

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Criação de Matéria no VácuoBariogênese e GUT

Universo InflacionárioPerturbações Primordiais

A Inflação

Ronaldo E. de Souzamailto:[email protected]

28 de maio de 2007

Ronaldo E. de Souza A Inflação

Criação de Matéria no VácuoBariogênese e GUT

Universo InflacionárioPerturbações Primordiais

1 Criação de Matéria no VácuoO Universo na Escala das Partículas ElementaresPrincípio da Incerteza de HeisenbergCondição Para Criação de Matéria no Big-BangRadiaçào de Hawking em um Buraco Negro

2 Bariogênese e GUTUnidades NaturaisO Modelo PadrãoDecaimento do PrótonQuebra Espontânea de Simetria

3 Universo InflacionárioA Proposta de A. GuthDuração da InflaçãoSolução do Problema da PlanaridadeO Modelo Slow Roll

4 Perturbações Primordiais

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Universo InflacionárioPerturbações Primordiais

Desafios do Big BangProblema do horizonte : por que ∆T/T ' 10−5 emescalas angulares da ordem de 2o?Problema da Planaridade: Porque estamos tão próximos,mas não exatamente, de Ω0 = 1?Assimetria matéria-antimatéria: Porque o nosso Universoé dominado pela matéria?Perturbações primordiais: Qual é a origem das flutuaçõesque geraram as galáxias?

males do Big Bang

:

Para osinflação é a solução!

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Desafios do Big BangProblema do horizonte : por que ∆T/T ' 10−5 emescalas angulares da ordem de 2o?Problema da Planaridade: Porque estamos tão próximos,mas não exatamente, de Ω0 = 1?Assimetria matéria-antimatéria: Porque o nosso Universoé dominado pela matéria?Perturbações primordiais: Qual é a origem das flutuaçõesque geraram as galáxias?

males do Big Bang:

Para osinflação é a solução!

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O Universo na Escala das Partículas ElementaresPrincípio da Incerteza de HeisenbergCondição Para Criação de Matéria no Big-BangRadiaçào de Hawking em um Buraco Negro

O Comportamento da naturezana escala das partículas

elementares é muitodistinto daquele observadona escala macroscópica.

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Na escala atômica esubnuclear a estrutura damatéria depende da ação

conjunta das forçaseletromagnética, fraca e forte e

as partículas são descritaspelas suas funções de onda.

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O Universo na Escala das Partículas ElementaresPrincípio da Incerteza de HeisenbergCondição Para Criação de Matéria no Big-BangRadiaçào de Hawking em um Buraco Negro

Uma onda senoidal de comprimento de onda λ temo seu momentum especificado por p = hc/λ.

Em compensação a probabilidade de encontrar a partículaem um dado ponto, Ψ∗Ψ, está espalhada

por todo o espaço (∆x →∞).

Compondo-se um pacote de ondas de diferentes comprimentosde ondas e fases podemos especificar melhor a

sua posição reduzindo o valor de ∆x .Em compensação aumenta-se a incerteza no

valor do momentum, ∆p, tal que

∆x∆p ≥ ~2

∆E∆t ≥ ~2

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Uma onda senoidal de comprimento de onda λ temo seu momentum especificado por p = hc/λ.

Em compensação a probabilidade de encontrar a partículaem um dado ponto, Ψ∗Ψ, está espalhada

por todo o espaço (∆x →∞).

Compondo-se um pacote de ondas de diferentes comprimentosde ondas e fases podemos especificar melhor a

sua posição reduzindo o valor de ∆x .Em compensação aumenta-se a incerteza no

valor do momentum, ∆p, tal que

∆x∆p ≥ ~2

∆E∆t ≥ ~2

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No entanto, pelo princípio da incerteza, são permitidasflutuações de energia tais que ∆E ·∆t ≤ ~/2, gerando um parpartícula-antipartícula, de massa ∆E/2c2, e nenhuma lei físicaé violada se estes pares virtuais se aniquilam dentro dointervalo de tempo estabelecido por este princípio.

Em t=0 não existemperturbações detectáveis mas ...

um par de perturbaçõesde energia ∆E se estabelece e ...

as duas antipatículasse atraem mutuamente ...

aniquilando-se em ∆t ≤ ~/2∆Erecuperando o estado original.

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Este princípio nos ajuda a entender o efeito Casimir já quesomente partículas de um certo comprimento de onda podemexistir no intervalo entre as placas, enquanto que no exteriorpodem existir partículas de qualquer comprimento de onda.

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Numa geometria euclidiana os pares virtuais são criados e emseguida se aniquilam mutuamente. Já num espaço em rápidaexpansão as partículas se separam rapidamente e podemadquirir existência real durante a evolução do Universo.

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mc2∆t ' ~

tendo a separação l resultado de uma aceleração g tal que

l ' g(∆t)2

g ' RR

l ' lt2

l ' lt2 (∆t)2

∆t ' t

O lapso de tempo deve ser comparável à idade do Universo.Ronaldo E. de Souza A Inflação

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Para ter existência real a energia cedida pela expansão deveser comparável com a energia própria das partículas

mgl ' 2mc2

mlt2 l ' 2mc2 → l ' ct

sendo o comprimento de onda de Compton, lc ' ~/mc temosque

mc2∆t ' ~ → l ' ~mc

' lc

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e o resultado final é que a idade do Universo deve sercomparável com a própria escala de tempo de Compton daspartículas que estão sendo criadas,

tc '~

mc2

e a densidade final de massa das partículas criadas será

ρ ' ml3' m4c3

~3

sendo a idade do Universo

t ' ~mc2

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Por exemplo, a criação do méson π, que media a força nuclearforte, exigiria a existência de densidades subnuclearesρπ ' 1012 g · cm−3 em uma escala de tempo tπ ' 10−23 s que émuito superior à idade de Planck, e portanto compatível com ahipótese inicial de validade da relatividade geral.

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Próximo ao evento de horizonte deve ocorrer um processosemelhante de criação de pares de partículas. No intervalo detempo ∆t as duas partículas se separam por uma distânciamáxima da ordem de c∆t . Se esta for da ordem dacircunferência do raio de Schwarzchild, as duas partículas têmuma grande chance de se separar permanentemente.

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Para que isso ocorra devemos ter:

c∆t ' 2π2GM

c2

O processo de aniquilação resultará em uma radiação térmicatal que ∆E ' kTH e portanto

TH =hc

8πkRS=

hc3

16π2kGM

Como este processo de emissão é mais eficiente para osburacos negros pouco massivos, temos que apenas aquelescom massa superior a cerca de 10−19 M teriam condições deter sobrevivido à idade de Hubble.

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Unidades NaturaisO Modelo PadrãoDecaimento do PrótonQuebra Espontânea de Simetria

Na discussão da física das partículas elementares, é comumutilizar o chamado sistema de unidades naturais, no qual avelocidade da luz é tomada como sendo igual à unidade(c = 1). Isto corresponde na prática a redefinir a relação entreas unidades de tempo e comprimento de tal forma que[L]/[t ] = c = 1, ou seja [L] = [t ]. A adoção desta concepção,tendo em vista que E = mc2, implica que [m] = [E ] = GeV. Aoutra simplificação consiste em adotar a constante de Planckcomo sendo também igual à unidade (~ = 1). Esta convençãoimporta em dizer que GeV[t ] = 1 ou seja [t ] = [L] = GeV−1.

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Unidades NaturaisO Modelo PadrãoDecaimento do PrótonQuebra Espontânea de Simetria

Em baixas energias as quatro forças da natureza seencontravam desacopladas. Acima de 1019 GeV, na era dePlanck, estas estavam unificadas em uma única interação. Aunificação envolvendo as forças forte, fraca e oeletromagnetismo, denominada de grande unificação, ou GUT,Grand Unification Theory, deve ter ocorrido por volta de1014 GeV, em uma idade cosmológica da ordem de 10−32 s.

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A história do universo primordial foi determinada pelaunificação e posterior desacoplamento das forças da natureza.

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Famílias1 2 3

id q m id q m id q mMeV GeV Gev

Quarks u +2/3 6 c +2/3 1,20 t +2/3 180d -1/3 10 s -1/3 0,25 b -1/3 4,3

Léptons e− -1 0,511 µ− -1 0,106 τ -1 1,78νe 0 < 10−5 νµ 0 < 10−4 ντ 0 < 10−2

id q mGev

Força fraca: W+ +1 80,3Trans- W− -1 80,3missores Z 0 0 80,3

Eletromagnetismo: fóton 0 0Força forte: glúons 0 0

Bóson de Higgs 0 < 103

Esquema de classificação das partículas elementares no modelo padrão. Exceto pelo ντ , os glúons e o bóson deHiggs, todas as outras partículas já foram detectadas em laboratório.

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Os quarks não podem existir isolados na natureza porque aforça que os une aumenta com distância.

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A Força forte mantém a identidade das partículas compostasquando estas colidem entre si interagindo através da forçaeletromagnética.

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A força Eletromagnética resulta da troca de fótons entre aspartículas.

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A força forte e a força fraca resultam da troca de gluons.

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Dependendo da enegia da interação pode ocorrer a unificaçãode duas ou mais forças. Por exemplo acima de 100 Gev tantoos fótons quanto os bósons Z0 podem ser igualmente criadosresultando na unificação eletrofraca.

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O decaimento do nêutron em um próton se inicia quando umdos seus quarks d se transforma em um quark u emitindo umbóson W−.

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Posteriomente um elétron e um antineutrino emergem dobóson-W.

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É possível que possam ocorrer transformações entre quarks eléptons implicando que a matéria constituída por quarks podesofrer decaimento. Se, por exemplo, os dois quarks u dentro deum próton se aproximarem muito eles poderiam se combinarem um bóson X, o qual se desintegraria em um pósitron e umantiquark d . Este se combinaria com o quark restante paraformar um píon neutro que por sua vez decairia em dois fótons.

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O decaimento do próton abriria a possibilidade de nãoconservação do número bariônico. Segundo Shakarov aassimetria matéria-antimatéria poderia ser resolvida casohouvessem 3 condições: (1) não conservação do númerobariônico; (2) Não conservação das simetrias C e CP; (3) nãoequilíbrio termodinâmico durante a transição. As aniquilaçõesgerariam os atuais fótons e portanto no universo primordialdeve ter sido obedecida a condição abaixo, compatível com osatuais limites observacionais da razão nB/nγ .

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A transição de fase do universo primordial para o atual em queas forças estão desacopladas se deu através do mecanismode Quebra Espontânea da Simetria. Uma analogia desteprocesso é a transição entre uma mesa posta mas nãoocupada e outra em que os lugares foram ocupados. Não éclaro qual copo vai para um dado ocupante até que o primeirocopo tenha sido escolhido.

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o mecanismo de quebra espontânea de simetria de Higgsconsiste na adição de um campo escalar na lagrangiana dainteração fraca que restaura a simetria perdida com a presençados bósons massivos que mediam a interação. É necessária ainclusão de quatro componentes neste campo escalar parajustificar a presença dos três bósons massivos que mediam ainteração.

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Antes da transição GUT, os campos escalares, representadosaqui pelo eixo φ, responsáveis pela transição de fase têm umpotencial, V , simétrico (curva A). Após a transição o valormínimo do estado fundamental do vácuo é deslocado para φ0(curva C) o que viabiliza a quebra espontânea de simetria.

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Porém, se a Grande Unificação ocorresse em um gruposimples de transformação qualquer processo de quebra desimetria para gerar o modelo padrão deveria gerar também umnúmero absurdo de monopolos magnéticos. A densidadeesperada de monopolos seria tal queΩ0,mono = 1011(TGUT /1014 GeV)3(mmono/1016 GeV) muitosuperior aos limites observacionais.

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Se existir um mínimo central os campos escalares adquiremtemporariamente uma energia maior que a energia do vácuoverdadeiro. Gradualmente, devido ao efeito de tunelamento, osistema vai migrando para o vácuo verdadeiro, o que impede adisseminação dos monopolos magnéticos.

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Durante a transição a densidade de energia do falso vácuo semantém constante, em um nível determinado pela GUT,estimado em εfv ' 1095 erg · cm−3. De onde vem estadensidade de energia tão elevada? Utilizando as unidadesnaturais podemos verificar que a escala de densidade deenergia das GUTs é da ordem de [1014−15 GeV]4 o quecorresponde em unidades cgs a 1094−98 erg · cm−3.

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durante o processo de inflação

dE + pdV = 0

como dE = εfv dV a pressão do falso vácuo deve ser negativa,p = −εfv . Como a presão e a densidade de energia são fontesde inércia a densidade total que devemos considerar é(ε + 3p)/c2 e pela equação de Friedmann,

R = −4π

3G

εfv + 3pfv

c2 R =8πGεfv

3c2 R

τi = H−1i =

√3c2

8πGεfv' 10−34 s

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Portanto a fase inflacionária durou cerca de 10−32 s, e resultouem uma expansão do parâmetro de escala por um fator deaproximadamente e100 ' 3 x 1043. Com a inflação o parâmetrode escala na era de Planck seria 2 x10−69 e o Universoconhecido hoje teria uma dimensão de 3, 3 x10−41 cm, muitomenor que o horizonte causal na era de Planck.

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O problema da planaridade também é resolvido já que no finalda inflação a taxa de variação do parâmetro de escala eraRf = Rf /τi ' 1, 8 x 108 s−1 e

Ω(tf ) = 1 +H2

0 (Ω0 − 1)

Rf2 ' 1± 1, 2 x10−52

implicando que vivemos em um Universo praticamente plano.

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O Universo parece plano porque a inflação aumentou o raio decurvatura de muitas ordens de magnitude.

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Neste modelo de inflação o falso vácuo se situa em umpatamar central e desta forma é obtido um grau dehomogeneização muito maior, em melhor acordo com asobservações.

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As flutuações em escalas de massas mais elevadas (δM+) selibertam antes da fase inflacionária (A). Quando as flutuaçõesde massas menores (δM−) terminam o processo (B), asflutuações maiores se expandiram (C). O resultado é que opotencial gravitacional de ambas é aproximadamenteconstante (δΦ = GδM+/r+ ' GδM−/r−).

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FIM

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