Criação de negócios inovadores

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WORKBOOK CRIAÇÃO DE NEGÓCIOS INOVADORES Vontade Idéia de Negócio Inovação ou Diferenciação Oportunidade de Negócio Planejamento do Negócio O N L S Marcelo Nakagawa São Paulo, 24 de novembro de 2011 © Marcelo Nakagawa, 2011

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Workbook do workshop Criação de Negócios Inovadores

Transcript of Criação de negócios inovadores

Page 1: Criação de negócios inovadores

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Negócio

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Marcelo NakagawaSão Paulo, 24 de novembro de 2011

© Marcelo Nakagawa, 2011

Page 2: Criação de negócios inovadores

VontadeIdéia de

Negócio

Inovação ou

Diferenciação

Oportunidade

de Negócio

Planejamento

do Negócio

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Por que criar um novo negócio para você? (empreendedorismo)

Por que criar um novo negócio para a sua empresa?

(intraempreendedorismo)

Teste sua capacidade empreendedora!

© Marcelo Nakagawa, 201102

Page 3: Criação de negócios inovadores

Qual é o problema?

Um dos maiores choques de minha vida foi na noite anterior ao meu primeiro dia de pós-graduação em administração. Havia sido umdos quatro brasileiros escolhidos naquele ano, e todos nós acreditávamos, ingenuamente, que o difícil fora ter entrado em Harvard, eque o mestrado em si seria sopa. Ledo engano.

Tínhamos de resolver naquela noite três estudos de caso de oitenta páginas cada um. O estudo de caso era uma novidade para mim.Lá não há aulas de inauguração, na qual o professor diz quem ele é e o que ensinará durante o ano, matando assim o primeiro dia deaula. Essas informações podem ser dadas antes. Aliás, a carta em que me avisaram que fora aceito como aluno veio acompanhada dedois livros para ser lidos antes do início das aulas.

O primeiro caso a ser resolvido naquela noite era de marketing, em que a empresa gastava boas somas em propaganda, mas asvendas caíam ano após ano. Havia comentários detalhados de cada diretor da companhia, um culpando o outro, e o caso terminavacom uma análise do presidente sobre a situação.

O caso terminava ali, e ponto final. Foi quando percebi que estava faltando algo. Algo que nunca tinha me ocorrido nos dezoito anos deestudos no Brasil. Não havia nenhuma pergunta do professor a responder. O que nós teríamos de fazer com aquele amontoado depalavras? Eu, como meus outros colegas brasileiros, esperava perguntas do tipo "Deve o presidente mudar de agência de propagandaou demitir seu diretor de marketing?". Afinal, estávamos todos acostumados com testes de vestibular e perguntas do tipo "Quemdescobriu o Brasil?". Harvard queria justamente o contrário. Queria que nós descobríssemos as perguntas que precisam serrespondidas ao longo da vida.

Uma reviravolta e tanto. Eu estava acostumado a professores que insistiam em que decorássemos as perguntas que provavelmenteiriam cair no vestibular.

Adorei esse novo método de ensino, e quando voltei para dar aulas na Universidade de São Paulo, trinta anos atrás, acabeiimplantando o método de estudo de casos em minhas aulas. Para minha surpresa, a reação da classe foi a pior possível. “Professor,qual é a pergunta?", perguntavam-me. E, quando eu respondia que essa era justamente a primeira pergunta a que teriam de responder,a revolta era geral: "Como vamos resolver uma questão que não foi sequer formulada?".

Temos um ensino no Brasil voltado para perguntas prontas e definidas, por uma razão muito simples: é mais fácil para o aluno etambém para o professor. O professor é visto como um sábio, um intelectual, alguém que tem solução para tudo. E os alunos, porcomodismo, querem ter as perguntas feitas, como no vestibular.Nossos alunos estão sendo levados a uma falsa consciência, o mito de que todas as questões do mundo já foram formuladas esolucionadas. O objetivo das aulas passa a ser apresentá-las, e a obrigação dos alunos é repeti-las na prova final.

Em seu primeiro dia de trabalho você vai descobrir que seu patrão não lhe perguntará quem descobriu o Brasil e não lhe pagará umsalário por isso no fim do mês. Nem vai lhe pedir para resolver "4/2 = ?". Em toda a minha vida profissional nunca encontrei umquadrado perfeito, muito menos uma divisão perfeita, os números da vida sempre terminam com longas casas decimais.Seu patrão vai querer saber de você quais são os problemas que precisam ser resolvidos em sua área. Bons administradores sãoaqueles que fazem as melhores perguntas, e não os que repetem suas melhores aulas.

Uma famosa professora de filosofia me disse recentemente que não existem mais perguntas a ser feitas, depois de Aristóteles e Platão.Talvez por isso não encontramos solução para os inúmeros problemas brasileiros de hoje. O maior erro que se pode cometer na vida éprocurar soluções certas para os problemas errados.

Em minha experiência e na da maioria das pessoas que trabalham no dia-a-dia, uma vez definido qual é o verdadeiro problema, o quenão é fácil, a solução não demora muito a ser encontrada. Se você pretende ser útil na vida, aprenda a fazer boas perguntas mais doque sair arrogantemente ditando respostas. Se você ainda é um estudante, lembre-se de que não são as respostas que sãoimportantes na vida, são as perguntas.

Stephen Kanitz é administrador por HarvardEditora Abril, Revista Veja, edição 1898, ano 38, nº 13, 30 de março de 2005, página 18

teste seus

conhecimentos

O que a CacauShow vende?

Sua resposta...

O que a Fisher-Price vende?

Sua resposta...

O que o Groupon vende?

Sua resposta...

O que a Fisher-Price vende?

VontadeIdéia de

Negócio

Inovação ou

Diferenciação

Oportunidade

de Negócio

Planejamento

do Negócio

O

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Page 4: Criação de negócios inovadores

Cópiar algo que já existe, insatisfações, têndencias de mercado?

Qual idéia o(a) motivaria?

Quem é você? O que você sabe fazer? Quem você conhece?

O que você poderia fazer?

Geração de idéias de negócio

A partir da sua vivência

Está sem idéias para um negócio, dê uma olhada no site Springwise (www.springwise.com). Mas não vale a pena copiar, pura e simplesmente!

A partir do mercado

suas

preferências

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suas preferências

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mercado

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idéias compatíveiscom o seu perfil

Quem poderiam ser seus primeiros clientes? Por que haveria mercado para esta idéia?

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Opção 1 Opção 2

Fonte: NAKAGAWA, Marcelo. Barueri: São Paulo, 2011Plano de negócio: Teoria Geral. www.bit.ly/planodonegocio© Marcelo Nakagawa, 2011

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Page 5: Criação de negócios inovadores

Geração de idéias de negócio a partir do mercado

B I N G O

Reciclagem

Preocupaçãocom a

qualidadede vida

Paissem

filhos

Violênciana Sociedade

Número dehomossexuais

Animaisde

estimação

Envelhecimentoda população

AlimentaçãoSaudável

Temperaturado

planeta

Sociedade24 horas

Mundomais

conectadoObesidade

Educaçãode

adultos

Quantidadede

informaçõesSingles

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Práticade

esportes

Usoda

tecnologia

Classe Ce a base

da pirâmide

Paisseparados

Empreende-dorismo

Sustentabi-lidade

Culturae

Conhecimento

ConveniênciaFalta detempo

Problems storming

1. Selecione uma tendência.

2. Vislumbre um assunto( tema, problema, questão) a respeito desta tendência.

3. Assunto escolhido:

4. Faça o maior número de questionamentos que conseguir a respeito do assunto

escolhido.

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Referência: Mais informações sobre problems storming em Dyer, J.; Gregersen, H.; Christensen, C. The innovator’s DNA: Mastering five skills of disruptive innovators. Boston: Harvard Business School Publishing, 2011.

© Marcelo Nakagawa, 2011

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Page 6: Criação de negócios inovadores

Geração de idéias de negócio a partir do seu negócio

Problems storming

1. Das idéias geradas, escolha uma que acredite que tenha mais potencial.

2. Faça o maior número de questionamentos que conseguir a respeito da idéia

escolhida.

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Referência: NAKAGAWA, Marcelo ; PLONSKI, G. A. . Empreendedorismo exponencial (En): A 4a. dimensão das estratégias de crescimento. Marketing Industrial, v. 48, p. 54-61, 2010..

Empreendedorismo

Exponencial

1. O que, realmente, a sua empresa vende?

2. Outras respostas para a questão acima?

3. Escolha uma das respostas para trabalhar. No contexto escolhido, quais seriam

as idéias para novos negócios para a sua empresa?

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© Marcelo Nakagawa, 201106

Page 7: Criação de negócios inovadores

Explicação do seu negócio em um desenhoP

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* Após conclusão do plano de negócio

Mais informações sobre este exercício? Busque informações sobre Dan Roam e seu livro “The back of the napkin”.

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Fonte: NAKAGAWA, Marcelo. Barueri: São Paulo, 2011Plano de negócio: Teoria Geral. www.bit.ly/planodonegocio© Marcelo Nakagawa, 2011

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Page 8: Criação de negócios inovadores

VontadeIdéia de

Negócio

Inovação ou

Diferenciação

Oportunidade

de Negócio

Planejamento

do Negócio

O

N

L

S Gestão da inovação: Complicar pra quê?

A inovação é a Terra Prometida das empresas e há muitos profetas que dizem saber o caminho atélá. Para isto inventam palavras estranhas e importam termos em inglês de difícil tradução para onosso idioma. Mas será que não dá para descomplicar? Vamos tentar...

Sua resposta precisa começar com "depende". Pois adefinição depende do contexto. Há a "inovação de conversa de boteco" onde qualquer novidade éuma inovação. Pediu um suco de melancia com manga que não tinha no cardápio, inovou!

Há a "inovação na sua empresa". Cada organização precisa ter a sua própria definição paraconseguir gerenciar suas inovações. Caso contrário, qualquer novidade será inovação de boteco.Mas tem a "inovação para captação de recursos".

Diversas entidades como BNDES, Finep e Fapesp oferecem recursos "de graça" para a sua empresainovar. Mas aqui não vale seu suco e o que a sua empresa contabiliza como inovação. Cada entidadedo fomento tem a sua definição de inovação.

Cabe a você conseguir ajustar a sua inovação naquilo que é aceito pela instituição. E por fim, tem a"inovação legal". A Lei do Bem dá diversos incentivos para empresas que investem em inovação.Tome o seu suco, mas caracterize o que você chama de inovação com aquilo que é previsto em lei.

Primeiro definindo os propósitos para inovar.Inovar por quê, para quê? Quais as métricas que serão avaliadas e como contribuem para a missão,principalmente visão futura do seu negócio?

Muitas empresas querem "inovar" porque está na moda ou porque há dinheiro oferecido pela Finep.Nestas situações, voltamos para a inovação de boteco. Se os propósitos estiverem definidos é horade pensar nos processos de inovação, começando pelo que ficou conhecido como funil de inovação.

O funil se inicia com a etapa de geração de ideias, passando pela fase de seleção e priorização deoportunidades, planejamento e gestão de projetos de inovação, implementação dos projetos eavaliação e lições aprendidas.

Nos últimos anos, diversas técnicas (com nomes complicados) têm tornado o funil mais eficiente.Para os estágios iniciais do funil entraram em cena o Open Innovation (que abre o funil paraparceiros, clientes, fornecedores, entre outros) e Design Thinking (que tenta antecipar a experiênciafinal do projeto de inovação por meio de protótipos) que podem ajudar na geração e seleção de ideiase oportunidades.

E nas etapas finais, tecnologias ágeis como o (técnica flexível de gestão de projetos) e(técnica interativa de criação de novos negócios) podem ser importantes na redução das altas

taxas de fracasso observadas em projetos de inovação. Não há processos sem pessoas. É precisoincentivar o empreendedorismo nos colaboradores e parceiros.

E por fim, é preciso consolidar políticas de incentivo à inovação que considerem o tema no momentoda contratação, da avaliação de desempenho e na promoção de cada membro da empresa.

Boa parte dos resultados da inovação é aqui e agora. Inovaçãopara a maioria das empresas brasileiras é redução de custo pela melhoria de processos e ganhos dequalidade e eficiência, e aumento de receitas pela expansão para novos mercados e produtosmelhorados.

Artigo publicado no jornal Brasil Econômico, 08 de novembro de 2011

Primeira simplificação: O que é inovação?

Segunda simplificação: Como gerir a inovação?

Terceira: Não há Terra Prometida.

Scrum LeanStartup

Por Marcelo Nakagawa - Professor e consultor de empreendedorismo e inovação

O que é inovação?

Referência: Curso de Especialização em Gestão da Inovação do SENAC-SP. Mais informações em www.sp.senac.br© Marcelo Nakagawa, 2011

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Page 9: Criação de negócios inovadores

Criando negócios diferenciados...

Referência: WESCHLER, S. M. “Criatividade: descobrindo e encorajando”, Campinas, Psy, 1993.© Marcelo Nakagawa, 2011

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Page 10: Criação de negócios inovadores

Criando negócios inovadores....Em paz com a inovação

A próxima afirmação é polêmica. Pense em uma inovação... Ela foi copiada! Mas e o Steve Jobs, o HenryFord...? Copiaram... Só passei a compreender melhor a inovação a partir do momento em que aceitei estaafirmação como premissa.

Já há alguns anos a inovação passou a ser o fetiche das organizações. A inovação explica porquedeterminada empresa cresceu ou perdeu mercado. Mas a inovação ainda continua a ser algo enigmático efrustrante para boa parte das empresas.

Se pedir a opinião franca de um gestor de inovação, ele ou ela não estará muito satisfeito com a capacidadeinovadora da sua empresa. Dê uma olhada nos rankings de empresas inovadoras e ficará em dúvida sealgumas empresas deveriam estar lá.

Analise os finalistas de competições de empreendedorismo inovador e tire suas próprias conclusões se todossão realmente inovadores. Muitos investidores de capital de risco e agências de fomento têm tido uma imensadificuldade em investir em projetos realmente inovadores.

Na contramão destes inovadores estão os que apostam na cópia porque acreditam que mesmo os melhoresinovadores foram exímios copiadores. Você continuaria admirando Steve Jobs e Henry Ford mesmo sabendoque o iPod foi inspirado no radinho de pilha da Braun e que a linha de montagem de carros foi inspirada nalinha de produção do frigorífico Swift-Armour.

Coincidentemente, a Ideo, referência em inovação, incentiva a cópia de ideias de situações análogas em seuprocesso criativo.

Mas David Murray, autor do livro A Arte de Imitar, alerta que há uma imensa diferença entre o ladrão, o caraesperto e o gênio criativo. O ladrão de ideias é aquele que copia, sem nenhuma modificação, de uma situaçãomuito próxima. Isto é plágio. Pense nesta situação tomando um sorvete de iogurte. O cara esperto copia deum contexto similar.

Quando o Constantino Junior vislumbrou a oportunidade de criar a Gol imaginou uma situação similar aotransporte terrestre de passageiros por ônibus já consolidada em sua família e trouxe para o Brasil o conceitode aviação de baixo custo que já existia nos Estados Unidos. Mas ninguém o chamou de plagiador, mas simde visionário que é. Mas o gênio criativo copia de situações muito distantes do seu negócio e mesmo da suarealidade.

A Apple foi buscar inspiração nas criações do designer da Braun nas décadas de 1950 e 1960 paradesenvolver alguns de seus produtos. Henry Ford, ao visitar o frigorífico dos seus amigos Gustavus Swift ePhilip Armour, notou como o gado era suspenso por uma corda que se movia parando para que umfuncionário retirasse determinado tipo de corte.

Vislumbrou o processo ao contrário aplicado na fabricação de carros. Outro autor, Andrew Hargadon, quepublicou o livro How Breakthroughs Happens, é mais suave na definição e chama copiar os outros derecombinação de ideias. O que também não deixa de ser verdade. Tudo isto para explicar que semanapassada eu comi um cachorro quente inovador.

Passeando pelo Shopping Continental, em São Paulo, notei uma minúscula loja com uma boa fila para seratendida. Vi dois japoneses no comando da lanchonete, o conceito criativo da loja e frases do tipo "Kepôraeéssa?". Destaques para o Sushi Dog, um cachorro quente enrolado em folha de alga marinha crocante, epara o divertido cupom sobre a salsicha japonesa. Agora estou em paz... com a inovação!

Artigo publicado no jornal Brasil Econômico, 25 de outubro de 2011Por Marcelo Nakagawa - Professor e consultor de empreendedorismo e inovação

Copie de lugares próximos

Copie de contextos similares

Copie de lugares muito distantes

© Marcelo Nakagawa, 201110

Page 11: Criação de negócios inovadores

Criando negócios inovadores....

• Mundo como fonte de inspiração e não apenas como validação: Viver como seu cliente vive. (Pesquisa etnográfica) Aspectos físicos, emocionais, culturais, cognitivos e reação coletiva

•Situações análogas: Buscar situações com características semelhantes ao caso

•Insights de usuários das extremidades

•Ir para o mundo real para olhar, ouvir, experimentar

Referência: Brown, Tim. Ideo, 2008.© Marcelo Nakagawa, 2011

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Page 12: Criação de negócios inovadores

Caracterização da sua

oportunidade de negócio!

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Busque o artigo Miopia de Marketing(Marketing Myopia) escrito pelo Prof.

Theodore Levitt em 1960 na internet eresponda a pergunta: “A Cacau Show

vende ?”chocolates

Será que há um tamanho de mercado“mínimo” para o seu negócio? E há umtamanho de mercado “máximo”? Vocêse contentaria em ter o maior negócio

da sua cidade? E um investidor?

Quando você se tornou “viável” finan-ceiramente? Isto tem relação com gerarfluxo líquido de caixa ? Será que

a lucratividade esperada atende aexpectativa de quem vai ler o plano?

positivo

Por que o seu negócio se diferenciarádos concorrentes? Isto será realmentepercebido como uma vantagem decisivapara o cliente escolher sua empresa?

Quer uma receita de como identificar uma grande oportunidade de negócio? Busque o vídeo “Any big problem is a big opportunity” do investidor Vinod Khosla!

Tem benefícioclaro parao cliente?

Atingeum tamanhode mercado

é adequado?

É viávele rentável?

Éinovador ou

diferenciado?

Fonte: Manual e-cobra, 2000

Fonte: NAKAGAWA, Marcelo. Barueri: São Paulo, 2011Plano de negócio: Teoria Geral. www.bit.ly/planodonegocio

VontadeIdéia de

Negócio

Inovação ou

Diferenciação

Oportunidade

de Negócio

Planejamento

do Negócio

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© Marcelo Nakagawa, 201112

Page 13: Criação de negócios inovadores

OportunidadeProduto /

Serviço

Empresa

Mercadoconsumidor

Indústria econcorrência

Produção eoperações

Marketinge Vendas

Dependendo do objetivo,preciso preparar um planode negócio diferente? Devoconsiderar a expectativa dequem vai utilizar o plano?

Hum? Pretendo montar um

novo negócio? Tem um jeito

mais simples para elaborar

um plano de negócio?

Plano de negócio

em pirâmide?

O que é isto?

Resultados(Financeiros)

Time

Não parece

difícil...

Mas o que é

um plano de

negócio?

Será que todo

negócio precisa

de um plano?

Plano de

negócio é sempre

tudo igual?

Oi! Eu sou a sua

idéia de negócio!

Mas para ser uma

oportunidade de negócio,

preciso passar por alguns

critérios!

Agora que eu acho

que sou uma

oportunidade, como

eu viro um negócio?

Será que preciso

escrever um

plano de negócio?

Como monto

um negócio sem

plano de negócio?

Quais as partes

de um plano

de negócio?

Fonte: NAKAGAWA, Marcelo. Barueri: São Paulo, 2011Plano de negócio: Teoria Geral. www.bit.ly/planodonegocio

VontadeIdéia de

Negócio

Inovação ou

Diferenciação

Oportunidade

de Negócio

Planejamento

do Negócio

O

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© Marcelo Nakagawa, 201113

Page 14: Criação de negócios inovadores

Criando um negócio sem plano de negócio

Quem eu sou?O que eu sei?

Quem eu conheço?

O que euposso fazer?

Interação

comoutras

pessoas

Comprometimentodos stakeholders

pedidos

Novosobjetivos

Expansão dos recursos

Novos mercados/novas empresas

Recursos atuais

Atitude e açõespossíveis

Effectuation (Saras Sarasvathy)

Customer Development +

Lean Startup (Steve Blank

+ Eric Ries)

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Page 15: Criação de negócios inovadores

Desenvolvendo um modelo de negócio

ClientesRelaciona-mento comclientes

Canais

Fontes de receitas

Atividadeschave

Recursoschave

Estrutura de custos

Propostade valor

Fonte: OSTERWALDER, Alexander; PIGNEUR, Yves. . Amsterdan: Modderman, 2009. C-42Business model generation

Parceiroschave

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Page 16: Criação de negócios inovadores

Rascunho do seu plano de negócio em pirâmide

Resultados

(Financeiros)

OportunidadeProduto /

Serviço

Empresa

Mercado

consumidor

Indústria e

concorrência

Produção e

operações

Marketing

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Quais os pré-requisitos para que sua idéia possa serconsiderada uma oportunidade de negócio?

Qual é o propósito da existência (missão) da suaempresa? E como ela vai estar daqui a 5 anos (visão defuturo em métricas financeiras, de mercado, em relaçãoa concorrência, aos ?)stakeholders

Quais produtos/serviços que serão comercializados? Equais benefícios (por item) serão percebidos comocríticos para a tomada de decisão do consumidor?

Quem serão os consumidores? Quais problemas/necessidades têm hoje? Estão bem resolvidos?

Quem são as empresas que oferecem o mesmo tipo deproduto/serviço? E quem são as que oferecem soluçõessimilares?

Quais são os processos-chave que a empresa terá queexecutar espetacularmente para se diferenciar nomercado?

Quais mercados consumidores serão priorizados noinício das operações? Como a empresa chamará aatenção das pessoas deste público-alvo e as converteráem consumidores leais (e apóstolos)?

Quem executará os processos-chave? E quem ficaráresponsável pelos demais processos importantes para obom funcionamento da empresa?

Quanto que você “acha” que será o investimento inicialnecessário para “abrir”o negócio? Em quanto tempo“acha” que vai recuperar este valor? Quanto que você“acha” que será a taxa de retorno sobre oinvestimento?

Investimento inicial: R$

Payback: meses

TIR: % a.a.

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_______

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Fonte: NAKAGAWA, Marcelo. Barueri: São Paulo, 2011Plano de negócio: Teoria Geral. www.bit.ly/planodonegocio© Marcelo Nakagawa, 2011

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