Criatividade e inovação um guia prático - Fátima Alves Holanda

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Fátima Holanda DH3 Consultoria E-mail: [email protected] Tel.: (21) 9429-6865 1 CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO Um Guia Prático para o Desenvolvimento dessas Competências Fátima Alves Holanda

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Um guia prático para o desenvolvimento da criatividade e da inovação.

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CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO

Um Guia Prático para o Desenvolvimento dessas

Competências

Fátima Alves Holanda

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SUMÁRIO:

Criatividade e inovação. São a mesma coisa?................................................................ 4

Algumas histórias de pessoas Criativas e Inovadoras......................................................8

Por que algumas inovações não dão certo? ....................................................................14

Algumas ferramentas que fomentam ideias facilitando a criatividade ........................17

Algumas ferramentas que facilitam a inovação .......................................................... 29

Desenvolvendo a sua Competência de Criatividade........................................................33

Desenvolvendo a sua Competência de Inovação..............................................................48

A Serendipidade e a Inovação...........................................................................................53

Considerações finais .......................................................................................................55

Recomendações Bibliográficas ......................................................................................58

Sobre a Autora:.................................................................................................................61

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APRESENTAÇÃO

A proposta deste material é levar o leitor à reflexão sobre a importância de se ter o foco na

inovação e de se desenvolver a criatividade como uma competência estratégica de pessoas no

contexto atual, onde impera um ambiente regido pela globalização, transformação

tecnológica, pela extrema ênfase na relação custo – benefício, satisfação do cliente e pela

rápida emergência de novos produtos e serviços e que as organizações precisam de

profissionais que rapidamente implementem mudanças e inovações e que tragam resultados

significativos para a empresa.

No passado, o que imperava era o valor da padronização dos processos de trabalho, mas agora

o cerne são as pessoas, como assimiladoras e criadoras do conhecimento que as organizações

precisam para serem competitivas.

Estamos no terceiro milênio! Os concorrentes estão em qualquer lugar não mais reduzidos a

aspectos geográficos, não há fronteiras e, dessa forma, inicia-se um processo de revitalização

dos seres humanos e de sua capacidade criativa e de sua aprendizagem, diferenciando-os

através dos seus talentos. Assim sendo, a inovação e a sua precursora a criatividade são

ingredientes imprescindíveis para o diferencial competitivo das organizações e o crescimento

sustentável no mundo dos negócios.

Faz-se mister, portanto, que a empresa estimule a criatividade dos seus colaboradores e

proporcione condições para que esta se transforme numa inovação implementada dentro da

organização.

Por outro lado, os profissionais, de qualquer área que seja, devem desenvolver ao máximo

essas competências para que possam contribuir de modo significativo no ambiente

organizacional.

Além da reflexão, aqui são apresentadas várias técnicas para o desenvolvimento da

criatividade e implantação da inovação em nível pessoal/profissional que terão impacto

significativo no meio organizacional.

Este e-book consolida alguns conteúdos de minhas palestras, treinamentos, workshops sobre o

tema, bem como alguns artigos já publicados por mim em sites diversos sobre este assunto.

Boa leitura!

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CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO. SÃO A MESMA COISA?

"As pessoas que vencem neste mundo são as que procuram as circunstâncias de que precisam

e quando não as encontram, as criam"

Bernard Shaw

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Todas as pessoas são potencialmente criativas. No entanto, ao longo dos anos de

socialização, a criatividade vai tornando-se mais “latente” em alguns indivíduos devido a todo

o processo rotineiro que permeia a vida das pessoas.

Quando crianças, por exemplo, desenhamos o que achamos que devemos desenhar, pois ainda

não possuímos padrões totalmente estabelecidos e quando adultos nos apegamos às regras,

aos padrões que nos impedem de criar e inovar.

Há alguns anos, o próprio sistema educacional não estimulava o “pensar” das crianças. A

maioria dos conceitos era transmitida e aprendida utilizando-se a memória, através da

repetição contínua. O objetivo final de uma aula era a informação decorada. O método de

ensino não estimulava a curiosidade e a pequisa. Dava-se muita informação, mas não se

ensinava como usar as informações aprendidas.

E isso também funcionava nas organizações, ou seja, os indivíduos eram considerados como

meras peças de uma grande engrenagem, recebendo apenas comandos de pessoas “pensantes”

do topo da hierarquia da empresa.

Hoje, obviamente, a visão administrativa mudou e as empresas precisam estimular o

afloramento e desenvolvimento dessa potencialidade nas pessoas. Quando a empresa utiliza,

realmente, uma gestão participativa, muitas idéias surgem. Mas o importante é que a empresa

esteja disposta a implementá-las e acredite firmemente na inovação como um diferencial de

seu negócio. E inovação significa tornar algo novo, diferente do concebido anteriormente. É

na verdade, uma descoberta e quando descobrimos algo, estamos de alguma forma abertos à

mudança e a aceitar o imprevisto, o impensado e o transponível. Mas, como conseguir fazer

isto sem coragem, sem ousadia para empreender?

Um outro aspecto que estimula o processo criativo é a curiosidade. As empresas precisam

possuir pessoas curiosas e devem, também, incitar a curiosidade, usando diferentes técnicas

que levem ao despertar de idéias totalmente diferentes das preconcebidas pela organização.

Na maioria das vezes, o despertar da criatividade acontece em decorrência de

questionamentos acerca de algo que poderia ser feito de forma diferente, ou que não existe

ainda, mas que poderia existir. O importante é tirar alguns minutos durante o dia e perguntar:

como eu posso fazer isto diferente?

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Hamel cita o exemplo de como surgiu a fotografia instantânea a partir de uma pergunta

inocente: “depois de observar o pai tirar uma foto, a filha de três anos do Dr. Edward Land

perguntou se poderia ver os resultados naquele instante. Essa pergunta fez com que Land

procurasse o caminho da busca pela fotografia instantânea. Anos depois, na Polaroid, Land

refletiu que na verdade, não inventamos novos produtos..., os melhores produtos já estão aí,

só que invisíveis, esperando para serem descobertos.”

Algumas perguntas facilitam o despertar criativo: por que isto é feito desta forma? Por que

não podemos fazer de forma diferente? E se fizéssemos deste outro modo? E por que não

implementar esta idéia?

É importante que se converse com clientes, fornecedores, com a equipe de trabalho, com

outras pessoas da organização, com pessoas da comunidade, que se pesquise em livros , na

internet, com outras empresas e discuta-se a questão que se quer implementar, criar, ou

modificar.

O clima da empresa, por outro lado, deve favorecer o desabrochar criativo que existe em cada

um de seus colaboradores. Todos devem ter a liberdade para experimentar novas idéias e ser

estimulados a pensar sobre um modo diferente de fazer as coisas, a mudar as regras e os

procedimentos rotineiros e estar preparados não apenas para entender, mas questionar e mudar

paradigmas.

No entanto, criatividade e inovação são características distintas. Criatividade é quando se

pensa as coisas de uma maneira nova, diferente. Inovação , por outro lado, é a capacidade de

implementá-las. Todas as pessoas são criativas, mas nem todas conseguem ser inovadoras,

pois isso requer outras habilidades, tais como , determinação, persistência, bom

relacionamento interpessoal, aproveitamento de oportunidades e foco estratégico, dentre

outras. É a capacidade de tangibilizar e materializar uma nova idéia em novos produtos ou

serviços.

Luc de Brabandere distingue os dois conceitos da seguinte maneira: " inovação significa a

capacidade dos funcionários de mudar a realidade e criatividade, sua capacidade de mudar a

sua percepção da realidade ". Ele acrescenta, ainda, vários aspectos que diferenciam a

criatividade da inovação. São eles:

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Mudança de Percepção Mudança da Realidade

É denominada Criatividade É denominada Inovação

Necessita de reflexão Necessita de ação

É um desafio para um indivíduo É um desafio para uma equipe

O processo é descontínuo O processo é contínuo

Acontece em um instante Leva um longo tempo

Imagina um novo sistema Produz algo de novo para o sistema

Seu impacto não pode ser medido Seu impacto é certo e mensurável

Exige brainstorming Exige gestão de projeto

Alimenta-se de questionamentos, surpresas,

idéias estranhas e incompletas

Alimenta-se de idéias práticas e de sugestões

úteis

Porém , é claro que para que se possa inovar, é preciso que sejam instigadas a criatividade e a

curiosidade. A criatividade é um componente da inovação. É necessário, ainda, que o

processo, produto ou serviço inovador sejam apoiados pelos dirigentes da empresa e

efetivamente implementados. Idéias sem ações não adiantam nada. Em algumas empresas,

ótimos negócios são abandonados antes de saírem do papel, produtos deixam de ser

fabricados e boas idéias se perdem e são esquecidas.

Volto a questão: todas as pessoas têm capacidade criativa. Porém algumas conseguem

implementar suas idéias e outras não. Têm receio, medo do grupo social, de parecerem

ridículas e acabam acomodando-se.

A criatividade por si só não basta. É preciso implementá-la. Transformá-la em uma inovação

concreta através de novos produtos, serviços, formas de gestão etc, senão ela não passa de

uma elucubração mental e não se transforma em ação.

Como bem afirma Peter Drucker, a inovação é o instrumento específico do espírito

empreendedor. É o ato que contempla os recursos com a nova capacidade de gerar riqueza.

A inovação, de fato, cria um recurso. Não existe algo chamado de “recurso” até que o homem

encontre um uso para alguma coisa na natureza e assim o dote de valor econômico.

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ALGUMAS HISTÓRIAS DE PESSOAS CRIATIVAS E INOVADORAS:

" A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original "

Einstein

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O que aconteceria se uma pessoa não fosse informada de que algo é impossível? Isso se

tornaria possível?

" Um dia, um jovem estudante universitário entrou correndo em sua aula de estatística na

Universidade da Califórnia, em Berkeley, atrasado.

Havia dois problemas escritos no quadro que ele pensou ser a tarefa do dia. Ele os copiou e

trabalhando durante horas no fim de semana, finalmente concluiu e entregou o trabalho.

O professor havia simplesmente escrito no quadro exemplos de problemas matemáticos

insolúveis. Desde o tempo de Einstein, todos os experts haviam concordado que esses

problemas eram impossíveis de solucionar. O estudante George B. Danzig, hoje é conhecido

como o pai da programação linear.

Por não ter ouvido a palavra impossível, a mente do estudante – livre para explorar –

descobriu o possível." (Hurley e Dobson)

O Coador de Café

A história do coador de papel citado no livro de Antonio Carlos Teixeira da Silva . Inovação

(2003) também é muito interessante. Ei-la: "O coador de café de pano era usado há muitos

anos. Nada parecia ser capaz de mudar essa mesmice. Até que , certo dia, um homem

reclamou à sua esposa que o café não estava tão gostoso quanto antes. Ultimamente, queixou-

se ele, o gosto do café estava estranho. A solícita esposa usou intuitivamente um dos

princípios da criatividade: o questionamento. E questionou: por que o sabor do café estava

desagradável?

Observadora (essa é outra característica das pessoas criativas) , a esposa constatou que, nas

entranhas do tecido do coador, acumulavam-se restos de café e poeira. Mesmo com as

lavagens do coador, essas substâncias permaneciam ali, alterando o sabor do café.

A criativa dona de casa, então, fez vários furos no fundo de uma caneca de latão. Depois,

cortou um pedaço de papel mata-borrão em círculo e cobriu o fundo da caneca.

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Melitta Bentz (era esse o nome dela) acabava de criar o coador de papel. Sua invenção

começou a ser comercializada em Dresden , uma pequena cidade do norte da Alemanha. E

assim surgiram os filtros Melitta."

O leite em pó e o leite condensado

Gail Borden, procurando uma forma de prolongar o armazenamento do leite, reduzir o seu

volume e contornar a falta de refrigeração na época, inventou um método, que dependendo

do estágio da operação, ele obtinha tanto o leite condensado, quanto o leite em pó. A sua

descoberta foi patenteada em 1856, mas na época não despertou muito interesse, até que com

a Guerra Civil nos Estados Unidos, o exército incluiu o produto para as tropas, comprando

grande quantidade de leite condensado. Quando os soldados voltaram para casa, contaram às

famílias sobre o novo tipo de leite. O resto todos já conhecem.

Harry Potter - o personagem

Joanne Rowling nascida em Chipping Sodbury, em 1965 é uma escritora britânica da

internacionalmente famosa série literária de fantasia sobre o jovem feiticeiro Harry Potter.

Antes de publicar o primeiro livro, sua editora, Bloomsbury sugeriu a Joanne que usasse as

iniciais de seu nome na capa dos livros de Harry Potter (pensando que alguns rapazes

poderiam ter preconceitos em comprar um livro escrito por uma mulher). Como tinha apenas

um nome próprio, ela escolheu para segundo nome o nome da sua avó favorita, Kathleen.

Em março de 2006, Rowling estava listada pela revista Forbes como detentora de uma fortuna

de 1 bilhão de dólares. Mesmo que os números sejam apenas estimativas, os seis primeiros

livros de Harry Potter já ultrapassaram a marca de 300 milhões de exemplares vendidos.

A idéia de escrever um livro lhe ocorreu em 1990, mas só efetivamente começou a obra mais

tarde depois que havia se divorciado do marido e ido morar na Escócia. Nesta época, dava

aula de francês em uma escola e o dinheiro mal dava para sustentar a si e a filha.

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Hoje, Rowling é a única autora bilionária do mundo, mas quando fez o seu primeiro livro

teve que duramente acreditar nos seus ideais e colocar a sua criatividade em prática. Escreveu

em esplanadas de cafés, enquanto o seu bebe dormia e desta forma terminou o seu primeiro

livro: Harry Potter e a Pedra Filosofal. Dele fez diversas cópias manuscritas por não ter

dinheiro para tirar fotocópias e foi entregando-o a várias editoras e iniciando-se uma série de

respostas negativas destas. Por fim, a Blomsbury decide comprar os direitos da obra que foi

lançada em julho de 1997 com estrondoso sucesso de crítica e público. Sem recursos para

divulgar seu livro, Joanne contou apenas com a propaganda boca-a-boca e com a resenha de

grandes jornais britânicos para levar Harry Potter ao conhecimento de todos.

De imediato, Harry Potter fascina os leitores e torna-se um bestseller mundial. A vida de J.

K. Rowling se transformaria para sempre.

A obra foi parar rapidamente no topo dos mais vendidos do país. O segundo livro "Harry

Potter and the Chamber of Secrets" (Harry Potter e a Câmara Secreta) teve o mesmo

resultado. Desde então, os livros da autora já foram traduzidos em mais de 200 países e em

55 idiomas, gerando uma série de produtos e filmes baseados nos seus livros.

Em 2003, Rowling foi agraciada com o Prêmio Príncipe de Astúrias da Concórdia, um dos

mais importantes concedido pela Fundação Príncipe de Astúrias. Este é concedido a pessoas,

instituições, ou grupos cujo trabalho tenha contribuído de forma exemplar e relevante para a

fraternidade entre os homens e a luta contra a injustiça, a pobreza, e enfermidade e a

ignorância.

A Refrigeração sem Eletricidade

Mohammed Bah Abba desenvolveu em 1995 na Nigéria um refrigerador que dispensa o uso

de energia elétrica, denominado “Pot in Pot”. Como nesta região não existia eletricidade e,

dessa forma, não havia refrigeração, os alimentos estragavam com muita rapidez no imenso

calor africano. Descendente de uma família de oleiros, começou a adaptar vasos tradicionais

para criar um refrigerador natural. Este consiste de dois vasos de diferentes diâmetros,

encaixados um dentro do outro. O espaço entre eles é preenchido com areia que deve ser

mantida constantemente úmida.

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O pote serve para conservar os alimentos por períodos mais longos. Por exemplo, o período

de conservação de berinjelas passou de 3 para 27 dias e o do espinafre de 1 para 12 dias. Bah

Abba colocou oleiros da região para produzir milhares desses vasos e hoje, a vida de milhares

de aldeões nigerianos melhorou por causa dessa inovação de simples, mas notável. Em 2000,

ele recebeu o prêmio Rolex destinado a pessoas que desenvolvem projetos sociais de alto

impacto.

Viajando um Pouco no Tempo

" ...a emoção da descoberta parece nascer quando uma experiência vem desmentir um mundo

de concepções já suficientemente arraigadas em nós. Sempre que tal contradição é sentida

com força e intensidade, experimentamos uma reação decisiva na maneira de interpretar o

mundo. O desenvolvimento desta interpretação é , em certo sentido, como um vôo contínuo a

partir da surpresa ".

Einstein

Olhando para os nossos alicerces do passado, lembramos de pessoas que foram extremamente

criativas e inovadoras e que deixaram sua marca imprimindo mudanças duradouras nas

nossas vidas. Como por exemplo, Thomas Edison, fundador da General Eletric, propôs a si

mesmo o desafio de obter luz a partir da energia elétrica. Outros pesquisadores já haviam

tentado construir lâmpadas elétricas, mas seus dispositivos tinham vida bastante curta. Após

inúmeras tentativas, finalmente conseguiu realizar seu objetivo. Numa conhecida frase de

Edison, ele diz: “ eu cometo mais falhas do que qualquer pessoa, mas cedo ou tarde, eu

patenteio a maioria delas”. O que mostra a sua determinação e persistência para levar a frente

as suas idéias.

Outro pesquisador, também bastante conhecido, foi Grahan Bell, que após numerosas

tentativas, conseguiu por fim, encontrar a forma definitiva do telefone, fazendo com que as

ondas sonoras, partindo da nossa boca, batam num disco, situado no bocal do telefone. Esse

disco acha-se ligado a fios metálicos, por onde passa uma corrente elétrica. As ondas sonoras

são transmitidas instantaneamente a um outro disco situado a quilômetros de distância. Desta

forma, este último vibra como o primeiro, repetindo as palavras pronunciadas. O novo

invento foi apresentado na Exposição da Filadélfia, em 1876 . Neste evento, D. Pedro II após

experimentar o aparelho disse comovido: "Meu Deus, isto fala!

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A sua imaginação, curiosidade, pesquisa, experimentação e persistência fizeram com que esse

meio de comunicação fizesse parte de nossas vidas e encurtasse as nossas distâncias.

As novidades que de certa maneira revolucionaram o mundo em sua época foram resultado de

pessoas que insistiram nas suas idéias, acreditando ser possível a mudança e que, na verdade,

acabaram por transformar toda uma forma de pensar, agir e de comportamento das pessoas.

As mudanças induziram os novos hábitos, refletindo numa nova cultura e numa nova

sociedade.

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POR QUE ALGUMAS INOVAÇÕES NÃO DÃO CERTO?

"Às vezes me pergunto por que fui eu que desenvolvi a teoria da relatividade. A razão,

segundo me parece, está em que o adulto normal nunca pára para pensar nos problemas do

espaço e tempo. São coisas que ele pensava quando era criança. Mas meu desenvolvimento

intelectual foi mais lento e, por isso, só comecei a pensar no espaço e no tempo depois que já

era adulto "

Albert Einstein

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As pessoas têm medo de errar e de serem ridicularizadas por seus erros. Porém errar é a

maneira de aprender a fazer a coisa certa. Muito do que aprendemos vem da nossa própria

experiência e não é ensinado por ninguém. Através dos erros que comete a pessoa fica mais

atenta e evita próximos erros. Os erros são essenciais ao desenvolvimento das idéias. As

coisas certas só são feitas perfeitamente se já foram feitas antes. Quando é feito algo novo,

isso é passível de erros.

Em muitas organizações os erros são severamente punidos até mesmo com demissões e este

tipo de cultura faz com que o que possa ser transformado num processo de aprendizagem na

busca de um resultado, leva à inação e a repetição de padrões pré-estabelecidos e a

manutenção do status quo. Este é o caso das empresas que administram com a combinação

do chicote (punição/medo) e da cenoura (premiação). No entanto, esta combinação de

motivos tem efeito devastador na criatividade.

Outro aspecto é a falta de comunicação objetiva sobre as metas da empresa, a sua estratégia,

bem como os problemas que devem ser solucionados. Se os colaboradores não tiverem bem

estabelecido este foco, ficarão sem saber onde suas idéias poderiam ser melhores

aproveitadas.

Por outro lado, quando um ambiente organizacional é alicerçado em inúmeras cobranças

superficiais e as pessoas não têm a chance de questionar, de perguntar o por quê aquilo ter que

ser feito daquela maneira, quando a liderança é excessivamente autoritária há o receio

exagerado dos riscos da exposição. Dessa forma, a empresa perde a oportunidade do

afloramento de novas idéias e acaba por tolher a capacidade de criatividade das pessoas.

Os indivíduos que vivenciam esse clima organizacional acabam perdendo a perseverança, a

determinação, aniquilam a sua curiosidade e escondem a sua sabedoria.

Temos que ter o cuidado com empresas que praticam o discurso da inovação, mas na prática

agem de forma diversa e é comum alguns líderes proferirem frases que eliminam qualquer

iniciativa inovadora.

Em muitas organizações vivencia-se a concepção mecanicista com normas rígidas e mais do

que previsíveis e dessa forma, o novo, o inusitado não faz ainda parte deste universo. Só o

que já foi testado e que deu certo em outras empresas é que é implementado.

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O afogamento com rotinas e burocracias é um outro aspecto que dificulta a inovação. O dia a

dia acaba impedindo a reflexão. Alguns gestores estão tão habituados às suas práticas de

trabalho que nem conseguem enxergar que as tarefas e processos possam ser feitos de modo

diferente. O tempo é curto e não dá nem para corrigir certos problemas que já estão

estruturados na rotina de trabalho. Vive-se sufocado pelo prazo das coisas acontecerem.

A idéia de que algo não deu certo no passado e não dará certo nunca mais também deve ser

contornada, pois as circunstâncias mudam, as pessoas mudam, a empresa muda e os erros do

passado já servem para se evitar reproduzir na tentativa posterior os mesmos aspectos que

causaram o fracasso anteriormente.

Na história da inovação muitos pensamentos são conhecidos pelo fato de considerarem que

algo não ia dar certo, como por exemplo (citado em Thorpe):

“ A Teoria dos germes de Louis Pasteur é uma ficção ridícula. “ - Pierre Pachet, professor de

fisiologia , 1872.

“ Este telefone tem muitos problemas que nos impedem de considerá-lo um meio sério de

comunicação. O aparelho não tem nenhum valor intrínseco para nós.” - Memorando interno

da Western Union, 1876.

“ É impossível construir uma máquina voadora mais pesada dos que o ar.” – Lorde Kelvin,

presidente da Royal Society, 1895.

“ Nós não gostamos do som deles e a música tocada com guitarras está em vias de extinção.”

– Decca Recording Company, sobre os Beatles, 1962.

Há alguns anos atrás a criatividade tratava de encontrar um novo "como" , ou seja, um novo

modo de fazer a mesma coisa. Agora, a criatividade trata de um novo "o que " deve ser feito.

E é o bom clima organizacional que irá facilitar e permitir que a grande diversidade dos

talentos existentes na organização possam colocar suas idéias sem medo e, consequentemente

serem mais produtivos e felizes na busca dos resultados esperados.

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ALGUMAS FERRAMENTAS QUE FOMENTAM IDEIAS FACILITANDO A

CRIATIVIDADE:

" Se eu tivesse oito horas para derrubar uma árvore, passaria seis afiando o meu

machado ".

Abrahan Lincon

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As ferramentas auxiliam não só a resolver problemas, como encontrar novas alternativas para

o modo de pensar e são fundamentais para a determinação das estratégias. Quando se utiliza

no entanto apenas uma ferramenta específica há dependência e não se enxerga outras

soluções interessantes. Se o indivíduo utilizar várias ferramentas diferentes, poderá abrir a

sua mente para um considerável número de novas idéias e novas soluções.

O sábio não é o homem que dá as verdadeiras respostas; é aquele que faz as verdadeiras

perguntas Claude Lévi-Strauss

. Mind Map

Uma ferramenta bastante interessante não só para estimular a criatividade, mas também para

montar projetos ou solução de problemas é o Mind Map (mapa mental), criada pelos ingleses

Tony e Bany Buzan a partir de estudos e pesquisas sobre a fisiologia e o funcionamento do

cérebro humano.

O mapa mental é uma técnica gráfica que facilita o registro de idéias, obedecendo a três

princípios fundamentais: o pensamento irradiante, a capacidade multisensorial do cérebro e a

associação de idéias.

O pensamento irradiante é representado na estrutura dos mapas semelhante à dos neurônios.

A capacidade multisensorial é presente dos desenhos, imagens e cores e a associação é

realizada através das idéias, numa cadeia de conexões infinitas.

Mapa Mental (Mind Map)

Título/Tema

principal

Tema secundário

Tema secundário

Tema s

ecundári

o

Tema secundário

Sub- itens

Sub-itens

Sub-itens

(desenvolvida pelos ingleses, Tony e Bany Buzan)

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Depois de ser feito o mind map, a pessoa pode revê-lo e acrescentar algumas idéias para

expansão de sua percepção, como por exemplo:

- Novas estratégias,

- Novos locais,

- Novas soluções,

- Novas perspectivas,

- Novas ferramentas,

- Novos aliados ,

- Novas aplicações,

- Novas características,

- Novos conhecimentos, etc

. Mapa de Obstáculos:

Quando a questão a ser resolvida for superar algum obstáculo, ou seja, qualquer coisa que

esteja impedindo a pessoa, ou a equipe de trabalho de alcançar o seu objetivo, é interessante a

utilização desta ferramente para se dimensionar com mais exatidão a oposição ao objetivo.

Funciona da seguinte forma: primeiro a pessoa/equipe formula com clareza o objetivo (como

quer que as coisas estejam) e com clareza também o situação atual (como as coisas estão

atualmente) e depois preenche os obstáculos. Desta forma, se consegue uma visualização com

maior nitidez , quais os obstáculos que realmente existem e como podem ser superados. Birch

e Clegg dimensionam esta ferramenta da seguinte maneira:

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Provavelmente, só o fato de desenhar o mapa de obstáculos já auxilia as equipes a clarificar

melhor os problemas e achar as devidas soluções.

. Benchmarking:

O benchmarking é um sistema contínuo de pesquisa que permite aos executivos realizar

comparações entre processos e práticas de empresas para identificar as melhores e alcançar

um nível de superioridade ou de vantagem competitiva.

No final da década de 70, a Xerox Corporation redigiu um roteiro para o estudo disciplinado

da concorrência, demonstrando o poder do benchmarking em suas operações de manufatura.

A empresa queria comparar seu desempenho em manufatura nos Estados Unidos com o

desempenho de concorrentes estrangeiros. O estudo revelou que os concorrentes estavam

vendendo os seus produtos a preços equivalentes aos custos de produção da Xerox. Em

resultado, a empresa rapidamente passou a adotar alguns parâmetros externos como meta para

orientar seus planos empresariais.

Essa experiência alterou de forma radical as operações de manufatura, a tal ponto que, no

final de 1981, a empresa resolveu adotar o benchmarking como um programa geral a ser

desenvolvido por todas as suas áreas.

A palavra japonesa dantotsu, que significa buscar ser o melhor entre os melhores, capta a

essência do benchmarking Trata-se de um processo positivo e ativo para mudar as operações

da empresa de maneira estruturada e assim obter um desempenho melhor.

Seus objetivos derivam principalmente da necessidade de se estabelecerem metas e perseguir

a melhoria continua. Antes de mais nada, é um processo de orientação que nos leva a

descobrir e entender as práticas necessárias para alcançar as novas metas.

Como as coisas

estão atualmente

Como quero que

as coisas estejam

Obstáculos

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O benchmarking legitima a direção e as metas de uma empresa com base numa orientação

externa, em vez de uma projeção feita a partir das práticas internas e tendências passadas. Em

virtude das mudanças no mercado, definir metas olhando para dentro da empresa geralmente

não atende às expectativas dos clientes.

As expectativas dos clientes são guiadas pelos padrões estabelecidos pelos melhores

fornecedores do setor e também pelas boas boas experiências de fornecedores dos outros

segmentos de negócios.

O maior benefício do benchmarking é, portanto, o de ajudar a alcançar níveis de desempenho

de liderança que atendam plenamente às crescentes expectativas dos consumidores.

Essencialmente, o benchmarking é uma experiência de aprendizado. Ajuda o profissional e a

empresa a focalizar o que deve ser feito e como, de forma consensual, em vez de perder

tempo discutindo o que fazer. Pode estimular os profissionais de todos os níveis hierárquicos

a alcançar, a partir de parâmetros externos níveis de desempenho de padrão internacional e

com elevada satisfação dos clientes.

O principal benefício do benchmarking é, portanto, o aumento de competitividade e do valor

percebido pelos clientes. O emprego eficaz desse processo no desenvolvimento e na

implementação de ações que podem ajudar uma empresa a alcançar um patamar superior nos

serviços ao cliente. Isso, por sua vez, levará ao aumento em participação de mercado e

melhorará os resultados financeiros.

É importante que se faça benchmarking também com concorrentes potenciais de outros

países. As tecnologias em uso podem ser facilmente importadas e oferecer vantagens

significativas. Além disso, empresas de outros países estarão mais dispostas a repartir seus

conhecimentos se não forem concorrentes diretos e se estiverem propícias também a trocarem

informações em benefício de ambas as empresas envolvidas.

Antes de realizar o benchmarking, no entanto , é preciso estar preparado, fazer um

planejamento dos pontos-chave que irão ser observados e perguntados, para que a visita seja a

mais proveitosa possível.

Além do benchmarking externo, os gestores podem fazer também um benchmarking interno

na própria organização, em outras áreas e em outras unidades de negócio.

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Sugestão: Separe pelo menos um dia a cada bimestre ou trimestre para passar um dia inteiro

em outras áreas/unidades de negócio, conhecendo-as mais intensamente e obtendo idéias para

aplicar nas suas atividades.

O Benchmarking no processo de inovação deve ser usado não só como uma ferramenta para

melhoria ou para uma atuação tão boa como a de outra empresa ou grupo de empresas , mas

sim para a partir daí gerar novas idéias e projetos para a organização.

- Scannig

Enquanto o benchmarking copia o que está sendo feito atualmente, o scannig focaliza o que

pode ser feito e o que está sendo desenvolvido. Ou seja, o benchmarking examina as

tecnologias-chaves e algumas jovens, enquanto o scanning busca tecnologias jovens e

emergentes - aquelas que estão sendo introduzidas ou estão ainda em desenvolvimento.

O scanning comumente envolve uma série de táticas, sendo que muitas delas também são

utilizadas no benchmarking. Entretanto, o scanning coloca maior ênfase na identificação e

no monitoramento de fontes de novas tecnologias para um setor industrial. Pode também

recomendar que os executivos leiam periódicos de pesquisa de ponta e participem mais de

conferências e seminários. A importância do scanning depende largamente do quão

proximamente do estado-da-arte da tecnologia a empresa precisa operar (Bateman e Snell).

- O Brainstorming - “ A tempestade de idéias”

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“Precisamos tornar nossos produtos obsoletos antes que os concorrentes o façam”.

Bill Gates

O braisntorming ou "tempestade de idéias " é uma ferramenta que apoia as pessoas a

liberarem a imaginação, é uma atividade que serve para explorar a potencialidade criativa do

indivíduo, trabalhando-a em prol de seus objetivos.

Há dois princípios que norteiam esta técnica, que são:

- O atraso no julgamento;

- Criatividade em quantidade e qualidade.

Quando se adia o julgamento é fornecida a possibilidade de serem geradas muitas ideias antes

de se decidir por uma. Neste patamar, todas as ideias são iguais. Não existem ideias boas ou

ruins. É necessário atrasar o julgamento enquanto não se terminou de se colocar todas as

ideias.

E quanto mais ideias foram geradas, maior a probabilidade de se encontrar uma boa ideia.

Uma ideia se associa à outra.

O braisntorming funciona da seguinte maneira: coloca-se um tema central ou uma descrição

clara do problema que se quer explorar, como por exemplo, como poderíamos adquirir novos

mercados? Ou Como transformar nossos clientes em extremamente satisfeitos e leais a

empresa? Ou como deveríamos modificar tal produto? As regras devem ser claras antes do

braisntorming propriamente dito, ou seja, de que não se pode julgar ou policiar, ou censurar

as idéias dos demais participantes e que a geração de muitas idéias é extremamente

importante para o sucesso do mesmo. Após a explicação pode-se fazer um pequeno

aquecimento para dar início (descrito mais adiante). Os participantes começam, então, a

expor as suas idéias "sem censura " do grupo de forma livre. É importante que as pessoas se

policiem no sentido de não fazer caretas, ou expressões faciais para as idéias dos outros que

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não gostaram. A condução do brainstorming por um coordenador do grupo, ajuda no sentido

de lembrar a todos a metodologia a ser seguida e a não censura das idéias alheias. Deve-se

ser construtivo e positivo em relação às idéias do grupo.

Nesta técnica as idéias pegam "carona " umas nas outras e uma idéia original pode ser

transformada e enriquecida pelos membros da equipe. Há um estímulo recíproco de idéias.

Cada uma dará origem a uma variedade grande de associações. Além disso, a quantidade e

velocidade de idéias aliados à ausência de julgamento facilita o desabrochar de diversos

insights. A questão, desta forma é considerada de muitas perspectivas diferentes. Quando um

único indivíduo pensa sobre o assunto o ponto de vista é mais pessoal e limitado, ao passo que

várias pessoas podem aplicar ao problema uma gama mais ampla de conhecimento, que

nenhum dos indivíduos isolados possui.

A numeração das idéias também pode ser utilizada, pois motiva os participantes e dá um

ritmo maior à reunião.

É importante que as idéias sejam escritas e todos as visualizem, pois assim fica mais fácil a

geração de mais novas idéias. Podem ser utilizados vários recursos, tais como, canetas de

diferentes cores, post it, quadros brancos etc.

Uma variante da brainstorming é escrever as idéias num papel e o coordenador abre e as

escreve num flip chart. Pode servir para "esquentar" a dinâmica no início e para desinibir os

participantes.

Outra forma de “esquentar” o Brainstorming antes de começar a técnica é escrever uma

palavra qualquer num flip chart e solicitar aos participantes que associem o que vier à mente

àquela palavra. Esse é um exercício divertido e uma forma de descontrair e “alongar” a

mente.

Depois que todas as idéias ligadas ao tema são exploradas, faz-se uma segunda rodada para

eleger com consenso da equipe, quais as que serão priorizadas e efetua-se um plano de ação

para a sua implementação.

Outro aspecto a ser considerado, é que os membros do grupo se identificarão muito mais com

as decisões e os planos , os quais eles participaram, facilitando, assim, a implementação.

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Deve-se também conscientizar as pessoas do grupo a não utilizarem celulares e a não ser

interrompidas durante a reunião, para não atrapalhar o processo criativo.

Uma variante do brainstorming é o brainstorming imaginário (King e Schlicksupp), que

utiliza a substituição dos temas principais por artifícios imaginários e, após isto, volta-se ao

problema original com as novas idéias geradas e adaptadas à questão principal. Outra forma

de variação do brainstorming imaginário é solicitar à equipe que busquem antes da reunião

por palavras raras ou pouco conhecidas e depois utiliza-las num contexto que seja aplicável ao

negócio.

A criatividade pode ser comparada aos nossos músculos, se ela não for exercitada, ela se

atrofia. E para isso deve-se procurar exercitar a sua expansão para o seu surgimento mais

rápido.

Eis a seguir mais sugestões para o desenvolvimento de sua criatividade.

- Associação de idéias:

Nas associações de idéias deve-se deixar a mente livre vagando sem censura e ir anotando

tudo o que vier a mente que a pessoa for se lembrando com relação ao estímulo original, que

pode ser uma palavra, um problema, um produto, serviço ou outra coisa qualquer.

Vamos começar a exercitar agora? Associe todas as palavras que vier a sua mente sem

censura com relação aos estímulos a seguir:

Computador:

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Planta:

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Crie outro estímulo e faça a sua associação de ideias:

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Outra técnica pode ser a de pegar várias idéias de um jornal diário, recortá-las e acrescentar as

suas ideias àquele tema recortado.

- Analogias:

Muitas inovações nascem a partir de analogias que despertam o processo criativo, que são por

exemplo, comparações , conexões que se faz entre um objeto, conceito , ou ideia e outros

objeto, conceito ou ideia e daí surge a descoberta de um padrão oculto de conexão entre as

coisas. " Analogias e comparações ajudam a inserir as coisas num contexto novo ou

contemplá-las de um ponto de vista inteiramente original " ( Goleman).

Na analogia pode-se, por exemplo, pensar em alguém que se admire por realizar um trabalho

bastante destacado, que pode ser num esporte, ou na música, ou numa empresa, enfim, que se

destaque por sua atuação e relacionar todas as qualidades dessa pessoa e a sua forma de atuar.

Terminada esta etapa, faz-se a conexão com o projeto ou a atividade, na qual querem

desenvolver novas idéias. O que existe em comum, quais as semelhanças? Quais as

diferenças? O que pode ser implantado a partir das semelhanças e diferenças?

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Convido você também a prática desta ferramenta. Imagine todas as possíveis analogias entre

os pares de estímulos a seguir e escreva sem censura:

Montanha Mesa:

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Garrafa Yogurte:

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Razão Emoção:

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- Palavra aleatória:

A palavra aleatória é uma técnica citada por vários estudiosos do assunto. Trata-se do

seguinte: a pessoa escolhe uma palavra qualquer, que pode ser tirada de um artigo, jornal ou

revista e desenvolve associações com relação à palavra e que não tem nada a ver com o

problema ou idéia que se quer desenvolver. Depois de realizadas as associações , tenta-se

relacionar ou fazer alguma analogia ao problema em questão.

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- Utilidades:

Uma ferramenta bastante interessante é começar a listar a utilidade de objetos que não são o

seu uso principal. Como por exemplo, quais as outras utilidades que se pode ter um pote de

colocar alimento? Ou um tijolo?

O interessante é listar o máximo de utilidades que a mente conseguir. As pessoas vão se

surpreender com a quantidade que elas mesmas descobriram!

Relacione você também as várias utilidades para os objetos a seguir:

Pedra:

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Pedaço de pano:

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Tijolo:

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ALGUMAS FERRAMENTAS QUE FACILITAM A INOVAÇÃO

“ A inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o meio pelo qual eles

exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço

diferente. Ela pode bem ser apresentada como uma disciplina, ser apreendida e ser

praticada”

Peter Drucker

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- Metas de Inovação

Tanto individualmente quanto empresarialmente, podem-se ter metas de inovação. Na medida

em que se tem como objetivo bem estabelecido e quantificado a inovação, a sua ocorrência é

bem mais provável de acontecer.

Ao se estabelecer metas de inovação seja esta mensal, trimestral, semestral ou anual tanto o

indivíduo como a organização vai se preparar para esta implementação.

No processo de estabelecimento de meta, deve ser lembrado que esta deve ser “smart”, ou

seja, a meta deve ser:

S – Específica (specific)

M – Mensurável

A – Alcançável

R – Relevante

T – Temporal

Específica: deve ser colocado o quê especificamente vai ser a inovação ou o objeto da

inovação, o que vai ser efetivamente inovado.

Mensurável: deve ser estabelecido como vai ser medida, mensurada a meta;

Alcançável: deve ser refletido se há possibilidade da meta ser alcançável, para que não se

torne frustrante.

Relevante: pode ser questionado o “por quê” a meta é importante.

Temporal: a meta deve ser especificada em termos de prazos reais.

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- 5 W 's e 2 H 's

Os 5 W 's e 2 H 's facilitam a estruturação de uma idéia e a sua implementação. Muito

utilizado na análise de problemas da qualidade é também uma ferramenta interessante para os

processos de inovação, pois como já mencionado anteriormente, criatividade é o fato de gerar

idéias e a inovação é a implantação destas idéias. Ou seja, de todo o processo inovador, 1% é

de inspiração e 99% de transpiração!

Na verdade, estas letras significam o início de palavras em inglês:

What - O que (deve ser implementado);

Why - Por que ( deve ser implementado; que benefícios vai trazer);

Who - Quem (vai implementar; qual o responsável, ou responsáveis?);

Where - Onde (local de atuação);

When - Quando (datas e prazos para cada etapa e prazo final);

How - Como ( como será implementado, quais as etapas ou metodologia a ser utilizada);

How much - Quanto custa (investimento necessário);

- Planos de Contingência:

Estabelecida a meta de inovação, o plano de ação para alcançar a meta com as etapas bem

delineadas e definidas, é importante a elaboração do plano de contingência, ou plano “B” para

transpor possíveis obstáculos em cada etapa do plano de ação inicialmente estabelecido.

Desta forma são pensados e analisados todos os possíveis problemas e obstáculos e quais as

formas de superá-los para a implantação da meta de inovação.

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- Uso da Tecnologia para fomentar troca de idéias:

O uso de e-mails, chats, fóruns, bibliotecas virtuais com mecanismo de busca de temas

certamente facilitam a troca de idéias e o fomento de novas aprendizagens. Facilita a busca

de informação e conhecimento e a colaboração de novas formas de pensar.

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DESENVOLVENDO A SUA COMPETÊNCIA DE CRIATIVIDADE

..." a mais profunda emoção que podemos experimentar é inspirada pelo senso de mistério.

Essa é a emoção fundamental que inspira a verdadeira arte e a verdadeira ciência. Quem

despreze esse fato e não é mais capaz de se questionar ou de se maravilhar, está mais morto

do que vivo, sua visão está comprometida..."

Einstein

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- Atitudes e Comportamentos:

Nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado. Nele se encontram todos os segredos,

inclusive o da felicidade.

Charles Chaplin

Hoje o fator tempo tem um significado diferente de alguns anos atrás. Ele é muito

mais importante, pois está escasso para a maioria das pessoas. Dessa forma, todo tipo de

serviço que gere alguma comodidade para quem quer aproveitar melhor o tempo é bastante

precioso e as pessoas pagam por esse conforto.

As pessoas, atualmente, reúnem mais informações sobre os produtos e serviços, comparam

preço e qualidade, buscam sempre melhores alternativas e avaliam ininterruptamente a

relação custo e benefício daquilo que estão recebendo.

Dessa forma, o timing de maturação das idéias não pode ser muito longo, pois se demorar

muito pode acabar tornando-as obsoletas e perdendo a relevância. Porém não há tempo certo,

nem errado, o importante é estar em sintonia com o ambiente e com as oportunidades.

Quando as idéias não são executadas, perdem o significado. Portanto, o indivíduo deve

estruturar suas ações e colocá-las em prática. Deve ter segurança do seu significado, para

lutar por ela, para defendê-la externamente e estar

preparado para responder aos questionamentos. Tudo o que é novo gera incertezas e as

pessoas procurarão saber de todos os detalhes e verificarão se o indivíduo apresenta confiança

e segurança em suas apresentações.

Qualquer nova idéia implica sempre a aceitação de algum risco. Portanto, para implantar as

inovações é preciso que as pessoas sejam empreendedoras e estejam dispostas a correr riscos.

Além disso, é importante para que as idéias sejam compartilhadas, que haja alguma habilidade

na comunicação, certo poder de persuasão na exposição das mesmas. É preciso entusiasmo

na apresentação.

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É preciso encarar as críticas de forma aberta, pois podem ser bastante úteis para a melhoria

do projeto apresentado, podem agregar valor e não representarem necessariamente uma

resistência.

Para se implementar inovações, os profissionais devem sempre procurar novos desafios e sair

da rotina.

Outro aspecto relevante para a implantação de idéias é a utilização não só da inteligência

racional, com aspectos ligados à lógica, à razão, ao que é certo e errado, ao planejamento e à

organização (associados ao lado esquerdo do cérebro) mas principalmente àqueles

relacionados à inteligência emocional , que dá vazão ao equilíbrio emocional, à empatia, à

visão, ao sonho, à intuição (associados ao lado direito do cérebro) e, também, ao conceito

surgido mais recentemente, que é o da inteligência espiritual, ligada ao significado da vida,

aos propósitos e sentido de missão.

- Pensamento convergente e pensamento divergente

“Os inovadores bem sucedidos usam tanto o lado direito como o lado esquerdo de seu

cérebro.”

Peter Drucker

O pensamento divergente já vem sendo apontado desde a década de 50 por Guilford, que

vinha realizando pesquisas sobre a inteligência e identificou este componente da estrutura do

intelecto, que se distingue, sobretudo, pela originalidade das idéias. O pensamento divergente

proporciona a imaginação e a criação. O pensamento convergente refere-se à lógica, à análise

crítica, ao desenvolvimento racional das idéias.

Estes aspectos são vistos por muitos cientistas como relacionados ao hemisfério esquerdo do

cérebro (pensamento convergente) que parece governar a linguagem, a escrita e a matemática,

as deduções lógicas e outros tipos de análises. Já o hemisfério direito do cérebro parece

governar os conceitos visuais, espaciais, artísticos e intuitivos e ser a fonte da imaginação e da

brincadeira espontânea.

“O pensamento convergente é adequado para situações controladas, que possuem variáveis

definidas e mensuráveis com um certo grau de previsibilidade. Já a estratégia divergente

trabalha com o cenário oposto. Não existem métodos conhecidos e seguros para enfrentar a

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situação e nem variáveis facilmente identificáveis ou mensuráveis que possam interferir na

solução do problema” (Souza).

Para criar mudanças os dois tipos de pensamento devem se alternar sempre. A criatividade se

apóia na imaginação, na reestruturação do campo perceptivo e a inovação necessita de uma

análise crítica e detalhada para que a idéia se transforme em ação.

- Aprendizagem sempre

“... riscos elevados são inerentes na inovação baseada em conhecimento. É o preço que

temos que pagar por seu impacto, e acima de tudo pela sua capacidade de provocar

mudança, não somente em produtos e serviços, mas na maneira como vemos o mundo, nosso

lugar nele e, eventualmente, a nós mesmos.”

Peter Drucker

O profissional tem que estar permanentemente preocupado em aumentar o seu conhecimento.

Deve fazer a auto crítica e estar sempre se questionando:

- Quantos livros eu tenho lido nos últimos meses?

- Quantos artigos?

- Quantos cursos eu tenho feito?

- Quantas palestras eu tenho assistido?

Quanto mais conhecimento o profissional adquire, além de se tornar mais capacitado

tecnicamente, está alimentando o seu cérebro com mais informação para fazer analogias,

associações com ideias novas e criativas, precursoras da inovação.

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Ninguém pode ter uma ideia original na física , se não tiver algum conhecimento a respeito.

Da mesma maneira será difícil escrever uma nova composição musical, se não tiver a

proficiência neste campo específico.

A interação com elementos de nossa cultura - livros, filmes, artigos, peças teatrais, cinema,

musicais e outras obras de arte - , faz com que também surjam novas ideias.

- Pensando “fora da caixa, em outras caixas, em novas caixas”

Sempre se ouve falar em criatividade como “pensando fora da caixa”, mas o que na verdade

significa isso?

Colocando o exemplo para um profissional dentro de uma organização é fazer com que ele

saia do seu “habitat” , saia de sua rotina, saia das delimitações de sua área e, por exemplo,

mergulhe no que acontece em outras áreas da empresa, ou seja, vivencie o dia-a-dia de “outras

caixas” . Isso traz inúmeros benefício, como compreender exatamente como funcionam os

processos da empresa, a pessoa adquire maior conhecimento do negócio como um todo, há

maior integração entre os diversos departamentos e, por conseguinte menor burocracia e

maior agilidade na solução dos problemas e novas idéias surgem em conjunto.

O “pensar em novas caixas” significa ir além da sua organização, ou seja, buscar o que e

como outras empresas estão trabalhando e trazer para a sua realidade. Significa buscar em

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nível nacional e internacional outras tendências, outros processos e outras aprendizagens. É

buscar pensar de forma diferente do habitual.

A criatividade pode ser comparada aos nossos músculos, se ela não for exercitada, ela se

atrofia. E para isso deve-se procurar exercitar a sua expansão para o seu surgimento mais

rápido.

Eis a seguir mais sugestões para o desenvolvimento de sua criatividade.

- Leituras diversas:

Ler vários livros sobre criatividade e sobre assuntos diversos sobre os quais a pessoa não está

acostumada no seu cotidiano. Por exemplo, mesmo que a pessoa não goste de aventuras,

pode ler alguma reportagem sobre esportes radicais, ou sobre um assunto completamente

diferente de sua profissão. Ler artigos científicos, tecnológicos, de economia, de outras

culturas, enfim de temas diversos que dêem estímulos cognitivos vários para que a mente seja

enriquecida.

- Mudança de Hábitos:

“Os seres humanos, mudando as atitudes internas da mente, são capazes de também

mudar os aspectos externos da vida”

William James

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Uma outra técnica que facilita o desabrochar da criatividade é a mudança da rotina e de

hábitos que já estão confortavelmente enraizados. Esta atitude desperta um novo padrão de

pensamento. É importante fazer algumas destas mudanças, como por exemplo: mudança de

material de leitura. Ler assuntos com os quais não se está acostumado. Mudar também

atividades de lazer. Fazer alguma atividade nova, inusitada. Sair da rotina pode ser feita

com coisas bastante simples, como por exemplo:

- Resolver mudar a trajetória de ida e/ou volta do trabalho;

- Comer em novos restaurantes e novas comidas;

- No meio do expediente fazer uma reunião relâmpago com a equipe distribuindo bombons

para todos os que sugerirem novas idéias;

- Programar uma viagem ou atividade diferente para o fim de semana;

- Fazer piquenique com a família;

- Tomar banho de cachoeira;

- Ir a uma praia diferente;

- Rever antigos amigos;

- Fazer novos amigos;

- Se é destro, escrever com a mão esquerda e vice-versa;

- Ler novas revistas;

- Ler novos jornais;

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- Ver filmes de estilos diferentes ao habitual;

- Dormir do outro lado da cama;

- Dormir em horários diferentes;

- Escutar novas músicas e novos estilos musicais;

- Ir a outros supermercados;

- Ir a outros cinemas; teatros;

Os hábitos logo são incorporados ao cotidiano e são feitos sem se pensar. Para ser criativo é

preciso abrir-se à ambigüidade e às novas possibilidades. Às vezes, precisamos romper os

hábitos e o estímulo para fazer isso pode estar fora de nossa experiência ou zona de conforto.

As pessoas criativas adaptam com facilidade uma idéia de um contexto em outros.

Quando se está no mesmo ambiente repetidas vezes, o mais provável é que as idéias surgidas

também sejam as mesmas. Se a pessoa freqüentar sempre os mesmos lugares e com as

mesmas pessoas, estará pensando e conversando sempre as mesmas coisas, mas se mudar de

ambiente, será mais fácil imaginar novos conceitos. Assim como o corpo precisa de

exercícios físicos para se manter em forma, o cérebro precisa de estímulos para ser mais

criativo!

O desenvolvimento de interesses numa variedade de coisas fora do esquema normal de

trabalho, traz diversas idéias que possam ser implementadas.

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- Registro das ideias:

Uma ideia gera outras, mas é importante que elas não se percam nos artifícios da memória e,

portanto, devem ser registradas no momento de sua criação. Se estas não forem anotadas, elas

podem se perder.

É importante andar sempre com um "caderninho de anotações ", que são perfeitos para o

registro de pensamentos, reflexões, imaginações, ideias. A lembrança posterior delas abrirá

caminho para o desenvolvimento de outras.

É importante, num primeiro momento anotá-las, mas procurar não avaliá-las. Posteriormente,

sim, faz-se um detalhamento do funcionamento daquela ideia.

Pode ser utilizado também um gravador para registrar ideias quando não é possível escrevê-

las, por exemplo, quando se está dirigindo.

- Observação:

Outro aspecto para o desenvolvimento da criatividade é praticar a observação das coisas.

Procurar em alguns momentos do dia ficar atento a algum objeto, observando nos seus

mínimos detalhes e começar a descobrir aspectos que estavam despercebidos anteriormente.

Este exercício começa a ampliar o campo perceptivo e treina a mente a observar detalhes que

favorecem a criatividade.

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Quando estamos habituados a determinada coisa, funcionamos como se estivéssemos num

"piloto automático " e não prestamos a devida atenção a elas e acabamos ficando "cegos "

para os detalhes da situação. Não o percebemos. Aquilo com o que nos deparamos todos os

dias se torna comum e perdem seu caráter distintivo. Um modo de evitar isso é elaborar um

novo esquema, ou seja, uma nova maneira de contemplar o corriqueiro.

Na observação deve-se procurar prestar atenção no maior uso possível da informação

disponível. Pode-se praticar a observação também, buscar ir além dos objetos, na postura das

pessoas, na comunicação não-verbal, nos gestos, no tom de voz e na linguagem corporal do

interlocutor.

Observe agora um objeto, uma pessoa ou uma paisagem, ou aquilo que está mais próximo de

você neste momento. O que você detectou nos detalhes? O que percebeu agora, que não

havia observado antes?

- A curiosidade

A palavra inglesa question (pergunta) deriva do latim quaerere (procurar), sendo da mesma

raiz de quest (procura). Uma vida criativa é uma procura constante e boas perguntas são

ótimas para gerar descobertas.

Um obstáculo ao questionamento é a preocupação de que o excesso de perguntas, além de

revelar ignorância, possa aborrecer os outros e tornar a pessoa inconveniente, mas se não se

faz perguntas, não se aprende, não se avança, não se evolui.

Outro inimigo das perguntas é o valor que se adquire desde a tenra infância, nas escolas, de

que temos que ser conhecedores e não descobridores. Com a idade, aprendemos que é bom

ser culto e acaba-se negligenciando a curiosidade da primeira infância.

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Uma pessoa curiosa está sendo querendo investigar o modo como são feitas as coisas ,

por que elas são feitas desta ou daquela maneira, por que existem, por que não podem ser

feitas de maneira diferentes. Elas querem saber e investigar sempre mais.

- O Bom Humor

"Nenhuma obra criativa veio a luz sem o jogo lúdico da fantasia. A dívida que temos para

com o jogo da imaginação é incalculável."

Carl Jung

É difícil imaginar alguém expandindo a sua criatividade de mal humor. Criatividade está

associada ao entusiasmo, ao bom humor, ao alto astral. Pessoas mal humoradas costumam ser

carrancudas, formais e quando ficam formais têm o pensamento linear. A criatividade, no

entanto, movimenta-se através de insights, através de caminhos imprevisíveis, através da

liberdade do pensar.

A tristeza embota o pensamento e é difícil o indivíduo neste estado ter a abertura para novas

idéias. Quando se está mal-humorado, nada melhor do que dar uma caminhada, ligar para um

amigo, ou ler um bom livro para mudar o nível de energia.

Quando as pessoas visualizam uma idéia com bom humor, estarão mais aptas a explorá-la,

pois não têm o bloqueio do “certo” ou “racional” e como estão encarando-a de forma lúdica,

tudo é possível!

Um ambiente agradável pode ser incorporado às tarefas do dia-a-dia, basta interpor atividades

com comemorações, reconhecimento e humor. O contexto mais descontraído funciona não

só como motivador , mas fornece um alívio ao estresse e às pressões do ambiente de trabalho.

Como bem diz Goleman, a alegria ajuda a pessoa a desarmar o censor interno, que se apressa

a condenar suas idéias como ridículas e quando se faz piada, torna-se mais livre para

considerar qualquer possibilidade, afinal, está apenas brincando.

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Quando as pessoas sorriem , elas utilizam 17 músculos e quando franzem o rosto usam 43

músculos. Portanto, até por economia, deveriam sorrir mais, pois fazem bem menos esforço!

- A Automotivação

"Escolha o trabalho que gostas e não terás que trabalhar um único dia em tua vida ".

Confucio

A palavra motivo vem do latim motivus, que significa aquilo que se movimenta, que faz

andar. Motivo é tudo que impulsiona o indivíduo a agir de determinada forma, ou seja, dá

origem a um comportamento específico.

A automotivação é encontrar um motivo para a própria ação. Mas o que fazer para ser uma

pessoa automotivada? Se associarmos esta atitude à prática criaremos o hábito. O hábito da

automotivação.

Alguns estudiosos afirmam que a motivação é um fator interno, já que o desejo de realizar

algo é proveniente de motivos ou necessidades do ser humano. Segundo estes estudos, as

necessidades do indivíduo são escalonadas das mais simples até as mais complexas, ou seja,

desde aquelas de sobrevivência até as de auto-realização.

Quando passamos estes conceitos para o mundo corporativo, temos que selecionar e manter as

pessoas entusiasmadas com o trabalho a ser realizado. As ações têm que ser alinhadas não só

com os objetivos corporativos , mas com o seu significado pessoal de vida, com os seus

objetivos pessoais. Isso vai gerar um colaborador , satisfeito, feliz e empolgado por implantar

novas idéias para a organização.

Um funcionário satisfeito não é necessariamente mais produtivo do que um funcionário

insatisfeito, mas a insatisfação cria uma força de trabalho capaz de gerar uma rotatividade

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mais alta na empresa, maior absenteísmo, mais queixas e processos trabalhistas, greves,

sabotagens e uma pior saúde física e mental.

As pessoas devem se sentir importantes para a organização e entender como as suas

atividades exercem um papel fundamental nos objetivos da corporação. É importante que a

empresa faça o seu papel e transmita ao indivíduo que ele faz parte de algo maior e que sua

contribuição é única e fundamental. Quando a pessoa consegue visualizar qual o propósito

daquilo que está fazendo, sua atitude torna-se muito mais cooperativa, seu desempenho

melhora e ele torna-se mais produtivo. O seu trabalho tem um significado mais amplo.

Para que uma pessoa dê o melhor de si é preciso estar motivado. Um colaborador

entusiasmado pode dar uma contribuição muito mais expressiva. Além disso, ele contagia as

demais pessoas da organização. Uma empresa ímpar é aquela que consegue gerar paixão nos

seus colaboradores e atrelar isto aos resultados desejados.

A automotivação funciona de modo surpreendente quando a pessoa gosta da questão em que

está trabalhando. Dessa forma, empenha o esforço e tempo necessários até achar uma

solução.

No entanto, a questão se complica quando estímulos externos dificultam esta automotivação.

Quando a organização não dá incentivo, dificultando o processo. O problema é que nos atuais

ambientes corporativos competitivos, as pessoas sentem-se cada vez mais pressionadas e

estressadas com as inúmeras cobranças e os prazos cada vez mais curtos e isso acaba

afetando o clima organizacional. Adicionando-se a estes fatores ainda encontramos em certas

organizações a falta de reconhecimento, falta de transparência, poucos treinamentos e vários

conflitos gerados por vaidades e políticas internas competitivas. Infelizmente, também, ainda

vemos alguns gestores que deveriam ser líderes, mas que na prática são apenas pessoas

autoritárias, radicais, que só sabem impor a sua vontade e decisão. Dessa forma, não há

motivação e muito menos criatividade que resistam.

Hoje, já há dados comprovatórios de que as melhores empresas para se trabalhar, também

possuem os maiores índices de lucratividade (divulgados nos estudos da pesquisa "Melhores

Empresas para se Trabalhar " da Revista Você S/A) e , desta forma, não sombra de dúvidas de

que os resultados financeiros estão atrelados aos ao bom clima organizacional.

As pessoas satisfeitas estão muito mais propícias a pensar e oferecer soluções inovadoras e

para isso a empresa deve oferecer um ambiente favorável, onde se estimule a iniciativa e a

participação.

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Além disso, temos que ter lideranças que se preocupem além dos resultados numéricos e

objetivos. Que se preocupem com seus seres humanos. Temos que ter a humanização do

sucesso. Este compartilhado, fortalecendo e multiplicando os elogios e valorizando os

talentos na gestão organizacional. Buscar sempre a construção e manutenção de ambientes

harmoniosos e isto é em grande parte determinado pelos líderes da empresa, por suas atitudes

positivas. Como bem nos ensina Goleman, "a função do líder é nos esticar, levar-nos além do

limite, levar-nos mais longe do que achamos que podemos ir ".

- Qualidade de Vida:

"O dia mais desperdiçado de todos é aquele no qual não demos uma risada."

Nicolas Chamfort

Hoje em dia ser workaholic (viver o tempo todo trabalhando e só pensar em trabalho) além de

estar fora de moda, já é comprovado que apesar de aumentar a produtividade a curto prazo, a

longo prazo diminuem não só a quantidade do trabalho esperado, bem como a qualidade , as

idéias e o pior gera doença, O organismo chega uma hora que não aguenta e começa a

sinalizar. A pessoa , no entanto, não dá bola e aí, é pega de surpresa, com alguma doença

decorrente do estresse e do esgotamento físico e psíquico.

Existe um elemento-chave no vínculo entre o estresse e a doença que ainda não é conhecido

em todos os seus detalhes, mas que foi verificado por numerosos estudos: é o fato de que o

estresse prolongado anula o sistema imunológico do corpo e suas defesas naturais contra

infecções e outras doenças. Um aspecto importante desse processo é o fato de que a

enfermidade é frequentemente percebida, consciente ou inconscientemente, como uma saída

para a situação estressante, representando as várias espécies de enfermidades diferentes

diferentes vias de fuga. A cura da doença não fará necessariamente com que a pessoa fique

saudável, mas a enfermidade pode representar uma oportunidade para a introspecção que

resolva a raiz do problema.

Porém, como lidar com os inúmeros aspectos do meio organizacional contribuem para o

surgimento e agravamento do estresse, tais como, a competitividade, a preocupação com a

estabilidade, a pressão, a sobrecarga de trabalho, os conflitos de relacionamento, as

infindáveis reuniões sem planejamento e programadas de última hora, o mal-humor dos

líderes, as cobranças para ontem, a urgência de atualização de informações ?

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É necessário tanto um movimento da empresa para melhorar permanentemente esta qualidade

de vida de seus colaboradores, como uma conscientização do próprio indivíduo para

melhorar a sua própria qualidade de vida. Por exemplo, fazendo alguns intervalos no seu

trabalho, levantando e procurando se movimentar, cuidando mais da sua alimentação e do seu

sono, do seu lazer e dando prioridade também ao seus momentos sociais com os amigos e

família.

As pessoas são um conjunto complexo de muitas variáveis, sejam estas racionais, emocionais,

físicas , familiares, sociais, valorativas, espirituais etc, que impulsionam suas atitudes,

comportamento e que dão significado aos projetos pessoais.

O bem-estar dos profissionais é fundamental para que utilizem todo o seu potencial e energia

de uma maneira produtiva e se sintam inspirado na geração de novas ideias e na implantação

de inovações no ambiente corporativo.

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DESENVOLVENDO A COMPETÊNCIA DA INOVAÇÃO

“...algo superior e poderoso torna os homens diferentes e os faz resistir além de suas

forças e alcançar limites acima do possível: a vontade”.

Amyr Klink

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- A coragem para efetuar mudanças e correr riscos

Pessoas que possuem maior autoconfiança, que gostam de mudanças, que acreditam em suas

competências e que não têm medo de se expor e correr riscos são mais propensas a

aproveitarem as oportunidades para desenvolver e disseminar suas idéias e possuem, de modo

geral, mais coragem para assumir riscos ao lidar com o desconhecido.

Muito provavelmente haverá críticas e por isso o profissional deve ter a habilidade para lidar

com elas.

Iniciar o novo não é tarefa fácil, exige boa dose de exposição dentro da organização. O

profissional deve desenvolver a ousadia e acreditar que é possível. Confiar na inovação

proposta e acima de tudo em si mesmo.

- A Comunicação

Comunicar bem não é só transmitir ou só receber bem a mensagem. Comunicação é a troca de

entendimento e para isso devem ser consideradas além das palavras, as emoções e a situação

em que fazemos a tentativa de tornar comuns os conhecimentos, ideias, instruções projetos ou

qualquer outra mensagem, seja ela verbal, escrita ou corporal. A comunicação é o centro

gravitacional de todas as atividades humanas. Literalmente nada acontece sem que haja

prévia comunicação.

É importante o conhecimento prévio das características da audiência que vai ser explanada a

inovação, para que a linguagem desperte o nível de interesse na mensagem que vai ser

transmitida.

Um aspecto que deve ser considerado é o planejamento sobre o que vai ser dito, a importância

do tema, quem estará ouvindo, como vai ser dito (para que a audiência não durma, deve-se

colocar entusiasmo na apresentação) e quais os benefícios que a inovação trará para a

organização, qual o impacto nos custos, lucros e maior fidelidade ou encantamento dos

clientes e em quanto tempo trará os resultados almejados.

Deve ser ressaltado que, antes de qualquer apresentação, é fundamental buscar algumas

parcerias dentro e até fora da empresa. Deve-se ter a habilidade de ouvir diversas opiniões e

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incorporá-las ao projeto. As pessoas ao redor, além de envolvidas, se comprometerão com o

sucesso da implantação do mesmo. E a habilidade de ouvir significa dar atenção e valorizar o

que o outro está dizendo, procurar entender o que o interlocutor está dizendo e não se

precipitar com discordâncias ou concordâncias ilusórias, mas sim em realmente compreender

a mensagem que está sendo transmitida. A maneira mais fácil de aprender a ouvir é colocar-

se no lugar do outro e dar a atenção que gostaria que lhe fosse dada. A simples atitude de

saber ouvir já facilita (e muito) a comunicação e, posteriormente, o relacionamento.

Outro aspecto importante na comunicação é a assertividade para expor os conhecimentos e a

demonstração de segurança. Na apresentação deve-se procurar usar as habilidades

persuasivas e pensar sobre as possíveis objeções que possam surgir e como contorná-las,

antes da apresentação do projeto. Dessa forma o profissional se mostrará muito mais seguro

e convicto na sua argumentação, pois se preparou antecipadamente.

- A Determinação

“ O gênio é um por cento inspiração e noventa e nove por cento transpiração”.

Thomas Edison

Goleman afirma em seu livro - O Espírito Criativo: "se as pessoas quiserem perseverar, a

despeito dos obstáculos, terão de parar de esmiuçar as razões pelas quais alguma coisa não

funciona e começar a descobrir as maneiras de fazê-la funcionar".

A determinação é a capacidade de tentar , tentar e tentar inúmeras vezes. Tantas vezes quanto

for preciso para se atingir uma solução, ou implementar algo. Chegar a um objetivo. E é

assim, que a ciência avança! Se não fossem as infinitas tentativas de vários cientistas, eles

não obteriam os resultados almejados e a ciência não evoluiria e novas descobertas não teriam

sido possíveis. Thomas Edison que o diga! Conhecido pelas suas inúmeras tentativas até a

obtenção do efeito final da lâmpada elétrica, uma de suas descobertas. (houve mais de 6.000

tentativas, antes que ele pudesse apreciar por 45 horas seguidas o brilho da lâmpada).

As crenças comuns de que somente pessoas especiais são criativas e inovadoras e que são

assim porque nasceram com estas capacidades diminui a autoconfiança das pessoas nas suas

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próprias possibilidades. A excelência em qualquer atividade é determinada pela

determinação, treinamento e aprendizagem, motivação e acima de tudo, muita prática.

- O Relacionamento Interpessoal e a construção de parcerias

Criatividade pode até ser gerada através de um insight individual, mas a inovação

necessariamente implica no trabalho conjunto multifuncional dentro da organização e fora

dela. Afinal tem que haver pessoas interessadas em implementá-la na empresa e pessoas de

fora dela para adquiri-la, seja através de um novo produto, ou serviço e para que isso possa

gerar crescimento e sustentabilidade para a Companhia.

Ninguém faz nada sozinho. Necessariamente o profissional vai precisar de apoio e isso

implica na habilidade de estabelecer um bom relacionamento interno e externo, pautado numa

comunicação transparente e de confiança. A proximidade com outras pessoas elimina a

burocracia e os obstáculos. Quanto mais outros profissionais aderirem à idéia, maior a

probabilidade de que ela seja defendida e implementada com agilidade, eficácia e sucesso.

O terreno fértil tanto para a criatividade como para a inovação é o trabalho em equipe e se

envolver pessoas de diferentes formações e disciplinas melhor ainda, pois cada um pode

“enxergar” o problema de diferentes ângulos e contribuir para a geração de soluções inéditas.

Um aspecto que gera a aproximação e o estreitamento do relacionamento interpessoal é a

integração também fora do ambiente de trabalho, pois permite maior informalidade e

conhecimento mútuo das pessoas e se reflete posteriormente numa maior “camaradagem”

dentro da organização

As reuniões de integração fora do local do trabalho permitem que as pessoas conheçam outros

aspectos dos colegas com quem convivem diariamente na organização, tais como o lado mais

descontraído, divertido, opiniões sobre assuntos diversos, esportes preferidos, enfim uma

infinidade de características, anteriormente desconhecidas, da personalidade passam a ser

mais transparentes. A percepção do "outro "passa a ser mais global, visto que as pessoas são

conhecidas fora do contexto organizacional em que cada uma tem atitudes e comportamentos

estreitamente relacionados à sua função e à sua posição hierárquica.

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Pessoas de setores diferentes passam a ter maior oportunidade de se conhecer e de eliminar

estereótipos e percepções desfavoráveis que porventura possam existir, e isso, pelo simples

fato de possuir um contato mais estreito, um maior relacionamento interpessoal.

As relações posteriores dentro da organização tendem a ser muito mais fáceis e trazem como

conseqüência o fortalecimento da cooperação, a agilidade na solução de problemas, a

diminuição de procedimentos tradicionais e burocráticos e, claro, o apoio na implantação das

inovações.

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A SERENDIPIDADE E A INOVAÇÃO

“As sementes da descoberta flutuam constantemente à nossa volta, mas apenas lançam

raízes nas mentes bem preparadas para recebê-las.”

Henry ( físico americano -1842)

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Serendipidade em uma tradução mais próxima para o português da palavra inglesa serendipity

significa: capacidade de se fazer descobertas importantes ao acaso. “ Foi cunhada em 1754

pelo escritor e político Inglês Horace Walpole, depois de ter lido um conto de origem persa,

relatando as façanhas dos “Três Príncipes de Serendip”. Serendip ou Serendib era o termo

árabe da ilha que mais tarde se chamou Ceilão e hoje se conhece como Sri Lanka. A história

dos três príncipes que eram privilegiados não apenas pela ascendência nobre mas também, e

principalmente, pelo “dom” para os descobrimentos fortuitos. Conta a história que esses três

personagens encontravam, sem procurar, a resposta para problemas que não haviam sido

propostos. E que, graças à capacidade de observação e sagacidade descobriam,

“acidentalmente”, a solução para dilemas impensados. Esta característica tornava-os especiais

e importantes. O conto parece assinalar que os personagens tinham não apenas um dom

especial, mas sim inteligência e preparo, além de uma mente aberta para as múltiplas

possibilidades (wikipédia – internet).

A inovação, às vezes, surge num processo de serendipidade, quando um pesquisador está

investigando ou pesquisando uma coisa e descobre por acaso outra, que acaba sendo um

grande sucesso. É o caso, por exemplo do viagra. Quando o Dr. Simon Campbell, da Royal

Society of Chemistry e descobridor da substância Sildenafil – tinha intenção inicial de

desenvolver um fármaco para combater doenças cardiovasculares. O trabalho de pesquisa

levou cerca de 13 anos, incluindo os diversos testes que devem ser feitos para se colocar um

novo medicamento no mercado. Os testes começaram na década de 90 e foram um fracasso e

indicavam que os pacientes começaram a apresentar um inusitado efeito colateral – ereções

duradouras. Em pouco tempo, a Pfizer começou a testar o remédio justamente para combater

a impotência e em 1998 o Viagra se tornou a primeira droga a tratar do problema.

A serendipidade funciona no fato de descobrir coisas que não eram objeto da busca

inicialmente. Assim, também, ocorreu com a descoberta da penicilina pelo escocês Alexander

Fleming em 1928, quando adentrou sua placa de experiência um mofo sobre as culturas de

estafilococos que estava realizando o que parecia indicar que aquele fungo produzia uma

substância bactericida O fungo foi identificado como pertencente ao gênero Penicilium, de

onde deriva o nome de penicilina dado à substância por ele produzida (relato do professor Joffre

de Rezende – Faculdade de Medicina da Universidade federal de Goiás –

http://usuarios.cultura.com.br/jmrezende).

Outro exemplo foi a descoberta do Pyrex (vidro resistente ao fogo direto). Os técnicos da

empresa Corning Glass (EUA) procuravam, na verdade fabricar lobos de vidros resistentes

destinados à iluminação pública. Demoraram para conseguir chegar aos tais globos, mas no

entanto, descobriram o Pyrex (wikipédia – internet).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

"Alguns homens vêm as coisas como são e perguntam: Por que? Eu sonho com coisas que

nunca existiram e pergunto: E por que não?"

Bernard Shaw

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O mundo está cada dia mais ágil, integrado nas informações e tem-se reconfigurado

constantemente diante da diversidade crescente advinda do progresso. A mudança

permanente é irreversível.

Mas quem faz as mudanças?

São as pessoas! Através do conhecimento, tecnologia, comunicação, determinação,

criatividade e inovação.

As boas idéias, práticas, métodos e conceitos inovadores existem, em grande quantidade, à

disposição das Organizações. Porém, muitas implantam-nas com sucesso, enquanto outras

não conseguem atingir tal eficácia. Provavelmente, a resposta esteja no fato de que muitos

gestores esperam que a inovação funcione por si só e não administram o processo de execução

com a devida atenção, persistência e, principalmente, com entusiasmo.

Quando a pessoa experimenta o seu poder criativo, prova a si mesmo que pode realizar algo,

que o seu papel no mundo tem importância. Acrescentar-se valor ao trabalho e cria-se um

significado. Quando o indivíduo participa de uma atividade criativa e criadora, identifica um

propósito a mais no trabalho.

A criatividade ocorre em qualquer cargo ocupado na organização, por qualquer pessoa. Basta

que se queira implementá-la. Aqueles que fazem contribuições confiam em sua capacidade

criativa. A criatividade é uma competência essencial para todos na organização e um dos

caminhos para se destacar na competição globalizada. A criatividade corporativa induz a

percepção de novos caminhos, faz conexões entre aspectos não relacionados e gera novas

soluções.

Quanto mais se exerce a criatividade, mais se é capaz de fazer outras associações que as

pessoas ainda não fizeram. Fator este gerador de inovação. Começa uma fonte infinita de

possibilidades.

Com o desenvolvimento da criatividade o profissional torna-se mais apto a gerar novas idéias

e com o da inovação a capacidade para implementá-las na Organização.

A inovação é necessária para que as empresas possam suprir cada vez mais as necessidades

específicas de seus clientes, produzir novos serviços e produtos que agreguem valor, possam

captar mais consumidores, dêem acesso a novos mercados, aumentem os lucros e fortaleçam

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marcas. É preciso utilizar as diversas ferramentas disponíveis para se facilitar a implantação

da inovação.

As empresas que mais interagem com o futuro já perceberam que a chave do seu sucesso é a

capacidade criativa de cada colaborador, cliente, fornecedor e parceiros para o

desenvolvimento de novas oportunidades de negócios. A efetividade está justamente na

competência dessas empresas de gerenciar de forma inteligente a energia criativa de todos os

envolvidos com a organização, sejam os stakeholders, clientes, colaboradores, fornecedores e

comunidade. O capital criativo não é uma coleção de idéias individuais, mas o produto da

interação.

Nos dias atuais a grande vantagem competitiva é o conhecimento e a atividade de cria-lo e

produzi-lo tem como solo fértil a criatividade e a inovação contínua. E os gestores devem ser

estimulados e desenvolvidos no gerenciamento dessas atividades.

Se voltarmos o nosso pensamento para o século XVIII, vamos relembrar que Adam Smith

definiu a riqueza em termos de produtividade . Hoje em dia, podemos definir riqueza em

termos de criatividade e aprendizado (ideias e conhecimento).

Por outro lado, a inovação nos dias atuais é necessária para não se sobressair no mercado de

trabalho. Porém requer muita determinação, pois há riscos e resultados incertos. Por

exemplo, desenvolver um novo produto pode levar algum tempo e envolver quantidade

considerável de recursos financeiros, técnicos e humanos. No desenvolvimento há o ensaio e

erro e neste meio tempo, a concorrência se for mais rápida, implanta algo melhor.

Inovar não é sempre fácil. Exige coragem para se expor e para romper paradigmas, pois

sempre que é lançada uma nova ideia, há a possibilidade de críticas. Exige determinação.

Envolve riscos e desafios, pois é aceitação do novo, do inusitado, do desconhecido, das

mudanças. Significa um amanhã diferente.

Mas esse é o desafio!

O nosso desafio!

O seu desafio!

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RECOMENDAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS SOBRE O TEMA:

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SOBRE A AUTORA:

Fátima Holanda é Mestre em Psicologia Social e da Personalidade, pela Fundação Getúlio

Vargas e Psicóloga formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui MBA em

Gerência em Saúde – Fundação Getúlio Vargas.

Autora do livro: Liderança para Competitividade – gestão estratégica da Produtividade, do

Relacionamento e da Qualidade. RJ: Qualitymark, 1996 (esgotado) e de vários artigos sobre

gestão em sites diversos.

Ao longo de sua experiência como executiva, consultora e palestrante tem implementado

novas formas de atuação, sempre numa abordagem holística em processos relacionados à

gestão empresarial.

Além de ter proferido várias palestras em Congressos e em empresas, já atuou como

professora universitária e em cursos de pós-graduação. Sempre se posiciona de maneira a

estimular a busca do conhecimento, da reflexão, do desenvolvimento de competências e,

principalmente, da experimentação de novas idéias que impulsionem o crescimento das

pessoas e das organizações.

Atualmente, como consultora realiza atividades de assessment individual e organizacional,

executive coaching, além de campanhas de reconhecimento e workshops em empresas.

E-mail para contato: fá[email protected]