Crise Alimentar Mundial

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Educação e Formação de Adultos Ensino Básico Tema de vida: GLOBALIZAÇÃO “CRISE ALIMENTAR MUNDIAL” Ano Lectivo 2009/2010 César Monteiro Nº11 Fátima Moreira Nº5 Marta Brandão Nº7 José Costa Nº17 Escola Secundária Paços de Ferreira

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Educação e Formação de AdultosEnsino Básico

Tema de vida: GLOBALIZAÇÃO

“CRISE ALIMENTAR MUNDIAL”

Ano Lectivo 2009/2010 César Monteiro Nº11Fátima Moreira Nº5Marta Brandão Nº7José Costa Nº17

Escola Secundária Paços de Ferreira

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IntroduçãoO ano de 2008 foi atingido por uma grave crise de alimentos. É o culminar de uma antiga crise agrícola e alimentar que já provocou a fome e a subnutrição em milhares de milhões de pessoas.

Para perceber totalmente todas as terríveis implicações do que se está agora a passar, é necessário analisar a interacção entre estas crises a curto e a longo prazo.

Ambas as crises resultam principalmente da produção com fins lucrativos de alimentos, de fibras e agora de biocombustíveis e do conflito entre os alimentos e as pessoas que ela gera inevitavelmente.

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Sem direito à alimentaçãoA fome e a subnutrição são geralmente sintomas de um

problema subjacente maior;

Os alimentos são tratados em quase todos os países do mundo como se fossem uma outra mercadoria qualquer, vestuário, automóveis, lápis, livros, diamantes, etc.;

Os que são ricos podem permitir-se comprar tudo o que quiserem enquanto que os pobres muitas vezes nem sequer conseguem satisfazer as suas necessidades básicas;

Claro que a ausência de procura efectiva neste caso significa que os pobres não têm dinheiro suficiente para comprar a comida de que precisam;

Os seres humanos têm uma "necessidade biológica" de comida – todos nós precisamos de comida, tal como precisamos de água e de ar, para poder viver.

É verdade que alguns países ricos, em especial os da Europa, ajudam a alimentar os pobres, mas ao mesmo tempo a própria forma como o capitalismo funciona cria obrigatoriamente uma camada mais baixa da sociedade em que normalmente faltam as coisas básicas para a existência humana;

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A crise grave e crescente: A Grande Fome de 2008

No mercado mundial têm havido vários aumentos de preços.

Preços dos 60 produtos agrícolas comercializados no mercado mundial aumentaram:

37 % no ano passado; 14 % por cento em 2006;

Em relação aos preços: O milho começou a subir no princípio do Outono de 2006 e em poucos

meses aumentaram 70%;

O trigo e a soja também entraram em espiral na mesma altura e encontram-se agora a níveis recordes;

Os óleos alimentares , um produto essencial em muitos países pobres, também dispararam;

O arroz também aumentou mais de 100% no ano passado;

Razões para esta subida: subida do preço do petróleo;

No ano passado mais de 20% do total da colheita de milho nos Estados Unidos foi utilizado para fabricar etanol

um processo que não rende muito mais energia adicional em relação à energia que é necessária para o produzir;

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Além disso, muitos dos produtos necessários à produção agrícola comercial a grande escala são baseados no petróleo e no gás natural , desde o fabrico e o funcionamento de tractores e de equipamentos agrícolas até aos fertilizantes e pesticidas e secantes de cereais para armazenamento.

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Acabar com a fome mundial

Teoricamente, é muito simples acabar com a fome mundial. Mas pôr isso em prática está longe de ser simples;

Os governos têm que se empenhar em acabar com a fome do seu povo e têm que implementar acções eficazes para pôr em prática esse empenhamento;

Em muitos países, mesmo neste momento, há suficiente comida armazenada para alimentar toda a população com um alto nível de nutrição;

Adicionalmente, é preciso desenvolver sistemas de apoio social, como cooperativas e conselhos comunitários, para ajudar a promover a camaradagem e a solidariedade nas novas comunidades que se forem desenvolvendo;

Também será necessário disponibilizar habitação, electricidade, água e esgotos para atrair as pessoas que vivem na cidade a mudarem-se para o campo;

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Uma outra forma de encorajar as pessoas a mudarem-se para o campo e passarem a ser agricultores é apelar ao patriotismo e difundir a ideia de que eles são verdadeiros pioneiros, instituindo um novo sistema alimentar para ajudar os seus países a conquistar uma auto-suficiência alimentar;

A independência das empresas transnacionais agro-industriais e o abastecimento de alimentos saudáveis para toda a população do país;

Estes agricultores pioneiros precisam de ser encarados por si mesmos, pelo resto da sociedade e pelo seu governo como imprescindíveis para o futuro dos seus países e para o bem-estar da população.

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Conclusão

A alimentação é um direito humano e os governos têm a responsabilidade de providenciar para que o seu povo seja bem alimentado. Além disso, há formas conhecidas para acabar com a fome, incluindo medidas de emergência para combater a actual situação crítica, jardins urbanos, reformas agrárias que incluam todo um sistema de apoio aos agricultores, e técnicas agrícolas sustentáveis que promovam a qualidade do ambiente.

A actual disponibilidade de alimentos para as pessoas reflecte relações de poder económicas e políticas muito desiguais dentro e entre os países. Um sistema alimentar sustentável e seguro exige uma relação diferente e muito mais equitativa entre os povos.

Quanto mais os pobres e os próprios agricultores forem incluídos em todos os aspectos dos esforços para conquistar a segurança alimentar, e quanto mais forem motivados para esse processo, tanto maior será a probabilidade de atingir uma segurança alimentar duradoira.

Sim, é importante acabar com a pobreza, pôr fim à miséria, mas a coisa mais importante é dar o poder ao povo para que ele possa combater por si mesmo.