Crise sistema colonial

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Page 1: Crise sistema colonial
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O declínio da mineração no Brasil coincide, no

plano internacional, com a crise do Antigo

Regime. Fazendo um balanço de toda a

exploração colonial do Brasil, chegamos à

melancólica conclusão de que Portugal não foi o

principal beneficiário da exploração colonial.

Os benefícios da colonização haviam se

transferido para outros centros europeus em

ascensão: França e, em especial, Inglaterra. De

fato, o século XVIII teve a Inglaterra como centro

da política internacional e pivô das mudanças

estruturais que começavam a afetar

profundamente o Antigo Regime. Como nação

vitoriosa na esfera econômica, a Inglaterra

estava prestes a desencadear a Revolução

Industrial, convertendo-se na mais avançada

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A visível transformação econômica foi acompanhada, na

segunda metade do século XVIII, por uma ebulição no nível

das idéias. Surgiu o Iluminismo e, com essa filosofia, uma

nova visão do homem e do mundo. Por trás de todo esse

movimento, encontrava-se a burguesia, comandando a

crítica ao Antigo Regime e, portanto, à nobreza e ao

absolutismo.

Mas os filósofos iluministas, como Voltaire e

Diderot, seduziram os monarcas absolutistas da

Prússia, Áustria, Rússia, Portugal e Espanha. Sem abrir

mão do absolutismo, esses monarcas realizaram algumas

das reformas recomenda­das pelos iluministas, que vieram

reforçar o seu poder, uma vez que a modernização

empreendida aliviou as tensões sociais. Por se manterem

absolutistas e optarem por reformas

modernizadoras, aqueles monarcas ficaram conhecidos

como déspotas esclarecidos. Esse foi um fenômeno típico

da segunda metade do século XVIII.

D. José I (1750-1777) e seu ministro, o mar­quês de