Crises e revolução no século XIV e expansionismo europeu

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Crises e revolução no século XIV O expansionismo europeu Temas desenvolvidos:

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Crises e revolução no século XIV

O expansionismo europeu

Temas desenvolvidos:

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Crises e revolução no século XIV

• Caracteriza a crise do século XIV O século XIV foi uma época de dificuldade, ao contrário dos séculos

anteriores que tinham sido períodos de grande desenvolvimento económico e muito próspero. Instalou-se a fome nos campos e cidades pois a população estava em rápido crescimento e a produção agrícola não aumentava ao mesmo ritmo por não ter continuado o processo de inovações técnicas e também devido às alterações climatéricas (mais frio e húmido). Vieram as doenças epidémicas (em que não havia resistência ao contágio), de todas as doenças a mais grave foi a Peste Negra que se espalhou por todos os países da Europa, atingindo um terço dos habitantes europeus.

Como se isto não chegasse, houve a guerra que originou grande destruição, o mais grave e prolongado confronto foi entre a França e a Inglaterra (Guerra dos Cem Anos). Na Península Ibérica houve guerras entre Portugal e Castela.

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• Consequências da crise do século XIV A fome, as doenças e a guerra originaram graves consequências. A mais grave e catastrófica consequência foi a quebra demográfica

devida à mortalidade provocada pela escassez de alimentos e pela Peste Negra. Instalou-se uma forte crise económica: o desenvolvimento foi interrompido, a produção diminuiu e muitas terras foram abandonadas.

Nos campos houve uma subida de salários, pois havia muito menos camponeses que exigiam aos seus proprietários melhores condições de vida e melhores pagamentos. Por vezes, estes começaram com motins e revoltas contra os seus senhores.

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• Intervenção régia numa tentativa de solucionar a crise

Os reis para satisfazer os grandes senhores estabeleceram leis de tabelamento de salários, isto é, D. Afonso IV e D. Fernando, através da Lei das Sesmarias, tentaram fixar os salários e obrigar a trabalhar nos campos quem tinha essa ocupação antes da peste.

Estas leis de fixação de salários, o aumento dos impostos e outras formas de exploração que os grandes senhores procuravam impor aos camponeses provocaram grande descontentamento, assim os camponeses fixaram-se, deixando de procuram proprietários que pagassem melhor, permitindo melhor produção agrícola.

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• Descreve os acontecimentos que marcam a crise de 1383 a 1385

O reinado de D. Fernando foi um período de muitas dificuldades e de agitação popular. A grave crise económica foi agravada por causa da guerra com Castela.

D. Fernando morreu, em 1383, ficando D. Beatriz (sua filha), apenas com 11 anos de idade e casada com o rei de Castela. Por esta razão, D. Leonor Teles, mulher de D. Fernando, ficou como regente até que um filho de D. Beatriz atingisse a maioridade.

A maior parte do povo e a baixa nobreza, aceitaram mal a nova situação política. Considerando que D. Leonor Teles representava os interesses de Castela e da grande nobreza.

Por esta razão, alguns burgueses e elementos da baixa nobreza prepararam uma conspiração. Decidiram matar o Conde João Fernandes Andeiro, nobre galego e amante da rainha, que era o responsável pela política em vigor. Quem “matou” o Conde Andeiro foi D. João Mestre de Avis, filho ilegítimo de D. Pedro I. Em Lisboa, a arraia-miúda (artesão e assalariados) apoiaram a morte do Conde Andeiro e proclamaram o Mestre de Avis “regedor e defensor do reino” e os burgueses ricos aceitaram-no nesse cargo.

A revolta popular manifestou-se contra os proprietários rurais e foi um grande conflito de trabalho. Estas revoltas, ao contrário de outros países, não foram reprimidas pela força, pois começou a guerra com Castela.

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• Descreve os acontecimentos que marcam a crise de 1383 a 1385

Portanto, Portugal encontrava-se com um problema de sucessão ao trono. D. Beatriz era apoiada pela grande nobreza enquanto a pequena nobreza, a burguesia e as classes populares apoiavam D. João Mestre de Avis. A pedido de D. Leonor Teles, no início de 1384, o rei de Castela invadiu Portugal para defender o direito ao trono da sua mulher, D. Beatriz. Cercou a cidade com um grande exército, mas os habitantes de Portugal resistiram. No entanto, os castelhanos que faziam parte do exército foram vitimas de uma epidemia de peste, obrigando o rei de Castela a levantar o cerco.

Durante o cerco, Nuno Álvares Pereira, à frente de um exército composto de camponeses conseguiu sair vitorioso contra os castelhanos na Batalha dos Atoleiros. Em Março de 1385 reuniram-se as cortes em Coimbra para discutir o direito ao trono. Os direitos do Mestre de Avis foram defendidos pelo doutor João das Regras e apesar da oposição da grande nobreza, D. João Mestre de Avis foi aclamado rei de Portugal, como D. João I.

Mais tarde, Castela voltou a invadir Portugal com um poderoso exército. Esta batalha, a Batalha de Aljubarrota, foi vencida pelos portugueses comandados por D. João I que garantiu a independência de Portugal. Começando agora uma nova dinastia, a dinastia de Avis em que uma nobreza substituía a alta nobreza que apoiara o partido de Castela.

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• Caracteriza o dinamismo económico do século XV

Depois da grave crise do século XIV, Portugal entrou em meados do século XV num período de recuperação económica: deu-se, de novo, um crescimento da população e aumentou a produção agrícola e artesanal.

As principais áreas comerciais continuavam a ser Flandres e cidades hanseáticas, assim como os portos do Mediterrâneo. As cidades italianas, principalmente Génova e Veneza adquiriram grande prosperidade pois contactavam com o mundo muçulmano conhecendo as especiarias, perfumes, tecidos de luxo da Índia e da China que eram trazidos para a Europa através das rotas do Levante. No início deste século o resto do mundo (para além da Europa), era desconhecido, ignorando o continente americano e tendo informações erradas de outras áreas, cheias de fantasia e de imprecisões de relatos de antigas viagens. Imaginava-se que nas regiões desconhecidas existiam inúmeros perigos , nascendo o mito do “mar tenebroso”. Os mitos surgiam quando não se conseguia justificar cientificamente qualquer coisa.

Os mapas medievais apresentavam uma grande falta de rigor: ignorando a América e representando a África e a Ásia incorretamente. Prolongavam o continente africano muito para Sul, consideravam que o Atlântico e o Índico eram incomunicáveis e que este último formava uma espécie de lago.

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• Indica as necessidades de expansão da Europa e as Portuguesas

Como no mundo havia poucos contactos entre si, iniciou-se a expansão por iniciativa da Europa. Com os objetivos de:

Encontrar ouro, pois devido ao crescimento das trocas comerciais era necessário maior quantidade de moeda. Este metal precioso não havia em abundância na Europa ao contrário da África.

A necessidade de encontrar um acesso direto às especiarias e aos produtos de luxo do Oriente, que só se conseguia obter na Europa através dos muçulmanos, por isso procurava-se o caminho marítimo.

Motivações específicas portuguesas (de caráter socioeconómico): Interesse nas atividades mercantis (burguesia e parte da nobreza)

queria ter acesso a:1. Ouro africano, especiarias, açúcar e plantas tintureiras, assim como

outras mercadorias caras e com grande procura na Europa;2. Escravos necessários após o período de crise em que faltava mão-de-

obra;3. Cereais.

A nobreza ambicionava continuar a guerra para aumentar os seus domínios senhoriais e obter novos cargos.

O clero considerava ser a sua obrigação combater os muçulmanos e expandir a fé cristã.

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• Caracteriza as condições de prioridade Portuguesa

Portugal, tal como os outros países, sentia grande necessidade de se expandir e no início do século XV era Portugal que reunia as condições adequadas para a concretização desse desejo: condições geográficas, políticas, humanas, técnicas e científicas.

Condições geográficas: Portugal fica situado no extremo ocidental da Europa, perto da costa de África e dos arquipélagos atlânticos, possuindo também uma longa fachada marítima e bons portos naturais.

Condições políticas: estava em vigor uma nova dinastia (dinastia de Avis), com um reforço do poder régio e uma renovação de quadros dirigentes, abertos a novos desafios.

Condições humanas: devido ao comércio a longa distância e à atividade de pesca existiam em Portugal marinheiros experientes.

Condições técnicas: os portugueses dominavam a construção naval, foi aperfeiçoado o navio das viagens de descoberta: a caravela, uma embarcação com o leme fixo à popa e velas triangulares (velas latinas) que permitiam navegar com ventos contrários – bolinar.

Condições científicas: como Portugal não expulsara os muçulmanos e os judeus do país, estes ensinaram aos portugueses a navegação astronómica, isto é, navegar no mar alto orientando-se pelos astros, utilizando alguns instrumentos como a bússola, o astrolábio e o quadrante.

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• Porquê Ceuta? A expansão começou em 1415 com a conquista de Ceuta. Os

portugueses escolheram-na pois esta cidade marroquina está localizada à entrada do estreito de Gibraltar, numa posição estratégica entre o mar Mediterrâneo e o Oceano Atlântico onde era intenso o corso muçulmano. Ceuta era um ativo centro de comércio, sendo um dos pontos de chegadas de rotas de caravanas que traziam ouro da região do deserto do Sara e situava-se numa zona rica em cereais.

Esses aspetos atraíram os portugueses que queriam enfraquecer o poder militar dos muçulmanos e expandir a fé cristã.

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• Ceuta, fracasso ou sucesso? A conquista de Ceuta fez-se com grande facilidade. Ceuta tornou-se num enorme fracasso económico, contudo foi um

sucesso político. Em termos económicos tudo aquilo que era desejado desapareceu. As rotas caravaneiras foram desviadas, os campos de cereais foram queimados, o ouro africano nunca aí chegou e os ataques eram constantes. Em termos políticos esta conquista trouxe a afirmação de uma nova dinastia perante os seus pares europeus e perante o Papa, pois esta foi a primeira conquista em solo africano.

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• Caracteriza o processo de exploração das ilhas atlânticas (Açores e Madeira)

Nas primeiras viagens em direção à costa africana os portugueses chegaram aos arquipélagos da Madeira e Açores. Algumas ilhas destes arquipélagos já estavam representadas em mapas, portanto não foi a descoberta mas sim o reconhecimento ou redescoberta. Antes dos portugueses lá chegarem estes arquipélagos eram desabitados, deu-se então a colonização. Colonizar é desbravar, povoar e promover o desenvolvimento do local.

D. Henrique, filho de D. João I, entregou a sua colonização a capitães donatários, isto é, elementos da pequena nobreza a quem eram doadas grandes extensões de território (uma ilha, ou parte dela). Tinha imenso poderes, entre eles incluía-se o direito de administrar a justiça, de cobrar impostos e distribuir terras aos povoadores que quisessem explorá-las. Os primeiros capitães-donatários da Madeira foram João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, nos Açores foi Gonçalo Velho.

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• Descreve a política africana de D. Afonso V O rei D. Afonso V, sucessor ao trono após a morte de D. Henrique, não

sentia qualquer interesse pelas viagens de descoberta. Pressionado pelos nobres, o rei D. Afonso V promoveu várias

expedições militares ao Norte de África, conquistando novas cidades marroquinas: Alcácer Ceguer e de Arzila e Tânger.

A expansão marítima foi deixada à iniciativa particular. O comércio na costa de África foi arrendado, por cinco anos a Fernão Gomes, um rico mercador de Lisboa. Em troca, Fernão Gomes comprometia-se a descobrir em cada anos, cem léguas de costa e daria 200 mil reais ao rei.

Durante o seu contrato explorou todo o Golfo da Guiné incluindo a costa da Mina, onde havia ouro em grande quantidade.

descobriu-se também as ilhas de São Tomé, Príncipe, Fernando Pó e Ano Bom.

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• Relaciona o objetivo de D. João II com as viagens por este patrocinadas

Quando o poder passou para D. João II, este tinha um grande objetivo: atingir a Índia – e ele dispunha as condições necessárias para isso, o comércio da costa africana, sobretudo o ouro fornecia-lhe meios para financiar as expedições de descoberta assim como possuía os conhecimentos de geografia, astronomia e de cartografia essenciais para as viagens.

Patrocinou portanto as seguintes viagens:• As viagens de Diogo Cão que explorou o litoral da Angola e chegou até

Namíbia;• A expedição de Pêro da Covilhã e Afonso Paiva, enviados ao Oriente, por

terra, para recolherem informações sobre a navegação e o comércio no oceano Índico;

• A viagem de Bartolomeu Dias que ultrapassou o limite sul do continente africano, o Cabo da Boa Esperança.

Assim, o objetivo de D. João II já estava quase conseguido graças às viagens que patrocinara, pois acabara de ligar o Oceano Atlântico e Índico e ficava quase certa a esperança de chegar à Índia.

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• Descreve o Tratado de Tordesilhas A competição entre Portugal e Castela começou logo no início do século XVI,

com a disputa acerca do arquipélago das Canárias. Com o tratado de Alcáçovas os portugueses desistiam de quaisquer pretensões sobre as Canárias, pois Castela reconhecia aos portugueses o domínio exclusivo dos territórios a sul daquelas ilhas. No entanto, com a descoberta da América por Cristóvão Colombo, houve complicações.

Cristóvão Colombo ofereceu os seus serviços a D. João II, com o plano de atingir a Índia navegando para Ocidente, mas este recusou pois já tinha as suas informações e já sabia como lá chegar, por isso Cristóvão ofereceu os seus serviços a Espanha. Estes aceitaram e navegaram para ocidente, chegando a terras desconhecidas. Pensavam que tinham chegado á Índia, mas afinal era o continente americano.

Mas aqui surgiu um problema, pois essas terras estavam a sul das ilhas Canárias, ou seja, fazendo a interpretação do tratado de Alcáçovas pertenciam aos portugueses. No entanto, os espanhóis tinham uma opinião diferente.

O Papa, a única autoridade reconhecida internacionalmente, confirmou um acordo: Tratado de Tordesilhas, assinado em 1494, que estabelecia a divisão do mundo em dois hemisférios, a partir de um meridiano que passava 370 léguas a ocidente das ilhas de Cabo Verde. Para oriente dessa linha as terras passavam a pertencer a Portugal; os que estivessem para ocidente pertenciam a Espanha. Esse acordo teve um lado positivo para Portugal, pois o território português incluía o Brasil.

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• Como foi feita a exploração da costa africana e do oriente

O objetivo dos portugueses não era conquistar nenhum estado, fixando-se apenas na zona litoral. Dedicavam-se ao comércio dos escravos, marfim e especiarias africanas. Estabelecendo feitorias, isto é, postos comerciais, em certos locais estratégicos da costa. A principal feitoria na África ocidental foi a de S. Jorge da Mina, no Golfo da Guiné, onde os portugueses compravam ouro, em troca de outras mercadorias.

Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe eram completamente despovoados até à data da sua descoberta (pelos portugueses)

A colonização de Cabo Verde foi lenta, onde se desenvolveu a criação de gado e agricultura, com o trabalho dos escravos.

O clima de São Tomé e Príncipe é quente e húmido e o solo bastante fértil. Devido às doenças tropicais como a malária, a produção do açúcar fez-se devido ao trabalho de escravos.

Os dois arquipélagos tornaram-se portanto, entrepostos do tráfico de escravos que eram adquiridos no litoral da África. Que depois eram também levados para a América e Europa.

Nos arquipélagos atlânticos africanos a população foi cristianizada.

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• Distingue a política dos vice-reis Os portugueses não tinham como objetivo fundar no Oriente um

império territorial mas apenas um império comercial, assente no domínio dos mares. A principal oposição desse domínio veio dos muçulmanos, que controlavam o comércio asiático, através do mar Vermelho e do Golfo Pérsico. Com eles, os portugueses travaram no mar combates decisivos.

O primeiro vice-rei da Índia, ou seja alguém que é governador da Índia, pertencente à alta nobreza, que recebe um título, foi D. Francisco de Almeida. (que dominava os mares)

O segundo vice-rei da Índia foi Afonso de Albuquerque que procurou dominar algumas cidades, escolhidas estrategicamente. Foram, assim, conquistados três pontos-chave do comércio Oriental: Goa, Ormuz e Malaca.

Portanto, a diferença política dos dois vice-reis é que enquanto um domina os mares, o outro domina a terra. Apesar de ambos terem o mesmo objetivo: pretendem estabelecer no Oceano Índico, durante quase um século, um regime de monopólio comercial, isto é, de domínio exclusivo do comércio.

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• Elabora uma cronologia com as viagens mais marcantes no processo de exploração da costa africana, asiática e americana

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CONQUISTA ANO CONQUISTADOR/ REINADO DE

Ceuta 1415 D. Henrique

Madeira Cerca de 1419 D. Henrique

Açores Cerca de 1427 D. Henrique

Alcácer Ceguer 1458 D. Afonso V

Argila e Tânger 1471 D. Afonso V

América 1492 Cristóvão Colombo

Índia 1498 Vasco da Gama

Brasil 1500 Pedro Álvares Cabral