CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS, NA IGREJA E NA SOCIEDADE...

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Apresentação – Secretário Geral da CNBB

“Temos uma participação extraordinária deleigos na Igreja. Mulheres e homens queconstroem o Reino da verdade e da graça, doamor e da paz; que assumem serviços eministérios que tornam a Igreja consoladora,samaritana, profética, serviçal, maternal. Com abenção de Deus, este documento despertará eanimará a todos os cristãos leigos e leigas, nanossa Igreja, para que sejam anúncio etestemunho da vida nova que receberam emCristo”.

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O laicato como um todo é um “verdadeiro sujeito eclesial”

O laicato como um todo é um“verdadeiro sujeito eclesial”(DAp, n. 497a). Cada cristãoleigo e leiga é chamado a sersujeito eclesial para atuar naIgreja e no mundo. Temos firmeesperança de que continuarãodando grande contribuição àrenovação da Igreja de Cristo esua atuação no mundo.

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A índole secular caracteriza o ser e agir do cristão leigo

Queremos enfatizar a índole secular que caracterizaseu ser e agir, como propõe o Concílio Vaticano II: (5)

“A sua primeira e imediata tarefa não é a instituição eo desenvolvimento da comunidade eclesial – esse é opapel específico dos pastores – mas sim [...] o vasto ecomplicado mundo da política, da realidade social eda economia, como também o da cultura, dasciências e das artes, da vida internacional, dos masmedia e, ainda, outras realidades abertas àevangelização, como sejam o amor, a família, aeducação das crianças e dos adolescentes, o trabalhoprofissional e o sofrimento” (Paulo VI, EN, n. 70). (6)

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“os leigos também são chamados a participar na ação pastoral da Igreja” (DAp, n. 211). (7)

Assim como o leigo não podesubstituir o pastor, o pastor não podesubstituir os leigos e leigas naquiloque lhes compete por vocação emissão. Além disso, a ação doscristãos leigos e leigas não se limita àsuplência em situação de emergênciae de necessidades crônicas dapastoral e da vida da Igreja. É umaação específica da “responsabilidadelaical que nasce do Batismo e daCrisma” (EG, n. 102).

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INTRODUÇÃO

É com alegria e admiração que, mais uma vez, nós, bispos,

pastores da Igreja de Cristo, Expressamos o nossoagradecimento aos cristãos leigos e leigas, pelotestemunho de sua fé, pelo amor e dedicação à Igreja epelo entusiasmo com que se doam ao nosso povo, àsnossas comunidades, às suas famílias, às suas atividadesprofissionais, até ao sacrifício de si. O laicato como umtodo é um “verdadeiro sujeito eclesial”. Cada cristão leigo eleiga é chamado a ser sujeito eclesial para atuar na Igreja eo mundo. A Francisco de Assis, o Cristo Crucificadoordenou: “Vai e reconstrói a minha Igreja”. Temos firmeesperança de que continuarão dando grande contribuição àrenovação da Igreja de Cristo e sua atuação no mundo. (1)

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CAPÍTULO IO CRISTÃO LEIGO, SUJEITO NA IGREJA E

NO MUNDO:

ESPERANÇAS E ANGÚSTIAS

Enquanto sujeito, todo cristão é convidado a apreciar abeleza e a bondade radiais do mundo, obra criada porDeus Pai e assumida pelo Filho na Encarnação. “Nele[em Jesus Cristo], a natureza humana foi assumida semser afetada e, por isso mesmo, tornou-se ainda maisdigna e preciosa. Pela sua encarnação, o Filho de Deus,de certo modo, uniu-se a todos os seres humanos.Trabalhou com mãos humanas, pensou e agiu comoqualquer humano, amando com um coração humano.Nascido da Virgem Maria, foi realmente um dos nossosem tudo, exceto no pecado. (GS 22) (16)

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Marco Histórico-eclesial

“Eu sou a verdadeiravideira... Vós sois osramos” (Jo 15,1-8).

A vitalidade dos ramosdepende de sua ligação àvideira, que é Jesus Cristo:

“quem permanece emmim e eu nele, dá muitofruto, porque sem mimnão podeis fazer nada” (Jo15,5)”

A renovação

eclesiológica conciliar

compreendeu o cristão

leigo plenamente como

membro efetivo da

Igreja e não como um

fiel de pertença menor

ou inferior, a quem

faltasse algo da comum

dignidade cristã (LG,

cap. 4). (17)

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“os leigos cumprirão mais cabalmente sua missão de fazercom que a Igreja ‘aconteça’ no mundo, na tarefa humanae na história” (Medellín, n. 10,2.6)

“Homens e mulheres da Igreja no coração do mundoe homens e mulheres do mundo no coração da Igreja”(Puebla, n. 786

“Protagonistas da transformação da sociedade” (SantoDomingo, n. 98).

“Maior abertura de mentalidade para entender e acolhero ‘ser’ e o ‘fazer’ do leigo na Igreja, que por seu batismo esua confirmação é discípulo e missionário de Jesus Cristo”(DAp, n. 213).

Cristãos Leigos nos documentos do CELAM

(19)

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Avanços apresentados pelo Papa Francisco

• A mística da proximidade; a pedagogia do dialogo; arevolução da ternura; o prazer de ser povo; asuperação de estruturas ultrapassadas; a reformados Tribunais Eclesiásticos; a consciência de que avida de cada pessoa é uma missão; a participaçãona política e nos movimentos populares; a certezade que quem toda no pobre toca na carne de Jesus;a afirmação de que em cada irmão está oprolongamento permanente da Encarnação do Filhode Deus; a promoção da mulher; a primazia doperfil mariano da igreja; a cura das feridas e oaquecimento dos corações. (24)

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(24)

A teologia do laicato alcançou avanços nos últimos anos:

- O Conselho Nacional do Laicato do Brasil – CNLB (25)

- Cristãos leigos e leigas que exercem o ministério de teólogos (26)

- As Comunidades Eclesiais de Base – CEBs (27)

- Os grupos bíblicos de reflexão, as pequenas comunidades, acatequese, as celebrações da Palavra, as escolas de teologia,

- As pastorais, os movimentos, as novas comunidades;

- Organizações com a consciência missionária;

- as crianças, os jovens, a mulher, o idoso, a família; (29)

- Leigos e leigos qualificados para a administração dos bens de suasdioceses;

- Cristãos leigos e leigos comprometidos com os movimentos sociais,movimentos populares, sindicais e conselhos paritários de políticaspúblicas e outros,

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Recuos no campo do laicato

1. Os cristãos leigos ainda são omissos na atuação das estruturas erealidades do mundo: nos areópagos da universidade, dacomunicação, da empresa, do trabalho, da política, da cultura, damedicina, do judiciário e outros;

2. Tendência a considerar os leigos quase exclusivamente aoserviço do interior da Igreja;

3. Tendência ao estilo tradicional de laicato;

4. A pretensão de dominar os espaços da Igreja;

5 Carência de unidade - guerras entre os leigos;

6. Propostas místicas desprovidas de compromisso social;

7. A sacramentalização, o devocionismo e o clericalismo;

8.Desinformação das comunidades eclesiais de base, das questõesagrárias, indígenas e afros;

9. Rejeição da política. (38)

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Quinze "doenças“ da igreja

• 1. Sentir-se imortal ou indispensável: “Uma Cúria quenão faz autocrítica, que não se atualiza, é um corpoenfermo” e criticou o “complexo dos eleitos, donarcisismo”.

• 2. Martalismo: O Papa lembrou a passagem bíblica ondeMarta, ao receber Jesus, mostra-se mais preocupadacom os afazeres da casa do que ouvir a mensagem deJesus. "É a doença do excesso de trabalho" e "dos quetrabalham sem usufruírem do melhor. A falta de repousoleva ao estresse e à agitação", pontuou Francisco.

(48)

PAPA FRANCISCO ELENCOU ALGUNS MALES QUE PODEM ESTAR PRESENTES NA NOSSAS COMUNIDADES

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• 3. Dura mentalidade: Quando alguém "perde aserenidade interior, a vivacidade e a audácia e nosescondemos atrás de papéis, deixando de ser 'homensde Deus'".

• 4. Excessiva planificação: Francisco alertou aos que têma "tentação de querer pilotar o Espírito Santo". É"quando o Apóstolo planifica tudo minuciosamente epensa que assim as coisas progridem. Torna-se umcontabilista”, assinalou.

• 5. Má coordenação: O Pontífice criticou a perda dacomunhão promovida pela má coordenação que faz comque o "corpo" perca "a sua harmoniosa funcionalidade”.

(48)

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• 6. Alzheimer espiritual: Francisco referiu-se,ainda, a esta "doença" que conduz a “umadiminuição progressiva das faculdadesespirituais que, num largo ou curto espaço detempo, provoca muitas desvantagens à pessoatornando-a incapaz de desenvolver umaatividade autonomamente, vivendo num estadode absoluta dependência dos seus pontos devista, muitas vezes imaginários”.

• 7. Rivalidade e vanglória: Outra doença citadapelo Santo Padre diz respeito ao excessivo valorpela "aparência", onde o primeiro objetivo sãoas "honorificiências", que "leva-nos a ser falsos ea viver um falso misticismo", enfatizou. (48)

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• 8. Esquizofrenia existencial: Os que sofrem com essa"doença" vivem "uma vida dupla, fruto da hipocrisiatípica do medíocre" e vivenciam um "progressivo vazioespiritual" ao buscar em "títulos" o sentido de suasvidas. Essa esquizofrenia, segundo o Papa, "atingemuitas vezes aqueles que, abandonando o serviçopastoral, se limitam às coisas burocráticas, perdendoassim o contato com a realidade, com as pessoasconcretas".

• 9. Terrorismo das fofocas: "Nunca é demais falar destadoença", indicou o Santo Padre ao destacar o mal dasfofocas. "É a doença dos covardes que, não tendo acoragem de falar diretamente, falam pelas costas.Defendamo-nos do terrorismo das fofocas", assinalou. (48)

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• 10. Divinizar os chefes: O Santo Padre indicou essa "doença"como mal daqueles que sofrem de "carreirismo e oportunismo"."Vivem o serviço pensando unicamente naquilo que devemobter e não ao que devem dar", frisou.

• 11. A indiferença: Francisco sinalizou o mal que a indiferençapode causar à vida comunitária pela perda da “sinceridade ecalor das relações humanas”, e de "quando por ciúme sente-sealegria em ver a queda dos outros em vez de o ajudar alevantar”, destacou.

• 12. Cara de enterro: Segundo o Papa, essa "doença" semanifesta na "severidade teatral" e no "pessimismo estéril", eapresenta-se muitas vezes em sintomas de medo e insegurança.“O apóstolo deve esforçar-se por ser uma pessoa cortês, serena,entusiasta e alegre e que transmite alegria...”. “Como faz bemuma boa dose de são humorismo”, indicou Francisco. (48)

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• 13. Acumular bens materiais: Francisco criticou aquelesque buscam acumular riquezas na tentativa de "preencherum vazio existencial no seu coração", e motivados "nãopor necessidade, mas só para sentir-se seguro".

• 14. Círculos fechados: O Papa alertou também a respeitodaqueles que procuram "viver em grupinhos", e mesmo ofazendo com boas intenções correm o risco de "cair emescândalos".

• 15. O lucro mundano e o exibicionismo: O desejo pelopoder para benefício próprio foi a penúltima "doença"ilustrada pelo Pontífice: “Quando o apóstolo transforma oseu serviço em poder e o seu poder em mercadoria paraobter lucros mundanos ou mais poder", sublinhou.

(48)

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Os rostos do laicato

Dizem os Bispos:

Queremos reconhecer os diferentes rostos doscristãos leigos e leigas, irmãos e corresponsáveis naevangelização. São para nós motivo de alegria e deânimo na vivência do ministério ordenado.

Santo Agostinho (Século IV):

Reconhecendo o peso do ministério pastoral, alegra-se com a companhia dos seus fiéis.

“Atemoriza-me o que sou para vós; consola-me oque sou convosco. Pois para vós sou bispo;convosco, sou cristão. Aquele é nome do ofíciorecebido; este, da graça; aquele, do perigo; este, dasalvação”

(51)

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Campo específico de ação: o mundo

“Com seu peculiar modo de agir, [os cristãos leigos] levam

o Evangelho para dentro das estruturas do mundo e agindo

em toda parte santamente, consagram a Deus o próprio

mundo. A secularidade é a nota característica e própria do

leigo e da sua espiritualidade nos vários âmbitos da vida

em vista da evangelização. Deles se espera uma grande

força criadora em gestos e obras em coerência com o

Evangelho. A Igreja necessita de cristãos leigos que

assumam cargos de dirigentes formados e fundamentados

nos princípios e valores da Doutrina Social da Igreja e nateologia do laicato” (João Paulo II – Ecclesia in America, n.

44). (63)

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O homem é o primeiro caminho que a Igreja deve percorrerno desempenho de sua missão. Ele é o caminho primeiro efundamental da Igreja, caminho traçado pelo próprio Cristo,caminho que imutavelmente passa através do mistério daEncarnação e da Redenção” (Redemptor Hominis, n.14) (64)

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O homem é o primeiro caminho que a Igreja deve percorrerno desempenho de sua missão. Ele é o caminho primeiro efundamental da Igreja, caminho traçado pelo próprio Cristo,caminho que imutavelmente passa através do mistério daEncarnação e da Redenção” (Redemptor Hominis, n.14) (64)

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“A Igreja necessita de cristãosleigos que assumam cargosde dirigentes formados efundamentados nosprincípios e valores daDoutrina Social da Igreja e nateologia do laicato” (Eam, 44)(65)

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VER O MUNDO GLOBALIZADO

É necessário descobrir e discernir os sinais dostempos, para responder de maneira lúcida ecoerente às interrogações de cada geração, àssuas angústias e esperanças, alegrias e tristezas.O cristão leigo, como sujeito no mundo, échamado a agir de forma consciente,responsável, autônoma e livre. Age como sujeitohistórico e discípulo missionário, sempre emdiálogo e abertura com as culturas e as religiões,como filosofias do tempo e da história humana ecom o Magistério da Igreja (66)

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VER O MUNDO GLOBALIZADO

Bases fundamentais :

Sistema Tecnológico; SistemaJurídico e Financeiro; SistemaSócio-Espacial; Sistema cultural;Consumo; Sistema Informacional

(68)

Contradições:Desenvolvimento x pobreza;Confiança no mercado x crisesconstantes; Enriquecimento de uns xdegradação ambiental; Bem-estarde uns x exclusão da maioria; Buscade riqueza x corrupção e tráfico;Segregação dos grupos sociaisprivilegiados x segregação embolsões de pobreza e miséria; Redessociais virtuais x indiferença real.

(75)

Lógica individualistaSatisfação individual e indiferençapelo outro; Supremacia do desejoem relação às necessidades;Predomínio da aparência em relaçãoà realidade; Inclusão perversa; Falsasatisfação. (73)

Características socioculturais:

Inserção individual no mercadodas ofertas; Enfraquecimento dasrelações de mutualidade;Afirmação de identidades grupais;Comportamento uniformizador,autoritário e sectário;

A re-institucionalização: caminhode afirmação de padrões e valores;A pluralidade ética, cultural ereligiosa.

(77)

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DISCERNIMENTOS NECESSÁRIOS

* A pluralidade do relativismo;* A secularidade do secularismo;* Os benefícios da tecnologia e adependência da tecnologia;* O uso das redes sociais dacomunicação virtual isolada;* O uso do dinheiro e a idolatria dodinheiro;* A autonomia, a liberdade e aresponsabilidade pessoal;* O isolamento individualista, quenega o dever para com a vidacomum;* Os valores e as instituiçõestradicionais - o tradicionalismo;* A vivência comunitária

(80)

AS TENTAÇÕES DA MISSÃO

* Ideologização da mensagem evangélica (A fése torna meio e instrumento de exclusão);

* Reducionismo socializante (Reduzir a Palavrade Deus a partir da ótica puramente social);

* Ideologização psicológica (O psicologismoafasta da missão);

* Funcionalismo (A evangelização setransforma em função burocrática);

* Clericalismo (O padre centraliza tudo em seupoder pessoal clericalizando os leigos quetambém buscam clericalização);

* Individualismo (organização a partir deexperiências espirituais intimistas eindividualizantes);

* Comunitarismo sectário (se julgamverdadeiros diante dos outro);

* Secularismo (negação da religião).

(81)

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A necessária mudança de Mentalidade

A inserção na realidade do mundo globalizado exige de todosuma mudança de mentalidade, mudanças estruturais, e ummodo de conceber a própria Igreja.

A Igreja é chamada a ser:Comunidade de discípulos de Jesus Cristo; Escola de vivênciacristã onde o projeto do Reino encontra os meios de suarealização e um sinal de contradição para o que não condiz como plano de Deus; Organização comunitária;Comunidade inserida no mundo; Povo de Deus com os sinais doReino no mundo; Comunidade que se abre permanentementepara as urgências do mundo; Comunidade de ajuda e serviçomútuo; Igreja “em saída”, de portas abertas para a missão. (84 –

85)

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A mudançadementalidadeimplica emmudança deestruturas.

O Documento de Aparecida optoudecididamente pela conversão pessoal epastoral em prol do reino de Deus que atinja atodos, em espírito de comunhão eparticipação. (DAP, n. 213 e 366) (86)

Comunidade de discípulos de Jesus Cristo

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CAPÍTULO IISUJEITO ECLESIAL: DISCÍPULOS MISSIONÁRIOS E

CIDADÃOS DO MUNDO

Jesus nos ensina a ser sujeitos de nossa vida

Jesus nos ensina a ser sujeitos de nossa vida.Por palavras e ações, ele foi verdadeiramentesujeito de sua vida e de seu ministério. Ele émodelo para todo cristão, chamado a ser sujeitolivre e responsável. Na eclesiologia decomunhão-missão funda-se a concepção doscristãos leigos e leigas como sujeitos eclesiais,discípulos missionários, membros da Igreja ecidadãos do mundo. A unidade da Igreja serealiza na diversidade de rostos, carismas,funções e ministérios. (91)

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A Igreja, povo e Deus peregrino e evangelizador

Uma das compreensões centrais da Igreja natradição bíblico-eclesial e desenvolvida demaneira privilegiada no Vaticano II é a de Povode Deus. Esta noção sugere a importância detodos os membros da Igreja. (94)

A noção da Igreja como povo de Deus lembraque a salvação, embora pessoal, não consideraas pessoas de maneira individualista, mascomo inter-relacionadas e interdependentes.(98)

A noção de povo de Deus chama a atençãopara a totalidade dos batizados: todos fazemparte do povo sacerdotal, profético e real.(100)

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Todos fazem parte do povo sacerdotal,profético e real. O Vaticano II supera a noçãode Igreja piramidal (100)

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O sujeito da evangelização é todo povo de Deus, a Igreja. (101)

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A Igreja é chamada a ser Corpo de Cristo na História

Os cristãos são chamados aserem os olhos, os ouvidos,as mãos, a boca, o coração deCristo na Igreja e no mundo.Esta realidade da presença deCristo é explicada na imagemproposta por Paulo, a de quea Igreja é Corpo de Cristo(1Cor 12,12-30; Rm 12,4-5). Cristovive e age na Igreja, que éseu sacramento, sinal einstrumento. (102)

O Apostolo Paulo deixa claro queCristo é a cabeça deste corpo (Ef 1,22)

e, assim, tem em tudo a primazia (Cl

1,18). Nele, a Igreja tem sua origem,dele ela se nutre. A primazia deCristo-cabeça lembra à Igreja que Eleé o Centro de tudo. A Igreja éservidora de Cristo. (103)

Na iniciação à vida Cristã temos afonte e a origem do discipulado e damissão. Por isso, entre todos osmembros da Igreja “reina verdadeiraigualdade quanto à dignidade e açãocomum a todos os fiéis da edificaçãodo Corpo de Cristo”. (105)

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Identidade e Dignidade davocação laical

Sacerdócio Comum

Os cristãos leigos e leigas sãoportadores da cidadania batismal,participantes do sacerdóciocomum, fundado no únicosacerdócio de Cristo.

“É necessário que os leigos seconscientizem de sua dignidade debatizados e os pastores tenhamprofunda estima por eles. Arenovação da Igreja na AméricaLatina não será possível sem apresença dos leigos; por isso, lhescompete, em grande parte, aresponsabilidade do futuro daIgreja” (EA, n. 44). (110)

“Os fiéis leigos estão na linhamais avançada da vida daIgreja: por eles, a Igreja é oprincípio vital da sociedade.Por isso, eles devem ter umaconsciência cada vez maisclara, não somente de quepertencem à Igreja, mas deque são Igreja, isto é,comunidade dos fiéis na terrasob a direção do chefecomum, o Papa, e dos bisposem comunhão com ele. Elessão Igreja”(Pio XII) (109)

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Vocação Universal à Santidade

A reflexão sobre o perfilmariano da Igreja abre muitoshorizontes e oferece luzes paramaior e melhor compreensãodo ser e da missão dos leigos e

leigas no seio do povo deDeus (115)

Os cristãos leigos eleigas se santificamde forma peculiarna sua inserção nasrealidadestemporais, na suaparticipação nasatividades terrenas.(116-118)

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O cristão leigo como sujeito eclesial

Ser sujeito eclesial significa sermaduro na fé, testemunhar amorà Igreja, servir os irmãos e irmãs,permanecer no seguimento deJesus, na escuta obediente àinspiração do Espírito Santo e tercoragem, criatividade e ousadiapara dar testemunho de Cristo.(119)

“A maior parte dos batizadosainda não tomou plenaconsciência de sua pertença àIgreja. Sentem-se católicos, masnão Igreja” (DSD, 96).

O cristão leigo é verdadeiro sujeito namedida em que:

Cresce na consciência de suadignidade de batizado,

Assume de maneira pessoal e livreas interpelações da sua fé,

Abre-se de maneira integrada àsrelações fundamentais (com Deus,com o mundo, consigo mesmo ecom os demais),

Contribui efetivamente nahumanização do mundo, rumo a umfuturo em que Deus seja tudo emtodos.

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O cristão leigo é verdadeiro sujeito na medida emque cresce na consciência de sua dignidade debatizado, assume de maneira pessoal e livre asinterpelações da sua fé, abre-se de maneiraintegrada às relações fundamentais e contribuiefetivamente na humanização do mundo, rumo a umfuturo em que Deus seja tudo em todos. (124)

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Para uma adequada formação de verdadeiros sujeitos énecessário que liberdade e autonomia se desenvolvamnão no fechamento ou na indiferença, mas na aberturasolidária aos outros e às suas realidades. A abertura aooutro não é opcional, mas condição necessária para arealização do ser humano. (130)

A vivência comunitária favorece oamadurecimento cristão, queacontece numa dinâmica queexige o equilíbrio entre o eu e ooutro, sem isolamentos nos donse funções individuais e semaniquilamento da individualidadeem função da comodidade. (131)

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O cristão sujeito na Igreja e no mundo, édiscípulo missionário, seguidor e testemunha deJesus Cristo. É o cristão maduro na fé, queexperimentou o encontro pessoal com JesusCristo e se dispôs a segui-lo com todas asconsequências.

É o cristão que se coloca naescuta do Espirito e sepercebe enviado àedificação da comunidade eà transformação do mundocomo lugar do Reino deDeus. (132)

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Entraves à vivência do cristão como sujeito na Igreja e no mundo

O cristão encontra algunsentraves para a vivência de suafé de modo integral e integrado.Eis algumas delas:

– a) Oposição entre a fé e a vida;

– b) Oposição entre sagrado e profano;

– c) Oposição entre a Igreja e o mundo;

– d) Oposição entre identidade eclesial e ecumenismo; (133)

“Apesar de se notar aparticipação de muitos nosministérios laicais, estecompromisso não se refletena penetração dos valorescristãos no mundo social,político e econômico; limita-se muitas vezes a tarefas noseio da Igreja, sem umempenhamento real pelaaplicação do Evangelho natransformação da sociedade”(EG, n. 102). (134)

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Âmbitos de comunhão eclesial e atuação do leigo como sujeito

1. A Família (137)

2. A Paróquia e as comunidades eclesiais (139)

3. Os Conselhos pastorais e os Conselhos de assuntoseconômicos (141)

4. As Assembleias e reuniões pastorais (143)

5. As Comunidades Eclesiais de Base e as pequenascomunidades (146)

6. Movimentos eclesiais, Associação de Fiéis e NovasComunidades (148)

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Carismas, Serviços e Ministérios na Igreja

Por meio dos carismas,

serviços e ministérios, o

Espírito Santo capacita a

todos na Igreja para o bem

comum, a missão

evangelizadora e a

transformação social, em vista

do Reino de Deus. Os

carismas devem ser acolhidos

e valorizados. (152)

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Serviço Cristão ao Mundo

É missão do Povo de Deus assumir o compromisso sócio-político transformador, que nasce do amor apaixonado por Cristo.Desse modo, se incultura o Evangelho.

A atuação cristã no social e no político não deve serconsiderada "ministério", mas "serviço cristão ao mundo“,respeitando a legítima autonomia das realidades terrestres e docristão nelas envolvido (CNBB, Doc. 62, n. 91). (161)

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Serviço Cristão ao Mundo

Assim, a participação consciente edecisiva dos cristãos emmovimentos sociais, entidades declasse, partidos políticos,conselhos de políticas públicas eoutros, sempre à luz da DoutrinaSocial da Igreja, constitui-se numinestimável serviço à humanidadee é parte integrante da missão detodo o Povo de Deus. (162)

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Permanecendo Igreja, como ramo navideira (Jo 15,5), o cristão transita doambiente eclesial ao mundo civil para, amodo de sal, luz (Mt, 13-14) e fermento (Mt

13,33; Lc 20,21), somar com todos os cidadãosde boa vontade, na construção dacidadania plena para todos. “Não épreciso ‘sair’ da Igreja para ‘ir’ ao mundo,como não é preciso sair do mundo para‘entrar’ e ‘viver’ na Igreja”. (166)

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Os cristãos leigos e leigassão Igreja e como talvivem sua cidadania nomundo, ou seja,assumem sua missão semlimites e fronteiras,através de sua presençanas macro e microestruturas que compõemo conjunto da sociedade.(167)

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E a massa toda fica

fermentada (Mt 13,33)

“ Ide pelo mundo inteiro e

anunciai a boa nova a toda

criatura!” (Mc 16,15) (168)

CAPÍTULO III

A AÇÃO TRANFORMADORANA IGREJA e NO MUNDO

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Igreja Comunidade Missionária

Igreja em “chave de missão” significa estar a serviço do reino, em diálogo com o mundo, inculturada na realidade histórica, inserida na sociedade, encarnada na vida do povo.

“A Igreja é comunhão no amor”

Ela é chamada a tornar-se, cada vez mais, na prática aquilo que já é na sua essência:

Comunidade que reflete na terra o amor e a comunhão das pessoas da Santíssima Trindade.

– O Papa Francisco quer uma Igreja de portas abertas.

– Mais forte no querigma do que no legalismo;

– Igreja da misericórdia mais do que da severidade;

– Igreja que “não cresce por proselitismo, mas, por atração” (Bento XVI)D.I. de Ap. (170)

“Ao início do ser cristão,não há uma decisãoética ou uma grandeideia, mas o encontrocom um acontecimento,com uma Pessoa que dáà vida um novohorizonte e, destaforma, um rumodecisivo’ (EG, n. 7; DCE,n. 1).

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A Igreja missionária é semeadora de esperança

O cristão discípulo missionário enfrentará, como profeta, as realidades quecontradizem o Reino de Deus e insistirá em dizer:

“Não a uma economia de exclusão”.

“Não à cultura descartável” (EG, n. 53).

“Não à globalização da indiferença” (EG, n. 54).

“Não à idolatria do dinheiro” (EG, n. 55).

“Não à especulação financeira” (EG, n. 56).

“Não ao dinheiro que domina ao invés de servir” (EG, n. 57).

“Não à desigualdade social que gera violência” (EG, n. 59).

“Não à fuga dos compromissos” (EG, n. 81).

“Não ao pessimismo estéril” (EG, n. 84).

“Não ao mundanismo espiritual” (EG, n. 93).

“Não à guerra entre nós” (EG, n. 98).

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A Igreja missionária é semeadora de esperança

Por outro lado o mesmo discípulo missionário gritará:

“Não nos roubem o entusiasmo missionário” (EG, n. 80).

“Não nos roubem a alegria da evangelização” (EG, n. 83).

“Não nos roubem a esperança” (EG, n. 86).

“Não deixemos que nos roubem a comunidade” (EG, n.92).

“Não deixemos que nos roubem o Evangelho” (EG, n. 97).

“Não deixemos que nos roubem o ideal de amor fraterno” (EG, n. 101).

Eis o que significa ser missionário no mundo globalizado, consumista e secularizado. (177)

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Igreja pobre, para os pobres e com os pobres

O Documento de Aparecida nos diz que é precisoque estejamos atentos às novas formas depobreza e fragilidade:

os sem-abrigo; os refugiados; os povos indígenas;os negros; os nômades; os idosos; aos que sofremformas de tráfico, as mulheres que padecemsituações absurdas de violência e maus tratos; osmenores em situação de risco; os deficientes; osnascituros (os mais indefesos de todos) (179)

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Igreja pobre, para os pobres e com os pobres

Papa Francisco:

* Nenhuma família sem casa,

* Nenhum camponês sem terra,

* Nenhum trabalhador sem direitos,

* Nenhum povo sem soberania,

* Nenhuma pessoa sem dignidade.

“Há que afirmar sem rodeios que existe um vínculoindissolúvel entre a fé e os pobres. Não os deixemosjamais sozinhos” (EG, n. 48).

A Igreja se propõe a trabalhar na construção de uma“cultura do encontro”. Isso implica não se fechar naprópria comunidade, na própria instituição paroquialou diocesana, no grupo de amigos, na própriareligião, em si mesmo (cf. EG, n. 220) (181)

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Uma Espiritualidade Encarnada

Uma espiritualidade encarnadacaracteriza-se pelo seguimento deJesus, pela vida no Espírito, pelacomunhão fraterna e pela inserção nomundo.

É preciso discernir e rejeitar a:

“tentação de uma espiritualidadeintimista e individualista, quedificilmente se coaduna com asexigências da caridade, com a lógicada encarnação” (NMI, n. 52). (184)

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A oração e a contemplação

A oração e a contemplaçãosão fundamentais na vida doscristãos. É preciso cultivar umespaço interior dinamizadopor um espírito contemplativoque ajude a cuidar daintegridade da consciência edo coração e dê sentidocristão ao compromisso e àsatividades. (186)

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A presença e organização dos

cristãos leigos e leigas no Brasil

Durante a primeira metade do século XX, constatamos apresença das irmandades, das confrarias e associações,algumas delas herdadas de séculos anteriores, numadimensão mais espiritual e/ou de assistência. Em geral,eram conduzidas pelo clero.

Em 1935, no Brasil, foi oficializada a Ação Católica Geral e,mais tarde, a Ação Católica Especializada (ACE): JuventudeAgrária Católica (JAC), Juventude Estudantil Católica (JEC),Juventude Independente Católica (JIC), JuventudeOperária Católica (JOC), Juventude Universitária Católica(JUC) e Ação Católica Operária (ACO), que se transformouem Movimento de Trabalhadores Cristãos (MTC). (201)

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Os leigos Pré e pós Vaticano II

A Ação Católica teve presença significativa na realidadeeclesial e social daquele período.

Esta nova consciência gerava o compromisso com a açãotransformadora da sociedade, buscando impregná-la dosvalores evangélicos.

Na Ação Católica foram se definindo as relações da Igrejacom o mundo em bases renovadas, numa superação dosesquemas da antiga cristandade.

Também foram se delineando os traços da teologia dolaicato e por conseguinte o estatuto próprio do leigo naIgreja como iria aparecer mais tarde. (203)

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Os leigos Pré e pós Vaticano II

Nos anos que se seguem ao Concílio emergiu aconsciência dos cristãos leigos e leigas como Povode Deus e sujeitos eclesiais.Nesse horizonte, constatamos a busca deatualização das entidades existentes, o crescimentoda sua presença e o surgimento de inúmerasiniciativas que brotaram na vida da Igreja no Brasile outras vindas de Igrejas de outros países.Certamente é uma tarefa difícil abordar a riqueza ea diversidade dessa presença e atuação. (203)

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Outras formas de organização dos cristãos leigos

As Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) vêmsendo espaço privilegiado de participação decristãos leigos e leigas em comunhão com ospastores.

Outro espaço importante, de ação dos cristãosleigos e leigas, são as pastorais sociais significam asolicitude e o cuidado de toda a Igreja missionáriadiante de situações reais de marginalização,exclusão e injustiça.

Nesse conjunto, podemos situar, também, várias entidades, conforme n. 204

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Outras formas de organização dos cristãos leigos

A partir de carismas no seio do Povo de Deus nasceram,como frutos do Concílio Vaticano II, novos movimentos,novas comunidades e associações de leigos, serviços epastorais. São dons do Espírito para Igreja e o mundo.

“Um idêntico espírito de colaboração ecorresponsabilidade (...) se difundiu também entre osleigos, não apenas confirmando as organizações deapostolado já existentes, mas criando outras novas, quenão raro se apresentam com um aspecto diferente euma dinâmica especial” (cf. RH, n. 5). (214)

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O CONSELHO NACIONAL DO LAICATO DO BRASIL

No ano de 1970, como fruto da eclesiologia doConcílio Vaticano II, na Igreja no Brasil, aAssembleia dos Bispos, cujo tema foi “Leigos”,sugeriu a criação de organismo de articulação dolaicato, o então Conselho Nacional dos Leigos(CNL), hoje Conselho Nacional do Laicato do Brasil(CNLB).

Esta Assembleia de 1970 significou um momentode reconciliação dos Bispos do Brasil com o laicatoapós 1964. (209)

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CAMINHADA DO CNL

Na 11ª Assembleia Geral da CNBB, 1975, foi aprovada a criação deum futuro organismo de leigos que culminou na criação do ConselhoNacional de Leigos(CNL).

Ao longo da sua história, o CNL foi se estruturando em ConselhosRegionais e Diocesanos e agregando movimentos e associaçõeslaicais. A CNBB tem expressado o reconhecimento dessa articulaçãodo laicato brasileiro em suas Diretrizes e Planos.

Na 23ª Assembleia, em 1985, foi analisado o tema “Leigos”, comocontribuição à preparação do Sínodo sobre os leigos em 1987.

O documento de Aparecida destaca:

“Reconhecemos o valor e a eficácia dos conselhos paroquiais,conselhos diocesanos e nacionais de fiéis leigos, porque incentivama comunhão e a participação na Igreja e sua presença no mundo”(DAp, n. 215). (211)

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Formação dos Leigos e Leiga

Dever-se-á distinguir diferentes níveis de formação noâmbito da comunidade eclesial, de forma a oferecer aosdistintos sujeitos o que for conveniente e necessário à suacompreensão e vivência da fé em sua faixa etária biológicaou eclesial, começando com a iniciação à vida cristã econtinuando com a formação bíblico-teológica e com asdiversas formações específicas.

A formação de sujeitos eclesiais, que implica emamadurecimento contínuo da consciência, da liberdade eda capacidade de exercer o discipulado e a missão nomundo, deve ser um compromisso e uma paixão dascomunidades eclesiais. (225)

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Formação dos Leigos e Leigas

O Documento de Aparecida dedica especial atenção à temática da formação, ressaltando:

• os aspectos do processo formativo: caminho longo que requer itinerários diversificados, respeite os processos individuais e comunitários e que sejam graduais (DAp, n. 281);

• o acompanhamento do discípulo: na perspectiva do diálogo e da transformação social e atendendo a questões especificas (DAp, n. 283);

• a espiritualidade: que transforme a vida de cada discípulo em resposta aos impulsos do Espírito (DAp, n. 284). (230)

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Fundamentos da FormaçãoOs cristãos leigos e leigas são eles chamados a ser ramos da videira,

chamados a “crescer, amadurecer continuamente, dar cada vez mais fruto”

A formação deve contribuir para que os cristãos leigos e leigasvivam o seguimento de Jesus Cristo e deem uma resposta doque significa ser cristão.

Para pensar a formação, devemos fazê-lo a partir dos sinais dostempos, do nosso continente marcado pela cultura cristã e pelapobreza. A formação é decisiva para a maturidade dos cristãosleigos e leigas. A formação bíblica, catequética, litúrgica, morale espiritual é a base de todo o processo formativo.

Do ponto de vista metodológico é importante contemplar arelação entre teoria e prática, a pedagogia participativa em vistado exercício da liderança, numa perspectiva de inculturação.(231)

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Fundamentos da FormaçãoOs cristãos leigos e leigas são eles chamados a ser ramos da videira,

chamados a “crescer, amadurecer continuamente, dar cada vez mais fruto”

A Doutrina Social da Igreja é um precioso tesouro queoferece critérios e valores, respostas e rumos para asnecessidades, as perguntas, e os questionamentos daordem social, em vista do bem comum.Fundamentada nas Escrituras, nos Santos Padres, notestemunho de tantos santos e santas, no ConcílioVaticano II e, na América Latina, nas Conferências deMedellín, Puebla, Santo Domingo, Aparecida e agorana Evangelii Gaudium. Ilumina a dimensão social dafé e a implantação do Reino na sociedade. (237)

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Projeto Diocesano de Formação (239)

A formação dos leigos eleigas precisa ser uma dasprioridades da IgrejaParticular” (Doc. 102, n.92).

Para isto, é indispensávelum projeto diocesano deformação que contemple,conforme número 240 doDoc 105.

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Ação transformadora dos cristãos leigos e leigas no mundo

O significado da relação entre a Igreja e o mundo vemde uma grandeza maior que é o Reino de Deus, do quala Igreja é germe e início, sinal e instrumento (LG, n. 5).

A Igreja é chamada a ser sinal e promotora do Reino deDeus. Dessa convicção ela se nutre e nessa direção seorganiza em suas estruturas, funções e serviços.

Como membros da Igreja e verdadeiros sujeitoseclesiais, os cristãos leigos e leigas, a partir de suaconversão pessoal, tornam-se agentes

transformadores da realidade. (241)

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Ação transformadora dos cristãos leigos e leigas no mundo

Modos de ação transformadora (244)

O testemunho, como presença que anuncia Jesus Cristo; A ética e acompetência, no exercício de sua própria atividade profissional; Oanúncio querigmático, nos diversos encontros pessoais; Os serviços,pastorais, ministérios e outras expressões organizadas pela própriaIgreja; A inserção na vida social, através das pastorais sociais; Osmeios de organização e atuação na vida cultural e política.

Isto é tarefa permanente que solicita a atitude profunda de fé e oaprofundamento da razão.

O mundo será sempre um desafio para a ação do cristão, comosujeito eclesial, em vista de sua transformação e um desafio àprópria Igreja, para que busque os meios mais coerentes de servir atodos, de modo particular os pobres.

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A ação dos cristãos leigos e leigas nos areópagos modernos

Bento XVI interpela sobretudo os leigos:

“Dirijo, pois, um apelo a todos os fiéispara que se tornem realmente obreiros dapaz e da justiça, num mundo marcado porviolências, guerras, terrorismo, corrupçãoeconômica e exploração sexual. É precisodenunciar as circunstâncias que estão emcontraste com a dignidade do homem. AIgreja deve inserir-se na luta pela justiçapela via da argumentação racional e devedespertar as forças espirituais sem asquais a justiça não poderá afirmar-se,nem prosperar” (SCa, n. 89). (252)

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• Envolver regionais, dioceses, paróquias, organismos,pastorais e as diversas expressões laicais na reflexão eaplicação deste documento.

• Celebrar o Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas nasolenidade de Cristo Rei, a cada ano.

• Estimular que no decorrer do mês de novembro de cadaano, haja uma programação com momentos de reflexão,de espiritualidade e de gestos concretos envolvendo ascomunidades, paróquias e todas as formas organizativasdo laicato.

• Celebrar o dia 1º de maio – São José Operário – e outrasdatas significativas para as diversas profissões, comovalorização do trabalho e denunciando tudo o quecontradiz a dignidade da pessoa.

C O M P R O M I S S O S (275)

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• Recuperar e divulgar o testemunho de cristãosleigos e leigas mártires e daqueles que viveramo seu compromisso batismal no cotidiano davida e se tornaram ou são referências.

• Criar e/ou fortalecer os Conselhos Regionais eDiocesanos de Leigos;

• Fortalecer e ampliar o diálogo e trabalho juntoàs diferentes formas de expressão do laicato.

• Apoiar e acompanhar os encontros do laicato,organizados pelo CNLB, com a participação dasdiversas expressões do laicato.

C O M P R O M I S S O S

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• Realizar o Ano do Laicato, iniciando nasolenidade de Cristo Rei de 2017 e comtérmino na solenidade de Cristo Rei de 2018.Comemoraremos assim os 30 anos do SínodoOrdinário sobre os Leigos (1987) e 30 anos dapublicação da Exortação ApostólicaChristifideles Laici, de São João Paulo II, sobrea vocação e missão dos leigos na Igreja e nomundo (1988). O Ano do Laicato terá comoeixo central a presença e a atuação doscristãos leigos e leigas como “ramos, sal, luz efermento” na Igreja e na sociedade.

C O M P R O M I S S O S

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O leigo deve traçar seu caminho, viver sua vidaem prol de todos e ser responsável pela suaconduta enquanto cristão atuante na igreja e nasociedade.

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OBRIGADOEQUIPE DE ARTICULAÇÃODIOCESANA DO LAICATO

DIOCESE DE TEÓFILO OTONI