Cristianismos Originários Os seguidores e seguidoras de Jesus na 1a. Geração.
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Os seguidores e seguidoras de Os seguidores e seguidoras de Jesus na 1a. GeraçãoJesus na 1a. Geração
Cristianismo na GaliléiaCristianismo na Galiléia
• Se quisermos conhecer bem os primeiros 40 anos da história das origens do cristianismo na Galiléia, teremos de estudar a fonte Q. Deve-se sublinhar que o documento da fonte Q deverá ser interpretado com base no contexto em que foi escrito.
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• Precisamos, portanto, conhecer o contexto sócio-econômico e o político-ideológico para uma interpretação contextualizada. Em outras palavras: interpretar a fonte Q a partir dos pobres e das comunidades locais na Galiléia.
Cristianismo na GaliléiaCristianismo na Galiléia
• Os estudiosos sugerem que a fonte Q seja estudada, considerando-se a existência de três camadas:
• Caracteristica sapiencial (mais antigo)
• Conteúdo apocalíptico-profético,(depois dos anos 50)
• Redação posterior aos anos 70
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• O contexto histórico social de Q são as comunidades locais situadas em povoados e aldeias. Q procura trazer orientações concretas no âmbito das relações sócio-econômicas de base: empréstimos mútuos, assistência pessoal ou familiar, conflitos por causa de divida, resolução de conflitos sociais. Quem são essas comunidades locais?
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• As pessoas que pertencem a estas comunidades locais são:
• Camponeses, pescadores, artesãos. Em geral são pessoas pobres, ameaçados por dívidas e perda da terra, pessoas empobrecidas por tributos e dízimos. São pessoas simples (Q Lc 10-21-222) São os pobres, os que têm fome, os que choram (Q Lc 6,20-23). Nas sociedades agrárias tradicionais não existe a classe média.
Projeto social de QProjeto social de Q
• Os membros da comunidade ou movimento de Jesus deixaram casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e bens por Jesus e pelo evangelho, porém na nova família ou comunidade encontram agora com cem vezes mais em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e bens, com perseguições. É o fim da família patriarcal e o inicio de uma família de irmãos.
Projeto social de QProjeto social de Q
• A nova comunidade no movimento de Jesus procura aliviar os efeitos da pobreza, da fome, dívidas e doenças. Em Q aparece como fundamental o perdão das dívidas e o compartilhar o que se tem (Q Lc 6,30; Q Lc 12,22-34)
• O movimento de Jesus procura revitalizar a vida social nos povoados e aldeias. Por isso valoriza-se tanto a oração, o perdão dos pecados, a dignidade dos desprezados e a cura dos possuídos por espíritos imundos.
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• O documento Q deve ser comparado com o evangelho de marcos e as tradições pré-marcanas. O ambiente de Marcos é idêntico ao do movimento Q. Marcos amplia o seu horizonte engloba outras tradições, conhecidas por ele mediante as comunidades helenísticas. Elas estão ausentes em Q, como por exemplo os relatos da paixão e morte de Jesus. As duas grandes tradições pré-marcanas – a que se refere aos milagres é uma tradição popular ligada à memória de Moisés e Elias e busca a renovação da vida do povo na Galiléia, longe do Templo e de Jerusalém.
Os lugares da comunidade da fonte Q:
- sinagogas dos povoados
- pequenas assembléias locais
Objetivo: transformação de Israel
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• O movimento de Jesus foi comparado com os filósofos chamados cínicos. Nessa comparação aconteceu um abrangente desvirtuamento do conteúdo da fonte Q.
• Tudo indica, que na época existiu um estilo de vida e uma crítica aos grupos que dominavam na sociedade daquela época, idêntica em Q e no modo de pensar dos cínicos. O estilo de vida defendido é idêntico ao proposto pela fonte Q o Evangelho de Lucas (Lc 10,3- 11, especialmente o v. 11).
Ali se proíbe os missionários de levar dinheiro, bolsa (alimentos) bastão (defesa), sandálias e são proibidos de saudar pelo caminho. Nos cínicos dá-se um estilo de vida semelhante, mas a grande diferença com Q é que nos cínicos não há mais do que isso, quer dizer, um estilo de vida.
Em Q, pelo contrário, há um estilo de vida em função da revitalização das comunidades; é uma função passageira em função do Reino. O movimento cristão é muito mais do que um estilo de vida, é uma nova maneira de viver em comunidade.
O movimento popular filosófico dos cínicos é um movimento de protesto contra as elites em cidades helenísticas já estabilizadas ou onde o processo de helenização é agressivo Os filósofos cínicos são críticos radicais de uma cultura helenística urbana estabelecida.
O movimento Q, pelo contrário, localiza-se em ambientes rurais desestruturados e fragmentados, empobrecidos e destruídos. Q também é um movimento crítico, mas seu objetivo é ajudar os pobres é transformar a comunidade local e a família.