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CRISTINA CANI DIAS LEDEBOUR GLACIENE MARY DA SILVA GONÇALVES

SIMONE FLORENTINO DINIZ VICTOR

ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO DE TRIATOMÍNEOS DE IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CAPTURADOS NO AMBIENTE DOMICILIAR

Relatório do pôster apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Especialista no Curso de Pós-Graduação latu sensu em nível de Especialização em Saúde Pública do Departamento de Saúde Coletiva/CPqAM/FIOCRUZ/MS, sob a orientação da Professora Eduarda Cesse.

RECIFE, 2001

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CRISTINA CANI DIAS LEDEBOUR GLACIENE MARY DA SILVA GONÇALVES

SIMONE FLORENTINO DINIZ VICTOR

ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO DE TRIATOMÍNEOS DE IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CAPTURADOS NO AMBIENTE DOMICILIAR

Relatório do pôster aprovado como requisito parcial à obtenção do título de Especialista no Curso de Pós-Graduação tatu sensu em nível de Especialização em Saúde Pública do Departamento de Saúde Coletiva/CPqAM/FIOCRUZ/MS, pela comissão formada pelos professores:

Orientadora: f6rtu_,Aj.j\_!) __ , Pr:of. Edu arda Cesse

Debatedor:

Departamento de Saúde Coletiva/NESC/CPqAM/FIOCRUZ/MS.

Márcio Costa Vinhaes Biólogo- Gerência Técnica de Controle de Vetores CENEPIIFUNASA/MS.

RECIFE, 2001

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

FUNASA. ..................... Fundação Nacional de Saúde

PE. .............................. Pernambuco

FIAM ............................ Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Municipal

OMS ............................ Organização Mundial de Saúde

MAP ........................... Mapa

Graf ............................ Gráfico

Km ............................... Quilômetro

Hab ............................. Habitantes

PCDCh ........................ Programa de Controle da Doença de Chagas

FPCDCH-01 ................ Formulário diário de atividades

FPCDCH-02 Formulário exame de triatomíneos

T. infestans .................. Triatoma infestans

T. pseudomaculata ...... Triatoma pseudomaculata

T.brasiliensis ............... Triatoma brasiliensis

P. megistus .................. Panstrongylus megistus

P. lutzi ......................... Panstrongylus lutzi

T. cruzi ........................ Trypanosoma cruzi

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r 1

SUMÁRIO

Resumo .................................................................................................................. 06

Introdução ............................................................................................................... 07

Objetivos ................................................................................................................. 08

Metodologia ............................................................................................................ 09

Resultados .............................................................................................................. 12

Discussão ............................................................................................................... 21

Conclusões e Recomendações .............................................................................. 23

Referências Bibliográficas ...................................................................................... 24

Anexos .................................................................................................................... 25

' 1

RESUMO

Ledebour, C. C. D.; Gonçalves, G. M. S.; Victor, S. F. D. Estudo da distribuição de triatomíneos de importância epidemio/qgica capturados no ambiente domiciliar. 2001. 27 f. Trabalho acadêmico de conclusão do Curso de Especialização em Saúde Pública - Fundação Oswaldo Cruz, Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva, Recife, 2001. '

A doença de Chagas é uma endemia predominantemente rural que tem sua ocorrência relacionada à distribuição do vetor transmissor e ao baixo nível sócio­econômico da população acometida. Esta endemia, apesar de ter apresentado um declínio no seu coeficiente de mortalidade na última década, ainda é a que causa mais mortes quando comparada a outras endemias como a esquistossomose, a malária e a leishmaniose. Das 42 espécies de triatomíneos registradas no Brasil, cerca de 70% são capturadas no ambiente domiciliar. No Estado de Pernambuco são identificadas áreas rurais com ambiente favorável à transmissão vetorial. Dados de registros de triatomíneos no Estado demonstram a presença de 13 espécies do vetor, dentre as quais estão incluídas as mais importantes para o Nordeste, embora estes dados não estejam detalhados. Conhecer a distribuição das espécies triatomíneas é essencial para o norteamento das atividades executadas por instituições gestoras de saúde. Portanto, neste estudo objetivamos verificar a distribuição dos triatomíneos capturados no ambiente domiciliar, nas mesorregiões geográficas e municípios de Pernambuco. Os dados são coletados do Sistema Informatizado do Programa de Controle da Doença de Chagas da FUNASA/PE. A unidade de análise é o município, sendo considerada a informação mais recente do ciclo de atividades executadas no período de 1990 a 2000. As variáveis do estudo são: espécie de triatomíneo, índice de infecção natural, município e mesorregião geográfica. Observamos a ocorrência de duas espécies predominantes de triatomíneos, o Triatoma pseudomaculata e Triatoma brasiliensis, bem como o registro de Triatoma infestans em áreas restritas. Em algumas áreas onde já ocorreu o controle de espécies domiciliadas, observamos a presença do Panstrongylus Jutzi, no intradomicílio, embora não haja colonização. Tal achado remete para a indicação de estudos posteriores.

6

INTRODUÇÃO

A doença de Chagas é uma endemia predominantemente rural que tem sua

ocorrência relacionada à distribuição do vetor e ao baixo-nível sócio econômico da

população acometida (Brasil, 1996; Dias, 1989; Dias, 1990; OMS, 1991; Silveira &

Vinhaes, 1998). É grave problema de saúde publica em 17 países latino-americanos

(OMS, 1991 ). A extensão da zona endêmica no Brasil corresponde a 44,5% da

superfície do país, atingindo 18 estados, incluindo todos do Nordeste (Vinhaes &

Dias, 2000). Em Pernambuco, a área abrange 172 municípios (Brasil, 1997).

No Brasil, esta endemia, apesar de ter apresentado um declínio no seu

coeficiente de mortalidade na última década (Silveira & Vinhaes, 1998), ainda é a

que causa mais mortes, quando comparada a outras endemias como a

esquistossomose, a malária e a leishmaniose (Schmunis, 1997). Na região Nordeste,

há tendência de progressiva redução na morbidade por doença de Chagas, nas

áreas em que a densidade triatomínico-tripanossômica é reduzida, resultante do

combate aos triatomíneos e de outros fatores como melhoramento social, migrações,

etc. (Dias et ai., 2000). A transmissão por vetores é responsável por mais de 80% da

transmissão total de T.cruzi (Schofield, 1994).

Neste contexto, a vigilância epidemiológica sobre a tripanossomíase

americana é prioridade no Brasil, citada por Dias "como um desafio a ser enfrentado

pelo Programa de Controle da Doença de Chagas em suas etapas mais avançadas".

Necessário se faz conhecer a distribuição dos vetores principais e, a partir disto,

consolidar a vigilância entomológica permanente (Dias et ai., 2000; Dias, 2001 ).

O presente estudo segue esta recomendação e apresenta a situação dos

vetores no Estado de Pernambuco no período 1990 a 2000, esperando contribuir

para o norteamento das ações de vigilância da doença de Chagas, nos níveis de

gestão estadual e municipal.

7

OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

• Conhecer a distribuição dos triatomíneos capturados no ambiente domiciliar, nas

mesorregiões geográficas e municípios pernambucanos, no período de 1990 a

2000.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar a distribuição de espécies de triatomíneos domiciliados por municípios

de Pernambuco.

• Identificar a distribuição das espécies de triatomíneos domiciliados no Estado de

Pernambuco, segundo mesorregiões geográficas.

• Identificar a distribuição de espécies numericamente predominantes nos

municípios e mesorregiões pernambucanas.

• Conhecer o índice de infecção natural das espécies de triatomíneos domiciliados

em Pernambuco, segundo mesorregiões geográficas.

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METODOLOGIA

DESENHO DE ESTUDO

O estudo é do tipo descritivo de corte transversal, realizado em 151

municípios do Estado de Pernambuco com a presença do triatomíneo, no período

1990-2000.

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DO ESTUDO -ESTADO DE PERNAMBUCO

• Localização: Centro-leste da Região Nordeste do Brasil;

• Clima: Tropical Atlântico no Leste e Semi-Árido no Agreste e Sertão;

• Vegetação: Mangue (litoral), Floresta Tropical (zona da mata), Caatinga (agreste

e sertão);

• População: 7. 911.937 habitantes;

• N° de Municípios: 185;

• Densidade demográfica: 80,3 hab/Km2;

• Área: 98.938 Km2;

• Mesorregiões do Estado de Pernambuco:

~ MESOP.REGIÃO DO SERTÃO

@ MR.YORRf!(l/ÃO DO NÃO PRANC!Sm

DELIMITAÇÃO DA ÁREA DO ESTUDO

~ MESO!IREGÜODOAGRESTE

1m MESORREGLiiODA!MTA

\ MESORRP.c\IÃO

METROPOLITÀNA 00!'-ECJFE

A área de estudo corresponde a 151 municípios no Estado de Pernambuco

com registro de ocorrência do triatomíneo, segundo relatórios de atividades de

campo da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA-PE), sendo 41 do Sertão, 15 do

9

-~

~.

São Francisco Pernambucano, 71 do Agreste e 24 da Mata. Foram excluídos 19

municípios da Mata e 15 da região Metropolitana por não apresentarem notificação

do vetor.

VARIÁVEIS DO ESTUDO

Município, mesorregião, espécie de triatomíneo, índice de infecção natural do

triatomíneo.

Observação: Índice de infecção natural é o percentual de triatomíneos infectados por

T. cruzi, em relação aos examinados.

PROCEDIMENTOS REALIZADOS, PROCESSAMENTO E ANÁLISE DOS DADOS

• Definição do município como a unidade de análise, sendo considerada a

informação do mais recente ciclo de atividades de controle vetorial, executadas no

período de 1990 a 2000;

• Elaboração de planilha para coleta dos dados, utilizando o software Excel97;

• Coleta de dados a partir do Relatório Exame de Triatomíneos, do sistema

informatizado do Programa de Controle da Doença de Chagas (PCDCh),

provenientes de registros dos formulários: FPCDCH-01 (formulário diário de

atividades) e FPCDCH-02 (formulário exame de triatomíneos), utilizados nas

ações de campo e em laboratório do PCDCh da FUNASAIPE;

• Levantamento de dados das espécies triatomínicas por município;

• Aglutinação dos dados de espécies triatomínicas por Mesorregião;

• Os dados da divisão geopolítica de Pernambuco utilizados são da FIAM, 1998;

• Inserção dos dados em mapas, utilizando o software Corei DRAW 8;

• Processamento e análise dos dados através dos Softwares Excel 97 e Corei

DRAWB;

• Considera-se para este estudo:

a) Espécie de triatomíneo de importância epidemiológica aquela que tem

capacidade de colonizar o domicílio e o peridomicílio (Forattini, 1980),

destacando-se as seguintes: Triatoma ínfestans ( T. ínfestans), Panstrongylus

10

megistus (P. megístus), Triatoma brasiliensis (T. brasiliensis) e Triatoma

pseudomaculata (T. pseudomaculata) (Brasil, 1996; Dias et ai., 2000);

b) Espécie numericamente predominante a que apresenta o maior número de

exemplares capturados.

,.......,, RESULTADOS

12

i~'

Gráfico 1. Proporção das principais espécies de triatomíneos capturados. Pernambuco 1990-2000.

T. brasiliensis 42,8%

Outros 0,1%

P. megistus 7,8%

T. pseudomacu/ata 44,0%

Gráfico 2. Proporção de espécies de triatomíneos por local de captura. Pernambuco 1990-2000.

T. brasiliensis T.pseudomaculata

P. megistus P. lutzi

• lntradomicílio

• Peridomicilio

13

Gráfico 3. Número de triatomíneos por espécie, segundo mesorregiões. Pernambuco 1990-2000.

N° de exemplares

6.000

5.000

[jJ T. infostans 4.000

111 T. brasiliensis

3.000 111 T.pseudomaculata

2.000 OP.megistus

1.000 (!JP.lutzi

o Sertão São Francisco Agreste Mata

Gráfico 4. Índice de infecção natural por espécie de triatomíneo segundo mesorregião. Pernambuco 1990-2000.

Sertão São Francisco Agreste Mata

1i!1 T .infestans 0,00 0,00 0,00 0,00

T. brasiliensis 1,99 4,12

1,05 0,52 1,03 0,00

14

15

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Mapa 2. Distribuição do Panstrogylus megistus e Triatoma infestans por município. Pernambuco 1990-2000.

O Panstrongylus megistus 8 Panstrongylus megistus e Triatoma infestans

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Mapa 3. Distribuição do Triatoma pseudomaculata por município. Pernambuco 1990-2000.

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Mapa 4. Distribuição do Panstrongylus lutzi por município. Pernambuco 1990-2000.

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Mapa 5. Distribuição de espécies de triatomíneos numericamente predominantes por município. Pernambuco 1990-2000.

llll Triatoma brasiliensis D Panstrongylus megistus D Municfpio sem notificação

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'~"'-<' \! ">";,..,;7 ·k~~~_,-_::/ - Triatoma pseudomaculata 11111 Panstrongylus Jutzi

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Mapa 6. Distribuição das espécies de triatomíneos numericamente predominantes por mesorregiões geográficas. Pernambuco 1990-2000.

• Triatoma brasiliensis • Triatoma pseudomaculata

Região Metropolitana

' 1

1\

.1\

1\,

1\,

DISCUSSÃO

No Estado de Pernambuco, dentre todas as espécies de triatomíneos

domiciliados, se destacam as seguintes: T. brasiliensis, T. infestans, P. megistus, T.

pseudomaculata. Note-se como de relevante achado a presença do Panstrongylus

Jutzi (P. Jutzt), espécie de hábitos estritamente silvestres, representando 5,3% entre o

total de triatomíneos capturados no Estado (Gráfico 1 ).

O T. brasiliensis (Mapa 1) ocorre em 41,08% dos municípios do Estado, 100%

dos municípios do Sertão e do São Francisco Pernambucano, confirmando as

expectativas de encontra-lo nas áreas mais secas do Estado. Sem diferença

significativa da sua presença no intra ou peridomicílio (Graf. 2), apresenta o segundo

maior índice de infecção natural (Graf. 4). No Agreste, área de transição entre o

litoral e o Sertão, predomina no intradomicílio onde se registram os mais elevados

índices de positividade para T. cruzi desta espécie, comparativamente às demais

mesorregiões pernambucanas (Graf. 4). Esses achados coincidem com a descrição

de autores, a exemplo de Schofield, quando relatam o T. brasiliensis como nativo de

caatingas, com grande capacidade para invadir e colonizar os domicílios e anexos,

sendo altamente sensível à infecção pelo T.cruzi.

Em apenas 2 municípios do Estado de Pernambuco, Serra Talhada e Afrânio,

existe foco residual do T. infestans (Mapa 2), representando 1,08% dos municípios

do Estado, sendo todos os exemplares negativos para T. cruzi (Graf. 4). Tal fato

resulta da implementação de ações de controle desse triatomíneo, ocorrida a partir

do ano de 1992 (Brasil, 1992), culminando com a certificação da interrupção da

transmissão da doença de Chagas por esse vetor em Pernambuco, no ano de 2000.

Esta espécie, de hábito exclusivamente domiciliar no Brasil, é o vetor mais

importante da doença de Chagas (Schofield, 1994) e encontra-se em vias de

eliminação no território brasileiro (Dias et ai., 2000).

A distribuição do P. megistus ocorre em 40,54% dos municípios

pernambucanos (Mapa 2). Predomina em vários municípios da Mata e Agreste

(Mapa 5) e apresenta índice de infecção natural elevado, principalmente na zona da

Mata (Graf. 4). No Sertão, em Triunfo, município com vasta área de vegetação tipo

mata, historicamente esta espécie é numericamente predominante. Tal distribuição

demonstra preferência por ambientes úmidos e quentes, estando bastante

21

domiciliado, confirmando as referências de Dias et ai., 2000 e Brasil, 1996. No

interior do país, pode ser encontrada em áreas de matas galeria.

/0 T. pseudomaculata, em todo o Estado, tem ampla distribuição, ocorrendo

em 61,62% dos municípios (Mapa 3). Prefere o peridomicílio (Graf. 2), exceto no

Agreste, onde é mais freqüente no intradomicílio. Apresenta o menor índice de

. infecção natural dentre todas as espécies estudadas (Graf. 4). Os resultados obtidos.

referentes ao Estado não revelam discordâncias quanto às características de

distribuição dessa espécie. Conforme descrevem Brasil, 1996 e Dias et ai., 2000, tal

espécie é nativa da região Nordeste, o que justifica este padrão de ocorrência no

Estado.,·

No Estado de Pernambuco, a partir de 1996, observa-se uma crescente

ocorrência do P. lutzi, fato coincidente com o incremento da vigilância entomológica

e, provavelmente, com a expansão da eletrificação rural. Este vetor presente em

50,81% dos municípios (Mapa 4), predomina em 18% daqueles com presença desta

espécie (Mapa 5). Pouco importante para a transmissão vetorial da doença de

Chagas, o P. lutzi, classificado como espécie de hábitos estritamente silvestres,

intervem apenas na manutenção da enzootia chagásica e não tem demonstrado

capacidade invasiva em ecótopos artificiais (Brasil, 1996). Surpreendentemente,

encontra-se no ambiente domiciliar em vasta área do Estado, com elevado índice de

infecção natural (Graf. 4), embora os dados revelem que não está havendo

colonização nas habitações humanas, visto que exemplares adultos, são quase a

totalidade dos vetores capturados.

22

r '

CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES

Após a análise dos dados e discussão dos resultados, concluímos o seguinte:

• Em relação à distribuição de triatomíneos domiciliados por município, as espécies:

T. brasi/iensis, presente em 41,08% dos municípios, P. megistus em 40,54% e o

T. pseudomaculata em 61 ,62%, são identificadas como as mais freqüentes,

indicando que estas têm importante papel natr~nsmissão da doença de Chagas no

Estado de Pernambuco.

• No que se refere à distribuição de espécies triatomínicas, nas mesorreg1oes

estudadas, há presença difusa de todas as espécies enfocadas, exceto na zona da

Mata, onde não há registro do T. brasiliensis. Há registro focal do T. infestans no

Sertão e São Francisco Pernambucano.

• Quanto à distribuição de espécies domiciliadas numericamente predominantes

por municípios e mesorreg1oes, identificam-se o T. brasiliensís e o

T. pseudomaculata como importantes para a transmissão da doença de Chagas no

Sertão e São Francisco Pernambucano, embora também predominem em algumas

áreas do Agreste e Mata. No conjunto dos municípios do Agreste, além da área de

predominância do T. brasílíensís, ressalta-se a predominância do P. megistus ao sul

desta mesorregião. Padrão que se prolonga na porção sul da zona da Mata, a qual

ao norte é ocupada predominantemente pelo T. pseudomaculata. Com esta

configuração, as espécies mais importantes no Agreste são o P. megístus e o

T. brasilíensís, e na zona da Mata o P. megístus.

O fato do P. lutzi ser numericamente predominante em vários municípios,

principalmente no Agreste, área em vigilância entomológica, onde há dispersão

reduzida de outras espécies no ambiente domiciliar, demonstra a necessidade de

estudos posteriores.

• Os índices de infecção natural registrados nos triatomíneos domiciliados em

Pernambuco apontam para a manutenção do risco de transmissão vetorial da

doença de Chagas.

Com o quadro descrito acima se recomenda que as ações de controle de

vetor sejam implementadas e continuadas. É de grande importância a manutenção

da vigilância entomológica, e expansão em algumas áreas como no Agreste, para

que sejam mantidos e melhorados _os níveis de controle vetorial alcançados no

Estado.

' '

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

•BRASIL. Controle da doença de Chagas - Diretrizes técnicas. Brasília: FUNASA, 1996. 2 ed. 80 p.

• __ . Ministério da Saúde. FUNASA. Relatório de Atividades do Programa de Controle da doença de Chagas. Pernambuco, 1992. 9 p.

•__ . Ministério da Saúde. FUNASA. Relatório de Atividades do Programa de Controle da doença de Chagas. Pernambuco, 1997. 29 p.

•otAS, J. C. P. A vida do barbeiro. In: Doença de Chagas: Textos de apoio. Brasília: SUCAM, 1989. p. 21-24.

• __ . Doença de Chagas - Clínica e terapêutica. In: Ministério da Saúde. Doença de Chagas: Clínica e terapêutica. Brasília: SUCAM, 1990. p. 7-26.

• __ . Doença de Chagas, ambiente, participação e Estado. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 17, suplemento, p. 165-169,2001.

•otAS, J. C. P. et ai. Esboço geral e perspectivas da doença de Chagas no Nordeste do Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 16, supl. 2, p. 13-34, 2000.

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•oRGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Contra/ de la enfermedad de Chagas: informe de un Comité de Expertos de la OMS. [Genebra]: OMS, 1991. 102 p. (Serie de informes técnicos de la OMS, n.811 ).

•scHMUNIS, G. A. Tripanossomíase Americana: Seu impacto nas Américas e perspectivas de eliminação. In: DIAS, J.C.P. e COURA, J.R. orgs. Clínica e terapêutica da doença de Chagas. Uma abordagem prática para o clínico geral. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 1997. cap. 1, p. 11 - 23.

•siLVEIRA, A. C. & VINHAES, M. C. Doença de Chagas: Aspectos epidemiológicos e de controle. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 30. Supl.2, p. 15-60, 1998.

•scHOFIELD, C. J. Triatominae: Biología y Contra/. Tradução: Sylvia Tims e C. J. Schofield. Reino Unido: Eurocommunica Publications, 1994. p. 5- 46.

•viNHAES, M. C. & DIAS, J. C. P. Doença de Chagas no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 16, supl. 2, p. 7-12, 2000.

24

ANEXOS

25

r \

Exemplares de triatomíneos capturados, examinados, positivos e índice de infecção

natural por espécie, segundo mesorregiões. Pernambuco 1990-2000.

MESORREGIOES ESPECIES DE N° de Exemplares lndice de

TRIATOMÍNEOS Capturados Examinados Positivos Infecção Natural

Sertão T. infestans 9 9 o 0,00 T. brasiliensis 4.769 4.627 110 2,38 T. pseudomacu/ata 5.279 5.126 54 1,05 P. megistus 736 712 16 2,25 P. lutzi 561 555 20 3,60 OUTROS 11 10 o 0,00 Total 11.365 11.039 200 1,81

São Francisco T. infestans 6 6 o 0,00 T. brasiliensis 3.643 3.520 70 1,99 T. pseudomacu/ata 1.570 1.547 8 0,52 P. megistus 22 22 o 0,00 P. /utzi 29 29 2 6,90 OUTROS 2 2 o 0,00 Total 5.272 5.126 80 1,56

Agreste T. infestans o o o 0,00 T. brasi/iensis 667 607 25 4,12 T. pseudomacu/ata 2.079 1.945 20 1,03 P. megistus 751 500 12 2,40 P. lutzi 465 232 12 5,17 OUTROS 8 1 o 0,00 Total 3.970 3.285 69 2,10

Mata T. infestans o o o 0,00 T. brasi/iensis o o o 0,00 T. pseudomaculata 399 394 o 0,00 P. megistus 151 79 7 8,86 P.Jutzi 63 58 o 0,00 OUTROS o o o 0,00 Total 613 531 7 1,32

Sub-totais T. infestans 15 15 o 0,00 T. brasi/iensis 9.079 8.754 205 2,34 T. pseudomacu/ata 9.327 9.012 82 0,91 P. megistus 1.660 1.313 35 2,67 P. lutzi 1.118 874 34 3,89 OUTROS 21 13 o 0,00

Total do Estado 21.220 19.981 356 1,78

26

~-.

Número e percentual de município com ocorrência de triatomíneos, por espécie. Pernambuco 1990-2000.

Municípios Municípios com ocorrência da espécie Existentes no T.infestans T. brasi/iensis P.megistus T.pseudomacu/ata

Estado NO o/o NO o/o NO o/o No o/o

185 2 1,08 76 41,08 75 40,54 114 61,62

P.lutzi No o/o

94 50,81

n

,---._,

MS-FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PROGRAMA DE CONTROLE DA DOENÇA DE CHAGAS

FORMULÁRIO DIÁRIO DE ATIVIDADES

1- Localização da Unidade Domiciliar

I Código do Municí ~i~ I Nome do Município li Data

1 Aô.vi~ade

' I Código da Locmidade _ I" Nome da Localidade

I

Categoria

FPCDCH~l

I Atividade D 1- Pesquisa

D 2- Borrifação

I

D 3-Atendimento aoPIT

I Nr.Ca~ li Compl. I D Pendmcia da Pesquisa Pendmcia da borrifação 1- Recusa D 2- Casa Fechada D 1- Recusa D 2- Casa Fechada

L-----------------------N-o_m_e __ do __ M_o_r_a_d_or __ /_c_o_m_bo __ ra_d_o_r ____________________ ~l IN° Hab. I INo Anex~~ Tipo de Parede

D l-Alvenaria c/ Reboco D 2-Alvenaria s/ Reb. D 3-Barro c/ Reboco D 4-Barro S/ Reb. D 5-Madeira D 6-0utros

Tipo de Teto Situação da Casa D l-Telha D 2-Palha D 3-Madeira D 4-Metalico D 5-0utros D l-Nova D 2-Demolida

2- Dados da Pesquisa e Borrifação

Intradomicíl io Peridomicíl io

Captura Presença de Vestígios Utilizando Captura Presença de Vestígios

D 1- Triatomíneo Dl-Ovos c p Instrumento D 1- Triatomíneo Dl-OVos

D 2- Outros Insetos D 2-0utros vestígi os de Detecção D 2- Outros Insetos D 2-0utros vestígios

I Tipo de De~lojante li N° de( argas li Tipo de Inseticida I INO de Cargas I

I No doPIT

I I NO Notif.

li Mat. Ag. Saúde li Assinatura do Agente de Saúde

I I Data do visto li

Visto do Chefi de equipe li ETIQUETA l 05196 Deope/Datasus

MS-FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE PROGRAMA DE CONTROLE DA DOENÇA DE CHAGAS

FORMULÁRIO EXAME DE TRIATOMÍNEO S I FPCDCH~I

2- Dados Sobre Exame de Triatomíneos """'====""'

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lr;p====j~~~ .r;.,:,:;,) D 2- Adulto Macho D 2- Negativo :@fff! D 2• Peri D 3- Adulto Fônea D 3- Não Examinado -:-:-:-:-:-:-:-:-

~~~~ t'ff=~:: D 2• Pen D 3- Adulto Fônea D 3- Não Examinado :-:-:-:-:-:-:-:-

~~.::.:j\;hl:~t•~!~:;;,(m!:,;:::.:_,~!.: .!:.L!:.::::!::;:;,!;:::;::~r!:;:;,:!,,:::;!::::=::~:::::;!:::;::!::::::!:::::=:!:::::;!N!:::o:~:·:!I\!!IJ!It!·f:!:::::::!::::::!:::::=!:::::=!:=:::=:=::::=:=::::::;11 = ~ ~ :::=::::::::::ca:ptar.ir::=:=:::::= ::=:::=:::::=:E~mo:::::::::=:::::=:=:=:::=:::::::=::::::::::::::: ::::::::::::::::=::::~tesmma&::::::=::::r:::::::::::::::::::r::::

~:·r--lrl...-E'é_•x_"~ ________ _..l ~~~~::a §~:~:!::o B~:~;~inado DEOPE!DATASUS 08/96

ESPÉCIES DE TRIATOMÍNEOS CAPTURADOS POR MUNICÍPIO E MESORREGIÃO. PERNAMBUCO 1990-2000.

Continua

·g o " .. ESPÉCIE DE '" a ·r .... MUNICÍPIO

<= " '" :; ::! TRIATOMÍNEO OUTRAS ESPÉCIES :s ;l " ~ .... " " ~ < " DE TRIATOMÍNEOS 00. PREDOMINANTE

1 ABREU E LIMA 5 sem notificação 2 AFOGADOS DA JNGAZEIRA 1 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P.lutzi e P. megistus 3 AFRANIO 2 2000 T. brasiliensis T. itifestans, T. pseudomaculata, P. megistus e P. lutzi 4 AGRESTINA 3 2000 P. megístus T. pseudomaculata 5 AGUAPRETA 4 sem notificação 6 AGUASBELAS 3 2000 T. brasiliensís T. pseudomaculata e P. lutzi 7 ALAGOJNHA 3 2000 T. brasiliensis P. lutzí e T. pseudomaculata 8 AUANCA 4 1992 T. pseudomaculata 9 ALTINHO 3 2000 P. lutzi P. megistus 10 AMARA li 4 sem notificação 11 ANGELIM 3 1997 P. megístus 12 ARARIPINA 1 1999 T. pseudomaculata T. brasílíensis, e P. megistus 13 ARASSOIABA 5 sem notificação 14 ARCOVERDE 1 2000 P. lutzi T. pseudomaculata e T. brasiliensis 15 BARRA DE GUABIRABA 3 2000 P. megistus 16 BAlUtEIROS 4 sem notificação 17 BELEM DE MARIA 4 2000 P. megístus 18 BELEMDE S. FRANCISCO 2 1995 T. brasiliensís T. pseudomaculata 19 BELO JARDIM 3 2000 P.megístus P. lutzí, T. pseudomaculata e T. brasíliensis 20 BETANJA 1 2000 T. brasílíensis T. pseudomaculata 21 BEZERROS 3 2000 P. lutzi P. megistus e T. pseudomaculata 22 BODOCO 1 2000 T. pseudomaculata T. brasíliensis, P. megistus e P. lutzi 23 BOM CONSELHO 3 2000 T. pseudomaculata P. megistus e T. brasíliensis 24 BOM JARDIM 3 2000 P. megistus T. pseudomaculata e P. lutzi 25 BONITO 3 2000 P. megistus T. lutzi 26 BRETÃO 3 1999 P. megistus T. lutzí 27 BREJINHO 1 2000 T. brasílíensís P. lutzi, T. pseudomaculata, P. megistus e R. prolixus 28 BREJO DA MADRE DE DEUS 3 2000 T. brasílíensís T. pseudomaculata e P. lutzi e P. megístus 29 BUENOS AJRES 4 2000 T. pseudomaculata 30 BUIQUE 3 2000 T. brasílíensis T. pseudomaculata, P. lutzi e P. megistus 31 CABO DE S. AGOSTINHO 5 sem notificação 32 CABROBO 2 1999 T. brasiliensis T. pseudomaculata 33 CACHOEIRJNHA 3 2000 P. megistus T. pseudomaculata 34 CAETES 3 1990 P. lutzi P. megistus 35 CALÇADO 3 2000 P. lutzi T. pseudomaculata e P. megistus 36 CALUMBI 1 2000 T. brasiliensís T. pseudomaculata 37 CAMARAGIBE 5 sem notificação 38 CAMOCIM DE SAO FELIX 3 2000 P. megístus 39 CAMUIANGA 4 1998 P. lutzí 40 CANHOTINHO 3 1997 P. megistus 41 CAPOEIRAS 3 2000 P. Jutzi 42 CARNAIBA 1 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P. lutzi e P. megistus 43 CARNAUBEIRA DA PENHA 2 1998 T. brasíliensis T. pseudomaculata e P. lutzi 44 CARPJNA 4 2000 T. pseudomaculata P. megistus 45 CARUARU 3 2000 T. brasíliensis P. lutzi e T. pseudomaculata 46 CASINHAS 3 2000 P. megistus T. pseudomaculata, P. lutzi e T. brasíliensís 47 C ATENDE 4 1992 P. megistus P. lutzi 48 CEDRO 1 1999 T. brasiliensis T. pseudomaculata 49 CHADEALEGRIA 4 2000 T. pseudomaculata 50 CHAGRANDE 4 sem notificação 51 CONDADO 4 sem notificação 52 CORRENTES 3 2000 P. megistus P. lutzi 53 CORTES 4 sem notificação 54 CUMARU 3 2000 P. lutzi T. pseudomaculata 55 CUPIRA 3 2000 P. megistus T. pseudomaculata e P. lutzi 56 CUSTÓDIA 1 2000 P. lutzi T. brasiliensís, T. pseudomaculata e R. neglectus 57 DORMENTES 2 2000 T. brasiliensís T. pseudomaculata, P.lutzi e P. megistus 58 ESCADA 4 sem notificação

·- - - ·-Nota 1: Mesorregtoes: 1 = Sertão; 2= Sao FranCISco Pernambucano; 3= Agreste; 4= Mata e 5= Regtao Metropolitana

Nota 2: T. infestans= Triatoma ir(estans; T. brasiliensis= Triatoma brasiliensis; P. megístus= Pansfrongylus megístus;

T. pseudomaculata= triatoma pseudomacu/ata; P. lutzi= Panstrongylus /utzi; T. rubrofasciata= Triatoma rubrofasciata;

R. prolixlls= .Rhodnius prolixlls; R. neg/ectus= .Rhodnius neglectus; T. sordida= Triatoma sordida;

...

0.

ESPÉCIES DE TRIATOMÍNEOS CAPTURADOS POR MUNICÍPIO E MESORREGIÃO. PERNAMBUCO 1990-2000.

OI .. " ESPÉCIE DE ·o "' a " ... ... = MUNICÍPIO " ;e " , .. .. "' :;! 1RIATOMÍNEO OtnltAS ESPÉCIES .. = .. .. ~

r ~ = :.: ::>! < " PREDOMINANTE DE 1RIATOMÍNEOS rLJ.

59 EXU 1 1998 T. pseudomaculata T. brasiliensis, P. lutzi e P. megistus 60 FEIRA NOVA 3 2000 T. pseudomaculata P. lutzi 61 FERNANDO DE NORONHA 5 sem notificação 62 FERREIROS 4 2000 P. lutzi T. pseudomaculata 63 FLORES 1 1998 T. pseudomaculata T. brasiliensis e P. lutzi 64 FLORESTA 2 1999 T. brasiliensis T. pseudomaculata e P.lutzi 65 FREI MIGUELINHO 3 2000 P. lutzi T. pseudomaculata 66 GAMELEIRA 4 sem notificação 67 GARANHUNS 3 1999 P. lutzi 68 GLORIA DE GOITA 4 2000 T. pseudomaculata P. lutzi 69 GOIANA 4 sem notificação 70 GRANITO 1 2000 T. pseudomaculata T. brasiliensis 71 GRAVATA 3 2000 T. pseudomaculata P. lutzi e P. megistus 72 lATI 3 1999 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P. megistus e P. lutzi 73 IBlMlRlM 1 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P. megistus e P. lutzi 74 IBIRAJUBA 3 2000 P. lutzi P. megistus 75 IGARASSU 5 sem notificação 76 IGUARACI 1 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata e P. lutzi 77 INAJÁ 1 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata 78 INGAZEIRA 1 1998 T. brasiliensis T. pseudomaculata e P. lutzi 79 IPOJUCA 5 sem notificação 80 IPUBI 1 1999 T. pseudomaculata T. brasiliensis e P. lutzi 81 ITACURUBA 2 1998 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P. lutzi e P. megistus 82 ITAIBA 3 1991 T. pseudomaculata T. brasiliensis e P. megistus 83 ITAMARACÁ 5 sem notificação 84 ITAMBE 4 2000 T. pseudomaculata P. lutzi 85 ITAPETIM 1 2000 T. pseudomaculata T. brasiliensis, P. lutzi e P. megistus 86 ITAPISSUMA 5 sem notificação 87 ITAQUITINGA 4 sem notificação 88 JABOATÃO DOS GUARARAPES 5 sem notificação 89 JAQUEIRA 4 sem notificação 90 JATAÚBA 3 2000 T. brasiliensis P. lutzi 91 JATOBA 2 1999 T. brasiliensis T. pseudomaculata e P. lutzi 92 JOAOALFREDO 3 1999 T. pseudomaculata P. megistus e P. lutzi 93 JOAQUIMNABUCO 4 sem notificação 94 JUCATI 3 1998 P. lutzi T. pseudomaculata 95 JUPI 3 1998 P. lutzi T. pseudomaculata 96 JUREMA 3 2000 P. lutzi P. megistus 97 LAGOA DO CARRO/CARPINA-91 4 2000 T. pseudomaculata P. lutzi 98 LAGOA DO ITAENGA 4 1999 P. lutzi T. pseudomaculata 99 LAGOA DO OURO 3 1997 P. megistus 100 LAGOA DOS GATOS 3 2000 P. megistus 101 LAGOA GRANDE/SMBV-95 2 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata 102 LAJEDO 3 2000 P. lutzi 103 LIMOEIRO 3 2000 T. pseudomaculata P. megistus e P. lutzi 104 MACAPARANA 4 sem notificação 105 MACHADOS 3 1999 P. megistus 106 MANARl'INAJÁ-95 1 1997 T. pseudomaculata T. brasiliensis, P. lutzi e P. megistus 107 MARAIAL 4 2000 P. megistus P. lutzi 108 MIRANDIBA 1 1999 T. brasiliensis T. pseudomaculata e T. rubrofasciata 109 MOREILANDIA I 1998 T. pseudomaculata T. brasiliensis e P. megistus 110 MORENO 5 sem notificação 111 NAZARE DA MATA 4 1998 T. pseudomaculata 112 OLINDA 5 sem notificação 113 OROBO 3 1998 T. pseudomaculata P. megistus 114 O R OCO 2 1998 T. brasiliensis T. pseudomaculata 115 OURICURI 1 1997 T. pseudomaculata T. brasiliensis, P. megistus e P. lutzi 116 PALMARES 4 sem notificação

Continua

·- - - ·-Nota 1: Mesorregtoes: 1= Sertão; 2= Sao Franc1sco Pernambucano; 3= Agreste; 4= Mata e 5= Regtao Metropolitana

Nota 2: T. infestans= Triatoma infestans; T. brasiliensis= Triatoma brasiliensis; P. megistus= Panstrongylus megistus; T. pseudomaculata= triatoma pseudomaculata; P. lutzi= Panstrongylus lutzi; T. rubrofasciata= Triatoma rubrofasciata; R. prolixus= Rhodnius prolixus; R. neglectus= Rhodnius neglectus; T. sordida= Triatoma sordida;

...

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ESPÉCIES DE TRIATOMÍNEOS CAPTURADOS POR MUNICÍPIO E MESORREGIÃO. PERNAMBUCO 1990-2000.

Continua

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MUNICÍPIO .. E " <~ .. ... :s TRIATOMÍNEO OUTRAS ESPÉCIES .. ;] .. ..

~ " <= .. ::S <!! " PREDOMINANTE DE TRIATOMÍNEOS "-l

117 PALMEIRlNA 3 2000 P. megistus 118 PANELAS 3 2000 P. megistus T. lutzi 119 PARANATAMA 3 2000 T. pseudomaculata 120 PARNAMIRIM 1 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata 121 PASSIRA 3 2000 T. pseudomaculata P. lutzi e P. megistus 122 PAUDALHO 4 1993 T. pseudomaculata 123 PAULISTA 5 sem notificação 124 PEDRA 3 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata e P. lutzi 125 PESQUEIRA 3 2000 P. lutzi T. brasiliensis 126 PElROLANDIA 2 1999 T. brasiliensis T. pseudomaculata e P. lutzi 127 PElROLINA 2 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata e T. sordida 128 POÇÃO 3 1999 P. lutzi T. brasiliensis e T. pseudomaculata 129 POMBOS 4 2000 T. pseudomaculata P. lutzi 130 PRIMAVERA 4 sem notificação 131 QUIPAPA 4 2000 P. megistus P. lutzi 132 QUIXABA/CARNAÍBA-91 1 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P. megistus e P. lutzi 133 RECIFE 5 T. rubrofasciata 134 RIACHO DAS ALMAS 3 2000 T. pseudomaculata P. lutzi 135 RIBEIRA O 4 sem notificação 136 RIO FORMOSO 4 1998 P. megistus 137 SAIRE 3 2000 P. megistus 138 SALGADINHO 3 1999 T. pseudomaculata 139 SALGUEIRO 1 1998 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P. megistus e P. lutzi 140 SALOA 3 1990 T. pseudomaculata 141 SANHARÓ 3 1999 T. lutzi P. megistus e T. brasiliensis 142 SANTA CRUZ /OURICURI-91 1 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata 143 SANTA CRUZ DA BAIXA VERDBTRIU 1 2000 P. megistus T. brasiliensis, T. pseudomaculata e P. lutzi 144 SANTA CRUZ DO CAPIBARIBE 3 2000 P. lutzi 145 SANTA FILOMENA/OURICURI-95 1 2000 T. pseudomaculata T. brasiliensis e P. lutzi 146 SANTA MARIA DA BOA VISTA 2 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata e P. lutzi 147 SANTA MARIA DO CAMBUCÁ 3 2000 P. megistus T. brasiliensis e P. lutzi 148 SANTA TEREZINHA 1 2000 P. lutzi T. brasiliensis T. pseudomaculata e P. megistus 149 SAO BENEDITO DO SUL 4 1999 P. megistus ISO SAOBENTODO UNA 3 2000 P. lutzi P. megistus e T. pseudomaculata 151 SAOCAITANO 3 2000 P. lutzi T. pseudomaculata, P. megistus e T. brasiliensis 152 SAOJOAO 3 1998 P. megistus T. pseudomaculata 153 SAO JOAQUIM DO MONTE 3 2000 P. megistus T. pseudomaculata e P. lutzi 154 SAO JOSÉ DA COROA GRANDE 4 sem notificação 155 SAO JOSE DO BELMONTE 1 2000 T. pseudomaculata 156 SAO JOSE DO EGITO 1 2000 T. pseudomaculata P. lutz, T. brasiliensis, P. megistus e R. prolixus 157 SAO LOURENCO DA MATA 5 sem notificação 158 SAO VICENTE FERRER 3 1993 T. pseudomaculata 159 SERRA TALHADA 1 2000 T. brasiliensis T. irifestans, T. pseudomaculata, P. megistus e P. lutzi 160 SERRITA 1 1999 T. brasiliensis T. pseudomaculata 161 SERTANIA 1 2000 T. pseudomaculata T. brasiliensis e P. lutzi 162 SIRINHAEM 4 sem notificação 163 SOIJDAO 1 1999 T. pseudomaculata T. brasiliensis, P. megistus e P. lutzi 164 SURUBJM 3 2000 P. lutzi T. pseudomaculata, P. megistus e T. brasiliensis 165 TABIRA 1 1999 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P. lutzi e P. megistus 166 TACAIMBO 3 1999 T. brasiliensis P. megistus e T. pseudomaculata 167 TACARA TU 2 2000 T. pseudomaculata T. brasiliensis e P. megistus 168 TAMANDARFJRIO FORMOS0-95 4 sem notificação 169 TAQUARITING:A DO NORTE 3 2000 P. lutzi T. brasiliensis 170 TEREZJNHA 3 1998 P. megistus 171 TERRA NOVA 2 1999 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P. lutzi 172 TJMBAUBA 4 1993 T. pseudomaculata 173 TORITAMA 3 2000 P. lutzi T. brasiliensis e T. pseudomaculata 174 TRACUNHAEM 4 1993 T. pseudomaculata

·- - - ·-Nota 1: Mesorregtoes: 1 = Sertão; 2= Sao FranCISco Pernambucano; 3= Agreste; 4= Mata e 5= Regtao Metropolitana

Nota 2: T. infestans= Triatoma infestans: T. brasiliensis"" Triatoma brasiliensis; P. megistus= P ansli'Ongylus megistus; T. pseudomaculata= triatoma pseudomaculata; P. lutzi= Panstrongylus lutzi; T. rubrofasciata= Triatoma rubrofasciata;

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ESPÉCIES DE TRIATOMÍNEOS CAPTURADOS POR MUNICÍPIO E MESORREGIÃO. PERNAMBUCO 1990--2000.

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175 TRINDADE 1 1999 T. pseudomaculata T. brasiliensis 176 TRIUNFO 1 2000 P. megistus T. brasiliensis, T. pseudomaculata e P. lutzi 177 TUPANATINGA 3 1997 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P. megistus e P. lutzi 178 TUPARETAMA 1 2000 T. brasiliensis P. lutzi e T. pseudomaculata 179 VENTUROSA 3 2000 T. brasiliensis P. lutzi e T. pseudomaculata 180 VERDEJANTE 1 2000 T. brasiliensis T. pseudomaculata, P.lutzi e P. megistus 181 VERTEN1E LERIO/SURUBIM-91 3 2000 T. pseudomaculata P. lutzi e P. megistus 182 VERTEN1ES 3 2000 T. pseudomaculata 183 VIGÊNCIA 4 1999 T. pseudomaculata 184 VITORIA DE SANTO ANTÃO 4 2000 T. pseudomaculata P. lutzi 185 XEXEU/ÁGUA PRETA-91 4 sem noti/iccu;ão

·- - - --Nota 1: Mesorregtoes. 1- Sertão, 2- Sao FranCISco Pernambucano, 3- Agreste, 4= Mata e 5- Regtao Metropolitana

Nota 2: T. infestans= Triatoma irrfestans; T. brasiliensis= Triatoma brasiliensis; P. megistus= Panstrongylus megistus;

T. pseudomaculata= triatoma pseudomaculata; P. lutzi= Panstrongylus lutzi; T. rubrofasciata= Triatoma rubrofasciata;

R. prolixus= Rhodnius prolixus; R. neglectus= Rhodnius neglectus; T. sordida= Triatoma sordida;