Critérios de ‘Grau Vermelho’ da Greenpeace para a ... · problemáticas na criação de peixe...

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Critérios de ‘Grau Vermelho’ da Greenpeace para a Aquacultura Insustentável Objectivo: produzir um conjunto de critérios que possa rapidamente identificar o maior número de práticas insustentáveis de aquacultura e que a Greenpeace considera deverem ser evitadas. Utilização dos Critérios Os critérios podem ser utilizados para aconselhar os responsáveis da compra de peixe dos supermercados, de serviços de catering e restantes fornecedores a identificar toda as pr]aticas que devem ser evitadas, como parte do processo de elaboração de uma política sustentável de aquisição de peixe que visa: Evitar o pior Apoiar o melhor Melhorar o resto Os critérios são utilizados para a elaboração de listas vermelhas da Greenpeace relativas aos mercados nacionais com espécies que correm sérios riscos de serem provenientes de pescas ou de viveiros insustentáveis. Como funciona? O procedimento baseia-se em responder a um conjunto relativamente simples das questões sobre as ‘piores práticas’ nos vários aspectos da aquacultura, para as quais uma resposta afirmativa imediatamente reprova tais práticas de pesca. As questões não são apresentadas em ordem de importância, mas sim de forma a permitir ao avaliador colocar o menor número de questões possível, que requeira uma pesquisa o menos detalhada possível, para determinar se a prática de aquacultura deva ser classificada em grau vermelho. As práticas de aquacultura são avaliadas por espécies, pelo país onde são cultivadas e pelo tipo de cultura – por exemplo, o cultivo de salmão marinho no Chile, ou o cultivo em circuito fechado de ceratodo no Reino. Cada critério inclui uma ou duas principais questões a serem colocadas; informação de apoio, principais referências(estas são desenvolvidas na versão extensa do relatório sobre Aquacultura da Greenpeace), e um glossário (para os termos escritos a negrito): Extracção de ovos ou crias do ambiente natural Introdução de espécies estranhas Transferência de doenças para o ambiente selvagem Greenpeace International Web: http://www.greenpeace.pt Ottho Heldringstraat 5 Press Desk Hotline +31 (0) 20 7182470 1066 AZ Amsterdam General media enquiries email: The Netherlands [email protected] Tel: +31 (0) 20 5148150 Press Desk Fax +31 (0) 20 5148156 - 1 –

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Critérios de ‘Grau Vermelho’ da Greenpeace para a Aquacultura Insustentável

Objectivo: produzir um conjunto de critérios que possa rapidamente identificar o maior número de práticas insustentáveis de aquacultura e que a Greenpeace considera deverem ser evitadas.

Utilização dos Critérios

• Os critérios podem ser utilizados para aconselhar os responsáveis da compra de peixe dos supermercados, de serviços de catering e restantes fornecedores a identificar toda as pr]aticas que devem ser evitadas, como parte do processo de elaboração de uma política sustentável de aquisição de peixe que visa:

• Evitar o pior• Apoiar o melhor• Melhorar o resto

• Os critérios são utilizados para a elaboração de listas vermelhas da Greenpeace relativas aos mercados nacionais com espécies que correm sérios riscos de serem provenientes de pescas ou de viveiros insustentáveis.

Como funciona?

O procedimento baseia-se em responder a um conjunto relativamente simples das questões sobre as ‘piores práticas’ nos vários aspectos da aquacultura, para as quais uma resposta afirmativa imediatamente reprova tais práticas de pesca. As questões não são apresentadas em ordem de importância, mas sim de forma a permitir ao avaliador colocar o menor número de questões possível, que requeira uma pesquisa o menos detalhada possível, para determinar se a prática de aquacultura deva ser classificada em grau vermelho. As práticas de aquacultura são avaliadas por espécies, pelo país onde são cultivadas e pelo tipo de cultura – por exemplo, o cultivo de salmão marinho no Chile, ou o cultivo em circuito fechado de ceratodo no Reino. Cada critério inclui uma ou duas principais questões a serem colocadas; informação de apoio, principais referências(estas são desenvolvidas na versão extensa do relatório sobre Aquacultura da Greenpeace), e um glossário (para os termos escritos a negrito):

• Extracção de ovos ou crias do ambiente natural • Introdução de espécies estranhas• Transferência de doenças para o ambiente selvagem

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• Localização de instalações de aquacultura em áreas sensíveis • Utilização de peixe selvagem para alimentação de peixe em viveiro • Contribuição para o abuso dos direitos humanos• Outros impactos gerais na biodiversidade• Uso de componentes insustentáveis na alimentação • Para o critério final, o utilizador terá necessidade de avaliar até ao

nível das culturas individuais.

Utilização dos dados

A avaliação só faz sentido conforme a informação é aplicada. Por favor utilizem os dados publicados nos últimos 5 anos, ou que evidenciem que os dados mais antigos são relevantes para a situação corrente.

Posso avaliar pescas individuais?

A metodologia pode ser usada para avaliar áreas mais pequenas e pescas individuais, todavia os muitos impactos resultantes de impactos cumulativos de pescas múltiplas numa áreas também devem ser levados em consideração.

Em que bases são elaboradas as listas vermelhas das pescas/espécies?

As principais pescas ,que fornecem cada uma das espécies mais vendidas, são avaliadas nacionalmente. Caso a maioria destas pescas ou aquaculturas seja colocada em grau vermelho, as espécies são então colocadas na lista vermelha. Estas espécies devem ser o foco de atenção imediata dos retalhistas à medida que implementam as suas novas políticas ao mudarem para as poucas fontes que não são destruídas pela pesca ou cultivo, ou por totalmente abandonarem as espécies. O resultado nacional das listas vermelhas varia consoante se foquem antes nas principais 15-20 listas vermelhas das espécies vendidas nos supermercados dos seus países do que em todas as espécies vendidas.

Porquê o nosso enfoque numa lista vermelha?

A extracção sustentável de peixe pode ser um processo complicado – temos de considerar os impactos directos no meio ambiente marinho, assim como os impactos no meio ambiente alargado (especialmente no que diz respeito à mudança climática ) e nas comunidades locais. Por esta razão, elaboramos uma lista vermelha do peixe resultante das pescas ou das práticas de aquacultura que são claramente prejudiciais e que carecem de atenção imediata – separa o pior do resto. As pescas e métodos de aquacultura que não aparecem nestas listas vermelhas não são necessariamente sustentáveis

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(na verdade, algumas podem estar reprovadas mas raramente são vendidas num determinado país), mas os cosumidores de peixe necessitam de alguma flexibilidade para pesar várias ‘melhores’ opções com vista a reduzir os impactos nas suas práticas de consumo geral, e não somente nas de peixe.

Critério 1: Extracção de ovos ou crias do ambiente natural

Alguma aquacultura baseia-se na retirada de crias de peixe e de marisco do ambiente natural para reabastecimento dos lagos de cultivo. Isto é insustentável nos casos em que ao retirar reservas de criação se reduz os stocks naturais, ou nos casos em que o método de pesca danifica as outras espécies do ecossistema. As crias são retiradas de stocks em declínio de enguias europeiasi

e do atum de barbatana azul do Mediterrâneoii, por exemplo, e depois criadas para a aquacultura. Alguns stocks naturais de camarão são explorados em demasia devido à recolha de prole do habitat naturaliii, iv e o camarão jovem geralmente representa uma pequena fracção de cada recolha, juntamente com uma larga pesca acidental e mortalidade das outras espécies. v, vi Existem umas poucas práticas de aquacultura que se baseiam na recolha de um número bastante reduzido de ovos, jovens ou adultos, para manter a diversidade genética no seu stock de criação. Se estes são números insignificantes quando considerados no contexto das pescas locais, o impacto é considerado mínimo (por exemplo, 1-10 bacalhaus são retirados a cada 1-3 anos quando, em comparação, os bacalhaus na região são apanhados numa escala de pesca média de 1-10 bacalhaus por hora. vii)

1. O sistema de produção principal baseia-se no reabastecimento com ovos ou crias do habitat natural OU seria esta pesca de criação reprovada pela avaliação de peca selvagem?

Sim. VERMELHOSim, mas os impactos são mínimos porque muito poucos espécimens

são apanhados. Passe à questão seguinte. Não. Passe à questão seguinte.

Critério 2: Introdução de espécies estranhas

A retenção física de espécies não nativas, de criações domésticas, ou de peixe de engenharia genética não pode ser garantida sob a maioria das condições comerciais e quaisquer fugas para o meio ambiente podem ter efeitos devastadores nas populações pesqueiras selvagens e na biodiversidade. A fuga de peixe ameaça as espécies nativas ao comerem as crias destas últimas,

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competindo pela comida ou pelo habitat, espalhando a doença, e/ou sendo uma ameaça à diversidade genética das populações selvagens. viii, ix, x, xi, xii, xiii 2a. O sitema principal de produção produz organismos resultantes de engenharia genética?

Sim. VERMELHONão. Passe à questão seguinte.

2b. Está o sistema principal de produção associado à fuga de elevados números de espécies não nativas, ou criações domésticas que têm, ou provavelmente poderão vir a ter, um impacto negativo nas espécies selvagens?

Sim. VERMELHONão. Passe à questão seguinte. b

Critério 3: Transmissão de doenças para o meio selvagem

Doenças bacteriológicas, virais ou de parasitas podem ser particularmente problemáticas na criação de peixe onde as densidades de reserva são altas. As populações selvagens de peixe que se deslocam próximo dos viveiros podem ser também afectadas. Um exemplo notório na criação de salmão são os piolhos marítimos que se alimentam da pele, muco e sangue do salmão e que podem causar a morte dos peixes. Há provas de que populações de salmão selvagem têm sido afectadas pela fuga de piolho de culturas na Colômbia Britânicaxiv,xv e na Noruega.

3. O sistema principal de produção tem sido associado a níveis crescentes de doença nas espécies selvagens na proximidade das culturas?

Sim. VERMELHONão. Passe à questão seguinte.

Níveis crescentes: os dados científicos publicados mostram uma maior incidência relatada de doença nas espécies selvagens na proximidade das áreas de cultura do que noutras áreas e/ou na ocorrência de doenças nas espécies selvagens que não foram previamente reportadas na área excepto nas aquaculturas.

Critério 4: Localização de instalações de aquacultura em áreas sensíveis

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A localização de instalações de aquacultura em áreas ecologicamente sensíveis pode constituir uma ameaça física ao ambiente circundante, especialmente quando alterações de grande escala são necessárias para o estabelecimento de culturas (para outras ameaças físicas ver o ponto 7). O exemplo mais óbvio é a criação de lagos para a aquacultura de camarão, que levou à destruição de milhares de hectares de mangues e de zonas costeiras em muitos países. xvi, xvii,

xviii, xix, xx Os mangues apoiam muitas espécies marítimas (incluindo as espécies de peixe comercialxxi, xxii) assim como as espécies terrestres, protegem as linhas costeiras das tempestades, e são muito importantes na subsistência de muitas comunidades costeiras.

4. O sistema principal de produção exigiu terra ou alterações do solo oceânico larga escala em áreas de grande sensibilidade ecológica?

Sim. VERMELHONão. Passe à questão seguinte .

Alterações terrestres em larga escala: inclui mas não limitado ao abate de árvores e outra flora; modificação ou danificação de cursos de água; restrição de movimentos de animais de uma área para outra devido a estradas, vedações ou outras estruturas. Alterações de larga escala do solo oceânico: inclui mas não limitado à dragagem do solo oceânico; construção de estruturas que alterem o perfil e/ou o movimento da água do solo oceânico ou da linha costeira. Elevada sensibilidade ecológica: referente a ecossistemas que possam ser adversamente afectados por um factor exterior resultante de actividades humanas ou de ocorrências naturais (morto/destruído, elevada intolerância) e que se espera que recuperem somente depois de um longo período de tempo, i.e. >10 ou até 25 anos (baixo, se algum, grau de recuperação).xxiii Exemplos chave incluem as zonas costeiras; mangues e ecossistemas associados; e quaisquer áreas contendo espécies ameaçadas, em perigo, seriamente em perigo ou protegidas que figurem em qualquer lista nacional ou internacional..

Critério 5: A utilização de peixe selvagem como alimentação de peixes de cultura

Farinha e óleo de peixe usados na alimentação de aquacultura derivam grandemente de pequenos peixes de forragem oleosos como as anchovas, savelha, arenques e sardinhas, retirados das indústrias pesqueiras. A aquacultura de espécies carnívoras, em particular, é altamente dependente do uso de farinha e óleo de peixe nas dietas sintéticas. A introdução de peixe de Greenpeace International Web: http://www.greenpeace.pt Ottho Heldringstraat 5 Press Desk Hotline +31 (0) 20 71824701066 AZ Amsterdam General media enquiries email:The Netherlands [email protected]: +31 (0) 20 5148150 Press Desk Fax +31 (0) 20 5148156

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pesca selvagem por via da alimentação pode exceder a produção de farinha e óleo de peixe, tendo como resultado mais uma perda bruta do que um ganho bruto de proteína de peixe. As barbatanas de peixe marítimo carnívoro e o camarão são particularmente más. Em média, cerca de 3 kg de peixe selvagem são necessários para produzir 1 kg de salmão ou camarão; cerca de 5kg para produzir 1kg de bacalhau, xxiv e quase tanto como 20kg para produzir 1 kg de atum. xxv Em vez de aliviar a pressão nas reservas selvagens de peixe, a aquacultura de espécies carnívoras aumenta a pressão nas reservas selvagens de peixe, mesmo que de diferentes espécies.

5. O sistema principal de produção utiliza alimentação que requer mais de 3kg de peixe selvagem, pescado especificamente para fazer farinha e óleo de peixe por cada 1 kg de peixe criado em aquacultura?

Sim. VERMELHONão. Passe à questão seguinte

Nota: Utilize estimativas publicadas para espécies geralmente criadas, preferencialmente para o país a ser avaliado , calcule por si próprio. Para encontrar a Relação da Conversão de Peixe (RCP) primeiro encontre uma estimativa da conversão da relação de peixe oceânico em farinha ou óleo de peixe. Uma estimativa geralmente aceite é 4 ou 5 kg de peixe para produzir 1 kg de forragem (4.5 é aqui usado), embora varie grandemente para óleos de espécies para espécies, já que pode ser calculado diferentemente se sabe a fonte das espécies de farinha e óleo de peixe. xxvi RCC = Relação da conversão em comida (kg peixe selvagem usado para produzir 1 kg de peixe de cultivo)RCF= Relação de conversão em forragem (kg de forragem de peixe para produzir 1 kg de peixe de cultivo)

FCE = [(FCR x %alimentação em forragem) + (FCR x %óleo de peixe na alimentação)] x 4.5e.g. FCE para salmão (média global) = [(1.3 x .35) + (1.3 x .25)] x 4.5 = 3.51

Critério 6: Contribuição para abusos dos direitos humanos

Um alcance dos abusos dos direitos humanos tem sido relacionado com a aquacultura nos países desenvolvidos, afectando tanto comunidades locais como os trabalhadores. As comunidades locais sofrem impactos por: perdendo o acesso a fontes tradicionais de alimento e áreas de pesca; confiscação de terra sem compensações; uma deslocação em larga escala de comunidades; Greenpeace International Web: http://www.greenpeace.pt Ottho Heldringstraat 5 Press Desk Hotline +31 (0) 20 71824701066 AZ Amsterdam General media enquiries email:The Netherlands [email protected]: +31 (0) 20 5148150 Press Desk Fax +31 (0) 20 5148156

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ameaças e intimidação; e violência incluindo assalto, rapto, violação, e assassinato.xxvii, xxviii Os trabalhadores podem enfrentar uma combinação de: condições pobres ou inexistentes de segurança nas quintas e nas fábricas de transformação; baixos salários; longas horas de trabalho; falta de respeito pelos direitos de maternidade; e o assédio persistente de mulheres.xxix, xxx, xxxi, xxxii, xxxiii, xxxiv

6. O sistema principal de produção está associado a provas bem documentadas por terceiros de abusos dos direitos humanos e/ou dos direitos dos trabalhadores pobres nos últimos cinco anos?

Sim. VERMELHONão. Passe à questão seguinte.

Critério 7: Outros impactos gerais na biodiversidade

Outros impactos na biodiversidade local podem advir da redução de terrenos devastados; perturbação de rotas migratórias; perturbação de áreas de desova; aprisionamento em redes ou viveiros; e o uso de meios de intimidação acústicos ou abate regular de aves ou de mamíferos que tentam alimentar-se das espécies de aquacultura.

Ademais, podem haver descargas prejudiciais das instalações da aquacultura. Além de causarem uma redução geral tanto na qualidade da água e do solo, as descargas podem ter um largo espectro de impactos prejudiciais.xxxv, xxxvi, xxxvii, xxxviii,

xxxix, xl Químicos tais estimulantes do crescimento , medicamentos, podem ter um impacto directo sobre outros organismos e a poluição nutriente pode reduzir a biodiversidade ao redor do viveiro. Os detritos orgânicos e os nutrientes causam eutroficação e/ou anoxia, ou perturbam o habitat bentico dentro ou próximo dos sítios de aquacultura. Os detritos podem também actuar como nutrientes de plantas e, em áreas onde a circulação de água é restrita, estes podem levar igualmente ao rápido crescimento de certas espécies de algas, algumas das quais podem matar um largo espectro de animais marítimos e também causar o envenenamento de seres humanos através do marisco.

7. Está o sistema principal de produção associado a impactos adversos em populações de espécies da área?

Sim. VERMELHONão. Passe à questão seguinte.

Impactos adversos: ca usar um maior declínio das espécies ou delocalizar espécies da área.

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Critério 8: Componentes insustentáveis utilizados na forragem

Este critério refere-se a (a) plantas em forragens e (b) peixes de pesca selvagem em forragens.

Colheitas geneticamente modificadas estão associadas a um número de potenciais impactos ambientais, contaminação genética de colheitas não geneticamente modificadas, e provocaram um número de preocupações da segurança de alimentos que permanecem sem solução.xli A soja é cada vez mais utilizada nas forragens de peixe como uma fonte de proteína alternativa ao peixe selvagemxlii e alimento das sementes de óleo de palma, deixadas depois da extracção do óleo de palma, também está ser investigada para uso na aquacultura.xliii Estes podem ser uma ajuda valiosa parar o problema da forragem de peixe selvagem; contudo, vastas áreas de floresta tropical têm sido destruídas para dar lugar tanto a colheitas de sojaxliv como a colheitas de óleo de palma.xlv

Muitas indústrias de pesca marítima globais estão a ser utilizadas de uma forma insustentável e que isto inclui pesca industrial.xlvi, xlvii, xlviii O declínio de espécies retiradas pela pesca industrial pode também ter um impacto noutras espécies marítimas que se alimentam de peixe como as aves marítimas.xlix, l

Dado que estes dados variam grandemente de fornecedor para fornecedor e de cultura para cultura, é muito difícil conseguir detalhes, este critério necessita de ser avaliado numa base de cultura para cultura.

8a. Este sistema principal de produção desta cultura utiliza algum componente de plantas na forragem de peixe que são extraídas de colheitas geneticamente modificadas , e/ou de colheitas associadas à destruição de florestas?

Sim. VERMELHONão. Passe à questão seguinte.

8b. Este sistema principal de produção desta cultura utiliza peixes de um nível mais inferior da cadeia trófica que se sabe conter quaisquer componentes extraídos de indústrias que estão reprovadas na nossa avaliação de captura selvagem?

Sim. VERMELHONão. Passe à questão seguinte.

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Glossário de termos de pesca e de aquacultura

Abertura hidrotermal Uma fissura no solo do mar do qual é emitida água geotermalmente aquecida.

Aquacultura Cultivo ou criação de qualquer espécie aquática – marinha ou água doce, planta ou animal.

Bentico Habitat de profundidade.

Biomassa O peso total de um grupo (ou reserva) de organismos vivos ou de alguma fracção definida desse mesmo grupo (ex. as fêmeas do peixe), numa dada área, num período de tempo específico.

BMSY Biomassa correspondente ao máxima produção sustentável (MSY). Geralmente usada como um ponto de referência biológico na gestão da actividade pesqueira, é a média a longo prazo da biomassa expectável se pesca é consoante a taxa da FMSY (ver Mortalidade de pesca).

Capacidade reprodutora (CR)Uma forma de medir a capacidade da reserva em manter a sua SSB num nível abaixo do qual o recrutamento irá decrescer substancialmente. A CR é determinada ao comparar-se a SSB com o ponto de referência limite da biomassa (Blim) e com o ponto de referência de abordagem preventiva(Bpa).

Captura acidental A parte de uma captura que dos adultos das espécies alvo, que é retirada acidentalmente. Alguma ou parte desta captura pode ser devolvida ao mar descartes, geralmente mortos ou a morrer.

Captura Total Permitida (TAC) A captura permitida para ser retirada de uma fonte num período determinado (geralmente um ano), como definido no plano de gestão. O TAC pode ser distribuído pelos accionistas sob a forma de quotas, como quantidades ou proporções da TAC.

Cetáceo Um mamífero marinho do grupo Cetaceo que inclui baleias, golfinhos e toninhas.

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CITES Convénio para o Comércio Internacional das Espécies em Perigo da Fauna e Flora Selvagens.

Dados Incompletos Presume-se algum risco de extinção, mas há informação inadequada para elaborar uma avaliação directa ou indirecta deste risco baseada na sua distribuição e/ou estado populacional (definição da IUCN).

Do fundo do oceano De um peixe ou outro organismo: que vive perto ou no solo marítimo. De uma indústria de pesca, etc a operar nesta zona. Peixes do fundo do oceano incluem espécies como o eglefim, o bacalhau e o peixe achatado.

Dragagem de sucção hidráulica A água é disparada para os sedimentos e o marisco deslocado é junto num saco de mistura (hidráulico) ou sugado para a superfície por meio de um tubo (sucção).

Em perigo Não o mesmo que Perigo Crítico, mas que corre um alto risco de extinção no meio selvagem no futuro próximo (definição da IUCN).

Estado do stock Avaliação do estado de um stock. A FAO expressa isto da seguinte forma: protegida, subexplorada, intensivamente explorada, totalmente explorada, explorada em excesso, esgotada, extinta ou comercialmente extinta.

FAO Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura.

ICES Conselho Internacional para a Exploração do Mar. Os cientistas que trabalham no ICES recolhem informação sobre o ecossistema marinho. O Comité Consultivo do ICES processa esta informação em conselho que é utilizado pelos 20 países membros para os ajudar na gestão de recursos do Norte do Oceano Atlântico e de outros mares adjacentes.

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IUCN União de Conservação Mundial (anteriormente a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais).

Lista vermelha da IUCNO inventário mais compreensivo do mundo do estatuto de conservação global das espécies de plantas e animais. É amplamente considerado como o sistema mais objectivo e de autoridade de classificação de espécies em termos de risco de extinção. Os grupos de classificação são: Dados Insuficientes, Quase Ameaçados, Vulneráveis, Em Perigo, Perigo Crítico, Extinto no Meio Selvagem ou Extinto.

Máxima Produção Sustentável (MSY)O produto teórico mais elevado que pode ser continuamente retirado duma reserva sob condições ambientais existentes sem afectar significativamente o reforço.

Monte marítimo Uma montanha que se ergue do solo marinho e que não atinge a superfície da água.

Mortalidade de Pesca (F)O índice total de mortes de peixes directamente resultantes da pesca. Geralmente expresso como a proporção da população inteira capturada num ano. FMSY é o índice que, se aplicado constantemente, resulta na máxima produção sustentável (MSY) de peixe. Flim é o índice acima do qual o aumento populacional irá decrescer substancialmente, geralmente determinado como FMSY . O Fpa é o limite de abordagem de precaução determinado para permitir a incerteza no levantamento de dados e para assegurar que o Flim não seja acidentalmente atingido.

NAFO Organização das Indústrias de Pesca do Noroeste Atlântico. NAFO é um corpo de ciência e gestão entre governos das indústrias de pesca. O Conselho Científico da NAFO aconselha sobre o estatuto das reservas de peixe na Área de Convenção para a Comissão das Indústrias de Pesca e Estados Costeiros.

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Nível trófico A posição que um organismo ocupa na cadeia alimentar, i.e. o que come, e por quem é comido.

OSPAR Convenção de Oslo e Paris para a Protecção do Ambiente Marinho do Nordeste Atlântico.

Par de redes de arrasto pelágicasUma enorme rede de arrasto pelágica lançada entre dois arrastões. Associada à captura acidental de mamíferos marinhos.

Peixes num nível mais inferior da cadeia trófica Espécies como as sardinhas, arenques, pescada-polaca do Alasca, crile e lula) que são descritas como ‘combustíveis da cadeia porque são o alimento que sustém diversos grupos de predadores que se encontram mais acima da cadeia alimentar oceânica – aves marinhas, mamíferos marinhos, e outras espécies de peixe.li Embora altamente abundantes, as suas populações flutuam amplamente sob várias influências ambientais. O peixe para forragem foi em tempos uma pequena parte das indústrias marinhas globais, mas as tecnologias de pesca industriais permitiram a remoção de quantidades cada vez maiores dos oceanos, descurando os impactos nos ecossistemas marinhos. A pesca da anchova do Peru é actualmente a maior do mundo (10.7 milhões de toneladas em 2004), e sete das maiores indústrias de pesca (por peso) têm como alvo o peixe para forragem.lii A maior parte deste peixe é processado directamente em refeição de peixe e óleo de peixe para serem usados nas rações de aves, gado e de aquacultura.

Pelágico Relativo a um peixe ou a outro organismo: vivendo a maior parte do tempo em águas intermédias, tendo pouco contacto com ou dependência do solo marinho. Relativo a uma indústria pesqueira, etc: que opera dentro desta zona. O peixe pelágico inclui espécies como o arenque e a sardinha.

Perigo Crítico Que enfrenta um risco extremamente alto de extinção no meio selvagem no futuro imediato.(Definição da IUCN).

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Pescas Frotas de grandes embarcações, usando principalmente meios mecânicos para capturar e processar peixe e marisco, particularmente para outros objectivos que não para consumo (ex. refeição de peixe, fertilizante).

Pesca INN Pesca ilegal, não declarada e não regulamentada. Também conhecida como pesca pirata.

Política Comum das Indústrias Pesqueiras (CFP)A política sob a qual a UE gere todas as indústrias dentro da ZEE europeia.

Quase ameaçado Num risco mais baixo de extinção no meio selvagem mas próximo de se qualificado para a categoria de Vulnerável (definição da IUCN).

Quota Uma fracção da captura total permitida (TAC) destinada a uma dada indústria pesqueira, distribuída a uma unidade operacional tal como um país, uma embarcação, uma companhia ou um pescador individual (quota individual), dependendo do sistema de distribuição. As quotas poderão ou não ser transferidas, herdadas ou negociadas.

Ração Refeição rica em proteínas derivada do processamento de todo o peixe (geralmente peixe pelágico e pequeno para forragem, e captura acidental) como também produtos acidentais das fábricas de processamento de peixe. Usada principalmente como ração para espécies de aves, de gado e de aquacultura.

“Recruitment” O índice pelo qual uma população é acrescida a cada ano. O recrutamento para uma reserva de exploração (i.e. adulta) é feito habitualmente através do crescimento de peixes jovens e/ou da migração para a área de reserva.

Rede de arrasto Uma rede funicular que é arrastada pela água por uma ou duas embarcações.

Rede de arrasto com vauUm tipo de rede de arrasto de profundidade na qual a abertura horizontal da rede é provida por um vau

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pesado montado em cada ponta com cabos de guia ou trilhos que percorrem ao longo do leito do mar. Em solos arenosos ou lamacentos, uma série de cadeias de bóias de carburador são enfiadas por entre os trilhos na frente da rede para agitar o peixe do solo e caçá-lo para a rede. Em solos pedregosos, estas bóias são substituídas por uma cadeia de tapete. Usada principalmente para peixe achatado e pesca do camarão.

Rede de arrasto de profundidade tipo ‘foca’Um tipo de rede de arrasto de profundidade com ‘entradas’ rectangulares para manter a boca da rede cónica aberta horizontalmente enquanto a rede é lançada. Uma abertura vertical é mantida por pesos no fundo e bóias à superfície. A rede é arrastada ao longo do solo do mar com a ajuda de carretéis, cilindros e ‘saltadores de rochas’ que podem deslizar ou ir encontro aos obstáculos.

Rede de arrasto de profundidade Uma rede destinada para operar no fundo do mar. A

extremidade mais baixa da abertura da rede arrasta ao longo do solo do mar e é normalmente protegida por uma grossa corda de base e lastrada com correntes, chumbada, rodas de borracha, carretéis, etc. Estas redes incluem redes de abertura lenta para as espécies de fundo do oceano como as redes de arrasto com vau e as redes de camarão, e redes de abertura larga como as redes de fundo do oceano para espécies de profundidade média ou pelágicas.

Rede de arrasto dinamarquesaUma rede de pesca com um saco cónico com duas asas relativamente compridas. Duas cordas compridas e pesadas, uma amarrada a cada asa, são usadas para cobrir uma larga área do solo marinho para juntar o peixe na rede para então arrastá-la. Usada para peixe bentico como o peixe achatado.

Rede de arrasto pelágicaUma rede de arrasto designada para trabalhar em águas intermédias, tendo como alvo peixe pelágico. As secções dianteiras da rede são muitas das vezes feitas

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de enormes entrosamentos ou cordas, que agrupa o peixe para a parte posterior da rede afunilada. As redes de arrasto pelágicas podem ser rebocadas por um ou dois arrastões (par de redes de arrasto pelágicas). Associada à captura acidental de cetáceos e de outros mamíferos marinhos.

Rede varredoura Aparelho usado na pesca de marisco, que consiste numa estrutura de aço triangular sulcada e de uma trave dentada, atrás da qual é preso um tapete de anéis de aço encadeados. Uma cobertura de rede pesada une os lados e a traseira deste tapete para formar um saco no qual a pesca é retida. Marisco tal como vieiras são arrancadas da areia ou do cascalho e arrastadas para o saco. Várias redes varredouras são rebocadas conjuntamente por uma trave de reboque e os barcos maiores rebocam duas traves.

Sobrepesca Na ciência da pesca, a pesca excessiva ocorre quando a mortalidade de pesca atingiu um limite explícito determinado pela gestão, acima do qual se espera que a reserva decaia para um estado de excesso de pesca. (As definições exactas variam entre os sistemas de gestão).

Sobrepescado Na ciência das indústrias de pesca, um stock é considerado num estado de sobrepescado quando atingiu um limite explícito determinado pela gestão, abaixo do qual a população pode cair para um nível demasiado baixo para poder assegurar a reprodução a uma velocidade suficiente para mantê-la. (As definições exactas variam entre os sistemas de gestão).

Stock Uma população da qual as capturas são feitas por uma indústria pesqueira. Uma reserva é geralmente definida em termos de uma determinada população mais ou menos isolada de outras populações das mesmas espécies e por isso autónomas.

Stock de biomassa para desova (SSB)O peso total de todo o peixe que na população contribui para a reprodução.

Stock de ninhada Ovos, crias ou adultos de uma espécie, dos quais uma primeira ou subsequente geração pode ser produzida

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em cativeiro, seja para crescimento em aquacultura ou para libertação para o meio selvagem aumento da reserva.

Tamanho de Ocupação Mínima (MLS)O controlo de gestão de pesca no tamanho da área (ou do mercado). Para minimizar a captura de peixe pequeno ou jovem para que possam ter a chance de crescer e reproduzirem-se antes de estarem vulneráveis à pesca.

UE União Europeia.

Vazamento frio Uma área do solo marinho onde o sulfureto de hidrogénio, o metano e outros vazamentos de fluidos ricos em hidrocarbonetos ocorrem, geralmente na forma de um lençol de água salgada.

Viveiro Uma área onde os peixes jovens vivem e crescem.

Vulnerável Não em Perigo Crítico, ou Em Perigo, mas que enfrenta um alto risco de extinção no meio selvagem num futuro a médio prazo (definição da IUCN).

Zona Económica Exclusiva (ZEE)Zona marítima sob jurisdição nacional (até às 200 milhas náuticas da costa), dentro da qual um estado costeiro tem o direito de explorar e utilizar, com a responsabilidade de conservar e gerir os recursos naturais vivos e não vivos.

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Referências

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