critica A Interpretação dos sonhos (final)

4
Andre Luis Peres Critica – A interpretação dos sonhos – Sigmund Freud No livro A Interpretação dos sonhos, Sigmund Freud diz que os sonhos são passiveis de serem interpretados, que interpretar um sonho é atribuir a ele um sentido substituí- lo por algo da nossa atividade mental, e atribuir ao sonho algum tipo de sentido, oque o leva direto em oposição com todas as teorias dominantes sobre os sonhos. As teorias cientificas não dão margem pra nenhum problema com a interpretação, pois os sonhos são frutos de um produto somático de ações registradas na mente. Freud diz que a opinião leiga se comporta de forma incoerente que embora admita que os sonhos são absurdos e ininteligíveis, não conseguem declarar que o sonho não tenha algum tipo de importância, que levada por algum tipo de sentimento e apesar de tudo concordam que todo sonho tem um sentido e que para descobri-lo é só fazer as substituições corretas. Freud divide em dois tipos de interpretações leigas a primeira que substitui por um conteúdo inteligível, chamada de interpretação “simbólica”e a segunda chamada de método das “decifrações” pois relaciona cada elemento do sonho por um signo diferente. Freud diz que os sonhos podem sim ter uma explicação cientifica, e através de estudos com seus pacientes demonstra tal explicação, Freud pede a seus pacientes contassem todos os pensamentos e idéias que lhes ocorressem em relação a um assunto e acabavam narrando seus sonhos, e assim o ensinam que o sonho pode estar dentro da cadeia psíquica e pode ser rastreado na memória a partir de uma idéia patológica. Porem na auto-observaçao o individuo esta sujeito a criticas e pode suprimir algumas idéias e que devemos demonstrar ao paciente o sonho fragmentado para fazer a relação, pois quando mostramos o sonho na integra e pedimos para o paciente fazer uma associação seu horizonte

Transcript of critica A Interpretação dos sonhos (final)

Page 1: critica A Interpretação dos sonhos (final)

Andre Luis Peres

Critica – A interpretação dos sonhos – Sigmund Freud

No livro A Interpretação dos sonhos, Sigmund Freud diz que os sonhos são passiveis de serem interpretados, que interpretar um sonho é atribuir a ele um sentido substituí-lo por algo da nossa atividade mental, e atribuir ao sonho algum tipo de sentido, oque o leva direto em oposição com todas as teorias dominantes sobre os sonhos. As teorias cientificas não dão margem pra nenhum problema com a interpretação, pois os sonhos são frutos de um produto somático de ações registradas na mente. Freud diz que a opinião leiga se comporta de forma incoerente que embora admita que os sonhos são absurdos e ininteligíveis, não conseguem declarar que o sonho não tenha algum tipo de importância, que levada por algum tipo de sentimento e apesar de tudo concordam que todo sonho tem um sentido e que para descobri-lo é só fazer as substituições corretas. Freud divide em dois tipos de interpretações leigas a primeira que substitui por um conteúdo inteligível, chamada de interpretação “simbólica”e a segunda chamada de método das “decifrações” pois relaciona cada elemento do sonho por um signo diferente.

Freud diz que os sonhos podem sim ter uma explicação cientifica, e através de estudos com seus pacientes demonstra tal explicação, Freud pede a seus pacientes contassem todos os pensamentos e idéias que lhes ocorressem em relação a um assunto e acabavam narrando seus sonhos, e assim o ensinam que o sonho pode estar dentro da cadeia psíquica e pode ser rastreado na memória a partir de uma idéia patológica. Porem na auto-observaçao o individuo esta sujeito a criticas e pode suprimir algumas idéias e que devemos demonstrar ao paciente o sonho fragmentado para fazer a relação, pois quando mostramos o sonho na integra e pedimos para o paciente fazer uma associação seu horizonte se transforma num vazio. Mas os sonhos e relatos de seus pacientes não eram de total confiança devido serem sonhos de neuropatas e para interpretá-los seria necessário uma longa introdução e investigação da natureza e dos determinantes etiológicos das psiconeuroses, mas desviaram a atenção da questão principal que é o sonho.

Então Freud decide fazer uma auto-analise mesmos sabendo queria poderia ser julgado por poder conter na auto-avaliaçao atitudes arbitrarias. Começa explicando com o preâmbulo explicando o caso de uma paciente que era muito sua amiga,a qual teria oferecido um tratamento que não foi aceito e ao encontrar um amigo que tinha visto ela e questionar como ela estava, recebeu uma resposta inesperada e desagradável por parte de seu amigo. Então relatou o sonho que teve na noite de 23-24 de julho de 1895, no sonho Freud passa por varias situações envolvendo amigos e pacientes em varias situações. Freud então passa a refletir sobre seu sonho e fazer as

Page 2: critica A Interpretação dos sonhos (final)

ligações corretas sobre cada acontecimento e frase ditas no seu sonho e chega a seguinte conclusão: os sonhos são a realização dos desejos.

No capitulo IV A Distorção dos sonhos ele diz que afirmar que existem apenas os sonhos desejáveis não passaria de mais uma generalização injustificável e através de estatísticas de Florence Hallam e Sarah Weed ele mostra que 57,2% dos sonhos são desagradáveis e apenas 28,6% são decididamente agradáveis. E alem dos sonhos desagradáveis existem também os sonhos de angustias, o qual ele classifica como o mais penoso dos sentimentos desprazerosos o qual nos prendem em suas garras até despertarmos. E a vitimas mais comum desses sonhos são as crianças. Porem ninguém parou para analisar esses sonhos os quais podem sim ser possível que esses sonhos sejam a realização de um desejo. Mas como podem ser esses sonhos desagradáveis algum tipo de realização de desejo? Freud então volta a relacionar seu sonho tomando como exemplo um caso desagradável, porem não havia percebido isso na primeira analise, pois nos sonhos na há uma demonstração direta do que quer dizer e esse fenômeno é chamado de fenômeno da distorção dos sonhos. Freud então passa buscar a origem da distorção onírica.

A partir de outro há a demonstração de porque os sonhos não demonstram o que querem dizer realmente de maneira direta. A distorção mostra-se deliberada e constitui um meio de dissimulação, e passa ser a realização de um sonho disfarçada como uma defesa contra o desejo, e quanto mais ampla for a censura maior será o disfarce e mais engenhoso será o meio para poro leitor no caminho para o verdadeiro sentido. Então é possível que os sonhos aflitivos sejam a realização de um desejo se o conteúdo penoso for um disfarce para o conteúdo desejado. Freud cita também os sonhos chamados sonhos com o oposto do desejo tais sonhos que parecem freqüentemente contradizer o que Freud diz mas após analisar outros sonhos chega a conclusão que também são sonhos distorcidos, e que a realização de desejo neles contida é disfarçada a ponto de se tornar irreconhecível precisamente em vista da repugnância que se sente pelo tema do sonho ou pelo desejo dele

derivado, bem como da intenção de recalcá-los.

O sonho é um conteúdo manifesto que se apresenta em nossa memória, todas as tentativas de interpretar os sonhos a partir de seu conteúdo manifesto, ou por formar um juízo quanto a natureza deles com base nesse mesmo conteúdo manifesto. Freud introduz uma nova classe de material psíquico, conteúdo latente que é igual “pensamentos dos sonhos”. Passa a investigar as relações entre conteúdo manifesto e pensamento onírico latente;

Então surge o mecanismo de condensação onde há a condensação dos pensamentos oníricos onde os sonhos são curtos, insuficientes e lacônicos e não é possível determinar o volume condensado. Este mecanismo permite que um pequeno detalhe possa representar uma idéia completa. Nos exemplos de Freud vemos como características isoladas de uma pessoa podem representá-la por inteiro ao se compor com outras características que representam outras

Page 3: critica A Interpretação dos sonhos (final)

pessoas. Assim, um personagem pode estar ocupando a função de toda uma multidão de personagens que não figuram no sonho senão por fragmentos.

Outro mecanismo é o de deslocamento, Freud chama o deslocamento de uma nova relação de significado totalmente inconsciente, entre as idéias latentes e o conteúdo manifesto. O deslocamento nasce pela influência da censura. (defesa endopsíquica). O deslocamento, juntamente com a condensação são os dois causadores que devemos atribuir a conformação dos sonhos. A intensidade dos elementos das idéias latentes nada tem a ver com aquela do conteúdo manifesto entre o material onírico e o sonho ocorre efetivamente uma completa transformação dos valores psíquicos. A forma do sonho ou do sonhar é utilizada com surpreendente freqüência para a representação do conteúdo encoberto.