Crónica de Dezembro nense, veio lembrar · 2020. 1. 16. · Espírito de Natal. Se eu soubesse...
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Ficha Técnica
Coordenadora:
Patrícia Santos
Editor
José Mota
Colaboradores
Fernando Gaspar
Mª. Conceição Taurino
Helena Pina Manique
Noémia S. Ramos
Fotos de:
Paula Gomes e J. Mota
http://www.sbsi.pt/SAMS/outras_areas/lardeidosos <> Ano XVII <> Nº 203 <> Dezembro <> 2019
Toda a possibilidade de felicidade
está em nossas mãos, basta ter
coragem e determinação para
transformar momentos difíceis em
grandes desafios, buscando na
solidariedade um passo para dias
melhores.
Neste Natal, que o grande potenci-
al de força humana que há em ca-
da um se converta no verdadeiro
espírito natalino e que nos guie
durante o ano novo que está a co-
meçar.
A todas as Famílias que por qual-
quer motivo se encontram ligadas
ao Lar do Sams.Sbsi. desejamos
FELIZ E SANTO NATAL E
UM PRÓSPERO ANO NOVO !
Crónica de Dezembro Foram 120 os conspiradores que na
manhã de 1 de Dezembro de 1640, in-
vadiram o Paço da Ribeira, em Lisboa,
para derrubar a dinastia espanhola
que governava o país desde 1580. Mi-
guel de Vasconcelos, que representa-
va os interesses castelhanos, foi mor-
to a tiro e atirado pela janela. Em me-
mória deste feito foi decretado o Feria-
do Nacional, que anualmente se feste-
ja.
No dia quatro foi a primeira quarta-
feira do mês e cumpriu-se a “Viagem
no Sofá” já programada; na quinta não
tivemos cinema, mas recebemos a
visita do Grupo Quinta Condense que
nos deliciou com as suas boas músi-
cas regionais. Dia 15—domingo– um
Grupo de Trombones da S.F.P. Azeito-
nense, veio lembrar-nos que este era o
mês de Natal, enchendo nosso espaço
de música e alegria, sob a orientação
do nosso colaborador Manuel Sousa a
quem damos os parabéns. Os residen-
tes gostaram e aplaudiram. Por razões
várias, em que avultam as idas a con-
sultas ou realização de exames médi-
cos, este mês apenas conseguimos
apresentar dois filmes…A mudança
brusca das condições atmosféricas,
surpreendeu pela positiva com uns
dias de sol radiantes que convidavam
a viajar, mas o planeamento de gran-
des deslocações exige preparação
antecipada que não conseguimos rea-
lizar...e ficamos por cá…Tivemos a
nossa Festa de Natal no dia 21 e nos
dias 24 e 25 cumpriu-se a tradição
gastronómica como a imagem do cen-
tro mostra. Nem faltou o perú assado
com batatinhas no almoço do dia
25...tudo muito bem preparado e sabo-
roso. O Lar, enfeitou-se com muita luz,
muita cor e árvores de Natal estrategi-
camente colocadas, que deixaram os
nossos residentes, familiares, amigos
e visitantes bem impressionados com
o bom gosto de quem as escolheu e
preparou. Não podemos deixar de re-
portar o empenho das pessoas que
tudo fizeram na Terapia Ocupacional,
para que fosse possível expor e ven-
der tão lindas peças executadas ao
longo dos últimos meses do ano. De-
sejamos a todos os nossos leitores e
amigos um BOM ANO DE 2020.
José Mota (Residente)
Editorial Patrícia Santos—Coordenadora
Era uma vez um menino que vivia nu-
ma casa sem eletricidade, sem água
canalizada sem telefone, sem rádio,
mas havia três candeeiros, três candeias
a petróleo e mais duas de azeite. A
água corria a uns escassos cinquenta
passos do portão do quinteiro
…bastava ir lá encher o cântaro e ter
depois forças para o trazer para casa. O
telefone e o rádio não faziam falta, na
estação do comboio havia, na taberna
do “Senhor Coelho” onde aos domin-
gos se ouviam os relatos de futebol… e
ao pé do rádio estava um objeto preto
muito estranho, que uma vez tilintou
como as campainhas de algumas ove-
lhas. Uma voz gritou da cozinha:-
Atendam o telefone, deve ser o Tozé a
confirmar que vem cá passar o Natal…
Ficou o menino a saber o que era um
telefone, depois de ter visto e ouvido
um rádio na semana anterior. Também
ficou a saber que estava a chegar o Na-
tal…O pai costumava ler á lareira nas
noites geladas, um livro muito escuro
que guardava na gaveta da mesa da
cozinha…Nesse livro falava-se da cria-
ção do mundo e do nascimento de um
menino num curral, com uma vaqui-
nha e um burrinho que o iam aquecen-
do. O menino sentia inveja daquele
outro que tinha o bafo dos animais
para se aquecer, e ele apenas tinha uma
lareira que o aquecia pela frente…para
aquecer as costas tinha que se vol-
tar…mas logo lhe arrefeciam os pés e
as mãos e deu consigo a pensar que se
tivesse uma vaquinha á frente e um
burrinho atrás, não precisava da lareira
fumarenta que lhe fazia arder os olhos.
O Natal era o dia de anos do menino
sortudo que tinha mãe e um pai carpin-
teiro, mas era Filho de Deus…. Tudo
muito complicado para a sua cabecinha
ainda em crescimento, já com bastantes
perguntas que gostaria de fazer, mas
que por medo nunca fez. O tal livro era
sagrado conforme o pai dizia: -“ isto é
a Bíblia Sagrada”! - - - José Mota
(Luso Poemas) Continua no próximo
Boletim.
Respigos dos nossos Boletins
“O Lar 46 - Dezembro de 2006” Foi neste boletim que o editor começou a es-crever, um mês depois de ter entrado nesta instituição. Decorridos treze anos, trans-crevemos parcialmente o primeiro texto “A Nova Vida”…
”Tantas são as novidades que tenho para contar aos meus leitores, que se impunha a edição deste texto, para testemunhar o que é realmente um Lar de Idosos… A receção não poderia ter sido melhor. À minha chegada apare-ceu logo uma funcionária com um car-rinho para transportar os parcos have-res que trazia desde Lisboa em viatura própria. As recomendações do nosso coordenador foram seguidas à risca e só vinha o indispensável. No caso de não gostar, menos trabalho teria para retornar às origens. Mas tal não aconte-ceu...a limpeza e o asseio tanto do pes-soal como das instalações merecem um destaque especial.
Na Saúde todo o pessoal se desdobra e empenha para que nada falte aos resi-dentes. Nunca poderia imaginar que nos dias que correm ainda houvesse gente como esta que encara a sua pro-fissão com tanto carinho, dedicação e amor!
A nossa adaptação não poderia ter sido melhor. Agora já tomo menos compri-midos e só acordo uma vez por noite...o silêncio, o repouso, o descanso e o “bem estar” ocuparam o lugar do “lufa-lufa” stressante que é a vida de Lisboa.
Mas será que tudo está bem? Claro que não. Há portas que não fecham bem na biblioteca, a chuva entra por baixo e danifica o piso… os carrinhos que transportam os alimentos da cozinha para o refeitório fazem um barulho tão incomodativo ( para quem tem ainda boa audição) que nos leva a tapar os ouvidos, logo que arrancam da cozi-nha. Algo está mal: as rodinhas ou o piso da cozinha?
Procurei no portão de entrada o “número de polícia 431”, mas não exis-te. A referência que dou aos familiares e amigos para me acharem é: ...depois quando vires ao lado direito da estrada Clínica Veterinária, logo a seguir lês Velharias… há uma caixinha de cor-reio...é aí nesse portão “. Fim de citação. O Editor.
Oito Horas Sentado?
Com o desenvolvimento do mundo moderno, a vida se tornou sedentá-ria. Hoje, o normal é passar mais de oito horas sentado. Entretanto, uma pesquisa publicada no periódico Archives of Internal Medicine aponta os problemas causados pela falta de mobilidade. O fato de pas-sar muito tempo sentado pode au-mentar em 40% as chances de mor-te nos próximos 15 anos. O sedenta-rismo aumenta os níveis de coleste-rol e desenvolve a hipertensão além de problemas cardíacos e resistên-cia à insulina. Para diminuir o inevitável sedenta-rismo do mundo moderno, especia-listas recomendam movimentar o corpo durante o expediente de tra-balho. A cada hora a pessoa deve dar uma caminhada e alongar-se quando possível. O encosto da cadeira tam-bém não deve envolver todas as costas para que a coluna faça sua curvatura normal ao sentar. Por fim, fora do horário de trabalho a pessoa deve procurar uma ativida-de física e nos momentos de lazer deve evitar o sedentarismo. http://www.riototal.com.br/saude
Nós e os Outros
Conto de Natal
RELACIONAMENTO PESSOAL E
PROFISSIONAL
ENTRE AS PESSOAS
Este texto reflete a minha experiên-
cia pessoal e profissional ao longo
de 40 anos
É muito comum, especialmente em
empresas médias e de grande di-
mensão, que os profissionais per-
cam a visão de equipa. Essa ten-
dência é natural porque cada pes-
soa possui suas tarefas e responsa-
bilidades diárias, mas ela também
é muito perigosa.
O resultado do individualismo é a
deterioração das relações entre as
pessoas que provoca disputas in-
ternas, eficácia do trabalho, preju-
dicando-se os objetivos da empre-
sa. Ou seja, quando o relaciona-
mento entre pessoas no trabalho
não acontece, a empresa sofre os
prejuízos inerentes.
No âmbito profissional o relacio-
namento interpessoal é a forma
como os colegas de trabalho se re-
lacionam entre si. Manter bons
relacionamentos profissionais é
imprescindível para o sucesso não
apenas da empresa, também na
carreira de qualquer profissional, já
que são eles que geram um traba-
lho e colaboração de qualidade e
contribuem para um clima positivo
nas equipas. No núcleo do relacio-
namento entre pessoas no trabalho
está a empatia mas começa por
quem dirige, pelo exemplo e cola-
boração. Esta é a capacidade de
nos colocarmos no lugar da outra
pessoa, extraindo o melhor dos
colegas e colaboradores, respeitan-
do suas peculiaridades e dificulda-
des. Dessa forma, é a empatia a
responsável por deixar a rotina
profissional muito mais leve, pro-
dutiva e harmoniosa é muito im-
portante para um bom relaciona-
mento no trabalho, a mesma já é
altamente valorizada quando as
empresas selecionam novos cola-
boradores. Portanto, desejando
entrar e permanecer num determi-
nado mercado de trabalho cada
vez mais exigente, deve-se desen-
volver a empatia para melhorar o
relacionamento com os outros. Ter
uma boa comunicação é essencial,
é vital saber passar uma mensagem
clara aos colegas. Aprenda-se a
adaptar o discurso às pessoas a que
se dirige, para que se seja melhor
compreendido. Utilizar linguagens
não verbais para reiterar a palavra,
tal como olhar o interlocutor, con-
cordar com o que ele diz movendo
a cabeça, sorrir quando o objeto da
conversa for concordante. Ao fim e
ao cabo, é essencial mostrar confi-
ança e interesse através das lingua-
gens verbais e não-verbais, o que
demonstrará empatia e melhorará
o relacionamento interpessoal no
trabalho.
Dezembro de 2019 – Fernando Gaspar
PROGRAMAS DAS SEXTAS
FEIRAS
Mês de Dezembro de 2019
No dia 13
O Natal Tradicional e Holy Night
pelo Coro e Orquestra do Taber-
náculo Mormon e convidados
Masha e o Urso-Desenhos ani-
mados (Natal)
No dia 27
Minha Linda Senhora (My Fair
Lady)-versão de Filipe La Féria-
Final * André Rieu e convidados
-Concerto da Coroação-3ª.Parte
* Ballet Zambra-2º.Programa
Portugal Continental-Alentejo 2-
2ª.Parte.
Os Nossos Colaboradores
—————————————————— A Fechar Com Poesia ——————————————
Espírito de Natal Se eu soubesse dizer que é Natal
Dentro de mim, quando se aproxima
É como de tivesse um estranho ritual
Dentro do peito, desde pequenina.
É um perfume que me invade e toma
É um aroma a pinho e abeto,
É um símbolo que se adere e soma,
A um misto de amor, de Luz, de afeto.
É uma coisa que me transfigura,
E fico queda e muda, deslumbrada,
Com um misto de sonho e de candura
Caminhando sozinha numa estrada.
E essa estrada, toda luz e hinos,
É confiança louca no provir,
É como se fossem mil sinos
Tocando todos para eu ouvir!
M.
Helena Carvalho Vieira (Meu País e Meu Ego)
NATAL
O menino já nasceu,
nas palhinhas está deitado,
Todo envolto em claridade
E das mãozinhas abertas
Solta estrelinhas brilhantes,
Cheias de graça e verdade.
Envolvi-me toda nelas
E senti-me tão mimada
Que lhe pedi com fervor.
Que do Céu, pra vós também
Mandasse milões de estrelas
Cheias de paz, saúde e amor!
Helena de Pina Manique (Inusitado)
Um raio de luar que te beijasse a fronte, Uma réstia de sol que te aquecesse o peito… A música dolente dum riacho que te embalasse o Sonho… -Porque tens o direito de sonhar, Tu que tens frio e que tens fome, Irmão meu, que em Deus és meu Irmão Para que fosses satisfeito, tudo te quisera dar, na esperança de que não é em vão que temos de lutar, para que o Bem neste mundo se chegue a alcançar!... Maria da Conceição Taurino
A Violeta
Eis humilde a violeta Que juntinho ela fica A terra que lhe dá vida A modéstia a prejudica Mas para mim é querida!
E como muitas pessoas Ela não quer exibir Qualidades com destreza Seus botões a florir Na cor são uma surpresa! Modéstia é qualidade Imitá-la seria um bem Não haveria maldade Nem tanta falsidade Para prejudicar alguém! Noémia S. Salgadinho Ramos (Poemas Soltos)
A Feira da Ladra Nem só de ladrões e ladras Vive a Feira em questão, Vive dos pequenos nadas Que temos ali sempre à mão.
Na barraca das ferramentas Podes achar de tudo Desde chaves ferrugentas Até às luvas de veludo Dois martelos de orelhas Um alicate e dois formões Seguram as capas velhas Dos sonetos de Camões O Cúmulo das heresias É a miniatura do Cristo Rei Em cima de fotografias Tão porcas que nem sei... Há peças de computadores Em perfeita harmonia Com os dois contadores O da água e o da energia Há pregos e parafusos De toda a forma e tamanho Para os mais diversos usos. Também há solda de estanho Vi atados por um cordel Vários livros bem notáveis, Embrulhados num papel Descobri “ Os Miseráveis” A Bíblia Sagrada repousa Sem pejo, no maior descaro, Entre o Frei Luís de Sousa E O Crime do Padre Amaro Vídeos de pornografia Cds de música pirata Convivem todo o dia Com dois cinzeiros de prata. Tudo isto Lisboa tem Só a dois passos da Graça E até São Vicente cá vem Abrir portas a quem passa José Mota (Luso Poemas)