Defensivos Agrícolas no Brasil MERCADO, TENDÊNCIAS e DESAFIOS

MENTEN, J.O.M.

CALAÇA, H. A.

“Alimentar o mundo tem sido possível devido à tecnologia agrícola”.

Dr. Norman Borlaug ,

‘Pai da Revolução Verde’; Ganhador do Prêmio Nobel da Paz.

II SEMINÁRIO TÉCNICO CROP

CARE AMÉRICA LATINA

13 e 14 de Março de 2012

0

2

4

6

8

10

12

14

16 15,06

6,99

5,85

3,63

2,81 2,52

2,48

Ranking das Maiores Economias do Mundo em 2011

Importância do Agronegócio

Fonte: EXAME, Janeiro de 2012

Importância do Agronegócio

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

PIB Mão-de-obraempregada

Exportações

Participação doAgronegócio28%

Fonte: EXAME, Janeiro de 2012

Brasil

37% 36%

Exportações Brasileira e do Agronegócio, 2007/ 2011

(US$ bilhão)

Item 2007 2008 2009 2010 2011

A. Exportações Totais 160,649 197,942 152,994 201,915 256,040

B. Exportações do

Agronegócio 58,414 69,317 63,116 75,542 92,483

C. Diferença 102,235 128,625 89,878 126,673 163,557

D. Participação B/A 36,40% 35,02% 41,25% 36,92% 36,12%

Fonte: CONAB/MAPA, Jan. 2012

Importância do Agronegócio

Participação do Brasil no Comércio Mundial de

Alimentos (em %)¹

Produto: 2009 - 2010

Açúcar 46,5 %

Café verde em grão 27,2 %

Soja em grão 30,2 %

Farelo de soja 22,1 %

Óleo de soja 21,1 %

Milho 10,1 %

Carne bovina 25,0 %

Carne de porco 12,4 %

Carne de frango 41,4 %

(1) Obtida pela relação entre as exportações brasileiras e as exportações mundiais.

Fonte: Usda (2010) e AGE – Mapa (Brasil, 2010)

Importância do Agronegócio

Desafios do Agronegócio Brasileiro

Produção X Consumo no Mundo

Produção mundial de grãos

Perspectivas futuras

População Mundial

Consumo Mudanças Climáticas

Energia Alternativa

Aumento do consumo de

alimentos e culturas para o

suprimento

Decréscimo nos estoques de uso

Perdas na produção

devida a condições

climáticas adversas

Necessidade de diminuir

a emissão de gases

Aumento da demanda de

energia e alimento

Decréscimo na renda

per capita da terra

Aumento da demanda por

energia renovável e

biocombustíveis

Crescimento necessário

na produção de grãos até 2020

1,92,1

2,4

2,7

3

3,4

1,92

2,22,3

2,52,7

1995 2000 2005 2010 2015 2020

Produção necessária: +2,4% ao ano

Produção estimada: +1,5% ao ano

bilhões de

toneladas

Crescimento da Produção

Crescimento do Consumo (1)

Índice per capita de consumo de alimentos por região geográfica 2000 -10

FONTE: FAO: World food and agriculture in review 2010 -2011.

Crescimento do Consumo (2)

Índice de produção de alimentos por região geográfica 2000 -10

FONTE: FAO: World food and agriculture in review 2010 -2011.

Energia Renovável

Biocombustíveis

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

2008 2014

Área de cultivo de culturas destinadas a

produção de biocombustíveis (milhões de ha)

+ 54 mi

(Milh

ões d

e h

a)

Energia Renovável

Cogeração de Energia a partir de Biomassa * Até 2020 a produção de energia a partir do bagaço de cana pode atingir níveis comparáveis

aos da Hidroelétrica de Itaipu (85.970.318 MW-h).

Fonte: BASF: Um Planeta Faminto e a Agricultura

Áreas agricultáveis x agricultadas

Mudanças Climáticas

Crescimento econômico (PIB, exportações, consumo interno)

Preço dos alimentos

Suprimento e demanda dos alimentos

Mudanças na aptidão das terras para diferentes

tipos de culturas e pastagens;

Redução da sanidade e produtividade das

florestas;

Alteração da incidência e tipos de pragas e

vetores de doenças;

Perda de biodiversidade e redução de fontes

para o melhoramento genético;

Mudanças na istribuição de água de boa

qualidade criação de gado, aves e peixes e para

culturas agrícolas;

Perda de terra arável devido à aridez e aumento

associado da salinidade;

Esgotamento dos lençóis freáticos e o aumento

do nível do mar;

FATORES RESULTANTES DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS QUE IMPACTAM A PRODUÇÃO AGRÍCOLA

Agroecossistema --> simplifica o meio ...

...que já teve diversidade

-Insetos Controle

-Plantas Manejo

-Fungos Convivência

Monitoramento

Pragas Agrícolas

As culturas alimentares competem com:

Danos de 40%

• 100.000 espécies de fungos fitopatogênicos

• 30.000 espécies de plantas daninhas

• 10.000 espécies de insetos herbívoros.

• 15.000 espécies de nematóides fitófagos

Pragas Agrícolas

Clima Tropical implica em:

EXEMPLOS

SOJA: ferrugem

MILHO: lagarta-do-cartucho,

manchas foliares

ALGODÃO: ramulose, manchas

foliares, bicudo

Pragas Agrícolas

PRAGAS

Maior diversidade

Maior severidade

MANEJO

Maiores intervenções

Medidas de controle mais intensas

Uso de defensivos agrícolas

IMPORTÂNCIA DAS PRAGAS

DANOS

Países de clima

temperado

Países de clima

tropical

INSETOS 9% 38%

DOENÇAS 14% 27%

DANOS NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNDIAL POR

PRAGAS

42,127,6

30,3

Produção sem

proteção do cultivo

Danos evitados com

uso dos defensivos

agrícolas Plantas daninhas

16,4% Insetos + Ácaros

7,1% Doenças

4,2%

Danos reais, apesar

da proteção de

cultivos

Plantas daninhas

13,2%

Insetos + Ácaros

15,6%

Doenças

13,3%

MÉTODOS DE CONTROLE DAS PRAGAS,

DOENÇAS E PLANTAS INVASORAS

Químico

Biológico

Cultural

Físico

Mecânico

Legislativo Genético

Manejo

Integrado

Evitar Introdução

Erradicação

Cultivares resistentes

Cultivares tolerantes

Rotação de culturas

Material de Propagação Sadio

Local e Época de Cultivo

Capina

Esmagamento de insetos

Tratamento térmico

Radiações

Parasitismo

Antibiose

Defensivos Agrícolas

Mercado de Defensivos Agrícolas

Importância Econômica do Manejo Químico

de Pragas – Brasil 2011

R$ Bi BRASIL MUNDO

PIB 2.520 (7º) 100.000

AGRONEGÓCIO 820 (20º) 25.500

10% Antes da Porteira 85

25% Dentro da Porteira 245

65% Depois da Porteira 520

PRODUÇÃO VEGETAL 193 (5º /CHINA: 960 Bi) 6.500

• Valor de Produção vegetal: R$ 193 Bi

• Danos evitados pela proteção das culturas com defensivos agrícolas

• Produção sem proteção: 30,3% ── 52,3%

• Danos evitados: 27,6% ── 47,7%

57,9% ── 100%

Se não estivessem sendo utilizados defensivos agrícolas a produção atual seria de 52,3% da obtida

Valor da produção sem defensivos agrícolas: R$100,9 Bi

Sustentabilidade Econômica da Agricultura

Custo

Tecnologia

R$12,0 Bi – Produtos

R$ 4,2 Bi – Aplicação (35% do produto)

Incremento obtido

R$ 92,1 Bi

Benefício Econômico pela Utilização de Defensivos Agrícolas = R$ 75,9 Bi

R$ 16,2 Bi

<

Avanços e Tendências

• Novos ingredientes ativos

• Formulações (adjuvantes e aditivos)

• Misturas e associações

• Embalagens

DESENVOLVIMENTO DE NOVAS MOLÉCULAS

50.000 substâncias sintetizadas/ano.

500 selecionadas como possíveis candidatas

50 ensaios de campo

2 apresentadas para registro

1 mercado

Tempo: 10 - 12 anos

Custo: 200 a 250 milhões de dólares

Fonte: Financial Times

Investimentos

(% das Vendas)

0

2

4

6

8

10

12

14

Investimentos financeiros em

pesquisa e desenvolvimento

REGISTRO DE NOVOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

EMPRESA SOLICITA O REGISTRO DO DEFENSIVO AGRÍCOLA

Simultaneamente nos três órgãos regulatórios

Dossiê Toxicologia

Dossiê Eficácia

Dossiê Ambiental

ANVISA MAPA IBAMA

• Classificação Toxicológica

• Monografia Técnica

•Rótulo e Bula

• Avaliação da Eficácia

• Rótulo e Bula

• Avaliação Ambiental

• Rótulo e Bula

CERTIFICADO DE REGISTROS

CADASTRO ESTADUAL

VENDAS

36 meses

Novos ingredientes ativos

Redução das Doses

Herbicidas - 88,4 %

Inseticidas - 93,6 %

Fungicidas - 86,7 %

Redução da Toxicidade Aguda

160 VEZES

Décadas 1960-1970 X 1990-2000 (40 anos)

Novos ingredientes ativos

Art. 1o Para os efeitos deste Decreto, entende-se por:

I - aditivo - substância ou produto adicionado a agrotóxicos,

componentes e afins, para melhorar sua ação, função,

durabilidade, estabilidade e detecção ou para facilitar o

processo de produção;

II - adjuvante - produto utilizado em mistura com produtos

formulados para melhorar a sua aplicação;

Decreto nº 4.074, de 4 de janeiro de 2002 Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989

Formulações

Aditivos em formulações

+ aditivos

Componentes

Coformulantes

“Ingredientes inertes”

Outros ingredientes

produto técnico

Ingrediente ativo

+

Impurezas / produtos

correlatos

=

Produto Formulado

Produto Comercial

FORMULAÇÃO

Tendências

Solventes baseados em petróleo por solventes a base de água

Formulações específicas para tratamento de sementes

melhor cobertura = melhor ação biológica

liberação controlada de i.a.

diferentes

Formulações modernas:

menor exposição durante preparação da calda;

melhor combinação em água = melhor distribuição do produto no alvo

menor impacto no ambiente

Formulações específicas produtos biológicos e microbiológicos

Formulações tem papel importante na inovação

dos defensivos agrícolas

Misturas e associações

Misturas em tanque Misturas prontas

Redução do custo de aplicação

Redução tempo de aplicação

Redução do consumo de água

Redução da exposição do aplicador

Redução do pisoteamento no campo

Aumento do espectro de controle do tratamento aplicado

Ferramenta no Manejo de Resistência

Embalagens

Desafios

1. ESCLARECER A SOCIEDADE QUE É POSSÍVEL PRODUZIR

ALIMENTOS SEGUROS USANDO DEFENSIVOS AGRÍCOLAS

2. AGILIZAR O PROCESSO DE REGISTRO – (tempo médio 36 meses) -

aprimoramento da infra-estrutura

3. APRIMORAR REGULAMENTAÇÃO

Harmonização MAPA – ANVISA – IBAMA

Regulamentação de componentes

4. PRIORIZAR REGISTRO DE NOVOS PRODUTOS

Exigências países importadores

Produção Integrada

“Minor Crops” - principal causa de inconformidades em análises de

resíduos

5. TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO / USO CORRETO E SEGURO

Exposição do aplicador

Resíduos

Impacto Ambiental