Crônicas Bíblicas

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Crônicas Bíblicas 001 A Árvore que produzia pão Era uma vez um reino di stante, nos confins do Oriente, onde havia uma árvore muito especial. Era inigualável. Seus galhos e folhas protegiam do sol os qu e se abrigavam em sua sombra, enquanto suas flores espalhavam no ar um perfume suave. O mais formidável disto tudo era que o fruto dessa árvore era pão. Sim, isto mesmo! Cada manhã essa extraordinária árvore produzia pães frescos. Pães da cor do trigo, que cintilavam sob os raios do Sol que passavam pôr entre as folhas. O pão sempre foi e sempre será a alimentação básica de todos os povos. No Brasil, quando os portugueses aqui desembarcaram, os índios já produziam seu próprio pão, feito da mandioca. Imagine o valor de uma árvore qu e produzia pão a cada manhã, em abundância e para sempre! Não há preço que pague i sso! Os pássaros se ajuntavam a cada amanhecer, batendo suas asas e bicando os pães. Como a árvore estava à beira de um ri acho, seus pães também alimentavam os peixes, que abocanhavam as migalhas que caíam na água. Um certo pardal vivia a se gabar e a zombar dos peixes. Ele dizia em tom de deboche:  _ Tenho pena de vocês que co mem o pão molhado. Eu pos so saboreá-lo fresco e seco. Se ao menos soubessem voar... Os peixes não viam nada de mais em comer o pão molhado, Uma vez q ue sempre comeram tudo molhado. Contudo, a arrogância do pardal incomodava. Com o fim do outono, o vento frio trouxe as chuvas geladas. O pardal, que h avia nascido na última primavera, não se preveniu como os outros pássaros mais velhos. A ssim, num sábado pela manhã, apó s uma noite de so no profundo, como de cos tume, fo i até a árvore - pão para se alimentar. Quando deu a primeira bicada, ficou horrorizado com aquele sabor g elado. A chuva que embalara seu sono durante a noite havia estragado seu alimento preferido. O pá ssaro ficou desolado e voava em círculos ao redor da árvore, na esperança de encontrar um pedaço seco. Os peixes também apareceram para comer e ficaram curiosos com a atitude do passarinho zombador:  _ O que houve passarinho ? Por que tanto desespero ao redor dessa árvore? O pardal percebeu que todo aquele tempo em que zombara dos peixes lhe veio como uma bofetada, pois agora passava fome, enquanto aqueles, a quem sempre humilhara, comiam do pão com o mesmo prazer, pois a chuva em nada mudava o sabor do seu alimento. Os dias foram passando e o pardal não encontrava pão seco. O frio do inverno aumentou, ele adoeceu e morreu. Nesta história , a árvore que produz pão representa o Senhor Jesus, chamado de "Arvore da Vida", e também "P ão da Vida". Os pássaros e os peixes somos nós, os cristãos. Alguns de nós somos como os peixes. Devido às perseguições e injúrias que sofremos, às constantes acusações e deboches, estamos acostumados a comer nosso pão, isto é, servir a Jesus, molhado pelas lágrimas que vertemos nos momentos das dificuldades. Já outros cristãos são semelhantes aos pássaros, apenas acostumados a comer o pão nos dias ensolarados pela alegria e o sucesso. Quando chegam as perseguições e o p ão se torna molhado, rejeitam-no e acabam por morrer na f é. 002 A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO Um dia Zequinha voltou da escola muito bravo, fazendo o maior barulho pela casa. Seu pai, percebeu a irritação e chamou-o para uma conversa. Meio desconfiado e sem dar muito tempo ao pai, Zequinha falou irritado: - Olha, pai, eu estou com uma tremenda raiva do Juca. Ele fez algo que não deveria ter feito. Espero que ele leve a pior. O Juca me humilhou na frente de todo mundo. Não quero mais vê- lo. E espero que ele adoeça e não possa mais ir à escola.

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Crônicas Bíblicas

001 A Árvore que produzia pão

Era uma vez um reino distante, nos confins do Oriente, onde havia uma árvore muito especial.Era inigualável. Seus galhos e folhas protegiam do sol os que se abrigavam em sua sombra,enquanto suas flores espalhavam no ar um perfume suave.

O mais formidável disto tudo era que o fruto dessa árvore era pão. Sim, isto mesmo! Cadamanhã essa extraordinária árvore produzia pães frescos. Pães da cor do trigo, que cintilavamsob os raios do Sol que passavam pôr entre as folhas.O pão sempre foi e sempre será a alimentação básica de todos os povos. No Brasil, quando osportugueses aqui desembarcaram, os índios já produziam seu próprio pão, feito da mandioca.Imagine o valor de uma árvore que produzia pão a cada manhã, em abundância e parasempre! Não há preço que pague isso!Os pássaros se ajuntavam a cada amanhecer, batendo suas asas e bicando os pães. Como aárvore estava à beira de um riacho, seus pães também alimentavam os peixes, queabocanhavam as migalhas que caíam na água.Um certo pardal vivia a se gabar e a zombar dos peixes. Ele dizia em tom de deboche:

 _ Tenho pena de vocês que comem o pão molhado. Eu posso saboreá-lo fresco e seco. Se ao

menos soubessem voar...Os peixes não viam nada de mais em comer o pão molhado, Uma vez que sempre comeramtudo molhado. Contudo, a arrogância do pardal incomodava.Com o fim do outono, o vento frio trouxe as chuvas geladas. O pardal, que havia nascido naúltima primavera, não se preveniu como os outros pássaros mais velhos. Assim, num sábadopela manhã, após uma noite de sono profundo, como de costume, foi até a árvore - pão parase alimentar.Quando deu a primeira bicada, ficou horrorizado com aquele sabor gelado. A chuva queembalara seu sono durante a noite havia estragado seu alimento preferido. O pássaro ficoudesolado e voava em círculos ao redor da árvore, na esperança de encontrar um pedaço seco.Os peixes também apareceram para comer e ficaram curiosos com a atitude do passarinhozombador:

 _ O que houve passarinho? Por que tanto desespero ao redor dessa árvore?O pardal percebeu que todo aquele tempo em que zombara dos peixes lhe veio como umabofetada, pois agora passava fome, enquanto aqueles, a quem sempre humilhara, comiam dopão com o mesmo prazer, pois a chuva em nada mudava o sabor do seu alimento.Os dias foram passando e o pardal não encontrava pão seco. O frio do inverno aumentou, eleadoeceu e morreu.

Nesta história , a árvore que produz pão representa o Senhor Jesus, chamado de "Arvore daVida", e também "Pão da Vida". Os pássaros e os peixes somos nós, os cristãos. Alguns de nóssomos como os peixes. Devido às perseguições e injúrias que sofremos, às constantesacusações e deboches, estamos acostumados a comer nosso pão, isto é, servir a Jesus,molhado pelas lágrimas que vertemos nos momentos das dificuldades.

Já outros cristãos são semelhantes aos pássaros, apenas acostumados a comer o pão nos diasensolarados pela alegria e o sucesso. Quando chegam as perseguições e o pão se tornamolhado, rejeitam-no e acabam por morrer na fé.

002 A IMPORTÂNCIA DO PERDÃO

Um dia Zequinha voltou da escola muito bravo, fazendo o maior barulho pela casa. Seu pai,percebeu a irritação e chamou-o para uma conversa. Meio desconfiado e sem dar muito tempoao pai, Zequinha falou irritado:

- Olha, pai, eu estou com uma tremenda raiva do Juca. Ele fez algo que não deveria ter feito.Espero que ele leve a pior. O Juca me humilhou na frente de todo mundo. Não quero mais vê-lo. E espero que ele adoeça e não possa mais ir à escola.

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Para surpresa de Zequinha, seu pai nada disse. Apenas foi até a garagem e pegou um saco decarvão e dirigiu-se para o fundo do quintal e lhe sugeriu:

- Filho, está vendo aquela camiseta branca no varal? Vamos fazer de conta que ela é o Juca. Eque cada pedaço de carvão é um pensamento seu em relação a ele. Descarregue toda a suaraiva nele, atirando o carvão do saco na camiseta, até não sobrar mais nada. Daqui a pouco eu

volto, para ver se você gostou, certo?

O filho achou deliciosa a brincadeira proposta pelo pai e começou. Como era pequeno e estavaum pouco longe, mal conseguia acertar o alvo. Após uma hora, ele já estava exausto, mas atarefa estava cumprida. O pai, que oobservava de longe, aproximou-se e perguntou:

- Filho, como está se sentindo agora?

- Isso me deu a maior canseira, mas olhe, consegui acertar muitos pedaços na camiseta -disse Zequinha, orgulhoso de si.

O pai olhou para o filho, que até então não havia entendido a razão daquela brincadeira, edisse carinhosamente:

- Venha comigo até o quarto, pois quero lhe mostrar uma coisa.

Ao chegar no quarto, colocou o filho diante de um grande espelho, que ficou sem entendernada. Quando olhou para sua imagem, ficou assustado ao ver que estada todo sujo defuligem. Tão imundo que só conseguia enxergar seusdentes e os pequenos olhos. O pai então lhe explicou:

- Veja como você ficou. A camiseta que você tentou sujar está mais limpa que você. Assim é avida. O mal que desejamos aos outros retorna para nós próprios. Pôr mais que possamosatrapalhar a vida de alguém com nossospensamentos, a mancha, os resíduos, a fuligem ficam sempre em nós mesmos.

 Autor desconhecido

003 Senhor Mário

Um belo dia de sol, Sr. Mário, um velho caminhoneiro, chega em casa depois de 20 longosanos de trabalho e, todo orgulhoso, chama sua esposa para ver seu lindo caminhão, o primeiroque conseguira comprar após todos aqueles anos de sufoco, e a partir daquele dia seria seupróprio patrão.

Ao chegar à porta de sua casa, encontra seu filhinho, de 6 anos, martelando alegremente alataria do reluzente caminhão. Irado, aos berros pergunta o que o filho estava fazendo e,sem pestanejar, nomeio de seu furor, martela impiedosamente as mãos do filho, que se põem a chorar sementender o queestava acontecendo.A mulher do caminhoneiro, corre em socorro do filho, mas pouco pôde fazer. Chorando juntoao filho consegue trazer o marido à realidade e, juntos o levam ao hospital, para fazer umcurativo nos machucados provocados.

Passadas várias horas de cirurgia, o médico desconsolado, bastante abatido, chama os pais einforma que as dilacerações foram de tão grande extensão que todos os dedos da criançativeram que ser amputados, as que de resto o menino era forte e tinha resistido bem ao atocirúrgico, e vendo os pais aguardá-lo acordar no quarto.Ao acordar, o menino foi só sorrisos e disse ao pai: - Papai, me desculpe, eu só queriaconsertar seu

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caminhão, como você me ensinou outro dia. Não fique bravo comigo.O pai enternecido, disse que não tinha mais importância, que já nem estava mais bravo e quenão havia estragado a lataria do seu caminhão. Ao que o menino com os olhos radiantesperguntou: - Quer dizer que não está mais bravo comigo? - Não - respondeu o pai - Se estouperdoado, papai, quando meus dedinhos vão nascer de novo?

Apesar de forte, esta história tem cunho muito real, porque na hora do ímpeto machucamos

profundamente quem amamos, e em muitas das vezes, não podemos mais "sarar" a ferida quedeixamos. Assim, espero que ao lerem, pensem em suas atitudes e reflitam para ver o quantotêm sido impetuosos e, se for possível, mudemsuas atitudes para evitar os danos irreversíveis de seus atos.

004 Um Jovem bem sucedido

Um jovem e bem sucedido executivo dirigia pôr sua vizinhança, correndo um pouco demaisem seu novo Jaguar. Observando crianças se lançando entre os carros estacionados, diminuiuum pouco a velocidade,

quando achou ter visto algo. Enquanto passava, nenhuma criança apareceu. De repente umtijolo espatifou-se na porta lateral do Jaguar! Parou bruscamente e deu ré até o lugar de ondeteria vindo o tijolo. Saltoudo carro e pegou bruscamente uma criança empurrando-a contra um veículo estacionado egritou:- Pôr que isso? Quem é você? Que besteira você pensa que está fazendo? Este é um carronovo e caro, aquele tijolo que você jogou vai me custar muito dinheiro. Pôr que você fez isto?- Pôr favor senhor me desculpe, eu não sabia mais o que fazer!

- Implorou o pequeno menino - Ninguém estava disposto a parar e me tender neste local.Lágrimas corriam do rosto do garoto, enquanto apontava na direção dos carros estacionados. -É meu irmão. Ele desceu sem freio e caiu de sua cadeira de rodas e não consigo levantá-lo.

Soluçando, o menino perguntou ao executivo:

- O senhor poderia me ajudar a recolocá-lo em sua cadeira de rodas? Ele está machucado e émuito pesado para mim. Movido internamente muito além das palavras, o jovem motoristaengolindo "nó imenso" dirigiu-se ao jovenzinho, colocando-o em sua cadeira de rodas. Tirouseu lenço, limpou as feridas e arranhões, verificando se tudo estava bem. - Obrigado e quemeu Deus possa abençoa-lo - a grata criança disse a ele. O homem então viu o menino sedistanciar... empurrando o irmão emdireção à casa. Foi um longo caminho de volta para ao Jaguar... um longo e lento caminho devolta. Ele nunca consertou a porta amassada. Deixou amassada para lembrá-lo de não ir tãorápido pela vida, que alguém tivesse que atirar um tijolo para obter a sua atenção. Deussussurra em nossas almas e fala aos nossos corações. Algumas vezes quando nós não temos

tempo de ouvir, Ele tem de jogar um tijolo em nós. É sua escolha: ouvir o sussurro ou esperarpelo tijolo!Boa reflexão!

"O sofrimento é o alto-falante de Deus para um mundo surdo" .

Não esperemos pelo "tijolo", que tomemos consciência do que significa anossa passagem pôr este mundo.

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005 Você tem percebido Deus ???

DEUS FALANDO...

O homem sussurrou:"Deus, fale comigo"...

e um passarinho cantou.

Mas o homem não ouviu.

Então, o homem gritou:"Deus, fale comigo"...

E trovões e raios apareceram no céu.

Mas o homem não notou.

O homem olhou em volta e disse:

"Deus, deixe-me ver o Senhor"...E uma estrela brilhante apareceu .

Mas o homem não percebeu.O homem gritou:

"Deus, mostre-me um milagre"...E uma vida nasceu.

Mas o homem não reparou.

Então, o homem clamou em desespero:"Toque-me, Deus, e deixe-me saber

que o Senhor está aqui"...Ao que Deus o tocou suavemente.

Mas o homem espantou a borboletaque pousara no seu ombro.

Isso é um grande ensinamento de queDeus está sempre à nossa volta,nas coisas que nem imaginamos:

nas pequenas e simples, como nas grandes também.Até na nossa era eletrônica e computadorizada...

Então, gostaria de acrescentar mais uma coisinha:

O homem chorou:"Deus, eu preciso da sua ajuda" ...

E um e-mail chegou trazendo boas notíciase palavras de encorajamento.

Mas o homem o delatou e continuou a chorar...

Não perca as bênçãos simplesmenteporque elas não estão "embrulhadas"

da maneira como você esperava.

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Espere o inesperadoe tenha um Dia Feliz!

É verdade...O Senhor fala conosco a todo o momento e de diversas maneiras, mas muitas

vezes estamos muito ocupadas ou preocupadas em enxergá-lo de acordo com osnossos conceitos distorcidos e nossa visão limitada.

Devemos procurar observar a presença constante e abençoadora do Senhor nonosso dia-a-dia, através do contato com Ele na oração e na leitura da SuaPalavra, nas oportunidades que Ele nos dá, no bem estar que Ele nos

proporciona, nas pessoas que Ele usa como instrumentos para nos abençoar eaté mesmo nas dificuldades que nos ajudam a entender a nossa limitação e a

soberania e suficiência de Deus.E nesse exercício, não se esqueça de que, em muitas ocasiões, Deus vai usar

você para se fazer presente na vida de outras pessoas. Esteja disponível edisposto!

Um abraço e uma tarde abençoada na presença do Senhor,

006 A Equipe

Certo dia, uma mulher de sucesso, Diretora de Recursos Humanos de umagrande empresa, é tragicamente atropelada pôr um caminhão. Ela morre

e sua alma chega ao paraíso, onde se encontra com São Pedro em carne eosso.

- Bem vinda ao paraíso - diz o santo. - O problema é que não estamosseguros do que fazer com você. É muito raro um diretor chegar aqui, sabia?

- Não tem problema, deixe-me entrar - respondeu a mulher.- Bem, eu gostaria, mas tenho ordens do ... Superior. Fazemos o seguinte:

você passa um dia no inferno e outro no paraíso e, então, escolhe ondepassar a eternidade.

- Então, já está decidido - ela disse correndo. - Prefiro ficar aquimesmo no paraíso.

- Sinto muito, mas temos nossas regras - encerrou São Pedro, já aencaminhando ao elevador.

Ela desceu, desceu e desceu até o inferno. Chegando lá, as portas seabriram e ela deu de cara com um campo de golfe verdinho.

Mais adiante, havia um belo clube. Ela encontrou os amigos e diretoresque trabalhavam com ela, todos em trajes de festa e muito felizes.Aliás, correram para cumprimentá-la e lembraram dos bons tempos.

Jogaram golfe, jantaram juntos num ótimo restaurante e se divertiram

contando piadas e dançando.O diabo, surpreendentemente, mostrou-se um anfitrião de primeira classe.Era elegante, charmoso, muito educado e divertido. A executiva se

sentiu de tal maneira bem que, antes que desse conta, já estava na hora deir

embora.O elevador então subiu, subiu, subiu e ela se viu novamente na porta

do paraíso. São Pedro estava na porta.- Agora é hora de visitar o céu.

Assim nas 24 horas seguintes, a mulher se divertiu pulando de nuvem emnuvem, tocando harpa e cantando. Era tudo muito bonito e tão sereno

que, quando ela percebeu, as 24 horas haviam se passado e São Pedro já

estava ali para buscá-la.- Então? Você passou um dia no inferno e outro no paraíso. Agora vocêdeve escolher sua eternidade.

- Senhor, o paraíso é maravilhoso. Mas me senti bem melhor no inferno,

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com meus amigos e aquela intensa vida social - disse ela.São Pedro a acompanhou até o elevador, que outra vez desceu, desceu...Quando as portas do eleva dor se abriram, ela encontrou um deserto, um

lugar inóspito, sujo, cheio de desgraças e coisas ruins. Viu todos osamigos vestidos com trapos, trabalhando como escravos, aguilhoados pôrdiabos inferiores, que recolhiam as desgraças e as colocavam em bolsas

pretas.

O diabo se aproximou e conduziu a mulher pelo braço, com brutalidade...- Não entendo - balbuciou ela. - Ontem eu estava aqui e havia um campode golfe, um clube. Comemos lagosta e caviar, dançamos e nos divertimosmuito. Agora tudo o que existe é um deserto cheio de lixo, e meus amigos

parecem uns miseráveisO diabo olhou para ela e sorriu.

- Ontem estávamos te contratando. Hoje você faz parte da equipe.

008 Procura-se casa:

- com janelas enormes por onde o Sol nunca se ponha a dormir no horizonte;

- de portas bem largas e abertas escancaradas para a Lua a brilhar constanteno firmamento;

- sem grades a esquartejar os ventos que passam, trazendo sementes dealegria;

- com muros altos de buganvílias a enfeitar, com suas cores, os limites quesó existem nos laços que se transformam em nós cegos.

- Uma casa sem medo de ser invadida.

- Precisa-se de uma casa, cujas paredes sejam feitas de abraços, mistura decimento de carinhos e tijolos de afeição.

- Uma casa com pisos de madeira perfumada, lembrando aromas de flores ecampos transformados.

- Uma casa com escadas que conduzam a um sótão de sonhos armazenados.

- Procura-se uma casa ampla com espaços para acomodar o desejo de viver natranqüilidade, no sossego.

- Uma casa pintada de branco com nuances de paz e raios de luz por todos oscantos.

- É imprescindível que possua claridade transparente.

-Uma casa com amores-perfeitos plantados no jardim e gerânios, ao redordela, acariciando as pedras dos seus alicerces.

-Algumas roseiras são indispensáveis.

-Além do mais, necessário é que exista um banco com nomes gravados acanivete com juras de eternidade.

- E, que junto a esse banco, haja uma árvore com galhos cheios de ninhos depássaros.

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- O entardecer requer gorjeios melodiosos e a manhã exige o despertar sonorode aves várias.

- Procura-se uma casa que tenha, em seu interior mais secreto, uma lareiraconstantemente aquecendo o inverno e, no teto, uma clarabóia imensa pôr onde

se possa ver as estrelas nas noites de verão.

- Mas só se fecha negócio se houver um quintal, nos fundos da moradia, comtesouros escondidos de infâncias múltiplas e antigas que, ainda, ninguémdescobriu.

- Precisa-se de uma casa de memórias guardadas porque é urgente desenterrarlembranças.

- O tempo passa veloz e quer levar consigo histórias para contar. Precisoescrevê-las!

007 O Pastor e a Prostituta.

Vivia um pastor nas proximidades de um templo que dirigia. Na casa em frente, morava umaprostituta.

Observando a quantidade de homens que a visitavam, o pastor resolveu chamá-la. "Você éuma grande pecadora", repreendeu-a. "Desrespeita a Deus todos os dias e todas as noites.

Será que você não consegue parar e refletir sobre a sua vida depois da morte?" A pobremulher ficou muito abalada com as palavras do pastor; com sincero arrependimento orou a

Deus, implorando perdão. Pediu também que o Todo-Poderoso a fizesse encontrar uma novamaneira de ganhar o seu sustento. Mas não encontrou nenhum

trabalho diferente. E, após uma semana passando fome, voltou a prostituir-se. Mas, cada vez

que entregava seu corpo a um estranho, orava ao Senhor e pedia perdão. O pastor, irritadoporque seu conselho não produzira nenhum efeito, pensou consigo mesmo: "A partir de agoravou contar quantos homens entram naquela casa até o dia da morte dessa pecadora". E,desde aquele dia, ele não fazia outra coisa a não ser vigiar a rotina da prostituta: a cadahomem que entrava, colocava uma pedra em frente a sua casa. Passado algum tempo, o

pastor tornou a chamar a prostituta e lhe disse: "Vê este monte de pedras? Cada pedra dessarepresenta um dos pecados mortais que você cometeu, mesmo depois de minhas

advertências. Agora torno a cuidado com as más ações!" A mulher começou a tremer,percebendo como se avolumavam seus pecados. Voltando para casa, derramou lágrimas desincero arrependimento, orando: "Ó Senhor, quando vossa misericórdia irá me livrar dessa

miserável vida quelevo?"

Sua prece foi ouvida. Naquele mesmo dia, o anjo da morte passou pôr sua casa e a levou. Pôrvontade de Deus, o anjo atravessou a rua e também carregou o pastor consigo. A alma daprostituta subiu imediatamente aos céus, enquanto os demônios levaram o pastor ao inferno.

Ao cruzarem no meio do caminho, o pastor viu o que estava acontecendo e clamou: "Oh,Senhor, essa é a tua justiça? Eu, que passei a minha vida pregando e repreendendo, agora soulevado ao inferno, enquanto essa prostituta, que viveu em constante pecado, está subindo ao

céu!" Ouvindo isso, um dos anjos respondeu:"São sempre justos os desígnios de Deus. Você achava que o amor de Deus se resumia a

 julgar o comportamento do próximo. Enquanto você enchia seu coração com a impureza dopecado alheio, essa mulher orava fervorosamente dia e noite. A alma dela ficou tão leve depoisde chorar, que podemos levá-la até o paraíso. A sua alma ficou tão carregada de pedras, que

não conseguimos fazê-la subir até o alto".

***

Disse Jesus:

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"Aquele dentre vós que está sem pecado seja o primeiro a atirar uma pedranessa

mulher"

Quando ouviram isto os acusadores foram saindo um a um, a começar pelosmais

velhos, até os últimos; ficou só Jesus, e a mulher ali em pé.

João 8:7-9

010 Nada é pôr acaso

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus pôr estar vivo e ter conseguido seagarrar à parte dos destroços para ficar boiando.

Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitada, fora de qualquer rota denavegação, e agradeceu novamente.

Com muita dificuldade, com os restos dos destroços ele conseguiu montar um pequeno abrigopara que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais e também para guardar

seus poucos pertences. E como sempre, agradeceu.

Nos dias seguintes, a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia.No entanto, um dia, quando voltava da busca pôr alimentos, ele encontrou o seu abrigo em

chamas, envolto em altas nuvens de fumaça.

Terrivelmente desesperado ele se revoltou. Gritava, chorando: "O pior aconteceu! Perdi tudo!Deus, pôr que fizeste isso comigo?". Chorou tanto que adormeceu profundamente cansado.

No dia seguinte, bem cedo, foi despertado pelo som de um navio que se aproximava. "Viemosresgatá-lo", disseram. "Como souberam que eu estava aqui?", perguntou ele. "Nós vimos o

seu sinal de fumaça!"...

É comum sentirmo-nos desencorajados e até mesmo desesperados quando as coisas vão mal.Mas Deus age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e de sofrimento.

Lembre-se:Se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal de fumaça

que fará chegar até você a graça divina. Para cada pensamento negativo nosso, Deus tem umaresposta positiva!

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009 Os Três Leões

(colaboração de Laércio Rodrigues Pereira)

Era uma vez três leões.

Num dia, o macaco, representante eleito dos animais súditos, fez uma reunião com toda abicharada da floresta e disse:

- Nós, todos os animais, sabemos que o leão é o rei dos animais. Mas há uma dúvida no ar...Existem três leões fortes. Ora, a qual deles devemos prestar homenagem? Quem dentre elesdeverá ser o nosso rei? 

Os três leões souberam da reunião e comentaram entre si:

- É verdade, a preocupação da bicharada faz sentido. Uma floresta não pode ter três reis.Precisamos saber qual de nós será o escolhido.

Mas como descobrir? Essa era a grande questão...

Lutar entre si eles não queriam, pois eram muito amigos. Então, o impasse estavaformado.

De novo, todos os animais se reuniram para discutir uma solução para o caso. Depois deusarem técnicas de reuniões do tipo brain storming, seis chapéus, etc., eles tiveram umaexcelente idéia.

O macaco se encontrou com os três felinos e contou o que eles decidiram:

- Bem, senhores leões, temos uma solução desafiadora para o problema. A solução está namontanha difícil.

- Montanha Difícil? - perguntou um deles - Como assim? 

- É simples. - ponderou o macaco - Decidimos que vocês três deverão escalar a MontanhaDifícil e o que atingir o pico primeiro será consagrado o rei dos reis.

A Montanha Difícil era a mais alta entre todas naquela imensa floresta. O desafio foi aceito.No dia combinado, milhares de animais cercaram a Montanha para assistir a grande escalada.

O primeiro leão tentou. Não conseguiu e foi derrotado.O segundo tentou. Também não conseguiu e foi derrotado.

O terceiro, a exemplo dos outros, também foi derrotado.

Os animais estavam curiosos e impacientes, afinal a questão continuava: quem seria o rei, já que os três foram derrotados?

Foi nesse momento que uma águia, já idosa e de grande sabedoria, pediu a palavra:

- Eu sei quem deve ser o rei!

Todos os animais fizeram um silêncio de grande expectativa.

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- A senhora sabe? Mas como sabe? - todos gritaram para a águia.

- É simples. - confessou a águia sábia - Eu estava voando entre eles, bem de perto, e,enquanto eles voltaram fracassados para o vale, eu escutei o que cada um disse para amontanha.

O primeiro leão disse:

- Montanha, você me venceu!

O segundo, a exemplo do primeiro, também disse:

- Montanha você me venceu!

O terceiro leão também disse que foi vencido, mas com uma diferença... Ele olhou para amontanha e disse:

- Montanha, você me venceu por enquanto! Mas você, montanha, já atingiu seu tamanho final,

e eu ainda estou crescendo!

- A diferença - completou a águia - é que o terceiro leão teve uma atitude de vencedor dianteda derrota e quem pensa assim é maior que seu problema: é rei de si mesmo e está preparado

 para ser o rei dos outros!

Os animais da floresta aplaudiram entusiasticamente ao terceiro leão que foi coroado reientre os reis.

Moral da história:

Não importa o tamanho dos problemas ou dificuldades que você tenha, na maioria dasvezes eles já atingiram o clímax, já estão no nível máximo, enquanto você ainda estácrescendo, evoluindo.

Você é maior que todos os seus problemas!

A Montanha das Dificuldades tem tamanho fixo, limitado. Para ser um vencedor, o queimporta é a atitude.

Uma postura positiva diante das dificuldades é a diferença que faz a diferença!

Uma montanha não tem mente, alma, espirito: Você tem! Ela só o vencerá, se você deixar.

Lembre-se: Uma montanha tem altitude, você tem atitude.

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O12 OS DEDINHOS

Talvez algum machucado não tenha mais cura..., tenha cuidado!!!

Um belo dia de sol, Sr. Mário, um velho caminhoneiro, chega em casa depois de 20 longosanos de trabalho e, todo orgulhoso, chama sua esposa para ver seu lindo caminhão, o primeiroque conseguira comprar após todos aqueles anos de sufoco, e a partir daquele dia, seria seu

próprio patrão. Ao chegar à porta de sua casa, encontra seu filhinho de 6 anos, martelandoalegremente a lataria do reluzente caminhão. Irado, aos berros pergunta o que o filho estavafazendo e, sem hesitar, no meio de seu furor, martela impiedosamente as mãos do filho, quese põe a chorar sem entender o que estava acontecendo. A mulher do caminhoneiro, corre emsocorro do filho, mas pouco pôde fazer. Chorando junto ao filho consegue trazer o marido àrealidade e, juntos o levam ao hospital, para fazer um curativo nos machucados provocados.Passadas várias horas de cirurgia, o médico desconsolado, bastante abatido, chama os pais einforma que as dilacerações foram de tão grande extensão, que todos os dedos da criançativeram que ser amputados, mas que de resto o menino era forte e tinha resistido bem ao atocirúrgico, devendo os pais aguardá-lo acordar no quarto. Ao acordar, o menino foi só sorrisos edisse ao pai:- Papai, me desculpe, eu só queria consertar seu caminhão, como você me ensinou outro dia.

Não fique bravo comigo! O pai enternecido, disse que não tinha mais importância, que já nemestava mais bravo e que não havia estragado a lataria do seu caminhão. O menino com osolhos radiantes perguntou:- Quer dizer que não está mais bravo comigo?- Não! - respondeu o pai.- Se estou perdoado papai, quando meus dedinhos vão nascer de novo?

011 O Naufragio

"Após um naufrágio, O único sobrevivente Agradeceu a Deus

Por estar vivo e ter conseguido se agarrar a parte dos destroços para poder ficar boiando.

Este único sobrevivente; foi parar em uma pequena ilha desabitada,

fora de qualquer rota de navegação, e ele agradeceu novamente.

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Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu montar um pequeno abrigo

para que pudesse se proteger do sol, da chuva, de animais e, também para guardar

seus poucos pertences, e como sempre agradeceu.

Nos dias seguintes, a cada alimento que conseguia caçar ou colher, ele agradecia.

no entanto um dia quando voltava da busca por alimentos, ele encontrou o seu abrigo emchamas,

envolto em altas nuvens de fumaça.

Terrivelmente desesperado ele se revoltou, gritava chorando:

"O pior aconteceu! Perdi tudo! Deus, por que fizeste isso comigo?"

Chorou tanto,Que adormeceu profundamente cansado. No dia seguinte bem cedo, foidespertado pelo som de um navio que se aproximava.

-"Viemos resgatá-lo", disseram.

-"Como souberam que eu estava aqui?" - perguntou ele.

- "Nós vimos o seu sinal de fumaça"!

É comum sentirmo-nos desencorajados e até mesmo desesperados, quando as coisas vão mal.

Mas, Deus age em nosso benefício, mesmo nos momentos de dor e sofrimento.

Lembrem-se: Se algum dia o seu único abrigo estiver em chamas, esse pode ser o sinal defumaça

que fará chegar até você a Graça Divina.

Para cada pensamento negativo nosso, Deus tem uma resposta positiva:

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Passe essa mensagem para as pessoas que você conhece e quer bem.

Alguém pode estar precisando ...

Atenciosamente ....

FRAQUEZA OU FORÇA?

Um garoto de 10 anos de idade decidiu praticar judô, apesar de ter perdido seu braçoesquerdo em um terrível acidente de carro.Disposto a enfrentar as dificuldades e suas limitações, começou as lições com um velho mestre

 japonês.O menino ia muito bem. Mas, sem entender o porquê, após três meses de treinamento, omestre tinha-lhe ensinado somente um movimento. O garoto então disse:- Mestre, não devo aprender mais movimentos?

O mestre respondeu ao menino, calmamente e com convicção:- Este é realmente o único movimento que você sabe, mas também é o único movimento quevocê precisará saber.Sem entender completamente, mas acreditando em seu mestre, o menino continuoutreinando. Meses mais tarde, o mestre inscreveu o menino em seu primeiro torneio.Surpreendendo-se, o menino ganhou facilmente seus primeiros dois combates. O terceirocombate revelou ser o mais difícil, mas depois de algum tempo, seu adversário tornou-seimpaciente e agitado. Foi então que o menino usou o seu único movimento para ganhar a luta.Espantado ainda por seu sucesso, o menino estava agora nas finais do torneio. Desta vez, seuoponente era bem maior, mais forte, e mais experiente. Preocupado com a possibilidade dogaroto se machucar, cogitaram em cancelar a luta. O mestre, porém, interveio:- De forma alguma! Deixe-o continuar.Assim, usando os ensinamentos do mestre, o garoto entrou para a luta e, quando teveoportunidade, usou seu único movimento para prender o adversário.O menino ganhou a luta e o torneio. Era o campeão. Mais tarde, em casa, ele e o mestrereviram cada movimento executado durante o torneio. Então, o menino criou coragem para

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perguntar o que estava em sua mente:- Mestre, como eu consegui ganhar o torneio com um movimento somente?- Você ganhou por duas razões - respondeu o mestre. - Em primeiro lugar, você dominou umdos golpes mais difíceis do judô. E em segundo lugar, a única defesa conhecida para essemovimento é o seu oponente agarrar seu braço esquerdo.

o que o favoreceu...Assim, também nós podemos usar nossa fraqueza para que ela se transforme em nossa força.

A maior fraqueza do menino tinha-se transformado em sua maior força... Ele havia treinadoapenas um golpe, mas dominava-o. E, justamente o que poderia ser seu ponto fraco (falta dobraço), foi o que o favoreceu...Assim, também nós podemos usar nossa fraqueza para que ela se transforme em nossa força.

"Por isso, de boa vontade antes me gloriarei nas minhas fraquezas, a fim de que repousesobre mim o poder de Cristo." (II Coríntios 12:9b)

!

013 Os Garotos

Uns garotos pequenos estavam na rua brincando e conversando. Umdentre eles, era filho de Pastor e estavam conversando sobre seus pais.Um deles afirmou todo prepotente: "Meu pai conhece o prefeito dacidade e tem muita amizade com ele".Nesse instante, o Pastor pai de um dos garotos, chega a de longe veos garotos conversando e fica observando.Um outro garoto diz todo contente: "Meu pai conhece o governador.eles sao muito amigos".

Antes que o garoto terminasse a frase outro ja se levantou e disse emtom alto de voz, "Meu pai conhece o chefe de Policia do Estado. Ninguemprende ele".O garotinho, filho do pastor, estava quieto somente ouvindo, ate queele somente olhou para os garotos e disse: "Meu pai conhece Deus".Um silencio tomou conta do ambiente e o pai do garoto, saiu com osolhos cheios de lagrimas e orou a Senhor agradecendo: "Pai, obrigado pelomeu filho e pela influencia que tenho dado a ele sobre Ti".Pv.22:6 "Ensina a crianca, no caminho em que deve andar, e quandoestiver velho, ainda nao se desviara dele"

Autor Desconhecido.

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A Raposa e o Lenhador

Existiu um Lenhador viúvo que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortandolenha, e só parava tarde da noite. Ele tinha um filho lindo, de poucos meses e uma raposa, suaamiga, tratada como bicho de estimação e de sua total confiança. Todos os dias o lenhador iatrabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho. Todas as noites ao retornar do trabalho, araposa ficava feliz com sua chegada. Os vizinhos do Lenhador alertavam que a Raposa era umbicho, um animal selvagem, e portando, não era confiável. Quando ela sentisse fome comeriaa criança. O Lenhador sempre retrucando com os vizinhos falava que isso era uma grandebobagem. A raposa era sua amiga e jamais faria isso. Os vizinhos insistiam:

- "Lenhador abra os olhos ! A Raposa vai comer seu filho."- "Quando sentir fome, comerá seu filho !Um dia o Lenhador muito exausto do trabalho e muito cansado desses comentários ao chegarem casa viu a Raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensangüentada ... OLenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa ... Aoentrar no quarto desesperado, encontrou seu filho no berço dormindo tranqüilamente e ao ladodo berço uma cobra morta ... O Lenhador enterrou o Machado e a Raposa juntos.

Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito, siga sempre o seucaminho e não se deixe influenciar...E principalmente não tome decisões precipitadas.

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A Águia e a Galinha

Certo dia, um fazendeiro, caçando nas montanhas, achou um ninho de águia com filhotes,pegou um e trouxe à sua fazenda, criando-o no galinheiro. Em visita à fazenda, um amigo, se

comoveu ao ver uma águia naquele estado, comendo, andando e dormindo como galinha.Argumentou que era uma violência contra a natureza deixar uma ave daquela passar tamanhahumilhação. O dono da fazenda, dando sonora gargalhada, retrucou:- "Pensa como galinha, age como galinha, é galinha".O amigo, inconformado, levou a ave às montanhas e no ponto mais alto bradou:- "Águia, aqui não é teu lugar, a ti estão reservados os vôos mais altos, o céu mais azul, olugar dos vencedores" e atirou a águia para o alto. O pássaro ensaiou bater as asas, titubeou elogo caiu. O fazendeiro, não perdoou:- "Age como galinha, é galinha!"O amigo, treinador persistente, insistiu mais uma vez:- "Águia, tu és a ave mais forte, o céu é o teu limite. És uma criação maravilhosa de Deus,ocupe o lugar que é teu no universo. Voe águia. Voe...voe e vença. Você pode, você veio para

vencer". E jogou ainda mais alto o pássaro, que ganhou a vastidão do espaço.Aí, cheio de orgulho, contemplando o vôo majestoso da águia, o amigo sentenciou:"PENSA E AGE COMO GALINHA, É GALINHA.PENSA E AGE COMO ÁGUIA, É ÀGUIA".

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O PREGO- 018

Não sejais vagarosos no cuidado (Rm. 12:11).Nem sempre o descuido tem a sua origem na ociosidade; pois há muita gente operosa que édescuidada. Tantas são as pessoas que,envolvidas consigo mesmas na realização dos seuspróprios interesses, deixam de servir ao Senhor de uma forma melhor e mais completa,esquecendo-se também de acudir as necessidades, por vezes urgentes, do própriosemelhante. Não podemos ser omissos, tardios ou hesitantes no cumprimento do dever em

favor da sociedade, da família e da igreja. O zelo e o cuidado nesse cumprimento de dever é oresultado do nosso amor.Quanto mais amamos, tanto mais cuidamos e,para o melhor desempenho do zelo, precisamnos manter atentos a todas as necessidades.Certo feirante, depois de um dia muito proveitoso com excelentes resultados no negócio, sedispôs a voltar para casa antes do entardecer. Montou seu cavalo e, prendendo muito bem àcintura o bolso com seu dinheiro, deu início à jornada de volta. Lá pelas tantas, parou em umpequeno povoado para uma rápida refeição. Quando já se preparava para prosseguir nacaminhada, o moço da cachoeira o avisou:--Senhor, está faltando um prego na ferradura da pata esquerda do seu animal. Não seriamelhor providenciar outro?--Deixa faltar... - respondeu o feirante - Estou com muita pressa; sem dúvida a ferradura

agüentará bem as horas que ainda restam a percorrer.E lá se foi ele. À tardinha, quando parou para dar ração pro cavalo, o encarregado da cavalariatambém foi ter com ele, dizendo.--Olha, está faltando a ferradura da pata esquerda do seu animal. Quer que o nosso ferreiroveja isto?--Deixa faltar. Estou com muita pressa e restam poucas horas para que cheguemos ao nossodestino. Por certo o cavalo resistirá - respondeu ele.Continuou a cavalgar, mas já não conseguia andar muito, quando notou que o cavalo estavamanquejando. Tentou continuar, na esperança de chegar a casa; entretanto, depois de poucosmetros o animal passou a tropeçar e, com pouco mais de tempo, numa queda mais forte, ocavalo fraturou a perna e já não pôde mais sair do lugar.Era noite e o feirante viu-se obrigado a deixar o pobre animal caído, sem qualquer

atendimento. Desprendendo a caixa onde carregava uma série de apetrechos para seu uso nafeira, pô-la às costas e foi caminhando. A distância que parecia curta tornou-se longa epenosa. Só muito tarde chegou cansado, faminto e preocupado com a possível perda doanimal. Foi então que começou a raciocinar: Tudo por causa de um simples prego que não foisubstituído no momento que se fez necessário.Entendeu tarde demais o fato de que a pressa exige calma. Pequenas omissões podem resultarnuma perda irreparável...

Mensagem do livro Cada dia com Deus

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017 MAIS UMA CHANCE...

Havia um homem muito rico, possuía muitos bens, uma grande fazenda,muitogado e vários empregados a seu serviço. Tinha ele um único filho, umúnicoherdeiro que, ao contrário do pai, não gostava de trabalho nem

compromissos.O que mais gostava era fazer festas e estar com seus amigos, e serbajulado por eles. Seu pai sempre o advertia que seus amigos só estavamaoseu lado enquanto ele tivesse o que lhes oferecer, depois, oabandonariam.Os insistentes conselhos do pai não eram ouvidos, e logo se ausentavasemdar o mínimo de atenção. Um dia, o velho pai já tinha avançada idade, edisse aos seus empregados para construírem um pequeno celeiro. Dentro,elemesmo fez uma forca, e junto a ela colocou uma placa com os dizeres:

"PARA VOCÊ NUNCA MAIS DESPREZAR AS PALAVRAS DE TEU PAI" .Mais tarde, chamou o filho e o levou até o celeiro, dizendo: - Meufilho,eu já estou velho e, quando partir, você tomará conta de tudo o que émeu.Eu sei qual será o seu futuro. Você vai deixar a fazenda nas mãos dosempregados, e irá gastar todo o dinheiro. Com seus amigos irá vender osanimais e os bens para se sustentar e, quando não tiver mais dinheiro,eles vão se afastar de você.Quando não tiver mais nada, vai se arrepender amargamente de não ter medado ouvidos. Foi por isto que eu construí esta forca. Ela é para você equero que me prometa que se acontecer o que eu disse, você se enforcaránela.O jovem riu, achou um absurdo mas, para não contrariar o pai, prometeu epensou que jamais isso pudesse ocorrer. O tempo passou, o pai morreu eseufilho tomou conta de tudo mas, assim como seu pai havia previsto, gastoutudo, vendeu os bens, perdeu os amigos e a própria dignidade.Desesperado e aflito, começou a refletir sobre sua vida e viu que haviasido um tolo. Lembrou-se das palavras de seu pai e começou a chorar edizer: - Ah, meu pai... Se eu tivesse ouvido os seus conselhos... masagora é tarde, tarde demais.Pesaroso, o jovem levantou os olhos e, ao longe, avistou o pequenoceleiro. Era a única coisa que lhe restava. A passos lentos, se dirigiu

até lá e entrando, viu a forca, a placa empoeirada e pensou: - Eu nuncasegui as palavras do meu pai, não pude alegrá-lo quando estava vivo mas,pelo menos desta vez, farei a vontade dele. Vou cumprir a minhapromessa.Não me resta mais nada...Então ele subiu nos degraus, colocou a corda no pescoço e pensou: "Ah,seueu tivesse uma nova chance..." Então se jogou do alto dos degraus e, porum instante, sentiu a corda apertar a sua garganta...Era o fim... mas o braço da forca era oco e quebrou-se facilmente, e orapaz caiu no chão. Sobre ele, caíram pedras preciosas: esmeraldas,pérolas, rubis, safiras e brilhantes, muitos brilhantes... a forca

estavacheia delas e um bilhete caiu então: - Esta é a sua nova chance. Eu teamo

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muito! Com amor, seu velho e já saudoso pai.

DEUS É ASSIM CONOSCO...ELE SEMPRE NOS DÁ UMA NOVA CHANCE !Chance para sermos novas criaturas,Chance para sermos pessoas boas e úteis,Chance para perdoarmos,

Chance para amarmos mais ao nosso próximo,Chance para buscarmos a felicidade...

Hoje Deus lhe dá mais uma chance... não a desperdice!

Cicatrizes - 020

Era uma vez um menininho que tinha um mau temperamento.O pai deu-lhe um saco de prego e disse a ele que para cada vez

que o menino perdesse a calma, ele deveria pregar um prego na cerca.

No primeiro dia, o menino pregou 17.

Nas semanas seguintes, como ele aprendeu a controlar seutemperamento, o número de pregos pregados na cerca diminuiu

gradativamente...

Ele descobriu que era mais fácil se segurar do que pregar

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aqueles pregos na cerca.

Finalmente chegou o dia que o menino não perdeu a calma emnenhum momento.

Ele então falou a seu pai sobre isto e o pai sugeriu que omenino agora tirasse da cerca, um prego por cada dia que ele não perdesse acalma.

Os dias passaram e o menininho, então, estava finalmente pronto para dizer a seupai que tinha retirado todos os pregos da cerca. O pai então o pegou pela mão e foram até acerca. O pai disse, "Você fez muito bem, meu filho, mas, veja só os buracos que restaramna cerca. A cerca nunca mais será a mesma! Quando você fala algumas coisas com

raiva, elas deixam cicatrizes como estas aqui.Você pode enfiar a faca em alguém e retirá-la. Não importa quantas vezes você peça

desculpa, a ferida ainda esta lá. m ferimento verbal é a mesma coisa que um ferimento físico.

Amigos são como jóias preciosas mesmo. Eles te fazem sorrir e encorajam a suceder. Eles teescutam, eles te elogiam, e sempre querem abrir seus corações para nós."

Mostre a seus amigos o quanto você liga.

As duas Vizinhas 019

Havia duas vizinhas que vivam em pé de guerra. Não podiam se encontrar na rua que erabriga na certa. Um dia, dona Maria descobriu o verdadeiro valor da amizade e resolveu que iriafazer as pazes com dona Clotilde. Ao se encontrarem na rua, muito humildemente, disse donaMaria: - Minha querida Clotilde, já estamos nessa desavença há anos e sem nenhum motivo

aparente. Estou propondo para você que façamos as pazes e vivamos como duas boas evelhas amigas. Dona Clotilde, na hora estranhou a atitude da velha rival, e disse que iria

pensar no caso. Pelo caminho foi matutando: - Essa dona Maria não me engana, estáquerendo me aprontar alguma coisa e eu não vou deixar barato. Vou mandar-lhe um presentepara ver sua reação. Chegando em casa, preparou uma bela cesta de presentes, cobrindo-a

com um lindo papel, mas encheu-a de esterco de vaca. "Eu adoraria ver a cara da dona Mariaao receber esse 'maravilhoso' presente. Vamos ver se ela vai gostar dessa". Mandou a

empregada levar o presente a casa da rival, com um bilhete: "Aceito sua proposta de paz epara selarmos nosso compromisso, envio-te esse lindo presente". Dona Maria estranhou opresente, mas não se exaltou. - Que ela está propondo com isso? Não estamos fazendo as

pazes? Bem, deixa pra lá. Alguns dias depois dona Clotilde atende a porta e recebe uma lindacesta de presentes coberta com um belo papel. É a vingança daquela asquerosa da Maria. Que

será que ela me aprontou?! Qual não foi sua surpresa ao abrir a cesta e ver um lindo arranjodas mais belas flores que podiam existir num jardim, e um cartão com a seguinte mensagem:"Estas flores é o que te ofereço em prova da minha amizade. Foram cultivadas com o esterco

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que você me enviou e que proporcionou excelente adubo para meu jardim. AFINAL, CADA UMDÁ O QUE TEM EM ABUNDANCIA EM SUA VIDA"

O NAUFRÁGIO 021

Após um naufrágio, o único sobrevivente agradeceu a Deus porestar vivo e por ter conseguido se agarrar a parte dos destroços

para poder ficar boiando.

Este único sobrevivente foi parar em uma pequena ilha desabitadae fora de qualquer rota de navegação, mas ele agradeceu

novamente.Com muita dificuldade e restos dos destroços, ele conseguiu

montar um pequeno abrigo para que pudesse se proteger do sol,da chuva, de animais e para guardar seus poucos pertences e

como sempre agradeceu.

Nos dias seguintes, a cada alimento que conseguia caçar oucolher, ele agradecia.

No entanto, um dia, quando voltava da busca por alimentos, eleencontrou o seu abrigo em chamas, envolto em altas nuvens defumaça.

Terrivelmente desesperado ele se revoltou, gritava chorando:"O pior aconteceu! Perdi tudo! Deus, por que fizeste isso comigo?"Chorou tanto, que adormeceu, profundamente cansado.No dia seguinte, bem cedo, foi despertado pelo som de um navio

que se aproximava.

-"Viemos resgatá-lo", disseram.-"Como souberam que eu estava aqui?", perguntou ele.

-"Nós vimos o seu sinal de fumaça"!

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É comum sentirmo-nos desencorajados e até desesperados,quando as coisas vão mal. Mas Deus, age em nosso benefício,

mesmo nos momentos de dor e sofrimento.Lembrem-se:

"Se algum dia, o seu único abrigo estiver em chamas, esse podeser o sinal de fumaça que fará chegar até você a Graça Divina."

Para cada pensamento negativo nosso, Deus tem uma respostapositiva!!!

Você diz: "Isso é impossível."Deus diz: "Tudo é possível." (Lucas 18:27)

Você diz: "Eu já estou cansado."Deus diz: "Eu te darei o repouso." (Mateus 11:28-30)

Você diz: "Ninguém me ama de verdade."Deus diz: "Eu te amo." (João 3:16 & João 13:34)

Você diz: "Não tenho condições."Deus diz: "Minha graça é suficiente." (II Coríntios 12:09)

Você diz: "Não vejo saída."Deus diz: "Eu guiarei teus passos." (Provérbios 03:05-06)

Você diz: "Eu não posso fazer."Deus diz: "Você pode fazer tudo." (Filipenses 04:13)

Você diz: "Dói."Deus diz: "Eu te livrarei da angústia." (Salmos 90:15)

Você diz: "Não vale a pena."Deus diz: "Tudo vale a pena." (Romanos 08:28)

Você diz: "Eu não mereço perdão."Deus diz: "Eu te perdôo." (I Epístola de São João 1:9 & 

Romanos 08:01)

Você diz: "Não vou conseguir."Deus diz: "Eu suprirei todas as suas necessidades."

(Filipenses 04:19)

Você diz: "Estou com medo."Deus diz: "Eu não te dei um espirito de medo." (II Timóteo 01:07)

Você diz: "Estou sempre frustrado e preocupado."Deus diz: "Confiai-me todas as suas preocupações." (I Pedro

05:07)

Você diz: "Eu não tenho talento suficiente."Deus diz: "Eu te dou sabedoria." (I Coríntios 01:30)

Você diz: "Não tenho fé."Deus diz: "Eu dei a cada um uma medida de fé." (Romanos

12:03)

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Você diz: "Eu me sinto só e desamparado."Deus diz: "Eu nunca te deixarei nem desampararei." (Hebreus

13:05)

Com muito Carinho,

Pr.Magnos Christy

024 Sinais de Deus

Conta-se que um velho Árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cadanoite, que certa vez, um rico chefe de grande caravana chamou-o à sua presença e lhe

perguntou: - Por que oras com tanta fé? Como sabes que Deus existe, quando nem ao menossabes ler? O crente fiel respondeu: - Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celestepelos sinais dele. - Como assim? - indagou o chefe, admirado. O servo humilde explicou-se: -Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu? -

Pela letra. - Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se informa quanto ao autor dela? -Pela marca do ourives. O empregado sorriu e acrescentou: - Quando ouve passos de animais,

ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo ou um boi? - Pelosrastros - respondeu o chefe, surpreendido. Então, o velho crente convidou-o para fora dabarraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas,

exclamou, respeitoso: - Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia ecomeçou a orar também. E você... Quais são os sinais que têm feito você reconhecer Deuspresente nas sua vida? Quem foi que criou coisa tão perfeita e complexa quanto o corpo

humano (o qual nem a ciência conseguiu desvendar 100%), criou as árvores, o ar que vocêrespira, a água indispensável para nossa vida. E aquela flor tão linda, que você gosta tanto...quem criou?? A natureza!!! Mas... quem é o arquiteto, escultor e pintor das coisas naturais???Deus !!!! Óh Deus!!! Oramos juntos neste momento, eu e estas pessoas que estão lendo estaoração agora, abre nossos olhos e mentes, Pai, para que, ao olharmos para todas as coisas,

possamos entender que todas partiram de ti. Para que possamos entender que, se não fosse oTeu Amor, Tuas Mãos Poderosas e a Tua Palavra, nada seria possível. Ensina-nos, óh Deus, aentender e confiar em ti... SEMPRE!!! Não nos necessita anos de estudo para saber o quanto

Tu és maravilhoso. Basta-nos o teu Espírito Santo. Amém !!! Fale com Deus e pense nisso.Abraços Sheila

MAMA

Um elegante homem de meia-idade entrou em um café e sentou-se.Antes de fazer seu pedido, ele pôde perceber que um grupo de rapazes, sentados a uma mesa

próxima, estavarindo dele. Ele logo deduziu que o motivo era uma pequena faixa rosa na lapela de seu terno.

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Não parecendo muito incomodado com a situação, ele mostrou a faixa aos rapazes eperguntou:

- É isto?Todos gargalharam. Um deles disse:

- Desculpe-me cara, mas nós estávamos apenas comentando como esta pequena faixa ficabonita no seu terno azul.

O homem, então, tranqüilamente, convidou-o para sentar-se com ele.

O rapaz, apesar de constrangido, concordou.Educadamente, o homem lhe explicou que usava a faixa para alertar as pessoas sobre ocâncer de seio.

E concluiu:- Eu uso isto em honra da minha mãe.

O diálogo prosseguiu:- Oh, lamento... Ela morreu de câncer nos seios?

- Não. Ela está viva e passa bem. Entretanto, seus seios alimentaram-me a infância, econfortaram-me quando estava assustado, ou sentia-me solitário.- Eu sou muito grato pelos seios de minha mãe e por sua saúde.

- Hummm, retrucou o rapaz.- E eu uso esta faixa em honra de minha esposa também.

- E ela também está ok?- Oh, sim. Ela está ótima. Seus seios têm sido uma grande fonte de amor prazer para nósdois; e com eles, ela nutriu e alimentou a nossa linda filha de 23 anos.

Eu sou agradecido pelos seus seios e por sua saúde também.- Humm... eu suponho que você use isto em honra de sua filha também?

- Não. É muito tarde para honrar a minha filha, usando isto agora. Minha filha morreu decâncer nos seios há um mês. Ela pensou que ela era muito jovem para ter esta doença e

quando, acidentalmente, notou um pequeno inchaço nos seios, ela ignorou-o. Ela pensou queestava tudo bem, uma vez que não sentia dores; e que não havia motivos para preocupar-se.

Chocado e envergonhado, o rapaz disse:- Oh, cara, eu lamento muito.

- Então, em memória de minha filha, eu uso esta pequena faixa rosa.Através dela tenho tido oportunidades de elucidar as pessoas. Agora, vá para casa e converse

com sua esposae sua filha, sua mãe e suas amigas.

E o homem, então, deu ao rapaz uma faixa para que ele também a usasse.O rapaz ergueu a cabeça, vagarosamente, e pediu:

- Você me ajuda a colocá-la?Este é o mês de conscientização do câncer de mama.

Se você é mulher, faça auto-exames regularmente e, se acima de 40, faça mamografiaanualmente.

Seja você mulher ou homem, encoraje as mulheres que você ama a fazerem o mesmo.Sabemos que temos o nosso Deus que nos livra e guarda de todo mal. Mas, temos que ser

prudentes com tudo em nossas vidas.

Deus cura através de médicos e remédios também. O Seu agir e de que forma Ele vai agir, nãonos diz respeito, o importante é que Ele nos cura e nos guarda de todo mal, façamos a nossaparte também em vigiar nossas vidas e daqueles que amamos, levando informação para que

não caiam na ignorância de não estavam informados.Deus abençoe !

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030

Pedro e seu machado

Pedro, um lenhador, após um grande trabalho em uma área de desmatamento, se viudesempregado. Após tanto tempo cortando árvores, entrou no corte! A madeireira precisoureduzir custos...

Saiu, então, à procura de nova oportunidade de trabalho. Seu tipo físico, porém, muitofranzino, fugia completamente do biotipo de um lenhador. Além disso, o machado que

carregava era desproporcional ao seu tamanho. Aqueles que conheciam Pedro, entretanto, julgavam-no um ótimo profissional.

Em suas andanças, Pedro chegou a uma área reflorestada que estava começando a serdesmatada. Apresentou-se ao capataz da madeireira como um lenhador experiente. E ele oera! O capataz, após um breve olhar ao tipo miúdo do Pedro e, com aquele semblante deselecionador implacável, foi dizendo que precisava de pessoas capazes de derrubar grandesárvores, e não de "catadores de gravetos".

Pedro, necessitando do emprego, insistiu. Pediu que lhe fosse dada uma oportunidade parademonstrar sua capacidade. Afinal, ele era um profissional experiente! Com relutância, ocapataz resolveu levar Pedro à área de desmatamento. E só fez isso pensando que Pedro fosseservir de chacota aos demais lenhadores. Afinal, ele era um fracote...

Sob os olhares dos demais lenhadores, Pedro se postou frente a uma árvore de grande portee, com o grito de "madeira", deu uma machadada tão violenta que a árvore caiu logo noprimeiro golpe. Todos ficaram atônitos!

Como era possível tão grande habilidade e que força descomunal era essa, que conseguiraderrubar aquela grande árvore numa só machadada? Logicamente, Pedro foi admitido namadeireira. Seu trabalho era elogiado por todos, principalmente pelo patrão, que via em Pedrouma fonte adicional de receita.

O tempo foi passando e, gradativamente, Pedro foi reduzindo a quantidade de árvores quederrubava. O fato era incompreensível, uma vez que Pedro estava se esforçando cada vezmais.

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Um dia, Pedro se nivelou aos demais. Dias depois, encontrava-se entre os lenhadores quemenos produziam... O capataz que, apesar da sua rudeza, era um homem vivido, chamouPedro e o questionou sobre o que estava ocorrendo. "Não sei", respondeu Pedro, "nunca meesforcei tanto e, apesar disso, minha produção está decaindo".

O capataz pediu, então, que Pedro lhe mostrasse o seu machado. Quando o recebeu, notandoque ele estava cheio de "dentes" e sem o "fio de corte", perguntou ao Pedro: "Por que você

não afiou o machado?".

Pedro, surpreso, respondeu que estava trabalhando muito e por isso não tinha tido tempo deafiar a sua ferramenta de trabalho. O capataz ordenou que Pedro ficasse no acampamento eamolasse seu machado. Só depois disso ele poderia voltar ao trabalho. Pedro fez o que lhe foimandado.

Quando retornou à floresta, percebeu que tinha voltado à forma antiga conseguia derrubar asárvores com uma só machadada.

A lição que Pedro recebeu cái como uma luva sobre muitos de nós, preocupados em executarnosso trabalho ou, pior ainda, julgando que já sabemos tudo o que é preciso, deixamos de"amolar o nosso machado", ou seja, deixamos de atualizar nossos conhecimentos.

Muitos avaliam a experiência que possuem pelos anos em que se dedicam àquilo que fazem.Se isso fosse verdade, aquele funcionário que aprendeu, em 15 minutos, a carimbar osdocumentos que lhe chegam às mãos, depois de 10 anos na mesma atividade poderia dizerque tem 10 anos de experiência. Na realidade, tem 15 minutos de experiência repetidadurante dez anos.

A experiência não é a repetição monótona do mesmo trabalho, e sim a busca incessante denovas soluções, tendo coragem de correr riscos que possam surgir. É "perder tempo" paraafiar o nosso machado.

Pr. Arnildo

031

Pote Rachado

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Um carregador de água na Índia levava dois potes grandes, ambos pendurados em cada pontade uma vara a qual ele carregava atravessada em seu pescoço.

Um dos potes tinha uma rachadura, enquanto o outro era perfeito e sempre chegava cheio deágua no fim da longa jornada entre o poço e a casa do chefe; o pote rachado chegava apenas

pela metade. Foi assim por muito tempo.

Diariamente, o carregador entregando um pote e meio de água na casa de seu chefe. Claro, opote perfeito estava orgulhoso de suas realizações. Porém, o pote rachado estavaenvergonhado de sua imperfeição, e sentindo-se miserável por ser capaz de realizar apenas a

metade do que ele havia sido designado a fazer.Após perceber que por tanto tempo havia sido uma falha amarga, o pote falou para o homem

um dia à beira do poço.- "Estou envergonhado, e quero pedir-lhe desculpas."- "Porquê?" Perguntou o homem. "De que você está envergonhado?"- "Nesse tempo todo eu fui capaz de entregar apenas a metade da minha carga, porque essarachadura no meu lado faz com que a água vaze por todo o caminho da casa de seu senhor.Por causa do meu defeito, você tem que fazer todo esse trabalho, e não ganha o saláriocompleto dos seus esforços," disse o pote.

O homem ficou triste pela situação do velho pote, e com compaixão falou:- "Quando retornarmos para a casa de meu senhor, quero que percebas as flores ao longo docaminho."De fato, à medida que eles subiam a montanha, o velho pote rachado notou o flores selvagensao lado do caminho, e isto lhe deu certo ânimo. Mas ao fim da estrada, o pote ainda se sentiamal porque tinha vazado a metade, e de novo pediu desculpas ao homem por sua falha. Disseo homem ao pote:- "Você notou que pelo caminho só havia flores no seu lado. Eu ao saber do seu defeito, tireivantagem dele. E lancei sementes de flores no seu lado do caminho, e cada dia enquantovoltávamos do poço, você as regava. Todo esse tempo eu pude colher estas lindas flores paraornamentar a mesa de meu senhor. Sem você ser de jeito que você é, ele não poderia ter estabeleza para dar graça à sua casa."Cada um de nós temos nossos próprios e únicos defeitos. Se os reconhecermos, podemosusá-los a nosso favor.E das nossas fraquezas, podemos tirar forças e impulso para o nosso própriodesenvolvimento."Shalom ... Amados...Danielle.

032

Era uma vez..."

À vinte anos, eu ganhava a vida como motorista de táxi. Encontrei pessoas cujas vidassurpreenderam-me, enobreceram-me, fizeram-me rir e chorar. Nenhuma tocou-me mais doque a de uma velhinha que eu peguei tarde da noite.Era Agosto. Eu havia recebido uma chamada de um pequeno prédio de tijolinhos, de quatroandares, em uma rua tranqüila de um subúrbio da cidade. Quando eu cheguei às 02.30 horasda madrugada, o prédio estava escuro, com exceção de uma única lâmpada acesa numa janelado térreo.

Assim fui até a porta e bati. "Um minuto", respondeu uma voz débil e idosa. Umaoctogenária pequenina apareceu. Ao seu lado havia uma pequena valise de nylon. Toda suamobília estava coberta por lençóis. Não havia relógios, roupas ou utensílios sobre os móveis.Eu peguei a mala e caminhei vagarosamente para o meio-fio, ela ficou agradecendo minhaajuda.Quando embarcamos, ela deu-me o endereço e pediu: O Sr poderia ir pelo centro da cidade?Não é o trajeto mais curto - alertei-a prontamente. - Eu não me importo. Não estou compressa, pois meu destino é um asilo de velhos. Eu olhei pelo retrovisor. Os olhos da velhinhaestavam marejados, brilhando. - Eu não tenho mais família - continuou - O médico diz que

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tenho pouco tempo. Eu disfarçadamente desliguei o taxímetro e perguntei: - Qual o caminhoque a Sr.a deseja que eu tome? Nas duas horas seguintes nós dirigimos pela cidade. Elamostrou-me o edifício que havia, em certa ocasião, trabalhado como ascensorista. Nóspassamos pelas cercanias em que ela e o esposo tinham vivido como recém casados em outrostempos, hoje um depósito de móveis, que havia sido um grande salão de dança que elafreqüentará quando mocinha.De vez em quando, pedia-me para dirigir vagarosamente em frente a um edifício ou esquina -

ficava então com os olhos fixos na escuridão, sem dizer nada. Quando o primeiro raio de solsurgiu no horizonte, ela disse de repente:- Eu estou cansada. Vamos agora! Viajamos, então, em silêncio, para o endereço que ela haviame dado. Chegamos a uma casa de repouso. Dois atendentes caminharam até o taxi, assimque ele parou. Eu abri a mala do carro e levei a pequena valise para a porta. A senhora jáestava sentada em uma cadeira de rodas. - Quanto lhe devo? - ela perguntou, pegando abolsa. - Nada - respondi.- Você tem que ganhar a vida, meu jovem - Há outros passageiros - respondi. Quase sempensar, eu curvei-me e dei-lhe um abraço. Ela me envolveu comovidamente. - Você deu a estavelhinha bons momentos de alegria. - Obrigado. Apertei sua mão e caminhei no lusco-fusco daalvorada. Atrás de mim uma porta foi fechada. Era o som do término de uma vida.Ao relembrar, não creio que eu jamais tenha feito algo mais importante na minha vida. Nós

estamos condicionados a pensar que nossas vidas giram em torno de grandes momentos.Todavia, os grandes momentos freqüentemente nos pegam desprevenidos e ficammaravilhosamente guardados em recantos que os outros podem considerar sem importância.

Antônio Caporrino

033

031 O Barbeiro

Era uma vez um homem que foi ao barbeiro.Enquanto tinha seus cabelos cortados, filosofavam falando sobre a vida, experiências de cadaum e finalmente sobre DEUSO homem tributava a iluminação divina muito do seu sucesso e o barbeiro ia resmungandoaqui e ali suas reticências sobre a forma como DEUS era percebido pelo seu cliente.Tantas foram as referencias sobre o assunto, que repentinamente o barbeiro, sujeito incrédulo,não agüentando mais tanta religiosidade falou:- Deixa disso, meu caro, DEUS não existe! Pelo menos não como você está enxergando.Surpreso com tal demonstração de ateísmo, o homem retrucou: - Por quê?

O barbeiro deu de ombros e respondeu:- Ora, se DEUS existisse mesmo, não haveriam tantos doentes, mendigos, pobres, etc... Olheem volta e veja quanta tristeza. É só andar pelas ruas para constatar.Sem ter argumentos contra tanta eloqüência, o homem gaguejou de volta. - Talvez...Após terminado o corte de cabelo, o freguês pagou o barbeiro e foi saindo da barbearia,quando avistou imediatamente um homem maltrapilho, imundo, com longos e feios cabelos,barba desgrenhada, suja, abaixo do pescoço.Girou nos calcanhares e voltando-se para o barbeiro que limpava o assento onde estiveracomentou:- Sabe de uma coisa? Você falou da sua descrença em DEUSe eu quero lhe falar que não acredito que barbeiros existam!Surpreso, o barbeiro falou: - Como?

- É claro! - continuou o homem - se existissem barbeiros, certamente não haveriam pessoasde cabelos e barbas compridas e sem trato, não é?O barbeiro então, dando de ombros mais uma vez, respondeu:- Ora, existem porque evidentemente não vêm a mim!

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O homem abriu um largo sorriso e disse:- Agora você me respondeu porque existe tanta tristeza em torno de nós.

Vá ao Pai, ele quer te dar alegria e Paz. Paz que só encontramos em Jesus Cristo.

De [email protected]

035

A TRISTE PREGUIÇA

"O desejo do preguiçoso o mata; porque as suas mãos recusam-se a trabalhar"(Provérbios 21.25).

O garoto era, decididamente, um preguiçoso! Todos sabiam disso mas ninguém atinavasobre a melhor forma de ajudá-lo a vencer essa preguiça. Seus irmãos acabavam sempreterminando as tarefas apenas começadas por ele ou simplesmente deixadas de lado, como

acontecia muitas vezes. Sempre que a mãe o incumbia de sair para lhe comprar alguma coisaurgente, ele dava um jeitinho até conseguir passar a

responsabilidade para outro. Não gostava de se levantar de manhã e à mesa ele não tinhapressa de tomar a refeição, mesmo notando que já esperavam impacientes por ele. E

assim, dia após dia, o garoto ia ficando cada vez mais preguiçoso. Empurrava todas assuas obrigações para os irmãos e não se importava com coisa alguma --boa ou má—quefosse acontecendo ao seu redor. Certa tarde, tio Cornélio veio visitá-los. Não custou muito

para que ele percebesse que, enquanto as outras crianças trabalhavam, o menino só fazia

de conta, ou nem isso se dava ao trabalho de fazer.

Pobre garoto, pensou o tio. Ninguém o suportará, se continuar assim. Preciso descobriruma maneira de ajudá-lo! Depois de vários dias de observação contínua o tio descobriu queuma das poucas coisas que o menino gostava de fazer era pescar. Então, discretamente, otio falou perto dele como, pessoalmente, apreciava passeios, piqueniques e pescarias. O

plano funcionou mais depressa do que se imaginava.--Tio Cornélio, o senhor quer me levar para um dia inteirinho de pescaria? --pediu o

menino ao entardecer de um certo dia.

--Bem, você não acha que os seus irmãos também gostariam de ir? Talvez a gente possaplanejar o passeio e a pesca para o próximo sábado, lá no Lago dos Espelhos. Passaremos o

dia todo por lá e retornaremos ao anoitecer.Os pais vibraram com a idéia e concordaram felizes!

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--Mas muitas coisas deverão ser feitas antes do passeio--disse-lhes a mãe.--Eufarei a minha parte, providenciando um suculento e bem substancioso lanche, e cada

um terá de fazer também a sua parte.--Nós a ajudaremos naquilo que for necessário--propuseram os irmãos do nosso garoto,

enquanto ele, silencioso, não se prontificou a ajudar em nada. Tio Cornélio, lá do seu canto,mantinha-se atento a cada detalhe.

Na sexta-feira à noite, as crianças, eufóricas e ansiosas, já não conseguiam mais esperar

pela manhã de sábado. O tio comunicou que partiriam muito de manhã e que todosdeveriam deixar suas roupas em condições de serem vestidas rapidamente. A essaaltura o garoto foi dizendo:

--Procurem a minha roupa e coloquem de jeito pra eu vestir amanhã.

--Nada disso, mocinho! Cada um terá de cuidar do que é seu.Essa é a minha condição; do contrário, não iremos--disse o tio com firmeza.

Na manhã seguinte, todos pularam da cama e se arrumaram depressa, menos o menino,que nem se lembrou do passeio. Quando estava acordando ouviu a caminhonete já saindo.

Era tarde demais...

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036

RECOMPENSA ESCONDIDA

"Será a sua recompensa como queres, para que a recuses? Pois

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tu tens que fazer a escolha, e não eu; portanto fala o quesabes" (Jó 34.33).

Certo rapazinho começou a trabalhar numa grande indústria,prestando pequenos serviços externos para o setor decontabilidade. Era muito ágil e honesto. Nunca deixava parao amanhã uma tarefa de hoje. Assim, o rapaz conquistou a

simpatia dos seus superiores.

Depois de uns três anos de trabalho consciente e bemexecutado, o diretor da indústria, desejando promovê-lo para

um cargo de confiança, decidiu testá-lo sem que elepercebesse que estava sendo alvo de uma experiência

decisiva. Enviou-o numa missão especial a ser desincumbidaem um grande centro localizado no estado vizinho. Ali eledeveria avistar-se com todos os clientes da indústria,

efetuar cobranças das duplicatas vencidas e depositar emdeterminados bancos as importâncias recebidas, incumbindo-os

de transferir os valores para a conta da indústria em sua

cidade. Para despertar nele um maior entusiasmo, o diretorprometeu recompensá-lo condignamente pelo trabalhodesempenhado naquela oportunidade.

O moço voltou para casa, naquela tarde, vibrando e com milplanos na cabeça, já na certeza de receber uma importânciasignificativa como recompensa pelos trabalhos que prestariaà indústria. A pobre mãe, deixando-se contagiar pelo

entusiasmo do filho, disse-lhe:

--Bem, filho, com a importância que espera receber,poderíamos comprar agora um guarda-roupa para nos livrarmos

das malas, varais e cabides...

--Certo, mãe! Pode escolher o móvel que, tão logo euregresse, efetuaremos a transação. Há quanto tempo estamos

carecendo fazer essa aquisição!

Enquanto o rapaz esteve viajando, o diretor pensou bastantesobre como recompensá-lo. Afinal, era um funcionário deconfiança e que merecia a melhor de todas as gratificaçõesaté então recebidas. Certa tarde, ele saiu e comprou algo

que ficou guardado na gaveta da sua escrivaninha.

Em pouco mais de uma semana o moço se desincumbiu das

obrigações que lhe foram confiadas e regressou. Após aprestação de contas, o diretor lhe entregou um embrulho

pequeno, dizendo constar ele da sua recompensa pelos bonsserviços prestados nessa empreitada. Tão logo deixou oescritório, o rapaz abriu o embrulho. Que decepção! Era

apenas um par de luvas grossas.

Em casa, muito desapontado, ele entregou o embrulho jádesfeito para a mãe, dizendo-lhe em tom de desânimo e

melancolia:

--Mãe, aí está o nosso guarda-roupa... Lá se foram nossas

esperanças!

As luvas foram para a mala e ali ficaram esquecidas até que

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um rigoroso inverno bateu inesperadamente. Foi aí que o moçolembrou-se das luvas. Apanhando-as, tentou logo meter o

primeiro dedo, mas percebeu que alguma coisa impedia a suaentrada. Foi examiná-las e só então descobriu, com grandesurpresa, que o diretor havia colocado, em cada dedo delas,

uma cédula de valor máximo na época, cuja soma daria paracomprar até dois guarda-roupas. Tudo tem o seu tempo e a sua

hora--pensou o jovem.

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037

VENCENDO A TENTAÇÃO

"Porquanto guardaste a palavra da minha perseverança, tambémeu te guardarei da hora da provação que há de vir sobre omundo inteiro, para por à prova os que habitam sobre a

terra" (Apocalipse 3.10).

Para que o filho único pudesse estudar, certo pai precisoutrabalhar com afinco por longos anos. Concluindo o segundo

grau, o jovem rumou para um grande centro, onde depois deaprovado nos exames vestibulares iniciou o curso de ciências

econômicas. O moço cuidava para não ser demasiadamentepesado para o velho pai. Assim, durante os anos vividoslonge do lar, esteve sempre atento aos conselhos do pai:

agir com respeito, decência e honestidade.

Os anos passaram e o jovem finalmente concluiu, combrilhantismo e distinção, o seu curso. Agora já formado,

arrumou as malas e feliz retornou para junto dos pais, cheiode reconhecimento e gratidão.

Uma conceituada firma comercial o contratou logo paratrabalhar na empresa. Sentiu-se feliz e compensado, vendonesse primeiro emprego também a possibilidade de devolveraos pais, especialmente, ao menos uma parcela do muito que

lhe fizeram ao longo dos anos de preparo.

No seu segundo mês de trabalho, certa tarde, o gerenteordenou que ele efetivasse os lançamentos contábeis de tal

forma que a empresa escapasse ao pagamento de um pesado

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imposto que, por certo, abalaria em muito o seu superávit.Prometeu-lhe ótima recompensa, argumentando, para justificar

os termos do arranjo:

--Estamos lhe prometendo essa respeitável gratificação,porque sabemos das suas lutas e dificuldades ...

--De fato, por várias razões, eu tenho mesmo necessidade deganhar um pouco mais--disse o moço--porém, eu creio naBíblia e ela diz que "o homem não viverá só de pão, mas detoda a palavra que sai da boca de Deus." e se por esta minhaconvicção tiver de deixar o emprego, deixarei. E não me levea mal, amigo, mas recuso-me, terminantemente, a realizar o

que me pede.

Desapontado, o gerente retirou-se; mas em pouco mais de meiahora estava de volta para dizer ao rapaz:

--Levei sua palavra final ao presidente e ele lhe pede

comparecer com a máxima urgência ao seu gabinete.A essa altura dos acontecimentos o rapaz saiu resoluto. de

cabeça erguida, mas interiormente já contava estar demitido.Contudo, dessa vez enganou-se, porque ao se apresentardiante do presidente foi calorosamente cumprimentado e

informado de que acabava de ser promovido a uma função maisimportante e sobremaneira mais compensadora, exatamente por

haver resistido à provação, coroando-o de êxito por suafidelidade e confiança nas promessas do Pai celestial

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038

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A águia que ciscava

John McNeil, famoso pregador escocês, certa vez contou ahistória a respeito de um filhote de águia que fora

capturado por um fazendeiro. Este, temendo que o filhote, àmedida que se desenvolvesse, desejasse fugir, tratou de

prendê-lo bem, amarrando-lhe uma corda nos pés e colocando-ono galinheiro. A referida Gorda era suficientemente compridapara que a pequena águia pudesse andar livremente entre as

galinhas e pintinhos, sem, contudo, conseguir voar. E foiassim que ela aprendeu a ciscar como faziam seus

companheiros galináceos. O famoso e respeitado pássaro, queantes dominava as alturas, agora parecia estar perfeitamente

adaptado à nova modalidade de vida, e então passava as horasciscando.

Certo dia, o fazendeiro recebeu a visita de um pregador quevivia ali nas montanhas próximas. Vendo a pobre águia presa,

ele exclamou desapontado, porém muito sério:--Que vergonha, prender uma ave como a águia num galinheiro!

Isso é humilhante para ela. Por que não mandá-la embora?

O fazendeiro, sem a menor contestação, concordou e a cordafoi cortada. Contudo, a águia continuou acomodada no chão. Opregador, inconformado, a apanhou, colocando-a no alto deuma porteira. Pela primeira vez a ave pôde contemplar odistante e convidativo horizonte. Como que fascinada pela

amplidão, ela estendeu suas asas e numa arrancada ascendeuàs alturas, como uma autêntica águia!

Repetindo essa mesma história foi que certo autor comentou alição, dizendo que são inúmeros os cristãos que se contentamde viver nos galinheiros deste mundo, esquecidos da suacondição de filhos do Deus Altíssimo; e, como tais, eles

teriam de viver nas alturas.

É necessário que nos coloquemos sempre acima dos interessescarnais e mundanos para que vivamos nas alturas da vidaespiritual. Quanto mais nos acomodamos ao nivel das coisasterrenas, menos desfrutamos das bênçãos lá do alto,

reservadas para aqueles que sabem olhar para o Pai.

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039

As duas senhoras

Depois de uma reunião na igreja, duas senhoras saíram emdireção ao ponto de ônibus. Enquanto aguardavam o coletivo,conversavam animadamente sobre as atividades domésticas,

deveres profissionais, filhos e assuntos ligados à vidacotidiana. Acontece que uma delas estava procurando umaoportunidade para comentar a reunião que acabavam departicipar; mas não queria deixar transparecer que fora àigreja mais para observar os participantes do que para

receber algo de espiritual. Em dado momento, a outra maisidônea, mais interessada e mais pia, sem a menor intenção de

tramar comentários vazios ou frívolos, observou:

--Foi tão boa a reunião, não foi? Gostei do estudo e daaplicação oportuna feita pelo pregador. São coisas que nos

despertam, nos sacodem.

--Ah, é! Mas qual foi mesmo a aplicação que ele fez?

Espantada com a amnésia da companheira, ela discorreurapidamente sobre o assunto e se calou. Mas, encontrando abrecha desejada, eis que o assunto foi se prolongando até

chegar onde a primeira desejava, e disse:

--Não estou querendo ser maldosa, mas você viu o tamanho do

decote daquela garota de azul? Fiquei escandalizada...Afinal, onde estamos?

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--Olha, sabe que nenhum decote me chamou a atenção e nem merecordo de haver visto ninguém de azul--respondeu a outra.

--Mas não me diga que também não viu a minissaia daGlorinha...-- insistiu.

--Glorinha? Mas quem é ela? Esse nome me é

estranho--respondeu apenas.

--É a filha da pianista... aquela garota loirinha vestida debranco...

--Para ser sincera, não vi. E se vi, a saia não atraiu minhaatenção.

--Ora, é fácil lembrar quem é a garota. Ela estava sentada junto do avô, aquele velho que cochilou o tempo todo. Nem

sei o que vão fazer na igreja. Seria muito mais cômodo ficarem casa descansando, já que não aproveitam nada de sua ida,

não acha?O ônibus chegou e a conversa felizmente acabou por aí... Daí concluímos que louvor, adoração e inspiração espiritual sãodesfrutados por alguns daqueles que se dirigem à casa do

Senhor e não por todos.

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040

A mulher rica

Ao chegar em casa, depois de haver assistido a uma ópera,certa senhora abastada notou que sua jóia de alto valor nãose encontrava mais presa ao vestido. Ficou apreensiva porquea recebera do esposo há poucas semanas. Era precisorecuperá-la. Julgando-a perdida no carro, desceu as escadas

e foi à garagem. Abriu o carro, examinando-o cuidadosamenteem cada cantinho, mas nada! O que fazer? Já se fazia tardee, então, o mais sensato seria deixar para o dia seguinte as

novas buscas e providências.

Antes de dormir, ainda deu mais uma boa olhadela no quartode vestir para ver se a encontraria ali. Tudo em vão. Aquelafoi uma noite de insônia... Nas primeiras horas da manhãseguinte, aquela senhora fez uma ligação para o teatro ondeestivera na véspera e foi gentilmente atendida pelo gerentea quem contou, com detalhes, a respeito do ocorrido.Disse-lhe que estava certa de haver perdido durante o

espetáculo da noite anterior a sua jóia de valorincalculável --um broche de ouro cravejado de brilhantes.

Sobretudo, era um presente do marido!

O gerente, demonstrando todo o interesse em colaborar nabusca, pediu-lhe que permanecesse na linha, enquanto fariaas verificações de praxe. Saiu então à procura do

administrador, a quem contou a história indagando em seguidaa respeito do possível aparecimento da jóia em meio aospapéis retirados do chão do teatro. O administrador informou

prontamente que a jóia havia sido encontrada e guardada emlugar seguro. Voltando ao telefone para transmitir a feliznotícia, o gerente constatou que a senhora já havia

desligado. Como não havia revelado seu nome, endereço ounúmero do seu telefone, foi impossível encontrá-la para lhe

entregar a jóia que tanto desejou recuperar.

Quantas pessoas buscam a Deus pedindo alguma coisa de muitaimportância, mas que não ficam na linha aguardando a

resposta. Desanimam depressa demais e vão em busca de outrasolução, esquecidas do fato de que Deus algumas vezes demoranuma resposta porque o tempo não é oportuno ou porque anossa vontade não está em perfeita sintonia com a dele. Para

se conseguir vitórias--materiais, intelectuais e, sobretudo,espirituais--é imprescindível que se saiba esperar. A falta

de paciência na espera pode levar alguém a precipitações,cujas consequências conduzem a sofrimentos ou prejuízos que

poderão acompanhá-la pelo resto da vidaPaulo Roberto BarbosaUm cego na Internet

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041

A formiguinha

Uma pequena formiga parou de trabalhar, a fim de observaruma pombinha branca que de asas abertas voava pela amplidão.O entusiasmo foi tão grande que a formiguinha nem reparava

onde punha as pernas. Sem saber como, caiu nas águas de umregato que ali corria. Teria sido levada pelas águas se a

pomba não a visse quando de um vôo rasteiro. Interrompeusuas acrobacias e desceu até quase tocar as águas; depois,com um fino galho preso ao bico, conseguiu salvar a

formiguinha, que saiu gotejante do regato e se estendeu na

relva fina para se aquecer ao sol.

Como farei para demonstrar gratidão e reconhecimento a essa

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tão doce ave que me socorreu com tanta presteza?--pensava aformiguinha. Enquanto isso, ia acompanhando com o olhar agenerosa pombinha, que retornara ao vôo. Acontece que a

oportunidade não tardou muito a aparecer.

Na tarde do dia seguinte, a pombinha, exausta dos seus novosexercícios e sentindo um forte calor, pousou num ramo de

árvore junto ao regato e ali adormeceu. Um garotodesocupado, que vivia à caça de passarinhos com seuestilingue, viu a pomba que dormia despreocupadamente. Erauma presa fácil. Assim, sem perda de tempo, o molequeprocurou algumas pedras e, colocando-as de jeito, usou umaentesando o arco, fez pontaria, já preparado para atacar. A

formiguinha, que voltava para casa trazendo uma enorme cargaàs costas, viu angustiada aquele gesto impiedoso. Largou ofardo e pensou: O que fazer nesse momento para alertar apombinha? Em fração de segundo, ela decidiu a coisa comacerto. Aproximou-se do garoto e lhe deu uma forte ferroada

no calcanhar.

--Ai... ai... ai! Mas que dor...--gritou o moleque, erguendoo pé e esfregando o local onde a formiga o picara.

A decisão funcionou direitinho, porque a pombinha acordouespantada com o grito do garoto e, quando viu bem de perto o

perigo tão sério que ameaçava sua própria vida, abriurapidamente as asas e alçou um vôo ligeiro, desaparecendo no

azul do firmamento.

O garoto, desapontado, seguiu seu caminho, levando uma marcaavermelhada no calcanhar... Enquanto isso, a formiguinhafeliz agradecia na sua linguagem a oportunidade que teve de,embora pequenina e frágil, poder recompensar um favor

recebido, numa hora oportuna

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42A felicidade

Paul ganhou um automóvel de presente de seu irmão no Natal.Na noite de Natal, quando Paul saiu de seu escritório, um menino de rua estava andando em

volta do reluzente carro novo, admirando-o.- Este carro é seu, senhor? - ele perguntou.

Paul assentiu.- Meu irmão me deu de Natal.O garoto ficou boquiaberto.

- Quer dizer que foi um presente de seu irmão e não lhe custou nada?- Rapaz, quem me dera... - hesitou ele.É claro que Paul sabia o que ele ia desejar. Ele ia desejar ter um irmão como aquele. Mas o

que o garoto disse chocou Paul tão completamente que o desarmou.- Quem me dera - continuou o garoto - ser um irmão como esse.

Paul olhou o garoto com espanto, e então, impulsivamente, acrescentou:- Você gostaria de dar uma volta no meu automóvel?

- Oh, sim, eu adoraria.Depois de uma voltinha, o garoto virou-se e, com os olhos incandescentes, disse:

- O senhor se importaria de passar em frente a minha casa?Paul deu um leve sorriso. Pensou que soubesse o que o rapaz queria. Ele queria mostrar para

os vizinhos que podia chegar em casa num carrão.

Mas Paul estava novamente enganado.- Pode parar em frente àqueles dois degraus? perguntou o garoto.Ele subiu correndo os degraus. Então, passados alguns momentos, Paul ouviu-o retornar, mas

ele não vinha depressa. Carregava seu irmãozinho paralítico.Sentou-o no degrau inferior e depois de fortemente abraçá-lo apontou o carro:

- Aí está ele, amigão, exatamente como eu te contei lá emcima. O irmão deu o carro a ele de presente de Natal e não lhe custou nem um centavo. E

algum dia eu vou te dar um igualzinho...então você poderá ver com seus próprios olhos, nasvitrines de Natal, todas as coisas bonitas sobre as quais eu venho tentando lhe contar.

Paul saiu do carro e colocou o rapaz no banco da frente.O irmão mais velho, com os olhos brilhando, entrou atrás dele e os três deram uma vota

comemorativa.Naquela noite, Paul aprendeu que a felicidade maior sentimos quando a proporcionamos a

alguém.

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A águia que ciscava

John McNeil, famoso pregador escocês, certa vez contou ahistória a respeito de um filhote de águia que fora

capturado por um fazendeiro. Este, temendo que o filhote, àmedida que se desenvolvesse, desejasse fugir, tratou de

prendê-lo bem, amarrando-lhe uma corda nos pés e colocando-ono galinheiro. A referida Gorda era suficientemente compridapara que a pequena águia pudesse andar livremente entre as

galinhas e pintinhos, sem, contudo, conseguir voar. E foiassim que ela aprendeu a ciscar como faziam seus

companheiros galináceos. O famoso e respeitado pássaro, queantes dominava as alturas, agora parecia estar perfeitamente

adaptado à nova modalidade de vida, e então passava as horasciscando.

Certo dia, o fazendeiro recebeu a visita de um pregador quevivia ali nas montanhas próximas. Vendo a pobre águia presa,

ele exclamou desapontado, porém muito sério:--Que vergonha, prender uma ave como a águia num galinheiro!

Isso é humilhante para ela. Por que não mandá-la embora?

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O fazendeiro, sem a menor contestação, concordou e a cordafoi cortada. Contudo, a águia continuou acomodada no chão. Opregador, inconformado, a apanhou, colocando-a no alto deuma porteira. Pela primeira vez a ave pôde contemplar odistante e convidativo horizonte. Como que fascinada pela

amplidão, ela estendeu suas asas e numa arrancada ascendeu

às alturas, como uma autêntica águia!

Repetindo essa mesma história foi que certo autor comentou alição, dizendo que são inúmeros os cristãos que se contentamde viver nos galinheiros deste mundo, esquecidos da suacondição de filhos do Deus Altíssimo; e, como tais, eles

teriam de viver nas alturas.

É necessário que nos coloquemos sempre acima dos interessescarnais e mundanos para que vivamos nas alturas da vidaespiritual. Quanto mais nos acomodamos ao nivel das coisasterrenas, menos desfrutamos das bênçãos lá do alto,

reservadas para aqueles que sabem olhar para o Pai.

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Lição de FéUma garotinha esperta de apenas seis anos de idade, ouviu seus pais conversando sobre seu

irmãozinho mais novo. Tudo que ela sabia era que o menino estava muito doente e queestavam completamente sem dinheiro.

Iriam se mudar para um apartamento num subúrbio, no próximo mês, porque seu pai nãotinha recursos para pagar as contas do medico e o aluguel do apartamento.

Somente uma intervenção cirúrgica muito cara poderia salvar o garoto, e não havia ninguémque pudesse emprestar-lhes dinheiro. A menina ouviu seu pai dizer a sua mãe chorosa, comum sussurro desesperado: "somente um milagre poderá salva-lo.

"Ela foi ao seu quarto e puxou o vidro de gelatina de seu esconderijo, no armário. Despejoutodo o dinheiro que tinha no chão e contou-o cuidadosamente, três vezes. O total tinha queestar exato. Não havia margem de erro. Colocou as moedas de volta no vidro com cuidado efechou a tampa.

Saiu devagarzinho pela porta dos fundos e andou cinco quarteirões ate chegar a farmácia.Esperou pacientemente que o farmacêutico a visse e lhe desse atenção, mas ele estava muitoocupado no momento.

Ela, então, esfregou os pés no chão para fazer barulho, e nada! Limpou a garganta com o sommais alto que pode, mas nem assim foi notada. Por fim, pegou uma moeda e bateu no vidro da

 porta.

Finalmente foi atendida!"O que você quer? " perguntou o farmacêutico com voz aborrecida."Estou conversando com meu irmão que chegou de Chicago e que não vejo ha séculos", disseele sem esperar resposta.

"Bem, eu quero lhe falar sobre meu irmão", respondeu a menina no mesmo tom aborrecido."Ele esta realmente doente... E eu quero comprar um milagre."Como?", balbuciou o farmacêutico admirado "Ele se chama André e esta com alguma coisamuito ruim crescendo dentro de sua cabeça e papai disse que só um milagre poderá salva-lo." E e por isso que eu estou aqui.

Então, quanto custa um milagre?" “ Não vendemos milagres aqui, garotinha. Desculpe, mas não posso ajuda-la", respondeu ofarmacêutico, com um tom mais suave."Escute, eu tenho o dinheiro para pagar. Se nao for suficiente, conseguirei o resto. Por favor,diga-me quanto custa, insistiu a pequena." 

O irmão do farmacêutico era um homem gentil. Deu um passo a frente e perguntou a garota:"Que tipo de milagre seu irmão precisa? "Não sei", respondeu ela, levantando os olhos para ele. "Só sei que ele esta muito mal emamãe diz que precisa ser operado.

Como papai não pode pagar, quero usar meu dinheiro." " Quanto você tem?", perguntou o homem de Chicago."Um dólar e onze centavos", respondeu a menina num sussurro.

"E tudo que tenho, mas posso conseguir mais se for preciso." "Puxa, que coincidência", sorriu o homem. "Um dólar e onze centavos! Exatamente o preço deum milagre para irmãozinhos." 

O homem pegou o dinheiro com uma mão e, dando a outra mão a menina, disse: "Leve-meate sua casa. Quero ver seu irmão e conhecer seus pais. Quero ver se tenho o tipo de milagreque você precisa.

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" Aquele senhor gentil era um cirurgião, especializado em Neurocirurgia. A operação foi feitacom sucesso e sem custos. Alguns meses depois Andrew estava em casa novamente,recuperado.

 A mãe e o pai comentavam alegremente sobre a seqüência de acontecimentos ocorridos. "Acirurgia", murmurou a mãe, "foi um milagre real. Gostaria de saber quanto custou!" 

 A menina sorriu. Ela sabia exatamente quanto custa um milagre...

Um dólar e onze centavos...Mais a fé de uma garotinha...

(Não encontramos o nome do autor. Caso saiba por gentileza, envie o nome pelo e-mail.Obrigado!)

Texto Enviado Por: Mario Gil retirado do site http://www.ellaine-poesias.com.br/licao_de_fe.htm

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