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    CRONOLOGIA DO USO DOS METAISOrganizada por Thomaz dos Mares Guia Braga

    MUNDO ANTIGO

    To longe quanto se remonta no tempo, os vestgios do homem na Terra somarcados por armas, por instrumentos ou pelo resultado da ao do fogo."Cerca de dez a vinte mil anos antes da nossa era, a retirada dos ltimos

    glaciares teve como conseqncia na Europa o estabelecimento de um climatemperado.

    "Enquanto desapareciam os animais ferozes, os homens comearam aestabelecer-se fora das grutas e das cavernas, a praticar a agricultura e a

    domesticar animais. O perodo correspondente, chamado Perodo Neoltico ouNova Idade da Pedra, aquele em que se constituram as bases tcnicas das

    nossas civilizaes.

    "O Perodo Neoltico caracterizado por uma considervel extenso dastcnicas primitivas. Estas so a partir de ento aplicadas a gneros de vida

    novos e tm de satisfazer necessidades variadas." (1)As transies de um grande perodo histrico para o seguinte so sempre

    graduais, e assim foi a transio da Idade da Pedra para a Idade dos Metais. Ocobre era utilizado no Oriente Mdio j no quinto milnio antes de Cristo, etalvez tambm no Egito. O bronze apareceu no Oriente no quarto milnio, e

    pouco mais tarde no Egeu, mas no surgiu no mediterrneo ocidental antes doterceiro milnio a.C.

    "Todos os povos da Idade da Pedra Polida (Neoltico) tiveram um embrio demetalurgia. Mas isso no quer dizer que todos tenham tido, desde essa poca,conhecimento das tcnicas metalrgicas. Na realidade fizeram uso acidental de

    metais nativos, especialmente o ouro."A metalurgia uma sntese; pressupe o uso coerente de um conjunto de

    processos, e no a prtica de um instrumento nico. A sua verdadeira origem desconhecida. Com efeito, a forja pe em jogo as percusses (martelo), o fogo

    (fornalha), a gua (tmpera), o ar (fole) e os princpios da alavanca."No incio a raridade dos metais era to grande que s eram forjadas armas. A

    utensilagem corrente continuava a ser de pedra ou de madeira. Por isso, ocobre, o bronze e o ferro no vieram suplantar brutalmente a pedra.

    Instrumentos de pedra e instrumentos de metal coexistiram at o incio dos

    tempos histricos e, em certos casos, at os nossos dias."O desenvolvimento da civilizao desde o perodo neoltico prossegue atravsde uma srie de 'culturas', caracterizadas cada uma delas por um conjunto

    mais ou menos definido de tcnicas fundamentais.(...) "O incio das civilizaes antigas est estreitamente ligado ao progressodos trabalhos agrcolas. Surgem as (...) 'cidades', que o trabalho das aldeias

    alimenta. Estas cidades dirigiro o comrcio, a indstria, a vida social, fixandoas tribos. Assim se edificaram, em bases pastoris e agrcolas, as civilizaes

    dos grandes imprios. (...) A ceifa fez-se primeiro com foices de madeira ou debarro providas de dentes de slex, muito cortantes, e depois com foices

    metlicas.

    (...) "O uso do cobre, depois do bronze, em seguida do ferro, vai-se definindopouco a pouco na evoluo destas culturas, sem introduzir uma brusca

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    modificao."Baseada nesta herana, a Antigidade construir brilhantes civilizaes. Estas

    ensinaro ao homem a arte de julgar as suas prprias obras, mas notransformaro as suas bases tcnicas. S a Grcia, por meio das suas

    invenes, conduzir a humanidade por uma nova via, a via da cincia e das

    suas aplicaes, prodigioso desenvolvimento das inspiraes primitivas dohomem tcnico."O Egito, como a Mesopotmia, a ndia e a China, foi um foco de civilizao,

    isto , um centro de cultura humana superior. Semelhantes centrosfavoreceram sempre o progresso das tcnicas antigas e freqentemente

    iniciaram mesmo tcnicas novas. Os progressos da metalurgia, eespecialmente da metalurgia do ferro, so disso um exemplo."(2)"Durante parte do perodo de florescimento das culturas egpcia e

    mesopotmica, outras civilizaes se desenvolveram na meso-Amrica - isto ,na rea hoje correspondente ao Mxico e algumas regies da Amrica Central.

    "Entre 800 e 400 a. C., o centro Olmeca mais importante situava-se em La

    Venta, em Tabasco (a sudoeste da atual Tonala). Nessa poca, a cermica eramais elaborada, e se organizaram alguns locais de comrcio para a importaode jade, minrio de ferro, cinbrio (principal minrio do mercrio), a serpentinamineral e outras mercadorias, mas no se conhecem bem os detalhes quantoaos usos desses materiais. H um fato interessante revelado pela escavao

    arqueolgica: a presena de um tipo de colar feito de pequenos espelhoscncavos de ferro, tendo cada um um pequeno furo no centro." (3)

    Os Andes Centrais foram o bero de outro grupo de civilizaes. Mesmo semcontato direto com a Amrica Central, o desenvolvimento era semelhante. Aprincipal diferena tecnolgica era que os povos andinos descobriram como

    trabalhar ouro, prata e cobre, que usavam em utenslios e jias."Mesmo nos estgios mais antigos da civilizao Inca, a maior da Amrica doSul pr-colombiana, revelam-se certas caractersticas notveis: o motivo de

    uma cabea de felino usado amplamente na decorao e uma grande gama detrabalhos em metal, que inclui a soldagem de ouro fino martelado, ornamentose pontas de lana de cobre, trabalhos com prata e a preparao de fuses. A

    fundio com cera tambm era conhecida. (...) Dois sculos mais tarde osIncas poderiam ser descritos como uma civilizao dotada de considervel

    tecnologia. Praticavam a irrigao e o controle da gua em escala maior queseus predecessores, inventaram um mtodo de construo com alvenaria semcimento, usaram a alavanca e promoveram o emprego de outras ferramentas

    de metal, e possuam uma balana de braos." (4)

    O USO DOS METAIS

    Provavelmente, o cobre foi descoberto por acaso, quando alguma fogueira deacampamento foi feita sobre pedras que continham minrio cprico.

    presumvel que algum observador neoltico de olho arguto tenha notado ometal assim derretido pelo calor do fogo, reproduzindo mais tarde o processopropositadamente. Por certo tempo o cobre foi usado na forma pura porque

    assim era obtido. Mas o cobre puro por demais mole para fazer instrumentos

    e armas teis. Do 4 ao 3 milnio, as tcnicas de fuso e modelagem vo sesofisticando quando surge a primeira liga, o cobre arsnico, composto to

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    venenoso que logo ter que ser substitudo. O passo seguinte foi a descobertade que a adio ao cobre de apenas pequena proporo de estanho formava

    uma liga muito mais dura e muito mais til do que o cobre puro. Era adescoberta do bronze, que possibilitou ao homem modelar uma multido denovos e melhores utenslios: vasos, serras, espadas, escudos, machados,

    trombetas, sinos e outros. Mais ou menos ao mesmo tempo, o homemaprendeu a fundir ouro, prata e chumbo.Entre 3.000 e 2.200 a.C. - poca contempornea dos sumrios e do antigoimprio egpcio -, a Idade do Bronze chegou para os povos neolticos que

    ocupavam Creta e as Cclades. Florescentes manufaturas de metal existiamem Creta por volta de 2500 a.C., nas Cclades e na parte meridional do

    continente.A procura dos minrios, pelos testemunhos que os egpcios, por exemplo, nospuderam deixar, foi a causa de muitas expedies guerreiras e de inmeras

    rotas comerciais que favoreceram as mais diversas trocas.

    O TRABALHO DO FERRO

    Uma brilhante descoberta conduz a outra, s vezes logo depois. Assim, apenascerca de 2.000 anos aps a descoberta do cobre e do bronze, o ferro tambm

    passou a ser usado. Esse novo metal j era conhecido no segundo milnioantes de Cristo, mas por longo tempo permaneceu raro e dispendioso e seu

    uso s foi amplamente estabelecido na Europa por volta de 500 a.C.Ao mencionar a descoberta do ferro, ultrapassamos os limites dos tempos pr-histricos e invadimos a era da histria escrita. Ao alvorecer essa nova era, acultura, em diversos lugares, amadurecia em civilizao. Aps centenas de

    milhares de anos de lerda e tediosa preparao pr-histrica, chega o princpioda histria da civilizao.

    O vestgio mais remoto deste metal um conjunto de quatro esferas de ferro,datadas de 4000 a.C., encontradas em El-Gezivat, no Egito.

    Por volta de 1500 a.C., havia explorao regular de minrio no oriente prximoe os hititas so citados, na tradio grega, como o povo dominador das terras e

    da tcnica de obteno e fabrico de instrumentos de ferro.

    A TCNICA DE FUNDIO DO FERRO

    Antes de saber como obter o ferro pela fuso de seus minrios, o homem porvezes fazia ferramentas e armas de pedaos de meteoritos de ferro batidos. Afuso comeou a existir na sia Menor por volta de 1.500 a.C. e a arte se

    tornou amplamente conhecida por volta de 1.000 a.C.Da descoberta no sabemos qual tenha sido o conjunto de acidente e intuio.Difundiu-se lentamente, primeiro at o Egito e em seguida at o Egeu, onde,mesmo nos tempos homricos, o ferro era considerado metal raro e as armas

    eram feitas de cobre reluzente. O emprego do ferro alcanou a bacia doDanbio Superior por volta de 900 a.C., sendo dessa rea levado pelos celtasmigrantes rumo ao Ocidente at a Frana e a Pennsula Ibrica, e no sentido

    norte-ocidental, atravs da Alemanha, at as Ilhas Britnicas.

    Todo o ferro primitivo seria hoje em dia classificado como ferro forjado. Omtodo de obt-lo "consistia em abrir um buraco em uma encosta, forr-lo com

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    pedras, ench-lo com minrio de ferro e madeira ou carvo vegetal e atear fogoao combustvel. Uma vez queimado todo o combustvel, era encontrada uma

    massa porosa, pedregosa e brilhante entre as cinzas. Essa massa era colhidae batida a martelo, o que tornava o ferro compacto e expulsava as impurezas

    em uma chuva de fagulhas. O tarugo acabado, chamado 'lupa', tinha

    aproximadamente o tamanho de uma batata doce das grandes."Com o tempo, o homem aprendeu como tornar o fogo mais quente soprando-ocom um fole e a construir um forno permanente de tijolos em vez de

    meramente fazer um buraco no cho. O ao era feito pela fuso do minrio deferro com um grande excesso de carvo vegetal ou juntando ferro malevel ecarvo vegetal e cozinhando o conjunto durante vrios dias, at que o ferro

    absorvesse carvo suficiente para se transformar em ao. Como esse processoera dispendioso e incerto e os fundidores nada sabiam da qumica do metal

    com que trabalhavam, o ao permaneceu por muitos anos um metal escasso edispendioso. S tinha emprego em coisas de importncia vital como as lminas

    das espadas.

    "Entre os outros aperfeioamentos estavam o acrscimo de um fundente, comoa pedra calcria, mistura de minrio e carvo, para absorver as impurezas dominrio, a inveno das tenazes e marretas para trabalhar os tarugos de metal

    e a tmpera dos objetos de metal pelo seu aquecimento at temperaturaadequada com o esfriamento subseqente pelo mergulho na gua." (5)

    AS CIVILIZAES CLSSICAS

    "Em todos os domnios, mas principalmente no domnio das tcnicasindustriais, as civilizaes do Egito e da Mesopotmia foram, na verdade, os'professores' da Grcia. O milagre grego no surgiu do nada. Consistiu emrecolher e fecundar, uma pela outra, duas heranas: a herana positiva das

    tcnicas industriais e a herana misteriosa dos sonhos, das religies, dos mitosdo Oriente. O que milagroso ver nascer do encontro e choque destas

    tradies um esprito novo: o esprito da cincia, cujo ideal julgar livrementetodas as coisas, encontrar a verdade.

    (...) "Uma intensa procura da habilidade tcnica fez de Atenas a grande escolada preciso e da perfeio, tanto no domnio das formas como no domnio das

    idias.(...) " a cincia, nascida das livres especulaes da Grcia, que permitir ao

    gnio moderno transformar radicalmente a condio industrial da humanidade.(...) "As proezas tcnicas destes iniciadores diziam freqentemente respeito arte militar. A mecnica aplicava-se j ao armamento, balstica, defesa daspraas. Mas o primeiro triunfo decisivo da tcnica grega desde o sculo VI a.C. um triunfo pacfico, no domnio dos trabalhos pblicos; a perfurao do tnelde Samos, pelo arquiteto Euplinos (o tnel segue em linha reta por mais de

    um quilmetro).(...) "Entre as tcnicas que solicitaram o entusiasmo inventivo do jovem

    pensamento grego figuram, em primeiro lugar, as tcnicas do mar. A ncora uma inveno grega do sculo VII a.C.. Nessa mesma poca, os vasos deguerra eram armados com um temvel 'esporo metlico' e equipados com

    cinqenta remadores para desfechar ataques rpidos e certeiros.(...) "A sinalizao no foi esquecida. O Farol de Alexandria, obra de uma

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    tcnica mais avanada, foi sempre, pelas suas dimenses e pelo seu poder (60quilmetros de alcance), o mais clebre exemplo destes faris, multiplicados j

    pelos gregos para uso dos navegadores.(...) "A interveno decisiva do pensamento matemtico, entre os fatores do

    progresso industrial, produziu-se na Grcia, com a criao da 'mecnica

    racional'.Engenheiro e matemtico de gnio, Arquimedes elucidou completamente oprincpio geral da alavanca (...). Transformando esta velha inspirao tcnicanuma idia clara e numa verdade cientificamente estabelecida, Arquimedes

    abriu ao esprito humano um imenso campo de dedues que podiam ser todasconvertidas em novos instrumentos de trabalho material (287 - 212 a.C.).

    "Quer dizer, o estudo geral do equilbrio dos slidos fundado nas experinciasdas primeiras mquinas simples(6) constitui o ponto de partida racional de

    todos os progressos da mecnica aplicada."Com a mecnica e a partir da Escola de Alexandria (desde o sc. III a.C. mas

    sobretudo a partir do sc. II a.C.), assiste-se ecloso das verdadeiras

    tcnicas modernas, isto , instrumentos concebidos pela razo, claramentededuzidos de princpios cientficos, para um fim prtico preciso: instrumentos

    que teriam sido capazes de diminuir consideravelmente 'o esforo doshomens'.

    (...) "Destes ensaios isolados, tentativas suscitadas pela arte militar(7), acirurgia e a medicina, a maquinaria do teatro, o transporte de materiais,destacam-se pouco a pouco 'idias tcnicas' muito precisas. Mas o seu

    interesse torna-se prodigioso quando se verifica que estas idias tcnicasdescobertas pelos gregos tm, de fato, um enorme alcance industrial - e sobreelas assenta uma boa parte da nossa potncia moderna. Destas idias, uma

    das mais fecundas foi a do parafuso(8), da qual nasceram inmeras invenes; da adaptao do parafuso porca que se constitui a chamada cavilha de

    ligao, ainda indispensvel nossa tcnica moderna."(9)Este quadro mostraria a inteligncia grega na posse de muitas das idias

    fundamentais da tcnica moderna."De uma maneira geral, as invenes tcnicas dos gregos, com exceo talvez

    do moinho de gua e dos instrumentos cirrgicos, serviram mais paraobservao cientfica ou para curiosidade, para a arte ou para a guerra, do que

    para a transformao sistemtica do trabalho humano."A transformao tcnica do mundo, que teria talvez salvo a cultura

    mediterrnica, foi ignorada pela inveno grega, apesar das prodigiosas

    antecipaes - assim como o foi pela poderosa organizao romana. Estasduas grandes formas da sabedoria antiga foram hostis ao desenvolvimentoindustrial.

    (...) "A origem desta extraordinria 'esterilidade' prtica parece residirprincipalmente no fato de que a sociedade antiga no dava especial interesse

    supresso da escravatura, supresso que no podia considerar nempossvel(10) nem realmente desejvel. Adaptados durante sculos utilizaoda energia humana, os antigos, longe de pedir semelhante transformao dassuas tradies econmicas, sociais, polticas e religiosas, tinham antes razo

    para a temer. Consciente ou inconsciente, esta reserva das civilizaesclssicas em face do maquinismo um fato notvel." (11)

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    O MUNDO MEDIEVAL

    Aps a queda do Imprio Romano, desenvolveu-se na Espanha a Forja Catal,que veio a dominar todo o processo de obteno de ferro e ao durante a Idade

    Mdia, espalhando-se notadamente pela Alemanha, Inglaterra e Frana.

    Desde o sculo VI ao sculo X, em pequena escala, depois sobretudo dosculo XI ao sculo XIII, a obra de "colonizao" agrcola e de aproveitamentoda terra foi sendo realizada. Contudo, esses esforos s conseguem um fraco

    rendimento, pois a tcnica continua sendo primitiva."Com a 'coelheira moderna', uma inveno do sculo X, o cavalo tem a

    garganta completamente livre e pode com toda a liberdade tomar a posiomais favorvel ao seu esforo. Esta inveno tcnica, de extraordinria

    importncia, foi acompanhada por uma srie de aperfeioamentos ou deinovaes que melhoraram e aumentaram os seus efeitos. Um desses diz

    respeito ao prprio cavalo: a ferradura de cravos, inventada, ou, talvez,reinventada, mas, em qualquer caso, sistematicamente desenvolvida na Idade

    Mdia."(12)"No sculo IV d.C. os fundidores hindus foram capazes de fundir alguns pilaresde ferro que se tornaram famosos. Um deles, ainda em Dli, tem uma altura de

    mais de 7 metros, com outro meio metro abaixo do solo e um dimetro quevaria de 40 cm a mais de 30cm; pesa mais de 6 toneladas, feito de ferro

    forjado e sua fundio teria sido considerada impossvel, naquele tamanho, naEuropa, at poca relativamente recente. Mas a coisa mais notvel, talvez,

    nesse e em outros pilares de sua espcie, a ausncia de deteriorao ou dequalquer sinal de ferrugem (xido magntico de ferro seria a explicao).

    "De todos os trabalhos dos chineses em fsica - campo em que eles derammuitas contribuies importantes -, o mais significativo foi a inveno da

    bssola magntica. No sculo VI, eles descobriram que pequenas agulhas deferro podiam ser magnetizadas caso fossem esfregadas com um pedao demagnetita (uma forma do xido de ferro). Tempos depois, foi adotada pelosmarinheiros, e era comum nos navios chineses talvez desde o sculo X e,

    certamente, no sculo XI; seu uso pelos chineses para a navegao precedeusua adoo no Ocidente em pelo menos cem anos." (13)

    A ALQUIMIA

    Na cultura rabe, a alquimia era uma "mistura de cincia, arte e magia quefloresceu gradualmente at atingir uma forma inicial de qumica. A alquimiareferia-se transformao da substncia dos objetos na presena de um

    agente espiritual, muitas vezes chamado de 'pedra filosofal'. Usavam-se metaise minerais, mas se acreditava que participavam no apenas como corpos

    materiais, mas tambm como smbolos do mundo csmico do homem - da suacorrelao, em desenhos e manuscritos de alquimia, com sinais astrolgicos:por exemplo, o sinal do Sol indicava o ouro, o da Lua, a prata, enquanto o de

    Mercrio significava mercrio e Vnus, o cobre. Era uma 'cincia' que envolviao cosmo e a alma, em que a natureza era um domnio sagrado, que fazia

    nascer minerais e metais. "(14)

    A alquimia ocidental estava muito mais preocupada com a transmutao demetais no-preciosos em ouro do que a oriental.

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    "O ferro e o ao eram, nos tempos mais antigos, considerados inteiramente parte como substncias diversas. Mas, assim como o alquimista medieval

    tentou transformar os metais bsicos em ouro, assim tambm o trabalhador doferro fez a tentativa - com xito algo maior - de transformar o ferro em ao. Maspraticava ele apenas uma forma bem sucedida de alquimia. Transformava uma

    substncia em outra por mtodos mais mgicos do que cientficos. O seguintetrecho de um tratado medieval que descreve a manufatura de uma lima de aodenota o ambiente de magia que cercava o que na realidade constitua um

    processo metalrgico simplssimo:'Queima-se o chifre de um boi no fogo, raspando-o e misturando-o com umatera parte de sal e em seguida moendo-o bem. Depois coloca-se a lima no

    fogo e quando brilhar salpica-se esse preparado por toda ela, e, aplicando-sealgumas brasas, sopra-se rapidamente sobre ela, mas de tal forma que a

    tmpera no caia... arrefecendo-a na gua.'"Expresso em termos mais tcnicos, o processo descrito por Tefilo consistiaem acrescentar-se carbono e aquec-lo at que o ferro tivesse absorvido ou

    dissolvido bastante carbono para adquirir as caractersticas do ao."Assim, da aurora da Idade do Ferro at a ltima parte da Idade Mdia, o ferroera feito na fornalha ou 'forja para fiar o ferro'. Ocasionalmente resultava o ao,

    conhecido como ao 'natural', porm o que de modo geral se obtinha era oferro doce e soldvel, rico em escria e impurezas. Ainda considerado um

    metal raro, o ferro era empregado, naturalmente, para ferramentas, armas earmaduras. Com bastante freqncia, apenas a relha de um arado pesado e aponta da lmina eram de ferro. Pequena parcela era empregada nos grandesprdios da poca clssica e medieval, muitas vezes sob a forma de grades de

    ferro ornamental. Mas o ferro era desconhecido na cozinha. O marceneirogeralmente tinha que trabalhar sem pregos; o arame era raro e uma agulha eraquase considerada uma herana. Contudo, a fabricao do ferro processou-se

    largamente na Europa medieval, se no no resto do mundo antigo."(15)Permanece a verdade geral de que, antes do sc. XV, o ferro era obtido na

    Europa como uma massa pastosa que podia ser moldada pelo uso do marteloe no como um lquido que corresse para um molde.

    "O fim da Idade Mdia, que prepara a Europa moderna pela extenso domaquinismo, tambm testemunha das primeiras intervenes do capitalismo

    no esforo para a produo industrial."Esta evoluo acompanhada por grandes progressos tcnicos,

    especialmente no que se refere aos transportes martimos. Um impulso

    semelhante se observa no progresso da metalurgia. A fora hidrulica foiaplicada aos foles da forja a partir dos princpios do sculo XIII. Assim seobteve uma temperatura mais elevada e regular. A carburao mais ativa deu a

    fundio, correndo na base do forno o ferro fundido susceptvel de fornecerpeas moldadas. O forno, que, a partir de ento, se pde ampliar, transformou-

    se no forno de fole (3 m de altura) e em seguida, no alto-forno (5 m dealtura)."(16)

    "O progresso tcnico mais importante na histria da indstria siderrgica foi ainveno do alto-forno. Contudo, este no foi a criao de um gnio inventivo,tendo-se desenvolvido gradualmente a partir da forja para fiar o ferro. As altasparedes desse alto-forno rudimentar impediam que o lingote fosse retirado por

    cima. Ao invs, arrebentavam-se as prprias paredes e removia-se a massa deferro, sendo o forno reconstrudo para receber outra carga. O primeiro alto-

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    forno foi construdo no sculo XV. Desconhecem-se o tempo e o local exatos,embora provavelmente tivesse sido na Rennia. A inveno alterou a escala e

    natureza do trabalho em ferro."(17)"Outra grande contribuio desse perodo consistiu na obteno de caracteres

    tipogrficos metlicos mveis, bastante ntidos, susceptveis de resistir

    presso e ao desgaste e de serem obtidos em nmero suficiente de maneira apermitir um resultado industrial. o incio da imprensa moderna, sem dvida,um dos maiores impulsos ao Renascimento.

    (...) "Desde o fim da Idade Mdia que o emprego do ferro fundido, o uso doarame e dos cabos metlicos dava ao equipamento tcnico uma feio

    moderna completada pelo uso de correias para transmisses mecnicas e peloaperfeioamento das ligas metlicas."(18)

    A REVOLUO CIENTFICA

    O alto-forno a carvo mineral apareceu por volta de 1630. O primeiro laminadorremonta aproximadamente ao ano 1700. O processo de refinao do ferrochamado pudlagem foi patenteado na Inglaterra em 1781 por Henry Cort,

    difundindo-se com rapidez bem inusitada. A pudlagem descrita como a maispesada forma de trabalho jamais empreendida regularmente pelo homem.

    Entretanto, o grande impulso ao desenvolvimento da siderurgia ocorreu com oadvento da trao a vapor e o surgimento das ferrovias, a primeira das quais

    inaugurada em 1827.At o fim do sculo XVIII, a maior parte das mquinas industriais eram feitas demadeira. O rpido desenvolvimento dos mtodos de refinao e de trabalho doferro abriu caminho a novas utilizaes do metal e construo de mquinas

    industriais e, por conseqncia, produo em quantidade de objetosmetlicos de uso geral. A verdadeira mquina de metal: o desenvolvimento

    da metalurgia condicionar todo o desenvolvimento do maquinismo.Em meio s guerras napolenicas desenvolve-se a tcnica do ao de cadinho.Krupp um dos reivindicantes da patente ao fim da guerra em 1815. Mas o aode cadinho s podia ser feito em quantidades relativamente pequenas, sendo o

    seu custo particularmente elevado.

    A REVOLUO INDUSTRIAL

    Entre as descobertas cientficas, que gradativamente iam melhorando oprocesso de produo industrial, merece destaque a "utilizao do carvo de

    pedra para reduo do minrio de ferro, que resultou na localizao doscomplexos siderrgicos - independente da localizao das florestas

    fornecedoras do carvo de lenha - e que veio determinar, por privilgiosgeolgicos, o pioneirismo de uma nao na siderurgia. A Gr-Bretanha foi,

    realmente, a maior beneficiria dessa conquista cientfica, em razo de possuir,em territrios economicamente prximos, jazidas de minrio de ferro e de

    carvo de pedra."Junte-se a isto toda uma estrutura comercial voltada para o exterior e j se

    pode vislumbrar o perfil de um pas que, praticamente sozinho, foi capaz dedeter o privilgio de domnio do mercado internacional de ferro, a ponto de ter

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    sido considerada a 'oficina mecnica do mundo'. Na Gr-Bretanha, narealidade, somente a indstria txtil suplantou a indstria do ferro, na

    promissora aurora da Revoluo Industrial.(...) "Apesar de no ser o nico pas a produzir ferro, foi o primeiro a produzi-loem escala considervel e se beneficiou do monoplio das relaes comerciais

    com o mundo subdesenvolvido, monoplio esse que estabeleceu entre fins dosculo XVIII e incio do sculo XIX."(19)A expanso da Revoluo Industrial modificou totalmente a metalurgia e o

    mundo: o uso de mquinas a vapor para injeo de ar no alto-forno, laminares,tornos mecnicos e o aumento de produo transformaram o ferro e o ao no

    mais importante material de construo. Em 1779, construiu-se a primeiraponte de ferro, em Coalbrookdale, Inglaterra; em 1787, o primeiro barco de

    chapas de ferro e muitas outras inovaes."Nenhum dos novos usos do ferro, no entanto, contribuiu de maneira mais

    decisiva para o desenvolvimento da indstria siderrgica, do que as ferrovias."Somente na dcada de 1830, graas s encomendas das ferrovias indstria

    siderrgica, a indstria britnica retomou o ritmo de crescimento da ltimadcada do sculo XVIII."(20). Exatamente em 1830, entra em operao a

    ferrovia Liverpool-Manchester."O auge da atividade de construo ferroviria se deu em 1847, quando aconstruo de 10.000 km de ferrovias estava em andamento. Por volta dadcada de 1850, este perodo havia passado, e a estrutura bsica da rede

    ferroviria britnica havia sido estabelecida."Quando a rede ferroviria britnica tinha sido completada, a indstria

    siderrgica ampliada foi capaz de suprir matria-prima para a construo deferrovias em outros pases. J em 1850 as exportaes atingiram 39% doproduto bruto da indstria - durante a primeira metade do sculo eram em

    mdia de apenas 25%."Os investimentos britnicos em ferrovias, fora da Inglaterra, foram o carro-

    chefe das exportaes durante toda a segunda metade do sculo XIX,representando s vsperas da 1 Grande Guerra, em 1913, 41% dos

    investimentos ultramarinos."O crescimento da indstria siderrgica, certamente promovido pela

    implantao das redes ferrovirias, no somente britnicas como tambmeuropias, ensejou a perspectiva de produo de ferro e ao em uma escala

    nunca vista anteriormente.(...) "Tendo pois, praticamente, concluda sua rede ferroviria, a Gr-Bretanha

    passou a construir cada vez menos, enquanto crescia a construo de ferroviasna Europa, e nos demais continentes, com destaque para os Estados Unidosque, na dcada de 1870, construiu 51.000 milhas de estradas de ferro, o que

    representava tanto quanto havia sido construdo, na mesma poca, no resto domundo. Na realidade, a Gr-Bretanha j no estava mais sozinha na

    explorao do mercado mundial."Os mercados aproximavam-se da saturao, pois, com suas economias

    incipientes e dependentes, no tinham capacidade de absorver a produocrescente da indstria britnica. Enquanto isso, os Estados Unidos

    continuavam com sua produo crescente, j que visavam quase queexclusivamente o mercado interno, de dimenses continentais.

    "A situao econmica da Gr-Bretanha se deteriorava a tal ponto que osEstados Unidos e a Alemanha, no incio da dcada de 1890, j ultrapassavam

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    a indstria britnica na sua mercadoria essencial - o ao."Assim, o desenvolvimento da indstria siderrgica criava sua prpria crise e,

    dessa vez to sria, a ponto de ser chamada de a 'Grande Depresso'. Oltimo quarto do sculo XIX foi, portanto, caracterizado pela agresso

    institucionalizada, agora sob a forma do imperialismo, frmula encontrada para

    garantir os mercados e prolongar o domnio econmico."A siderurgia britnica tinha no entanto muito flego e, graas fabricao denavios a vapor de ferro e ao e exportao de produtos siderrgicos,manteve-se ainda em condies de concorrer com outros pases."(21)

    Na dcada de 1880-90 a produo dos altos-fornos dos Estados Unidostornou-se a maior do mundo, e antes de 1900 a produo de ao norte-

    americana ultrapassou a da sua rival mais prxima, a Alemanha. Desde aqueladata as indstrias siderrgicas do continente norte-americano ampliaram-se

    num ritmo extraordinrio. Em 1957, os Estados Unidos e o Canad produziram,conjuntamente, 36,6% do ferro gusa e 36,5% do ao bruto do mundo. O rival

    mais prximo, a Unio Sovitica, produziu consideravelmente menos da

    metade desse total.Na segunda metade do sculo XIX o desenvolvimento siderrgico foi muito

    rpido, aparecendo os processos Siemens Martin (1865), Bessemer (1870) eThomas (1888), de obteno do ao em escala industrial. Outro mtodo de

    fabricao do ao que ganhou ampla aceitao o forno eltrico. Mas, devidos suas pesadas demandas de energia, de operao dispendiosa. Emboraseja capaz de fabricar o ao a partir do ferro gusa, normalmente utilizado

    para o ulterior refino do metal j refinado.O trabalho do ao, base da nossa civilizao, agora seguido, passo a passo,pelo controle dos instrumentos cientficos, tanto na medida das temperaturas

    como no exame microscpico dos produtos obtidos.Atualmente o processo mais usado na obteno do ao o processo LD (Linz-Donawitz) e, nas aciarias espalhadas pelo mundo, so produzidas centenas demilhes de toneladas por ano (a marca de um milho de toneladas por ano foiconseguida em 1876; em 1926, j se fabricava cem milhes de toneladas/ano,

    chegando-se atualmente a nveis de 700 milhes de toneladas, ou mais) deaos das mais diversas qualidades e propriedades mecnicas, sob a forma de

    chapas, perfis, barras, tubos, trilhos, etc.

    O FERRO E O AO NA CONSTRUO

    "H um momento na Histria em que o ferro passa a ser empregado com todiversificados fins, dentre eles a construo de edifcios, que inevitvel oregistro desse material como um fator essencial para as transformaes de

    toda ordem por que passou a sociedade. Este momento o sculo XIX.(...) "J no final do sculo XVIII, por ocasio do que se convencionou chamar

    de Primeira Revoluo Industrial, o ferro, entre outros produtos industriais,surgiu como um material em condies de competir com os materiais de

    construo conhecidos e sacralizados at ento, no que se refere a preo eoutras qualidades.

    (...) "O ferro esteve presente, a princpio timidamente, e posteriormente com

    mais intensidade, como material de construo de uso considervel, a ponto dese falar em uma arquitetura do ferro.

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    "Esta arquitetura existiu nos pases europeus que se desenvolveram com aRevoluo Industrial, nos Estados Unidos da Amrica do Norte, e se

    manifestou praticamente em todo o mundo durante o sculo XIX.(...) "A urbanizao, acentuada nos pases em fase de industrializao, mas

    tambm evidente em portos que, apesar de situados em regies

    subdesenvolvidas, desempenhavam importante papel para a comercializaodos produtos industrializados, foi um fator decisivo para o surgimento denecessidades, que teriam de ser atendidas por novos edifcios e novos

    servios. Em determinado momento, se chegou a pensar que o ferro viriasubstituir quase todos os materiais at ento existentes. Em Londres, chegou a

    ser experimentado um tipo de pavimentao com esse material." bem verdade que tambm existia, por parte dos produtores, uma incontida

    ansiedade por provar a viabilidade do novo material, justificada pelosdesejados lucros nos negcios de produo das encomendas."(22)

    Com o aparecimento das ferrovias surgiu a necessidade de se construremnumerosas pontes e estaes ferrovirias, tendo sido estas as duas primeiras

    grandes aplicaes do ferro nas construes. As pontes metlicas eram feitasinicialmente com ferro fundido, depois com ao forjado e posteriormente

    passaram a ser construdas com ao laminado."Na realidade, no se deve atribuir somente s potencialidades plsticas do

    ferro fundido, nem s possibilidades estruturais do ao, o teor revolucionrio donovo material. O que o ferro tinha de mais novo era a sua escala de produo,que era industrial, e que se contrapunha a todo um processo de execuo das

    construes at ento."(23)Algumas obras notveis, de estrutura metlica, ainda em uso: a j referida

    ponte Coalbrookdale (Inglaterra), em ferro fundido, vo de 31 m, construda em1779; Britannia Bridge (Inglaterra), viga caixo, com dois vos centrais de 140m, construda em 1850; Brooklin Bridge (New York), a primeira das grandes

    pontes pnseis, 486 m de vo livre, construda em 1883; ponte ferroviria Firthof Forth (Esccia), viga Gerber com 521 m de vo livre, construda em 1890;

    Torre Eiffel (Paris), 312 m de altura, construda em 1889; Empire State Building(New York), 380 m de altura, construdo em 1933; Golden Gate Bridge (San

    Francisco), ponte pnsil com 1280 m de vo livre, construda em 1937;Verrazano - Narrows Bridge (New York), ponte pnsil com 1298 m de vo livre,

    construda em 1964 e World Trade Center (New York), 410 m de altura, 110andares, construdo em 1972.

    "O Palcio de Cristal a pedra de toque dos meados do sculo XIX e o que

    aponta em direo ao sculo XX. O Palcio de Cristal era inteiramente de ferroe vidro, foi projetado por um no arquiteto e foi desenhado para produo emescala industrial de suas partes. , em certo sentido, uma origem, mas tambmele teve suas origens, que nos levam de volta ao sculo XVIII. O emprego do

    ferro na arquitetura comea na Frana de 1780 com Soufflot e Victor Luis,voltados especialmente para a construo de teatros prova de fogo e, na

    Inglaterra de 1790, com industriais que, agindo como seus prprios designers,tencionavam construir fbricas tambm prova de fogo. Em ambos os casos, o

    ferro foi um expediente de significado altamente utilitrio, mas no esttico.Surgiu quase que por acaso em interiores, em construes romnticas como o

    Pavilho Real de Nash, em Brighton (1815-1820), e de maneira formal e

    externamente nas grandes pontes do mesmo perodo. A primeira ponte de ferrofoi projetada em 1777 - a Ponte Coalbrookdale, na Inglaterra. Tem um vo de

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    100 ps (30 metros). Foi logo superada pela ponte em Sunderland (1793-1796), com 206 ps (63 metros) e pela Ponte Schuylkill, de James Finley

    (1809), com 306 ps (93 metros)."Alguns arquitetos, no decorrer do sculo XIX - Matthew Digby Wyatt entre eles

    -, situam essas obras entre as estruturas mais bonitas do sculo. A partir da

    unio do ferro e do vidro, Wyatt prev, ainda em 1851, uma 'nova era naarquitetura'."Por essa poca, alguns dos mais ousados arquitetos de renome comearam a

    prestar ateno ao ferro; a Biblioteca de Ste. Genevive de Paris, feita porLabrouste (1843-1850), e a Bolsa de Carvo de Londres, feita por Bunning

    (1846-1849), so os primeiros edifcios cujo carter esttico determinado peloferro.

    "Mas, de um momento para o outro, os Estados Unidos tinham deixado todo omundo para trs. Fizeram isso desenvolvendo primeiramente o arranha-cu e,

    depois, descobrindo um estilo novo para ele. Em 1875, em Nova York, oTribune Building, de Hunt, se elevava a 260 ps (quase 80 metros); em 1890, o

    Pulitzer World Building, de Post, chegava a 375 ps (mais de 110 metros)."(24)"O que se convencionou chamar de Escola de Chicago costuma aparecer

    como um episdio isolado na histria da arquitetura, e at mesmosurpreendente. Esquece-se de que os Estados Unidos da Amrica do Norte

    produziram ferro com relativa abundncia a partir de meados do sculo XIX, jconheciam e utilizavam os modelos (estruturas em ferro fundido) criados para

    resolver os problemas de riscos de incndio em fbricas de tecidoinglesas."(25)

    "Chicago, uma cidade mais nova que New York, e onde as tradies notinham importncia, acrescentou ao padro de seus arranha-cus a inovaode grande amplitude, de aplicar o sistema de estrutura de ferro, originalmente

    utilizado para fbricas. Isso foi feito pela primeira vez por William Le BaronJenney no Home Insurance Building (1833-1885).

    "A importncia da Escola de Chicago tripla. Encara-se, com mente aberta, atarefa de construir edifcios comerciais, e encontra-se a melhor soluo emtermos funcionais. Surgiu uma tcnica de construo no-tradicional para

    preencher as necessidades do trabalho, e ela foi imediatamente aceita."(26)O triunfo da arquitetura em ferro chegou tambm na Frana, na exposio de1889, centrado na conquista de novos materiais por novos arquitetos. "A TorreEiffel, por sua altura e localizao, tornava-se imediatamente um dos principais

    componentes da cena arquitetnica de Paris."(27).

    As principais aplicaes das estruturas de ao na atualidade:- pontes ferrovirias e rodovirias

    - edifcios industriais, comerciais e reesidenciais- galpes, hangares, garagens e estaess

    - coberturas de grandes vos em geral - torres de transmisso e sub-estaes -torres para antenas

    - chamins industriais- plataformas off-shore

    - construo naval- construes hidro-mecnicas

    - silos industriais- vasos de presso

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    - guindastes e pontes-rolantes- instalaes para explorao e tratamennto de minrio

    - parques de diversesetc.

    FERRO E AO NO BRASIL

    A atividade metalrgica no incio da colonizao exercida pelos artficesferreiros, caldeireiros, funileiros, latoeiros, sempre presentes nos grupos deportugueses que desembarcavam nas recm-fundadas capitanias. "Por um

    lado, o artfice rapidamente ampliava suas atividades tornando-se fazendeiro,preador de ndios ou comerciante e, por outro, as normas de aprendizado eram

    abandonadas, especialmente a proibio de acesso de ndios e escravos aoofcio. A Cmara paulistana, ainda nos anos de 1500, advertiu seguidas vezesseus ferreiros para que isso no acontecesse: como evitar, entretanto, que o

    ferreiro ensinasse a seu filho bastardo mameluco o seu ofcio? Surpreendente a justificativa da advertncia: 'O temor de que os ndios viessem a substituir

    por armas de ferro os toscos tacapes, machados de pedra e farpas sseas dasflechas', ameaando as comunidades.

    "A matria-prima sempre foi importada e rara. Assim, os engenhos de acartinham na madeira seu principal material de construo, e metais s entravam

    nas operaes absolutamente imprescindveis, como os tachos de cobre para ocozimento do melao, machados, enxadas e foices de ferro."(28)

    "Quanto ao ferro certo que dele se fundiu enquanto houve fbrica em SantoAmaro, nas proximidades de So Paulo (as forjas da regio de Biraoiaba,anteriores a essa fbrica, segundo alguns textos, e onde o ferro de incio

    passava por prata, s surgiram, de fato, mais tarde) entre 1607 e depois de1620: era um ferro brando, mais brando que o de Biscaia, talvez por menostemperado, segundo um papel que consta do Livro Primeiro do Governo do

    Brasil. Cabe ao menos certa importncia histrica ao engenho de Santo Amaro,por ser, cronologicamente, o mais antigo de que h notcia no hemisfrioocidental, embora ao de Jamestown, na Virgnia, se d comumente essa

    primazia." (29)"O minrio de ferro foi identificado e explorado desde o sculo XVI, como

    atestam as atas da Cmara de So Paulo. Sobre essas primeiras exploraes,o Baro Eschwege d notcia, sem precisar, entretanto, o processo utilizado

    para a obteno do ferro.(...) "No sculo XVII temos referncia a forjas em Santana do Parnaba (SoPaulo), Santo ngelo (Missiones), e do governador do Maranho solicitandorecursos para a instalao de engenho de ferro, negado pela Coroa sob a

    alegao de que no convinha continuar a manufatura dele, porque se o gentioo encontrasse com maior abundncia no serto, instrudos pelos que fugissemda cidade, fcil seria fabric-lo, o que um grave dano ao comrcio do Reino,

    por ser o ferro a melhor droga que dele podia vir.(...) "Por sua vez, Srgio Buarque de Holanda fala em 'fornos catales'. E no

    podemos deixar de assinalar primitivos metalurgistas africanos, como alis, emoutras ocasies, o autor alemo no deixa de anotar, no tocante a tcnicas e

    utenslios trazidos pelos prprios escravos.(...) "O ferro forjado produzido no Brasil, cuja destinao maior seria para

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    utenslios, ferragens e armas de fogo, alm de no ultrapassar volumeextremamente reduzido, devido disperso da populao, ainda era de

    qualidade muito baixa, com alto teor de carbono e de escria, produzindo umferro quebradio e pouco malevel, de difcil estiramento.

    (...) "Essa situao seria alterada somente com a vinda da Famlia Real,

    quando duas ambiciosas empresas foram elaboradas, ambas com pesadosinvestimentos estatais: o intendente Cmara, em 1808, construiu altos-fornosem Serro Frio (Minas Gerais) e Varnhagen, na mesma poca, procurou instalar

    uma grande siderrgica em Ipanema (Sorocaba), prxima s antigasinstalaes quinhentistas de Afonso Sardinha."(30)

    Mas, como o Baro de Eschwege observou, essas tentativas fracassaram pelafragilidade do mercado local. Para este, as pequenas forjas eram mais do que

    suficientes."A utilizao de produtos de ferro e ao se limitava, na primeira metade do

    sculo XIX, a ferramentas de cultivo da terra e posteriormente, instalao deengenhos centrais de acar. Esta uma inovao trazida pelos europeus para

    agilizar uma produo que ainda justificava investimentos, em funo dospreos compensadores no mercado internacional e at mesmo para baixar o

    custo de produo, pela sua racionalizao. Assim, os ingleses tentaraminclusive instalar no Brasil indstrias de ferro, experincias frustradas tambmem funo da concorrncia com produtos similares importados da Inglaterra eda Frana.(...) Dentre elas, se destaca a Fundio d'Aurora, a 'Aurora Foundry'

    ou 'Starr & Cia.', fundada em 1829 pelo ingls Christopher Starr, e quefuncionou no Recife at 1873."(31)

    ESTRUTURAS METLICAS NA CONSTRUO

    "No sculo XIX, os ingleses dominaram os servios pblicos no Brasil. Quasesempre instalavam esses servios s prprias expensas. Adquiriam a

    concesso da explorao por um tempo determinado, suficiente para ressarciras despesas com o investimento, os custos de manuteno, os honorrios e os

    lucros. possvel, portanto, que eles procurassem maximizar o investimentoinicial, visando uma concesso mais longa de explorao dos servios.

    provvel tambm que alguns itens desse investimento inicial no tivessem deser necessariamente importados, mesmo considerando que muitos produtos

    industriais para construo civil aqui chegavam com melhor qualidade e melhor

    preo do que os similares brasileiros."Um servio, instalado no Brasil e monopolizado por firmas inglesas, foram asferrovias, monoplio esse somente rompido no fim do sculo XIX, pelo

    concurso dos belgas, mesmo assim para pequenos ramais."A partir da metade do sculo, foram construdas vrias estradas de ferro nopas, para servir essencialmente aos propsitos da exportao de produtos

    agrcolas. As linhas construdas no eram locadas com os objetivos de facilitaros transportes de pessoas e mercadorias, servir a rede urbana existente e

    promover o seu desenvolvimento. Visavam, primordialmente, o escoamento daproduo local para os portos de exportao. De qualquer forma,

    desempenharam importante papel no desenvolvimento local. Foi o caso das

    estradas de ferro que transportaram caf, acar e algodo para os portos deSantos, Rio de Janeiro, Recife, etc.

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    "A arquitetura ferroviria - que tantas esperanas despertara na Europa entreos poucos crticos de arte de vanguarda, tambm se manifestou aqui,repetindo, sem grandes variaes e com raras excees, os modelos

    europeus."As poucas excees se constituram nas estaes em ferro corrugado na

    Cantagalo Railway, no Estado do Rio de Janeiro.(...) Outra estao que foge regra geral a de Bananal em So Paulo."Bananal, pequena cidade (...) prxima fronteira com o Estado do Rio de

    Janeiro, notabilizou-se no sculo passado pela produo do caf. Apesar dasua importncia para a economia do Estado, a cidade ficou margem da linha

    ferroviria Rio-So Paulo. Os fazendeiros de caf decidiram, ento, mandarconstruir uma estrada de ferro ligando a cidade a Barra Mansa, local onde

    passava a estrada Rio-So Paulo, e da aos portos por onde escoariam a suaproduo.

    "Constituiu-se portanto, em 1880, a Companhia Estrada de Ferro Bananal, quecontratou as obras com Jos Leite Figueiredo. A abolio da escravatura no

    s interrompeu as obras como tambm liquidou a empresa.(...) Coube aosengenheiros Jos Caetano Horta Barbosa e Machado da Costa concluir asobras iniciadas em 1880. Assim, em outubro de 1888, chegou a Bananal a

    estao ferroviria que ali seria montada."De fato, esta uma estao singular no Brasil e, talvez, no mundo. Ainda nofoi possvel localizar outra edificao com essa mesma funo e com a mesma

    forma."Em 1918 esse ramal ferrovirio passou a pertencer Unio. Mais tarde foi

    desativado. Hoje, no existem sequer os trilhos. A 'elegantssima' estao deulugar a um depsito de uma empresa pblica. Isto enquanto no restaurada,

    propsito que vem sendo anunciado j h algum tempo, mas que no seefetiva.

    "(...) A mais sensacional das estaes , contudo, a da Luz, no centro dacidade de So Paulo. Com algumas modificaes, feitas aps um incndio, a

    estao , fundamentalmente, a mesma que se terminou de construir em 1901e que, imponentemente, marcava a paisagem da capital paulista.

    "(...) Dentre os edifcios pr-fabricados em ferro, importados pelo Brasil,nenhum tipo foi to til e to disseminado quanto os mercados pblicos.

    "O Mercado de So Jos, no Recife, sem dvida, o mais antigo mercado deferro existente no Brasil e, provavelmente, o pioneiro. A sua montagem final foi

    concluda em 1875 e est situado no bairro de So Jos. (...) O mercado

    jamais deixou de funcionar, desde o dia de sua inaugurao."O Mercado de Peixe, em Belm, por muito tempo conhecido como o Mercadode Ferro, foi inaugurado em 1 de dezembro de 1901 (...). No se conseguiu

    precisar a origem da estrutura metlica do edifcio, embora se possa asseverar,dado s circunstncias regionais, que tenha sido importada.

    "O mercado continua em funcionamento e, com suas torres bizarras, presena obrigatria nos cartes-postais da cidade de Belm.

    "O Mercado Municipal do Rio de Janeiro foi o maior de todos os edifcios deferro montados no Brasil, de origem europia.(...) Na dcada de 1950, o

    mercado municipal foi destrudo para a construo de um viaduto, parte deuma das novas avenidas construdas para desafogar o trfego de veculos

    automotores."(...) Passados trinta e trs anos do estrondoso sucesso do Palcio de Cristal

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    de Londres, o Brasil tambm inaugurou o seu. Certamente, a denominao queo edifcio recebeu aqui se deve similaridade do material empregado nos dois

    pavilhes e aos efeitos plsticos conseguidos, mantidas as devidaspropores.

    "O edifcio existe hoje, no mesmo lugar onde foi primitivamente montado: numa

    praa situada na confluncia dos rios Piabanha e Quitandinha, na cidade dePetrpolis.(...) Restaurado recentemente, abriga exposies temporrias dearte, cumprindo objetivos propostos h um sculo. todo em ferro e vidro."(32)

    no Brasil que os programas mais ambiciosos foram elaborados para odesenvolvimento das indstrias siderrgicas. O Brasil conta com a maior

    populao de qualquer pas latino americano bem como com o maior consumode produtos de ao. Possui, alm disso, as mais altas jazidas de minrio dealto teor do continente, e tambm generosa parcela dos escassos recursoscarbonferos da Amrica Latina. Antes da Segunda Grande Guerra, existiam

    vrias pequenas empresas siderrgicas, com uma produo conjunta inferior a100.000 toneladas de ao. Achava-se localizada perto das jazidas de minrio

    de Itabira, sendo que algumas das usinas utilizavam carvo vegetal comocombustvel.

    Em 1940, constitui-se a CSN com o objetivo de construir-se uma grande usinamoderna integrada. "O pas importava praticamente todo o ao de quenecessitava, tanto que as instalaes industriais da prpria CSN foram

    construdas com estruturas fornecidas por empresas estrangeiras. (...) No de estranhar que a falta de tradio no uso das estruturas metlicas tenhalevado a CSN, em 1950, a encontrar dificuldades na comercializao dos

    produtos de sua linha de perfis pesados."A entrada em operao, nos anos sessenta, da Cosipa - Companhia

    Siderrgica Paulista - e da Usiminas - Usinas Siderrgicas de Minas Gerais -favoreceu uma notvel expanso da oferta de produtos laminados planos no

    mercado."Na dcada seguinte a indstria siderrgica se consolidaria como indstria debase, diminuindo consideravelmente as importaes de produtos siderrgicos.

    "Com a ampliao e a modernizao das nossas usinas, processou-se umefeito multiplicador que permitiu alcanar elevados ndices de produtividade ede qualidade. Passamos da tradicional condio de importadores para a de

    exportadores de ao."(33)

    NOTAS1. DUCASS, PIERRE, Histria das tcnicas. Lisboa: Publicaes Europa-

    Amrica,1962, p. 21-5.

    2. DUCASS, PIERRE, Histria das tcnicas. Lisboa: Publicaes Europa-Amrica,1962, p. 27-30

    3. RONAN, COLIN A., Histria Ilustrada da Cincia da Universidade deCambridge. R.J.: Jorge Zahar Editor, v.I, 1987, p. 53-5.

    4. RONAN, COLIN A., Histria Ilustrada da Cincia da Universidade deCambridge. R.J.: Jorge Zahar Editor, v.I, 1987, p.61.

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    5. DE CAMP, SPRAGUE, A Histria Secreta e Curiosa das GrandesInvenes....: Lidador, p. 178.

    6. Estas mquinas simples eram: a roda e o seu eixo, a alavanca, a roldana, a

    cunha, o parafuso sem fim (parafuso engrenando uma roda dentada). Pelassuas combinaes, essas mquinas geravam todos os aparelhos delevantamento (guinchos) conhecidos nessa poca.(DUCASS)

    7. Entre essas tentativas mencionemos as catapultas dos engenheiros de Diniso Antigo, que defenderam Siracusa em 397 a.C. contra a frota cartaginesa:mquinas enormes derivadas do arco da flecha, por uma srie de estudosempricos,(...) cujos resultados se exprimem em frmulas numricas (...).

    Tambm Ctesbolo, discpulo de Arquimedes, inventou uma bomba hidrulica edesenhou catapultas operadas por molas de bronze e uma a ar comprimido.

    (DUCASS)

    8. O parafuso, a porca e as suas principais aplicaes esto tradicionalmenteligadas aos nomes de Arquitas e de Arquimedes. Mas d-se com essainveno o mesmo que se d com muitas outras: o uso do parafuso,

    originalmente um eixo cavado com um veio em espiral, liga-se a experinciasmuito antigas. O parafuso hidrulico, chamado "de Arquimedes", parece antes

    remontar a certos aparelhos usados pelos egpcios para fazer subir a gua.(DUCASS)

    9. DUCASS, PIERRE, Histria das tcnicas. Lisboa: Publicaes Europa-Amrica,1962, p. 36-46.

    10. Veja-se a frase de Aristteles: "Quando a lanadeira andar sozinha, osescravos sero inteis". Aquilo que era, no pensamento do filsofo, uma

    demonstrao irnica da necessidade da escravatura, transformou-se numainvoluntria profecia! (DUCASS)

    11. DUCASS, PIERRE, Histria das tcnicas. Lisboa: Publicaes Europa-Amrica,1962, p. 50-1.

    12. DUCASS, PIERRE, Histria das tcnicas. Lisboa: Publicaes Europa-

    Amrica,1962, p. 63.13. RONAN, COLIN A., Histria Ilustrada da Cincia da Universidade de

    Cambridge. R.J.: Jorge Zahar Editor, v.II , 1987, p. 59-76.

    14. RONAN, COLIN A., Histria Ilustrada da Cincia da Universidade deCambridge. R.J.: Jorge Zahar Editor, v.II , 1987, p. 126-7

    15. POUNDS, NORMAN J. G., Geografia do ferro e do ao. R.J.: ZaharEditores, 1966, p. 12-3

    16. DUCASS, PIERRE, Histria das tcnicas. Lisboa: Publicaes Europa-Amrica,1962, p. 72-5

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    17. POUNDS, NORMAN J. G., Geografia do ferro e do ao. R.J.: ZaharEditores, 1966, p.14-5

    18. DUCASS, PIERRE, Histria das tcnicas. Lisboa: Publicaes Europa-

    Amrica,1962, p. 77-87.

    19. SILVA, GERALDO GOMES DA, Arquitetura do ferro no Brasil. S.P.: Nobel,1986, p.13-4.

    20. SILVA, GERALDO GOMES DA, Arquitetura do ferro no Brasil. S.P.: Nobel,1986, p. 15-6.

    21. SILVA, GERALDO GOMES DA, Arquitetura do ferro no Brasil. S.P.: Nobel,1986, p. 16-8.

    22. SILVA, GERALDO GOMES DA, Arquitetura do ferro no Brasil. S.P.: Nobel,1986, p.13-23

    23. SILVA, GERALDO GOMES DA, Arquitetura do ferro no Brasil. S.P.: Nobel,1986, p.25.

    24. PEVSNER, NIKOLAUS, Origens da arquitetura moderna e do design. 2. Ed.So Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 35.

    25. SILVA, GERALDO GOMES DA, Arquitetura do ferro no Brasil. S.P.: Nobel,1986, p. 46.

    26. PEVSNER, NIKOLAUS, Origens da arquitetura moderna e do design. 2. Ed.So Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 38.

    27. PEVSNER, NIKOLAUS, Origens da arquitetura moderna e do design. 2. Ed.So Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 149.

    28. VARGAS, MILTON, Histria da tcnica e da tecnologia no Brasil. S.P.:Editora da Universidade Estadual Paulista, 1994, p.108-9.

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    30. VARGAS, MILTON, Histria da tcnica e da tecnologia no Brasil. S.P.:Editora da Universidade Estadual Paulista, 1994, p.102-112

    31. SILVA, GERALDO GOMES DA, Arquitetura do ferro no Brasil. S.P.: Nobel,1986, p. 21-83.

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  • 8/4/2019 Cronologia Dos Metais

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    Zigurate Editora, 1993, p. 9-11.