Crustaceos

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Os crustáceos são animais do filo Arthropoda, representados por camarões, siris, caranguejos, cracas, lagostas, além de espécies da micro fauna, totalizando cerca de 40.000 espécies.

O nome da classe vem do fato de terem um exoesqueleto de

quitina endurecido pelo acúmulo de carbonato de cálcio (do

latim, crusta = carapaça dura).

Os crustáceos são extremamente diversificados quanto à estrutura e ao hábito, mas são os únicos entre os artrópodes a possuírem dois pares de antenas.

As primeiras antenas, próximas a boca, têm uma origem similar

às antenas de outros artrópodes.

Constituem o grupo principal de artrópodes aquáticos.

A maioria é marinha, mas existem muitas espécies de água doce e tem havido muitas invasões do ambiente terrestre

(“tatuzinhos”).

Os crustáceos são os únicos que possuem apêndice em todo o corpo.

A especialização do tronco (tórax mais abdome) varia muito, mas é comum uma

carapaça que cobre todo ou parte do corpo.

A estrutura básica do tronco desses animais seria formada de muitos segmentos similares, cada qual com um par de apêndices,

sendo que na base do último segmento há um ânus. Os apêndices torácicos são fundamentalmente locomotores.

Servem para nadar e caminhar sobre superfícies sólidas. Os

apêndices abdominais, quando existentes, estão adaptados à natação e a eles, nas fêmeas, podem aderir os ovos até ao

nascimento dos novos animais..

Na alimentação por filtração, ceifas muito próximas dos apêndices funcionam como filtro.

As brânquias, que geralmente não existem apenas nas espécies muito pequenas, estão tipicamente associadas com os apêndices, mas a localização, o número e a forma variam muito.

O corpo, nos crustáceos mais evoluídos, pode ter 19 segmentos e é dividido em três parte: cabeça, tórax e abdômen; a cabeça é fundida ao tórax, e o conjunto chama-se cefalotórax.

O cefalotórax tem as peças mastigatórias (para a alimentação) assim como os órgãos sensitivos: olhos e antenas. Os dois pares de antenas são particularmente desenvolvidos; elas têm um papel

táctil e sensitivo.

O cefalotórax também pode incluir cinco pares de patas

andarilhas explicando o nome dos decápodes . Essas patas servem aos deslocamentos ao

solo, o primeiro par é transformado em pinças mais ou menos desenvolvidas em comprimento e espessura.

Também protege os órgãos.

Abdômen: É a parte mais comestível dos camarões e lagostas, e é frequentemente chamado de cauda, sobretudo em culinária. É articulado e inclui as patas nadadoras.

A maioria é de vida livre, mas existem espécies gregárias (cracas) que vivem em cardumes. Existem espécies parasitas e comensais. São um

grupo muito antigo, com fósseis do Cambriano e, apesar do número reduzido de espécies (se comparado aos insetos), são os artrópodos

dominantes do ambiente aquático.

O aparelho digestivo é formado pela boca, esôfago, estômago dividido em duas partes: a anterior, denominada câmara cardíaca e a posterior chamada de câmara pilórica.

Na câmara cardíaca existem dentes calcificados formando um moinho gástrico que ajuda na trituração dos alimentos. De uma maneira geral, os crustáceos são carnívoros ou onívoros, por

vezes detritívoros.

Sistema circulatório.

Ele e aberto, ou seja, o sangue que parte por veias e artérias quando chega nos órgãos e tecidos começa circula em lacunas. Com troca de nutrientes, gases e excretas formando um coração

dorsal onde sai 6 artérias pelo corpo.

Sangue

Hemolinfa que tem a

coloração azulada.

Denominado aberto ou

lacunar, porque o sangue não

está sempre no interior dos

vasos.

Aparelho excretor

Formado por um par de glândulas verdes, situadas na face ventral da cabeça, que se abrem no meio exterior de

um orifício próximo a base das antenas. As glândulas retiram restos orgânicos e sais da hemolinfa.

Invertebrados aquáticos eliminam os resíduos nitrogenados como amônia, composto este altamente tóxico, porém

rapidamente eliminado porque há sempre excesso de água.

O aparelho respiratório é formado por vários pares de brânquias situadas nos dois lados de todos os segmentos

torácicos.

Sistema nervoso

Crustáceos também é bastante similar ao dos outros artrópodes, notando-se a ocorrência de gânglios nervosos que podem ser maiores ou menores conforme a espécie considerada.

Reprodução

A reprodução das maioria

dos crustáceos e sexuada e

são ovíparos.

Entre elas são poucas as hermafroditas uma delas é as cracas.

Os crustáceos são ovíparos. O desenvolvimento dos crustáceos é indireto, ou em outras palavras quando há a

eclosão do ovo, o indivíduo encontra-se num estágio

de larva e através de algumas

transformações, ao longo do

tempo, adquire a forma do

adulto

. Na maioria das espécies o desenvolvimento é indireto, com uma larva livre-natante chamada Náuplio, primeiro estágio de eclosão e possui um olho de náuplio mediano e apenas os primeiros três

pares de apêndices do corpo.

Nos crustáceos superiores o náuplio se desenvolve numa larva

chamada Zoea. Esta pode se desenvolver numa larva mísis ou

originar um estágio juvenil

muito semelhante ao

adulto, chamado pós-

larva.

A cópula é típica da maioria dos crustáceos e a incubação dos ovos é muito comum. Os orifícios genitais estão situados

ventralmente, entre as patas de andar

Quando há acasalamento, o macho vira a fêmea de costas (por vezes depois da muda) e deposita uma massa de esperma

perto de seus orifícios genitais.

A desova ocorre umas horas

depois, os ovos, freqüentemente muito coloridos, são fecundados

à medida da desova.

A incubação varia de dez à vinte dias em função

das espécies e da

temperatura; quanto mais

esta é elevada,

mais curta é a incubação.

Os crustáceos , como os artrópodes em geral, têm boa capacidade de regenerar partes perdidas. Se arrancarmos o pedúnculo todo do olho, a regeneração pode ser defeituosa e não originar um novo olho, e sim

um apêndice em forma de antena.