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    UNIVERSIDADE TECNOLGICA FEDERAL DO PARAN DEPARTAMENTO ACADMICO DE ELETRNICA

    CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS DE TELECOMUNICAES

    MARCELO MIYAMOTO INOUE THYAGO MILO TAHER

    ANLISE DO MODELO DE CONCORRNCIA NA TELEFONIA FIXA APS A PRIVATIZAO: O CASO DE UMA

    OPERADORA ESPELHINHO ALPHA

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO

    CURITIBA 2013

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    MARCELO MIYAMOTO INOUE THYAGO MILEO TAHER

    ANLISE DO MODELO DE CONCORRNCIA NA TELEFONIA FIXA APS A PRIVATIZAO: O CASO DE UMA

    OPERADORA ESPELHINHO ALPHA

    Trabalho de Concluso de Curso de Curso apresentado disciplina Trabalho de Diplomao do Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de Telecomunicaes do Departamento Acadmico de Eletrnica DAELN da Universidade Tecnolgica Federal do Paran UTFPR, como requisito parcial para a obteno do ttulo de Tecnlogo. Orientador: Prof. Alexandre Jorge Miziara

    CURITIBA 2013

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    MARCELO MIYAMOTO INOUE

    THYAGO MILEO TAHER

    ANLISE DO MODELO DE CONCORRNCIA NA TELEFONIA FIXA APS A PRIVATIZAO: O CASO DE UMA

    OPERADORA ESPELHINHO ALPHA

    Este trabalho de concluso de curso foi apresentado no dia 5 de dezembro de 2011, como requisito parcial para obteno do ttulo de Tecnlogo em Sistemas de Telecomunicaes, outorgado pela Universidade Tecnolgica Federal do Paran. Os alunos foram argidos pela Banca Examinadora composta pelos professores abaixo assinados. Aps deliberao, a Banca Examinadora considerou o trabalho aprovado.

    ______________________________

    Prof. Luis Carlos Vieira Coordenador de Curso

    Departamento Acadmico de Eletrnica

    ________________________________

    Prof. Sergio Moribe Responsvel pela Atividade de Trabalho de Concluso de Curso

    Departamento Acadmico de Eletrnica

    BANCA EXAMINADORA

    ssssssssssssssssssssssssssssssssssss

    A Folha de Aprovao assinada encontra-se na Coordenao do Curso

    _______________________________ .

    Prof. Alexandre Jorge Miziara Professor Orientador

    ______________________________

    Prof. Kleber Kendy H. Nabas

    __________________________________ .

    Prof. Ubiradir Mendes Pinto

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    Danielle e ao Pedro, pela compreenso das horas preteridas a eles em favor da elaborao desse trabalho. E pelo seu incansvel incentivo para que a concluso do curso e desse trabalho fossem verdades palpveis. Graa Eliana e ao Assmar que, aps infindveis anos, vo poder ver o filho graduado onde quer que estejam.

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    AGRADECIMENTOS

    To improvvel quanto elaborar e apresentar esse trabalho sem a participao do Professor Alexandre Jorge Miziara, seria faz-lo sem prestar-lhe todo o agradecimento por seu envolvimento e comprometimento.

    No qualquer tipo de exagero falar que sem o envolvimento do Professor Miziara no teramos chegado ao nvel de maturidade que imaginamos existir nesse trabalho. Um trabalho que no se contentou em observar e relatar fatos: mas sim process-los e transform-los em idias.

    A maior contribuio do Professor Alexandre, dentre todas, realmente foi essa: tirar-nos dos lugares comuns que um Trabalho de Concluso de Curso poderia nos levar, nos deixando evidente que era possvel pensar em vez de simplesmente relatar.

    A participao do Professor Alexandre transcende elaborao desse trabalho: sem dvida ela parte do processo de nos tornar cidados melhores.

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    You may say: I'm a dreamer. But I'm not only one. I hope some day you'll join us. (LENNON, 1971)

    Voc pode dizer que sou um sonhador. Mas no sou o nico. Eu espero que um dia voc junte-se a ns. (LENNON, 1971)

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    RESUMO

    INOUE, Marcelo; TAHER, Thyago. Anlise do modelo de concorrncia na telefonia fixa aps a privatizao: o caso de uma Operadora espelhinho Alpha. 2011. 70 f. Trabalho de Concluso de Curso (Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de Telecomunicaes), Departamento Acadmico de Eletrnica, Universidade Tecnolgica Federal do Paran. Curitiba, 2013.

    Este trabalho tem o objetivo de analisar o modelo de concorrncia no mercado de telefonia fixa aps a privatizao do setor de telecomunicaes no Brasil em 1998. Foi utilizado o mtodo indutivo, onde a partir da anlise de dados de um caso particular, faz-se uma concluso sobre a efetividade da privatizao e posterior gerao de concorrncia no mercador de telecomunicaes. Os principais resultados foram a criao de uma agncia nacional para regular o setor de telecomunicaes: a Anatel e com a anlise de um caso particular de sucesso da empresa com nome fictcio: operadora alpha, pode-se chegar a uma viso abrangente do cenrio ps-privatizao no Brasil, em que o objetivo principal foi alcanado, que era o de gerar concorrncia no setor.

    Palavras-chave: Privatizao. Telecomunicaes. Operadora Alpha.

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    ABSTRACT

    INOUE, Marcelo; Taher, Thyago. Analysis of model of competition in fixed telephony after privatization: the case of Alpha Carrier espelhinho. 2011. 70 f. Trabalho de Concluso de Curso (Curso Superior de Tecnologia em Sistemas de Telecomunicaes), Departamento Acadmico de Eletrnica, Universidade Tecnolgica Federal do Paran. Curitiba, 2013.

    This work aims to make a model analysis of competition in fixed telephony market after the privatization of the telecommunications sector in Brazil in 1998. The study used the inductive method, where the analysis of data from a particular case, it is a conclusion about the effectiveness of privatization and subsequent generation of merchant competition in telecommunications. The main results were the creation of a national agency to regulate the telecommunications market: the Anatel and the analysis of a particular case of success of the company with a fictitious name: alpha operator, it is able to get a comprehensive view of the post-privatization in Brazil, where the main objective was achieved, which was to generate competition in the telephony market.

    Keywords: privatization, Telecommunications, Alpha Carrier.

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    SUMRIO

    1 INTRODUO .................................................................................................................................. 10 2 OBJETIVOS ....................................................................................................................................... 11 2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................................ 11 2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS.......................................................................................................... 11 3 PROBLEMA ...................................................................................................................................... 12 4 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................ 13 5 CENRIO BRASILEIRO PR-PRIVATIZAO DAS TELECOMUNICAES ............................. 14 5.1 AGNCIA PARA REGULAO ................................................................................................... 16 6 O CERNE DA PRIVATIZAO ........................................................................................................ 20 7 BASE LEGAL DA PRIVATIZAO DOS SERVIOS DE TELEFONIA FIXA ............................... 23 8 ANATEL E A LICITAO PARA AS ESPELHINHOS .................................................................... 24 8.1 OBJETO DO EDITAL DE PRIVATIZAO .................................................................................. 24 8.2 REGIME PBLICO E PRIVADO ................................................................................................... 25 8.3 QUEM PODIA PARTICIPAR DA LICITAO PARA AS ESPELHINHOS .................................. 25 8.4 DOCUMENTAO ........................................................................................................................ 26 8.5 O CRITRIO DE CLASSIFICAO .............................................................................................. 26 8.6 CONTAGEM DE PONTOS ............................................................................................................ 26 8.7 AS METAS ..................................................................................................................................... 27 8.8 AS SANES ................................................................................................................................ 27 8.9 USO DE RADIOFREQNCIAS ................................................................................................... 27 8.10 O QUE EST POR TRS DOS NMEROS ............................................................................... 28 8.11 TV POR ASSINATURA ............................................................................................................... 28 8.12 DEFINIO: EMPRESA-ESPELHO ........................................................................................... 29 8.13 DEFINIO: EMPRESA-ESPELHINHO ..................................................................................... 29 9.1 HISTRICO.................................................................................................................................... 30 9.1.1 CRONOLOGIA ............................................................................................................................ 31 9.1.2 MISSO ...................................................................................................................................... 31 9.1.3 VISO ......................................................................................................................................... 31 9.1.4 VALORES ................................................................................................................................... 32 9.1.4 PROJEES DE CRESCIMENTO E NOVOS NEGCIOS ...................................................... 32 9.2 FARROUPILHA: UM EXEMPLO DE MERCADO ......................................................................... 34 9.3 PRODUTOS, SOLUES E VALOR AGREGADO ..................................................................... 36 10 CONCLUSO .................................................................................................................................. 37 REFERNCIAS ..................................................................................................................................... 41 ANEXO A PORTFLIO DE SERVIOS DA OPERADORA ALPHA MERCADO PBLICO RESIDENCIAL ...................................................................................................................................... 43

    MEU 17 ............................................................................................................................................. 43 TRANSITEL ...................................................................................................................................... 44

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    TRANSIT+ ......................................................................................................................................... 45 ANEXO B PORTFLIO DE SERVIOS DA OPERADORA ALPHA MERCADO DE PEQUENAS E MDIAS EMPRESAS ........................................................................................................................ 46

    TRANSIT FIBER ............................................................................................................................... 46 FIRENET ........................................................................................................................................... 46

    ANEXO C PORTFLIO DE SERVIOS DA OPERADORA ALPHA MERCADO GRANDES EMPRESAS .......................................................................................................................................... 47

    DDR .................................................................................................................................................. 47 TRANSIT LINE .................................................................................................................................. 48 INTERNETFULL ............................................................................................................................... 48

    ANEXO D PORTFLIO DE SERVIOS DA OPERADORA ALPHA MERCADO OPERADORAS E PROVEDORES .................................................................................................................................. 49

    VOIP CLOUD .................................................................................................................................... 49 WHOLESALE .................................................................................................................................... 50

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    1 INTRODUO

    A Constituio Brasileira promulgada em 05 de outubro de 1988 previa que os servios de telecomunicaes seriam prestados mediante monoplio do estado. Mas gradualmente o mercado acabou sendo aberto.

    A Lei Geral das Telecomunicaes criou a ANATEL (Agncia Nacional de Telecomunicaes) em 1997 e deu os primeiros passos em direo a transferncia dos servios para o setor privado.

    O Plano Geral de Outorgas de 1998 dividiu o Pas em regies, que mais tarde serviram de referncia para as regies a serem licitadas.

    Posteriormente o Sistema Telebrs foi dividido e as empresas constitudas foram leiloadas para a iniciativa privada, num modelo de concorrncia divido entre concessionrias, que herdariam as instalaes montadas das antigas estatais, mas em contrapartida assumiriam metas de universalizao. Do outro lado estariam as autorizadas, que no teriam metas de universalizao, mas teriam que montar redes prprias ou compartilhar infra-estrutura com as concessionrias.

    Nesse ambiente competitivo com foco nos grandes centros urbanos e grandes empresas, as regies distantes e menos povoadas ficaram de fora dessa competio e foram licitas pela Anatel para empresas de pequeno porte chamadas espelhinhos para atender apenas a rea do municpio. Empresas espelhinho so aquelas que nasceram da proposio da Anatel de oferecer telefonia para localidades em que no h, ou havia, previso de atendimento atravs das empresas concessionrias espelhos (normalmente GVT e Vsper).

    A Operadora Alpha, nome fictcio da empresa a ser investigada nesse estudo, surgiu nesse cenrio competindo em algumas cidades do estado do Rio Grande do Sul inicialmente, e por obter sucesso, atualmente foi elevada categoria de entrante no mercado de telefonia fixa.

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    2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Analisar o modelo de concorrncia do mercado de telecomunicaes, com a participao de empresas espelhinhos, idealizado para a telefonia fixa no Brasil aps a privatizao do setor em 1998.

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    - Pesquisar em literatura disponvel o contexto e aes histricas que culminaram na privatizao da telefonia fixa.

    - Detalhar o modelo de concorrncia que foi idealizado para o cenrio ps-privatizao.

    - Levantar e selecionar dados sobre a empresa espelhinho do estudo de caso.

    - Avaliar as informaes relevantes para a consolidao da empresa analisada no mercado de telefonia.

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    3 PROBLEMA

    Analisar se o modelo o objetivo de gerao de concorrncia no mercado de telefonia fixa nas regies em que foram implantadas as empresas espelhinhos de privatizao realizado no setor de telecomunicaes foi atingido.

    Inicialmente todo o sistema de telefonia fixa no Brasil era monoplio estatal e por diversos fatores, foi transferido para a iniciativa privada para algumas empresas de grande porte. Em muitas regies do Pas de baixa densidade populacional, no houve o interesse por essas empresas e o mercado foi aberto para que pequenas empresas pudessem atuar nessas regies e promover a concorrncia com as concessionrias que somente chegou a algumas dessas regies devido s metas de universalizao.

    O estudo de caso da empresa Operadora Alpha, objetiva analisar o modelo de concorrncia no mercado de telefonia fixa aps a privatizao do setor de telecomunicaes, por meio da anlise de crescimento e expanso da rede da Operadora e grau de satisfao de seus clientes atravs de processo de amostragem.

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    4 JUSTIFICATIVA

    A busca de solues tcnicas e anlise do mercado de telecomunicaes vo ao encontro com as bases do conhecimento adquirido no ambiente acadmico, e nesse contexto o problema em questo uma forma de aplicar o conhecimento terico em uma situao real.

    A resoluo do problema busca ampliar a viso sistmica do mercado de telecomunicaes, que fundamental para direcionar o desenvolvimento e comercializao de novas tecnologias, pois tem como base as necessidades do mercado.

    A anlise de tendncias do mercado de tecnologia fundamental para o profissional formado no curso de Tecnologia em Sistemas de Telecomunicaes, pois ajuda a direcionar a carreira.

    Com essa proposta de Trabalho de Concluso de Curso espera-se explorar uma das caractersticas mais difundidas durante a vida acadmica: a inovao. Fugir das frmulas prontas de construo e anlise de circuitos eletrnicos pr-estabelecidos, afastar-se do senso comum de que um TCC na rea do Curso prioritariamente precisa apresentar um hardware funcionando e atribuir-lhe as causas e princpios de funcionamento. A formao do curso pode dar diretrizes para um processo analtico de mercado, suas oportunidades e tendncias. E a grande justificativa para esse trabalho demonstrar que o curso permite entender as demandas e necessidades de consumidores, tendo viso aberta e capaz de se adaptar s oportunidades do mercado.

  • 14

    5 CENRIO BRASILEIRO PR-PRIVATIZAO DAS TELECOMUNICAES

    Nos anos 90, o setor de telecomunicaes do pas passou por uma grande reestruturao tecnolgica e na forma de vender seus servios, baseada no avano tecnolgico com a difuso da microeletrnica. Esses fatores levaram a uma nova viso do papel do governo no setor, pois com as privatizaes e novas tecnologias, o governo passou a atuar apenas no processo de criao e implantao de mecanismos de regulao, baseados no principio da livre concorrncia (DA SILVA, 2011).

    No Brasil, essa movimentao coincidiu com vrias reformas econmicas e a ruptura do modelo anterior com objetivo de atingir um equilbrio econmico, atravs da abertura da economia e reforma patrimonial do estado atravs das privatizaes e tambm outras polticas de incentivo como: ajuste fiscal, taxa de cmbio varivel, queda das barreiras tarifrias. Esses fatores levaram a uma ampliao da oferta de bens e servios em vrios setores, o que gerou reduo de preos e aumento na produo, onde o setor de telecomunicaes contou tambm com uma grande quantidade de recursos vindos de investimentos externos diretos (DA SILVA, 2011).

    At os anos 1990, os setores de telecomunicaes, energia, saneamento e transportes no Brasil eram de monoplio de empresas estatais. O estado definia o investimento e os preos dos servios dos setores (DA SILVA, 2011).

    O Plain Old Telecommunications Services (PLOTS), em que se baseava o antigo setor de telecomunicaes, teve custos elevados devido a vrios fatores como: falta de estmulos para o atendimento de determinados setores e elevado investimento inicial (DA SILVA, 2011).

    Um desenho esquemtico do modelo PLOTS apresentado na figura 1.

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    Figura 1 - Modelo Plain Old Telecommunications Services (PLOTS). Fonte: Tutorial regulamentao (2011).

    De uma forma geral, o antigo setor de telecomunicaes no Brasil era caracterizado pela presena do estado na forma de monoplio, barreiras entrada, quase sem concorrncia externa e padro de tecnologia analgica. O financiamento das estatais era por meio de polticas pblicas de assimetria de tarifas e oramento pblico (DA SILVA, 2011).

    Como resultados o antigo modelo tinha como caractersticas: o baixo ndice de universalizao e pssima gesto dos recursos (DA SILVA, 2011)

    Com o avano da tecnologia da informao foi substitudo o antigo padro circuit-switched systems para o novo packet-switched systems caracterizado pelo empacotamento das mensagens com voz e dados em que as redes tem uma eficincia maior e podem prestar uma variedade maior de servios, conforme pode-se analisar atravs da figura 2, em que pode-se observar o movimento de "convergncia" conhecido como PANS (Pretty Amazing New Services) que oferece vrios servios como: telefonia na Internet, telefonia fixa via Internet e TV (DA SILVA, 2011).

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    Figura 2 - Modelo Pretty Amazing New Services (PANS). Fonte: Tutorial regulamentao (2011).

    A troca do modelo PLOTS para o PANS no Brasil ocorreu junto com o processo de privatizaes, onde o Estado regulador passou a promover a inovao tecnolgica por meio de metas de universalizao e digitalizao. O processo de privatizao deu grande nfase aos princpios da concorrncia atravs de metas de atrao de capital externo, universalizao, digitalizao e diversificao de servios (DA SILVA, 2011).

    As privatizaes tinham como objetivo: aumentar os investimentos no setor, reduzir as tarifas e aumentar a quantidade de usurios de usurio por meio de metas de universalizao (DA SILVA, 2011)

    5.1 AGNCIA PARA REGULAO

    A regulao tem como objetivos: Evitar abusos; Garantir a qualidade dos servios; Garantir preos conforme estabelecidos;

    O rgo de regulao tem funo chave na atrao de investimentos ao setor de infraestrutura. Os agentes de mercado tm que ter seus interesses

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    assegurados nos contratos de concesso e dessa forma um bom modelo de regulao deve ter como meta o interesse pblico (DA SILVA, 2011).

    Para que aumentem os investimentos no setor importante que o rgo regulador tenha eficincia, que garantida pela obteno de informaes do mercado regulado (DA SILVA,2011).

    No quadro abaixo (Quadro 1), os modelos de inspirao ortodoxa e heterodoxa para o setor so comparados em nove variveis referenciando os modelos PLOTS e PANS. A regulao pblica necessria no apenas quando ocorrem falhas de mercado, mas tambm na prpria evoluo nos processos produtivos, o que indica que a estrutura heterodoxa mais prxima ao atual modelo de telecomunicaes PANS (DA SILVA, 2011).

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    VARIVEL ANALTICA MODELAGEM ORTODOXA MODELAGEM HETERODOXA

    Resposta s mudanas nos dados econmicos

    Reao imediata, ajuste instantneo atendendo de maneira imediata as mudanas nos preos relativos, preferncias dos consumidores, choques tecnolgicos, etc..

    No instantnea; decises complexas; escolhas levam tempo, ajuste progressivo.

    Qualidade do equilbrio Automtico; resposta passiva a alteraes nos dados de mercado.

    Dinmico; ajustamento se d de maneira contnua.

    Informao relacionada s transaes

    Perfeita, simtrica, agentes no incorrem em custos, ilimitada capacidade de processamento.

    Imperfeita, assimtricas, onerosa.

    Estrutura de mercado

    Conhecida. H quatro estruturas bem definidas: concorrncia perfeita, monoplio, concorrncia monopolstica e oligoplio.

    Altera-se ao longo do tempo. Depende da evoluo das firmas que sobreviverem concorrncia. Envolve assimetria tcnica, financeira, etc.

    Tempo de ajustamento mudana nos dados econmicos

    Lgico. No traduz o processo de ajustamento. Histrico

    Origem e conseqncias da inovao tecnolgica

    Exgena; no reflete; empresas escolhem os melhores mtodos produtivos.

    Endgena; depende da forma de obteno, acumulao e uso de conhecimentos (codificado e tcito). Fator que explica uma srie de fenmenos (padres de comrcio, mudanas nas estruturas de mercado, etc.)

    Estruturas tecnolgicas Opera sobre padres dados. As firmas se diferenciam.

    Presena de custos de transao

    No considera custos de transao e diversidade institucional.

    Considera custos de transao e diversidade institucional.

    RESULTADOS E REGULAO DE MERCADO

    Os mercados so eficientes e prescindem de instrumento de ao pblica que devem ser usados apenas para dar conta de falhas de mercado (falhas de informao, economias de escala, mercados incompletos, externalidade, bens pblicos, etc.). ESTRUTURA ADERENTE AO MODELO PLOTS.

    A regulao uma necessidade exigida no apenas na presena de falhas de mercado. Sempre que possvel, as funes alocativa e distributiva devem permear as decises dos gestores pblicos. ESTRUTURA ADERENTE AO MODELO PANS.

    Quadro 1 - Comparativo entre a modelagem ortodoxa e modelagem heterodoxa Fonte: Tutorial Regulamentao (2011).

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    De modo geral uma agncia reguladora existe para fiscalizar a prestao de servios, seja pelo setor pblico no modelo PLOTS ou pelo setor privado no modelo PANS, e o faz atravs de parmetros nos contratos de concesso das operadoras de telefonia fixa e mvel (DA SILVA, 2011).

    As agncias no tm autoridade para definir tarifas de prestao de servios de telecomunicaes, o que fazem fiscalizar que sejam cumpridas as tarifas definidas nos contratos de concesso (DA SILVA, 2011).

    Para que uma agncia reguladora tenha um bom funcionamento, importante garantir para a populao que os servios sejam prestados com qualidade e eficincia e para isso deve-se basear em 5 premissas:

    Melhoria da eficincia econmica, atravs da garantia da melhor oferta de servio

    Garantir que no ocorram abusos, devido a monoplio em atividades locais e nacionais;

    Garantir que existam critrios para atingir a universalizao dos servios;

    Garantia de preos compatveis com os servios prestados; Garantir a existncia de meios de comunicao e interao entre

    fornecedores, intermedirios e consumidores (DA SILVA ,2011).

    Levando em considerao os aspectos tecnolgicos, a atividade da agncia reguladora de atender a vrios seguintes de eficincia tcnica e econmica dentre as quais:

    Fomentar a inovao tecnolgica por meio atravs da identificao de oportunidades de novos servios.

    Garantir que sejam atendidos determinados fatores de padronizao e compatibilidade de equipamentos (DA SILVA,2011).

  • 20

    6 O CERNE DA PRIVATIZAO

    A privatizao do sistema Telebrs aconteceu em 29 de julho de 1998, com uma arrecadao de U$S 19 bilhes pela venda de 51.79% das aes com direito a voto, sendo considerada uma das maiores privatizaes do mundo (NOVAES, 2011).

    Antes da privatizao, haviam 27 telefnicas, uma por estado, uma holding, a Telebrs, uma outra voltada para servios interurbanos e internacionais, a Embratel (COMPARATEL, 2011).

    No referido leilo do sistema foram vendidas no total as 12 estatais, que existiam em funo antigo Sistema Telebrs. Foram trs empresas de telefonia fixa dentre as quais: Telesp Tele Centro Sul Tele Norte Leste e oito de telefonia celular dentre as quais: Telesp Celular, Tele Sudeste Celular, Telemig Celular, Tele Celular Sul, Tele Nordeste, Tele Leste Celular, Tele Centro Oeste Celular e Tele Norte Celular e tambm a operadora de servios de longa distncia, Embratel (BNDES, 2011).

    Ao final do leilo, a Telesp foi arrematada pelo consrcio: Telefnica da Espan, Portugal Telecom, RBS, Iberdrola e BBV, a Tele Norte Leste foi arrematada pelo consrcio: Andrade Gutierrez, La fonte, Inepar, Macal e companhias de seguro locais e a Tele Centro Sul: foi arrematada pelo consrcio: Telecom Itlia, Algar, Opportunity e Splice (BNDES, 2011).

    Das oito operadoras de telefonia celular a telesp celular foi arrematada pela Portugal Telecom, a Tele Sudeste Celular foi arrematada pelo consrcio: Telefnica da Espan, Iberdrola, NTT e Itachu, a Telemig Celular foi arrematada pelo consrcio: Telesystem, fundos de penso locais e Opportunity, a Tele Sul Celular foi arrematada pelo consrcio: Telecom Italia, Globopar e Bradesco, a Tele Centro Celular foi arrematada pela empresa Splice, a Tele Nordeste Celular foi arrematada pelo consrcio: Telecom Italia, Globopar e Bradesco, a Tele Leste Celular foi arrematada pelo consrcio: Telefnica de Espan e Iberdola, e a Tele Norte Celular foi arrematada pelo consrcio: Telesystem, fundos de penso locais e Opportunity (NOVAES, 2011).

    Uma das principais reclamaes contra as operadoras atualmente so as altas tarifas praticadas. De fato, as tarifas praticadas hoje so altas,

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    principalmente a assinatura bsica da telefonia fixa. Mas no real que todos os servios tenham aumentado seus preos. Se citarmos como exemplo a telefonia de longa-distncia, e mais especificamente, internacional, o fato que as tarifas baixaram muito. Comparando as tarifas de uma chamada de So Paulo para Nova York chegou atualmente o custo de um dcimo daquele preo. A reduo das tarifas de longa distncia se deu devido uma severa concorrncia devido a presena de diversas operadoras, disputando o mesmo setor (COMPARATEL, 2011).

    As tarifas ainda so consideradas altas em comparao com pases desenvolvidos, mas no Brasil o diferencial negativo a alta carga de impostos que incidem sobre o setor de telecomunicaes (COMPARATEL, 2011).

    Atualmente, a taxa bsica do telefone fixo cobrada pelas operadoras est em torno de R$ 40,00. Esse valor teve uma alta muito grande desde a privatizao e tem sido considerado uma pratica abusiva das grandes operadoras. No antigo sistema Telebrs praticamente no existia esta taxa de manuteno, ou o valor era muito baixo, em volta de R$ 1,00, mas em contrapartida o consumidor era obrigado a adiantar o valor necessrio do custo para a instalao da linha telefnica (COMPARATEL, 2011).

    No Paran a Telepar vendia uma linha telefnica a um custo de R$ 1.117,00, e aps o pagamento deste valor o consumidor entrava em uma fila de espera de mais ou menos 1 a 2 anos para receber a linha instalada (COMPARATEL, 2011).

    O custo da linha telefnica na poca se tiver o valor corrigido pelo IPC-A estaria hoje em R$ 1.965,88. Devido ao alto custo das linhas uma alternativa sempre foi o mercado paralelo, que alugava telefones que tinham como critrio para a formao de preo a escassez de linhas em cada regio (COMPARATEL, 2011).

    Mesmo considerando que nas reas rurais ainda existe uma grande carncia em relao aos servios de telecomunicaes, a privatizao trouxe uma nova realidade para o consumidor. Aps a privatizao da Telebrs, o Pas saltou de 24 milhes de acessos telefnicos para cerca de 130 milhes. Antes da privatizao a linha telefnica tinha um custo to elevado que chegou a custar cerca US$ 10 mil no mercado paralelo e era considerado um bem a ponto de constar na declarao de imposto de renda das pessoas, mas atualmente devido a grande oferta no possui valor em si. E tambm considerando as filas de espera para adquirir uma

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    linha, que podia demorar meses, ou at anos, para ser instalada. Atualmente pode demorar menos de 48 horas. Na telefonia celular, o Brasil passou de 7,4 milhes de assinantes antes da privatizao para 95 milhes aps, sendo 80% desse total de linhas na modalidade pr-paga, o que ampliou o acesso da populao de baixa renda telefonia (COMPARATEL, 2011).

    Ao contrrio do que se poderia imaginar, a privatizao no cortou vagas de trabalho, e sim gerou novas vagas com o crescimento dos postos de trabalho. O setor empregava 179,3 mil pessoas em 1997. Em junho deste ano, eram 188,9 mil, segundo o Ministrio do Trabalho. Sem contar os 113,9 mil postos que foram criados em centrais de atendimento ao consumidor (COMPARATEL, 2011).

    O valor final para a venda da Telebrs foi de R$ 22,2 bilhes e foi questionado se no teria sido baixo demais e que teria trazido prejuzos a governo. Porm a privatizao do sistema de telecomunicaes trouxe investimentos da ordem de R$ 265 bilhes e considerando o aumento dos impostos gerados, o setor privado de telefonia gerou cerca de R$ 118 bilhes ao governo. A capacidade da rede telefnica instalada do antigo sistema Telebrs gerava em torno de R$ 8 bilhes de impostos ao ano, mas a rede atual que muito maior, gera cerca de R$ 35 bilhes por ano, o que significa um aumento de 337%. A privatizao significou tambm um timo negcio para os estados, que arrecadam ICMS de todos os servios de telefonia. O percentual de domiclios com telefone passou de 32% em 1998 para 74%. O nmero de usurios de aparelhos celulares foi ampliado de 5,2 milhes em 1998 para os 95 milhes atuais (COMPARATEL, 2011).

    O setor privado investiu indiretamente em infraestrutura cerca de R$ 135 bilhes e em conjunto com cerca de R$ 100 bilhes de aumento na arrecadao de impostos, devido a nova rede telefnica, mais os R$ 22,2 bilhes que o governo recebeu com a venda de 19% das aes da Telebrs, e tambm os R$ 8 bilhes de receita com os leiles das licenas para as redes celulares. Sendo um total de R$ 265 bilhes em investimentos no setor (COMPARATEL, 2011).

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    7 BASE LEGAL DA PRIVATIZAO DOS SERVIOS DE TELEFONIA FIXA

    A Lei 9.472, ou Lei Geral de Telecomunicaes foi aprovada na Cmara dos Deputados em junho de 1997 e, aps pelo no Senado Federal e trata da organizao dos servios de telecomunicaes, por meio da criao de um rgo regulador e eliminou a exclusividade da concesso para explorao dos servios pblicos a empresas sob controle acionrio estatal e assim, introduzir o regime de competio na prestao desses servios (ANATEL, 2011).

    Com a criao da Anatel, uma autarquia com independncia administrativa e financeira, o governo passou a apenas regular os servios prestados, onde cabe agncia as funes de regulao, fiscalizao e outorga dos servios de telecomunicaes, de modo a promover o desenvolvimento e melhora da infra-estrutura (ANATEL, 2011).

  • 24

    8 ANATEL E A LICITAO PARA AS ESPELHINHOS

    A Agncia Nacional de Telecomunicaes (Anatel) o rgo regulador das Telecomunicaes no Brasil e foi criada pela Lei Geral das Telecomunicaes (Lei no. 9.472, de 16/07/97) com as seguintes caractersticas:

    Independncia na administrao e autonomia financeira; No possui subordinao hierrquica, apenas vinculao ao Ministrio

    das Comunicaes; Tem o poder de outorga, regulamentao e fiscalizao (ANATEL,

    2011). Para a Anatel com a licitao das empresas espelhinhos tinha como

    objetivo fornecer para as localidades em que no havia previso de atendimento pela empresa autorizada, as chamadas espelhos no caso Vsper e GVT, a possibilidade de atendimento no servio de telefonia fixa. As concessionrias de telefonia fixa, que prestavam o servio em regime pblico, atendiam com servio local todos os municpios do pas. Por meio das empresas espelho, existia uma previso de concorrncia em 254 municpios. A primeira licitao para espelhinhos, dividida em trs editais, tinha a inteno de atender 482 localidades, nmero que no mesmo ano se tornaria 900. Para garantir um melhor uso das redes de telecomunicaes j existentes, a Anatel licitou preferencialmente as regies onde j existiam, ou estava prevista a instalao de redes de TV por assinatura, ou por micro-ondas (ZANATTA, 2011).

    8.1 OBJETO DO EDITAL DE PRIVATIZAO

    A empresa que fosse ganhadora da licitao teria direito a explorar em regime privado o servio de telefnica fixa, para uso do pblico em nvel local, com direito explorao conjunta das modalidades Longa Distncia Nacional e Longa Distncia Internacional a partir de 1 de janeiro de 2002 para chamadas com origem na sua rea de prestao de servio (ZANATTA, 2011).

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    8.2 REGIME PBLICO E PRIVADO

    No Brasil o modelo idealizado para os servios de telecomunicaes preveem que os servios podem ser prestados tanto no regime pblico como no privado. O servio em regime pblico considerado importante para o pas e a manuteno de responsabilidade do governo federal. Esse servio tem uma tendncia a ser universalizado e com tarifas sob controle estatal. Uma modalidade de servio definida como pblico ou privado por um decreto do presidente da Repblica. No momento, o nico servio prestado em regime pblico no Brasil o STFC. Mas como existe a previso de que um servio possa ser regido pelos dois regimes e para que aumente a concorrncia no STFC, este tambm pode ser prestado em regime privado. As empresas espelho e espelhinhos trabalham sob o regime privado e podem definir preos de acordo com o mercado e a concorrncia (ZANATTA, 2011).

    8.3 QUEM PODIA PARTICIPAR DA LICITAO PARA AS ESPELHINHOS

    Para as licitaes das empresas espelhinhos ficaram de fora as empresas concessionrias e as suas respectivas autorizadas, chamadas de espelhos e juntamente as empresas em que tivessem participaes. Nos municpios com at 50 mil habitantes, poderiam participar qualquer empresa ou consrcio de empresas que atuassem em qualquer ramo da economia. Em cidades com populao acima de 50.000 habitantes a empresa, ou qualquer das empresas do consrcio, deveria comprovar experincia nas atividades da rea de telecomunicaes tais como: instalao e manuteno, ou possuir concesso, ou autorizao para explorao de servio de telecomunicaes, includa a radiodifuso (ZANATTA, 2011).

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    8.4 DOCUMENTAO

    Para participar do processo licitatrio, as empresas deveriam apresentar os chamados "Documentos de Habilitao" e as "Propostas Tcnicas", sendo uma proposta para cada cidade interessada. Junto com a documentao deveria ser apresentada uma garantia correspondente a 10% do valor previsto para a outorga. Num mesmo municpio no poderiam ser apresentadas duas propostas de empresas coligadas, controladoras ou controladas (ZANATTA, 2011).

    8.5 O CRITRIO DE CLASSIFICAO

    Como o preo pela autorizao seria nico, o proponente ganhador seria o que oferecesse a maior tele-densidade (acessos por cem habitantes). Ou seja, que se comprometesse em disponibilizar um maior percentual de linhas em relao populao do municpio (ZANATTA, 2011).

    8.6 CONTAGEM DE PONTOS

    Se houvessem mais proponentes, para se fazer o clculo de pontuao de cada referida proposta, seria levado em considerao o dobro da densidade que fosse oferecida para o primeiro ano com a densidade que fosse oferecida para o segundo ano, com a classificao em ordem decrescente. Se ocorrer empate na pontuao das propostas, empresa ganhadora seria decida por meio de sorteio (ZANATTA, 2011).

  • 27

    8.7 AS METAS

    Junto com o comprometimento em oferecer a quantidade de linhas da proposta, a empresa espelhinho deveria tambm cumprir todas as normas estabelecidas para as empresas concessionrias e suas empresas espelho, exceto as metas de universalizao. Para que o usurio no tivesse um servio de menor qualidade, a empresa assinaria uma declarao se comprometendo a elaborar seus projetos em conformidade com a regulamentao tcnica da Anatel (ZANATTA, 2011).

    8.8 AS SANES

    As espelhinhos assim como as empresas concessionrias e suas espelhos tambm esto sujeitas s sanes previstas em lei se ocorrer o descumprimento de suas obrigaes contratuais. As possveis multas somente ocorrero por deciso da Anatel com a devida fundamentao, assegurado o direito de defesa conforme o Regimento Interno da Anatel (ZANATTA, 2011).

    8.9 USO DE RADIOFREQNCIAS

    Uma das tecnologias utilizadas e mais rpidas de atender demanda pelo servio de telefonia fixa seria utilizar a tecnologia WLL (Wireless Local Loop), que j fora regulamentada no Brasil e estava disponvel para as empresas espelho e tambm para as espelhinhos. O WLL dispensa as caras, complexas e de construo demorada redes de cabos. O edital das espelhinhos previa que a empresa poderia utilizar radiofrequncias para a implantao de sistemas fixos terrestres. A empresa deveria levar ao conhecimento e aprovao da Anatel e at seis meses aps a assinatura do respectivo contrato, um projeto com toda a demanda de radiofrequncias necessrias para implantao dos sistemas de radiocomunicao necessrios para o cumprimento do Compromisso de Abrangncia e das obrigaes do contrato. Para ter direito ao uso de radiofrequncias, o interessado teria,

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    obviamente, de pagar por elas. O prazo de autorizao foi de 20 anos, que podem ser prorrogados por igual perodo (ZANATTA, 2011).

    8.10 O QUE EST POR TRS DOS NMEROS

    Marmeleiro/PR, Niquelndia/GO, Russas/CE, Piripiri/PI, Paragominas/PA so algumas das cidades onde havia grandes oportunidades de negcios na rea de telecomunicaes. A Anatel queria que estas reas passassem a ser foco de interesse de pequenos operadores, competindo com as incumbents locais.

    A cidade de guas Lindas de Gois/GO no do conhecimento de muita gente, mas por apresentar um crescimento demogrfico maior do que 10% ao ano merece uma anlise mais cuidadosa em termos de novos investimentos em termos de telecomunicaes. O mesmo cuidado deve ser levando em conta para mais de 20 cidades com mais de 100 mil habitantes onde h oferta de servios pelas empresas espelhinhos, pois so um nicho de mercado ainda no explorado (ZANATTA, 2011).

    Uma anlise dos dados estatsticos mostra que existe uma grande variedade de oportunidades que podem ser exploradas ao se falar sobre o negcio de espelhinhos. Desde localidades com tele-densidade muito baixa de apenas 0,01% ,como Augusto Corra/PA e at cidades que so pontos tursticos como Balnerio Cambori/SC, onde a tele-densidade mais alta e supera os 45% (ZANATTA, 2011).

    8.11 TV POR ASSINATURA

    Nas reas que foram licitadas pelo governo para as espelhinhos, existem pelo menos 35 cidades em que operam as empresas de TV paga. Alm destas reas, havia outras 53 outorgas de TV paga que estavam em instalao durante o perodo da licitao e que coincidiam com a licitao das espelhinhos (ZANATTA, 2011).

    Uma das maiores provas de que a Anatel tentou forar uma convergncia entre as empresas de TV paga e as empresas espelhinhos foi o fato

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    de estar licitando cerca de 193 outorgas de cabo ou MMDS em conjunto e nas mesmas regies em que fazia a licitao das futuras empresas que competiriam com as teles (ZANATTA, 2011).

    8.12 DEFINIO: EMPRESA-ESPELHO

    Para cada estatal do sistema Telebrs que foi privatizada, ao mesmo tempo foi criada uma empresa chamada de espelho com autorizao para oferecer os mesmos servios e fazer concorrncia respectiva estatal. Desta forma so espelhos a Intelig da Embratel, a Vsper S/A da Telemar, a Vsper (S.P.) S/A da Telefnica e a GVT da Brasil Telecom (ZANATTA, 2011).

    8.13 DEFINIO: EMPRESA-ESPELHINHO

    Como as empresas espelho no conseguem atuar em toda a regio a elas concedida e em algumas cidades a antiga estatal continuou sozinha trabalhar na forma de monoplio devido ao alto custo de operar em algumas regies, a Anatel criou as empresas espelhinho para atender diretamente ao mercado local de uma regio especfica, mas a situao adversa do mercado impede que algumas destas empresas decolem (ZANATTA, 2011).

  • 30

    9 ESTUDO DE CASO: OPERADORA ALPHA

    9.1 HISTRICO

    A Operadora Alpha uma operadora 100% brasileira, presente em mais de 400 cidades e filiais internacionais no Japo, Estados Unidos e Portugal. pioneira no lanamento de solues IP. A empresa possui mais de 10 anos de experincia em telecomunicaes e oferece servios com tecnologia, qualidade e alto desempenho para clientes corporativos e residenciais. No portflio de servios agregados da operadora esto servios em automao residencial e empresarial, solues de videoconferncia e integrao das telefonias fixa e mvel, solues IP, o cdigo 17 para chamadas de longa distncia, cartes pr-pagos, servios de discagem direta a ramal e links dedicados de voz (TRANSIT TELECOM, 2011).

    A Operadora Alpha conecta o Brasil ao mundo atravs das outorgas concedidas pela ANATEL em STFC (Servio Telefnico Fixo Comutado) e SCM (Servio de Comunicao Multimdia).

    A trajetria da Operadora Alpha tornou-se referncia no segmento de telecomunicaes no Brasil. Pioneira no lanamento de solues IP, hoje, a Operadora Alpha j figura entre as seis principais operadoras de telefonia do pas, e apresenta um portflio de servios integrados tecnologia e apresenta ao mercado novas tendncias para que a comunicao se estabelea (TRANSIT TELECOM, 2011).

    Com um forte investimento, a Operadora Alpha direcionou o foco no aprimoramento de infra-estrutura e desenvolveu, de forma inteligente, uma rede totalmente preparada e multi-servio, 100% NGN - Next Generation Network (TRANSIT TELECOM, 2011).

    A operadora Alpha possui mais de 3300 cidades com atendimento local, 440 mil clientes residenciais e tambm corporativos e trs filiais internacionais localizadas nos Estados Unidos, Portugal e Japo (TRANSIT TELECOM, 2011).

    A inovao trouxe Operadora Alpha parcerias com os principais players do mercado de Telecom e TI em todos os segmentos, permitindo a ampliao do portflio com servios de valor agregado. Devido constante pesquisa e o foco totalmente voltado ao cliente, a Operadora Alpha tem obtido continuamente

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    representatividade e principalmente credibilidade em todas as frentes nas quais atua. Para a Operadora Alpha, a inovao, a tecnologia e alto desempenho rumam era da integrao total entre os universos de Telecom e TI (TRANSIT TELECOM, 2011).

    9.1.1 CRONOLOGIA

    2002 - Incio das atividades da empresa.

    2003 - Cdigo de Longa Distncia (17), pioneirismo na soluo IP no Brasil.

    2005 - Lanamento de solues em VoIP.

    2006 Novas Parcerias com desenvolvedores do mercado para a rede NGN (Next Generation Networks).

    2007 aumento dos Pontos de Presena da Operadora Alpha.

    2009 - Consolidao da Operadora Alpha: Primeira operadora em nmero de cidades cobertas e listada entre as 10 maiores operadoras do pas.

    2010 - Participao da Operadora Alpha na Futurecom 2010: Lanamento de solues inovadoras e investimentos em capacidade, robustez e abrangncia da rede. Lanamento do conceito Telco 2.0 (TRANSIT TELECOM, 2011).

    9.1.2 MISSO

    Ser uma empresa gil e inovadora no setor de telecomunicaes, sendo referncia como caso de sucesso, proporcionando a seus clientes, produtos e servios de alto valor adicionando, contribuindo para a plena satisfao de seus colaboradores e acionistas (TRANSIT TELECOM, 2011). 9.1.3 VISO

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    Se tornar referncia no segmento de telecomunicaes, buscando romper paradigmas em seu modelo de comercializao e oferta de servios, sempre ressaltando a inovao, a qualidade e o custo benefcio (TRANSIT TELECOM, 2011).

    9.1.4 VALORES

    Relaes simples, ticas e de igualdade Transparncia Agilidade Capacidade de romper paradigmas Rentabilidade Crescimento sustentvel (TRANSIT TELECOM, 2011).

    9.1.4 PROJEES DE CRESCIMENTO E NOVOS NEGCIOS

    A Operadora Alpha se prope a diversificar sua atuao e ser mais conhecida pela atuao em TI.

    Com atuao em 15 Estados mais o Distrito Federal, a Operadora Alpha espera ter de 10% a 12% do faturamento at meados de 2012, vindo de empresas de reas como pagamentos eletrnicos, gesto e etiquetas inteligentes, compradas nos ltimos seus meses (NEVES, 2011).

    Para o ano de 2011, a operadora alpha busca atingir a meta de uma receita de R$ 300 milhes, representando um crescimento de 25% sobre 2010 meses (NEVES, 2011).

    Ainda entre as prioridades da empresa est a execuo do plano de investimento de R$ 200 milhes at 2012, que a companhia iniciou no ano passado meses (NEVES, 2011).

    Esse plano prev o lanamento de novos produtos, como os da rea de tecnologia de informao, automao residencial, servio de televiso pela Internet

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    (IPTV) e TV por assinatura, e a ampliao da rede de fibra ptica da Operadora Alpha (NEVES, 2011).

    O objetivo ampliar os atuais 800 quilmetros para 2 mil quilmetros at maro do ano que vem (NEVES, 2011).

    A Operadora Alpha, que j investiu de R$ 50 a R$ 60 milhes em sua plataforma IP e rede de fibra tica nos ltimos trs anos, ainda deve fazer aporte de mais R$ 150 milhes nos prximos dois anos, para expandir sua rede e conseguir ampliar a capacidade de sua plataforma (ALLAN, 2011).

    Os objetivos da empresa so: atender a demanda de banda e Internet, integrao das aplicaes com a rede construda, aplicar em pesquisa e desenvolvimento e precificar os servios. Para citar um exemplo, a empresa trabalha com pacotes de atendimento residencial e empresarial de SMS, onde a partir de 500 mensagens ao ms a uma tarifa de R$ 0,14 cada, e que pode ir reduzindo de acordo com a quantidade maior adquirida, em planos adequados para pequenas e mdias empresas. Para citar um exemplo, a operadora fechou um contrato para a venda de um milho de SMS ao ms para um cliente onde o valor por SMS saiu mais em conta (ALLAN, 2011).

    O objetivo da empresa comercializar 20 milhes de SMS at o 1 trimestre do ano de 2012. O software de gesto de mensagens da empresa permite fazer o gerenciamento do SMS online, programar para quando ser o envio a grandes grupos e fazer ao de marketing (ALLAN, 2011).

    A Operadora Alpha anunciou em meados desse ano de 2011, o lanamento no mercado nacional do pushFone, servio de rdio comunicao baseado na tecnologia Push to Talk, mais conhecida como PTT. O servio prestado pela Operadora Alpha possui planos nas modalidades pr e ps-pagos, oferecidos nas verses Light e empresarial, onde as duas opes no dependem da operadora mvel contratada pelo cliente (ALLAN, 2011).

    Na verso sem custos os usurios podem controlar sua prpria agenda, fazer ligaes PTT atravs de rede 3G ou WiFi e visualizar o registro de chamadas. Na verso empresarial, junto com o pacote simples de funes, os empresrios podem fazer o gerenciamento das chamadas, criar grupos de usurios e personalizar layouts, via web (METAANLISE, 2011).

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    De acordo com a empresa, o sistema permite mais de 4 horas por ms de comunicao efetiva devido ao baixo consumo da rede de dados. E tambm o usurio permanece utilizando as funes normais do aparelho celular sem qualquer mudana de nmero ou operadora. As chamadas feitas atravs do sistema PTT permitem que possam ser criptografadas e gravadas, o que garante segurana e privacidade nas comunicaes (METAANLISE, 2011).

    O pushFone consegue fazer a conversao entre os usurios na modalidade half-duplex, onde cada participante fala por vez, e consegue transformar equipamentos como: computadores, celulares, smartphones e tablets em walk-talkies. A conexo ilimitada e ser disponibilizado na rea de cobertura da Operadora Alpha em todo o Pas, que j ultrapassa 3.367 localidades (METAANLISE, 2011).

    Na verso para empresas, os plug-ins podem realizar a gesto empresarial, servindo de interface para os sistemas ERPs das empresas. O servio tem compatibilidade com vrios modelos de celulares desde que os mesmos utilizem o sistemas operacionais Android, iPhone ou Symbian S60 (METAANLISE, 2011).

    9.2 FARROUPILHA: UM EXEMPLO DE MERCADO

    Farroupilha uma famosa cidade gacha, conhecida como bero da colonizao italiana no Rio Grande do Sul (PREFEITURA DE FARROUPILHA, 2011).

    Farroupilha tem economia bastante diversificada, onde se destacam as redes de lojas de varejo, o atacado de malhas e o comrcio (PREFEITURA DE FARROUPILHA, 2011).

    Na indstria tem destaque as indstrias de papel e embalagens, calados, metalrgica, malhas, confeces, mveis e estofados (PREFEITURA DE FARROUPILHA, 2011).

    Na agricultura destacam-se a produo de uvas e vinhos e o plantio de kiwi (PREFEITURA DE FARROUPILHA, 2011).

    Esto atualmente um total de 4.615 Alvars concedidos pela prefeitura de Farroupilha. Sendo: 731 na rea industrial, 1.435 na prestao de servios, 1.625

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    no comrcio, 539 autnomas e 285 profissionais liberais (PREFEITURA DE FARROUPILHA, 2011).

    Farroupilha possui uma rea de aproximadamente 360 km, sendo 40 km de rea urbana e 320 km de rea rural. A sua populao estimada em 2010 era de 63.341 habitantes. A expectativa de vida de seus habitantes de 74,11 anos. O PIB (Produto Interno Bruto) gerado pela cidade em 2008 era de R$ 1.278.072.000 (PREFEITURA DE FARROUPILHA, 2011).

    Alguns dados sociais da cidade de Farroupilha em comparao aos dados do Brasil so citadas na Tabela 1 (todas as informaes so as mais atuais disponveis, referente ao ano de 2008):

    FARROUPILHA BRASIL

    IDH (ndice de desenvolvimento humano) 0,844 0,69

    Taxa de analfabetismo 2,68% 9,7%

    Renda per capita R$ 20.392 R$ 15.240,00

    Tabela 1 Comparativo entre dados nacionais e da cidade de Farroupilha Fonte: Adaptado de IBGE (2011).

    Diante de todo esse cenrio social bem desenvolvido e de certa maneira invejvel para a grande maioria dos municpios brasileiros, seria de se estranhar que a Operadora de Telefonia que atendia cidade de Farroupilha no incio dos anos 2000 no tivesse o interesse de lhe prestar adequadamente seus servios. Seria de se estranhar se no fosse o fato de que, por mais que fosse uma cidade rica, no tinha um nmero expressivo de populao. E baixo nmero de assinantes representava, Operadora, baixo nmero de faturamento.

    Foi exatamente nesse cenrio de pouco contingente de demanda, porm de demanda intensa, de alto poder financeiro e de baixa inadimplncia dentro desse pequeno contingente, que a Operadora Alpha encaixou-se. Farroupilha foi uma das primeiras cidades em que a Operadora Alpha passou a prestar seus servios de espelhinho. As demais cidades nas quais a Operadora iniciou seu servios em 2002,

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    simultaneamente Farroupilha, foram: Canela-RS, Osrio-RS, So Francisco do Sul-SC, So Miguel D`Oeste-SC, Timb-SC e Canoinhas-SC (ALLAN, 2011).

    O ideal da Operadora Alpha, que culminou com seu sucesso e conseqente crescimento, era exatamente o mais indicado para aquelas empresas que pretendem iniciar suas atividades: colocar-se em regies de baixo oferecimento de servios, com clientes financeiramente potenciais e sedentos por servios de qualidade. E foram exatamente esses pontos que tornaram prspero o negcio da Operadora Alpha no incio de sua jornada.

    9.3 PRODUTOS, SOLUES E VALOR AGREGADO

    O grande diferencial das Operadoras de Telecomunicaes, sejam as autorizadas, as espelhos ou as espelhinhos, so os servios de valor agregado. So esses servios que chamam ateno dos seus usurios, permitem que seus clientes tenham percepo de diferencial de atendimento e, como conseqncia de tudo isso, engrossem o faturamento das empresas.

    Em outras palavras, o servio de telefonia fixa comutada apenas o impulso inicial para a razo de existir das Operadoras. Mas no esse o servio, definitivamente, que oferece maior rentabilidade a essas empresas. Servios de valor agregado, inclusive pelo diferencial que oferecem e pela forma que tm sua percepo vendida aos usurios, so os que compem a maior parte do faturamento das Operadoras e, por conseguinte, oferecem as maiores margens de lucro.

    Pela convico do grau de relevncia dos servios agregados a uma Operadora, considerou-se praticamente mandatrio reproduzir-se o mais fielmente possvel a descrio dos mesmos nesse trabalho. Assim, o Anexo A desse trabalho descreve ipsis literis os servios, produtos e solues oferecidos pela Operadora Alpha, tais como constam em seu Catlogo de Servios. Essa maneira escolhida de trazer a esse trabalho os produtos da Operadora Alpha possibilita, inclusive, a verificao de como a empresa aborda seus clientes tentando vender-lhes seus produtos. O portflio da empresa apresentado a seguir segmentadamente de acordo com cada mercado a que se prope atender: Pblico residencial, Pequenas e mdias empresas, Grandes empresas e Operadoras e Provedores.

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    10 CONCLUSO

    Assim como num mbito geral de que toda e qualquer privatizao maximiza o nmero de produtos ofertados ao cliente diminuindo seus custos por conta da livre concorrncia, com a telefonia isso no foi diferente.

    Ainda que existam vrios pensamentos fundamentalistas contrrios a esse conceito por puro ideal, so inegveis os ganhos que a privatizao trouxe ao cenrio das Telecomunicaes. A comear pela oferta de servios por mais de um provedor o que antes da privatizao ocorria apenas por rgos do prprio Estado. A livre concorrncia traz benefcios aprendidos durante o primeiro grau escolar: acrscimo de qualidade nos servios prestados, diminuio dos preos praticados, promoes para o consumidor final e diminuio nos prazos envolvidos na prestao do servio ou na entrega do bem. Um dado que deve parecer esdrxulo para aqueles que hoje tm menos de 15 anos de idade o fato de uma linha telefnica ser entregue, quando solicitada, em prazo de um a dois anos antes da privatizao das Telecomunicaes.

    E o que falar ento, das chamadas de longa distncia? Aquelas mesmas que voc precisava encomendar telefonista para que dentro de 24 horas essa mesma senhora lhe retornasse entregando a ligao.

    Se for para falarmos de custos, algo de causar perplexidade era fazer um DDD na poca pr-privatizao. O contedo da ligao era rigorosamente planejado antes de a mesma ser completada. Para que no houvesse o mnimo espao vazio durante a conversao.

    Se partirmos para a anlise da universalizao da telefonia, a criao da concorrncia e, mais tarde, das espelhos e espelhinhos, fez com que o telefone chegasse s reas mais remotas e, primeira vista, mais inviveis economicamente falando.

    Entretanto, a privatizao, segunda vista, abriu novos files e grandes oportunidades para aqueles que estavam mais atentos ao que acontecia no contexto geral. Cidades e distritos afastados e relegados pelas grandes Operadoras de Telecomunicaes foram atacados pelas empresas espelhinhos. E foi justamente esse o ingrediente propulsor dessas empresas. Empresas que atualmente, a exemplo da Operadora Alpha retratada nesse trabalho, cobrem vrias outras

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    cidades alm das afastadas e relegadas. E que tambm oferecem vrios outros servios de valor agregado que engordam substancialmente seu faturamento.

    Alguma dvida de que a privatizao das telecomunicaes foi extremamente positiva para o pblico consumidor e os empreendedores que estavam mais atentos poca?

    Inegvel tambm que a atual prestao dos servios de telecomunicaes tem seus problemas. E que no so poucos. O pssimo atendimento dispensado pelas Operadoras aos seus clientes faz com esse seja o ramo de atividades lder nos rankings dos principais rgos de defesa ao consumidor. A taxa de assinatura bsica praticada no Brasil uma das mais, se no a mais, caras de todo o mundo.

    Mas praticamente paradoxal imaginar que, frente a todos os ganhos oferecidos pela concorrncia do mercado privado, algum hoje quisesse voltar a viver o cenrio pr-privatizao das Telecomunicaes.

    E onde entram as espelhinhos nesse contexto de concorrncia? A operao com quadro de funcionrios enxuto porm altamente

    qualificado, tecnologia de ponta e projetada pela prpria espelhinho com base na observao de mercado, adequando sua gama de produtos e servios a um pblico consumidor que sofre metamorfoses em perodos quase mensais so os principais diferenciais dessas empresas para captar clientes de todos os portes.

    Embora no possuam metas de universalizao, as empresas espelhinho, assim como a Operadora Alpha estudada nesse trabalho, so fiscalizadas pela Anatel com relao qualidade de servios prestados. Assim, indispensvel realizar investimentos com prospeco, estudo de demanda, infra-estrutura, montagem de central, construo de interconexo, tecnologia e licena. O principal atrativo das empresas espelhinho frente s grandes operadoras para captar clientes so seus preos competitivos. No caso da Operadora Alpha, o baixo nmero de funcionrios e o domnio da tecnologia esto entre os fatores que refletem positivamente no bolso do cliente. Os custos de uma rede prpria, por exemplo, foram minimizados e os ganhos atravs disso foram repassados ao cliente, j que a rede foi terceirizada com fornecedores especializados e dedicados.

    Mas a partir desse ponto, a operao das espelhinhos e a conseqente concorrncia dessas com as grandes operadoras so exatamente iguais ao resto do

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    mercado. O fator preo, na grande maioria das vezes, o principal decisrio do consumidor por optar entre o fornecedor A ou o fornecedor B. Uma vez escolhido aquele que pratica os melhores preos, o fato dos custos desse fornecedor serem os menores, dentre aqueles que concorrem em seu mercado, passa a no mais ser relevante ao consumidor. Isso porque sem dvida nenhuma o cliente exigir qualidade de servio, disponibilidade de operao e atendimento exemplar tal qual tivesse optado por qualquer um dos fornecedores disponveis no mercado - independentemente de ser o mais caro ou o mais barato.

    Ou seja, mesmo que a Anatel fiscalize e regule a operao das espelhinhos, o que efetivamente vai guiar as aes dessas empresas o comportamento do consumidor. Qualidade na prestao de servio e atendimento de qualidade j a muito tempo deixaram de ser diferenciais para se tornarem obrigaes de qualquer fornecedor. Talvez aqui excelncia seja a palavra certa.

    necessrio um exerccio dirio de observao do que o cliente quer, como ele quer. Para onde o mercado caminha, quais so as tendncias desse mercado. preciso inovar, trazendo produtos novos, porm sem aumentar custos ao consumidor final ou ento aument-los de maneira proporcional percepo de valor agregado. Ainda que seja um bordo, essa uma das principais e mais fidedignas leis de mercado: ainda que seja uma tarefa rdua, conquistar um cliente muito mais fcil do que mant-lo em sua carteira.

    Isso posto e tendo em mente que qualidade, atendimento e intimidade com o cliente so caractersticas bsicas de quem quer ter sucesso em qualquer tipo de mercado, vamos tomar o exemplo de determinado consumidor que precisa comprar um terno. Esse consumidor tem duas principais opes: uma grande rede varejista de roupas, presente no centro da sua cidade, e a tradicional loja familiar de roupas que est presente em seu bairro h muitos anos. Em relao grande rede varejista, a loja do bairro pratica preos mais baixos pois gasta menos com seu quadro de funcionrios e com sua operao , oferece atendimento personalizado pois j conhece o cliente em questo a muito tempo e, por conhec-lo, sabe exatamente qual seu estilo e quais devero ser as caractersticas bsicas do terno que o satisfar. Nesse ponto no difcil imaginar de quem o cliente desse exemplo adquirir seu terno. Certamente da tradicional loja familiar de roupas do seu bairro.

    Esses so os principais segredos, no to secretos assim, das empresas espelhinhos de telecomunicaes. Seus preos mais baixos ajudam a captar mais

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    facilmente os clientes. Por atender a uma fatia menor de mercado, essas empresas podem dispensar atendimento diferenciado a seus clientes depois da captao. Atendimento diferenciado tem como principal conseqncia conhecer mais profundamente sua clientela, se comparado ao atendimento prestado pelas grandes operadoras. E conhecer intimamente seu pblico permite-lhes saber o que o cliente realmente deseja. Por fim, se o cliente realmente deseja algo, sem dvida ele est disposto a pagar por isso.

    Os objetivos delineados para esse trabalho foram atingidos, pois atravs dos dados levantados e apresentados, bem como os contextos pr e ps-privatizao, a anlise do modelo de concorrncia idealizado para a telefonia fixa aps a privatizao tornou-se factvel e palpvel. E inclusive possibilitou a formao da opinio descrita nos pargrafos anteriores desse captulo. A literatura disponvel sobre o contexto e aes histricas que culminaram na privatizao da telefonia fixa era vasta, tanto em formatos descritivos quanto dissertativos, o que contribuiu muito para a formao de opinio.

    O detalhamento do modelo de concorrncia idealizado para o cenrio ps-privatizao foi cuidadosamente construdo nesse trabalho, para tornar vivel ao pblico tambm formar sua prpria opinio. As informaes relevantes para a consolidao da Operadora Alpha foram citadas de maneira a elucidar e explicar o crescimento da mesma. E sob a tica de viso, de oportunidade e de mercado: os pilares que realmente fazem a diferena para qualquer Companhia.

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    REFERNCIAS

    ALLAN, Luis Claudio. Notcias e releases. TRANSIT TELECOM INTENSIFICA A CONCORRNCIA DO MERCADO DE SMS AO OFERECER TIMOS PACOTES RESIDENCIAIS E CORPORATIVOS. Disponvel em: . Acesso em: 12 out. 2011.

    ANATEL. Conhea a Anatel. BASE LEGAL. Disponvel em: . Acesso em: 15 jul. 2011.

    ANATEL. MISSO, ATRIBUIES E CARACTERSTICAS. Disponvel em: . Acesso em: 15 jul. 2011.

    BNDES. Privatizao no setor de Telecomunicaes. PRIVATIZAO NO BRASIL. Disponvel em: . Acesso em: 12 out. 2011.

    COMPARATEL. Comparatel comenta: em soma, o consumidor e a sociedade foram altamente beneficiados. OS RESULTADOS DA PRIVATIZAO DA TELEFONIA. Disponvel em: . Acesso em: 12 ago. 2011.

    DA SILVA, Marcello Muniz. Regulao em Telecomunicaes -Parte 2: Funes de governo e sua orientao: aspectos tericos e histricos. TUTORIAIS REGULAMENTAO. Disponvel em: . Acesso em: 22 ago. 2011.

    LENNON, John. Biography. LENNON. Disponvel em: < http://www.johnlennon.com/biography>. Acesso em: 12 out. 2011

    METAANLISE. Estratgias de Telecom. TRANSIT TELECOM LANA SOLUO DE RDIO PTT. Disponvel em: . Acesso em: 12 out. 2011.

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    NEVES, Guilherme. TRANSIT QUER FATURAR 10% COM TI. Disponvel em: . Acesso em: 12 out. 2011.

    NOVAES, Ana. PRIVATIZAO DO SETOR DE TELECOMUNICAES NO BRASIL. Introduo. Disponvel em: . Acesso em: 12 out. 2011.

    PREFEITURA DE FARROUPILHA. DADOS SOCIOECONMICOS. Disponvel em: . Acesso em: 22 ago. 2011.

    TRANSIT TELECOM. A EMPRESA. Disponvel em: http://www.transitbrasil.com.br/portal/transit.asp. Acesso em: 11 ago. 2011.

    ZANATTA, Carlos Eduardo. COMO ENCARAR AS ESPELHINHOS. Disponvel em: . Acesso em: 11 ago. 2011.

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    ANEXOS

    ANEXO A Portflio de servios da operadora alpha Mercado pblico residencial

    MEU 17

    Falar com sua famlia e amigos, aqui pertinho ou em qualquer lugar do mundo, ficou ainda mais fcil! Usando o 17 da Operadora Alpha, voc economiza no bolso para gastar mais tempo falando com quem voc gosta.

    O Meu17 tem franquias super especiais que ajudam voc a economizar muito nas ligaes interurbanas (LDN) e internacionais (LDI).

    Contrate uma franquia do tamanho da sua saudade e comece a usar o Meu17 desde j! Voc no vai ficar de fora, certo?

    O Meu17 foi feito pra voc.

    Economia: Usando o 17, voc economiza, em mdia, 40% nos gastos com telefonia.

    Tarifa Flat: O valor ser o mesmo independente do dia e horrio.

    Planejamento: Voc sabe exatamente quanto vai pagar pelo minuto LDN (interurbano) e LDI (internacional).

    Uso imediato: Aps a validao do cadastro com a Operadora Alpha, voc j pode comear a economizar.

    Flexibilidade: O 17 Total no possui taxa de adeso e nem carncia de permanncia.

    Atendimento: Atendimento 24h atravs de uma central especializada: 103 17.

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    TRANSITEL

    Transitel a linha telefnica que voc sempre quis: sem mensalidade e com opes de franquia, para saber exatamente quanto voc gastar no final do ms. Sem surpresa ou preocupao.

    E mais:

    Usando o Transitel voc no vai pagar nada pelas chamadas locais para outro Transitel! gratuito!

    - Linha telefnica sem mensalidade e com vrias franquias adequadas ao perfil de cada cliente.

    - Ligaes locais grtis e ilimitadas de Transitel para Transitel.

    - Voc s paga o minuto excedente quando seu consumo total ultrapassar o valor da franquia escolhida.

    Servios Suplementares: Os servios suplementares so facilidades aplicadas sua linha telefnica para trazer mais praticidade e economia ao seu dia-a-dia. A Operadora Alpha tem os servios suplementares mais teis para voc, confira:

    Identificador de Chamadas: Veja o nmero que est ligando para sua casa antes mesmo de atender a ligao, com uma grande vantagem: segurana.

    Atendimento Simultneo: Atenda outra chamada mesmo que j esteja utilizando o telefone. Desta maneira, voc coloca a primeira ligao em espera enquanto atende a segunda.

    Conferncia: Trs pessoas participam, simultaneamente, de uma conversa. Basta reter a primeira ligao, discar para o nmero da outra pessoa e estabelecer a conferncia entre voc e as outras duas pessoas.

    Transferncia de Chamadas: Atenda suas ligaes de qualquer lugar! Assim, voc no perde ligaes quando estiver fora de sua residncia. Basta deixar o nmero de destino programado, informando para onde voc deseja que as ligaes sejam redirecionadas.

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    Transferncia Quando Ocupado: Se voc usa muito o telefone e no pode deixar de atender uma ligao, programe um nmero alternativo para receber suas ligaes enquanto o seu telefone estiver ocupado.

    Transferncia Quando No Responde: Programe um nmero alternativo para receber suas ligaes caso voc no as atenda aps 05 toques. Desta forma, se algum liga para sua casa e ningum atende aps 05 toques, a ligao imediatamente encaminhada para o nmero programado.

    Consulta e Transferncia: Voc pode fazer uma consulta a outro nmero telefnico enquanto j estiver em uma ligao. (pndulo).

    Despertador: Voc pode programar a hora que quer despertar ou ser lembrado sobre algum compromisso. O telefone tocar como se fosse uma ligao de entrada normal, mas no h mensagem.

    Discagem Abreviada: Esta facilidade permite que o usurio memorize o nmero telefnico de at 20 pessoas em tabela de cdigos (0 ..19), facilitando seu uso e agilizando a discagem.

    TRANSIT+

    O pacote de linha telefnica e banda larga Transit+ oferece muito mais vantagem para voc e sua famlia.

    Chamadas locais para outro Transit+ so gratuitas.

    Fale com o mundo on-line ou por telefone, do seu jeito, no horrio que preferir.

    Facilite sua vida, tenha o Transit+ em sua casa.

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    ANEXO B Portflio de servios da operadora alpha Mercado de pequenas e mdias empresas

    TRANSIT FIBER

    A fibra ptica representa a modernidade entre os meios de acesso. Por isso, a Operadora Alpha criou um combo para que sua empresa usufrua ao mximo tudo que a fibra ptica pode prover em voz e dados. O Transit Fiber a melhor soluo em banda larga e telefonia e combina os melhores preos para qualquer tipo de ligao telefnica. E tudo isso com banda larga em alta velocidade sem precisar contratar provedor. (TRANSIT TELECOM DEVE INVESTIR MAIS R$ 150 MI EM PLATAFORMA IP E REDE DE FIBRA TICA, 2011)

    Tabela de preos super competitiva, de acordo com o perfil de sua empresa.

    Os valores gastos entre todas as linhas so compartilhados e abatidos de uma nica franquia.

    Download e upload em altssima velocidade, com mais agilidade, pagando muito menos

    FIRENET

    FireNet a banda larga ideal para que sua empresa acesse com muito mais velocidade os contedos multimdia e faa download de arquivos pesados, como e-mails ou videoconferncias. E com o FireNet sua empresa no precisa contratar provedores. Opes de velocidades: 1 Mbps, 5 Mbps, 10 Mbps, 15 Mbps, 30 Mbps, 50 Mbps e 100 Mbps.

    Banda Larga de altssima qualidade. recomendado para uso empresarial avanado, como navegao em

    sites ricos em contedo multimdia, download de arquivos pesados, e-mail com anexos grandes, vdeoconferncias, pesquisas, netbanking e contato com fornecedores.

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    Com 100% de garantia de velocidade de upload sua empresa pode enviar fotos, arquivos pesados ou e-mails em um clique.

    O servio funciona em diferentes sistemas operacionais: Windows, Linux e Macintosh. O usurio pode alternar a conexo entre diferentes computadores, sem necessidade de configurao.

    ANEXO C Portflio de servios da operadora alpha Mercado grandes empresas

    DDR

    DDR o servio de conexo direta, dedicada e 24 horas que suporta aplicaes de voz, interligando fisicamente o equipamento do cliente central Operadora Alpha, para o trfego de chamadas locais e de longa distncia nacional e internacional tanto para terminaes fixas quanto mveis.

    Com o DDR da Operadora Alpha, as chamadas telefnicas so encaminhadas diretamente ao ramal, gerando mais agilidade no atendimento e no contato com o pblico.

    Cada ramal pode ter seu nmero divulgado como uma linha direta. Acesso rpido para ligaes externas, sem operador. Melhor gerenciamento do tempo. Personalizao do servio. Interligao de PABX de unidades em diferentes endereos. Funciona para trfego sainte e entrante.

    Figura 3: Servio DDR Fonte: Operadora Alpha

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    TRANSIT LINE

    O Transit Line o link dedicado que direciona todo o trfego telefnico sainte do PABX de sua empresa e proporciona qualidade e performance nos servios de telefonia, com preos altamente competitivos.

    Uma rede de telefonia exclusiva de tima qualidade, altamente confivel e segura.

    Realiza chamadas locais, longa distncia nacional e internacional, tanto na modalidade fixo-fixo quanto fixo-mvel, de forma digital.

    Qualidade digital. Preos altamente competitivos. Pode ser conectado a PABX digital ou misto. Trfego de at 30 canais de voz simultneos, por acesso.

    INTERNETFULL

    InternetFull o produto de banda larga dedicada e em alta velocidade ideal para todos os portes de empresa. Voc escolhe o pacote que melhor atende ao perfil de seu negcio e usufrui de todas as facilidades que a banda larga da Operadora Alpha proporciona, com o melhor preo e a melhor qualidade: 1 Mbps, 5 Mbps, 10 Mbps, 15 Mbps, 30 Mbps, 60 Mbps e 100 Mbps.

    A conexo direta, dedicada e com suporte 24 horas por dia. Garantia de 99,8% de banda (banda full). Mesma velocidade de upload e download. Possibilidade de contratao adicional de IPs fixos. Excelente qualidade, altamente confivel e segura.

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    ANEXO D Portflio de servios da operadora alpha Mercado operadoras e provedores

    VOIP CLOUD

    O VoIP Cloud atende a pequenos e mdios provedores de telecomunicaes com licena SCM provida pela Anatel para que possam oferecer servios de voz (VoIP) por meio da infra-estrutura da Operadora Alpha com baixssimo investimento.

    No conceito de Cloud Computing, a Operadora Alpha fica responsvel pelo hardware e pelo suporte do servio, disponvel para provedores nos modelos pr e ps-pago. Ao contratar o VoIP Cloud sua empresa passar por um treinamento ministrado por profissionais da Operadora Alpha para obter todo o conhecimento necessrio na operao do sistema.

    Desta forma, sua empresa no precisa investir em hardware, solues prprias e mo-de-obra especializada. A operao de todas as chamadas VoIP de seus clientes sero feitas e recebidas por meio do data center da Operadora Alpha, diminuindo consideravelmente os custos da operao de sua empresa.

    Sua empresa pode contratar o VoIP Cloud da Operadora Alpha nos modelos pr e ps-pago.

    O gerenciamento do servio de VoIP ser feito remotamente por meio de uma plataforma on-line por onde voc pode cadastrar novas contas, definir a tabela de preos, criar promoes e gerar relatrios de consumo.

    possvel tambm criar um ambiente on-line customizado com a identidade visual de sua empresa para que seus clientes que contratam os planos de VoIP tenham acesso a servios como detalhamento de fatura, alarme de crdito, consulta de preos e redirecionamento de chamadas:

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    Figura 4: Servio VoIP Cloud Fonte: Operadora Alpha

    WHOLESALE

    A Unidade de Negcios de Atacado / Wholesale da Operadora Alpha oferece s Operadoras e aos Provedores as melhores solues em telecomunicaes, com alta qualidade e preos competitivos.

    Os projetos so completos e envolvem desde o desenvolvimento da infra-estrutura necessria at as interconexes, para que sua empresa seja atendida pela melhor tecnologia. A equipe de Wholesale da Operadora Alpha atua em todo o processo da negociao.

    A Operadora Alpha prov minutos com qualidade para todas as empresas, sejam prestadoras de servios de telefonia, provedores de diversos segmentos no mercado de rede ou circuitos, internet ou TV a cabo. Uma vez conectada rede Operadora Alpha, sua empresa pode realizar terminaes internacionais de voz, fax, telefonia mvel e fixa. Tudo isso, com valores extremamente competitivos.

    A Operadora Alpha acompanha todas as tendncias do setor de telecomunicaes, tanto na parte tecnolgica / comercial quanto regulatria para levar aos clientes e parceiros, a melhor tecnologia, com segurana, qualidade e preo justo.