Cuba jamais vai abrir mão dos seus ideais de independência...

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COLOR DE LA PORTADA (PORTUGUES) Cuba jamais vai abrir mão dos seus ideais de independência e justiça social PORTUGUÊS S S e e m m a a n n á á r r i i o o d d e e C C u u b b a a e e d d a a A A m m é é r r i i c c a a L L a a t t i i n n a a

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COLOR DE LA PORTADA (PORTUGUES)

Cuba jamais vai abrir mão dos seusideais de independência e justiça social

PORTUGUÊS

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COLOR DE LA PORTADA (PORTUGUES)

Cuba jamais vai abrir mão dos seusideais de independência e justiça social

• A Comissão das Relações Internacionais daAssembleia Nacional do Poder Popular apoiaplenamente a Declaração do Governo Revo-lucionário, emitida em 16 de junho passado,sobre a diretiva de política que o presidenteDonald Trump decidiu aplicar em relação aCuba.

A Comissão saúda as manifestações cres-centes de respeito e simpatia por Cuba, e asações de solidariedade que se produziram naAmérica Latina, o Caribe e o mundo, rejeitan-do este declínio em política, bem como asdeclarações nos EUA de legisladores, milita-res aposentados, acadêmicos, grupos de so-lidariedade, empresários, agricultores, orga-nizações não-governamentais e religiosas,os meios de comunicação e representantesda comunidade cubana, incitando o presiden-te Donald Trump a continuar fazendo progres-sos na melhoria das relações com nossopaís.

O presidente Trump, mal aconselhado emal informado sobre a realidade cubana e ahistória das nossas relações com os EstadosUnidos, resolveu voltar aos métodos de umapolítica fracassada do passado, que não sóprejudica o povo cubano, mas também os in-teresses de amplos setores da sociedade

norte-americana, e satisfaz apenas uma mi-noria de origem cubana, cada vez mais iso-lada.

Os promotores desta política esquecemque para o povo de Cuba não há nenhumvalor mais sagrado ou reverenciado do quesua independência e o direito de construir,sem ingerências externas, seu próprio futuro.A herança revolucionária da geração de Fidele de Raúl, assumida com convicção pelasnovas gerações, é ir em frente sem se deixarintimidar por nada e ninguém.

Tal como afirmaram as organizações da so-ciedade civil cubana, nem pressões nem im-posições nos farão recuar no empenho deconstruir nossa nação independente, sobera-na, socialista, democrática, próspera e sus-tentável.

Ninguém pode estabelecer padrões aopovo cubano. Nós nunca vamos aceitar qual-quer imposição sobre normas de conduta ounormas da nossa democracia ou o funciona-mento do nosso sistema econômico, políticoe social.

Cuba é um exemplo no exercício dos direi-tos humanos, na participação política dosseus cidadãos e no exercício das liberdadesde todos seus habitantes. É por isso que a

nossa Revolução é invencível.Instamos os legisladores do mundo, as or-

ganizações parlamentares, regionais e inter-nacionais, grupos parlamentares de amizadea enviar mensagens ao Congresso dos Esta-dos Unidos e exigir, mais uma vez, o fim dobloqueio econômico, comercial e financeiroque está em vigor, danifica o povo de Cubae que agora o governo dos EUA se propôsacirrar.

Também devem cessar os programas sub-versivos contra nosso país e parar o financia-mento aos mercenários. Deve ser devolvido oterritório ilegalmente ocupado pela BaseNaval de Guantánamo.

O governo dos Estados Unidos não deveimpedir que milhões de norte-americanospossam entrar em contato livre e direto como povo de Cuba. Evidentementem tem medode que conheçam a nossa realidade.

A Comissão das Relações Internacionaisda Assembleia Nacional do Poder Popularapoia a disposição do Governo Revolucioná-rio de continuar um diálogo respeitoso comos Estados Unidos sobre questões de inte-resse mútuo, com base no respeito e em péde igualdade entre as duas nações, e aprovaas palavras do presidente dos Conselhos de

Estado e de Ministros, general-de-exércitoRaúl Castro Ruz, na 3ª Cúpula da Celac, em28 de janeiro de 2015, na Costa Rica, quan-do disse:

«Cuba e os Estados Unidos devem apren-der a arte da convivência civilizada, baseadano respeito das diferenças entre os dois go-vernos e na cooperação em questões de in-teresse comum, contribuindo para resolver osdesafios enfrentados no hemisfério e nomundo».

«Mas não se pode pretender que para issoCuba tenha que abrir mão dos seus ideais deindependência e de justiça social, nem vaci-lar em um só dos nossos princípios, nemceder um milímetro na defesa da soberanianacional».

«Não nos vamos deixar provocar, nemvamos aceitar qualquer pretensão de acon-selhar ou de fazer pressão sobre nossos as-suntos internos».

«Nós ganhamos esse direito soberano comgrandes sacrifícios e ao preço dos maioresriscos».

Comissão das Relações InternacionaisAssembleia Nacional do Poder Popular.Havana, 11 de julho de 2017«Ano 59º da Revolução» •

Deputados cubanos integrantes da comissão das Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular.

Declaração da Comissão das Relações Internacionais da Assembleia Nacional do Poder Popular

(Mais informação nas páginas 4 e 5)

JOSÉ M. CORREA

HAVANA14 DE JULHO DE 2017ANO 52o / Número 28

Preço em Cuba CUC 0,50

ANO 59o DA REVOLUÇÃO

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NACIONAL2 GRANMA INTERNACIONAL14.JULHO.2017 |

Yenia Silva Correa

• A ministra da Educação, Ena Elsa VelázquezCobiella, destacou o trabalho «abnegado econstante» dos professores cubanos que tra-balharam neste ano, ao fazer um balançosobre o desempenho e os resultados do anoletivo 2016–2017.

Durante dois dias o Conselho de DireçãoAmpliado, do Ministério da Educação (Mined)examinou temas relacionados com as Diretri-zes da Política Econômica e Social do Partidoe a Revolução, aprovadas no 7º Congresso doPartido e os objetivos que a dita entidade sepropôs para a etapa letiva que conclui.

«Iniciamos o ano letivo em boas condições,foram garantidos os recursos materiais e finan-ceiros. Foi possível continuar fornecendo àsnossas instituições educacionais de recursoscomo os laboratórios de secundária básicacompletos, módulos para o ensino técnico e la-boratórios de idioma para as escolas pedagó-gicas», afirmou a titular do Ministério da Edu-cação (Mined).

Em outro momento da sua intervenção refe-riu-se ao trabalho que fizeram diretivos e estu-dantes.

«Também quero dar um reconhecimento à fa-mília cubana que nos acompanhou duranteeste ano letivo, que se sensibilizou acerca danecessidade de contribuir para a formação inte-gral das nossas crianças, adolescentes e jo-vens; aos estudantes, que também se esforça-ram; as organizações de estudantes, políticas eos governos», manifestou Velázquez Cobiella.

AS ESCOLAS PEDAGÓGICAS

Soube-se que a formação de professores denível médio superior mostrou avanços. Isto édevido, em boa medida, ao trabalho de forma-ção vocacional pedagógica.

No total, existem 24 escolas pedagógicas euma matrícula de mais de 20 mil estudantes. Nopróximo ano letivo deve começar a funcionaroutra instituição deste tipo na província Guantá-namo e uma terceira será aberta em Havana.

«Neste ano devemos começar o ano letivocom uma matrícula de formação nas escolaspedagógicas de nível médio superior de quase28 mil estudantes. Continuamos com a forma-ção de professores do Ensino Técnico e Profis-sional, de nível médio superior, e iniciamos aformação de professores de ensino secundá-rio básico, com alunos formados no nívelmédio. Vamos ter no próximo curso 1.100 estu-dantes», assegurou a ministra.

Durante o Conselho de Direção Ampliado in-formou-se que o país já conta com a primeiragraduação de professores de inglês para onível elementar, estudantes que também seestão preparando em centros pedagógicos.

UMA TAREFA DE MUITO ESFORÇO

Devido à sua importância, o terceiro aperfei-çoamento do sistema nacional de educaçãotambém foi examinado. No mês de setembroserão introduzidos os primeiros resultados naelaboração dos planos de estudo, programas,orientações metodológicas e livros de texto.

«Esta é uma tarefa que requer de muito esfor-ço de nós, em primeiro lugar, e do Instituto Cen-tral das Ciências Pedagógicas. A experiência vaichegar, neste ano letivo, a todas as províncias.Isso quer dizer que o ano letivo 2017–2018 re-quer, também, de trabalho para poder avançare poder ter resultados concretos, mas depoisvão se tornar gerais, a partir da data que se pre-viu», indicou Velázquez Cobiella.

Depois da celebração desta reunião, no paístodo, começaram as cerimônias de graduaçãoe os atos do fim do ano letivo, e na ocasiãocada território congratulou seus alunos e pro-fessores destacados.

LAS TUNAS COM RESULTADOS BRILHANTES

Pelo quarto ano consecutivo a província LasTunas, território situado no oriente do país, ob-teve a condição de província destacada, o quesegundo o dizer de Nilcer Piñeda Cruz, diretorprovincial de Educação, «foi devido ao esforçodos professores, da família, dos estudantes,das autoridades políticas e administrativas».

Entre os indicadores que avalia o Mined paraoutorgar estas categorias estão a assistênciaescolar, a retenção, a aprendizagem e a pro-moção nos exames em todos os escalões.

«Hoje, mostramos muito bons resultados nosconcursos escolares, nos testes vestibularesde ingresso à educação superior, na garantiade termos todos os materiais, no bom estadoconstrutivo de nossas escolas e na conserva-ção da base material de estudo», referiu o fun-cionário.

A cobertura do pessoal docente em LasTunas é estável e para o ano letivo2017–2018 estão sendo criadas todas as con-dições para elevar os níveis de superação napós-graduação, em parceria com a Universi-dade. «Isso é o que tornou possível — unidoao sentimento patriótico, revolucionário e aocompromisso de todos os educadores comFidel — ter obtido este resultado», acrescen-tou Piñeda Cruz.

As outras províncias que se destacaram porsuas conquistas durante o ano letivo 2016-2017 foram Guantánamo, Camaguey e Santia-go de Cuba.

Igualmente mereceram reconhecimentosCienfuegos, Pinar del Río e Havana.

Finalmente, a Direção de Tecnologia Educa-tiva do Mined entregou dois reconhecimentosa Cienfuegos e Holguín, pelo apoio ao traba-lho colaborativo na rede. •

Trabalho de professores cubanos em destaque

Duas novas escolas pedagógicas abrirão a partir de setembro. Províncias destacadas recebem reconhecimentos

No Conselho de Direção Ampliado a doutora EnaElsa Velázquez Cobiella reconheceu o trabalhodos professores durante o ano letivo 2016–2017.

A partir de setembro começarão a funcionar duas novas escolas pedagógicas no país. Naimagem, o centro de formação de professores de Las Tunas, província destacada por seusresultados no ano letivo que termina.

Cuba continuou munindo suas instituições educativas de recursos, como laboratórios para o ensinosecundário, módulos para o ensino técnico e laboratórios de idioma para as escolas pedagógicas.

LEIDYS MARÍA LABRADOR HERRERA ALBERTO BORREGO ÁVILA

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CHEFE DA REDAÇÃOJuan Diego Nusa Peñalver

NACIONAL 314.JULHO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

• O presidente dos Conselhos de Estado e deMinistros, general-de-exército Raúl CastroRuz recebeu na tarde da sexta-feira, 7 dejulho, o presidente da República Gabonesa,Ex.mo sr. Ali Bongo Ondimba, quem fez umavisita oficial ao nosso país.

Em um clima de amizade, os dois presi-dentes constataram o bom andamento dasrelações bilaterais e ratificaram a vontade deampliar e diversificar os vínculos de coopera-ção existentes entre as duas nações, espe-cialmente nas esferas da saúde e formaçãode recursos humanos. Ainda, conversaramsobre temas de interesse da agenda interna-cional.

Acompanharam o distinto visitante, o minis-tro de Estado e dos Assuntos Exteriores, Pa-côme Moubelet-Boubeya, bem como outrosmembros da comitiva oficial.

Pela parte cubana, participaram o ministrodas Relações Exteriores, Bruno RodríguezParrilla e outros membros da delegação cu-bana.

OUTRAS ATIVIDADES DO PRESIDENTEAFRICANO

Previamente, o presidente Ali Bongo On-dimba, depositou oferendas florais no Parque

dos Próceres Africanos e no Memorial JoséMartí, da Praça da Revolução, em Havana.

Durante o ato de homenagem àqueles querepresentaram os mais profundos ideais deemancipação na África, o presidente expres-sou seu agradecimento ao povo cubano«não somente pelo interesse que mostra

pela África e sua história, mas também porparticipar de nosso futuro. Honramos gran-des africanos dos quais nos orgulhamos»,valorizou.

«Fiquei empolgado com esta cerimônia —acrescentou; é uma honra para o povo e ogoverno cubanos, ao reconhecer que sua po-

pulação é de origem múltipla e por dar tribu-to aos demais continentes».

Neste contexto, faltando poucos dias paraa celebração da 29ª Cúpula da União Africa-na (UA), em Addis Abeba, o presidente dessanação do oeste africano advertiu que a UAatualmente faz uma importante reforma dassuas instituições, a fim de «encaminharnosso futuro».

«Temos discutido muito sobre questões depaz, segurança e a luta contra o terrorismo»,disse na presença do presidente do InstitutoCubano de Amizade com os Povos, Fernan-do González; Víctor Dreke, presidente da As-sociação de Amizade Cuba-África e outrosmembros do corpo diplomático africano cre-denciado em Havana.

Como parte das atividades realizadas emCuba, Ali Bongo visitou, ainda, a sede do Par-lamento, no Capitólio Nacional, em Havana.

Ali foi recebido pelo titular desse organis-mo, Esteban Lazo Hernández, quem explicouao presidente africano o funcionamento dainstituição. «Em geral, estamos aqui, disse-lhe; mas quando se reúne a Assembleia Na-cional do Poder Popular – tal como ocorrerádentro de poucos dias — passamos ao Palá-cio das Convenções».

No encontro, Lazo lembrou os vínculos his-tóricos entre Cuba e o Gabão, país interessa-do em intensificar as trocas comerciais e eco-nômicas com a Ilha caribenha, de acordocom seu presidente.

Essas declarações foram proferidas durante oforo empresarial binacional que se desenvolveuem 7 de julho, na presença de Rodrigo Malmier-ca, titular cubano do Ministério do Comercio Ex-terior e o Investimento Estrangeiro. (Mincex). •

Raúl recebeu o presidente daRepública Gabonesa

Ana Luisa Fernández de Lara López, CristianAndrés Padilla González, Maibel Costa Ramírez eNatalys Dinza Utria*

• ACIMA de que sejam administraçõesdemocratas ou republicanas, nos últimos54 anos, um tema sempre resulta de inte-resse na agenda do presidente que tomaposse nos Estados Unidos em relaçãocom Cuba: o bloqueio econômico, comer-cial e financeiro.

Ainda que se costume pensar no blo-queio como uma disposição única e abs-trata, realmente é composta por umaampla estrutura legislativa que regula-menta várias sanções contra Cuba.

A esse respeito, as Regulamentaçõespara o Controle dos Ativos Cubanos(CACRs, por sua sigla em inglês) do De-partamento do Tesouro dos Estados Uni-dos da América (EUA) constituem o con-junto mais notável de medidas econômi-cas, comerciais e financeiras do bloqueiocontra Cuba.

REGULAMENTAÇÕES PARA O CONTROLEDE ATIVOS CUBANOS

Estas regulamentações estipulam o re-gime que se deve aplicar àquelas opera-ções comerciais e financeiras relaciona-das com a Ilha, incluindo aquelas quetêm a ver com todos os cidadãos estadu-nidenses e pessoas naturais e jurídicasque residem permanentemente na naçãonorte-americana.

Igualmente, ordenaram o congelamen-to de todos os ativos cubanos nesse país;

a proibição de exportações cubanas paraos EUA, bem como todas as transaçõesfinanceiras e comerciais efetuadas em di-visa norte-americana pelo governo cuba-no, salvo que sejam aprovadas por umalicença.

Impossibilitou-se, também, a qualquerpessoa natural ou jurídica estadunidenseou terceiros países, de realizar transa-ções em dólares estadunidenses comCuba ou com seus cidadãos.

A partir daquele momento e até hoje, obloqueio gerou ao povo cubano afetaçõeseconômicas ascendentes a US$ 753,6bilhões (753.688.000.000), a partir desua imposição, há mais de 50 anos. Istose traduz em afetações à saúde, a educa-ção, o esporte, a cultura e outros setoresestratégicos para o desenvolvimento inte-gral do país.

AS CACRS DEPOIS DE 17/12

Em 17 de dezembro de 2014, o entãopresidente dos EUA, Barack Obama, re-conheceu publicamente o fracasso da po-lítica tradicional de seu país contra Cuba.A partir desta data, Obama anunciou umleque de medidas executivas centradasem modificar a aplicação de alguns as-pectos do bloqueio, entre eles as CACRs.No setor das viagens, permitiu-se as visi-tas dos estadunidenses a Cuba — me-diante licenças gerais outorgadas atravésde 12 categorias permitidas pela lei — eas viagens educativas ‘povo a povo’, deforma individual; e se acordou o restabe-lecimento dos voos regulares entre

ambas as nações. Contudo, persistiu aproibição aos cidadãos estadunidense deviajar livremente a Cuba, segundo ex-pressa a lei estadunidense.

No ramo financeiro, autorizou-se ouso do dólar nas transações internacio-nais de Cuba (até agora sem se mate-rializar e Cuba continua submetida auma perseguição financeira) e a possi-bilidade de que os bancos estaduniden-ses facilitem créditos aos importadorescubanos de produtos estadunidensesautorizados.

Não obstante, o temor das instituiçõesfinanceiras que podem ser punidas pro-vocou que, na prática, o alcance da medi-da se tornasse nulo. Nesse aspecto, man-teve-se proibida a abertura de contas cor-respondentes, nos EUA, aos bancos cu-banos.

Isso impede o estabelecimento das re-lações bancárias diretas entre ambos ospaíses e encarece as operações comer-ciais.

Para o setor comercial, foram favoreci-das as comunicações e o setor não esta-tal da economia, em consonância com apolítica de ‘soft power’ ou poder brando,patrocinada pelo presidente Obama parasubverter o povo cubano e fazer recuar osocialismo.

Em sentido geral, as medidas imple-mentadas durante a administraçãoObama ratificaram que o presidente dosEUA, lançando mão das suas prerroga-tivas, pôde avançar na modificaçãosubstancial da aplicação do bloqueio,sem necessidade de apelar ao Con-

gresso. Não obstante, estas medidas foram in-

suficientes e tiveram um alcance limitado,no entanto muitas restrições e importan-tes escolhos impediram sua implementa-ção efetiva e tornaram impossíveis osavanços na área econômico-comercial.

AS CACRS DEPOIS DA ELEIÇÃO DEDONALD TRUMP

A eleição de Donald Trump como presi-dente dos EUA gerou uma enorme polê-mica e incerteza, em nível mundial.

A política desse país contra Cuba nãose distancia da realidade. Em 16 de junhopassado, Trump anunciou uma mudançana política de seu governo em relação àIlha, que será implementada nos próxi-mos meses.

O período ainda continua vigente, nãoobstante, prevê-se que estas medidascontrastem com as que anteriormente as-sinou Barack Obama respeito a Cuba.Cabe a possibilidade de uma reativaçãonotável dos artigos das CACRs e das res-trições do Departamento do Tesouro con-tra Cuba.

Nesse contexto, as mudanças que ve-nham ser realizadas podem significar umrecuo no processo da normalização dasrelações entre Cuba e EUA, pois limitariamas viagens dos estadunidenses a Cuba eas relações comerciais e financeiras entreas empresas de ambos os países. •

*Estudantes do Instituto Superior dasRelações Internacionais, Raúl Roa García

Mais de meio século depois, o bloqueio agrava-se?...Em 8 de julho de 1963, justamente há 54 anos, foram aprovadas as Regulamentações para o Controle de Ativos Cubanos

(CACRs, por sua sigla em inglês), um componente essencial do bloqueio imposto pelos Estados Unidos a Cuba

O general-de-exércitoRaúl Castro Ruz,presidente dosConselhos de Estado ede Ministros de Cuba,deu as boas-vindasoficiais ao presidenteda RepúblicaGabonesa, Alí BongoOndimba, quem fezuma visita oficial àIlha.

ESTUDIOS REVOLUCIÓN

COLOR DE LA 4 PORTUGUES

Cuba na mira de seus deputados

NACIONAL4 GRANMA INTERNACIONAL14.JULHO.2017 |

COLOR DE LA 4 PORTUGUES

• COM o propósito de fiscalizar e debater as-suntos de importância medular para o desen-volvimento da nação cubana, as dez comis-sões permanentes do Parlamento cubano sereuniram, de 10 a 12 de julho, no Palácio dasConvenções, de Havana, passo prévio aonono período ordinário de sessões da 8ª Le-gislatura da Assembleia Nacional do PoderPopular (ANPP), que teve lugar em 14 dejulho.

Com a presença do membro do BureauPolítico e primeiro vice-presidente dos Con-selhos de Estado e de Ministros, MiguelDíaz-Canel Bermúdez, na Comissão deEducação, Cultura, Ciência, Tecnologia eMeio Ambiente, o debate esteve focado notrabalho cultural comunitário e o propósitode converter a escola no centro cultural dacomunidade, bem como nas deficiências edesafios da programação do Instituto Cuba-no de Radio e Televisão (ICRT) e suas pers-pectivas futuras.

Nesse sentido, Díaz-Canel, ao intervir nosdebates desta Comissão, expressou que otrabalho comunitário tem que atravessar osprocessos ideológicos, econômicos e sociais.

O trabalho cultural comunitário e o papeldas alianças institucionais e centros educati-vos em função desse trabalho, marcaram asanálises dos deputados de um tema que,como definiu o primeiro vice-presidente cuba-no, exige rigor profissional, toda vez que aju-dará a melhorar a qualidade de vida dagente, seu compromisso com a Revolução ea unidade nacional.

O vice-presidente da União dos Escritores eArtistas de Cuba, deputado Luis MorloteRivas, apresentou aos parlamentares os re-sultados da fiscalização realizada pelos de-putados a este tema, na qual se identificaramproblemas como a falta de diagnósticos acer-ca dos interesses dos habitantes da comuni-dade e a insuficiente clareza sobre o papel dogoverno nesta tarefa.

Também, subjazem insatisfações da popu-lação pela pouca socialização e dificuldadesno tratamento do tema. Sobre esse último as-pecto, fundamentou que há muitas expres-sões de falta de orçamento para realizar estetrabalho e são escassos os promotores cultu-rais e instrutores de arte.

Sobre isso, a presidenta da brigada JoséMartí, Liliam Mendoza, analisou que da forçatécnica de 30 mil graduados formada pelopaís, hoje apenas se conta com 14 mil.Nesse sentido – conheceu-se – o país inicia-rá a partir de outubro próximo a formação de«professores-instrutores» de arte, de formaexperimental e com uma duração de trêsanos, com um grupo reduzido de graduadosde nível médio superior.

A ministra da Educação, Ena Elsa Veláz-quez, mencionou como exemplos dos avan-ços desse setor para o desenvolvimento dotrabalho comunitário, entre outros, a aprova-ção de adequações para o trabalho educati-vo, que permitem maior flexibilidade na orga-nização escolar e, ao mesmo tempo, maisespaço para esta tarefa.

A maneira de resumo, o ministro da Cultu-ra, Abel Prieto, mencionou entre os princípiosfundamentais para atingir o sucesso, a impor-tância de capacitar as pessoas, vigiar a qua-lidade do que estejamos promovendo, articu-lar os empenhos de cada um dos atores.

Em outro momento, a Comissão abordou asdificuldades e projeções estratégicas doICRT, com ênfase na política informativa ecultural.

O diretor-geral da Televisão, Waldo Ramí-rez, mencionou entre os desafios a insufi-ciente aproximação da agenda pública e damidiática; a necessidade de entender e con-ceber o público como produtor de mensa-gens e gestor da comunicação pública; en-frentar a carência de novos projetos e a falta

de originalidade em outros e as carênciasprofissionais e culturais.

Outras dificuldades são a escassa presen-ça da pesquisa e a crítica e as insuficiênciasno planejamento, concepção e avaliação deprojetos antes de sua gravação ou transmis-são a vivo.

Nesse sentido entre as projeções estratégi-cas do ICRT, se encontram – no dizer de Ra-mírez – o aumento da eficiência e qualidadeartísticas das realizações; o uso das pesqui-sas sociais e priorizar o mais autêntico dacultura cubana e universal.

Também a deputada por Guantánamo, ArlínAlberty, enfatizou na existência de outrosmeios e canais que incidem na formação dosjovens, que são mais atraentes que os pro-postos por nossos meios. Por isso é de sumaimportância propor produtos competitivos –disse – não só para o entretenimento, mastambém de conteúdos multimídias, que ofere-çam uma aproximação analítica à realidade.

O DESEMPENHO ECONÔMICO DURANTE OSEGUNDO SEMESTRE SERÁ TENSO

A deficiente desagregação do plano e suaconcepção com reservas, o velhos problemada desviação de combustível, bem como amá gestão dos inventários e sua tendênciacrescente foram assuntos amplamente deba-tidos pela Comissão dos Assuntos Econômi-cos, a qual examinou o cumprimento doplano da economia durante o primeiro se-mestre de 2017, com a presença do membrodo Bureau Político e presidente da Assem-bleia Nacional do Poder Popular, EstebanLazo Hernández.

O vice-presidente do conselho de Ministrose titular de Economia e Planejamento, Ricar-do Cabrisas Ruiz, referiu-se «às tensões en-frentadas durante o ano anterior» e como,através do esforço de todos, «pôde ser para-da a deterioração da economia».

Isso, assegurou, «não significa de maneiraalguma que estejam resolvidos todos os pro-blemas. O esforço que é preciso realizar nosegundo semestre é enorme, porque paraeste período já passou a temporada alta doturismo e concluiu a safra. Por isso, todos nóstemos que trabalhar para garantir as rendaspor exportações e o uso racional do combus-tível, assuntos que ainda constituem maté-rias pendentes».

Todos os problemas, considerou, «não sepodem resolver em curto prazo. O mais im-portante é trabalhar em parceria para avan-çar, a partir das prioridades assinaladas

pela direção do país. Nesse sentido, entreas atividades fundamentais estão o impulsoao turismo, a execução dos projetos vincula-dos às fontes renováveis de energia e, so-bretudo, satisfazer no máximo possível asnecessidades da população».

Cabrisas Ruiz comentou, também, sobre afiscalização feita pelos deputados a 2.225centros, distribuídos nos 168 municípios dopaís, a qual confirmou irregularidades no do-mínio e implementação dos documentos rei-tores da economia, descumprimentos dasrendas por exportações, a substituição de im-portações, bem como insuficiências na ges-tão de inventários e a execução de investi-mentos.

O deputado Armando Utrera Caballero,vice-presidente da Comissão, ressaltou quedurante as visitas realizadas, das quais par-ticiparam 381 deputados, detectou-se que aeficiência empresarial é uma problemática aser atendida de maneira diferenciada, poisse identificaram entidades que descumpremseus planos de produção e vendas, plane-jam utilidades e obtêm perdas e, por conse-guinte, realizam pagamentos sem respaldoprodutivo.

Juana Caridad Herrera Pérez, deputadapelo município de Primero de Enero, deCiego de Ávila, referiu que as ações de con-trole em sua província desvendaram, entreoutras dificuldades, a insuficiente gestão dosinventários, tanto no setor empresarial quan-to nas entidades subsidiadas, cujos montan-tes são muito altos e não se correspondemcom a atividade fundamental.

Depois do debate, o membro do Bureau Po-lítico do Partido e presidente da ANPP, Este-ban Lazo, questionou a tendência nociva denão dar acompanhamento nem atendimentosistemático às medidas implementadas.Nesse sentido, perguntou pelas ações con-cretas que devem ser postas em prática pararesolver as deficiências.

Também, informou que em setembro visita-rão de novo ao redor dos 50% dos municí-pios para verificar o que se fez e o que se re-solveu, porque essa é uma das responsabili-dades fundamentais dos deputados: fiscali-zar em nome do povo.

A ministra das Finanças e Preços, Lina Pe-draza Rodríguez, ofereceu aos deputadosuma informação sobre a liquidação do Orça-mento do Estado de 2016, bem como umabreve atualização das estimativas para o pri-meiro semestre deste ano.

Em relação à execução do orçamento e osproblemas que o lastram, a vice-presidenta

do Conselho de Estado e controladora geral,Gladys Bejerano Portela, apontou que as so-luções transitam por superar as insuficiênciasnos sistemas de tesouraria, trabalhar men-salmente no balanço de rendas e despesas,rever os pagamentos excessivos às formasnão estatais de gestão e aprofundar a análi-se destes temas nos conselhos de direção.

PELO CAMINHO DOS INVESTIMENTOS E AREORGANIZAÇÃO DOS TRANSPORTES

O transporte ferroviário em Cuba é um sis-tema grande, mas envelhecido; daí que mo-dernizar a infraestrutura e priorizar a partici-pação da indústria nacional na fabricação departes e peças, são ações imprescindíveis.

Com tais propósitos, projetou-se um planode investimentos para 2018-2022 que inclui aaquisição de 308 vagões de passageiros,300 trens tipo ferrobus, 23 locomotivas dealta potência e 75 de média e baixa potência;bem como a renovação de oficinas; a comprade mais de mil vagões de carga e a repara-ção de 1.300 já existentes.

Assim expressou Eduardo Rodríguez Dávi-la, vice-ministro dos Transportes, durante adiscussão do relatório em torno do comporta-mento dos serviços nos transportes ferroviá-rios, apresentado na comissão de Atendi-mento aos Serviços.

Em palavras com a imprensa, o vice-titularprecisou que os investimentos se tornamcomplexos, pois são necessárias tecnologiasmodernas e um financiamento para pagaresses investimentos, em longo prazo. «Con-tudo, estamos imersos na busca de alternati-vas para modernizar essa infraestrutura», as-segurou.

E é que certamente quando falamos dostransportes ferroviários são muitas as insatis-fações da população. Segundo o relatóriodiscutido pelos deputados, a não execuçãodos investimentos previstos para a reparaçãoe reposição do material rolante, escassosprogramas de formação e capacitação deoperários, os desvios na arrecadação e opouco conforto nas estações, agências e va-gões de passageiros, são algumas das difi-culdades que hoje apresenta a União das Fe-rrovias de Cuba (UFC).

Por outro lado, foram abordadas algumasqueixas que persistem no transporte de pas-sageiros, como o descumprimento do itinerá-rio dos ônibus, as paradas indevidas e o de-ficiente conforto nas estações e agências.

Perante tal panorâmica, foram executadasações que incluem a incorporação de 480ônibus Diana a serviço de todas as provín-cias, das quais já se entregaram 260; a com-pra de caminhões KAMAZ para fabricarsemi-ônibus para as comunidades de difícilacesso e do Plano Turquino; além da reorga-nização do trabalho independente na ativida-de de passageiros.

Igualmente, a Empresa de Ônibus Nacio-nais pretende a reposição gradativa de seuparque automotor, com a entrada de 100 ve-ículos e se generalizou a 12 províncias o sis-tema automatizado de venda de boletins.

Vários foram os critérios, como o expressopelo deputado Leonardo Naranjo, de Santia-go de Cuba, em torno à incidência dos priva-dos no transporte público.

Os trabalhadores independentes fazemparte da transformação desta atividade nopaís e isso não se pode esquecer, contudo, ospreços das viagens são exorbitantes e insus-tentáveis, em longo prazo, para a economia dapopulação. Tem que se chegar a um consen-so. Talvez a partir do Estado possam desen-volver-se ações como diminuir o preço docombustível a estes motoristas ou o acesso àsoficinas estatais, para que assim possam esta-belecer-se preços fixos por rotas e não apenasem Havana, insistiu.

ASSEMBLEIA NACIONAL DO PODER POPULAR

Cuba na mira de seus deputadosJUVENAL BALÁN NEYRA

Os deputados examinaram assuntos de importância vital para o país.

NACIONAL 5GRANMA INTERNACIONAL14.JULHO.2017 |

DÍVIDAS E POTENCIALIDADES DO SETORAÇUCAREIRO

«A produção açucareira cresceu 20% nasafra 2016-2017 em relação à anterior, contu-do, não se cumpriu o plano», explicou o pre-sidente do Grupo Empresarial Azcuba, Or-lando Celso García Ramírez. Dos 2,1 mil-hões de toneladas de açúcar previstas seatingiu somente 1,8 milhão, número que de-monstra a necessidade de continuar aperfei-çoando o setor.

Sobre este tema foi o debate na ComissãoAgroalimentar, pois ainda que se trabalha demaneira sustentada são várias as deficiên-cias. Entre elas, está a falta de sincronizaçãoentre a colheita e a indústria, bem como pro-blemas de preparação e disciplina dos traba-lhadores, que provocam um alto nível de ro-turas nas operações.

A tudo isso se une a obsolescência dosequipamentos, fundamentalmente nas cal-deiras, moinhos e usinas elétricas, além dafalta de peças de reposição previstas pararepor ou modernizar. Outro tema a ser deba-tido foi a ausência de equipamentos, suamontagem, prova e posta em andamentoantes de começar a safra.

O problema da seca e o leixo no atendimen-to à cana, em algumas unidades produtoras,foram motivos para analisar os prejuízos norendimento e a produtividade das novas tec-nologias de colheita. Nesse sentido, instou-se a ser mais competitivos no manejo dasmaquinarias e a alcançar um melhor aprovei-tamento e eficiência do setor.

Entre as ações se exortou a aperfeiçoar orendimento na safra. Algumas das propostasbuscam consolidar ainda mais o programa depreparação dos trabalhadores, sobretudopara dotar de experiência os jovens. De igualmaneira, insistiu-se em conseguir uma maiorassociação entre o salário dos trabalhadorese os indicadores produtivos.

Pouco depois, atualizou-se a projeção dosinvestimentos. Segundo dados oferecidos norelatório, o plano de investimentos do primei-ro trimestre de Azcuba foi de 52,8 milhões depesos, em moeda total, e o real de 51,3 mi-lhões para 97% de execução.

Desde 2017 e até 2024 os objetivos vão emfunção de novas alternativas de financiamen-to, em médio e longo prazos.

SOBRE BRINQUEDOS, LARES MATERNOS ETRÁFICO DE PESSOAS

Os deputados da Comissão de Atendimen-to à Juventude, à Infância e a Igualdade deDireitos da Mulher, debateram sobre o estadoda produção, distribuição e comercializaçãode brinquedos no país; a situação dos laresmaternos e o Plano Nacional para a Preven-ção do Tráfico de Pessoas.

Sobre o primeiro tema, a deputada AymaraGuzmán Carrazana, presidenta da Organiza-ção de Pioneiros José Martí, explicou quenão existe uma estratégia definida para oacompanhamento da produção, distribuiçãoe comercialização de brinquedos na Ilha e ospoucos que se recebem, geralmente doadossão destinados a instituições pediátricas,hospitais e a algumas escolas.

Ao expor os resultados de um estudo reali-zado em Guantánamo, Granma, Holguín,Santiago de Cuba e Havana, destacou queos entrevistados manifestaram sua preocu-pação pelo alto custo dos brinquedos nasLojas Arrecadadoras de Divisas.

Nesse sentido, Rosmery Santiesteban, de-putada do município de Yara, Granma, assi-nalou que em muitas lojas de sua provínciaexiste desabastecimento e se vendem brin-quedos de péssima qualidade a preços in-acessíveis para as famílias cubanas.

«Não vamos ter uma solução imediata, masestamos começando a dar passos, porqueestamos interessados em resolver esta pro-blemática», assegurou Olga González Naran-jo, diretora de Produções Selecionadas, doMinistério de Indústrias.

Ressaltou as propostas que surgiram porparte da indústria leve, fundamentalmentepara a criação de jogos didáticos; bem como

também o trabalho da indústria esportiva,cujas produções hoje quase duplicam as de2016.

Sobre a situação dos lares maternos, Ro-berto Álvarez Fumero, diretor nacional do Pro-grama de Atendimento Materno Infantil, assi-nalou que nos 131 centros deste tipo queexistem em Cuba, garante-se às grávidas umatendimento especializado, que inclui o aten-dimento médico, a alimentação correta e ou-tras questões.

Entre os temas debatidos emergiu a situa-ção da gravideze precoce, cujo número – se-gundo Álvarez Fumero – elevou-se a 52 emcada mil mulheres menores de 20 anos.

Nesse sentido, Teresa Amarelle Boué, mem-bro do Bureau Político do Partido e secretáriageral da Federação das Mulheres Cubanas(FMC), explicou que essa organização estevetrabalhando na seleção de promotores jovens«que possam chegar às adolescentes comestas temáticas, não a partir da proibição,mas de seus projetos de vida».

«Viemos trabalhando, também, diretamentecom as famílias, pois para nós isso é umaprioridade».

Por outro lado, os deputados receberam in-formação acerca do Plano Nacional para aPrevenção do Tráfico de Pessoas.

Segundo o assessor da ministra de Justiça,Antonio Ybarra Suárez, os objetivos desteprograma incluem o fortalecimento da pre-venção e detecção do tráfico; a proteção etratamento das vítimas e a obtenção, proces-samento e divulgação de informação fiávelrelativamente a estes temas.

Entre as estratégias para a prevenção des-tacou a necessidade de enfrentar as condi-ções que incentivam a oferta, através da im-plementação de programas que alertemacerca dos seus perigos, melhorem as opor-tunidades de educação e os sistemas esco-lares e patrocinem a igualdade de direitos.

A esse respeito, Teresa Amarelle Boué, ex-pressou que, «quando se fale de fortalezas denosso país para enfrentar tamanha situação,é preciso levar em conta que as mulheres cu-banas contamos com uma organização quepromove as políticas públicas que protegemnão só a mulher, mas também as crianças».

Onde houver uma mulher venerável, atua-rão os Comitês de Defesa da Revolução(CDRs), os assistentes sociais, a própriaFMC; o Ministério da Educação; o Ministérioda Saúde...«Tudo isso torna difícil que essascoisas aconteçam na Ilha, mas não podemosconfiar-nos», concluiu.

FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA,POUPANÇA DE COMBUSTÍVEIS E ELEMENTOSENERGÉTICOS E EMPREENDIMENTOSHIDRÁULICOS

Relativamente à implementação da Políticapara o desenvolvimento das Fontes Renová-veis de Energia (FRE), bem como o cumpri-mento das medidas adotadas pelos organis-mos no sentido de poupar combustíveis eelementos energéticos, debateram os depu-tados da comissão das Indústrias, Constru-ções e Energia.

Na sessão, o ministro de Energia e Minera-ção, Alfredo López, referiu que a política dasFRE — que começou em 2014 e deve seraplicada até 2030 — tem entre seus objetivosprincipais transformar a estrutura de fontesenergéticas e aumentar a sustentabilidade domeio ambiente.

«Temos 25 usinas bioelétricas, que — comum programa de montagem até 2030 — ge-rarão 14% de toda a energia do país, poisnos empenhamos em concluir o programaantes do tempo previsto».

«Hoje se trabalha na preparação e nego-ciação de 11 usinas bioelétricas, delas qua-tro devem ser concluídas através da conces-são de créditos bancários estatais e maissete na modalidade de empresas mistas. Asrestantes são incluídas na pasta de oportuni-dades para o investimento estrangeiro», su-blinhou.

Quanto à energia gerada mediante o vento,assinalou que se prevê aumentar para 14 osparques eólicos, até o ano 2030.

«O programa de fontes renováveis conce-beu instalar 191 parques solares fotovoltai-cos», assinalou López. Destes projetos, 22estão em operações, 32 incluídos no planodo ano 2017 e 27 no de 2018.

Em relação com a eficiência da iluminaçãonos lares, o ministro informou que se devemsubstituir 13 milhões de lâmpadas fluores-centes por LED (light emission diode ou dio-dos emissores de luz) no setor residencial.«Substituiu-se 1,8 milhão e o plano para 2017é substituir três milhões de lâmpadas».

«Também se espera substituir», destacou,«dois milhões de cozinhas elétricas de resis-tência por placas de indução no setor resi-dencial. «Até o momento, foram vendidas 540mil e o plano do ano 2017 contém 284 mildessas placas».

Na ocasião, os membros do Parlamentodebateram acerca das ações organizativas ede controle realizadas para melhorar a efi-ciência dos combustíveis e elementos ener-géticos e a poupança dos mesmos.

A deputada de Havana, Alicia Alonso Bece-rra, quis saber o que se está fazendo para,em parceria com o setor estatal, controlartambém o não estatal, levando em conta queeste último oferece serviços como o de trans-porte público, com preços elevados e com-bustível roubado.

A esse respeito, Alfredo López respondeuque já foram aprovadas novas medidas euma reorganização que deve começar porHavana, a partir de setembro.

O Comandante da Revolução, Ramiro Val-dés Menéndez, membro do Bureau Político evice-presidente dos Conselhos de Estado e deMinistros, externou suas reflexões acerca dotema do roubo de combustível, que é resulta-do da falta de controle e de reação daquelesque dirigem as empresas, dos trabalhadores edos próprios deputados nos territórios.

Em outro item, foram examinados os resul-tados do controle e fiscalização que os depu-tados realizaram aos empreendimentos doInstituto Nacional dos Recursos Hidráulicos(INRH), financiados pelo Estado.

LEGISLATIVO CUBANO ESTREITA RELAÇÃOCOM PARLAMENTOS DO MUNDO

Encontros e trocas com membros dos Par-lamentos de vários continentes contribuíram,no primeiro semestre do ano, para que a As-sembleia Nacional do Poder Popular (ANPP)estreitasse vínculos com legislativos domundo todo e incentivasse a solidariedadecom Cuba.

A presidenta da Comissão das RelaçõesInternacionais do Parlamento, Yolanda FerrerGómez, fez um resumo do relatório do traba-lho realizado pelo grupo, e disse que o balan-ço permite esperar resultados positivos apósfinalizar o ano 2017.

O relatório da Comissão qualificou de im-portante e frutífera a vista do presidente daANNP, Esteban Lazo, ao Vietnã e à China,onde conheceu de perto o funcionamentodos órgãos dos Parlamentos e se obtiveramexperiências para a colaboração bilateral e opapel que desempenha o poder legislativonos processos de renovação econômica deambas as nações.

A deputada Caridad Bello destacou aspec-tos da visita aos dois países da Ásia, entreeles que o presidente Esteban Lazo foi rece-bido pelo mais alto escalão político e das ex-periências das quais se podem obter ele-mentos para o trabalho das próximas legisla-turas.

O relatório descreveu, também, que naseleições do Parlamento Latino-americano,Parlatino, efetuadas no mês de junho, Cubase manteve como integrante da Mesa Direti-va, na Secretária de Atenção às Comissões.

O PRESTÍGIO DE CUBA E DE SUA SEGURANÇA

Uma porcentagem de 97% dos jovens cu-banos se inscreve nos registros de recruta-mento militar, para cumprir o dever de se pre-pararem para uma possível agressão à Pá-tria, segundo informou, em 10 de junho, a Co-missão da Defesa Nacional.

Ao ser apresentado o relatório acerca dosresultados desta questão, adotou-se umacordo consensual de estabelecer mecanis-mos de controle nos gabinetes do registrocivil e nos exames médicos, para identificartoda a população que possa ser inserida nasunidades militares ou em outras formas alter-nativas, a fim de cumprir esta etapa.

Na segunda parte do debate, a Comissãoexaminou a fiscalização dos serviços alfan-degários no aeroporto internacional SierraMaestra, de Manzanillo, Granma. Pôs-se emdestaque que o trabalho se desenvolve emuma situação complexa, devido ao incremen-to do número de turistas, com aumento dasoperações aéreas e entrada de navios, alémdos novos métodos de operar daqueles queviolam a lei no mundo e que tentam driblar,constantemente, o controle alfandegário.

Outro dos centros do debate foram as ma-neiras de prevenir condutas negativas emnossa sociedade, sob o princípio de assegu-rar que as ações preventivas e de repostasao indevido consigam preservar a ordem emanter o prestígio de Cuba como uma socie-dade segura.

PROCURADORIA E TRIBUNAIS NA ANÁLISEDOS DEPUTADOS

Perante a Comissão dos Assuntos Consti-tucionais e Jurídicos do Parlamento, a Procu-radoria Geral da República (FGR, por suasigla em espanhol) examinou seu trabalho noquinquênio 2011-2016.

Os deputados reconheceram que se avan-ça no tocante aos processos penais, na aten-ção aos cidadãos, aos réus ou aqueles priva-dos de liberdade, a menores, mulheres, ido-sos e em geral aos setores mais vulneráveisda sociedade. Contudo, nesse período foi de-tectado um aumento nos casos de corrupçãoe ilegalidades.

Os funcionários da Procuradoria referiramque o bloqueio econômico imposto a Cuba, asubversão política procedente dos EstadosUnidos e a chegada de drogas a nossas fron-teiras, tornam complexa a situação atual doenfrentamento a estes problemas.

INVESTIMENTO INDISPENSÁVEL NA SAÚDE

Tendo pela frente o acelerado envelheci-mento da população e a situação sanitária,na qual as doenças crônicas não transmissí-veis têm uma colocação importante na mor-bidade e mortalidade do país, foi motivo dedebate o trabalho dos graduados em CulturaFísica na promoção da saúde e o papel doInstituo Nacional dos Esportes, Educação Fí-sica e Recreação (Inder, por sua sigla em es-panhol), bem como o seguimento à fiscaliza-ção do uso dos ginásios, na Comissão deSaúde e Esportes.

Segundo o relatório apresentado, um dosproblemas principais nesta área é que exis-tem províncias que não resolvem com os alu-nos graduados o déficit de professores para aEducação Física, nem a demanda da ativida-de física comunitária; ao qual se acrescentaque as ações metodológicas encaminhadasaos recém graduados ainda são formais.

«A diretoria das entidades esportivas e asdireções municipais não fazem ações quegarantam maior estabilidade e permanênciados recém graduados», disse o deputadoWilly Fernández Alguezabal.

Outros temas debatidos pelos deputadosestiveram relacionados com a fiscalização dofuncionamento das Escolas de Iniciação Es-portiva; o trabalho da Alfândega Geral da Re-pública e o aperfeiçoamento da relaçãoporto-transporte-economia interna.

Igualmente, as comissões dos AssuntosConstitucionais e Jurídicos e Indústria, Cons-trução e Energia, debateram o ditame acercado Projeto de Lei das Águas Terrestres, queserá apresentado no nono período de sessõesdo Parlamento em sua oitava legislatura. (LissyRodríguez Guerrero, Yudy Castro Morales, Ya-ditza del Sol González, Yisel Martínez García,Jesús Jank Curbelo, Lauren Céspedes Her-nández, Jorge Legañoa, Nuria Barbosa León,Alejandra García e Lisandra Fariñas Acosta) •

NACIONAL14.JULHO.2016 | GRANMA INTERNACIONAL6

Danae González Del Toro

• A Empresa de Informática e Meios Audiovi-suais (Cinesoft) é uma instituição que per-tence ao Ministério da Educação (Mined),surgida ao calor do processo de aperfeiçoa-mento que Cuba está implementando naordem econômica e social.

Cinesoft foi fundada em abril de 2015, como objetivo de unificar três atividades princi-pais que se desenvolviam independentemen-te: produção de materiais audiovisuais, soft-ware e criação de conteúdos encaminhadosà Internet, elas todas na ordem educativa.

«Esta instituição parte dos problemas peda-gógicos que tem o sistema de educação nopaís e a partir dessa base criar diversos pro-gramas que ajudarão a resolvê-los», garanteo diretor geral da Cinesoft, Iván Barreto.

«É vital que tenha nascido uma instituiçãocomo esta, porque veio a contribuir com oconteúdo que necessita realmente a escolacubana».

«A partir do próprio processo produtivotemos uma abordagem integral, um olharmais científico daquilo que vamos criar. De-pois, adicionamos o componente econômi-co, quer dizer, como a esta realidade tam-bém podíamos adicionar um sistema econô-mico, que permita uma sustentabilidade naprodução», acrescenta o entrevistado.

Cinesoft é integrada, principalmente, porprofessores de diferentes modalidades doensino e colabora com a Universidade dasCiências Informáticas e a Universidade Cen-tral Marta Abreu, de Las Villas.

Suas linhas de produção estão em funçãodo sistema nacional de educação e tudoaquilo que se desenha é integrado em umaplataforma audiovisual e informática com onome Cubaeduca, o repositório onde sãocolocados todos seus softwares e materiaisaudiovisuais.

PRINCIPAIS LINHAS DE PRODUÇÃO

A convergência tecnológica que hoje en-frenta o mundo exige, cada vez mais, a inte-gração dos conteúdos.

«Os materiais audiovisuais necessitam deinfografias, de animações e da informática,sobretudo, necessita mais do audiovisualpara se comunicar com os estudantes. A Ci-nesoft garante que as distintas disciplinas,desde o ensino pré-escolar até a entrada àEducação Superior, disponham desses con-teúdos», afirma Barreto.

Uma de suas linhas produtivas se enca-minha à realização de softwares educativoscurriculares, que respondem à necessidadedos planos de estudo vigentes no sistemanacional de educação. Cada material é reali-zado em diferentes dossiês, com o objetivode utilizá-los em qualquer escola do país.

Por outro lado, Barreto assinala que Lucespara la vida, é um projeto mais integral,tendo como centro o tema das adições.

«Com este programa tentamos pôr ênfasenas ferramentas com as que pode contar oestudante para evitar o consumo de drogas,e neste momento preparamos um seriadoaudiovisual acerca do tema para ampliar opúblico, e fazer com que os jovens ganhemconsciência acerca desse perigoso fenôme-no», expressa Barreto.

Outra das arestas com as quais trabalha aempresa são as visitas virtuais. Uma dasgrandes insatisfações do Ministério da Edu-cação tem a ver com o ensino da história.Descobriu-se que a aproximação dos jovensdesta disciplina não é adequado.

«Começamos a efetuar visitas virtuais,como uma linha de produção, para apoiar oensino da história. Começamos com a casade José Martí, continuamos com o iateGranma e o Museu da Alfabetização, entreoutros».

«Já temos um total de 22 visitas virtuais eestamos desenvolvendo outros 16, nestemomento, para apresentá-las no verão. Aideia é reunir os principais museus referidosà história de Cuba, de forma a existir umagrande coleção para todas as crianças, semimportar o lugar onde elas morem».

Outra das linhas com as que trabalha a Ci-nesoft é a colocação de vídeos na Internet.Para isso, foi criada a WebTV, que gera re-cursos audiovisuais com códigos mais dinâ-micos e diferentes formatos, para comple-mentar a informação do site Cubaeduca.

A produção de documentários e a criaçãode programas para a televisão nacional éoutra das arestas do centro.

«Temos uma produção constante de video-games, focalizamo-nos principalmente na-queles que têm um compromisso muito fortecom a formação dos rapazes, mas tambémqueremos que sejam divertidos», garante oentrevistado.

As bibliotecas virtuais é outra das produ-ções com que conta a instituição, com umamarcante abordagem na Biblioteca del Do-cente, porque sua criação é baseada na for-mação do professor. A mesma conta comsete volumes, onde o professor poderáachar tudo aquilo necessário para comple-mentar a sua formação.

Ainda, foi confeccionado um compêndio demateriais audiovisuais e informáticos, entreoutros, em um pacote completamente gratui-to, intitulado: Pa que te eduques. A empresagarante todos os recursos possíveis parasua distribuição e armazenamento nas es-colas.

«A escola cubana concorre com um univer-so audiovisual muito complicado, que jácriou uma marca, uma educação, uns pa-drões diferentes daqueles que o sistemaeducativo de Cuba costuma ensinar. Orabem, qualquer ação que se queira fazer comos jovens, com uma didática diferente enca-minhada a este setor, acaba sendo chatapara eles. Por isso a Cinesoft tenta estar àpar dessa atualidade audiovisual que hoje

se vive e elaborar seus produtos de forma talque atraia o interesse dos nossos estudan-tes», afirma o diretor geral da Cinesoft.

Por outro lado, significa que cada programaou videogame que se entrega às escolasajuda na formação do estudante.

«Nós chamamos a isso analítica da apren-dizagem. O estudante lança mão de um dosnossos softwares e esse programa vai dei-xando sinais que permitem ao professoravaliar o aluno, sem ter que fazer-lhe umexame. Quer dizer, caso um estudante de-morar dez minutos em um exercício e as ou-tras crianças demorarem apenas dois, issoé sinal de que existem problemas», acres-centa.

CRESCIMENTO COMO PALAVRA DE ORDEM

A Cinesoft demonstrou ter uma sustentabi-lidade no tempo que aumenta cada ano.

«Tentamos ser identificada como uma em-presa de alto valor agregado. Devemos en-cerrar cada ano com um faturamento deperto de nove milhões de pesos, por con-ceito de vendas. O recurso maior que temosnão são os materiais, mas sim o conheci-mento acumulado, a inteligência do pes-soal que trabalha na entidade. Portanto,hoje temos quase 40% de lucros, um ganhoneto para o Estado, para a economia nacio-nal. Aliás, elevamos o salário dos trabalha-dores, somos rentáveis e continuamos cres-cendo».

ÚLTIMAS PRODUÇÕES

Devido à importância que a Cinesoft atribuiao ensino vem se trabalhando na criação deum centro regional para a geração de recur-sos educativos encaminhados à América La-tina e o Caribe, com a intenção de partilharos modelos pedagógicos e tecnológicos dis-poníveis por Cuba, que garantem uma for-mação adequada das crianças e jovens.

Ainda, trabalha-se em uma aplicaçãomóvel de realidade aumentada, a qual per-mite ao usuário interagir com o museu queestá visitando.

«Para o futuro, devemos trabalhar mais nosserviços que oferecemos na Internet. Recen-temente, fizemos um teste piloto com umprograma intitulado Repassador on line,com a ajuda dos trabalhadores da Empresadas Telecomunicações de Cuba (Etecsa),porque para fazê-lo precisávamos de pesso-as que estivessem ligadas à rede, pois é umserviço que vamos oferecer personalizado,de atenção à família a às crianças que fre-quentam a escola», acrescenta.

Para efetivar este projeto, os professores queparticipem estarão ligados à Internet durante24 horas, para que a família possa interagircom eles, na hora de resolver tarefas cotidia-nas dos alunos. Este programa deve começara funcionar no mês de setembro, no país todo,e se poderá acessar a essa plataforma a partirde qualquer conexão, tanto da Internet comodo serviço de navegação nacional (Intranet). •

Cinesoft: uma empresaem crescimento

Jogos paracomputador• Adivinha Adivinha• Catando as frutas• Pintando com materiais

da natureza• Animais Fantásticos• Brincaremos às

escondidas• Quem chegará primeiro

à meta?

Exame vestibularpara a EducaçãoSuperiorDisciplinas:• Matemática• Espanhol • História

Isto é dividido em quatro tópicos fundamentais: • família• estudo• cédulas• geral

Livros de textoescolares• Etapa de adestramento• Ciências Naturais• O mundo em que vivemos • Espanhol • Física • Geografia • História • Inglês • Matemática • Química

Aplicativos dejogos edocumentos paraTablet e celulares

Gerais:• Soando em Cuba

Jogos de lógica:• Guarda-florestais• Quadrado mágico• Cálculo • Tabelas de multiplicar

«A Cinesoft é umaempresa deempreendedores»,afirma IvánBarreto, diretorgeral destaempresa, quepertence aoMinistério daEducação.

FOTO: RICARDO LÓPEZ HEVIA

EMPRESA DE INFORMÁTICA

E MEIOS AUDIOVISUAIS

NACIONAL 714.JULHO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Yisel Martínez García

• DIZEM que todos os dias interagimos com mais de 2 milobjetos. O número poderia ser, inclusive, maior, mas olhe aoseu redor. O design está em toda parte. Dá valor aos produ-tos, identidade e busca tornar a vida mais fácil.

«Não tem maneira de desenvolver um país se não se levaem conta o design», assegura a chefa do Gabinete Nacio-nal de Design (ONDI, sigla em espanhol), Gisela HerreroGarcía. Segundo explica, esta atividade sempre esteve pre-sente no país. Contudo, como todo processo, o design emCuba teve seus bons e maus momentos.

No século 20, por exemplo, a arte gráfica destacou dentrodo panorama criativo. O pôster cubano atingiu sua épocadourada e um reconhecimento tanto dentro como fora dopaís. Na década de 1980, impulsionou-se uma política pú-blica do design, coerente com as necessidades de prospe-ridade e sustentabilidade em Cuba. Criou-se o ONDI e,mais tarde, o Instituto Superior de Design (ISDI) instituiçãoresponsável pela formação de profissionais deste perfil.

Se bem a crise econômica da década de 1990 parou tudoo que até aquele momento tinha sido consolidado, o designconseguiu ver-se como uma ferramenta para aliviar a situa-ção e tornar Cuba um país capaz de se valer de suas pro-duções.

Assim, setores como o farmacêutico e o turístico começa-ram a utilizar o design e a recuperar uma atividade profis-sional com uma importante responsabilidade no desenvolvi-mento.

«Os centros mais importantes do polo científico se torna-ram ponteiros nas demandas do design gráfico. O uso dosespaços, o vestuário do pessoal de trabalho, a embalagemdos produtos e a visualidade para sua venda fizeram comque o design fosse uma ferramenta fundamental para estase outras indústrias».

«No país se começou a falar de identidade corporativa. Oturismo, como locomotiva da economia, precisou da identi-ficação dos novos hotéis, a diferenciação das cadeias. Epensar coerentemente, desde os espaços até a indumentá-ria e o vestuário daqueles que trabalhavam nestes lugares”,explica Gisela Herrero.

ZONAS DE ABORDAGEM

Unido ao cotidiano e com a passagem do tempo, o designencontrou um novo espaço no setor não estatal, zonas deatuação que vão desde o design gráfico e até o industrial.

«Qualquer um que abriu um restaurante ou resolveu em-preender um negocio está buscando diferenciar-se. Sejadesde a visualidade, o nome, um símbolo, a mobília as ofer-tas, ou todos estes elementos juntos. Está conseguindo-seum ambiente fértil que permitiu aos designers abrir-se ca-minho», assegura Herrero García.

A indústria foi recuperando-se e um espaço que destacasão as confecções têxteis. A especialista assegura que hámuitos designers de vestuário pensando a roupa e a indu-mentária do homem e da mulher, da criança e dos idosos,como valor de identidade.

«Cada vez há mais pessoas preparadas e ocupadas porter o nacional no vestuário do cubano. Tem que vestir maisparecido às nossas cores, ao contexto onde fazemos a vidatodos os dias e que não haja diferenças», acrescenta achefe da ONDI.

O design, como valor agregado, dignifica o mundo dosobjetos e visual. Por isso, estimular uma criação envolveresponsabilidade. Gisela, como receptora de imagem, sepreocupa muito pelo fato de como nos estamos vendo dedentro.

«Em um ambiente midiático e de comunicação como oatual, tem que oferecer conteúdos com melhores visualida-des, com a visão destes tempos, com discursos e códigoscontemporâneos. Temos que construir uma imagem sólida eque se pareça mais conosco como nação. É necessário sermais proativos. O design tem esse valor e tem que comuni-cá-lo, a partir de uma xícara de café, uma cadeira, um ves-tuário. Tudo porta ideologia».

OLHARES E DESAFIOS

«O design tem que estar inserido, cada vez mais, nos

diferentes setores da economia, na indústria, na cultura, napolítica. Às vezes, tenho a impressão de que não acontececom a rapidez de que se precisa, mas penso que é um sinalpositivo que os designers marquem presença nas equipesdesenvolvedoras», assegura Herrero.

Cada dia são mais os jovens que se formam na academia.No fechamento de maio, o Gabinete contava com mais de2.400 designers no Registro Nacional, um número que co-loca o país em condições de usar esses profissionais damelhor maneira.

Mas conseguir resultados de qualidade envolve, também,trabalhar em equipe e envolver-se com outros conhecimen-tos. Matérias como a economia são fundamentais para en-tender a responsabilidade que tem um designer na consoli-dação de um projeto.

«Não há maneira de desenhar sem a economia. O designagrega valor a produtos e serviços e isto é algo que aindamuitas pessoas não entendem. É um investimento não umcusto. Fala-se de gastar em design quando deveríamos in-vestir em design. Esse giro, entendê-lo de outros 180 grausseria muito importante para impulsionar o desenvolvimento.

«A partir da atividade tem que provocar as melhoras parao país. Falta empurrá-lo desde a indústria, desde a cultura,desde todos os lugares onde tem que abrir-se espaço. O de-

sign tem que ser responsável com o meio ambiente, com acultura que defende e tem que identificar o valor do projetocubano», explica Herrero García.

O design em Cuba advoga por encontrar cada dia maisespaços de consolidação. Conseguir sua aplicação em ní-veis industriais em massa é a única forma em que poderáser decisivo para o desenvolvimento do país. •

DesenharCuba

O design em Cuba encontra espaços emdiferentes setores da economia

Gisela Herrero García, chefa do Gabinete Nacional de Design(ONDI).

14ª Semana de Design.Desfile de moda.

CampanhaDesign emtodosentido,lançadapelaONDI.

COLOR DE LA 8 PORTUGUES

É possível reunir o melhor docapitalismo e do socialismo?

ESPECIAL8 GRANMA INTERNACIONAL14.JULHO.2017 |

COLOR DE LA 8 PORTUGUES

José Raúl Concepción

• QUANDO o mundo era bipolar, alguémdisse uma coisa que parece óbvia:«vamos reunir o melhor do capitalismo esocialismo em um só sistema». Se cadaum deles têm seus pontos fortes e fracosporque não descartar o inútil. A ideia éatraente, seria algo como a sociedadeidílica. Porém, o que impede que sepossa levar a termo, por que se continuafalando sobre capitalismo e socialismo?Por trás daquela evidência óbvia existiaoutra: não se pode tirar o melhor do ca-pitalismo, como se fosse uma fruta quese danificou após cair da árvore. As vir-tudes deste sistema sustentam-se emsuas falhas.

Aparentemente, a ideia não era o queprometia e continuam existindo as mes-mas opções: manter o estilo de vida queestá afetando todos os cantos deste pla-neta ou procurar uma outra alternativapara resolver os problemas da raiz.

Na política, tal como na vida, estar nocentro é difícil. No entanto, existem al-guns iludidos.

Cubadebate falou acerca do centrismopolítico com o intelectual cubano Enri-que Ubieta, que respondeu as perguntassimples com palestras sobre história, va-lidade e possível aplicação em Cuba dachamada Terceira Via.

É possível que o centrismo representeo melhor do capitalismo e do socialismo?

«O capitalismo não é uma soma de as-pectos positivos e negativos, de elemen-tos que possam ser recuperados ou des-cartados: é um sistema que, em umdado momento, foi revolucionário e hojenão é. Ele engloba e reúne tudo: a altatecnologia, a riqueza mais sofisticada ea extrema pobreza. Aqueles elementosque contribuem para maior eficácia naprodução são os mesmos que alienam otrabalho humano. Aqueles que criam ri-queza para alguns, produzem pobrezapara a maioria, em nível nacional e inter-nacionalmente. Eu acho que é uma falá-cia estabelecer tal objetivo: não existe o‘melhor do capitalismo’, como se o capi-talismo pudesse ser refinado, como seum bom capitalismo fosse viável. Há ver-sões muito ruins, como o neoliberalismoou o fascismo, mas não sei de nenhumaque seja boa. O capitalismo é sempreselvagem».

«Por outro lado, o socialismo, diferente-mente do capitalismo, não é um todo or-gânico, uma realidade já construída,mas sim um caminho que não deixa paratrás totalmente o sistema que está ten-tando superar. Testamos aqui e ali, ado-tamos novas formas, avançamos e re-cuamos, eliminamos o que não der, cor-rigimos os erros uma e outra vez; um ca-minho para outro mundo, no meio da flo-resta, porque o capitalismo é o sistemahegemônico. O que caracteriza o socia-lismo é a sua intenção firme, declarada,de superar o capitalismo».

«Existe um centro? Sobre que bases éestabelecido? No sistema eleitoral capi-talista, supostamente, há uma esquerdae uma direita, mas essa esquerda, cujamatriz ideológica é a social-democracia,

que originalmente era marxista e tencio-nava reformar o capitalismo, até quedesaparecesse gradualmente, hoje éfuncional para o sistema e repudia omarxismo, e difere dos partidos conser-vadores em suas políticas sociais e suacompreensão sem preconceitos da di-versidade. A fórmula centrista funcionadentro do sistema capitalista como umrecurso de propaganda eleitoral. O elei-tor — que é tratado como um cliente,porque as eleições funcionam como sefosse um mercado — está cansado deque os partidos da direita e da esquerdase revezem e apliquem políticas seme-lhantes e o sistema, então, constrói umaterceira maneira falsa».

«Mas os pólos reais não estão dentrode um sistema, são opostos: eles são ocapitalismo e o socialismo. Não existeum centro, um espaço neutro entre osdois sistemas. A social-democracia en-contra-se dentro do capitalismo, masfinge ser um centro, tentando fazer aqui-lo que declaramos impossível: tirar omelhor de ambos os sistemas. Na verda-de, provoca uma alternatividade de mé-todos, não de essências. Sem falarmosde casos muito isolados, como poderiater sido Olof Palme, na Suécia, queviveu em um país muito rico, que aindasem ter colônias, como parte do sistemacapitalista, também se beneficiou do sis-tema colonial e neocolonial».

«A social-democracia, que parecia ser avencedora, deixou de fazer sentido quan-do a União Soviética entrou em colapso edesapareceu o bloco socialista. Nemmesmo foi capaz de ficar na Suécia (OlofPalme foi assassinado). Depois disso, osistema não mais precisou dela e teveque se recompor. A Terceira Via de TonyBlair é um centro que foi derivando maispara a direita: aceita e implementa políti-cas neoliberais e é aliada das forças doimperialismo em suas guerras de con-quista. A história da social-democracia éessencialmente europeia».

Que papel pode ter centro político emCuba?

«Em suma, o que é esse centro? É umaorientação política que se apropria deelementos do discurso revolucionário,adotou uma postura reformista e, afinal,interrompe, atrasa ou impede o desenvol-vimento de uma verdadeira revolução».

«E em outros casos, como o nosso,tenta usar a cultura política da esquerdaque existe na sociedade cubana, porquenão pode vir aqui com um discurso daextrema direita tentando ganhar simpati-zantes. Tem que lançar mão daquilo queas pessoas interpretam que é algo justoe com esse discurso de esquerda come-çam a introduzir o capitalismo pela portada cozinha. Esse seria o papel que po-deria ser o centro no seio de uma socie-dade como Cuba».

Com terminologias diferentes e contex-tos, políticas semelhantes com o cen-trismo têm estado presentes na históriade Cuba depois que o autonomismo ten-tasse impedir a revolução pela indepen-dência de 1895... Por que você achaque é uma espécie de ressurgimento docentrismo em Cuba, no contexto atual?

«Na história de Cuba está muito claraessa divisão de tendências entre o espí-rito reformista e o espírito revolucionário.É um velho argumento na história domarxismo, mas eu só vou me referir àtradição cubana».

«O reformismo é representado pelascorrentes autonomista e anexionista. Al-guns autores insistem em que o anexio-nismo aspirava a uma solução radicalporque queria a separação da Espanha.Aqui, o termo ‘radical’ é mal utilizado,porque não vai à raiz do problema. A so-lução de anexar o país aos Estados Uni-dos era apenas uma aparência radicalporque pretendia preservar os privilégiosde uma classe social e também evitar odesgaste econômico de uma guerra pelaindependência, preservar o status quoatravés do domínio de outro poder quegarantisse a ordem. As duas tendências;o anexionismo e o reformismo tinhamcomo base a desconfiança absoluta nopovo. O medo da ‘multidão mulata’, comodiziam os autonomistas».

«O reformismo traidor veio subsistindoao longo da história de Cuba até hoje,não se extinguiu. A Revolução de 1959varreu-o como uma opção política real,mas a luta de classes não desapareceu.Se a burguesia ou a que aspira a ser,tenta retomar o poder em Cuba, tantoaquela que se veio formando fora dopaís, como a que se pode estar gerandoaqui dentro, vão precisar de uma forçaexterna para apoiá-la».

«Em Cuba não seria um capitalismoautônomo, isso não existe mais em qual-quer lugar do mundo, ainda menos emum país pequeno e subdesenvolvido. Ocapitalismo cubano, tal como no séculopassado, só pode ser neocolonial ou se-micolonial. A única maneira da burguesiapara recuperar e manter o poder emCuba é através de uma fonte externa; éa única opção de reproduzir seu capital,

e já sabemos que a Pátria da burguesiaé o capital, a riqueza».

«Hoje há uma situação que favoreceesse tipo de táticas de centro, plantadasem Cuba a partir do Norte. A geração his-tórica que fez a Revolução está acaban-do seu ciclo histórico-biológico. Cerca de80% da sociedade cubana não viveu nocapitalismo. Imaginem, Cuba é um paístentando construir uma sociedade dife-rente de outra que as pessoas não vive-ram. Há uma situação de mudança e sãointroduzidos novos elementos, anterior-mente rejeitados na concepção do mode-lo econômico e social. E neste contexto éque as forças pró-capitalistas constroemseu discurso pseudo-rrevolucionário, sóaparentemente, ligado às mudanças queestão operando no país».

A atualização do modelo econômico esocial cubano tem algumas semelhan-ças com o centrismo?

«Tem não. Vou me remeter aos concei-tos do filósofo argentino Arturo AndrésRoig. É essencial distinguir dois níveis:discurso e rumo ao qual vai encaminha-do o discurso, significado e sentido.Lembro-me que quando estudava a dé-cada de 1920, observei que Juan Mari-nello e Jorge Mañach diziam quase omesmo, manuseavam conceitos muitosemelhantes, porque eram intelectuaisque estavam na vanguarda do pensa-mento e da arte cubana. Mas se vocêacompanha o caminho de ambos, vaiacabar entendendo que essas palavrascom significados semelhantes tinhamsignificados diferentes. Marinello aderiuao Partido Comunista e Mañach fundouum partido de tendência fascista. Mari-nello lutava pela justiça social e o socia-lismo, enquanto que o outro queria, tar-diamente, se tornar o ideólogo de umaburguesia nacional que já não existia. Eunão acho que esta ruptura seja apenas oresultado de uma evolução mais tarde:ela já estava implícita nos diferentesrumos históricos dos seus discursos».

«É muito importante essa diferenciaçãode significados, hoje mais do que nunca,porque vivemos em um contexto linguís-tico muito poluído, promíscuo, em umasociedade global que assimilou o discur-so e, até mesmo, os gestos tradicionaisda esquerda, especialmente após a Se-gunda Guerra Mundial. A luta de classesé mascarada e é preciso desvendar aquem servem nossos parceiros».

«O que é que propõem as Diretrizes?Encontrar uma maneira própria, alterna-tiva, para avançar rumo ao socialismo,uma vez que não existe um modelo uni-versal e cada país e cada momento his-tórico são peculiares. Um socialismo cu-bano equivale a dizer um caminho deCuba rumo a uma sociedade diferenteda capitalista, em um mundo hostil, emmeio da pobreza, do bloqueio implacávele da ausência de recursos naturais, ex-ceto o conhecimento dos seus cida-dãos».

«Essa é a situação real em Cuba.Temos a intenção de manter e reforçar ajustiça social alcançada e, para isso, de-vemos dinamizar as forças produtivas.Por isso, definimos limites para a acumu-

É possível reunir o melhor docapitalismo e do socialismo?Enrique Ubieta, diretor das revistas Cuba Socialista e La Calle del Medio, falou com CubaDebate sobre questões como ocentrismo político, o novo anexionismo e o confronto permanente entre o socialismo e o capitalismo, como sistemasantagônicos; questões relevantes na luta ideológica que o mundo trava hoje

Enrique Ubieta conta a história das políticas de‘centro’ e seus objetivos em Cuba.

ANNALY SÁNCHEZ/ CUBASÍ/ CUBADEBATE

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lação de riqueza e da propriedade e nospreocupamos com os mecanismos decontrole desses limites. Por outro lado, oscentristas, com uma linguagem seme-lhante da nossa, sugerem que nós abri-mos mão do ideal de justiça social, masexigem um aprofundamento destas mu-danças, que levaria ao desmantelamentoda minimamente alcançado em termos dejustiça. O ‘aprofundamento’ exigido peloscentristas, economicamente e politica-mente, é um retorno ao capitalismo.Podem e devem ser ouvidas as opiniõescríticas e divergentes em nossa socieda-de, mas elas todas devem apontar para omesmo horizonte de sentido».

«Quando alguém diz que o socialismonão conseguiu erradicar a corrupção ou aprostituição, sinto-me triste porque eu seique é verdade. Mas, ao mesmo tempo,devemos perguntar: «o que faria o capita-lismo com isso?» Iria multiplicá-la.

Quando a acusação não implica a indi-cação de um caminho para o fortaleci-mento do sistema que temos no país — oúnico que pode corrigir suas falhas, defi-ciências e erros — mas sim sua destrui-ção, a crítica é contrarrevolucionária».

«Porque nem tudo que faremos vai ficarbem; vamos dar errado, isso é certo.Quem caminha se engana. O importanteé ter a capacidade de corrigir e ser clarosobre o significado do que estamos fa-zendo e para que o fazemos. Caso se per-der o caminho, em algum momento, deve-mos consultar a bússola que indica o sen-tido. Que tudo aquilo que possamos fazeragora e o que vamos discutir esteja mar-cado pelo esclarecimento daquilo quequeremos e para onde estamos indo».

Pode-se ser centrista e revolucionárioao mesmo tempo?

«Não, no absoluto. Um reformista não é

um revolucionário. Isso não significa queum revolucionário não pode fazer refor-mas. Os revolucionários fizeram a Refor-ma Agrária, a Urbana... Ser reformista éoutra coisa».

«O reformista se baseia em estatísticase em descrições detalhadas de seus arre-dores que acabam tornando-o incompre-ensível. Uma descrição minimalista dasparedes desta sala não nos permite com-preender onde estamos, porque estequarto está em um edifício, em uma cida-de, em um país; ou seja, a descrição,para ser útil, pressupõe uma maior com-preensão. É preciso voar tão alto comoum condor para ser revolucionário, que éo que Martí exigia».

«O reformista é descritivo — ele achaque a realidade se esgota pelo que ele vêe toca. Por isso fica confuso e falha. Napolítica, a reforma só pode adicionar osquatro elementos visíveis do ambiente so-cial. O revolucionário acrescenta um quin-to elemento subjetivo não detectável aolho nu. Um elemento que o reformistanão leva em conta, porque não confia nopovo. Podemos resumir este quinto ele-mento no histórico reencontro em CincoPalmas dos oito sobreviventes do desem-barque do iate Granma, expresso com aspalavras de Raúl Castro: ‘Fidel deu-meum abraço e a primeira coisa que fez foime perguntar quantas armas tinha. Então,daí surgiu a famosa frase: ‘São cinco,mais duas que eu tenho são sete. Agorapodemos ganhar a guerra!’». É o saltosobre o abismo que José Martí pediu».

«Isso é o que distingue um revolucioná-rio de um reformista. E um centrista é piordo que um reformista porque, de algumaforma, é um simulador».

«Na tradição europeia toda a trama con-ceitual, teórica, política que foi se inven-

tando desde o século XIX dá certa es-pessura às discussões. Em Cuba, estesdebates expressaram seu fundo de umaforma muito mais evidente. E toda aquelaconversa de unir capitalismo e socialis-mo, de ficar em um nível discursivo revo-lucionário, mas na prática contrarrevolu-cionário, de alguma forma, na minha opi-

nião, também evidencia certo nível de co-vardia, certa incapacidade para liderarum projeto em que você acredita. Essaspessoas acreditam em um projeto que éoposto ao nosso, mas não têm a forçapolítica nem a coragem de proclamá-loabertamente». •

Cuba é um país quetenta construir umasociedade diferentea outra que aspessoas nãoviveram. Há umasituação demudança e seintroduzem novoselementos, antesrechaçados, naconcepção domodelo econômico-social.

DILBERT REYES

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CULTURA10 GRANMA INTERNACIONAL14.JULHO.2017 |

Mireya Castañeda

• HAILA María Mompié, uma das melhoresintérpretes cubanas contemporâneas, co-memora 25 anos de carreira com o lança-mento de sua sétima produção discográfi-ca: Haila, Mujer de Acero (Haila, Mulher deAço).

Com um claro sentido do mercado, a can-tora de son por excelência, começou o anocom uma turnê por Cuba, durante a qualcantou as novas peças incluídas no discoque agora lançou perante a imprensa emuma muito bem concebida entrevista coleti-va, no mezanino do hotel Iberostar ParqueCentral.

Já com o CD fisicamente na mão, a caris-mática Haila ofereceu aos dançarinos umgrande espetáculo no Salão Rosa da Tropi-cal, para o qual contou com alguns dosconhecidos cantores que participaramcomo convidados no disco.

«Chegar a este alto nível profissional ede convocatória — assegurou — decorreupor um caminho de busca e, claro, de sa-crifícios».

Para nossos leitores um brevíssimo per-curso. Em 1991, foi convidada para fazerparte do Septeto Tradición; em 1994, aderiuà orquestra Bamboleo; para 1998 é funda-dora do grupo Azúcar Negra e, em 2001,resolveu empreender uma carreira sozinha.

Desde então, sete discos, entre eles, oprimeiro Haila, seguidos por Haila live;Haila Diferente, (onde se inicia cantandobalada, bachata, merengue, salsa e algonovo, sua voz em um tom médio), e HailaMala (Prêmio Cubadisco na categoria deMúsica para dançar).

Na intensa rota participou, em 2001, dagravação do CD La rumba soy yo, vence-dor de um prêmio Grammy Latino; compar-tilhou palco com figuras como Cheo Felicia-no, Oscar de León, Olga Tañón, Rey Ruiz,José Alberto El Canario, Gilberto SantaRosa, Chucho Valdés, Muñequitos de Ma-tanzas, Mario Rivera, Adalberto Álvarez,David Calzado, Issac Delgado, Lázaro Val-dés, e integrou o projeto Cuban Grammys,junto a Eliades Ochoa, Juan Formell, Sam-pling, Chucho Valdés, Los Papines e ErnánLópez-Nussa.

DE AÇO ATÉ AS RAÍZES

Durante a entrevista coletiva para lançarHaila, Mulher de Aço, a versátil cantora semostrou confiada na nova produção. «Sem-pre me considerei um ser humano bastan-te ousado. Dizem que quem não arriscanão petisca».

Haila esteve acompanhada por Mario

Escalona, gerente geral da Empresa deGravações e Edições Musicais (EGREM),sob cuja licença saiu o disco; Lester Hamlet,realizador de cinema e vídeo, que assina asnotas discográficas e do arranjador do CD,Carlos Cartaya, que se referiram a diversosaspectos da conceição do fonograma.

Acerca de Haila, que há 25 anos destacapor suas excelentes qualidades vocais ealto nível de improvisação, Lester Hamlet(filme Ya no es antes, onde se escuta umamúsica de Haila) considerou que ela «seconverteu em um mito, uma etiqueta, ela éautêntica, é Cuba», enquanto Escalona en-fatizou em que a nova estrela da EGREM,«é uma artista com uma imagem própria,símbolo de credibilidade profissional».

Muito reveladores dessa profissional deHaila foram os comentários de Cartaya,arranjador, com Aned Mota, das 11peças de Haila, Mulher de Aço, um disco

— observou — «bem pensado, as peçasselecionadas de uma grande quantidadede repertório. Ela é bem estrita e não paraaté que tudo fique como ela quer. Eu pensominhas melodias, Haila põe as delas epenso que o resultado é satisfatório. Con-seguimos um CD com uma sonoridade es-petacular, soa cubano e internacional».

Como nasceu a ideia? Ao que Haila respondeu: «Quase sempre

o título sai de uma canção. Que esse títulochame a atenção. Em minhas sete produ-ções sempre foi Haila e… algo mais. Equando Issac (Delgado) me deu a canção,disse é este: Mulher de aço.

A peça é da autoria de meu irmão Issac eMisael Bosaa — precisou a destacada can-tora — e metaforicamente, com esta produ-ção, como sempre, defendo as mulheresque aproveitam para dizer cantando o que,às vezes, não podem dizer com palavras».

«Eu faço música de todo tipo, mas tam-bém para que as mulheres se defendam.Este CD é para as corajosas, lutadoras, for-tes perante qualquer situação na vida,como eu».

O sétimo disco, lançado agora, foi produ-zido por Aned Mota, autor de seis das 11músicas do CD. Outros compositores sãoCarlos Cartaya, Randy Malcom, Issac Del-gado e Taimy Estrada.

Haila ressaltou que teve convidados«amigos e de luxo, ferventes amadores damusica cubana: Descemer Bueno, LeoniTorres, Issac Delgado, Paulo FG, AlainPérez».

Acerca das músicas, a intérprete afirmou:«sempre sou sigilosa com os textos, quetenham sentido comum para que o públicose identifique» e mencionou Te traigo flo-res, Amor a primera vista, La lluvia se llevótu amor, Lo que tengo es mío, Santiago, miSantiago; Para que llorar (uma conga sele-cionada para identificar o Carnaval de Ha-vana neste verão); De donde vengo e Elsusto.

Como vê Haila este novo CD entre suadiscografia?

«Um de meus primeiros discos foi magis-tralmente arranjado e produzido por JuanManuel Ceruto. Penso que fica para minhahistória e a história musical, mas para mimtodos são maravilhosos. Com Mulher deAço me sinto mais madura à hora de inter-pretar, de fazer a música cubana e ofereçoàquele que dança uma variedade de gêne-ros e estilos musicais, guarachas, rumbas,sones», timba.

Haila sempre surpreende pelo excelentetrabalho musical, tanto em discos como nopalco e por seu domínio dos gêneros e, so-bretudo, do son. Ela é uma mulher de gran-de presença no palco, mas quando, sem omelhor dos esforços, levanta a voz, os dan-çadores se encantam e aquele que escutafica impressionado.

Esta verdadeira estrela da música paradançar em Cuba foi rotunda em seu en-contro com a imprensa, em relação a suapaixão pelo son, o qual — disse — «éminha vida, minha devoção, vivo-o à pleni-tude» e o defende em cada una de suasproduções.

Com Haila, Mulher de Aço quer algomais: «Cuba é a Ilha da música e em mui-tos gêneros. Eu trabalho para chegar aosjovens, impulsioná-los à música cubana, ànossa rica arte, para que seu ouvido saiade tanta toxicidade».

Ícone contemporâneo, Haila se deve aseu público, esse que canta suas cançõese dança com sua música. Ela sabe disso enão o defrauda. •

A capa do novo disco também pensada e cuidadosamente desenhada, incluído o vestuário deHaila.

Haila e sua orquestra são referentes na música cubana.Haila María Mompié se converteu em um exemplo para a geração de músicos cubanos.

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Haila, Mulher de Aço

O sétimo disco da grande cantora tem um som espetacular

ESPORTES 11GRANMA INTERNACIONAL14.JULHO.2017 |

Recordes impossíveis de ser apagados

Sigfredo Barros Segrera

• FALAR dos recordes de qualquer beisebol domundo é sempre apaixonante porque, entreoutros fatores, este esporte é o de maior nú-mero de itens a registrar. Praticamente é pos-sível medir tudo, começando pela forma dejogar, bem seja no campo ou em quadra artifi-cial, de dia ou de noite, até como rebate a bolaum jogador, com três bolas sem strikes oucom dois strikes sem bolas.

Este assunto se torna mais controverso aose tratar do beisebol cubano. Muitas foram asmudanças em sua estrutura, originalmenteeram quatro equipes e 27 jogos, no primeirocampeonato, passando pelos supercampeo-natos de 99 jogos, em 1968 e 1969; 15 timesanos com o formato de 90 jogos; 16 times,duas zonas e quatro grupos; aquele de 97jogos do 51º Campeonato (único com númeroimpar de participantes) até hoje, com times re-forçados a partir da metade da temporada.Quase em 20 ocasiões nosso beisebol mudousua forma.

Ao dito anteriormente devemos fazer umaimportante introdução. A partir de 1977 mudouo uso do tradicional taco de madeira pelo dealumínio, uma decisão da Federação Interna-cional de Beisebol, acatada pelo mundo ama-dor. Segundo a maioria dos especialistasdeste esporte, o taco de alumínio fazia aumen-tar a ofensiva, em aproximadamente 25%, co-locando os rebatedores em uma posição devantagem sobre os arremessadores. Em 1999,o taco de alumínio foi banido, mas deixou seulegado na maioria dos recordes vigentes.

Quando se comenta sobre qual de todosesses recordes é mais surpreendente, existemtantas opiniões quanto participantes no debate.Particularmente, eu fico espantado com o re-corde de ex-jogador de Las Tunas Osmani Urru-tia: cinco campeonatos de ótima ofensiva, qua-tro deles ultrapassando a média de 400 pontos.Teriam sido seis a fio, mas, em 2006, apesar deter conseguido uma média de 425, o ex-jogadordo time Isla de la Juventud, Michel Enríquez su-perou Urrutia, com uma lendária média de 447.Um ano depois, Urrutia conseguiu novamentecolocar-se como primeiro no taco. Seis oca-siões em sete anos, entre 2001 e 2007. Muito di-fícil de repetir esta façanha.

O fato de decair a forma de jogar beisebolem função da ofensiva é o principal responsá-vel de que o recorde de 55 bases roubadas deEnrique Díaz, imposto em 1993, pareça irreal,pois hoje não se vislumbra alguém capaz, pelomenos, de chegar a 40 bases roubadas. Esserecorde permanecerá imbatível muito tempo.

QUATRO HOME RUNS EM UM JOGO

Em 1984, um jogador chamado Bobby Loweconseguiu rebater quatro home runs em umjogo; contudo, 17 homens conseguiram issona Major Leagues. Em Cuba são três: LeonelMoa, Alberto Díaz e Omar Linares nessaordem. Podem ficar tranquilos, porque emnenhuma liga ninguém conseguiu cinco homeruns.

Caso se tratar de home runs, os dois rebati-dos com homens ocupando todas as bases,em um mesmo inning, pelo jogador de Santia-go de Cuba Alexei Bell, em 3 de novembro de2009, acho que seria impossível de superar. Oinning teria que se tornar quase eterno paraque os jogadores rebatendo passassem pelohome em três ocasiões. O dominicano Fer-nando Tatis é o único na Major Leagues com

esse mérito. E caso não acreditar, um rebate-dor chamado Gene Rye rebateu três homeruns em um inning — sem homens nas bases— em 1930, jogando com os Cachorros deWaco, da Texas League.

O MAIS ANTIGO

Após terminar, em 1969, uma temporada cu-bana de 99 jogos, registrava entre as façanhasuma possível de ser melhorada. Porém, otempo passou e o recorde quase completamédio século. Trata-se de 13 rebatidas triplasconseguidas pelo jogador de Matanzas Wilfre-do Sánchez. Três rebatedores conseguiram 12.Talvez seja o malefício atribuído ao número 13?

O recorde de rebatidas simples em uma tem-porada aumentou cada ano, desde 1962 até oaumento dado pelo próprio Wilfredo, em 1969,com 140. Tiveram que passar 30 anos paraque Michel Enríquez impusesse uma marcade 152 rebatidas simples (hits) no 38º Cam-peonato Nacional. Sem dar por nós que quasecompleta duas décadas. Contamos com reba-tedores fortes, como Yoelkis Céspedes, RoelSantos, Víctor Víctor…, mas até o momentonenhum resolveu superar o recorde do cha-mado jogador super 12, do time Isla de la Ju-ventud.

A partir daqueles três home runs consegui-dos por Rolando ‘Gallego’ Valdés, no primeiroCampeonato, passando pelos 22 de Armando

Capiró, em 1973; os 28 de Pedro José Rodrí-guez, cinco anos depois e os 30 de OrestesKindelán, no 12º Campeonato (1986), o últimorecorde foi conseguido pelo jogador do timeGranma, Alfredo Despaigne, com um total de36 home runs, em 2012.

Em geral, os rebatedores cubanos atuaisnão possuem muita força; por tal motivo, nãose vislumbra um novo recordista em homeruns para nosso beisebol. Unicamente o pró-prio Despaigne poderia batê-lo, mas seu com-promisso com a NPB (Nippon Professional Ba-seball) — com um calendário extenso, commais de 140 jogos — lhe impedirá tentar baterseu próprio recorde.

Tampouco se vislumbra o candidato parabater o recorde de carreiras impulsionadas,um dado que experimentou um aumento im-portante em um dos dois Campeonatos de 99jogos, o de 1968, quando o ex-jogador de Ca-maguey, Miguel Cuevas, impôs o primeiro re-corde, com 86. Em 2008, envolvido em umatemporada excelente, Alexei Bell, de Santiagode Cuba, além de rebater 31 home runs, im-pulsionou 111 carreiras. No Campeonato pas-sado o primeiro foi Yordanis Samón com 76, eninguém chegou às 80 carreiras.

Marcar carreiras é um dos aspectos mais im-portantes do jogo. Impossível vencer se nãose chega ao home mais vezes que o contrário.Enrique Díaz liderou um Campeonato Nacio-nal que já se torna antigo, o 42º, em 2003, ao

conseguir 100 carreiras, uma cifra à qual nin-guém se aproximou nos últimos tempos. Só 73marcou Stayler Hernández no 55º Campeona-to e 65 Samón na temporada passada.

UMA MARCA ESQUECIDA

Não se menciona com frequência e sem he-sitar, digamos, parece que foi esquecido. Paramim é uma das mais notáveis ações, pelo es-forço e sacrifício que resultou atingir os 1.112jogos jogando a fio, conseguidos pelo segun-da base da Isla de la Juventud AlexanderRamos, o que constitui uma das conquistasmais difíceis de igualar e ainda de superar. Poruma razão muito simples: não abundam os jo-gadores com esse espírito de sacrifício, dis-posto a jogar diariamente, sem levar em contamoléstias ou problemas pessoais.

Junto a esses recordes há um muito notável,os 37 jogos consecutivos rebatendo sem fa-lhar, do ex-jogador de Santiago de Cuba, ReyIssac, no Campeonato 1994-1995, superandoos 31 do havanês Lazaro Vargas e especial-mente colocando essa marca em um patamarmuito alto, de modo em que já completou 20anos e continua vigente.

Até aqui os recordes que consideramos im-batíveis. E prestem atenção, tão rico é o beise-bol em recordes que nem sequer pude men-cionar os dos arremessadores. Será paraoutra ocasião. •

No beisebol praticamente tudo é possível de medir, por isso é o esporte com maior número de itens para registrar de todos os que existem

Osmani Urrutia, seis títulos como melhor rebatedor em sete temporadas.

RICARDO LÓPEZ HEVIA

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Venezuela define

ASSINATURA

NOSSA AMÉRICA12 14.JULHO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

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Alina Perera Robbio, especial para o Granma Internacional

• MIRANDA, Venezuela.— Fazia um calor sufocante no Cen-tro de Alta Tecnologia (CAT) Manguito Siete, no municípioPaz Castillo, situado na parte oeste do Estado. Mas tambémhavia muita paz. Nesse lugar projetado pela Revolução Boli-variana para realizar testes importantes aos pacientes queprecisem do diagnóstico precoce, Rogelio Enrique SuárezGonzález, médico geral integral, de 50 anos, nos deu asboas-vindas junto a seus colegas.

Rogelio, da província de Camaguey, está encarregadodesse pessoal, cujo valor, se se fala de conhecimentos, é in-estimável. Ele tem muitas lembranças e reflexões que com-partilhar em se tratando de missões internacionalistas: estaé sua segunda experiência na Venezuela e, entre 2006 e2008, trabalhou em Honduras, em uma clínica da Missão Mi-lagre, a primeira inaugurada por Cuba no país centro-ameri-cano.

De tal experiência impactaram ao médico de Camaguey odifícil acesso dos moradores ao sistema de Saúde, criançasvítimas da extrema pobreza, sem poder frequentar as esco-las. «Então – comentou Rogelio Enrique – a gente pensamuito em tudo quando fez a nossa Revolução pela saúde epela educação. É algo que nos compromete mais no deverde preservar as coisas belas que temos».

A passagem por Honduras foi também para o médico umaexperiência maravilhosa: muitas pessoas que tinham catara-ta, cuja visão era nula ou péssima, recuperaram a luz noolhar. Aquele milagre foi gratuito para aqueles que o viveram.

Os beneficiados chegaram a ser até 70 por dia. Em doisanos foram operados mais de 5 mil pacientes. Rogelio con-tou que muitas das pessoas que voltaram a ver as paisagensdo mundo ainda se comunicam com seus médicos.

Agora o senhor está vivendo sua segunda experiência naVenezuela, que significado tem esta etapa?

«Chegamos aqui em um momento muito importante, inten-so. A Revolução Bolivariana se mantém, vive inúmeras mu-danças depois do desaparecimento físico do ComandanteHugo Chávez. Foi a nossa vez de manter o que ele e o co-mandante-em-chefe Fidel criaram, através do ConvênioCuba-Venezuela no âmbito da Saúde.

«Os centros nos quais trabalhamos estão situados onde apopulação mais precisa. Estamos chamados a ajudar, emparceria com os venezuelanos, aos habitantes para que re-cuperem sua saúde. Devemos atender às crianças, aos maisvulneráveis, acompanhar as gravidezes. Assim, com a pas-sagem do tempo, fortalece-se a solidariedade e acrescenta-se a gratidão de todas as pessoas atendidas».

Trabalhou todo o tempo em um CAT?«Comecei por um consultório, como médico. Foi uma etapa

magnífica porque estava em contato direto com os pacientes,dia após dia. Aquilo era como voltar às raízes, à bela função demédico da família. Era muito bom sentir o agradecimento dospacientes que eram examinados no detalhe. Atendíamos pes-soas necessitadas inclusive fora dos horários de tra-balho».

«Em Cuba, durante a maior parte de minha vida profissio-nal, eu tinha estado encarregado de policlínicas. Alguém queme conhece viu aqui que eu estava no consultório e propôs-me que eu dirigisse o CAT e nessa tarefa estou há já mais de30 meses».

De sua temporada no consultório médico há alguma histó-ria que lembre de maneira particular?

«Não esqueço um paciente nefrótico a quem diagnostica-mos como tal e começamos a dar-lhe acompanhamento. Aju-damo-lhes em tudo o possível, mas ele precisava de umatendimento mais especializado em outras instituições desaúde do país. Nesse ponto começou a se complicar, maspor fortuna está vivo. Há dois anos está fazendo-se as hemo-diálises. Está extremamente grato conosco e com a Revolu-ção Cubana. Se não tivesse sido diagnosticado a tempo nãoteria sobrevivido. A essa mesma pessoa lhe devolvemos avisão».

O senhor cultivou muitas amizades aqui, ou não?«Muitos agradecem constantemente. Cada vez que neces-

sitamos ajuda eles nos estendem uma mão, mesmo na vidacotidiana quanto no trabalho. Essa é a solidariedade que ins-pira a medicina cubana, a qual não tem fronteiras nem fazdistinções entre seres humanos».

Cada entidad missionário nosso em terra de Bolívar é grande…

«Definitivamente. Afinal, quando está em qualquer uma dasestruturas de Saúde que tem a Venezuela, o trabalho é em equi-pe; todos conformamos uma engrenagem e para que funcioneperfeito temos que dar o máximo de cada um no pedacinho quetemos para que o paciente, quando saia pela porta, faça isso sa-tisfeito pela resposta, pelo serviço que oferecemos».

Honduras deixou marcas no senhor. Quais estará deixandoa Venezuela?

«Em primeiro lugar, um compromisso maior com Cuba ecom as ideias de Fidel, o qual se manifesta em compromissocom manter todas as conquistas de nossa Revolução, incluí-da a Saúde Pública. Não é tarefa fácil porque virão desafioscada vez maiores para a nossa Revolução».

«O outro que nos marca é que ajudamos a formar novasgerações de revolucionários. Em todos os lugares por ondepassamos ministramos docência, o qual fez com que muitoscrescessem, inclusive nós. Por onde passamos temos que irdeixando pessoas que continuem o trabalho iniciado».

Como assume a hora atual de violência induzida e de per-manentes definições que vive o irmão país?

«Estou aqui desde novembro de 2014. O país foi mudandopor dia. Sofre uma guerra de desgaste. Os cubanos conhe-cemos bem situações assim. Talvez muitos não as vivemostão dificilmente em carne própria, mas as viveram nossospais e isso fica na experiência».

«Vemos de primeira mão o que é capaz de fazer o imperia-lismo com seu arsenal de métodos; e nos preparamos mel-hor, porque esta Guerra Não Convencional é o palco que so-fremos em Cuba nos últimos tempos, só que não aos extre-mos aqui vistos. Esta guerra nos prepara para o futuro».

Têm razão os colaboradores cubanos quando dizem que aVenezuela é uma grande escola?

É, sim, porque a geração de nossos país teve os inícios daRevolução, Baía dos Porcos, a campanha de alfabetização».

Para nós que estamos aqui, agora, esta é a trincheira, aque nos tocou. Estamos chamados a preservar não só a Re-volução Cubana, mas também a Latino-americana, porque aVenezuela define, é uma guia que não se pode perder».

«Essa é a tarefa que tocou a nós e é tão importante comoaquelas outras».

«SEM TEMOR… DE NENHUM TIPO. TAMBÉM, COM MEDO NÃOSE PODE TRABALHAR NEM CRIAR. A GENTE TEM QUE SECUIDAR E TER SENTIDO DO PERIGO, MAS ISSO É FALAR DEOUTRA COISA, NÃO DE MEDOS»

«Temos o compromisso, todos, de continuar trabalhando e dedar o melhor para que se mantenham os avanços de BairroDentro. Essa humana missão, apesar das dificuldades quepossam existir, constitui um avanço incontestável da Revolu-ção Bolivariana, por isso é feito um grande esforço para quecontinue avançando.

«Nossa Missão Médica não falhará à Revolução Cubana,nem à bolivariana, nem aos presidentes Raúl e Nicolás Ma-duro. Porque tudo isso também significa defender as ideiasde Fidel e de Chávez».•

Venezuela define

O médico Rogelio é o responsável pelo Centro de Alta Tecnologiana Venezuela.

Os médicos e enfermeiros cubanos através da Missão BairroDentro salvaram a vida de milhares de venezuelanos.

ALINA PERERA ROBIO YANDER ZAMORA

Um missionáro cubano, encarregado de um Centro de Alta Tecnologia, fala das marcas que está deixando nele e em muitos a história de uma revolução que resiste, apesar de estar sofrendo os

efeitos da Guerra Não Convencional

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Os inimigos da esquerda

NOSSA AMÉRICA 1314.JULHO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

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Sergio Alejandro Gómez

• TER ficado sem inimigos é a pior coisa que poderiaacontecer à esquerda. Em um mundo onde os queestão no topo têm medo dos de baixo e a lei máximacontinua sendo «salve-se quem puder», as ideias daesquerda não podem fazer outra coisa que provocar co-michão aos executivos e estragar a festa centenária dadireita.

Fronteiras, é claro, é um problema diferente. Em 1789,na Assembleia Constituinte, os defensores do rei acaba-ram se sentando à direita do presidente da Assembleia eos revolucionários mais radicais foram para o outro lado.Desde então e até hoje nunca mais acabaram as discus-sões acerca de onde se senta cada um.

É impressionante a capacidade da direita de achar de-finições tendo na frente uma esquerda com crises recor-rentes de identidade. Se alguma coisa sabem fazer ospoderosos é distinguir os seus em meio daqueles queprocuram uma distribuição mais justa da riqueza, rejei-tam a naturalização da desigualdade e acreditam que os«direitos humanos» são, em rigor, para os seres huma-nos e não apenas para os direitos.

Quando os revolucionários acabam estando marginali-zados e seus programas são discutidos em pequenoscírculos, a direita costuma tolerá-los, com o fim de daruma imagem de pluralidade e abertura. Mas ela mostrasua verdadeira face quando explode o descontentamen-to social e receiam da menor chance de perder seus pri-vilégios.

As ditaduras na América Latina, durante o século pas-sado, o assassinato de líderes sociais e a desmontagemdos sindicatos, foram a resposta das elites diante da pos-sibilidade real da ascensão da esquerda ao poder, comotinha acontecido em Cuba em 1959.

Aconselhados pelos Estados Unidos estavam prontospara dar cabo de qualquer levante popular. Ainda que ob-tivessem alguns resultados, o triunfo sandinista na Nica-rágua e a luta de outros povos da América Central e doSul mostraram que se podiam conseguir mudanças atra-vés da luta armada.

No entanto, poucos pensaram ser possível uma vitóriana própria casa. Parecia impossível virar à esquerda nostrilhos do trem da democracia liberal, feita sob a medidados opressores. Salvador Allende quis demonstrar o con-trário no Chile e pagou um preço elevado. Mais de duasdécadas depois, a Venezuela viveu uma experiência se-melhante com o comandante Hugo Chávez, que abriuum ciclo de vitórias progressistas que logo se espalhoupela América Latina toda.

A direita, afetada pelos resultados catastróficos do neo-liberalismo e os escândalos de corrupção, não deu umminuto de trégua aos novos governos, enquanto recuavapara organizar a contraofensiva.

A esquerda, ao contrário de seus antecessores, erarespeitosa das regras do jogo e não quis aplicar medidasextremas, inclusive após as tentativas de golpe na Vene-zuela, em 2002, ou no Equador, em 2010, ou as iniciati-vas separatistas na Bolívia, durante a primeira fase dogoverno de Evo Morales.

Embora os processos políticos fossem e sejam diferen-tes em cada país, a partir dos objetivos traçados até o al-cance das mudanças na prática, o cenário em que sedesenvolveram é muito semelhante.

Para alcançar o poder político era necessário negociarcom várias forças, muitas vezes reacionárias e motivadasunicamente por seus benefícios particulares, que termi-nou por ser um freio às mudanças exigidas pela maioria.

Uma parte da esquerda latino-americana, acostumadaa sonhar com a Revolução em debates filosóficos, aca-

bou no lado errado, ao se perder em divagações sobre otom vermelho de cada uma. Às vezes, por oportunismo eoutras pela incapacidade de ler o momento histórico, caí-ram naquilo que Lênin chamou de ‘esquerdismo’ e qualifi-cou de ‘doença infantil’.

Na última década, também foi verificado o poder dosmeios de comunicação para construir realidades, ter afunção de atores políticos e influenciar na opinião pública.

Também se verificou até onde está disposta ir a direita,para alcançar seus objetivos. Os mesmos que na Vene-zuela qualificavam Chávez como ditador populista, quan-do seguraram as rédeas do poder por algumas horas,em 2002, diluíram todas as instituições democráticas.Aqueles que hoje se opõem a Assembleia Constituinteconvocada por Nicolás Maduro, a exigiam há apenas umano atrás.

Não tiveram nenhum escrúpulo na hora de travar aGuerra Não Convencional, dar golpes parlamentares,aplicar boicote econômico ou qualquer outro método dedesestabilização.

Acima de tudo, aprendeu-se a lição de que não é suficien-te alcançar a cadeira presidencial para conseguir mudan-ças profundas nem melhorar as condições de vida para al-cançar a consciência política. A corrupção e o nepotismoherdados do ‘modelo democrático’ da América Latina sãoainda mais rejeitados pelo povo quando têm o selo da es-querda e não são menos injustos os ajustes neoliberais,quando são feitos em nome do progressismo.

Mas talvez seja saudável ter esses inimigos. Uma revo-lução vale quando sabe como se defender. Em qualquercaso, isso ajuda a manter as coisas claras. Para aquelesque falam do fim do ciclo de esquerda na América Lati-na, seria bom lembrar-lhes aquela frase apócrifa postana boca de Don Quixote: «Se os cães latem, Sancho, éque nós vamos cavalgando». •

Os inimigos da esquerda

INTERNACIONAL14 14.JULHO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Gabriela Ávila Gómez

• ALEMANHA já viveu a inícios deste anouma jornada de eleições, nas quais a As-sembleia Federal elegeu Frank-WalterSteinmeier como presidente da nação paraos próximos cinco anos.

Contudo, as funções do presidente sãorepresentativas e protocolares. É quemocupa o cargo de chanceler federal – atual-mente Angela Merkel – a pessoa encarre-gada de levar as rédeas do Governo etomar as decisões importantes, junto aosoutros membros do gabinete.

Nesse sentido, no próximo 24 de setem-bro se decidirá se Merkel vai continuar ocu-pando esse cargo ou se vai passar àsmãos de outra pessoa.

Para essa data, os alemães estão convo-cados para eleger os membros do Bundes-tag, o parlamento federal do país, encarre-gado de representar a decisão do povo, dedecidir as leis federais, e, precisamente, deselecionar o chanceler.

Recentes pesquisas demonstram que afavorita para ocupar esse posto é a própriaAngela Merkel, que caso ganhar a reelei-ção, seria a quarta vez que se desempe-nhe como chanceler federal.

A funcionária, líder da União Cristão-De-mocrata (CDU) – que se postula em coali-zão com a da União Social-Cristã (CSU) –apresentou um programa de Governo, en-fatizado em medidas destinadas a frear aonda migratória ao país.

«É um programa que une o país, não o

divide. É um programa de bem-estar e desegurança para todos. Queremos que nofim da legislatura as pessoas estejam me-lhor que no começo da mesma», disseMerkel em entrevista coletiva.

Igualmente, o documento de 72 páginasse centra no emprego, uma das questõesmais importantes na Alemanha atual, ondea taxa de parada atinge os 5,7%. Merkel,que disse que «o trabalho para todos é achave», prometeu diminuir aproximada-mente em 2,5 pontos percentuais esse nú-mero para 2025.

Outros pontos que aparecem refletidosno texto é o incremento da segurança, aampliação da ajuda familiar e uma notávelrebaixa fiscal.

Por seu lado, o CSU condicionou – apóso possível triunfo da coalizão – que se limi-te a 200 mil o número de pedidos de asiloconcedidos anualmente.

Entretanto, o rival mais direto da chance-ler alemã é Martin Schulz, 61 anos e líderdo Partido Social Democrata alemão(SPD).

Schulz, que durante vários anos se de-sempenhou como presidente do Parlamen-to Europeu, afirmou que vai ter o melhorprograma para o futuro da Alemanha e quedeve refundar-se o continente como umlugar de liberdade, segurança e direitos.

O candidato do SPD propõe um aumentodas políticas sociais, lutar contra a evasãode impostos e contra os contratos de tra-balho precários.

Uma sondagem divulgada recentemente

mostrou que Angela Merkel lidera a inten-ção de voto com 39%, 15 pontos acima doSPD de Schulz, que perdeu apoio nas últi-mas semanas.

PROSPERIDADE PARA TODOS

Dados recentes mostraram que a econo-mia alemã cresceu 1,9 pontos percentuaisem 2016, o que representa o melhor núme-ro nos últimos cinco anos.

Nesse sentido, durante a cúpula do G-20,realizada em 7 e 8 de julho último, em

Hamburgo, Alemanha, a chanceler federalAngela Merkel convocou os líderes dessaplataforma a conseguir um crescimentoeconômico sustentável e inclusivo.

Merkel também advogou pela necessida-de de «um acordo de proteção climática,mercados abertos e melhores acordos co-merciais nos que se defendam os padrõesde proteção do consumidor, sociais emeio-ambientais».

O lema do encontro, proposto justamentepela Alemanha, país anfitrião, foi ‘Forjar ummundo interconectado’. •

ALEMANHA

Eleições à vistaDW

A chanceler federal alemã Angela Merkel apresentou sua programa de governo enfatizado pormedidas destinadas a frear a onda migratória a esse país europeu.

INTERNACIONAL 1514.JULHO.2017 | GRANMA INTERNACIONAL

Elson Concepción Pérez

• DECORRIA o mês de julho de 2015, evindas de Viena — mais exatamente —chegavam notícias de que a RepúblicaIslâmica do Irã e os Estados Unidos, lide-rando o chamado grupo G5+1 (EUA,Rússia, China, França, Reino Unido eAlemanha) depois de 18 meses de nego-ciação, chegaram ao histórico acordoque limita o programa nuclear da naçãopersa, enquanto Washington e os paíseseuropeus se comprometiam a pôr fim àssanções contra esse país.

Este acordo, hipoteticamente, punha fima 35 anos de uma política de enfrenta-mento patrocinada pelos governos norte-americanos, após ter triunfado a Revolu-ção Islâmica.

A esse respeito, o ex-presidente dosEstados Unidos Barack Obama, congra-tulou-se por ter impedido a expansão dearmas nucleares na região do OrienteMédio, sem mencionar para nada Israel eseu desenvolvimento nuclear desafiandoa ONU e a comunidade internacional, im-pedindo que seu programa seja controla-do pela agência internacional, funçãopela qual é responsável.

A mídia propagou todo o tipo de espaçosinformativos, transmitindo a ideia de queassim se impedia o acesso iraniano àbomba atômica, sem reconhecer em nen-hum momento que o programa nuclear ira-niano sempre foi aplicado com objetivospacíficos, ao serviço da saúde humana e odesenvolvimento energético para o pro-gresso da nação persa.

Nesse momento o presidente iraniano,Hasán Rohani, asseverou que o conse-guido era «uma prova de que o diálogoconstrutivo funciona. Depois de se solu-cionar esta desnecessária crise, surgemnovos propósitos para concentrar-nos emdesafios comuns», significou.

Por seu lado, o Organismo Internacio-nal da Energia Atômica (OIEA) confirmouque o Irã cumpriu todas as exigênciasque tornaram possível descongelar asverbas equivalentes a 45 e 90 bilhões deeuros, bem como exportar seu petróleo.

Atualmente, passados já dois anos daassinatura daquele histórico acordo acer-ca de um tema tão sensível, a recenteadministração dos Estados Unidos resol-veu agir com a mesma leveza com queencara outros temas, como as mudançasclimáticas, o problema migratório, aconstrução de um muro para cercar paí-ses e outros.

A administração de Trump se propõebanir o que foi combinado respeito aoprograma nuclear iraniano e já realizaações nesse sentido.

Em uma linguagem carente de solidez,o secretário do Estado norte-americano,Rex Tillerson, comentou, recentemente,que o «acordo com o Irã falhou». Sema-nas antes, este mesmo senhor tinha ad-mitido, perante o Congresso de seu país,que «o Irã cumpriu plenamente o acordonuclear assinado». Epa, que política tãodoida!

Certamente, estas últimas acusaçõescontra o Irã têm muito a ver com as posi-ções do próprio presidente Trump, depoisde reiterar a velha teoria que «o Irã é umEstado patrocinador do terrorismo».

O tema do Irã, não por acaso, torna-secentro da política exterior norte-america-na. Lembremos que durante sua primeiravisita à Arábia Saudita, Trump teimou em

justificar a venda de armas a países daregião, produzidas pelo complexo militarnorte-americano, pela suposta ameaçairaniana às nações do Golfo.

Inventar um inimigo, que o Irã novamen-te, tem evidentes propósitos hegemôni-cos, econômicos e militares para Wash-ington.

A República Islâmica é grande produto-ra de petróleo e gás e seu programa daenergia nuclear tem como objetivo o for-necimento de energia elétrica sem lançarmão do petróleo.

Igualmente, a nação persa tem uma po-sição destacada na defesa da soberaniae a independência da Síria, país queapoia em sua luta contra os grupos terro-ristas.

A causa palestina recebeu sempre a so-lidariedade e o apoio do Irã, razão pelaqual Israel, o maior aliado de Washingtonna região, prontifica seus equipamentosnucleares contra essa nação.

Entretanto, os Estados Unidos são acre-ditados como os maiores fornecedoresde armas de todo o tipo na região doOriente Médio, onde se localiza um sus-tento para manter salva a economianorte-americana, sob o apoio de umcomplexo militar, verdadeiro artífice depoder, não importa que seja um republi-cano ou um democrata quem ocuparem acadeira presidencial da Casa Branca.

Segundo uma análise do Instituto Inter-nacional de Estudos para a Paz (Sipri),de Estocolmo, nos últimos quatro anos asimportações de armas em nações doOriente Médio aumentaram 86%, sendo oPentágono o maior exportador.

Além do grande acordo com a ArábiaSaudita para fornecer estas armas porUS$ 110 bilhões, os Estados Unidos ne-gociaram a venda de aviões de combate,por US$ 2,7 bilhões, a Bahrein, pequenoemirado do Golfo que tem em suaságuas, além de muito petróleo, a QuintaFrota da Armada estadunidense.

Também Catar é um grande importadorde equipamentos norte-americanos, talcomo indica o relatório do Sipri, que refe-re um incremento de 245% nos últimosanos.

Há poucas semanas, o secretário daDefesa dos Estados Unidos, JamesMattis, assinou um acordo por US$ 12bilhões, para a venda de 36 aviões decombate F-15 a Catar, segundo a BBCMundo.

Quer dizer que Washington, ao mesmotempo em que incita o resto das monar-quias do Golfo a pôr fim às relações comCatar, vende-lhes grandes volumes dearmas com preços surpreendentes.

Neste sentido é preciso lembrar o ex-presso em relação a esse emirado pelocongressista democrata, Ted Lieu, duran-te uma audiência no Congresso: «Resul-ta confuso para os líderes mundiais e osmembros do Congresso devido a que aCasa Branca faz duas coisas opostas».

Ou será que o que procura a adminis-tração Trump com a situação criada emrelação a Catar e os restantes Estadosdo Golfo é, precisamente, dar pé anovas divisões e criar novos conflitosque permitam a aquisição de maiorquantia de armas fabricadas por sua in-dústria militar.

Concordo com analistas da imprensa osquais perguntam se Trump tem algumaoutra estratégia para o Oriente Médio,além de vender armas à região? •

Em uma linguagem carente de solidez, o secretário do Estado norte-americano, Rex Tillerson,comentou recentemente que o «acordo com o Irã falhou».

Irã no alvo da política de Trump

REUTERS

Uma ponte de povo a povo

Quem somos?

Amistur Cuba S.A. promove a singularidade, beleza e humanismo da nação cubana, com um olhardiferente que sorri à vida e ao futuro, em uma Ponte de Povo a Povo.

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COLOR DE LA 16 PORTUGUES

Membros da brigada europeia destacam apoio à Revolução Cubana

Reconhecimento ao trabalho de um amigo fiel

COLOR DE LA 16 PORTUGUES

Nuria Barbosa León Foto: Karoly Emerson/Icap

• A 47ª Brigada Europeia José Martí de trabalho voluntário esolidariedade com Cuba, integrada por mais de 75 pessoasde aproximadamente dez países, traz uma mensagem deapoio à Revolução Cubana e sua visita à Ilha tem o propósi-to de conhecer e se aproximar mais do povo.

Acolhidos no Acampamento Internacional Julio AntonioMella, do município de Caimito, província de Artemisa, ogrupo realizou atividades desde 3 e até 21 de julho, incluin-do jornadas produtivas na agricultura e visitas a lugares deinteresse histórico, comunidades, escolas e instituições dasprovíncias de Villa Clara, Sancti Spíritus e Havana.

Especialistas cubanos ministraram palestras acerca davida e obra de José Martí; da economia cubana e seu pro-cesso de atualização; do sistema político e a democraciaparticipativa, bem como das afetações causados pelo crimi-noso bloqueio financeiro, econômico e comercial dos Esta-dos Unidos contra o povo cubano e do pensamento políticode Ernesto Che Guevara e outros temas.

Os franceses Juan Guirau e Schneider Benedet perten-cem à filial da Associação da Amizade França-Cuba, emMarselha, fazem parte dos membros da brigada e dialoga-ram com o semanário Granma Internacional.

Ele já veio em cinco ocasiões com a brigada e ela é a pri-meira vez que visita o acampamento. Ambos comentaramacerca das atividades de sua organização, com um papelmuito ativo na luta contra as políticas agressivas e ingeren-cistas das sucessivas administrações da Casa Branca aCuba, e por divulgar a realidade cubana, enfrentando ascampanhas de desinformação patrocinadas pela imprensatradicional em seu país.

Seu colega da Bélgica, Kasper Libeert, representa o mo-vimento de solidariedade Iniciativa Cuba-Socialista e expli-cou que sua organização prepara para o mês de setembrouma jornada de homenagem, a fim de lembrar o 50ª aniver-sário da morte na Bolívia do Guerrilheiro Heróico ErnestoChe Guevara.

«Faremos um grande festival», assinalou o belga. «Convi-damos alguns intelectuais e artistas cubanos, Aleida Gueva-ra (filha de Che Guevara) e Harry Villegas, alcunhado Pombona guerrilha na Bolívia. Também, assistirão pacifistas dosEstados Unidos e uma delegação do Instituto Cubano deAmizade com os Povos (ICAP)».

Em novembro, desejam realizar um evento de dois diasem Bruxelas e farão uma visita à sede do Parlamento paraexplicar aos deputados as afetações ocasionadas pelo blo-queio dos EUA ao povo cubano e exortá-los a se expressa-rem contra essa política injusta e genocida.

«Nossa organização rejeita a ocupação do território deGuantánamo, onde existe uma ilegal base militar estaduni-dense», asseverou o jovem. E explicou que esse tema fazparte, também, de suas atividades de solidariedade comCuba. Atualmente, condenam a posição de recuo do presi-dente Donald Trump, depois do restabelecimento das rela-ções, que teve lugar durante a presidência do presidente an-terior Barack Obama.

A professora universitária, já aposentada, Luisa Carvalho,contatou com a Associação de Amizade Portugal-Cuba parase incorporar à brigada. Ela escolheu esta modalidade paravisitar a Ilha maior das Antilhas porque deseja contribuir dealguma forma para a construção do socialismo, na mesmamedida em que o possa conhecer.

«Eu li as informações que publicam na Europa acerca deCuba. Neste tema se mostram duas posições diferentes: odivulgado pelos partidos e as organizações da esquerda

com temas para defender a Revolução, entretanto as ten-dências da direita aproveitam qualquer detalhe negativopara absolutizar tudo e denegrir a construção social destepaís. Nós devemos estar prontos para discernir estas infor-mações que andam pelo mundo», acrescentou.

Com ela concordam as irmãs espanholas Rosalía e LuzíaMendez Senra, talvez as mais jovens do contingente solidá-rio, porque a primeira tem 18 anos e daqui a pouco começa-rá a universidade, e a segunda cursa o pré-universitário com16 anos.

Elas viajam com o propósito de trocar com os cubanospara depois relatar suas vivências a seus amigos e colegasda turma. «Na Espanha divulgam muitas mentiras sobreCuba e desejamos ver a realidade tal qual é», asseguraramestas garotas.

No ato de boas-vindas aos membros da brigada, o vice-presidente primeiro do ICAP, Elio Gámez, agradeceu aospresentes pelo sacrifício pessoal e o apoio à Revolução apartir dos seus países de origem e por participar deste tipode troca. «Cuba está orgulhosa de seus amigos no mundo eda solidariedade que ultrapassa as barreiras do tempo», sig-nificou. •

Nuria Barbosa LeónFotos: Orlando Perera/Icap

• O jornalista e sociólogo canadense Arnold August foicondecorado em Havana com a Medalha da Amizade, ga-lardão concedido pelo Conselho de Estado da Repúblicade Cuba, e o dedicou à memória do Comandante-em-chefe Fidel Castro Ruz.

O herói da República de Cuba, Gerardo Hernández,premiou com essa alta distinção o destacado intelectual,quem significou que Fidel é uma «fonte de inspiraçãopara o mundo na luta pela justiça social, a soberania e apaz».

O jornalista canadense reafirmou a necessidade dedestacar como os revolucionários cubanos lutam contra aagressão cultural patrocinada pelos países ocidentais,principalmente os Estados Unidos, segundo declaraçõesao semanário Granma Internacional, na sede do Institutoda Amizade com os Povos (ICAP), na capital cubana.

O eixo fundamental dentro dessa grande campanha damídia contra Cuba é definido por Arnold August em meiodo conceito de democracia, que tentam fundamentar osEstados Unidos como o grande paradigma em nível mun-dial. Não obstante, na Ilha caribenha esse conceito é de-finido como uma forma de governo participativo, na qualo povo tem direito.

«Dedico minha luta a contestar a propaganda contraCuba, patrocinada pelos governos imperiais e a grande

mídia capitalista», assinalou. A esse respeito sublinha aimportância de partilhar com públicos de outros lugaresdo mundo as ações de resistência geradas pela Revolu-ção Cubana.

Daí que se dedicou à pesquisa e já publicou mais de 70artigos nas redes sociais. Também é autor de vários li-

vros, entre os que figuram Democracia en Cuba 1997-98,Cuba y sus Vecinos: Democracia en Movimiento y Rela-ción Cuba-Estados Unidos: Obama e Más Allá... queserão lançados na próxima Feira do Livro de Havana.

Arnold August é um fiel defensor da Ilha maior das An-tilhas e de seu povo, fato que materializou em sua preco-ce afiliação à organização solidária Carrefour de l’Amitié,que posteriormente mudou para Rede de SolidariedadeQuebec-Cuba, atual Mesa de Concertação de Solidarie-dade com Cuba.

Na atualidade é membro da Associação de Estudos La-tino-americanos (LASA) e da Rede de Intelectuais, Artis-tas e Movimentos Sociais em Defesa da Humanidade,com sede em Caracas, Venezuela. Colabora, também, natelevisora multinacional Telesur e com outros sites, comoCubadebate e Cubaperiodistas, bem como com a mídiano Equador, Espanha e Chile.

Fundou, ainda, o Comitê pela liberdade dos Cinco“Fabio Di Celmo”, em Quebec e presidiu a delegaçãodessa província canadense que assistiu ao Primeiro En-contro Cuba-Canadá e ao Segundo Encontro Internacio-nal de Solidariedade com Cuba, ambos realizados emHavana. Devido a estes méritos, em 2013 recebeu a con-decoração Félix Elmuza, máxima distinção que concedea União dos Jornalistas de Cuba (UPEC).

Relatou que em duas ocasiões conversou com o Co-mandante-em-chefe Fidel Castro Ruz acerca de suas pes-quisas e dessas trocas reuniu ideias para seus trabalhos.

Manifestou que demanda o fim do criminoso bloqueioeconômico, comercial e financeiro imposto pelos EstadosUnidos contra Cuba e que continuará na defesa da culturasocialista cubana, em resposta às agressões culturais. •

Membros da brigada europeia destacam apoio à Revolução Cubana

Membros da 47ª Brigada Europeia José Martí de trabalhovoluntário e solidariedade com Cuba expressam sua recusa aobloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidoscontra a Ilha maior das Antilhas.

A juventude e a alegria caracterizam os integrantes destaembaixada solidária, vinda da Europa.

Reconhecimento ao trabalho de um amigo fiel

O herói da República de Cuba, Gerardo Hernández, condecorou coma Medalha da Amizade o jornalista canadense Arnold August.

ORLANDO PERERA/ICAP

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