Cuidados Paliativos - Eventos · a qualidade de vida, como sexo e sexualidade, e o im- ... Na MP,...

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Imagem: Ad Médic Congresso Internacional de Cuidados Paliativos de Castelo Branco 23 e 24 de fevereiro de 2018 Cine-Teatro Avenida, Castelo Branco Programa Científico CONSULTAR PROGRAMA Através da leitura do código QR, poderá consultar os resumos dos trabalhos.

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    Congresso Internacional de

    Cuidados Paliativosde Castelo Branco23 e 24 de fevereiro de 2018Cine-Teatro Avenida, Castelo Branco

    ProgramaCientfico

    CONSULTAR PROGRAMAAtravs da leitura do cdigo QR, poder consultar os resumos dos trabalhos.

  • Programa Cientfico23 de fevereiro, Sexta-feira

    08h00 Abertura do Secretariado

    09h15 Controle de sintomas Moderadora: Ana Bernardo09h30 Avaliao de sintomas em Cuidados Paliativos Sebastiano Mercadante 09h50 Nutrio em Cuidados Paliativos Snia Velho 10h10 O papel do farmacutico na E. de CP Sandra Queimado e Sara Esteves10h30 Discusso

    11h00 Intervalo

    11h30 Sesso de Abertura

    12h15 Conferncia de Abertura O progresso dos Cuidados Paliativos: Para onde vamos? Carlos Centeno

    13h00 Almoo livre

    15h00 Comunicao Moderador: Loureno Marques 15h10 Estratgias fundamentais de avaliao e planificao em CP Carla Reigada15h30 Discusso avanada de expectativas e plano de cuidados, um imperativo tico-clnico Rita Abril15h50 Como quebrar a conspirao do silncio Sandra Neves 16h10 E quando eu j no puder decidir Luclia Nunes 16h30 Discusso

    17h00 Lanamento do livro ... e, ainda, uma valsa! de Joo Leonardo | Fotografia e Cuidados Paliativos

    20h00 Jantar do Congresso Local: Herdade do Regato Rua da Batista 9, Pvoa de Rio de Moinhos, Castelo Branco

  • 24 de fevereiro, Sbado

    08h00 Abertura do Secretariado

    08h30 Apoio famlia Moderadora: Paula Sapeta08h40 Cuidar de quem cuida Ana Querido 09h00 Compaixo, corao dos profissionais de sade Carlos Centeno09h20 Necessidades do cuidador, do ponto de vista dele prprio Maja de Brito 09h40 Crianas em luto Nuno Folgado 10h00 Discusso

    10h30 Intervalo Leilo de Pea de Ourivesaria desenvolvida para o Congresso

    11h00 Trabalho em equipa Moderadora: Isabel Duque Martins11h10 Inteligncia emocional, no trabalho de equipa, em CP Helena Salazar11h30 Burnout ou fadiga por compaixo Ana Paula Nunes 11h50 Gratido em Cuidados Paliativos Maria Aparcio 12h10 Dificuldades na implementao do plano estratgico (balano de 1 ano) Edna Gonalves12h30 Discusso

    13h00 Encerramento do Congresso Entrega dos prmios de melhores Posters

    15h00-17h00 Workshops Implicacin de la Comunidad en la Atencion al final de la Vida: Mi experiencia en Ciudades Compasivas (Badajoz Contigo) Coordenador: Rafael Mota Vargas Cuidados Paliativos nas demncias Coordenadora: Ana Bernardo Investigao em Cuidados Paliativos Coordenadora: Brbara Gomes

  • COMISSO DE HONRAMinistro da SadeSecretrio de Estado Adjunto e da SadePresidente da Cmara Municipal de Castelo BrancoPresidente da ARS CentroPresidente da ULS Castelo BrancoPresidente da Faculdade de Cincias da Sade da Universidade da Beira InteriorPresidente do Instituto Politcnico de Castelo BrancoPresidente da APCPPresidente da SECPAL

    COMISSO ORGANIZADORAPresidente Tiago CunhaAna Carolina RochaAna GomesAntonieta SantosRita EstevesSandra BatistaSlvia Simes Vnia Ramos

    COMISSO CIENTFICAPresidente Isabel Duque MartinsAna Paula Mateus Ana Paula SapetaAngela SimesEdna GonalvesGraa Fonseca

    PALESTRANTESAna BernardoAna Paula NunesAna QueridoBrbara GomesCarla ReigadaCarlos CentenoEdna GonalvesHelena SalazarIsabel Duque MartinsLoureno MarquesLuclia Nunes

    Maja de BritoMaria AparcioNuno FolgadoPaula SapetaRafael Mota VargasRita AbrilSandra NevesSandra QueimadoSara EstevesSebastiano MercadanteSnia Velho

    "A pedra preciosa da marca de joias NEO Skytale o meteorito, um pedao rochoso do Cosmos com mais de 4 mil milhes de anos e com uma imensido de quilmetros at chegar ao nosso planeta. Encerra no seu interior uma gloriosa estria de vida e segredos - foram rochas deste tipo que trouxeram parte da gua e dos tijolos da vida para a Terra... E, nesta joia em particular, juntamos um outro elemento: a rvore da Vida do bordado de Castelo Branco que tradicionalmente simboliza o sentido de sobrevivncia e de renovao da vida, a ligao perfeita e harmoniosa com uma Fnix rochosa que resistiu ao glaciar frio do Espao e ao inferno da sua descida pela nossa atmosfera at ser encontrada e dar um toque da magia genuinamente csmica a quem partilha a intimidade dos seus maiores e menores momentos com uma joia NEO Skytale"

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    TEMTICA: CONTROLO DE SINTOMAS

    P 01SEXUALIDADE E MEDICINA PALIATIVA: REACENDER A RELAOJoo Rodrigues RibeiroUSF O Basto; Hospital da Santa Casa da Misericrdia de Vila Verde

    Introduo: A Medicina Paliativa (MP) frequentemente associada apenas a doentes terminais. Insuficincia Car-daca, Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica, demncias e outras doenas com controlo sintomtico complexo po-dem ser critrio de referenciao para uma consulta de MP. Como consequncia dessa conceo errada, os pro-fissionais de sade podero muitas vezes menosprezar preocupaes sobre outros assuntos importantes para a qualidade de vida, como sexo e sexualidade, e o im-pacto na vida dos pacientes e cnjuges. Na MP, mdico e paciente devem ser confidentes e todas essas questes discutidas. Propomos assim partilhar uma reviso que nos permita ajudar pacientes com necessidades paliativas a viver melhor sua sexualidade.Objetivos: Apresentar algumas medidas farmacolgicas e no farmacolgicas para uma vivncia plena da sexuali-dade em MP.Mtodos: Reviso de literatura/Partilha de conhecimentos com especialistas na rea.Discusso: Raros estudos explicam como ajudar estes pacientes na sua vida sexual. Todos os estudos se referem doena subjacente em particular, mas nenhum rene todo o problema num nico artigo considerando o doente na globalidade. Em geral, as doenas so tratadas clnica-mente, no inquirindo sobre o impacto dos sintomas no bem-estar total do doente. Mesmo profissionais de sade relatam desconforto em abordar os pacientes sobre se-xualidade, tornando a resoluo muito difcil.Concluso: A existncia de um momento de partilha so-bre esta temtica de extrema relevncia para o doente. Assim sendo, importante que os profissionais de sa-de adquiram competncias de comunicao para poder conversar com seus pacientes sobre esse problema, bem como conhecimentos cientficos que ajudem a atuar nes-sas situaes.O autor declara no haver conflitos de interesse.O autor declara que o resumo no foi at a data apresen-tado em nenhum outro congresso.

    P 02REASONS FOR ADMISSION IN A PALLIATIVE CARE DEPARTMENT OF AN ONCOLOGY CENTER: A RETROSPECTIVE DESCRIPTIVE STUDYAna Raquel Monteiro; Ana Vtor Silva; Li Bei; Jos Ferraz GonalvesInstituto Portugus de Oncologia de Coimbra Francisco Gentil; Instituto Portugus de Oncologia do Porto Francisco Gentil

    Introduction: Patients with advanced cancer are often hospitalized due to acute conditions. In the palliative care setting, refractory symptoms and end-of-life care are the main reasons for admission.Objectives: To examine the most common reasons for ad-mission and to analyze the relationship between the rea-sons and type of cancer.Methods: Retrospective descriptive study of reasons for hospitalization of patients observed in a 3-month period. A demographic characterization was made. More than one reason per admission was considered. Frequencies for most common reasons and frequencies by cancer type were analyzed.Results: The survey included 80 admissions of 73 dis-tinctive patients. The most common cancers were colo-rectal (17.8%), prostate (12.3%), stomach (12.3%), breast (11%), lung (11%), head and neck (9.6%). Uncontrolled pain was the most frequent reason (57.5%), followed by global clnical deterioration (32.7%). Besides uncontrol-led pain, which was a transversal motive for admission, other frequent reasons by type of cancer were gastric or bowel occlusion in gastric (55.6%) and colorectal cancer (28.6%); and malignant wound care in head and neck can-cer (50%). Overall, 67.5% of patients were hospitalized for symptom control, while the remaining 32.5% were hospi-talized for end-of-life care.Conclusion: Pain is still a limiting, difficult to control symp-tom leading to frequent hospitalizations, which highlights the importance of acknowledging and constantly ree-valuating it, in order to prevent unnecessary suffering and hospitalizations. Gastric or bowel occlusion is frequent in terminal patients with abdominal and pelvic cancers. To conclude, palliative medicine plays an equally important role in controlling symptoms and end-of-life care.

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    P 03URGNCIAS EM RADIOTERAPIA: COMPRESSO MEDULAR, SNDROME DA VEIA CAVA SUPERIOR E HEMORRAGIAAndreia Ponte1; Lusa Rolim1; Joo Casalta-Lopes1,2; Ins Nobre-Gis1,2; Tnia Teixeira1; Margarida Borrego11Servio de Radioterapia, Centro Hospitalar e Universitrio de Coimbra; 2Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

    Introduo: Existem trs indicaes para incio de radiote-rapia (RT) nas primeiras 24-48horas. Compresso medu-lar ocorre em 5-10% dos doentes com metstases sseas, provoca alteraes sensitivo-motoras, sendo o dfice neu-rolgico e o tratamento precoce os principais fatores de prognstico. Sndrome da Veia Cava Superior (SVCS) de-ve-se a compresso extrnseca por neoplasia em 90% dos casos, maioritariamente por cancro pulmonar (75%), tem mau prognstico, contudo segundo Armstrong et al.,80% dos 125 doentes analisados retrospetivamente obtiveram alvio sintomtico aps RT. Hemorragia refratria a tera-puticas mdicas e/ou endoscpicas tambm passvel de RT urgente.Material e mtodos: Descrio de trs casos clnicos.Resultados: Caso1 - Doente de 17 anos, antecedentes de meduloblastoma, iniciou quadro de disestesia da perna direita. Realizou RMN com disseminao leptomenngea difusa e leso nodular entre D9-D11 condicionando mar-cada compresso medular. Iniciou RT descompressiva ur-gente, com 20Gy/5F/1S dirigida ao segmento da coluna dorsal D8-D12, evidenciando melhoria clnica e imagio-lgica.Caso 2 - Doente de 43 anos com edema cervical e do om-bro esquerdo e cervicalgia. Efetuou Angio-TC com volu-mosa massa mediastnica invadindo os trs vasos supra--articos e tronco braquiceflico esquerdo, confirmando suspeita de SVCS por adenocarcinoma do pulmo. Iniciou RT com 30Gy/10F/2S, com alvio sintomtico e repermea-bilizao vascular.Caso 3 - Doente de 56 anos com volumoso carcinoma in-vasor da mama esquerda, com ulcerao e hemorragia ativa resistente teraputica mdica. Efectuou RT com 13Gy/2F, intervalo de 48h, com significativa reduo di-mensional e da hemorragia.Concluso: fundamental conhecer estas entidades clni-cas, pois o diagnstico e tratamento atempados determi-nam o controlo sintomtico e a melhoria da qualidade de vida destes doentes.Sem conflitos de Interesses

    P 04 UMA REVISO INTEGRATIVA DAS BARREIRAS QUE IMPEDEM O TRATAMENTO COM OPIOIDES DA DISPNEIA EM DOENA CRNICA AVANADA Susana Abreu MacedoULS da Guarda; EPE FCS da UBI

    Contexto: A dispneia um sintoma muito frequente em doena crnica avanada, causando sofrimento a doentes e familiares. A administrao de opioides est recomenda-da para o controlo da dispneia refractria, no entanto no utilizada em muitas situaes.Objetivo: Identificar as barreiras que persistem na utiliza-o de opioides para o tratamento da dispneia em doentes com doena crnica avanada.Mtodo: Durante os meses de agosto e de setembro de 2017 realizou-se uma reviso dos estudos quantitativos e qualitativos publicados entre 1/1/2010 e 30/9/2017 uti-lizando bases de dados eletrnicas e motores de busca (PubMed, b-on, Google Acadmico, BMJ, Index das Revis-tas Mdicas Portuguesas e LILACS) e consultando os ttu-los e os resumos dos artigos publicados nas revistas sobre cuidados paliativos indexadas na PubMed. Para serem in-cludos, os artigos tinham que ter sido publicados desde 1/1/2010 em revistas com reviso pelos pares; escritos em portugus, ingls, francs ou espanhol; ser originais; focar profissionais de sade, doentes e seus familiares cuidadores.Resultados: Foram selecionados 1033 trabalhos, sendo que 11 preenchiam os critrios de incluso. Incluram pro-fissionais de sade 8, familiares 3 e doentes 2.Foram identificadas barreiras relacionadas com o doente e com os cuidadores, formais ou informais. A falta de forma-o, de comunicao e de informao, a par da opiofobia, foram as barreiras encontradas. Concluses: necessria mais formao e mais treino dos profissionais de sade para que melhorem as suas competncias de comunicao e os seus conhecimen-tos acerca da utilizao dos opioides no tratamento da dispneia refratria em doena crnica avanada. So ne-cessrios mais estudos para identificar as barreiras que subsistem na utilizao dos opioides no tratamento da dispneia refratria nos diversos contextos. Isso permitir planear aes especficas para as ultrapassar.

    P 05Trabalho retirado

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    P 06A IMPORTNCIA DE UMA EQUIPA NO FIM DE VIDAAndreia M. Teixeira; Eunice Almeida; Jos Pedro Tadeu; Cristina Teixeira PintoCentro Hospitalar Entre Douro e Vouga, Servio Medicina Interna; Equipa Intra-hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos

    Introduo: As dificuldades existentes na abordagem de um doente em fim de vida so mltiplas. O alvio da dor e do sofrimento podem trazer desafios e discrepncia de opinies sendo essencial uma boa comunicao para criar equipas verdadeiramente funcionais.Objetivo: Discusso do impacto da multidisciplinaridade na gesto de sintomas dos doentes complexo.Material e mtodos: Reviso caso clnicoResultados: Homem, 53 anos, neoplasia da amgdala di-reita com metastizao ganglionar e pulmonar. Um ano aps o diagnstico, progresso de doena sob quimiote-rapia e inicia mltiplos recursos hospitalares por descon-trolo sintomtico (dor cervical, odinofagia e disfagia). Em internamento referenciado para Cuidados Paliativos (CP) com os seguintes sintomas complexos: dor de difcil con-trolo, tumefaco cervical volumosa com efeito compres-sivo sobre a via area, disfagia, crises convulsivas de etio-logia isqumica e angstia existencial. Acompanhado por CP, Medicina Interna e Oncologia com agravamento clnico progressivo, necessidade de frequentes discusses multi-disciplinares acerca do controlo da dor, comunicao com os familiares, planeamento do processo de fim de vida e necessidade de sedao paliativa. Entre as especialidades constatou-se discrepncia de expectativas em relao evoluo do doente, contudo, em articulao multidiscipli-nar e com a famlia foi possvel proporcionar ao doente um bom controlo sintomtico tendo permanecido em sedao intermitente enquanto tolerou e progredindo para sedao definitiva nas ltimas 24 horas.Concluso: Na gesto de doentes complexos a discusso e partilha de experincias no processo de tomada de deci-so torna-se uma mais-valia promovendo melhor cuidado ao doente e sua famlia e maiores nveis de satisfao na equipa de trabalho.

    P 07ANSIEDADE DO DOENTE E DA FAMLIA NO FIM DE VIDA PROBLEMA GERIDO OU SUBENTENDIDO?Rita Queirs; Joana Almeida Calvo; Mrcia Mendona Souto; Joana Vaz Cunha; Anabela MoraisCentro Hospitalar de Trs-os-Montes e Alto Douro

    Introduo: A essncia dos Cuidados Paliativos (CP) as-senta na promoo do conforto, dignidade e melhoria da qualidade de vida (QV) dos doentes portadores de doenas crnicas, progressivas e incurveis, que se encontram em

    fim de vida. Aliviar o sofrimento humano na doena termi-nal implica uma abordagem holstica e integral do doente. A ansiedade, sintoma de elevada complexidade e singu-laridade, muito comum em CP sendo um dos principais modificadores da QV.Objetivos: Investigar a prevalncia da ansiedade em doentes do foro paliativo e familiares. Identificar fatores que influenciam a ansiedade.Material e mtodos: Trata-se de um estudo de natureza observacional, exploratrio-descritivo, transversal, que in-tegrou metodologia quantitativa e decorreu na Unidade de Cuidados Paliativos (UCP) de um Centro Hospitalar duran-te 4 meses. Incluram-se cinquenta doentes candidatos a medidas de suporte paliativo, portadores de doena cr-nica incurvel, de natureza oncolgica e no oncolgica com esperana de vida inferior a 12 meses. Para a colhei-ta de dados aplicou-se a escala Palliative Care Outcome Scale (POS).Resultados: Constatou-se que 98% dos doentes apresen-tavam ansiedade, moderada a horrvel em 84% dos casos e nestes mais de 3/4 apresentavam simultaneamente dor moderada a horrvel. Verificou-se uma relao direta entre a ansiedade e o ndice POS. 92% dos doentes perceciona-vam ansiedade nos familiares no se observando relao entre esta e o ndice POS.Discusso/Concluses: O ineficaz controlo da ansiedade do doente no permite a vivncia com a melhor QV, sendo necessrio identificar e apaziguar os fatores causais para atingirmos uma gesto emocional eficaz.

    P 08CASUSTICA DOS DOENTES COM DOENA PULMONAR OBSTRUTIVA CRNICA ACOMPANHADOS POR UMA EQUIPA DE CUIDADOS PALIATIVOSTeresa Tavares1; Raquel Maroa2; Jos Eduardo Oliveira3; Edna Gonalves31Unidade Local de Sade de Matosinhos, Servio de Medicina Interna; 2Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Servio de Pneumologia; 3Centro Hospitalar So Joo, E.P.E., Servio de Cuidados Paliativos

    Introduo: A Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica (DPOC) avanada carateriza-se por sintomas complexos e exacer-baes frequentes. Apesar das dificuldades prognsticas, est recomendada a referenciao precoce para Cuidados Paliativos (CP), pelas implicaes na qualidade de vida e recurso aos cuidados de sade.Objetivos: Caraterizar a populao de doentes com DPOC referenciados a CP e o impacto desta referenciao.Material e mtodos: Estudo retrospetivo com carateriza-o dos doentes referenciados a uma Equipa de CP de um hospital universitrio de 01/06/2015 a 30/05/2017.

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    Analisaram-se as intervenes e impacto no recurso ur-gncia e internamento nos 6 meses seguintes.Resultados: Referenciados 21 doentes, idade mediana de 74 anos, 86,3% do sexo masculino, Palliative Performance Scale mediana de 50. Todos apresentavam DPOC GOLD D, 80,9% faziam ventilao no invasiva e 85,7% oxige-noterapia de longa durao. Foram seguidos em mdia 123 dias, 80,9% em consulta e 9,5% no domiclio. Trs doentes foram vistos apenas no internamento, onde fale-ceram. Para controlo sintomtico, 90,5% iniciou morfina e 1/3 benzodiazepinas. Verificou-se diminuio dos epi-sdios de urgncia em 22%. Exclundo 1 outsider (com seguimento inferior a 1 ms), os episdios de urgncia diminuram em 39% e os dias de internamento em 46%. A mortalidade aos 6 meses foi de 42,9%, 2 faleceram em lar e os restantes no hospital.Concluses: Apesar dos doentes com DPOC serem re-ferenciados escassa e tardiamente, constatado impacto positivo dos CP na diminuio do recurso aos cuidados de sade.Os autores declaram ausncia de conflitos de interesse e que este trabalho no foi apresentado em nenhum outro congresso.

    P 09TRATAMENTO FARMACOLGICO DA OBSTIPAO INDUZIDA POR OPIOIDES EM ADULTOS EM CUIDADOS PALIATIVOS: REVISO SISTEMTICAAndreia EstevesMestrado em Cuidados Paliativos, Escola Superior de Sade Lopes Dias, Instituto Politcnico de Castelo Branco

    Introduo: A obstipao muito comum em doentes que fazem opioides e nem todas as teraputicas foram estu-dadas para doentes de Cuidados Paliativos, CP.Metodologia: Com o intuito de identificar as opes tera-puticas farmacolgicas para preveno e/ou tratamento da Obstipao Induzida por Opioides, OIO, em doentes com necessidades paliativas, foi feita uma Reviso Sistemtica da Literatura com os artigos obtidos em bases de dados (B-on, Pubmed, Cochrane, entre outras) e revistas cien-tficas, publicados de janeiro de 2014 a agosto de 2017.Resultados: H vrias formas de prevenir/tratar a OIO em doentes com dor crnica. Porm, quando se aborda o tratamento em doentes adultos com necessidades paliati-vas, principalmente doentes com dor crnica associada a cancro, as opes reduzem-se: ou se atua com laxantes, ou se procede rotao de opioides ou, em ltimo caso, introduz-se um antagonista dos recetores de opioides, a Metilnaltrexona, MTX.Concluso: Com os estudos existentes no possvel de-terminar qual o melhor laxante e a rotao de opioides

    pode colocar em risco o controlo da dor e a qualidade de vida do doente. A alterao para uma combinao de oxi-codona e naloxona mostrou ser eficaz para uma funo intestinal normal. A MTX um frmaco eficaz, com pos-sibilidade de se administrar em doses fixas, com eventos adversos tolerveis. Destacam-se os desafios como uma definio consensual e objetiva da obstipao e um re-gisto protocolado da sua prevalncia e tratamento. So necessrios mais estudos que tenham como populao alvo os doentes em CP.O autor declara que no apresenta conflitos de interesse neste trabalho original. Mais, este trabalho apresentado pela primeira vez neste congresso.

    P 10EFEITO DE UM PROGRAMA DE TRATAMENTO NO FARMACOLGICO NUM DOENTE ONCOLGICO PALIATIVO COM DOR CRNICA NO CONTROLADA ESTUDO DE CASOCristina Raquel Batista Costeira; Nelson Jacinto Pais; Dulce Helena CarvalhoIPO de Coimbra

    Introduo: A dor considerada o sintoma mais temvel em fim de vida. Em cuidados paliativos a gesto lgica dever ser uma prioridade, uma vez que esta um fator decisivo para a indispensvel humanizao dos cuidados de sade. O recurso a terapias no farmacolgicas, como sejam a massagem e Reiki, quando utilizadas de forma complementar com as terapias convencionais, podero ser boas opes na maximizao de resultados desejados.Objetivo: Refletir no efeito das terapias no farmacolgi-cas na prestao de cuidados de enfermagem ao doente paliativo;Material/Mtodos: Desenvolvida investigao qualitativa, do tipo estudo de caso de um doente paliativo oncolgi-co, submetido a um programa de tratamento com tera-pias no farmacolgicas (massagem teraputica e Reiki) no controlo de dor crnica no controlada. O programa de tratamento foi constitudo por 8 sesses, uma vez por semana, durante 65 minutos. Foram avaliados e monitori-zados valores de parmetros vitais antes e aps sesses.Resultados: verificou-se que as terapias no farmaco-lgicas como massagem teraputica e Reiki produziram efeitos em parmetros vitais como presso arterial, fre-quncia cardaca, saturao de oxignio, frequncia respi-ratria, intensidade de dor e nveis de bem-estar.Concluses: As terapias no farmacolgicas parecem ser ferramentas que contribuem para reduo da intensidade lgica e boas opes em cuidados paliativos uma vez que so indutoras de conforto e bem-estar.

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    P 11USO DE FUROSEMIDA SUBCUTNEA NA INSUFICINCIA CARDACA EM CONTEXTO DE CUIDADOS PALIATIVOSMargarida Oliveira; Hugo M. Oliveira; Maria do Cu RochaUnidade Local de Sade de Matosinhos

    Introduo: O uso de furosemida subcutnea na insufi-cincia cardaca (IC) comum em cuidados paliativos, embora o seu uso subcutneo no esteja licenciado. O efeito diurtico da furosemida por via subcutnea foi demonstrado num estudo prospetivo randomizado, bem como em sries retrospetivas.Objetivos: Anlise do uso de furosemida por via subcut-nea na IC por uma Equipa Comunitria de Suporte em Cui-dados Paliativos (ECSCP).Material e mtodos: Anlise observacional retrospetiva dos doentes com IC que efetuaram furosemida subcut-nea, em acompanhamento domicilirio por uma ECSCP entre 2014 e 2016.Resultados: Dos doentes analisados, 17 tinham IC e efe-tuaram furosemida subcutnea no domiclio (sexo femini-no: 65%, mdia de idade: 79,7 anos). Em 88% dos casos verificava-se IC direita. Em 14 casos o motivo da passa-gem de furosemida oral para subcutnea foi a persistncia de sintomas de hipervolmia apesar da dose 120-160mg/dia por via oral e em 3 casos o motivo foi a ausncia de via oral. Aps incio do acompanhamento pela ECSCP, 6 doentes (35%) foram internados, a maioria por IC descom-pensada. No foram documentados efeitos laterais decor-rentes da administrao subcutnea.Concluses: A furosemida por via subcutnea representa uma mais-valia nos doentes com IC, pela sua comodida-de de administrao, com baixa taxa de complicaes. No entanto, no esto definidos na literatura critrios para a escolha de doentes a efetuar o frmaco por esta via, no-meadamente a definio de resistncia a diurtico oral. So necessrios ainda estudos que comparem o seu uso por via oral versus subcutnea.No existiram fontes externas de financiamento para a realizao deste trabalho. Os autores declaram a inexis-tncia de conflitos de interesse na realizao do mesmo.

    P 12Trabalho retirado

    P 13QUALIDADE DE VIDA DO DOENTE COM CANCRO DO PULMO SUBMETIDO A REABILITAO RESPIRATRIA: REVISO SISTEMTICA DA LITERATURACristina Maria Rodrigues da Cunha1; Ana Paula Gonalves Antunes Sapeta21Hospital de Sousa Martins, ULS da Guarda, EPE; 2Escola Superior de Sade, Instituto Politcnico de Castelo Branco, 6 Mestrado em Cuidados Paliativos ESALD|IPCB

    Introduo: O cancro do pulmo (CP) o que mais mata em Portugal e nos pases ocidentais, estando demonstra-da uma tendncia crescente na incidncia dos tumores malignos. Vrios estudos revelam benefcios resultantes da Reabilitao Respiratria (RR) em doentes com pato-logia respiratria crnica sobre a Qualidade de Vida (QdV) bem como alguns sintomas.Objetivo: Avaliar a influncia da reabilitao respiratria na QdV dos doentes com CP.Mtodos: Pesquismos estudos na B-on e na EBSCOhost (2013-2017) sobre QdV em adultos com CP que realiza-ram RR. Como outcomes secundrios analismos a fadi-ga, a dispneia e a dor. A seleo dos estudos e a extrao dos dados foi feita de acordo com os critrios de incluso e excluso definidos.Resultados: Da pesquisa resultaram 326 artigos dos quais foram excludos 321. Os 5 artigos selecionados abrange-ram uma populao de 177 doentes maioritariamente com CP de No Pequenas Clulas (CPNPC) submetidos a tratamento cirrgico. A QdV foi o primeiro outcome em dois estudos e outcome secundrio nos trs RCTs inclu-dos nesta reviso. De acordo com a anlise dos estudos selecionados podemos inferir que a RR no tem efeito significativamente estatstico sobre a QdV nem sobre os outcomes secundrios embora se tenha verificado uma melhoria em todos eles.Concluses: A elevada heterogeneidade dos estudos sele-cionados diminuiu a possibilidade de encontrar outros re-sultados. Sugerimos o alargamento da pesquisa a outras bases de dados pois foi evidente a melhoria dos outcomes com a realizao da RR.Palavras chave: Qualidade de Vida; Reabilitao Respira-tria; Cancro do Pulmo.No foram identificados conflitos de interesse.

    P 14TRATAMENTO DA INSNIA EM CUIDADOS PALIATIVOS

    Ana Maria Batista Barbosa1; Lus Miguel Claudino Gradssimo21Mdica Interna de MGF, UCSP Boticas; 2Enfermeiro, Centro Social Paroquial do Romeu

    Introduo: A insnia um sintoma bastante frequente em doentes em Cuidados Paliativos (CP), mas tende a ser

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    negligenciada pelos profissionais de sade, tanto a sua pesquisa ativa como o seu tratamento. O seu controlo tem um impacto positivo noutros sintomas, como a ansiedade e fadiga, o que aumenta a importncia do seu controlo.Objetivos: Reviso da literatura sobre o tratamento da in-snia em doentes em Cuidados Paliativos.Material e mtodos: Reviso clssica baseada na pesqui-sa de artigos de reviso e guidelines na Medline, stios de medicina baseada em evidncia e ndex RMP, com os termos MESH Sleep Initiation and Maintenance Disorders, therapeutics and palliative care. Incluram-se artigos pu-blicados at outubro de 2017 nas lnguas inglesa, portu-guesa ou espanhola.Resultados: A literatura disponvel parca em orientaes para o tratamento deste sintoma em CP. Assumem-se como principais ferramentas a higiene do sono e terapu-ticas comportamentais nas no farmacolgicas. Os frma-cos mais utilizados so as benzodiazepinas de ao curta a intermdia, seguidas dos antidepressivos com ao se-dativa. Os antipsicticos e antiepilticos so habitualmen-te reservados para situaes refratrias.Concluses: O tratamento da insnia carece de mais in-vestigao na rea dos CP, uma vez que um sintoma bastante frequente e a falta de dados pode perpetuar a sua falta de reconhecimento.Os autores declaram no terem qualquer conflito de in-teresses. No existiu nenhuma fonte de financiamento externo. O trabalho no foi apresentado em nenhum outro congresso.

    P 15A INTEGRAO DOS CUIDADOS PALIATIVOS NA GESTO DA INSUFICINCIA RENALRenato Filipe do Amaral PinheiroFaculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

    Introduo: A prevalncia da insuficincia renal crnica tem vindo a aumentar nos ltimos anos, evoluindo fre-quentemente para insuficincia renal terminal, a qual con-fere uma taxa de mortalidade de cerca de 20 a 25% por ano. No entanto, a discusso dos cuidados em fim de vida geralmente adiada ou evitada nestes doentes.Objetivos: Esta reviso sistemtica da literatura procura comparar os outcomes obtidos nos doentes em tratamen-to de suporte, relativamente aos doentes em teraputica renal de substituio.Material e mtodos: Incluso de 21 artigos cientficos aps pesquisa na base de dados Pubmed.Resultados: Em doentes com mais de 75 anos, com status funcional fraco ou elevada comorbilidade, no h vanta-gem na sobrevivncia da teraputica renal de substitui-o em relao ao tratamento de suporte. Os doentes em

    tratamento de suporte raramente trocaram para a dilise e apresentaram menor taxa de hospitalizao e de morte hospitalar do que doente em dilise.Concluses: Independentemente da modalidade teraputi-ca escolhida, uma integrao atempada e eficaz dos princ-pios dos cuidados paliativos na gesto da insuficincia renal crnica permite uma melhor prestao dos cuidados de fim de vida, com a obteno de melhores outcomes.

    P 16PERSONALIZED PAIN GOAL (PPG) NA DOR ONCOLGICA Rita Flix Soares1; Joana Mirra2; Jlia Alves2; Isabel Barbedo2; Sara Vieira Silva2; Elga Freire21Servio de Oncologia Mdica, Instituto Portugus de Oncologia Francisco Gentil de Coimbra; 2Equipa Intra-hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos, Centro Hospitalar do Porto

    Introduo: A dor um sintoma multidimensional. Na litera-tura, ndices como o Pain Management Index (PMI) podero no refletir a qualidade de controlo da dor. O PPG consiste na dor mxima em escala numrica, considerada confort-vel/tolervel pelo doente podendo representar um cutoff de resposta personalizada optimizao do seu controlo.Objetivos: Avaliao de dor oncolgica atravs do PMI e PPG.Material e mtodos: Estudo transversal com 50 doentes oncolgicos avaliados por uma Equipa Intra-hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos entre outubro e novembro de 2017.Resultados: A idade mediana foi de 68 anos (intervalo 23-91), 62% eram homens e 89% apresentavam neoplasia em estdio avanado. Na primeira avaliao, 43% apre-sentaram dor, sendo que 80% referiram dor ligeira (1-3), 13% moderada (4-6) e 7% grave (7-10).Foi aferido o PPG em 35 doentes. Os 15 doentes com dor na primeira avaliao referiram mais frequentemente um PPG > 0 relativamente aos 20 doentes sem dor (87% ver-sus 20%, p < 0,001). Dos doentes com dor na primeira avaliao, 2 referiram PPG = 0, 8 PPG = 2 e 5 PPG = 3. O PMI classifica 38% destes doentes como tendo dor no controlada enquanto que com o PPG este valor de 53% (dor avaliada > PPG). A concordncia entre PMI e PPG na avaliao do controlo da dor foi de 36%.Concluses: Apesar das limitaes da amostra, o PMI pa-rece subestimar o nmero de doentes com dor no con-trolada comparativamente com o PPG. Parece ser fulcral a incluso da vertente subjetiva na avaliao da dor.Sem financiamento ou conflitos de interesse a declarar.

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    P 17OCLUSO INTESTINAL MALIGNA (OIM) EM CUIDADOS PALIATIVOS A EXPERINCIA DE UM CENTRORita Flix Soares1; Daniela Duarte3; Joana Mirra2; Jlia Alves2; Isabel Barbedo2; Sara Vieira Silva2; Elga Freire21Servio de Oncologia Mdica, Instituto Portugus de Oncologia Francisco Gentil de Coimbra; 2Equipa Intra-hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos, Centro Hospitalar do Porto; 3Medicina Geral e Familiar, Unidade de Sade Familiar Brs Oleiro

    Introduo: A OIM uma complicao frequente, de mau prognstico. A sua gesto constitui um desafio.Objetivos: Descrever uma amostra de doentes com o diagnstico de OIM.Material e mtodos: Estudo retrospetivo de 115 casos de OIM abordados por uma Equipa Intra-hospitalar de Supor-te em Cuidados Paliativos (EIHSCP) entre outubro de 2011 e dezembro de 2015.Resultados: A idade mediana ao diagnstico foi de 68 anos (intervalo 32-95), sendo 58% homens. Predomina-ram as neoplasias digestivas (60%) e hepatobiliopancre-ticas (18%), realizando-se cirurgia/prtese endoscpica (CxP) em 75%, quimioterapia em 46%, radioterapia em 3% e apenas suporte em 20%.As manifestaes iniciais foram vmitos (87%), dor abdo-minal (64%) e ausncia de trnsito intestinal (29%). Foi ins-tituda analgesia (98%), antiemticos (83%) e corticoterapia (41%). Colocou-se sonda nasogstrica (SNG) em 70%. Veri-ficou-se resoluo por CxP em 16% e espontnea em 10%.A sobrevida mediana aps o diagnstico foi de 29 dias (inter-valo 2-709), sendo superior na resoluo por CxP (55 versus 24 dias, p < 0,001) e espontnea (45 versus 26 dias, p = 0,002). Tiveram alta 60%, com 30% para unidades de cui-dados paliativos. Dos 68% orientados para o domiclio (81% apoiados por equipas de cuidados continuados integrados), 49% foram reinternados e 60% faleceram em casa. Daque-les com SNG pela OIM, 55% teve alta sem o dispositivo.Concluses: Apesar da significativa carga sintomtica e curta sobrevida, a interveno da EIHSCP proporcionou a alta em mais de metade dos doentes, a maioria para o domiclio.Sem financiamento ou conflitos de interesse a declarar.

    P 18SOBREVIDA INESPERADA: A PROPSITO DE UM CASO CLNICO COMPLEXOFernando Manuel Medina Menndez; Odete Fernandes Brs; Antnia Cludia Pimenta De Almeida; Anabela de Jesus Silva Rosa Palma; Maria Margarida Damas CarvalhoUnidade Local de Sade do Litoral Alentejano

    Introduo: Os cuidados paliativos assentam num concei-to de cuidados com o objetivo de otimizar a qualidade de

    vida do doente e famlias.Objetivos: Descrever o caso cnico de doente com pato-logia tumoral maligna do rim com metastizao mltipla, com uma sobrevida de 5 anos.Material e mtodos: Descrio narrativa de Caso Clnico.Resultados: Doente do sexo masculino de 66 anos de idade, com antecedentes de HTA, obesidade, tabagismo ativo, obstipao crnica e ansiedade crnica.Em outubro de 2011 foi diagnosticado com Neoplasia multifo-cal do rim, com envolvimento ganglionar locoregional, metas-tizao pleural, pulmonar e ssea. Submetido a nefrectomia esquerda em 27/12/2011. Iniciou tratamento de quimiotera-pia que foi suspenso por agravamento da funo renal;Em 16/02/2012 referenciado a consulta de Cuidados Pa-liativos (CP) por insuficincia renal progressiva, e por des-controlo sintomtico.Em 27/04/2012 verifica-se agravamento da insuficincia renal com acidose metablica hipercalimia e edemas, motivos pelos quais foi referenciado a consulta de Nefro-logia, tendo iniciado hemodilise.Em 12/11/2012 teve como intercorrncia derrame peri-crdico com tamponamento cardaco;Tem mantido acompanhamento multidisciplinar pela equi-pa de CP e especialidades de oncologia e nefrologia; atual-mente o doente apresenta autonomia para a realizao das atividades da vida diria e mantm adequado controlo sin-tomtico sem sinais de progresso da doena oncolgica.Concluses: Verifica-se atravs deste caso clnico que as necessidades paliativas associadas a um cancro avana-do constituem uma rea de crescente interesse. Assim, o incio duma abordagem paliativa em paralelo aos cuida-dos standard recomendado.Declaramos que o estudo no foi apresentado anterior-mente em nenhum congresso;No foram necessrias fontes de financiamento para o estudo desenvolvido e tambm no existem conflitos de interesses.

    P 19PREVALNCIA DOS 5 PRINCIPAIS SINTOMAS NOS UDHV, EM ESPANHACtia Maria do Nacimento Ins; Filipa Jernimo Romeiro; Paula SapetaEscola Superior Dr. Lopes Dias, Instituto Politcnico de Castelo Branco

    Introduo: A morte afigura-se como uma etapa vital do ciclo de vida, inevitvel para todos os indivduos. Tal como o nascimento, os ltimos dias ou horas de vida (UDHV) so de extrema importncia para o doente, requerendo a mxima qualidade de cuidados e a amenizao do sofri-mento e controlo de sintomas que se manifestam nesta

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    fase. Torna-se vital identificar precocemente os UDHV no doente para assim descortinar quais os sintomas mais prevalentes. Este estudo quantitativo de investigao foi desenvolvido no mbito do estgio de Prtica Clnica do 5 Mestrado em Cuidados Paliativos (CP) da Escola Su-perior de Sade Dr. Lopes Dias, do Instituto Politcnico de Castelo Branco. Teve como objetivo identificar os sintomas mais prevalentes em doentes nos UDHV, no ano civil de 2016, seguidos por uma Equipa intra-hospitalar de CP em Espanha. A amostra foi escolhida de forma aleatria, podendo no representar a realidade concreta do pas.Material e mtodos: O estudo desenvolvido de cariz descritivo e os dados foram recolhidos diretamente dos processos clnicos, preservaram o anonimato dos doentes, no sendo contemplados os casos menores de 18 anos.Resultados: Com este estudo pudemos apurar que os 5 sintomas mais prevalentes nos UDHV foram a dor, disp-neia, astenia, obstipao e agitao.Concluso: Face ao estudo, conclumos que o diagnstico dos UDHV de extrema importncia para a prestao de cui-dados de qualidade, direcionados a cada doente de forma a preservar a sua dignidade. ainda fundamental a identifica-o dos sintomas para precocemente atenuar os seus efeitos.

    P 20REFERENCIAO AOS CUIDADOS PALIATIVOS DE DOENTES COM NEOPLASIA GSTRICA REALIDADE DE UM CENTROMnica Sofia Pinho1; Ferraz Gonalves21Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga; 2Instituto Portugus de Oncologia do Porto

    Introduo: A neoplasia gstrica no controlada mui-to debilitante, comprometendo a qualidade de vida dos doentes. Os cuidados paliativos (CP) intervm nos sinto-mas. Embora tenha havido desenvolvimento dos recursos, referenciao continua a ser tardia.Objetivo: Anlise do tempo decorrido desde o diagnstico, ltimo tratamento antineoplsico referenciao aos CP.Material/Mtodos: Anlise retrospetiva de doentes inter-natos no Servio de CP em 2016, com neoplasia gstrica, tratados com quimioterapia. Foram excludos doentes com internamento < a 24horas. Analisaram-se caractersticas demogrficas, tempos decorridos entre diagnstico, l-timo tratamento de quimioterapia, referenciao aos CP e morte. Utilizaram-se mtodos de estatstica descritiva simples na anlise de dados.Resultados: Foram analisados 93 processos e includos 37 doentes. A maioria eram homens, com idade media-na de 60 anos. O tempo decorrido desde o diagnstico referenciao aos CP foi de 9.0 meses (< 1.0-78.5) e desde o ltimo ciclo de quimioterapia foram 33 dias (3-

    204). O tempo mediano decorrido desde o ltimo ciclo de quimioterapia at morte foi de 74 dias (19-218), desde a referenciao foi de 36.5 dias (3-791) e desde a admisso no internamento 14 dias (1-370). O internamento teve du-rao mediana de 8 dias (1-370).Concluso: Trata-se de uma doena agressiva, com apa-recimento precoce de sintomas e com rpida deteriorao do estado geral. A debilidade fsica e sintomas no contro-lados condicionam o uso de tratamentos antineoplsicos. Estes resultados corroboram isso, observando-se pero-dos curtos entre os tempos analisados. Nesta neoplasia, como noutras, seria desejvel uma interveno mais precoce, mesmo durante o tratamento antineoplsico, o que teria influncia no bem-estar dos doentes e talvez na sobrevivncia, como demonstrado em estudos publicados.

    P 21O PAPEL DA RADIOTERAPIA NO CONTROLO SINTOMTICO EM CUIDADOS ONCOLGICOS PALIATIVOS: A PROPSITO DE UM CASOLusa Rolim; Andreia Ponte; Tnia Teixeira; Joo Casalta-Lopes; Ins Nobre-Gis; Margarida BorregoServio de Radioterapia, Centro Hospitalar e Universitrio de Coimbra

    Introduo: A Radioterapia uma teraputica bem tolerada e eficaz no tratamento de sintomas locais da doena onco-lgica primria e metasttica. A seleo dos esquemas te-raputicos dever ser ajustada s caractersticas dos doen-tes, tendo em conta o prognstico, performance status (PS), comorbilidades, tratamentos prvios e vontade do doente.Objetivos: Ilustrar a aplicabilidade e resultados da radiote-rapia no contexto de tratamento paliativo.Material e mtodos: Descrio do caso clnico, prescri-o de dose, planeamento e resposta ao tratamento de radioterapia.Resultados: Sexo feminino, 89 anos, PS Karnofsky 90%, com histria de massa inguinal esquerda desde setem-bro/2016, submetida a exrese em novembro/2016, cujo estudo histolgico (EH) revelou metstase ganglionar de carcinoma espinhocelular (CEC) de tumor primrio desco-nhecido, com infiltrao da derme. No foi possvel identi-ficar tumor primrio ao exame ginecolgico ou em PET/CT. Recorrncia em maro/2017, com infeo local e nova ex-rese, confirmando recorrncia de CEC, com possvel origem cutnea. Por persistncia de leso vegetante com cerca de 6 cm de maior eixo, ulcerada, facilmente sangrante ao to-que, com necrose, cheiro ftido e com necessidade de rea-lizao de pensos dirios, fez radioterapia externa, a ttulo paliativo, sobre a leso com margem (30Gy/10F/2semanas), com bolus em dias alternados. No final do tratamento j no eram evidentes focos hemorrgicos ativos. Um ms aps o

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    tratamento verificou-se reduo dimensional da leso, sem apresentar cheiro ou necessidade de pensos por exsudao.Concluses: A radioterapia uma estratgia integrante dos cuidados oncolgicos paliativos, resultando em alvio sintomtico e melhoria da qualidade de vida, como de-monstrado pelo presente caso.

    P 22EL DERECHO A DECIDIRAlba Garca Prez; Mara Elena Del Castillo Barroso; Elena Escalera Martn; Juncal Claros AmpueroCentro De Salud La Alamedilla, Salamanca, Espaa; Servicio De Oftalmologa, Hospital Virgen De La Vega, Salamanca, Espaa; Servicio De Oncologa, Hospital Clnico Universitarios, Salamanca, Espaa

    Introduccin: "Curar a veces, aliviar a menudo y consolar siempre".Objetivos: Resaltar la importancia de tener en cuenta tra-tamientos alternativos a la ciruga en pacientes paliativos.Material y mtodos: Mujer, 84 aos, antecedentes perso-nales de EPOC tipo enfisema estadio III, Insuficiencia Car-daca clase III (NYHA), Barthel 50, sin deterioro cognitivo, vive con su hija(cuidadora principal) a 90km del hospital. Diagnosticada de Carcinoma Epidermoide Cutneo de alto riesgo(CECAR) estado II en miembro inferior en mayo de 2015, tratada inicialmente con exresis convencional con mrgenes libres y quimioterapia adyuvante. En febrero de 2016 present recurrencia del tumor con invasin linftica locorregional y metstasis pulmonares, en seguimiento por Cuidados Paliativos domiciliarios. Acude a Urgencias Oftalmolgicas referiendo dolor, disminucin progresiva de la agudeza visual(AV), lagrimeo y secrecin blanque-cina en ojo derecho(OD) desde hace 2 das. AV: 0.4 OD y 0.8 Ojo izquierdo(OI). Polo anterior OD:prpados y con-juntiva normales. Fluo-test: numerosas lceras corneales OD, adelgazamiento central severo, cercano a perforacin corneal. Cmara anterior, iris, fondo de ojo y presin in-traocular normales.Resultados: Se plantea ciruga(membrana amnitica como recubrimiento corneal) que es rechazada por pa-ciente y familiar. Se pauta lente de contacto teraputica, tobramicina colirio, lagrimas artificiales y posteriormente suero autlogo con mejora de la clnica y adelgazamiento y perforacin corneal.Conclusin: De la decisin de operar a la decisin de no hacer nada, hay una escala de grises que tenemos que amoldar a cada paciente teniendo en cuenta sus expecta-tivas y su calidad de vida.

    P 23ANTIBIOTIC-INDUCED ENCEPHALOPATHY AN OFTEN-MISSED CAUSE OF DELIRIUM Filipa TavaresUnidade de Medicina Paliativa - Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE; Ncleo de Cuidados Paliativos, Centro de Biotica - Faculdade de Medicina de Lisboa

    Although medications are a known cause of reversible delirium, antibiotics are an underrecognized aetiology of encephalopathy, particularly in palliative care literature.Objectives: To report a case of cefepime-induced ence-phalopathy in a male with a newly diagnosed metastatic colorectal cancer and update clnical data on cefepime neurotoxicity (CN).Methods: We discuss an exemplary case in the light of the findings of a general literature review on risk factors, cl-nical time course, spectrum of commonly reported symp-toms, patient outcomes, appropriate management and prevention strategies of CN.Results: A 78-year-old male with a stage 3 chronic hyper-tensive kidney disease was hospitalized for malignant left colonic obstruction shortly after diagnosis of an unresec-table metastatic cancer. As stent placement and surgical decompression were unsuitable, oxaliplatin plus 5-fluo-rouracil were recommended to reduce symptoms and prolong survival. Several complications occurred including Escherichia coli pyelonephritis and Enterococcus faecalis plus Klebsiella pneumoniae catheter-related bloodstream infection, treated, with piperacillin-tazobactam (8 days) and meropenem plus vancomycin (15 days), respectively. Nine days after, a rise in acute-phase reactants led to an empirical trial of cefepime. After day 5 of cefepime use, nurses and family noticed his altered mentation, disorien-tation, reversal of night-day sleep-wake, myoclonus and aphasia. Lab exams and brain CT that were unremarkable. Six days after drug interruption he was alert, able to focus attention but an abnormally slowed speech persisted.Conclusion: Awareness of central nervous system toxicity, induced by several classes of antimicrobials, in vulnerab-le patients, may enhance clnical decisions in prevention, diagnosis and management when such incidents occur.

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    TEMTICA: COMUNICAO

    P 24HOME (BUT NOT) ALONE ABORDAGEM MULTIDIMENSIONALCarla R. Martins; Cludia B. Souza; Daniela Branco S; Joana Couto; Joana Gama Moreira; Ndia NoraUniversidade Catlica de Lisboa

    Introduo: CP visam o alvio do sofrimento, com recurso identificao precoce e tratamento rigoroso de todas as suas dimenses.Objetivos: Analisar a integrao dos desafios na prestao de CP percebendo limitaes existentes e estratgias para as superar.Material e mtodo: Relato de caso de paciente atendido pela equipa de sade da famlia, masculino, 86, Lngua inglesa, Judeu, diagnstico de LNH em 2002, tratado nos EUA sem sinais de recidiva at 2014, quando surge gnglio doloroso cervical. Iniciou QT paliativa, optando-se pela interrupo. Apresentou deteriorao do estado geral por descontrolo sintomtico, iniciado opioide, ansioltico com sobre-utilizao dessas medicaes pela famlia. Evoluiu com agitao e si-nais de neurotoxicidade. Houve recusa da hidratao artificial.Resultados: A Dimenso fsica encontraram-se: dor, de-sidratao, neurotoxicidade e delirium misto com melhor interveno possvel. Nas necessidades espirituais a es-perana irrealista, perda de sentido, necessidade de amor e as crenas religiosas foram identificadas. Na abordagem psicossocial foi essencial a incluso do doente e famlia na elaborao de um plano de cuidados longitudinal e an-tecipao de problemas que possam surgir na evoluo da doena. Na dimenso da equipa, nomeadamente das falhas identificadas o nvel da comunicao entre cuida-dos de sade. As questes ticas relativas hidratao artificial, incompetncia do cuidador, continuidade dos cuidados e sedao paliativa, foram identificados os princpios da no-maleficncia, da beneficncia, da jus-tia, da autonomia, do duplo efeito e da vulnerabilidade. Concluso: A prestao de cuidados de excelncia assenta na comunicao eficaz entre equipas de sade os doentes e a sua famlia. Este caso permitiu-nos reconhecer erros de abordagem s vrias necessidades dos doentes em CP.CP: Cuidados Paliativos, LNH: linfoma no Hodgking; QT: quimioterapia.

    P 25A MANUTENO DA AUTONOMIA EM CUIDADOS PALIATIVOS: UMA REVISO INTEGRATIVAPablo Luiz Santos Couto1; Priscila Cristina da Silva Thiengo1; Alba Nunes da Silva3; Antnio Marcos Tosoli Gomes41Centro de Ensino Superior de Guanambi; 2,3,4Universidade do Estado do Rio de Janeiro

    Introduo: Com o desenvolvimento tcnico na rea da sade, a morte distanciou-se do seu processo natural, criando um ambiente desumano e perda da autonomia e da conscincia.Objetivo: Analisar o contedo das produes cientficas brasileiras sobre as temticas dos cuidados paliativos e autonomia do paciente, no perodo de 2011 a 2016.Material e mtodos: Reviso integrativa da literatura elabo-rada segundo os seis passos recomendados pela literatura. Adotou-se a norteadora: qual a produo cientfica acerca dos cuidados paliativos e biotica no Brasil? Os dados foram coletados em maro de 2017 na Biblioteca Virtual de Sade, utilizando os descritores Cuidados Paliativos e Biotica.Resultados: Foram selecionadas 17 publicaes que evi-denciaram a importncia e a necessidade do dilogo entre pacientes e familiares com a equipe de sade, a fim de permitir a manuteno da autonomia do paciente e ga-rantir o direito da tomada de deciso em relao ao seu tratamento. No entanto, na maior parte das publicaes, a comunicao pareceu inadequada demonstrando o despreparo dos profissionais na promoo dos cuidados paliativos. Essa dificuldade pode ser fruto de um ensino pautado na busca incessante pela vida e pela cura, assim como da omisso do suporte emocional e das praticas hu-manizadas ao paciente e sua famlia.Concluso: A comunicao em cuidados paliativos inclui questes emocionais, tornando-a desafiadora. Contudo, preciso reconhecer seu papel de enfrentamento de pro-blemas ticos e humanos. Apresenta-se como prerrogati-va para o exerccio da autonomia, da relao teraputica, do ajustamento psicolgico e da resoluo de pendncias.

    P 26COMUNICAO INTERNACIONALAna Catarina Pires; Sara Fernandes; Liseta Gonalves; Duarte Soares; Ana Gonalves; Rui Liberal; Joana Freire; Clara JorgeUnidade Local de Sade do Nordeste

    Introduo: Comunicar inerente ao Ser Humano. A co-municao constantemente exercida de forma cons-ciente ou inconsciente, sendo dinmica e multidirecional. Em Cuidados Paliativos, a vulnerabilidade do doente e famlia e a informao partilhada, assume importncia enaltecida, na qual a sua eficcia de extremo valor para a relao teraputica.

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    Objetivo: Descrio e anlise de um caso clnico, dos as-petos relacionados com a comunicao, identificando as dificuldades, atitudes e intervenes adotadas.Materiais e mtodos: Caso Clnico: Homem, 57 anos, tra-balhador da construo civil. Ucraniano, a residir em Por-tugal. Separado, 2 filhos do sexo masculino, a residir na Ucrnia. Ortodoxo. Compreenso limitada e sem fluncia da lngua Portuguesa. Pouco contacto com os familiares que no v h vrios anos. Sem contacto privilegiado. Re-voltado com os procedimentos que envolvem a sua doen-a: Carcinoma Basocelular da rbita direita com evoluo progressiva e eroso da hemiface.Resultados: Verificaram-se mltiplas dificuldades de co-municao doente-equipa, principalmente a barreira lin-gustica, a inadequao do acompanhamento religioso e espiritual.Prestou-se ao doente o suprimento das suas necessidades espirituais, restabeleceu-se o contacto com familiares e so-lucionou-se o problema da comunicao verbal, atravs do recrutamento voluntrio de tradutores graas dedicao, criatividade, coeso e capacidade de adaptao da equipa.Concluso: Na prtica clnica, a comunicao assume um papel preponderante e primordial. A qualidade da comuni-cao mede-se na densidade humana do discurso, na emo-tividade, autenticidade, capacidade de escuta, manuteno do espao do outro, respeito e na autonomia do doente.

    P 27EQUIPA INTRA-HOSPITALAR DE SUPORTE EM CUIDADOS PALIATIVOS CASUSTICA DE 1 ANO DE ATIVIDADEJoana Alves; Lcia Marinho; Zulmira Peixoto; Joana Gonalves; Antnia Rodrigues; Evangelina Dias; Lus Milheiro da Costa; Francisca Cunha; Eunice Schacht; Paula SilvaCentro Hospitalar Pvoa de Varzim Vila do Conde EPE

    Introduo: Apesar dos CP em Portugal existirem desde os anos 90, continuam a ser uma rea onde necessrio des-bravar terreno, vencer resistncias, preconceitos e tabus.Objetivo: Dar a conhecer alguns resultados da atividade da EIHSCP.Material e mtodos: Estudo retrospetivo mediante regis-tos clnicos de doentes referenciados e observados entre 1/11/2016 e 31/10/2017.Variveis: idade; sexo; diagnstico principal; tempo entre a admisso e a referenciao; servio referenciador; esta-do funcional (PPS e ECOG); motivo de referenciao; tem-po de permanncia na equipa; destino alta; prestador de cuidados; consulta de luto. A anlise de dados foi feita em Microsoft Excel.Resultados: Observamos 146 doentes, maioritariamente homens (75). Destes, 80 tinham doena oncolgica (O) sen-do o cancro do pulmo mais frequente (23) e 66 tinham

    doena no oncolgica (NO) sendo a IC mais frequente (18). O maior nmero de referenciaes (20) verificou-se em agosto. A idade mdia foi superior nos NO (79,8); o tempo mdio entre a admisso e a orientao foi superior nos NO (7,7). O servio de Medicina foi o maior referenciador (112).Na 1 observao: A maioria dos doentes tinha PPS a 20% (61) e ECOG 4 (93).O controlo sintomtico foi o principal motivo de referen-ciao (87).O tempo mdio de permanncia na equipa foi superior para os O (7,8).A maioria teve alta para o domiclio (52). Os filhos fo-ram maioritariamente os prestadores de cuidados (67). A maioria das consultas de luto (45) foi para familiares.Concluses: Os resultados confirmam que os doentes continuam a ser referenciados tardiamente.

    P 28COMUNICAO DE MS NOTCIAS EM CONTEXTO DE URGNCIA: PRTICAS E DIFICULDADES DA EQUIPA DE SADEAna Isabel Fernandes Querido1; Ana Paula Rodrigues dos Santos2 1Escola Superior de Sade do Instituto Politcnico de Leiria; Unidade de Investigao em Sade; 2Centro Hospitalar do Mdio Tejo, E.P.E.

    Introduo: A comunicao de ms notcias uma ativi-dade difcil para o profissional de sade, quer pela gravi-dade das situaes, quer pelas questes ticas associa-das. Esta comunicao pode ser facilitada se for encarada como uma competncia dos profissionais, devendo ser aprendida e aprofundada para que estes a possam inte-grar na sua prtica diria.Objetivos: Identificar as prticas e as dificuldades dos profissionais de sade na comunicao de ms notcias em contexto de urgncia.Material e mtodos: Estudo exploratrio, descritivo, com-parativo e transversal com recurso ao questionrio apli-cado 40 mdicos e 60 enfermeiros, a exercerem funes num servio de urgncia. Os dados foram sujeitos a anli-se estatstica e anlise de contedo.Resultados: O mdico o principal responsvel pela co-municao de ms notcias. A maioria dos profissionais de sade considera que os doentes tm o direito de serem sempre informados sobre o contedo da m notcia, mas revelam que na sua prtica o doente no o primeiro a ser informado. Os principais motivos alegados pelos pro-fissionais de sade para omitirem informao prendem-se com a possibilidade desta ser prejudicial ao bem-estar do doente. Encontraram-se diferenas significativas nas pr-ticas relacionadas com a informao ao doente/famlia da m notcia, onde a percentagem dos mdicos superior

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    dos enfermeiros e relativamente informao sobre o contedo da m notcia, os enfermeiros apresentam fre-quncias superiores.Concluses: Os profissionais de sade reconhecem difi-culdades na comunicao de ms notcias. A formao considerada uma estratgia fundamental para o desenvol-vimento de competncias nesta rea.

    P 29UM CASO... UMA EXPERINCIAAurora Tomz; Pedro Mata; Patrcia Agnes; Paula Params; Fernando Palhim; Snia Miranda; Carla Menino; Julie Cao; Mnica Menezes; Ana Sofia Moreira; Teresa Correia; Luciana TeixeiraHospital Garcia de Orta - EPE

    Introduo: Descrio de caso clnico numa abordagem transdisciplinar de todas as valncias da equipa intra-hos-pitalar de suporte em cuidados paliativos (EIHSCP): psiclo-ga, fisioterapeuta, mdico, enfermeira e assistente social.Objetivos: Descrever um caso clnico acompanhado pela EIHSCP onde intervieram todas as valncias da equipa como bom exemplo de prtica clnica.Material e mtodos: Processo clnico informtico e regis-tos da equipa. Mtodo descritivo.Resultados: Doente sexo feminino, 59 A, admitida no Ser-vio de Urgncia por dor e expectorao purulenta com tu-mor previamente detetado no pulmo direito, em estudo. internada no servio de Pneumologia por Insuficincia Respiratria Aguda e Pneumonia; Diagnstico de Carcino-ma do Pulmo em internamento, aps o qual, pedida a colaborao da psicologia de ligao. Aps a primeira avaliao a psicloga referencia a utente equipa. A co-laborao do fisioterapeuta necessria por paraplegia de instalao progressiva. Requer-se a interveno da equipa para controlo sintomtico, adaptao a um colete de Jewett e interveno com a famlia. Realizam-se con-ferncias familiares para tomada de decises teraputicas e preparao do retorno a casa, com apoio da Unidade Funcional de Cuidados Continuados e posteriormente com a ECCI. Numa fase terminal a doente, por deciso fami-liar transferida para uma unidade de apoio snior, onde mantm contacto com a equipa para apoio na medicao.Concluses: A transdisciplinaridade ser sempre mais--valia para o bem-estar do doente e famlia. Assim, a atuao em equipa deve enfatizar a vida () e ajudar as pessoas a aproveitarem o melhor de cada dia.

    P 30O DOENTE ONCO-HEMATOLGICO EM CUIDADOS PALIATIVOS Maria Eduarda Couto; Lusa Archer Carvalho; Jos Ferraz GonalvesServio de Onco-Hematologia do IPO Porto F.G. E.P.E., Porto, Portugal; Servio de Cuidados Paliativos do IPO Porto F.G. E.P.E., Porto, Portugal

    Introduo: Os Cuidados Paliativos (CP) abordam vrias patologias, principalmente do foro Oncolgico. As doenas Onco-hematolgicas (OH) so raras vezes analisadas em CP, pelo reduzido nmero de doentes abordados. Objetivos: Caracterizao dos doentes OH referenciados a CP num Centro Oncolgico ao longo de 45 meses. Materiais e mtodos: Anlise dos pedidos de referen-ciao do Servio de OH e de Transplantao para CP ao longo de 45 meses, com descrio clnico-demogrfica baseada nos processos clnicos identificados. Resultados: Analisaram-se 178 doentes (97,8% OH e os res-tantes do Servio de Transplante): 48,9% Linfoma no-Hod-gkin, 26,4% Mieloma Mltiplo, 10,1% Leucemias Agudas, 6,7% Leucemias Crnicas, tendo os restantes patologias me-nos representativas. Trataram-se 158 doentes: 86% fizeram quimioterapia, 25,3% fizeram radioterapia e 19,1% realiza-ram transplante de medula ssea. Desde a referenciao, a mediana do nmero de dias de internamento foi de 1,5 dias e a mediana do nmero de vindas urgncia foi de 0 dias, dado que 59% dos doentes foram observados no seu ltimo inter-namento. Foram inicialmente observados na consulta apenas 21,9%; 16,3% faleceram previamente observao e 1,7% recusaram apoio. Faleceram 93,2% dos doentes (89,2% no internamento). A taxa de referenciao heterognea entre os profissionais (27,5% por um mdico). A mediana de tempo desde o fim de tratamento at referenciao foi 44 dias e desde a referenciao at morte 15 dias.Concluso: Exemplificou-se uma realidade de CP em Por-tugal, especificamente para o doente OH. Estes dados re-foram a necessidade de formao de profissionais nesta temtica, para uma referenciao mais precoce.

    P 31A IMPORTNCIA DA INCLUSO DA UNIDADE CURRICULAR DE ENFERMAGEM EM CUIDADOS PALIATIVOS NO PLANO DE ESTUDOS DO CURSO DE LICENCIATURA EM ENFERMAGEMIsabel Maria Ribeiro Fernandes; Ermelinda Maria Gonalves Bernardo Marques; Agostinha Esteves Melo Corte; Antnio Manuel Tavares SequeiraEscola Superior de Sade do Instituto Politcnico da Guarda

    Falar em cuidados paliativos implica falar de uma estra-tgia de atuao intensiva na prestao de cuidados de enfermagem. Este intensivssimo prende-se com cuida-

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    dos de conforto e de afetividade sendo que a preocupao essencial destes cuidadores a promoo de alvio de conforto ao doente que padece de uma doena crnica e incurvel, associada a quadros de sofrimento intenso.A importncia de promover nos estudantes o gosto e inte-resse por esta rea temtica revela-se e extrema impor-tncia para o desenvolvimento de competncias a habili-dades comunicacionais que facilitem uma prestao de cuidados humanizada e baseadas no paradigma de um cuidar integral e holstico. Aps a lecionao desta unidade curricular durante o pre-sente ano letivo, torna-se essencial saber qual a perceo que os estudantes tiveram acerca dos contedos aborda-dos e da importncia para o seu processo de aprendiza-gem, na vertente terica e clnica e de construo enquan-to futuros profissionais. Procurou saber-se, atravs da aplicao de um questio-nrio quais as reas temticas de maior interesse e o que destacam como aspetos cruciais e que devem ter presen-tes no seu desempenho, em contexto de ensino clnico, ao lidarem com doentes do foro paliativo. A abordagem desta rea temtica implica a sensibilizao dos estudantes para uma prtica de cuidados que visa a proteo do doente e o envolvimento com o doente e fa-mlia numa relao de proximidade e cuidado significativo e competente.

    P 32O PAPEL DAS INSTITUIES NO CUIDADO INTEGRAL O EXEMPLO DA ACREDITARTelma SousaAcreditar - Associao de Pais e Amigos de Crianas com Cancro

    Acreditar mais do que um verbo, uma rede de partilha e de afetos feita de crianas, jovens, pais e amigos.Juntos desde 1994 para enfrentar da melhor maneira as dinmicas que o cancro infantil impe, tentando propor-cionar a todos a certeza de apoio num momento de in-certezas.Atuamos em parceria com centros com oncologia pedi-trica: IPO Lisboa, Hospital Peditrico de Coimbra, Hospital da Universidade de Coimbra, IPO Porto, Hospital de So Joo do Porto e Hospital Central do Funchal.Presentes em todas as fases: diagnstico; tratamentos: ambulatrio e ps-tratamento.Agimos com profissionalismo e corao:ADVOCACIA SOCIAL promoo dos direitos INFORMAO s famlias e tambm sociedade civilCASAS ACREDITAR estadia gratuita durante os tratamentosVOLUNTARIADO por equipas de sobreviventes, pais e outrosAPOIO TRANSVERSAL emocional, material, financeiro...DOMICLIO apoio escolar, emocional e logstico

    DESENVOLVIMENTO PESSOAL coaching, bolsas de estudo...LAZER E PARTILHA workshops, passeios, encontros...Gordo, magro, alto, baixo, preto ou branco, independente-mente de caminhar ou no, no importa, somos todos iguais.Joo Pedro, sobrevivente

    P 33CUIDADOS BOCA AO DOENTE EM FASE PALIATIVA: ENVOLVIMENTO DOS ENFERMEIROSJoo Andr Rebelo GomesFaculdade de Medicina de Lisboa, Instituto Portugus de Oncologia de Lisboa

    Introduo: Os cuidados boca no doente paliativo uma interveno dos enfermeiros, fundamental na promoo da qualidade de vida e da dignidade humana.Objetivos: Compreender a importncia e o conhecimen-to atribudos pelos enfermeiros em relao aos cuidados boca no doente paliativo; conhecer a opinio dos en-fermeiros e dos cuidadores face aos cuidados boca no doente paliativo.Mtodos e material: Estudo qualitativo, com recurso a uma entrevista semiestruturada. A amostra constituda por 14 enfermeiros que exercem funes num hospital de oncologia mdica.Resultados: Os enfermeiros entrevistados consideram que os cuidados boca dos doentes paliativos so uma prioridade. A invisibilidade que existe dos cuidados boca nos registos de enfermagem deve-se particularmente disparidade do rcio enfermeiro/doente. Quase todos en-fermeiros so unnimes em relao aos cuidados boca estarem devidamente protocolados. Os enfermeiros con-sideram que deveria constar no protocolo o tempo, a fre-quncia mnima, a gravidade, o grau da leso e a tcnica a utilizar. Reforaram a importncia da criao de um pro-tocolo, como garantia de cuidados boca de excelncia capazes de promover o conforto a todos os doentes em fase paliativa.Concluso: O tema em questo deve assumir um papel de relevo ao nvel de futuras investigaes, as quais podero ser complementares aos resultados alcanados, possibi-litando aumentar conhecimentos e melhorar a prtica dos cuidados boca em cuidados paliativosNo houve nenhuma fonte de financiamento para o estu-do, nem existiu conflitos de interesses.

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    P 34OS CUIDADOS PALIATIVOS COMO UMA NECESSIDADE BSICA NOS CUIDADOS DE SADE PRIMRIOS A PROPSITO DE UM CASO CLNICOAna Rita Luz; Rute FerreiraUSF St. Andr de Canidelo

    Introduo: Os cuidados paliativos destinam-se a dimi-nuir o sofrimento do doente e famlia e/ou cuidadores no decorrer de uma doena incurvel, progressiva e amea-adora da vida. Com o envelhecimento da populao natural que cada vez mais pessoas se encontrem nesta fase, sendo fundamental e premente um empenho srio dos cuidados de sade primrios nesta rea.Descrio do Caso clnico: Homem de Mulher 73 anos, autnomo, vive sozinho desde h 15 anos aps divrcio e incompatibilidades com o filho e com os irmos (sic).Em novembro de 2016 diagnosticado com adenocarci-noma do clon ascendente, apresentando no estudo de estadiamento metastizao difusa (heptica, pulmonar e ganglionar). Quando recorre mdica de famlia com estes resultados refere que quer saber tudo, mas diz que aps muita ponderao e estando perfeitamente lcido e capaz de tomar decises (sic) no pretende fazer qual-quer tipo de tratamento curativo ou cirrgico. O doente abandona as consultas presenciais na USF por referir marcado cansao, passando a equipa de sade (mdica e enfermeira de famlia) a acompanh-lo em visitas domi-cilirias. Em todas estas visitas percetvel que o doente passa o dia deitado no leito, no come por opo (sic) mas mantm aporte hdrico, negando nuseas, vmitos ou dores. Recusa ajuda da assistente social e recusa qual-quer apoio mdico, apesar da equipa de sade manter visitas domicilirias bi-semanais, argumentando que est em paz e preparado para morrer em casa. Tenta-se uma aproximao e reconciliao do doente com o filho que este aceita. Acaba por falecer em fevereiro de 2017.Concluso: Este caso clnico pretende demonstrar que a prtica de cuidados paliativos essencialmente uma vi-vncia humanista, de compreenso e respeito pela pessoa que acompanhamos, sendo uma realidade cada vez mais atual nos cuidados de sade primrios. Pretende tambm ser exemplo de que muitas vezes no fcil "aceitar-se" a deciso do doente, mas se se acredita que est lcido e consciente das suas decises, estas devem ser coloca-das como uma prioridade e trabalhar os problemas com o doente com a famlia a partir dessa base.No so identificados conflitos de interesse por parte dos autores.

    P 35A DIFFICULT DEATH: SURVIVAL GUIDE FOR HEALTHCARE PROFESSIONALS WHO ARE BEREAVED - AN EXPERIENCE AT A UK HOSPICELusa Pereira; Michael TapleyWillow Wood Hospice, Ashton-under-Lyne, UK; Case Vignette

    Introduction: Institutional flexible strategies are needed to cushion bereavement for professionals that deal with difficult death situations. A terminal delirium may be the first sign to the "difficult road to death" and it's an exam-ple of end of life care that requires substantial resources. It presents as a constellation of confusion, restlessness and agitation and it can erase any previous notion of good quality care - both for families and healthcare providers. We report a case to share our experience at a UK hospice and the strategies implemented.Case Description: 35-year-old male, with wife and young daughter, diagnosed with advanced bowel cancer. Long hospice admissions for symptom control. Discharge com-plicated by uncertainty of where to stay, often alone in hotels. Admitted with terminal delirium poorly responsive to high doses of sedative and analgesic medication. The hospice team built consistent formal and informal strate-gies to support the professionals involved, going beyond the short corridor conversation and behind the door commentaries. These included multidisciplinary meetings to align plan of care, sharing of responsibilities (specially with higher doses of medication and out of hours decision making), team debriefing and open bereavement counse-ling. These allowed an overall positive working experien-ce and helped to decrease the professional bereavement burden.Conclusions: When facing a difficult death, illustrated by this report, barriers must be recognized and addressed to assure the teams well being. The memory of a difficult death might not be avoided but an institutional model to alleviate the burden should be promoted.

    P 36Trabalho retirado

    P 37AVALIAO DE CRITRIOS UTILIZADOS POR INTERNISTAS NA REFERENCIAO DE DOENTES COM INSUFICINCIA CARDACA PARA CUIDADOS PALIATIVOSArmando Lopes Braz; Paulo Reis PinaHospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte; Casa de Sade da Idanha, Sintra

    Introduo: A Insuficincia Cardaca (IC) das doenas mais comuns dos doentes internados nos servios de Medicina. A progresso da doena leva ao incremento teraputico dos

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    doentes at as medidas serem insuficientes, apresentando sintomas descontrolados. O transplante cardaco como so-luo restrito, pelo que os doentes com IC terminal devem receber CPAL.Objetivos: Avaliar entre os critrios quantitativos (mensu-rveis) e qualitativos (clnicos) qual o mais valorizado pe-los MMI para referenciao de doentes com IC para CPAL, e identificar os elementos mais importantes.Objetivos secundrios: avaliar a opinio de acordo com o gnero, idade e formao em CPAL dos mdicos sobre doentes com IC.Mtodos: Estudo de mensurao. Criado um question-rio com 33 perguntas, aplicado a 46 MMI. 30 de resposta mltipla para avaliao de critrios quantitativos e quali-tativos. 3 perguntas de resposta aberta para recolher opi-nies dos entrevistados.Resultados: Os elementos qualitativos englobam 90% das respostas, sendo importante o descontrolo sintomtico e as convices do doente. Dados quantitativos do ecocar-diograma e o nmero de internamentos hospitalar so re-feridos por 10% dos Internistas. A idade dos doentes, classificao da IC e a frao de eje-o podero vir a ser considerados na referenciao de doentes para CPAL.MMI com formao em CPAL deram respostas mais con-cordantes com a literatura disponvel.Concluso: O incio dos CPAL parte do mdico assistente responsvel pelo doente. Sem normas orientadoras clni-cas especficas, a abordagem desorganizada e ajustada s convices de cada MMI, baseada principalmente em elementos qualitativos.

    TEMTICA: ESPIRITUALIDADE

    P 38INTERVENES PSICOTERAPUTICAS NO SOFRIMENTO PSICOLGICO E ESPIRITUAL EM FIM DE VIDACatarina Novais; Jos Eduardo Oliveira; Eduardo Carqueja; Alexandra Crte-Real; Edna GonalvesCentro Hospitalar de So Joo

    Introduo: Muitos dos motivos por detrs dos pedidos de eutansia no se enquadram nos diagnsticos psiquitri-cos clssicos como depresso, ansiedade, perturbaes da adaptao ou sofrimento fsico. Foram tambm identifi-cados sndromes no especficos como desmoralizao/sofrimento existencial, ansiedade relacionada com a sa-de ou perturbaes afetivas com somatizao.Objetivos: Reviso das intervenes psicoteraputicas no sofrimento psicolgico e espiritual no doente com doena terminal.Material e mtodos: Foram pesquisados artigos usando a

    PubMed, a PsychINFO e a Cochrane com os termos pallia-tive care, psychotherapy, end-of-life e terminally ill, bem como pesquisa manual na bibliografia dos artigos.Resultados: As intervenes identificadas podem ser di-vididas em terapias comportamentais ou terapias de su-porte e expressivas de cariz existencial/humanista. Muitas das intervenes usavam o grupo como forma de reforo. As amostras de doentes incluam a existncia de doena terminal com diferentes graus de sofrimento psicolgico e existencial. Muitas das intervenes no cumpriam os critrios para tratamento provavelmente eficaz da as-sociao americana de psicologia necessitando ainda de validao adicional por estudos com grupos de controle apropriados e replicao por outras equipas. Os efeitos das intervenes observados incluram graus variveis de diminuio do humor negativo e ansiedade, intensidade da dor, melhoria da qualidade de vida, coping, auto-estima e significado e propsito na vida.Concluses: As intervenes psicoteraputicas parecem resultar em melhorias significativas no sofrimento psico-lgico, bem-estar espiritual e qualidade de vida. Contudo so necessrios mais estudos para validar o grau de evi-dncia e fora de recomendao para cada interveno.

    P 39RELATO DE INTERVENO ESPIRITUAL NO ALVIO DO SOFRIMENTOClaudia Bueno e SouzaUniversidade Catlica de Lisboa

    Introduo: Diagnstico da doena terminal provoca de-generao fsica, psicolgica, social e espiritual do doente e sua famlia. A abordagem precoce procura reduzir o so-frimento nesta fase da vida.Objetivo: Descrever as abordagens aplicadas a um doente com cancro com sofrimento fsico e espiritual.Mtodos: Estudo de caso qualitativo de doente feminina, 85 anos, viva, 14 filhos, um portador de dficit metal. Diagnstico de cancro no colo uterino em 1969, corpo do tero em 94 e recidiva em 2011.Abordagens Fsica e Espiritual: Objetivamente com PPS1, PSK 90%, dor em baixo ventre e sangramento vaginal aos mdios esforos. Escala da dor de moderada intensida-de. Subjetivamente identificadas necessidades espirituais como esperana irrealista, manifestada verbalmente pelo doente. Angstia e sensao de impotncia com aproxi-mao da morte. Identificados pontos de interveno para melhoria dos sintomas clnicos e emocionais. Abordadas questes de fim de vida, necessidade de perdo, recon-ciliao e afirmao de valores nas consultas e confern-cias familiares.Resultados: Com controlo dos sintomas a paciente pde

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    avaliar a transferncia de cuidados do filho, procurado conscientiz-la da gravidade da doena com esperana realista. Fundamentado das necessidades em Cuidados Paliativos trabalhamos desproteo, fragilidade fsica e emocional com amparo. Questes de finitude, histria pessoal e trajetria de vida, partilhando as conquistas rea-lizadas durante a vida, ressaltando os aspetos positivos. Atividade manual, convvio com a famlia eram suas fon-tes de sentido de vida. A necessidade de perdoar-se era evidente. A famlia colaborou com os cuidados aceitando o prognstico e condutas.Concluso: possvel prestar cuidado espiritual atravs do estabelecimento de relao emptica; reviso da hist-ria de vida e dar sentido ao que est a viver; promovendo o contacto interpessoal e a expresso de sentimentos do doente e familiar, El hombre es el remedio del hombre.

    P 40DO SOFRIMENTO AO BEM-ESTAR ESPIRITUAL: CONTRIBUTOS DA PSICOLOGIA E DO SERVIO DE ASSISTNCIA ESPIRITUAL E RELIGIOSAHugo Lucas1; Alberto Mendes1,21Instituto S. Joo de Deus, Clnica S. Joo de vila; 2Ordem Hospitaleira S. Joo de Deus

    O sofrimento espiritual (SE) constitui-se como uma proble-mtica em cuidados paliativos (CP), sobretudo em doentes que se encontram no seu processo de fim de vida, por-tadores de doena grave, incurvel, limitadora do eu fsi-co, psicolgico e, existencial. Saunders fez uma primeira referncia a esta dimenso, quando elaborou o conceito de dor total e o impregnou com a perda de sentido de vida a que Frankl se referira no relato da sua experincia multidimensional de sofrimento. Na literatura atual, quan-do existe um risco elevado de SE (perdas graves, balanos existenciais negativos, desiluso em relao s conquistas da vida), ou quando diagnosticado um elevado nvel de SE (preocupaes com o sentido da vida, revolta ou sensao de abandono por Deus, sentimento de falta de sentido de vida, desespero e falta de esperana) necessrio definir estratgias de interveno no SE com os doentes.Objetivos: Descrever o processo de diagnstico do SE e estratgias de interveno, numa amostra de 10 doentes, internados numa UCP. Refletir sobre as estratgias de in-terveno multidisciplinar de modo a consensualizar os objetivos na trade equipa-doente-famlia.Apresenta-se um estudo descritivo retrospetivo quantita-tivo, que confronta os principais aspetos tericos, a meto-dologia de avaliao implementada (FACIT-SP-EX) e seus resultados. Evidenciam-se estratgias de interveno que possibilitaram a diminuio do SE, o reforo do apoio fa-miliar, e a explorao da dimenso existencial.

    Salientam-se os principais desafios avaliao e inter-veno, e o trabalho de equipa como aspetos centrais desta rea dos CP.No existem conflitos nem financiamento para este tra-balho.

    P 41SUPORTE ESPIRITUAL AO DOENTE EM FIM DE VIDATatiana Maria Coelho da SilvaESALD, Instituto Politcnico de Castelo Branco Centro Hospitalar Universitrio do Algarve

    Introduo: O sofrimento daquele que sofre de uma doen-a incurvel e progressiva, no se limita apenas dor fsica. Engloba um sofrimento contnuo, com a perda de autonomia, identidade e sentido de vida. Conforme cita Twycross (2003, p.57), Aqueles que se aproximam do fim da vida, sentem habitualmente um aumento ou uma renovao das suas necessidades de: afirmao e acei-tao; perdo e reconciliao (plenitude); descoberta de significado e direo.Objetivo: Identificar a importncia do suporte espiritual ao doente em fim de vida.Material e mtodos: Reviso sistemtica da literaturaResultados: O conceito de suporte espiritual surge como prtica assistencial em cuidados paliativos, no desenvolvi-mento da dimenso espiritual, na prtica diria de valores e crenas do doente. Numa linha de suporte e orienta-o, acompanhado por um guia espiritual, com o intuito de ajudar no percurso individual de cada ser, na busca do sentido da vida. A busca daquilo que lhe divino, santo ou sagrado, dedicando-se e cultivando a seu prprio ritmo (Schwartz, 2006).Concluses: Os cuidados ao doente em fim de vida to-mam uma proporo global e multidimensional, devendo a equipa multidisciplinar reconhecer a necessidade es-piritual enquanto ser holstico. Numa experincia com a conexo interior e espiritual, na busca da integridade e significado dessa mesma conexo sentida e necessria (SECPAL, 2013). O suporte espiritual surge nesse momen-to da vida, como um foco de encontro consigo mesmo e de perdo com os outros, proporcionando uma passagem tranquila.

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    P 42QUAL O VALOR DA VIDA, NO FIM DE VIDA?Joana Calvo; Rita Queirs; Mrcia Mendona; Anabela MoraisServio de Cuidados Paliativos do Centro Hospitalar de Trs-os-Montes e Alto Douro

    Introduo: Na fase terminal de uma doena prolongada o papel dos Cuidados Paliativos (CP) assenta na promoo do conforto e dignidade dos doentes portadores de doen-as crnicas e incurveis de modo a melhorar a qualidade de vida (QV) at ao dia da morte. A Paliative Care Outco-mes Scale (POS) uma escala que contempla as mltiplas dimenses do processo de cuidar com implicaes na QV.Objetivos: Avaliao da valorizao individual e global da vida na QV no doente em FV; qual a relevncia desta valo-rizao para a promoo da QV.Material e mtodos: Estudo observacional, exploratrio--descritivo e transversal, de metodologia quantitativa, de-corrido na UCP de um Centro Hospitalar durante 4 meses. Includos 50 candidatos a medidas de suporte paliativo provenientes dos diversos servios da instituio, porta-dores de doena crnica incurvel e com esperana de vida inferior a 12 meses. Apresentavam-se estveis, cog-nitivamente preservados, acordando por consentimento informado. Para a colheita de dados aplicou-se a escala POS.Resultados: 76% dos doentes atribuam elevado valor vida em sentido global refletindo ndice de POS de 14,1 comparativamente ao grupo que atribuiu baixo valor vida (POS 24,6). 42% dos doentes conferiam elevado va-lor individual, refletindo ndices de POS 17,8 associados a melhor QV.Concluses: A valorizao da vida em sentido global e/ou individual contribui para a promoo da QV. A morte mais fcil e naturalmente aceite na populao idosa, havendo discrepncia dos ndices de POS relativamente jovem onde encontramos de POS superiores, refletindo a menor aceitao do encerramento da existncia.

    TEMTICA: ESPERANA EM CP

    P 43IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA DE UM MODELO PRECOCE DE CUIDADOS PALIATIVOS Sofia DelgadoFaculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, Centro de Biotica

    Introduo: Nas ltimas dcadas, vrios estudos demons-traram vantagens da introduo precoce dos Cuidados Paliativos (CP) na trajetria da doena. Apesar disso, ainda no existe uma definio clara do momento ideal de intro-duo dos CP, sendo que estes continuam a ser oferecidos

    tardiamente e maioritariamente em doentes com cancro.Objetivos: Pretende-se fazer uma reviso dos estudos que avaliaram o impacto da introduo precoce de CP espe-cializados na qualidade de vida (QV) e ainda fazer uma dis-cusso dos modelos de integrao dos CP e das principais barreiras sua implementao.Mtodos: Foi realizada uma pesquisa na base de dados PubMed, de artigos escritos em Ingls, publicados entre 2000 e junho de 2017, com as associaes de palavras--chave early ou concurrent ou integrated e palliative care e quality of life ou outcomes, e selecionaram-se estudos controlados randomizados e estudos clnicos controlados, que comparassem uma interveno de CP especializados precoces com cuidados convencionais (CC), ou com outra forma de prestao de CP, em adultos ( 18 anos).Resultados: A maioria dos estudos includos (14 de 22 es-tudos) mostrou uma melhoria significativa da QV no grupo da interveno quando comparado com o controlo.Concluses: As intervenes de CP especializados preco-ces tm um efeito positivo na QV em comparao com CC, sendo que isto verdade para diferentes patologias e dife-rentes locais de interveno. Existe, no entanto, uma grande heterogeneidade na metodologia dos estudos nesta rea, o que limita a generalizao dos resultados desta reviso.Este resumo no foi apresentado anteriormente em ne-nhum congresso.No existem conflitos de interesse a declarar.

    TEMTICA: ORNANIZAO / GESTO DE SERVIOS

    P 44CARACTERIZAO EPIDEMIOLGICA DOS DOENTES REFERENCIADOS PARA CUIDADOS PALIATIVOSAna Maria Neves Rocha; Beatriz Veiga Tavares Duarte; Ctia Filipa Rama Carapeto; Sara Margarida Rodrigues GomesInstituto Portugus de Oncologia de Coimbra, Servio de Cuidados Paliativos

    Introduo: Os Cuidados Paliativos se aplicados preco-cemente diminuem a carga sintomtica do doente e so-brecarga dos cuidadores, reduzem os (re)internamentos hospitalares, recurso urgncia e cuidados intensivos, minimizando custos em sade.Objetivos: Identificar e caracterizar os doentes referencia-dos para os Cuidados Paliativos.Material e mtodos: Estudo retrospetivo. Consulta e an-lise das referenciaes para Cuidados Paliativos no pri-meiro semestre do ano de 2017. Foi aceite a autorizao pela Comisso de tica da instituio, e respeitados os princpios ticos inerentes.Resultados: N = 189:- Maioria do gnero masculino (54,5%); Mdia de idades

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    de 72,7 anos; Diagnsticos prevalentes: carcinoma diges-tivo (56,8%), carcinoma ginecolgico (20,6%);- 64,0% dos doentes encontravam-se no domiclio;- 80,4% dos doentes referenciados no mesmo dia em que suspenderam tratamento anti-neoplsico;- O mdico demora em mdia 5 dias para triar e avaliar o doente, decorrendo em mdia 17 dias entre a triagem--admisso;- Aps a triagem 67,7% dos doentes foram encaminhados para Consulta de Paliativos, e 25,4% para Internamento;- A sobrevida estimada na referenciao em 20,6% su-perior a 6 meses, em 40,2% entre 3 a 6 meses e em 34,9 % entre 7 dias a 3 meses;- Em 44,9% o prognstico correspondeu ao expectvel, sendo a mdia de dias vividos desde a referenciao at ao dia de falecimento de 44,7;Concluses: Os resultados demonstram a importncia de alterar o paradigma da referenciao tardia e o estigma de que os cuidados paliativos so apenas teis no fim de vida.Declaramos por escrito e sob compromisso de honra, que o presente resumo original, e no foi apresentado an-teriormente em nenhum congresso. Acrescentamos ainda que no existiu qualquer fonte de financiamento para o estudo desenvolvido, e tambm no foram identificados conflitos de interesses.

    P 45UM ANO DE ATIVIDADE DE UMA EQUIPA INTRA-HOSPITALAR DE SUPORTE EM CUIDADOS PALIATIVOSMaria Cu Loureiro; Isabel Martins; Marta Ms; Carla Santos; Renato Santos; Clara Almeida; Rita SilvaCentro Hospitalar Tondela-Viseu

    Introduo: As Equipas Intra-Hospitalares de Suporte em Cuidados Paliativos (EIHSCP) so equipas multidisciplina-res especficas de cuidados paliativos (CP) que exercem a sua atividade prestando consultadoria a toda a estrutura hospitalar onde se encontram integradas, capacitando os diversos profissionais na prestao de uma abordagem paliativa de qualidade.Objetivos: Descrever a atividade desenvolvida por uma EIHSCP numa unidade hospitalar.Material e mtodos: Estudo observacional descritivo re-trospetivo.Resultados: Em doze meses de atividade a EIHSCP acom-panhou 397 doentes: 79% em internamento e 21% em consulta externa. Dos doentes internados: 62% do gnero masculino e 38% do gnero feminino, com mdia de ida-de de 70.6 anos, 89% oncolgicos e 11% no oncolgicos. Os servios com maior nmero de referenciaes foram: Medicina Interna (28%), Cirurgia Geral (19%) e Pneumolo-gia (15%). Foram observados nas primeiras 72h 97% dos

    doentes. 43% dos doentes morreram em internamento, 29% foram admitidos na Unidade CP e 28% tiveram alta. Foram realizadas 17 consultas de Psicologia, 11 delas a doentes internados e 6 a familiares de doentes internados. Efetuados 55 contactos telefnicos de luto e 15 consultas de luto.Concluses: O 1 ano de atividade de uma EIHSCP corres-ponde fase de implementao e consolidao da equipa na unidade hospitalar. Conclumos que acompanhamos um nmero considervel de doentes, dando resposta atempada a 97% dos pedidos. Fazendo parte das funes da equipa a formao de outros profissionais assumimos como lacuna a ausncia da realizao de um curso estru-turado de CP na unidade hospitalar.P 46REFERENCIAO DE DOENTES A UMA UNIDADE DE CUIDADOS PALIATIVOSMaria Teresa Coutinho Aroso Ramos; Maria de Lurdes Rodrigues Pradinhos; Slvia Vera Morais Aleixo; Rui Manuel Peredo Ricardo ULSNE- Unidade de Cuidados Paliativos de Macedo de Cavaleiros

    Introduo: A Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI) criada a 6/6/2006, promoveu uma re-ferenciao prpria nas Unidades de Cuidados Paliativos (UCP) da RNCCI.Depois de entrar em vigor o Plano Estratgico para o De-senvolvimento dos Cuidados Paliativos (PEPDCP) publica-do a 22/2/2017, a referenciao para as Unidades de Cui-dados Paliativos Hospitalares (UCPH) deixou de obedecer tramitao da RNCCI.Objetivo: Comparar estas duas formas de referenciao na mesma UCP.Material e mtodos: Anlise retrospetiva das admisses numa UCP da RNCCI de maio a outubro de 2016 e na mes-ma Unidade aps implementao do (PEPDCP) nos mes-mos meses de 2017. Variveis estudadas: gnero; idade; estado civil; cuidador; motivo da referenciao; grupo de diagnstico; estado funcional; intensidade da dor; mortali-dade; demora na admisso.Resultados: Em 2016 admitidos 103 doentes, 60% ho-mens, 69% do internamento, 27% do ambulatrio, com idade mdia 77 anos, casados 47%, cuidados pela famlia 80%, sem cuidador 4%.Com doenas oncolgicas 78%. Admitidos para controlo sintomtico. Na admisso 73% com PPS 40%. Dor 5 (53%). bitos 68.Demora mdia entre sinalizao para a RNCCI e admisso 7 dias.Em 2017 admitidos 114 doentes, 33% do internamento, 60% do ambulatrio, 53% homens, mdia de idade 72 anos; casa-dos 57%. Cuidados pelos familiares 87%, sem cuidador 5%.

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    Com doenas oncolgicas 73%. Admitidos para controlo sintomtico. PPS 40% em 62%. Dor 5 em 38%. bitos 62.Espera mdia sinalizao/admisso 1.5 diasConcluso: O modelo atual, nesta Unidade, permitiu refe-renciao mais rpida.

    P 47ATIVIDADE DE UMA EQUIPA COMUNITRIA DE SUPORTE EM CUIDADOS PALIATIVOS (ECSCP) DO INTERIOR.Paula de Faria; Silvia StepuULS Nordeste e Liga dos Amigos do Centro de Sade de Alfndega da F

    Introduo: Apesar do crescente investimento em cuida-dos paliativos domicilirios no pas, a informao sobre a realidade permanece escassa e especialmente no caso de equipas autnomas. Apresentamos a casustica da atividade duma ECSCP no interior, que posteriormente foi integrada numa Unidade Local de Sade.Material e mtodos: Estudo observacional retrospetivo. Variveis estudadas: gnero, idade, diagnstico, nmero de consultas, tempo de acompanhamento e local de bito.Objetivos: Descrever a atividade da equipa (2015-2017).Resultados: Foram 51 doentes admitidos (2015: n = 20, 2016: n = 20 e 2017: n = 11), 62.7% gnero Masculino. Idade mdia 73,89 anos (18-101). Diagnsticos oncolgi-cos 54,9%, 42,9% -aparelho digestivo e 28,6% -aparelho respiratrio. No oncolgicos 39,1% -Sistema Nervoso e 30,4% -aparelho circulatrio.O total de domiclios foi de 3081 (2015 = 493, 2016 = 1410 e 2017 = 1090), sendo que 88 das visitas foram realiza-das em horrio ps-laboral/fim-de-semana, o equivalente a 14.8% em 2015, 17% em 2016 e 68.2% em 2017. O tempo mdio de acompanhamento foi de 293 dias (1-828), foram registadas 41 altas das quais 20 bitos (10 domiclio, 6 Unidade Cuidados Paliativos, 4 outros servios).Concluses: Segundo os resultados verificados, ainda que metodologicamente limitados, a atividade da equipa pare-ce ter impacto no aumento do nmero de