Cultivo do Tomate Industrial no Estado 1 de Goiás ...
Transcript of Cultivo do Tomate Industrial no Estado 1 de Goiás ...
RESUMO: O presente trabalho procurou analisar, em exclusividade, a produção do tomate industrial no Estado de Goiás, discorrendo o histórico, evolução das áreas de plantio, volumes de produção, bem como as perspectivas para a cadeia produtiva do tomate e sua importância econômica.historicamente vem se destacando entre os produtos da cadeia de frutas, legumes e verduras (FLV) no estado. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)18.109 hectares para a plantação de tomate no estado do Goiás, gerando uma quantidade produzida de 1.427.144 toneladas do produto. Estes números confirmam o destaque do estado como maior produtor de tomate brasileiro e da América Latina.
Palavras–chave: tomate industrial; área colhida; produção.
ABSTRACT: This study sought to examine, in exclusivity, State of Goiás State, discussing the history, evolution of planting areas, production volumes as well as the outlook for the productive chain of the tomato and its economic importance. Tomato historically has stood out among the products the chain of fruit and vegetable(Brazilian Institute of Geography and Statisticsin the state of Goias, generating an amount of produced 1,427,144 tons of product. These figures confirm the highlight status as Brazil's largest producer of tomato and Latin America
Keywords: industrial tomatoes; harvested are; production.
1. INTRODUÇÃO
A cadeia produtiva do tomate industrial atualmente apresenta relevância econômica
para a indústria alimentícia
produtos prontos para o consumo e insumos para outras cadeias. Os principais países
produtores do tomate industrial são: Estados Unidos (32%), China (16,6%), Itália (13,6%),
Espanha (6,3%) e Brasil (4,9%) (VILELA et. al., 2012).
Esta participação do Brasil no ranking dos maiores produtores de tomate industrial do
mundo tornou - se possível após o considerável incremento da competitividade da cadeia
1Aluno Regular do Programa de Mestrado em Agronegócio 2Aluno Regular do Programa de Mestrado em Agronegócio 3 Doutora em Agronomia – UFG. Docente na UFG; 4 Doutora em Ciências Ambientais
Cultivo do Tomate Industrial no Estado de Goiás: Evolução das Áreas de Plantio
e Produção
Ademir Rodrigues Silva Junior
Welington Martins Ribeiro
Abadia dos Reis Nascimento
Cleonice Borges de Souza
O presente trabalho procurou analisar, em exclusividade, a produção do tomate industrial no Estado de Goiás, discorrendo o histórico, evolução das áreas de plantio, volumes de produção, bem como
cadeia produtiva do tomate e sua importância econômica.historicamente vem se destacando entre os produtos da cadeia de frutas, legumes e verduras (FLV) no estado. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),em 200918.109 hectares para a plantação de tomate no estado do Goiás, gerando uma quantidade produzida de 1.427.144 toneladas do produto. Estes números confirmam o destaque do estado como maior produtor de tomate brasileiro e da América Latina.
tomate industrial; área colhida; produção.
This study sought to examine, in exclusivity, the production of industrial tomatoes in the State, discussing the history, evolution of planting areas, production volumes as well as the
outlook for the productive chain of the tomato and its economic importance. Tomato historically has stood out among the products the chain of fruit and vegetables (FLV) in the state. According to IBGE Brazilian Institute of Geography and Statistics) in 2009 was allocated 18,109 hectares for tomato planting in the state of Goias, generating an amount of produced 1,427,144 tons of product. These figures confirm
highlight status as Brazil's largest producer of tomato and Latin America
industrial tomatoes; harvested are; production.
A cadeia produtiva do tomate industrial atualmente apresenta relevância econômica
para a indústria alimentícia e o setor do agronegócio, em escala nacional e mundial, fornecendo
produtos prontos para o consumo e insumos para outras cadeias. Os principais países
produtores do tomate industrial são: Estados Unidos (32%), China (16,6%), Itália (13,6%),
e Brasil (4,9%) (VILELA et. al., 2012).
Esta participação do Brasil no ranking dos maiores produtores de tomate industrial do
se possível após o considerável incremento da competitividade da cadeia
Aluno Regular do Programa de Mestrado em Agronegócio – UFG; [email protected] Regular do Programa de Mestrado em Agronegócio – UFG; [email protected]
UFG. Docente na UFG; [email protected] Doutora em Ciências Ambientais – UFG. Docente na UFG; [email protected]
Cultivo do Tomate Industrial no Estado de Goiás: Evolução das Áreas de Plantio
e Produção
97
Ademir Rodrigues Silva Junior1
Welington Martins Ribeiro2
Abadia dos Reis Nascimento3
Cleonice Borges de Souza4
O presente trabalho procurou analisar, em exclusividade, a produção do tomate industrial no Estado de Goiás, discorrendo o histórico, evolução das áreas de plantio, volumes de produção, bem como
cadeia produtiva do tomate e sua importância econômica. O tomate, historicamente vem se destacando entre os produtos da cadeia de frutas, legumes e verduras (FLV) no
em 2009, foram destinados 18.109 hectares para a plantação de tomate no estado do Goiás, gerando uma quantidade produzida de 1.427.144 toneladas do produto. Estes números confirmam o destaque do estado como maior produtor
the production of industrial tomatoes in the State, discussing the history, evolution of planting areas, production volumes as well as the
outlook for the productive chain of the tomato and its economic importance. Tomato historically has s (FLV) in the state. According to IBGE
) in 2009 was allocated 18,109 hectares for tomato planting in the state of Goias, generating an amount of produced 1,427,144 tons of product. These figures confirm
A cadeia produtiva do tomate industrial atualmente apresenta relevância econômica
e o setor do agronegócio, em escala nacional e mundial, fornecendo
produtos prontos para o consumo e insumos para outras cadeias. Os principais países
produtores do tomate industrial são: Estados Unidos (32%), China (16,6%), Itália (13,6%),
Esta participação do Brasil no ranking dos maiores produtores de tomate industrial do
se possível após o considerável incremento da competitividade da cadeia,
98
decorrente da adoção de tecnologias de pro
deste processo a cadeia tornou-se dinâmica, eficiente e competitiva (VILELA et. al., 2012).
O cultivo do tomate industrial tem seu início em território Brasileiro, no início do século
XX no município de Pesqueiras, em Pernambuco, concretizando o primeiro ciclo de produção.
Em 1914, a Fábrica Peixe inicia o processo de produção da massa do tomate. Este período
encerra – se em 1998.
Na década de 30, houve um fluxo migratório de produção para o Estado de Estado de
São Paulo, e este foi o segundo ciclo de produção. A partir da década de 1950, nos municípios
de Monte Alto e Taquaritinga, a agroindústria se expande amplamente e se torna o maior polo
agroprocessador de tomate do Brasil.
Anos mais tarde, o setor mostra fo
de tomate do Vale do São Francisco (Pernambuco e Bahia). Tal crescimento permeou de 1970 ao
início dos anos 2000, e este, concretizou
árido, a menor incidência de doenças, vários projetos de irrigação em operação e outros sendo
implantados, mão-de-obra abundante, localização geográfica estratégica para alavancar as
exportações de atomatados, delineamento do programa de melhoramento do tomateiro
industrial foram cruciais para essa expansão.
A fruticultura, da segunda metade da década de 1990, se consolidava como uma
alternativa mais rentável do que a tomaticultura industrial, e esse, foi um dos fatores, que
colaboraram para o declínio da produção de tom
de 1997 se intensifica a queda da produção na região do São Francisco, e a zona do cerrado
(Goiás e Minas Gerais), que vinha emergindo como nova fronteira de expansão da cultura de
tomate, desde o início dos anos 90, começa a se concretizar.
decorrente da adoção de tecnologias de produção, em meados da década de 1990. A partir
se dinâmica, eficiente e competitiva (VILELA et. al., 2012).
O cultivo do tomate industrial tem seu início em território Brasileiro, no início do século
as, em Pernambuco, concretizando o primeiro ciclo de produção.
Em 1914, a Fábrica Peixe inicia o processo de produção da massa do tomate. Este período
Na década de 30, houve um fluxo migratório de produção para o Estado de Estado de
ão Paulo, e este foi o segundo ciclo de produção. A partir da década de 1950, nos municípios
de Monte Alto e Taquaritinga, a agroindústria se expande amplamente e se torna o maior polo
agroprocessador de tomate do Brasil.
nos mais tarde, o setor mostra forte retração com a expansão do polo agroprocessador
de tomate do Vale do São Francisco (Pernambuco e Bahia). Tal crescimento permeou de 1970 ao
início dos anos 2000, e este, concretizou – se como o terceiro ciclo de produção. O clima semi
incidência de doenças, vários projetos de irrigação em operação e outros sendo
obra abundante, localização geográfica estratégica para alavancar as
exportações de atomatados, delineamento do programa de melhoramento do tomateiro
ial foram cruciais para essa expansão.
A fruticultura, da segunda metade da década de 1990, se consolidava como uma
alternativa mais rentável do que a tomaticultura industrial, e esse, foi um dos fatores, que
colaboraram para o declínio da produção de tomate na região do Vale do São Francisco. A partir
de 1997 se intensifica a queda da produção na região do São Francisco, e a zona do cerrado
(Goiás e Minas Gerais), que vinha emergindo como nova fronteira de expansão da cultura de
anos 90, começa a se concretizar.
dução, em meados da década de 1990. A partir
se dinâmica, eficiente e competitiva (VILELA et. al., 2012).
O cultivo do tomate industrial tem seu início em território Brasileiro, no início do século
as, em Pernambuco, concretizando o primeiro ciclo de produção.
Em 1914, a Fábrica Peixe inicia o processo de produção da massa do tomate. Este período
Na década de 30, houve um fluxo migratório de produção para o Estado de Estado de
ão Paulo, e este foi o segundo ciclo de produção. A partir da década de 1950, nos municípios
de Monte Alto e Taquaritinga, a agroindústria se expande amplamente e se torna o maior polo
rte retração com a expansão do polo agroprocessador
de tomate do Vale do São Francisco (Pernambuco e Bahia). Tal crescimento permeou de 1970 ao
se como o terceiro ciclo de produção. O clima semi -
incidência de doenças, vários projetos de irrigação em operação e outros sendo
obra abundante, localização geográfica estratégica para alavancar as
exportações de atomatados, delineamento do programa de melhoramento do tomateiro
A fruticultura, da segunda metade da década de 1990, se consolidava como uma
alternativa mais rentável do que a tomaticultura industrial, e esse, foi um dos fatores, que
ate na região do Vale do São Francisco. A partir
de 1997 se intensifica a queda da produção na região do São Francisco, e a zona do cerrado
(Goiás e Minas Gerais), que vinha emergindo como nova fronteira de expansão da cultura de
Figura 1: Ciclos históricos e deslocamento da produção do tomate industrial no Brasil
O Cerrado goiano e mineiro, dos anos de 1986 até o presente, caracteriza o quarto ciclo
de produção. Pesquisas pioneiras desde o
goiano para o cultivo de tomate industrial. Os resultados mostraram que a semeadura direta e a
cultura rasteira seriam eficientes na produção de tomate para mercado ao natural ou para
industrialização nas condições do período seco, em Anápolis. Os resultados também mostraram
que as cultivares testadas reuniriam características adequadas para o processamento industrial
(FILGUEIRA, 1972).
O estado de Goiás encontra
do país (IBGE, 2013). Após os sucessivos deslocamentos da produção, foram encontrados fatores
conjunturais (recursos naturais, fatores climáticos, novas variedades, entre outros), que
possibilitaram o crescimento do setor produtivo, atendendo
alimentícia na região e atraindo novos investimentos para o setor. Com a estagnação do setor
em São Paulo e em outros estados produtores, Goiás passou a se tornar referência na produção,
com índices que incrementaram a produtivida
no ranking de produção (DIEESE, 2010).
Há uma concentração de agroindústrias de processamento de tomate industrial no
estado de Goiás que encontraram condições ideais para o seu crescimento. Entre estas pode
ser elencadas a qualidade e diversidade da matéria
estratégica para o escoamento e a proximidade de grandes mercados consumidores, entre
outras (DIEESE, 2010). Essa elevada demanda por insumos exige uma coordenação
Ciclos históricos e deslocamento da produção do tomate industrial no Brasil
O Cerrado goiano e mineiro, dos anos de 1986 até o presente, caracteriza o quarto ciclo
de produção. Pesquisas pioneiras desde o início dos anos 70 indicavam
goiano para o cultivo de tomate industrial. Os resultados mostraram que a semeadura direta e a
cultura rasteira seriam eficientes na produção de tomate para mercado ao natural ou para
condições do período seco, em Anápolis. Os resultados também mostraram
que as cultivares testadas reuniriam características adequadas para o processamento industrial
O estado de Goiás encontra-se atualmente como o maior produtor de toma
do país (IBGE, 2013). Após os sucessivos deslocamentos da produção, foram encontrados fatores
conjunturais (recursos naturais, fatores climáticos, novas variedades, entre outros), que
possibilitaram o crescimento do setor produtivo, atendendo as demandas da indústria
alimentícia na região e atraindo novos investimentos para o setor. Com a estagnação do setor
em São Paulo e em outros estados produtores, Goiás passou a se tornar referência na produção,
com índices que incrementaram a produtividade média nacional e levaram o país a se destacar
no ranking de produção (DIEESE, 2010).
Há uma concentração de agroindústrias de processamento de tomate industrial no
estado de Goiás que encontraram condições ideais para o seu crescimento. Entre estas pode
ser elencadas a qualidade e diversidade da matéria-prima, incentivos fiscais, localização
estratégica para o escoamento e a proximidade de grandes mercados consumidores, entre
outras (DIEESE, 2010). Essa elevada demanda por insumos exige uma coordenação
99
Ciclos históricos e deslocamento da produção do tomate industrial no Brasil
O Cerrado goiano e mineiro, dos anos de 1986 até o presente, caracteriza o quarto ciclo
o potencial do cerrado
goiano para o cultivo de tomate industrial. Os resultados mostraram que a semeadura direta e a
cultura rasteira seriam eficientes na produção de tomate para mercado ao natural ou para
condições do período seco, em Anápolis. Os resultados também mostraram
que as cultivares testadas reuniriam características adequadas para o processamento industrial
se atualmente como o maior produtor de tomate industrial
do país (IBGE, 2013). Após os sucessivos deslocamentos da produção, foram encontrados fatores
conjunturais (recursos naturais, fatores climáticos, novas variedades, entre outros), que
as demandas da indústria
alimentícia na região e atraindo novos investimentos para o setor. Com a estagnação do setor
em São Paulo e em outros estados produtores, Goiás passou a se tornar referência na produção,
de média nacional e levaram o país a se destacar
Há uma concentração de agroindústrias de processamento de tomate industrial no
estado de Goiás que encontraram condições ideais para o seu crescimento. Entre estas podem
prima, incentivos fiscais, localização
estratégica para o escoamento e a proximidade de grandes mercados consumidores, entre
outras (DIEESE, 2010). Essa elevada demanda por insumos exige uma coordenação eficiente da
100
cadeia, conquistada neste contexto por meio da organização associativista e de relações
contratuais específicas entre produtores rurais e indústria.
A região passou por intensa expansão, e de
destinados 18.109 hectares para a plantação de tomate no estado do Goiás, gerando uma
quantidade produzida de 1.427.144 toneladas do produto consolidando o quarto e importante
ciclo de produção. No Estado, 67% do tomate produzido
mostrando ser um forte segmento para Goiás. (CARVALHO; PAGLIUCA, 2007).
O setor movimenta as indústrias de insumos, embalagens e maquinários. (MELO;
VILELA, 2004). No Brasil, a agroindústria de tomate pode processar 22.089 toneladas por dia, em
35 unidades, dos estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais e São Paulo
(EMBRAPA, 2011).
Com isto, esta pesquisa busca contribuir para o entendimento da dinâmica dos ciclos
produtivos do tomate no Brasil e no estado de Goiás, apresentando informações da produ
por mesorregiões e perspectivas para o setor. Logo, novos debates podem surgir, estimulando
maiores discussões sobre este setor de relevância ímpar para o agronegócio goiano e brasileiro.
2. METODOLOGIA
Este trabalho está baseado em uma pesquisa bibliográfica sobre o histórico do cultivo
do tomate em Goiás. Conforme Lima e Mioto (2007) a pesquisa bibliográfica é um procedimento
metodológico que consiste em um resgate histórico e qualitativo de informações
contextualizar o assunto tratado. Foram identificados os deslocamentos da produção visando
entender os motivos e sua necessidade por expansão de área.
Logo após, foram utilizados dados secundários de área colhida e quantidade produzida
do tomate no Estado de Goiás, entre os períodos de 1950 a 2010
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na
(Faeg), obtivemos a área plantada de 2014 e a Organização das Nações
Alimentação e a Agricultura (FAO) nos trouxe
produção no Mundo e no Brasil.
Os dados foram tabulados e utilizou
das séries. Com isto foi realizada uma análise de
comportamento da área ao longo do tempo em Goiás e suas mesorregiões.
3. PRODUÇÃO
O volume de área colhida por hectare no Estado de Goiás, em uma série histórica (1950
– 2010), apresentou grande expansão conforme
cadeia, conquistada neste contexto por meio da organização associativista e de relações
contratuais específicas entre produtores rurais e indústria.
A região passou por intensa expansão, e de acordo com o IBGE, em 2009, foram
hectares para a plantação de tomate no estado do Goiás, gerando uma
quantidade produzida de 1.427.144 toneladas do produto consolidando o quarto e importante
No Estado, 67% do tomate produzido são para processamento industrial,
o ser um forte segmento para Goiás. (CARVALHO; PAGLIUCA, 2007).
O setor movimenta as indústrias de insumos, embalagens e maquinários. (MELO;
VILELA, 2004). No Brasil, a agroindústria de tomate pode processar 22.089 toneladas por dia, em
estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais e São Paulo
Com isto, esta pesquisa busca contribuir para o entendimento da dinâmica dos ciclos
produtivos do tomate no Brasil e no estado de Goiás, apresentando informações da produ
por mesorregiões e perspectivas para o setor. Logo, novos debates podem surgir, estimulando
maiores discussões sobre este setor de relevância ímpar para o agronegócio goiano e brasileiro.
Este trabalho está baseado em uma pesquisa bibliográfica sobre o histórico do cultivo
do tomate em Goiás. Conforme Lima e Mioto (2007) a pesquisa bibliográfica é um procedimento
metodológico que consiste em um resgate histórico e qualitativo de informações
contextualizar o assunto tratado. Foram identificados os deslocamentos da produção visando
sidade por expansão de área.
Logo após, foram utilizados dados secundários de área colhida e quantidade produzida
entre os períodos de 1950 a 2010, fornecidos pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás
obtivemos a área plantada de 2014 e a Organização das Nações Unidas par
(FAO) nos trouxeram um breve comparativo da área colhida e
Os dados foram tabulados e utilizou-se o programa Excel para a representação gráfica
das séries. Com isto foi realizada uma análise descritiva dos dados, buscando observar o
comportamento da área ao longo do tempo em Goiás e suas mesorregiões.
O volume de área colhida por hectare no Estado de Goiás, em uma série histórica (1950
2010), apresentou grande expansão conforme abaixo:
cadeia, conquistada neste contexto por meio da organização associativista e de relações
acordo com o IBGE, em 2009, foram
hectares para a plantação de tomate no estado do Goiás, gerando uma
quantidade produzida de 1.427.144 toneladas do produto consolidando o quarto e importante
para processamento industrial,
O setor movimenta as indústrias de insumos, embalagens e maquinários. (MELO;
VILELA, 2004). No Brasil, a agroindústria de tomate pode processar 22.089 toneladas por dia, em
estados do Ceará, Pernambuco, Bahia, Goiás, Minas Gerais e São Paulo
Com isto, esta pesquisa busca contribuir para o entendimento da dinâmica dos ciclos
produtivos do tomate no Brasil e no estado de Goiás, apresentando informações da produção
por mesorregiões e perspectivas para o setor. Logo, novos debates podem surgir, estimulando
maiores discussões sobre este setor de relevância ímpar para o agronegócio goiano e brasileiro.
Este trabalho está baseado em uma pesquisa bibliográfica sobre o histórico do cultivo
do tomate em Goiás. Conforme Lima e Mioto (2007) a pesquisa bibliográfica é um procedimento
metodológico que consiste em um resgate histórico e qualitativo de informações na busca de
contextualizar o assunto tratado. Foram identificados os deslocamentos da produção visando
Logo após, foram utilizados dados secundários de área colhida e quantidade produzida
fornecidos pelo Instituto
Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás
Unidas para a
um breve comparativo da área colhida e
se o programa Excel para a representação gráfica
buscando observar o
O volume de área colhida por hectare no Estado de Goiás, em uma série histórica (1950
Gráfico 1
Fonte: IBGE.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que
área colhida por hectare de tomate progrediu de 47
pouco considerável. Em 1971, a área quase dobrou com estimativas de 314 ha. Esse avanço
permaneceu significativo pelas próximas décadas,
para 3.205 ha. Nos anos de 1990
3.791 ha, respectivamente. Após essa instabilidade, chegamos aos anos 2000 com 10.196 ha em
área colhida. Essa progressão apresentou oscilações medianas até 2008, demonstrando áreas de
12.849 ha. Nos anos de 2009 e 2010 o crescimento permeou n
As fortes oscilações observadas a partir dos anos 90 podem, também, ser explicadas por
condições dependentes da plantação de tomate, como temperatura,
chuvosa.
Em Goiás, o ritmo de crescimento da produção foi superior ao observado no restante do
Brasil e no mundo. Em contraponto, a alta concentração da produção e área colhida registrada
em escala mundial e nacional também permeia no Estado. Segundo o
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
goianos: Cristalina, Morrinhos, Itaberaí e Orizona, concentram 51,6% da produção total e a
mesma proporção (52,0%) da área colhida do Estado.
Entre 2002 e 2008, s
Agricultura (FAO), o percentual de crescimento da área colhida de tomate foi mais que o dobro
quando comparado às escalas mundiais, representando queda nos índices de produtividade da
cultura do tomate. Na tabela abaixo, os dados referem
China, o maior produtor mundial, o aumento de área plantada não acompanha o volume de
produção.
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
20.000
Gráfico 1: Evolução da área colhida em hectare
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que
área colhida por hectare de tomate progrediu de 47 a 148 ha. Vale ressaltar que a variação foi
pouco considerável. Em 1971, a área quase dobrou com estimativas de 314 ha. Esse avanço
permaneceu significativo pelas próximas décadas, no qual, em 1989 a área de plantio saltou
para 3.205 ha. Nos anos de 1990 a 1992, tivemos oscilações bruscas, com estimativas de 6.896 e
3.791 ha, respectivamente. Após essa instabilidade, chegamos aos anos 2000 com 10.196 ha em
área colhida. Essa progressão apresentou oscilações medianas até 2008, demonstrando áreas de
Nos anos de 2009 e 2010 o crescimento permeou números acima de 18.000 ha.
As fortes oscilações observadas a partir dos anos 90 podem, também, ser explicadas por
condições dependentes da plantação de tomate, como temperatura, luminosidade e estação
Em Goiás, o ritmo de crescimento da produção foi superior ao observado no restante do
Brasil e no mundo. Em contraponto, a alta concentração da produção e área colhida registrada
em escala mundial e nacional também permeia no Estado. Segundo o
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), somente quatro municípios
goianos: Cristalina, Morrinhos, Itaberaí e Orizona, concentram 51,6% da produção total e a
mesma proporção (52,0%) da área colhida do Estado.
Entre 2002 e 2008, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
(FAO), o percentual de crescimento da área colhida de tomate foi mais que o dobro
escalas mundiais, representando queda nos índices de produtividade da
tomate. Na tabela abaixo, os dados referem – se a China e ao Brasil. É notório que na
China, o maior produtor mundial, o aumento de área plantada não acompanha o volume de
101
ectare
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indica que, entre 1950 e 1970, a
148 ha. Vale ressaltar que a variação foi
pouco considerável. Em 1971, a área quase dobrou com estimativas de 314 ha. Esse avanço
em 1989 a área de plantio saltou
992, tivemos oscilações bruscas, com estimativas de 6.896 e
3.791 ha, respectivamente. Após essa instabilidade, chegamos aos anos 2000 com 10.196 ha em
área colhida. Essa progressão apresentou oscilações medianas até 2008, demonstrando áreas de
úmeros acima de 18.000 ha.
As fortes oscilações observadas a partir dos anos 90 podem, também, ser explicadas por
luminosidade e estação
Em Goiás, o ritmo de crescimento da produção foi superior ao observado no restante do
Brasil e no mundo. Em contraponto, a alta concentração da produção e área colhida registrada
em escala mundial e nacional também permeia no Estado. Segundo o Departamento
Dieese), somente quatro municípios
goianos: Cristalina, Morrinhos, Itaberaí e Orizona, concentram 51,6% da produção total e a
Unidas para a Alimentação e a
(FAO), o percentual de crescimento da área colhida de tomate foi mais que o dobro
escalas mundiais, representando queda nos índices de produtividade da
se a China e ao Brasil. É notório que na
China, o maior produtor mundial, o aumento de área plantada não acompanha o volume de
102
Tabela 1: Área colhida e produção em tonelada da China e Brasil
País Produtor
Área colhida hectare/ 2002
Área colhida hectare/ 2008
China 1.005.199 1.454.533
Brasil 62.520 60.912 Fonte: FAO.
Nos anos de 2002 e 2008, a área colhida no Brasil representa 6,21% e 4,18%
respectivamente, quando comparado
tonelada, nos mesmos anos, o montante brasileiro representou 13,45% e 11,43% do total
Chinês.
Este resultado decorre do drástico aumento da área colhida em diversos países
produtores. O Brasil, em um panorama g
aumento da produção com redução da área colhida, indicando elevação dos índices de
produtividade como destaca a tabela 1.
Goiás, além de ser o maior produtor nacional de tomate
índice de produtividade. A produção de tomate nacional, mesmo que situe o Brasil entre os dez
maiores produtores do mundo,
mundial. A ampliação do mercado consumidor
tomate, repercute na intensificação da produção
produtividade no Brasil e no mundo.
A perspectiva é que a produção deve continuar a crescer devido aos fatores como
urbanização, aspectos conjunturais como aumento do
famílias. As mudanças dos hábitos alimentares
integração das mulheres no mercado de trabalho e o aumento dos níveis de renda per capita
nos países de economia emergente
polpa do tomate. Apesar de ser o 5º maior produtor mundial e apresentar níveis de
produtividade elevados, a produção brasileira de tomate industrial não atende
capita de seus produtos. Por ser influenciada pelo comportamento do mercado internacional,
há um desestímulo da produção interna quando o cenário global está pessimista, sendo
necessária a importação de produtos como a polpa de tomate (SILVA, 2000; GIORDANO, 2000;
VILELA et.al., 2012).
Área colhida e produção em tonelada da China e Brasil
Produção em tonelada / 2002
Produção em tonelada/ 2008
Produtividade 2002 (t/ha)
Produtividade 2008 (t /ha)
27.153.121 33.811.702 27,01 23,243.652.920 3.867.655 58,42 63,49
Nos anos de 2002 e 2008, a área colhida no Brasil representa 6,21% e 4,18%
quando comparado à área da China. Quando falamos de produção em
tonelada, nos mesmos anos, o montante brasileiro representou 13,45% e 11,43% do total
Este resultado decorre do drástico aumento da área colhida em diversos países
produtores. O Brasil, em um panorama geral, registrou comportamento inverso, ou seja,
aumento da produção com redução da área colhida, indicando elevação dos índices de
produtividade como destaca a tabela 1.
Goiás, além de ser o maior produtor nacional de tomate, é também o estado com maior
dice de produtividade. A produção de tomate nacional, mesmo que situe o Brasil entre os dez
representa ainda uma proporção bem reduzida do total
mundial. A ampliação do mercado consumidor, ligado à diversificação da cadeia prod
repercute na intensificação da produção, resultando no maior patamar de
produtividade no Brasil e no mundo.
A perspectiva é que a produção deve continuar a crescer devido aos fatores como
urbanização, aspectos conjunturais como aumento do consumo e do poder aquisitivo das
As mudanças dos hábitos alimentares, em nível mundial decorrentes da crescente
integração das mulheres no mercado de trabalho e o aumento dos níveis de renda per capita
nos países de economia emergente, ocasionaram forte demanda por produtos derivados da
polpa do tomate. Apesar de ser o 5º maior produtor mundial e apresentar níveis de
produtividade elevados, a produção brasileira de tomate industrial não atende a
ser influenciada pelo comportamento do mercado internacional,
há um desestímulo da produção interna quando o cenário global está pessimista, sendo
necessária a importação de produtos como a polpa de tomate (SILVA, 2000; GIORDANO, 2000;
Área colhida e produção em tonelada da China e Brasil
Produtividade 2008 (t /ha)
23,24 63,49
Nos anos de 2002 e 2008, a área colhida no Brasil representa 6,21% e 4,18%
área da China. Quando falamos de produção em
tonelada, nos mesmos anos, o montante brasileiro representou 13,45% e 11,43% do total
Este resultado decorre do drástico aumento da área colhida em diversos países
eral, registrou comportamento inverso, ou seja,
aumento da produção com redução da área colhida, indicando elevação dos índices de
é também o estado com maior
dice de produtividade. A produção de tomate nacional, mesmo que situe o Brasil entre os dez
representa ainda uma proporção bem reduzida do total
diversificação da cadeia produtiva de
resultando no maior patamar de
A perspectiva é que a produção deve continuar a crescer devido aos fatores como
consumo e do poder aquisitivo das
em nível mundial decorrentes da crescente
integração das mulheres no mercado de trabalho e o aumento dos níveis de renda per capita
ocasionaram forte demanda por produtos derivados da
polpa do tomate. Apesar de ser o 5º maior produtor mundial e apresentar níveis de
a demanda per
ser influenciada pelo comportamento do mercado internacional,
há um desestímulo da produção interna quando o cenário global está pessimista, sendo
necessária a importação de produtos como a polpa de tomate (SILVA, 2000; GIORDANO, 2000;
Gráfico 2
Fonte: IBGE.
Analisando a produção de tomate em tonelada, o IBGE demonstra que
1950 e 1970, a produção do tomate saltou de 174 para 3.491 t. Vale ressaltar que o pico de
produção neste período foi de 6.812 t no ano de 1965. De 1971 até 1989, obtivemos um grande
avanço na produção. Os números indicam crescimento de 7.761
1990 até 1998, tivemos outra forte oscilação com valores de 320.400 até 331.813 t de tomate,
com exceção em 1992 que houve uma queda para 169.190 t. No ano de 1999, a estimativa fixa
se em 788.984 t com oscilações leves para
marca de 1.000.000 t foi ultrapassada. O pico máximo de 1.427.144 t foi em 2009 analisando os
dados da série histórica pesquisada.
A produção e comercialização do tomate industrial são
integração entre indústria e produção agrícola. De acordo com Farina e Cirilo (1986), as relações
entre indústria processadora de tomate e produtores configuram uma situação peculiar não
encontrada em nenhuma outra agroindústria não
Podemos ressaltar que o setor primário da produção tem seu comportamento
praticamente, dependente das estratégias industriais. A indústria dependente do fornecimento
de tomate teve que ampliar o número de produtores voltados ao cultivo de tomate industr
impondo especificações técnicas que lhe permitissem segurança quanto à disponibilidade de
sua principal matéria – prima. A expansão da agroindústria fez com que a produção do tomate
crescesse de forma considerável.
Nos últimos 30 anos, as atividades d
consolidaram notáveis investimentos com grande incremento na produção, adoção de novas
variedades e híbridos, além de técnicas modernas de cultivo (CAMARGO et al., 2006 e BRANDÃO
e LOPES, 2001).
0
200.000
400.000
600.000
800.000
1.000.000
1.200.000
1.400.000
1.600.000
1950
1952
1954
1960
1962
Gráfico 2: Evolução da produção do tomate em tonelada
Analisando a produção de tomate em tonelada, o IBGE demonstra que
1950 e 1970, a produção do tomate saltou de 174 para 3.491 t. Vale ressaltar que o pico de
produção neste período foi de 6.812 t no ano de 1965. De 1971 até 1989, obtivemos um grande
avanço na produção. Os números indicam crescimento de 7.761 para 135.900 t no período. De
1990 até 1998, tivemos outra forte oscilação com valores de 320.400 até 331.813 t de tomate,
com exceção em 1992 que houve uma queda para 169.190 t. No ano de 1999, a estimativa fixa
se em 788.984 t com oscilações leves para 801.960 t até 2007. Nos anos de 2008, 2009 e 2010, a
marca de 1.000.000 t foi ultrapassada. O pico máximo de 1.427.144 t foi em 2009 analisando os
dados da série histórica pesquisada.
A produção e comercialização do tomate industrial são consideradas
integração entre indústria e produção agrícola. De acordo com Farina e Cirilo (1986), as relações
entre indústria processadora de tomate e produtores configuram uma situação peculiar não
encontrada em nenhuma outra agroindústria não – verticalizada.
Podemos ressaltar que o setor primário da produção tem seu comportamento
dependente das estratégias industriais. A indústria dependente do fornecimento
de tomate teve que ampliar o número de produtores voltados ao cultivo de tomate industr
impondo especificações técnicas que lhe permitissem segurança quanto à disponibilidade de
prima. A expansão da agroindústria fez com que a produção do tomate
crescesse de forma considerável.
Nos últimos 30 anos, as atividades da cadeia produtiva de tomate industrial
consolidaram notáveis investimentos com grande incremento na produção, adoção de novas
variedades e híbridos, além de técnicas modernas de cultivo (CAMARGO et al., 2006 e BRANDÃO
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
103
Evolução da produção do tomate em tonelada
Analisando a produção de tomate em tonelada, o IBGE demonstra que, nos anos de
1950 e 1970, a produção do tomate saltou de 174 para 3.491 t. Vale ressaltar que o pico de
produção neste período foi de 6.812 t no ano de 1965. De 1971 até 1989, obtivemos um grande
para 135.900 t no período. De
1990 até 1998, tivemos outra forte oscilação com valores de 320.400 até 331.813 t de tomate,
com exceção em 1992 que houve uma queda para 169.190 t. No ano de 1999, a estimativa fixa –
801.960 t até 2007. Nos anos de 2008, 2009 e 2010, a
marca de 1.000.000 t foi ultrapassada. O pico máximo de 1.427.144 t foi em 2009 analisando os
consideradas exemplos de
integração entre indústria e produção agrícola. De acordo com Farina e Cirilo (1986), as relações
entre indústria processadora de tomate e produtores configuram uma situação peculiar não
Podemos ressaltar que o setor primário da produção tem seu comportamento,
dependente das estratégias industriais. A indústria dependente do fornecimento
de tomate teve que ampliar o número de produtores voltados ao cultivo de tomate industrial,
impondo especificações técnicas que lhe permitissem segurança quanto à disponibilidade de
prima. A expansão da agroindústria fez com que a produção do tomate
a cadeia produtiva de tomate industrial
consolidaram notáveis investimentos com grande incremento na produção, adoção de novas
variedades e híbridos, além de técnicas modernas de cultivo (CAMARGO et al., 2006 e BRANDÃO
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
104
O Estado de Goiás reúne condições estratégicas ideais como condições climáticas e
topográficas para o cultivo do tomate industrial. Essas condições aliadas ao investimento e a
tecnologia impulsionam a cultura da região.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografi
produção nacional de tomate industrial chegou a 4,417 milhões de toneladas, o maior volume já
registrado no país. No ano 2012, a tomaticultura respondeu por uma produção de 3,664 milhões
de toneladas e o Estado de Goiás, com 1,145 milhão de toneladas da cultura, ficou em primeiro
lugar no ranking nacional. No ano 2013, com uma colheita de 1, 318 milhão de toneladas, o
estado de Goiás novamente manteve
Conforme dados da Federaçã
estimada em 2014 permanece considerável
em uma área de 14.500 hectares. Esses números correspondem a 65% de toda a produção de
tomate industrial no País. O professor Paulo César Tavares de Melo, pesquisador da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), pondera que Goiás conseguiu chegar ao
topo desta cadeia porque produtores e indústrias aproveitaram todas as condições climáticas e
geográficas favoráveis a este tipo de cultura, além do alto investimento em insumos e
equipamentos.
4. DISTRIBUIÇÃO DA CULTURA NO ESTADO
Desde o fim dos anos 1980, a região do Cerrado, especialmente o estado de Goiás, com
condições edafoclimáticas ideais para
área colhida e quantidade produzida do tomate industrial.
úne condições estratégicas ideais como condições climáticas e
topográficas para o cultivo do tomate industrial. Essas condições aliadas ao investimento e a
tecnologia impulsionam a cultura da região.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2011 a
produção nacional de tomate industrial chegou a 4,417 milhões de toneladas, o maior volume já
a tomaticultura respondeu por uma produção de 3,664 milhões
com 1,145 milhão de toneladas da cultura, ficou em primeiro
lugar no ranking nacional. No ano 2013, com uma colheita de 1, 318 milhão de toneladas, o
estado de Goiás novamente manteve-se no topo da produção nacional (IBGE, 2015).
Conforme dados da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg, 2015), a safra
estimada em 2014 permanece considerável, com números superiores 1,1 milhão de toneladas
em uma área de 14.500 hectares. Esses números correspondem a 65% de toda a produção de
aís. O professor Paulo César Tavares de Melo, pesquisador da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), pondera que Goiás conseguiu chegar ao
topo desta cadeia porque produtores e indústrias aproveitaram todas as condições climáticas e
gráficas favoráveis a este tipo de cultura, além do alto investimento em insumos e
DISTRIBUIÇÃO DA CULTURA NO ESTADO
Desde o fim dos anos 1980, a região do Cerrado, especialmente o estado de Goiás, com
condições edafoclimáticas ideais para a produção agrícola, vem se destacando pelo aumento da
produzida do tomate industrial.
úne condições estratégicas ideais como condições climáticas e
topográficas para o cultivo do tomate industrial. Essas condições aliadas ao investimento e a
a e Estatística (IBGE), em 2011 a
produção nacional de tomate industrial chegou a 4,417 milhões de toneladas, o maior volume já
a tomaticultura respondeu por uma produção de 3,664 milhões
com 1,145 milhão de toneladas da cultura, ficou em primeiro
lugar no ranking nacional. No ano 2013, com uma colheita de 1, 318 milhão de toneladas, o
se no topo da produção nacional (IBGE, 2015).
o da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg, 2015), a safra
com números superiores 1,1 milhão de toneladas
em uma área de 14.500 hectares. Esses números correspondem a 65% de toda a produção de
aís. O professor Paulo César Tavares de Melo, pesquisador da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), pondera que Goiás conseguiu chegar ao
topo desta cadeia porque produtores e indústrias aproveitaram todas as condições climáticas e
gráficas favoráveis a este tipo de cultura, além do alto investimento em insumos e
Desde o fim dos anos 1980, a região do Cerrado, especialmente o estado de Goiás, com
a produção agrícola, vem se destacando pelo aumento da
Gráfico 3: Áreas colhidas em mesorregiões do Estado de Goiás
Fonte: IBGE.
Conforme Ribeiro (2015), há
com destaque para Cristalina, Itaberaí e Morrinhos. A regiões centro
tornaram-se, ao longo dos últimos anos, um polo de produção nacional
agroindústrias processado
4.1. Mesorregião Centro Goiano
Esta região abriga
a capital do estado faz com que a produção seja destinada ao abastecimento de indústrias
alimentícias como a Cargill Foods em Goiânia, e a Heinz/ Coniexpress em Nerópolis.
Itaberaí é a cidade com mai
Após um breve pico da área ente 2003 e 2005, o comportamento de série da área vem se
mostrando estabilizado. Turvânia
começou a ascender em
Natu e Da Gente, instalou uma unidade de produção em 2010. Outro município com produções
consideráveis é Goianésia, com 345 ha, onde se encontra a Goialli Alimentos, como unidade
processadora do tomate na localidade.
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
8.000
9.000
Noroeste Goiano
Leste Goiano
Áreas colhidas em mesorregiões do Estado de Goiás
Conforme Ribeiro (2015), há um cinturão de municípios produtivos do tomate no Goiás
com destaque para Cristalina, Itaberaí e Morrinhos. A regiões centro-
ao longo dos últimos anos, um polo de produção nacional
agroindústrias processadoras de tomate e concentrando 85% da produção nacional.
4.1. Mesorregião Centro Goiano
Esta região abriga municípios com tradição na atividade agrícola. Sua proximidade com
a capital do estado faz com que a produção seja destinada ao abastecimento de indústrias
alimentícias como a Cargill Foods em Goiânia, e a Heinz/ Coniexpress em Nerópolis.
Itaberaí é a cidade com maior área colhida (1,38 mil/ha) no centro goiano (IPEA, 2010).
Após um breve pico da área ente 2003 e 2005, o comportamento de série da área vem se
mostrando estabilizado. Turvânia é a segunda maior produtora desta região. Sua produção
começou a ascender em 2004. A empresa ABC, Indústria de Alimentos Ltda., com as marcas
instalou uma unidade de produção em 2010. Outro município com produções
Goianésia, com 345 ha, onde se encontra a Goialli Alimentos, como unidade
do tomate na localidade.
Noroeste Goiano Norte Goiano Centro Goiano
Leste Goiano Sul Goiano
105
Áreas colhidas em mesorregiões do Estado de Goiás
um cinturão de municípios produtivos do tomate no Goiás
-Sul e Leste do estado
ao longo dos últimos anos, um polo de produção nacional, abrigando 12
ras de tomate e concentrando 85% da produção nacional.
com tradição na atividade agrícola. Sua proximidade com
a capital do estado faz com que a produção seja destinada ao abastecimento de indústrias
alimentícias como a Cargill Foods em Goiânia, e a Heinz/ Coniexpress em Nerópolis.
or área colhida (1,38 mil/ha) no centro goiano (IPEA, 2010).
Após um breve pico da área ente 2003 e 2005, o comportamento de série da área vem se
a segunda maior produtora desta região. Sua produção
Indústria de Alimentos Ltda., com as marcas
instalou uma unidade de produção em 2010. Outro município com produções
Goianésia, com 345 ha, onde se encontra a Goialli Alimentos, como unidade
Centro Goiano
106
4.2. Mesorregião Leste Goiano
Esta área inclui as cidades do entorno de Brasília. Cristalina é o destaque de produção e
ao longo dos últimos anos tornou-
mil/ha em 2010 (IPEA, 2010). A dinâmica econômica da cidade está voltada para as atividades
agropecuárias. Sua localização geográfica estimula novos investimentos na produção e
processamento do tomate. A empresa Fugini Alimentos Ltda. instalou uma indústria de
processamento e absorve a produção da região. Luziânia é a segunda maior produtora da região
com 793 ha. Este município também abriga uma agroindústria, a Goiás Verde. Esta região pode
representar o segundo foco de expansão da área produtiva do tomate no estado,
experimentando um crescimento elevado de sua produção nos próximos anos, uma vez que a
produção do sul goiano especialmente nas cidades de Morrinhos e Vianópolis apresenta uma
tendência à estabilização.
4.3. Mesorregiões do Norte e Nordeste G
Estas regiões não incluem nenhum município com produção significativa do tomate
industrial. Apenas as cidades de Niquelândia e Uruaçu produzem em uma escala mínima. Os
fatores de localização e condições produtivas precárias impedem a região de se destacar em
atividades agrícolas com altas exigências de qualidade dos insumos e emprego elevado de
tecnologia, como é o caso do tomate industrial.
4.4. Mesorregião Sul Goiano
Esta região apresenta uma dinâmica própria
localização estratégica para atividades agrícolas com infraestrutura e facilidade de escoamento.
Conforme Lima e Moraes (2008), a região do Sul goiano abrange 82 municípios, concentrando
grande parte da atividade agrícola e do PIB do estado de Goiás. A região também foi alvo de
investimentos para a produção e instalação de agroindústrias a partir da década de 1990, por
meio de incentivos fiscais dados pelo estado. Quanto à produção de tomate industrial, em meio
à intensa competição por área na região, podem ser destacadas as cidades de Morrinhos,
Vianópolis, Rio Verde e Silvânia.
Morrinhos, em alguns períodos
do tomate industrial. Atualmente detém o segundo
1,69 mil hectares plantados (IPEA, 2010). Com um intenso emprego de tecnologias produtivas e
concentração da produção, Morrinhos abriga três grandes empresas de processamento do
tomate: a Ângelo Aurichio & Cia. Ltd
Alimentos Ltda. e a Dez Indústria e Comércio de Conservas Alimentícias Ltda. com as marcas
Dez e Predilecta.
Silvânia aparece com a segunda maior área colhida em 2010, com 875 hectares. Mas há
uma tendência de estabilização, sugerindo um pico seguido de decréscimo produtivo.
Vianópolis é a terceira cidade em nível de produção do sul Goiano. A produção vem mostrando
um crescimento desde 2002, chegando a atingir 800 hectares de área colhida em 2010. Há u
Esta área inclui as cidades do entorno de Brasília. Cristalina é o destaque de produção e
-se a maior produtora do tomate industrial com área de 2,73
PEA, 2010). A dinâmica econômica da cidade está voltada para as atividades
agropecuárias. Sua localização geográfica estimula novos investimentos na produção e
processamento do tomate. A empresa Fugini Alimentos Ltda. instalou uma indústria de
o e absorve a produção da região. Luziânia é a segunda maior produtora da região
também abriga uma agroindústria, a Goiás Verde. Esta região pode
representar o segundo foco de expansão da área produtiva do tomate no estado,
imentando um crescimento elevado de sua produção nos próximos anos, uma vez que a
produção do sul goiano especialmente nas cidades de Morrinhos e Vianópolis apresenta uma
sorregiões do Norte e Nordeste Goiano
s não incluem nenhum município com produção significativa do tomate
industrial. Apenas as cidades de Niquelândia e Uruaçu produzem em uma escala mínima. Os
fatores de localização e condições produtivas precárias impedem a região de se destacar em
exigências de qualidade dos insumos e emprego elevado de
tecnologia, como é o caso do tomate industrial.
Esta região apresenta uma dinâmica própria, que a difere das demais como sua
para atividades agrícolas com infraestrutura e facilidade de escoamento.
a região do Sul goiano abrange 82 municípios, concentrando
grande parte da atividade agrícola e do PIB do estado de Goiás. A região também foi alvo de
investimentos para a produção e instalação de agroindústrias a partir da década de 1990, por
meio de incentivos fiscais dados pelo estado. Quanto à produção de tomate industrial, em meio
intensa competição por área na região, podem ser destacadas as cidades de Morrinhos,
em alguns períodos, foi tida como a cidade de maior produção e área colhida
do tomate industrial. Atualmente detém o segundo lugar no ranking de produção
1,69 mil hectares plantados (IPEA, 2010). Com um intenso emprego de tecnologias produtivas e
concentração da produção, Morrinhos abriga três grandes empresas de processamento do
tomate: a Ângelo Aurichio & Cia. Ltda., com a marca Olé; a Cisal Indústria Sul Americana de
Alimentos Ltda. e a Dez Indústria e Comércio de Conservas Alimentícias Ltda. com as marcas
Silvânia aparece com a segunda maior área colhida em 2010, com 875 hectares. Mas há
dência de estabilização, sugerindo um pico seguido de decréscimo produtivo.
Vianópolis é a terceira cidade em nível de produção do sul Goiano. A produção vem mostrando
um crescimento desde 2002, chegando a atingir 800 hectares de área colhida em 2010. Há u
Esta área inclui as cidades do entorno de Brasília. Cristalina é o destaque de produção e
se a maior produtora do tomate industrial com área de 2,73
PEA, 2010). A dinâmica econômica da cidade está voltada para as atividades
agropecuárias. Sua localização geográfica estimula novos investimentos na produção e
processamento do tomate. A empresa Fugini Alimentos Ltda. instalou uma indústria de
o e absorve a produção da região. Luziânia é a segunda maior produtora da região
também abriga uma agroindústria, a Goiás Verde. Esta região pode
representar o segundo foco de expansão da área produtiva do tomate no estado,
imentando um crescimento elevado de sua produção nos próximos anos, uma vez que a
produção do sul goiano especialmente nas cidades de Morrinhos e Vianópolis apresenta uma
s não incluem nenhum município com produção significativa do tomate
industrial. Apenas as cidades de Niquelândia e Uruaçu produzem em uma escala mínima. Os
fatores de localização e condições produtivas precárias impedem a região de se destacar em
exigências de qualidade dos insumos e emprego elevado de
que a difere das demais como sua
para atividades agrícolas com infraestrutura e facilidade de escoamento.
a região do Sul goiano abrange 82 municípios, concentrando
grande parte da atividade agrícola e do PIB do estado de Goiás. A região também foi alvo de
investimentos para a produção e instalação de agroindústrias a partir da década de 1990, por
meio de incentivos fiscais dados pelo estado. Quanto à produção de tomate industrial, em meio
intensa competição por área na região, podem ser destacadas as cidades de Morrinhos,
foi tida como a cidade de maior produção e área colhida
lugar no ranking de produção, com mais de
1,69 mil hectares plantados (IPEA, 2010). Com um intenso emprego de tecnologias produtivas e
concentração da produção, Morrinhos abriga três grandes empresas de processamento do
a., com a marca Olé; a Cisal Indústria Sul Americana de
Alimentos Ltda. e a Dez Indústria e Comércio de Conservas Alimentícias Ltda. com as marcas
Silvânia aparece com a segunda maior área colhida em 2010, com 875 hectares. Mas há
dência de estabilização, sugerindo um pico seguido de decréscimo produtivo.
Vianópolis é a terceira cidade em nível de produção do sul Goiano. A produção vem mostrando
um crescimento desde 2002, chegando a atingir 800 hectares de área colhida em 2010. Há uma
orientação de sua série histórica para ultrapassar a produção de Silvânia. A empresa LF de
Castro, detentora das marcas Bonamassa e Bonadelli
Podem-se elencadas como cidades com produção intermediária de tomate: Rio Ve
(400 ha), Orizona (500 ha) e Piracanjuba (300 ha).
cadeia do tomate é mais evidente nesta área, mas a competição por áreas com outras culturas
tradicionais, especialmente a soja vem influenciando na manutençã
este polo da produção industrial do tomate vem dividindo sua importância econômica com a
região Leste do estado.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com um crescente consumo dos produtos derivados do tomate industrial, sua produção
apresenta uma tendência ascendente. Duas variáveis importantes são analisadas neste
contexto: a evolução da área e o aumento da produtividade. O estado de Goiás mostra
de atender as exigências desta produção e vem liderando a produção nacional. O investimento
em novas tecnologias e a verticalização da produção pode ser resultado da cooperação e
coordenação eficientes entre os diversos agentes dessa cadeia (produtores
institutos de pesquisa, entre outros). Por apresentar rentabilidade considerável, o cenário para
futuros investimentos nesta cadeia parece promissor. Mas a gestão desta produção exige um
alto grau de especialização e conhecimento sobre o
concentração em toda a cadeia, elevadas barreiras para novos entrantes, além dos riscos
climáticos e de doenças encarecem a produção.
A mesorregião do Leste Goiano vem mostrando resultados expressivos juntamente com
o Sul Goiano. Pôde ser observado que a área e a produtividade estão crescendo conjuntamente.
Para dinamizar a produção e ampliar a posição de destaque do estado
constantes investimentos em infraestrutura, especialmente em energia rural;
governamentais para uma maior abertura de agroindústrias que estimulem a produção e a
competitividade do setor; assistência técnica e pesquisas de institutos públicos para
melhoramento genético de variedades adaptadas
ambientais; entre outros.
REFERÊNCIAS
BOITEUX, L. S.; FONSECA, M. E. N.; GIORDANO, L. B.; MELO, P. C. T. Melhoramento Genético. IN:
CLEMENTE, F. M. V. T.; BOITEUX, L.
Brasília: Embrapa, 2012.
CAMARGO, F. P; ALVES, H. S; FILO, W. P. C; VILELA, N. J. Cadeia produtiva do tomate industrial no
Brasil: resenha da década de 1990, produção regional e perspectivas.
Econômicas, SP, v.36, n.11, nov. 2006.
CAMARGO FILHO, W. P.; DONADELLI, A
produção de tomate no Brasil. IN:
em: <ftp://ftp.sp.gov.br/ftpiea/ASP4
orientação de sua série histórica para ultrapassar a produção de Silvânia. A empresa LF de
detentora das marcas Bonamassa e Bonadelli, está localizada neste
se elencadas como cidades com produção intermediária de tomate: Rio Ve
(400 ha), Orizona (500 ha) e Piracanjuba (300 ha). De modo geral, observa
cadeia do tomate é mais evidente nesta área, mas a competição por áreas com outras culturas
tradicionais, especialmente a soja vem influenciando na manutenção dos níveis produtivos e
este polo da produção industrial do tomate vem dividindo sua importância econômica com a
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com um crescente consumo dos produtos derivados do tomate industrial, sua produção
apresenta uma tendência ascendente. Duas variáveis importantes são analisadas neste
contexto: a evolução da área e o aumento da produtividade. O estado de Goiás mostra
exigências desta produção e vem liderando a produção nacional. O investimento
em novas tecnologias e a verticalização da produção pode ser resultado da cooperação e
coordenação eficientes entre os diversos agentes dessa cadeia (produtores
institutos de pesquisa, entre outros). Por apresentar rentabilidade considerável, o cenário para
futuros investimentos nesta cadeia parece promissor. Mas a gestão desta produção exige um
alto grau de especialização e conhecimento sobre o mercado, uma vez que há uma elevada
concentração em toda a cadeia, elevadas barreiras para novos entrantes, além dos riscos
climáticos e de doenças encarecem a produção.
A mesorregião do Leste Goiano vem mostrando resultados expressivos juntamente com
l Goiano. Pôde ser observado que a área e a produtividade estão crescendo conjuntamente.
Para dinamizar a produção e ampliar a posição de destaque do estado
constantes investimentos em infraestrutura, especialmente em energia rural;
governamentais para uma maior abertura de agroindústrias que estimulem a produção e a
competitividade do setor; assistência técnica e pesquisas de institutos públicos para
melhoramento genético de variedades adaptadas à região; melhorias dos aspe
BOITEUX, L. S.; FONSECA, M. E. N.; GIORDANO, L. B.; MELO, P. C. T. Melhoramento Genético. IN:
CLEMENTE, F. M. V. T.; BOITEUX, L. Produção de Tomate para processamento industrial.
CAMARGO, F. P; ALVES, H. S; FILO, W. P. C; VILELA, N. J. Cadeia produtiva do tomate industrial no
Brasil: resenha da década de 1990, produção regional e perspectivas.
Econômicas, SP, v.36, n.11, nov. 2006.
CAMARGO FILHO, W. P.; DONADELLI, A.; SUEYOSHI, M. L. S.; CAMARGO A. M. M P. Evolução da
produção de tomate no Brasil. IN: Agricultura em São Paulo, SP, 41(1):41
em: <ftp://ftp.sp.gov.br/ftpiea/ASP4-0194.pdf >. Acesso em: 20 de Junho / 2015.
107
orientação de sua série histórica para ultrapassar a produção de Silvânia. A empresa LF de
está localizada neste município.
se elencadas como cidades com produção intermediária de tomate: Rio Verde
observa-se que a dinâmica da
cadeia do tomate é mais evidente nesta área, mas a competição por áreas com outras culturas
o dos níveis produtivos e
este polo da produção industrial do tomate vem dividindo sua importância econômica com a
Com um crescente consumo dos produtos derivados do tomate industrial, sua produção
apresenta uma tendência ascendente. Duas variáveis importantes são analisadas neste
contexto: a evolução da área e o aumento da produtividade. O estado de Goiás mostra-se capaz
exigências desta produção e vem liderando a produção nacional. O investimento
em novas tecnologias e a verticalização da produção pode ser resultado da cooperação e
coordenação eficientes entre os diversos agentes dessa cadeia (produtores, agroindústrias,
institutos de pesquisa, entre outros). Por apresentar rentabilidade considerável, o cenário para
futuros investimentos nesta cadeia parece promissor. Mas a gestão desta produção exige um
mercado, uma vez que há uma elevada
concentração em toda a cadeia, elevadas barreiras para novos entrantes, além dos riscos
A mesorregião do Leste Goiano vem mostrando resultados expressivos juntamente com
l Goiano. Pôde ser observado que a área e a produtividade estão crescendo conjuntamente.
Para dinamizar a produção e ampliar a posição de destaque do estado, fazem-se necessários:
constantes investimentos em infraestrutura, especialmente em energia rural; estímulos
governamentais para uma maior abertura de agroindústrias que estimulem a produção e a
competitividade do setor; assistência técnica e pesquisas de institutos públicos para
região; melhorias dos aspectos sócio-
BOITEUX, L. S.; FONSECA, M. E. N.; GIORDANO, L. B.; MELO, P. C. T. Melhoramento Genético. IN:
Produção de Tomate para processamento industrial.
CAMARGO, F. P; ALVES, H. S; FILO, W. P. C; VILELA, N. J. Cadeia produtiva do tomate industrial no
Brasil: resenha da década de 1990, produção regional e perspectivas. IN: Informações
.; SUEYOSHI, M. L. S.; CAMARGO A. M. M P. Evolução da
SP, 41(1):41-69, 1994. Disponível
0194.pdf >. Acesso em: 20 de Junho / 2015.
108
CARVALHO, C. R. R. A nova economia institucional e a relação contratual na cadeia
agroindustrial do tomate no Estado de Goiás: aspectos econômicos e ambientais.
Dissertação defendida no Curso de Doutorado em Ciências Ambientais da Universidade Federal
de Goiás, 2008.
CARVALHO, J. F.; PAGLIUCA, L. G. Tomate, um mercado que não para de crescer globalmente.
Hortifruti Brasil, jun. 2007.
CLEMENTE, Flávia M. V. T.; BOITEUX, Leonardo S. (Editores Técnicos).
processamento industrial.
COSTA, I. T. L. G. Tomate industrial: perspectiva de mercado.
mar. 1998.
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (Dieese). Área
colhida em mesorregiões do Estado de Goi
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DE
de 2014.
FILGUEIRA, F.A.R., CARNEIRO, J. B. Realidades e perspectivas da tomaticultura na região
geoeconômica de Anápolis: resultados preliminares. IN:
1972.
FILGUEIRA, F.A.R.; CARNEIRO, J.B. Realidades e perspectivas da tomaticultura na região
geoeconômica de Anápolis: resultados preliminares.
Brasília, 16 a 22 de julho de 1972
GAMEIRO, A. H; CAIXETA FILHO, J. V; ROCCO, C. D; RANGEL, R. Estimat
suprimento de tomates para processamento industrial no Estado de Goiás.
Econômicas, SP, v.37, n.7, jul. 2007.
GAMEIRO, A. H.; CAIXETA FILHO, J. V. C; ROCCO, C. D.; RANGEL, R
perdas no suprimento de
Prod. vol.15 no.1 São Carlos Jan./Apr.
HORTIFRUTI BRASIL. Piracicaba: CEPEA/ESALQ/USP, n. 47, 2006. Mensal. Disponível em: <
http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/47/full.pdf>. Acesso em: 05 ja
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Área colhida em hectare. Série
histórica: 1950 – 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Volume de produção em tonelada.
Série histórica: 1950 – 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Área colhida em hectare por
messorregiões. Série histórica: 1950
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Volume de produção em tonelada.
Série histórica: 1950 – 2010.
onomia institucional e a relação contratual na cadeia
agroindustrial do tomate no Estado de Goiás: aspectos econômicos e ambientais.
Dissertação defendida no Curso de Doutorado em Ciências Ambientais da Universidade Federal
CARVALHO, J. F.; PAGLIUCA, L. G. Tomate, um mercado que não para de crescer globalmente.
CLEMENTE, Flávia M. V. T.; BOITEUX, Leonardo S. (Editores Técnicos). Produção de tomate para
. Tomate industrial: perspectiva de mercado. Revista Bahia Agrícola
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (Dieese). Área
colhida em mesorregiões do Estado de Goiás.
FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA E PECUÁRIA DE GOIÁS (Faeg). Dados da safra de tomate do ano
FILGUEIRA, F.A.R., CARNEIRO, J. B. Realidades e perspectivas da tomaticultura na região
geoeconômica de Anápolis: resultados preliminares. IN: Anais 12ª Reunião Anual da SOB
ARNEIRO, J.B. Realidades e perspectivas da tomaticultura na região
geoeconômica de Anápolis: resultados preliminares. Anais da 12ª Reunião Annual da SOB
GAMEIRO, A. H; CAIXETA FILHO, J. V; ROCCO, C. D; RANGEL, R. Estimativas de perdas no
suprimento de tomates para processamento industrial no Estado de Goiás. IN:
Econômicas, SP, v.37, n.7, jul. 2007.
GAMEIRO, A. H.; CAIXETA FILHO, J. V. C; ROCCO, C. D.; RANGEL, R. Modelagem e gestão das
no suprimento de tomates para processamento industrial. IN:
Jan./Apr. 2008
HORTIFRUTI BRASIL. Piracicaba: CEPEA/ESALQ/USP, n. 47, 2006. Mensal. Disponível em: <
http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/47/full.pdf>. Acesso em: 05 jan/2014.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Área colhida em hectare. Série
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Volume de produção em tonelada.
O DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Área colhida em hectare por
messorregiões. Série histórica: 1950 – 2010.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Volume de produção em tonelada.
onomia institucional e a relação contratual na cadeia
agroindustrial do tomate no Estado de Goiás: aspectos econômicos e ambientais.
Dissertação defendida no Curso de Doutorado em Ciências Ambientais da Universidade Federal
CARVALHO, J. F.; PAGLIUCA, L. G. Tomate, um mercado que não para de crescer globalmente.
Produção de tomate para
Revista Bahia Agrícola, v.2, n.2,
DEPARTAMENTO INTERSINDICAL DE ESTATÍSTICA E ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS (Dieese). Área
GOIÁS (Faeg). Dados da safra de tomate do ano
FILGUEIRA, F.A.R., CARNEIRO, J. B. Realidades e perspectivas da tomaticultura na região
Anais 12ª Reunião Anual da SOB,
ARNEIRO, J.B. Realidades e perspectivas da tomaticultura na região
Anais da 12ª Reunião Annual da SOB,
ivas de perdas no
IN: Informações
. Modelagem e gestão das
tomates para processamento industrial. IN: Gest.
HORTIFRUTI BRASIL. Piracicaba: CEPEA/ESALQ/USP, n. 47, 2006. Mensal. Disponível em: <
n/2014.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Área colhida em hectare. Série
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Volume de produção em tonelada.
O DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Área colhida em hectare por
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Volume de produção em tonelada.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEO
produção Agrícola. V. 29, n. 6, jun 2015. Disponível em:
ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Levantamento_Sistematico_da_Producao_Agricola_[m
ensal]/Fasciculo/lspa_201506.pdf. Acesso em 26/Ago/201
LIMA, D. A. L. L.; MORAES, C. L. Mesorregião Sul Goiano e seus impactos ambientais, IN
Encontro Nacional do Annpas
<http://www.anppas.org.br/encontro4/cd/ARQUIVOS/GT1
LIMA, T. C. S.; MIOTO, R. C. T.
científico: a pesquisa bibliográfica.
MELO, P. C. T. Tomaticultura industrial no Tomaticultura industrial no cerrado cerrado: 25
anos de história e uma visão futura,
MELO, Paulo César; VILELA, Nirlene Junqueira. Desafios e perspectivas para a cadeia brasileira do
tomate para processamento industrial.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTIRA (FAO). Área
plantada e volume de produção da China e Brasil, nos anos de 2002 e 2008.
_____. Piracicaba: CEPEA/ESALQ/USP, n. 141, Dez/2014
http://www.cepea.esalq.u
Disponível em: < http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=t&c=1612>. Acesso em:
23 dez/2014.
RIBEIRO, K. In natura ou processado? Líder em tomate industrial e significativo em tomat
mês, Goiás encara altos custos de produção. IN:
(FAEG). Revista Campo. Ano XVI, n. 239, mai/2015.
SILVA, J. B. C.; GIORDANO, L. B. Produção mundial e nacional. IN: SILVA, J. B. C.; GIORDANO, L. B
(org). Tomate para processamento industrial. Brasília: Embrapa Comunicação para
transferência de Tecnologia.
VIEIRA, R. C. M. T; FILHO, A. R. T; OLIVEIRA, A. J; LOPES, M. R.
Análise de competitividade.
VILELA, N. J.; MELO, P. C. T.; BOITEUX, L. S.; CLEMENTE, F. M. V. T
cadeia agroindustrial no Brasil.
processamento industrial. B
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Levantamento Sistemático da
produção Agrícola. V. 29, n. 6, jun 2015. Disponível em:
ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Levantamento_Sistematico_da_Producao_Agricola_[m
ensal]/Fasciculo/lspa_201506.pdf. Acesso em 26/Ago/2015.
LIMA, D. A. L. L.; MORAES, C. L. Mesorregião Sul Goiano e seus impactos ambientais, IN
Encontro Nacional do Annpas, Brasília, 2008. Disponível em:
http://www.anppas.org.br/encontro4/cd/ARQUIVOS/GT1-498-534-20080508093032.pdf>
R. C. T. Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento
científico: a pesquisa bibliográfica. IN: Rev, Latão. Florianópolis, v. 10, 2007.
Tomaticultura industrial no Tomaticultura industrial no cerrado cerrado: 25
história e uma visão futura, DSc USP/ESALQ - Depto de Produção Vegetal.
MELO, Paulo César; VILELA, Nirlene Junqueira. Desafios e perspectivas para a cadeia brasileira do
tomate para processamento industrial. IN: Hortic. bras., v. 23, n. 1, jan.-
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTIRA (FAO). Área
plantada e volume de produção da China e Brasil, nos anos de 2002 e 2008.
_____. Piracicaba: CEPEA/ESALQ/USP, n. 141, Dez/2014- Jan/2015. Disponível em: <
http://www.cepea.esalq.usp.br/hfbrasil/edicoes/141/full.pdf>. Acesso em: 07 jan/2014.
Disponível em: < http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=t&c=1612>. Acesso em:
RIBEIRO, K. In natura ou processado? Líder em tomate industrial e significativo em tomat
mês, Goiás encara altos custos de produção. IN: Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás
(FAEG). Revista Campo. Ano XVI, n. 239, mai/2015.
SILVA, J. B. C.; GIORDANO, L. B. Produção mundial e nacional. IN: SILVA, J. B. C.; GIORDANO, L. B
ate para processamento industrial. Brasília: Embrapa Comunicação para
transferência de Tecnologia./ Embrapa hortaliças, 2000.
VIEIRA, R. C. M. T; FILHO, A. R. T; OLIVEIRA, A. J; LOPES, M. R. Cadeias Produtivas no Brasil
Análise de competitividade. Capítulos 15 e 16. Páginas 375 – 418.
VILELA, N. J.; MELO, P. C. T.; BOITEUX, L. S.; CLEMENTE, F. M. V. T. Perfil Socioeconômico da
cadeia agroindustrial no Brasil. IN: CLEMENTE, F. M. V. T.; BOITEUX, L. Produção de Tomate para
processamento industrial. Brasília: Embrapa, 2012.
109
IBGE. Levantamento Sistemático da
produção Agrícola. V. 29, n. 6, jun 2015. Disponível em:
ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Levantamento_Sistematico_da_Producao_Agricola_[m
LIMA, D. A. L. L.; MORAES, C. L. Mesorregião Sul Goiano e seus impactos ambientais, IN: IV
, Brasília, 2008. Disponível em:
20080508093032.pdf>
Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento
IN: Rev, Latão. Florianópolis, v. 10, 2007.
Tomaticultura industrial no Tomaticultura industrial no cerrado cerrado: 25
Depto de Produção Vegetal.
MELO, Paulo César; VILELA, Nirlene Junqueira. Desafios e perspectivas para a cadeia brasileira do
mar. 2005.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO E A AGRICULTIRA (FAO). Área
plantada e volume de produção da China e Brasil, nos anos de 2002 e 2008.
Jan/2015. Disponível em: <
sp.br/hfbrasil/edicoes/141/full.pdf>. Acesso em: 07 jan/2014.
Disponível em: < http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=t&c=1612>. Acesso em:
RIBEIRO, K. In natura ou processado? Líder em tomate industrial e significativo em tomate de
Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás
SILVA, J. B. C.; GIORDANO, L. B. Produção mundial e nacional. IN: SILVA, J. B. C.; GIORDANO, L. B
ate para processamento industrial. Brasília: Embrapa Comunicação para
Cadeias Produtivas no Brasil -
. Perfil Socioeconômico da
Produção de Tomate para
110