Culto a Mitra

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Prancha Maçônica

Mitraísmo

Autor: João Barbosa Jr

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Culto a Mitras

Mitras Índice Introdução .....................................................................................................3

Religião .......................................................................................................3 Religião de mistério .....................................................................................3 Crença .........................................................................................................3 Sobrenatural................................................................................................3 Mitraísmo ....................................................................................................4

Um pouco de História .....................................................................................4 Período Helenístico......................................................................................4 Pérsia ..........................................................................................................4

Dinastia Aquemênida ................................................................................5 Império Selêucida .....................................................................................5 Império Arsácida ......................................................................................5 Império Sassânida ....................................................................................5

Culto a Mitras .................................................................................................6 Astronomia ..................................................................................................6 A Religião ....................................................................................................7 Os rituais e seus mistérios ...........................................................................8

Concluindo .....................................................................................................9 Bibliografia.....................................................................................................9

Na Internet..................................................................................................9

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Culto a Mitra Introdução Desde o início do mundo o homem procura explicação para o que ele não consegue com seu conhecimento explicar. Atribui então a seres sobrenaturais o inexplicável, quase sempre, criando uma Divindade. Religião A Religião (do latim: "re-ligare", que significa "ligar com", “ligar novamente") pode ser definida como um conjunto de crenças relacionadas com aquilo que a humanidade considera como sobrenatural, divino, sagrado e transcendental, bem como o conjunto de rituais e códigos morais que derivam dessas crenças, ou se preferir, religião significa se religar, se re-conectar ao Criador. Religião de mistério Religião de mistério ou Mistérios é uma forma de religião com arcanos, ou um corpo de conhecimento secreto. Nela, há um conjunto central de crenças e práticas de natureza religiosa que são reveladas apenas aos iniciados em seus segredos. As religiões de mistérios eram comuns na Antigüidade, sendo exemplos delas os mistérios de Elêusis, o orfismo, o pitagorismo, o culto à Ísis, os cultos a Mitra e os gnósticos. Nos tempos modernos, algumas das religiões de mistérios praticadas são o Cristianismo Esotérico, o Rosacrucianismo e a religião dos druzos. Crença Em filosofia, mais especificamente em epistemologia (Teoria do Conhecimento), crença é um estado mental que pode ser verdadeiro ou falso. Ela representa o elemento subjetivo do conhecimento. Platão, iniciador da tradição epistemológica, opôs a crença (ou opinião - "doxa", em grego) ao conceito de conhecimento. Uma pessoa pode acreditar em algo e, ainda assim, ter dúvidas. Acreditar em alguma coisa é dar a isso mais de 50% de chance de ser verdadeiro. Acreditar é ação. A crença é a certeza que se tem de alguma coisa, é uma tomada de posição em que se acredita nela até o fim, sinônimo: convicção, fé, conjunto de idéias sobre alguma coisa, etc. Atitude que admite uma coisa verdadeira. Sobrenatural É considerado sobrenatural aquilo que a ciência ainda não confirma ou tudo aquilo que se refere a coisas não testadas.

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Mitraísmo O mitraísmo foi uma religião de mistérios nascida na época helenística (provavelmente no século II a.C.) no Mediterrâneo Oriental, tendo se difundido nos séculos seguintes pelo Império Romano. Alcançou a sua máxima expansão geográfica nos séculos III e IV d.C, tendo se tornado um forte concorrente do cristianismo. O mitraísmo recebeu particular aderência dos soldados romanos. A prática do mitraísmo, assim como de outras religiões pagãs, foi declarada ilegal pelo imperador romano Teodósio I em 391. Um pouco de História Faz-se necessário posicioná-los no tempo e no espaço, para que possamos juntos entender as necessidades e ambições daqueles povos naquela época, estudando vamos perceber que mantemos algo em comum: a necessidade do poder e da conquista. Eu particularmente acredito que seremos mais felizes o dia em que entendermos que o Ser vale mais do que o Ter, mas isso é utopia de minha parte, e sinceramente, rezo para isso, mas não sei até que ponto eu mesmo praticaria. Precisaremos falar sobre a história da Pérsia e Mesopotâmia, definindo seus territórios e conquistas, para entender melhor o mitraísmo. Período Helenístico Designa-se por período helenístico (do grego, hellenizein – "falar grego", "viver como os gregos") o período da história da Grécia compreendido entre a morte de Alexandre III (O Grande) da Macedônia em 323 a.C. e a anexação da península grega e ilhas por Roma em 147 a.C.. Caracterizou-se pela difusão da civilização grega numa vasta área que se estendia do mar Mediterrâneo oriental à Ásia Central. De modo geral, o helenismo foi à concretização de um ideal de Alexandre: o de levar e difundir a cultura grega aos territórios que conquistava. Foi naquele período que as ciências particulares têm seu primeiro e grande desenvolvimento. Foi o tempo de Euclides e Arquimedes. O helenismo marcou um período de transição para o domínio e apogeu de Roma. Durante o Helenismo foram fundadas várias cidades de cultura grega, entre elas Alexandria e Antioquia, capitais do Egito ptolemaico e do Império Selêucida, respectivamente. Pérsia A civilização persa conheceu grande esplendor com a dinastia aquemênida, que manteve longa disputa com as cidades gregas pela hegemonia na Anatólia e no Mediterrâneo oriental. O território central da civilização persa foi o planalto do Irã, entre o mar Cáspio e o golfo Pérsico. um dos grandes focos de civilização do rio Indo e da Mesopotâmia. Segundo Heródoto e outros Historiadores gregos da antiguidade, o nome Pérsia deriva de Perseu, antepassado mitológico dos soberanos daquela região. Desde tempos ancestrais, sucessivos grupos étnicos estabeleceram-se na região. Ao longo do terceiro e do segundo milênios anteriores à era cristã foram formados os reinos dos guti, dos cassitas e dos elamitas, entre outros.

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Dinastia Aquemênida

O rei persa Ciro “o Grande”, da dinastia aquemênida, rebelou-se contra a hegemonia do império medo e em 550 a.C. derrotou Astíages, apoderou-se de todo o país e em seguida empreendeu a expansão de seus domínios. A parte ocidental da Anatólia era ocupada pelo reino da Lídia, ao qual estavam submetidas as colônias gregas da costa da Anatólia. Uma hábil campanha do soberano persa, que enganou o rei lídio Croesus com uma falsa operação de retirada, teve como resultado sua captura, em 546 a.C. A ocupação da Lídia se completou mais tarde com a tomada das cidades gregas, as quais, à exceção de Mileto, resistiram durante vários anos.

Império Selêucida

Depois da morte de Alexandre, ocorrida na Babilônia em 323 a.C., o enorme império por ele conquistado foi dividido entre seus generais. Seleucos I subiu ao poder na Síria, na Pérsia, na Mesopotâmia e no noroeste do subcontinente indiano, mas a Dinastia Selêucida, por ele fundada, não conseguiu manter um controle eficaz sobre tão vasta área, que ficou reduzida com a separação da região do Indo. Em 247 a.C., a província de Pártia tornou-se independente, e o soberano Ársaces fundou uma dinastia que com o tempo haveria de reinar sobre a Pérsia. O mais destacado dos imperadores selêucidas foi Antíoco III “o Grande”, que reinou de 223 a 187 a.C. e estendeu os limites do império a leste e a oeste. Em sua expansão para a Anatólia, ele entrou em conflito com Roma. Depois da derrota sofrida em Magnésia frente aos romanos, em 190 a.C., o império selêucida, pressionado em sua parte ocidental por Roma e na oriental pelo reino dos partas, foi progressivamente se decompondo.

Império Arsácida

Ársaces I fundou o estado parto, procurou, desde seu início, restabelecer a tradição aquemênida. Mitrídates I, que governou entre 171 e 138 a.C., engrandeceu o reino parta à custa dos selêucidas, aos quais arrebatou os territórios do Irã e da Babilônia. A partir de 140, os soberanos arsácidas adotaram o título de rei dos reis, que tinha sido empregado pelos imperadores aquemênidas. O domínio parta estendeu-se das margens do Eufrates às do Indo. Roma, que pretendia reconstruir o mítico império de Alexandre “o Grande” tentou várias vezes subjugar o império arsácida. Finalmente, o imperador romano Augustus concluiu, no ano 20 a.C., um tratado de paz com o arsácida Fraates IV, que fixava o rio Eufrates como fronteira entre os dois impérios. A paz durou pouco mais de um século, durante o qual o comércio de caravanas, que unia China e Índia à Roma, através da Pérsia, registrou extraordinário desenvolvimento.

Império Sassânida

Ardashir I, que se dizia descendente dos grandes imperadores aquemênidas, esteve à frente de um pequeno reino iraniano entre os anos 224 e 241 da era cristã e ampliou seus domínios até apoderar-se do império parta. Foi com Ardashir que teve início a dinastia sassânida, que dominou um novo império persa até o ano 636, quando os árabes o derrubaram em campanha tão violenta quanto a empreendida pelas tropas de Alexandre contra o império aquemênida. Interessados em restaurar o esplendor aquemênida, os sassânidas tinham adotado o zoroastrismo como religião de estado, mas ao contrário do que ocorrera durante o primeiro império persa, a intolerância religiosa foi muito grande. Shapur I, que reinou entre 241 e 272, estendeu seu império

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do Cáucaso até o Indo. Khosrau II, rei entre 591 e 628, chegou a apoderar-se, por algum tempo, da Síria, da Palestina e do Egito. Um novo império e uma nova religião surgiram na Arábia na terceira década do século VII: o Islã. Senhores da Síria, os exércitos islâmicos invadiram a Mesopotâmia, derrotaram os persas no ano 637 e se apoderaram da capital imperial, Ctesifonte. O último soberano sassânida, Yezdegerd III, foi derrotado definitivamente no ano 641 e morreu assassinado no exílio dez anos mais tarde, ao tempo em que os invasores se apoderavam do planalto iraniano.

Culto a Mitras Astronomia

Antes de falar em Mitras, nós precisaremos entender um pouco de astronomia. Em astronomia, solstício é o momento em que o Sol, durante seu movimento aparente na esfera celeste, atinge a maior declinação em latitude, medida a partir da linha do equador. Os solstícios ocorrem duas vezes por ano: em 21 de dezembro e em 21 de junho. Quando ocorre no verão significa que a duração do dia é a mais longa do ano. Analogamente, quando ocorre no inverno, significa que a duração da noite é a mais longa do ano.

No hemisfério norte o solstício de verão ocorre no dia 21 de junho, e o solstício de inverno ocorre no dia 21 de dezembro. Estas datas marcam o início das respectivas estações do ano neste hemisfério. Já no hemisfério sul, o fenômeno é simétrico: o solstício de verão ocorre no dia 21 de dezembro, e o solstício de inverno ocorre no dia 21 de junho. Estas datas marcam igualmente o início das respectivas estações do ano neste hemisfério.

Devido à órbita elíptica da Terra, as datas nas quais ocorrem os solstícios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quanto está mais longe (afélio).

Os trópicos de Câncer e Capricórnio são definidos em função dos solstícios. No solstício de verão no hemisfério sul, os raios solares incidem perpendicularmente à Terra na linha do Trópico de Capricórnio. No solstício de inverno, ocorre a mesma coisa no Trópico de Câncer. De suas remotas origens, na Índia, o culto a Mitra difundiu-se gradualmente e passou por diversas transformações, até alcançar lugar proeminente na Pérsia e representar, no mundo romano, o principal oponente do cristianismo nas primeiras etapas de sua expansão. Na religião védica indiana, Mitra, cuja primeira menção data aproximadamente de 1400 a.C., era o deus que assegurava o equilíbrio e a ordem no cosmo. Como curiosidade, encontrei esta descrição citada pelo Pr. Nelson Dedini, ele diz: “Mitras foi nascido de uma virgem no solstício de inverno freqüentemente 21 de dezembro no calendário Juliano (o imperador Aureliano declarou o dia 25 de dezembro como o nascimento oficial de Mitras em 270 d.C.) este nascimento, fora assistido por pastores que trouxeram presentes; cultuado nos Domingos; mostrado com uma nuvem ou halo em volta da cabeça; diz-se ter feito uma última ceia com seus seguidores antes de retornar ao seu pai.; acreditava-se não ter morrido, mas

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ascendido aos céus, de modo que se acreditava que poderia retornar no fim dos tempos para levantar os mortos em uma ressurreição física para o Julgamento Final, mandando os bons para o Céu e os maus para o Inferno, depois do mundo ter sido destruído pelo fogo; acreditava-se garantir vida imortal depois do batismo.” Nas demais publicações sobre o assunto, encontraram resumidamente esta descrição: Por volta do século V a.C., passou a integrar o panteão do zoroastrismo persa - primeiro, como senhor dos elementos; mais tarde, sob a forma definitiva de deus solar. Após a vitória de Alexandre “o Grande” sobre os persas, o culto a Mitra se estendeu por todo o Mundo Helenístico. Nos séculos III e IV da era cristã, as legiões romanas, identificadas com o caráter viril e luminoso do deus, transformaram o culto a Mitra na religião conhecida como mitraísmo. Os imperadores romanos Commodus e Julianus “o Apóstata” foram iniciados, e Diocletianus consagrou, junto ao Danúbio, um templo a Mitra, "protetor do império". A religião mitraíca tinha raízes no dualismo zoroástrico (oposição entre bem e mal, entre matéria e espírito) e nos cultos helenísticos, como os mistérios de Dionísio e de Elêusis. Mitra era um deus do bem, criador da luz, em luta permanente contra a divindade obscura do mal. Seu culto estava associado à crença na existência futura absolutamente espiritual e libertada da matéria - compatível com as idéias religiosas e filosóficas da época, como o gnosticismo e o neoplatonismo, e capaz de oferecer uma esperança de salvação, tal como o cristianismo. Os mistérios de Mitra, acessíveis aos iniciados, celebravam-se em grutas sagradas. O evento central era o sacrifício de um touro, símbolo do sacrifício original do touro da fecundidade, de cujo sangue brotava a vida e que proporcionava a imortalidade. Com a adoção do cristianismo como religião oficial do Império Romano (século IV), o mitraísmo entrou rapidamente em declínio. O dualismo do perpétuo conflito entre o bem e o mal, ou entre a luz e as trevas, sobreviveu na doutrina maniqueísta. A Religião Posicionados no contexto histórico, vamos deixar de lado as conquistas e feitos, e nos ater a religião legada, sim legada, pois nossas religiões judaico-cristãs trazem muito das praticas definidas no mitraísmo, até mesmo a maçonaria tem processos e procedimentos provavelmente herdados do mitraísmo, eu disse provavelmente. A religião que fora embasado no legado do profeta Zoroastro ou Zaratustra, de origem Meda que teria vivido entre 700 e 600 a.C., seu ensinamento exalta o dualismo entre o bem e mal; a luz e as trevas e impele o homem a se afastar das forças malignas e assim alcançara Luz (a mesma Luz que procuramos alcançar aqui em nosso templo), seus ensinamentos foram condensados em 20 manuscritos, segundo alguns historiadores, estes manuscritos teriam sido queimados, segunda a lenda por ordem de Alexandre “o Grande”, restando apenas cinco manuscritos, outro problema é que fora escrito em uma língua morta antes do nascimento de Cristo, este detalhe trás em sua tradução uma série de comentários chamados de Zend, que provavelmente deu origem à expressão “Zend Avesta” que designa um conjunto de ensinamentos. Outro ensinamento deixado por Zoroastro ou Zaratustra é a não imposição religiosa aos povos conquistados, assim a absorção da cultura religiosa acontece naturalmente e de maneira eficiente.

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Ahura Mazda é a entidade relacionada a Luz solar, ao dia e ao fogo e representando o Bem. Ahriman é a entidade relacionada à Noite e às trevas, representando o mal. (vemos esta mesma representação simbólica no piso mosaico de nossa loja) A religião descreve a constante guerra entre o bem e o mal, que deverá ser lutada até o final dos tempos, uma religião com plano espiritual elevado, e atual, mesmo para os dias de hoje. O detalhe que torna uma religião importante é que ser trata de uma religião revelada, em outras palavras Deus teria ensinado e revelado estas teorias a Zoroastro, tornado seus seguidores os únicos possuidores da verdade revelada. A religião revelava a ressurreição dos mortos, prêmios e castigos após a morte, a idéia de paraíso ou mármore do inferno e purgatório. À medida que o tempo e o culto iam se intensificando, iam sendo agregados práticas mágicas e rituais que transformaram esta crença primitiva originando o culto a Mitras. Mitras, era a princípio, um lugar especial que com o tempo foi associado ao Sol, esta associação ganhou uma importância de tal modo que aos poucos foi se tornando a principal entidade da fé persa, originando vários mistérios e formas de cultuar. Este culto ganhou tal proporção e nos primórdios do cristianismo chegou a competir de igual para igual, entendam isso como uma comparação ou liberdade poética, não como uma competição entre religiões, foi apenas uma forma de explicação da importância do culto a Mitras. Uma religião dualista, que por volta de 250 a.C deu origem a uma outra prática chamada de Maniqueísmo, uma seita que pregava princípio extremamente severos, que também acabou por deixar marcas na fé católica, até hoje praticada por algumas Ordens Religiosas, onde um pequeno número de seguidores é submetido aos rigores normativos de cada uma delas, enquanto que a maioria do povo católico segue normas de conduta bem menos severas. Os rituais e seus mistérios A entidade Mitras teria feito uma espécie de acordo com o Sol, e dele teria absorvido o calor e o fogo, que transferiria a humanidade, desta forma desenvolveu-se uma série de rituais e simbolismos, que acabou por deixar suas marcas em outros mistérios, o mais interessante é que entre estes mistérios e práticas, incluía uma cerimônia de iniciação que se apresentava em sete estágios e Graus, e acreditava-se que nos últimos firmava uma amizade mística com o Deus. Longas eram as provas de abnegação e mortificação da carne, constituía os complementos necessários à iniciação. A admissão à completa participação ao culto, habilitava a pessoa a tomar parte nos sacramentos, sendo os mais importantes, o batismo e uma refeição sagrada, em comunidade, constando de pão, água e vinho. Outras práticas incluíam a purificação lustral (ablução cerimonial com água sagrada), a queima de incenso, os cânticos sagrados, e a guarda dos dias santos. Dentre estes últimos, eram típicos os domingos e o dia 25 de dezembro.”Edward MacNall Burns”. Estudando estas palavras, nota-se que alguns conceitos são fundamentos da maioria das religiões e várias seitas e cultos, entre elas, citamos: A pretensão de colocar os seus adeptos em contato com a divindade.

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As formas utilizadas para isto variam e dão origem a toda complexidade ritual que podemos sentir. Fica evidente, também, a existência de uma purificação pela água, sob a forma de um batismo. O Fogo é considerado um elemento sagrado, desde os mais remotos tempos da Humanidade. Mitra era uma entidade solar, e a purificação pelas chamas fazia parte do cerimonial de iniciação a estes mistérios (lembrando nossa iniciação). A existência de uma refeição cerimonial e comunitária também é relatada em vários escritos (lembrando nosso copo d`agua). Seu primeiro Grau era denominado Corvo, pois esta ave não consegue criar sons próprios e sim imitar os sons produzidos por outros animais, portanto: não sabe falar (faço aqui uma outra analogia com o Aprendiz Maçom que não sabe ler nem escrever), simbolizando, exatamente, o recém-iniciado que ainda tinha muito que aprender da filosofia religiosa. Desenvolvia-se por uma contínua série de Iniciações aos diversos Graus, os quais procuravam transmitir uma coragem e uma força de vontade inquebrantável. Seus ensinamentos procuravam conduzir a uma grande pureza de espírito e ao amor fraternal, sendo vedada à participação do elemento feminino em seus mistérios. Seu último Grau era o Pater ou Peter (O Pai), o único detentor de todos os conhecimentos e o único que podia conferir os diversos Graus na Escalada Iniciática (A exemplo do que praticamos hoje)”. Concluindo O culto a Mitras, deixou muita herança em diversas religiões e baseado nos estudos apresentados aqui, que por sua vez foram baseados em literatura existente, e ainda o pouco que aprendi na Maçonaria, posso sugerir que muitas das práticas e conceitos aqui descritos tem semelhança aos que utilizamos até hoje em nossa ordem. Bibliografia História da Civilização Ocidental Vol.1 - (Edward MacNall Burns) Os Mistérios de Mitra – (FRANZ CUMONT) O Estado Persa – (David Asheri) Na Internet www.imagick.org.br http://pt.wikipedia.org

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