Cultura

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CULTURA Por Profa Roseli Sahade

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CULTURAPor Profa Roseli Sahade

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Aos olhos da Sociologia, cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana. São ideias, artefatos, costumes, leis, crenças morais, conhecimento, adquirido a partir do convívio social.

Só o homem possui cultura. Seja a sociedade simples ou complexa, todas

possuem sua forma de expressar, pensar, agir e sentir, portanto, todas têm sua própria cultura, o seu modo de vida.

Não existe cultura superior ou inferior, melhor ou pior, mas sim culturas diferentes.

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As funções da cultura são:+Satisfazer as necessidades humanas;+Limitar normativamente essas necessidades; Implica em alguma forma de violação da condição

natural do homem. Por exemplo: paletó e gravata são incompatíveis com clima quente; privar-se de boa alimentação em prol da ostentação de um símbolo de prestígio, como um automóvel; pressão social para que tanto homens quanto mulheres atinjam o ideal de beleza física.

O que é belo numa sociedade poderá ser feio em outro contexto cultural.

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A Cultura de massa é produto da indústria cultural, tipicamente de sociedades capitalistas; referem-se aspectos superficiais de lazer, gosto artístico e vestuário.A indústria cultural está sempre “fabricando” modas e gostos, a cultura de massa só é viável em razão da invenção da comunicação em massa.

A Cultura Híbrida nasce do cruzamento entre a cultura culta e a popular, isto é, tudo o que se produz atualmente, é quando a globalização modifica e extingue os costumes  trazendo mais igualdade cultural ao mundo.

A Cultura Popular é o resultado de uma interação contínua entre pessoas de determinadas regiões e recobre um complexo de padrões de comportamento e crenças de um povo. Nasceu da adaptação do homem ao ambiente onde vive e abrange inúmeras aréas de conhecimento: crenças, artes, moral, linguagem, ideias, hábitos, tradições, usos e costumes, artesanatos, folclore, etc.

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É o que diferencia e classifica um povo, é o que dá o tom e a cor a uma dada sociedade e abrange um modo de vida. Uma opinião amplamente sustentada é a de que a cultura popular tende a ser superficial. Os itens culturais que requerem grande experiência, treino ou reflexão para serem apreciados, dificilmente se tornam itens da cultura popular.

Ao contrário da 'Cultura de Elite', a cultura popular surge das tradições e costumes e é transmitida de geração para geração, principalmente, de forma oral. O conteúdo da cultura popular é determinado em grande parte pelas indústrias que disseminam o material cultural, como por exemplo as indústrias do cinema, televisão e editorais, bem como os meios de comunicação. No entanto, a cultura popular não pode ser descrita como o produto conjunto dessas indústrias; pelo contrário, é o resultado destas.

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O mais importante na arte popular, ou cultura popular, não é o objeto produzido, mas sim o artista, o povo, a periferia, isso faz com que a arte popular seja contemporânea ao seu tempo.

É ao mesmo tempo conservadora e inovadora, ligada a tradição, mas com os novos elementos que surgem com o tempo. A inspiração da cultura popular vem dos acontecimentos corriqueiros. Diferente da cultura erudita, que é aquela ensinada nas escolas, e que as vezes é vista como um “produto” e faz parte de uma elite.

Ao ver a cultura como algo amplo, sem ser um produto, chega-se a conclusão que toda cultura é por definição popular. Não existe cultura pertencente a um unico grupo social, toda cultura é baseada em fatos históricos sociais que implicam na formação cultural e na aceitação de valores e costumes.

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A Cultura Erudita é a produção acadêmica centrada no sistema educacional, sobretudo na universidade. Trata-se de uma cultura produzida por uma minoria de intelectuais das mais diversas especialidades, e geralmente saídos dos segmentos superiores da classe média e da classe alta. A cultura erudita está ligada à elite, ou seja, está subordinada ao capital pelo fator de viabilizar esta cultura. Esta exige estudo, pesquisa para se obter o conhecimento, portanto não é viável a uma maioria, e sim a uma classe social que por sua vez possui condições para investir nesses aspectos e em fim obter o conhecimento.É uma cultura em que a sociedade valoriza como superior ou dominante. No entanto em termos sociológicos existem grupos sociais que mantêm entre si relações de dominação e de subordinação.

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Diversidade cultural Atitude etnocêntrica: Caracteriza-se por um grupo cultural se considerar o centro de

todos os outros, considerando-se superior. Observa e julga as outras culturas a partir de si. É um atentado à liberdade de escolha, e um gerador de sentimentos racistas e xenófobos. Tem duas variantes. Uma a de assimilação tenta forçar os indivíduos pertencentes a outras culturas a aceitarem e assimilarem (daí o nome), as normas da cultura dominante. Apesar de esta variante considerar as outras culturas como centro acha-os inferiores. Como exemplo deste tipo de atitude tem os cristãos novos, pessoas que na Idade Média era obrigada a sujeitar-se à cultura cristã. A outra variante, a extremista, rejeita por completo a existência de outras culturas. Considera-se como a cultura suprema e defende o extermínio dos indivíduos pertencentes a outras culturas. Provoca muitas vezes a guerra e muitas mortes. Um exemplo para este tipo de atitude é a Segunda Guerra Mundial e os ideais etnocêntricos extremistas de Hitler.

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Atitude do relativismo cultural: Parte de um falso respeito pela diversidade cultural, porque esta

atitude considera que não é possível formular qualquer juízo de valor sobre as outras culturas e que os outros são inferiores e não têm capacidade de chegar ao seu nível, o que conduz a um encerramento em si mesmo e à indiferença, o que faz com que as pessoas tenham atitudes pouco humanistas e de pouco respeito. Acha que as culturas não se podem julgar exteriormente e que cada uma tem formas diferentes de entender o mundo incompatível com qualquer outra. Esta atitude tem o péssimo defeito de desculpabilizar atrocidades cometidas por algumas culturas. Este falso respeito (falso porque respeitar os outros não é calar-se; é chamar-lhes a atenção de estes não souberem respeitar valores essenciais; respeitar é diálogo) leva a atitudes de racismo e xenofobia, pois evita contactos interculturais. Não permite a evolução e dá origem a uma paralisia cultural.

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Referencias: KAPLAN, David; MANNERS

Robert. Teoria da Cultura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1975.

  LARAIA, Roque de Barros. Cultura: um

conceito antropológico.  Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.