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A CULTURA DA ACEROLEIRA Introdução Nos últimos anos, o cultivo da acerola (Malpighia punicifolia Linn.), vem se destacando no Brasil, principalmente pela adaptação da planta ao clima tropical e subtropical. Em vista sua origem tropical, a planta se adapta muito bem às condições climáticas do norte e nordeste do Brasil; sua cultura tem apresentado possibilidades de cultivo, mesmo nas regiões de latitudes mais elevadas, resultando na sua exploração em todos os estados brasileiros. Por muito tempo, essa “cereja tropical”nascida nas Antilhas permaneceu florescendo e frutificando em terras americanas, sem provocar maiores atenções. O interesse pela acerola e os estudos sobre suas potencialidades econômicas, no entanto, só foram despertados a partir dos anos 40, quando cientistas porto–riquenhos encontraram na fruta, altos teores de ácido ascórbico, ou seja, vitamina C, seu índice chega a ser cem vezes superior das frutas cítricas ou dez vezes maior que o da goiaba, tidas como as frutas de maior alto conteúdo de vitamina C, e como se sabe esta vitamina é uma das mais importantes para o homem, usada pela medicina moderna para tratamento ou prevenção de mais de quarenta doenças diferentes. Tratada como segredo de estado a pequena fruta foi trazida ao Brasil, no ano de 1956 e graças ao trabalho desenvolvido pelo Departamento de Agronomia da (Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE,1984), foram plantadas 245 sementes e apenas 10 germinaram e se transformaram em plantas produtivas, nos anos 80 a UFRPE patrocinou e desenvolveu uma campanha de conscientização sobre os valores nutricionais da acerola, e suas possibilidades de uso. É provável que a maior parte das mudas plantadas no Brasil, tenham sido geradas a partir daquelas primeiras matrizes. Muita gente denomina a acerola ou cereja–das–antilhas de cereja do Pará, o que é incorreto. É que os colonizadores portugueses, chegando ao Pará, encontraram ali a Britoa triflora, que os nossos índios chamavam de ibabirapa e, em sua semelhança com a cereja-da-europa, denominada em Portugal de ginja ou jinja, designaram-na simplesmente cereja-do-pará. Com um agradável aroma e sabor, aceita pela maioria dos consumidores, pela precocidade de produção e sua riqueza em vitamina C, a acerola vem despertando grande interesse por parte dos consumidores, produtores, indústrias e exportadores dentro da fruticultura nacional e mundial.

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Nos últimos anos, o cultivo da acerola (Malpighia punicifolia Linn.), vem se destacando no Brasil, principalmente pela adaptação da planta ao clima tropical e subtropical.Em vista sua origem tropical, a planta se adapta muito bem às condições climáticas do norte e nordeste do Brasil; sua cultura tem apresentado possibilidades de cultivo, mesmo nas regiões de latitudes mais elevadas, resultando na sua exploração em todos os estados brasileiros.Por muito tempo, essa “cereja tropical”nascida nas Antilhas permaneceu florescendo e frutificando em terras americanas, sem provocar maiores atenções. O interesse pela acerola e os estudos sobre suas potencialidades econômicas, no entanto, só foram despertados a partir dos anos 40, quando cientistas porto–riquenhos encontraram na fruta, altos teores de ácido ascórbico, ou seja, vitamina C, seu índice chega a ser cem vezes superior das frutas cítricas ou dez vezes maior que o da goiaba, tidas como as frutas de maior alto conteúdo de vitamina C, e como se sabe esta vitamina é uma das mais importantes para o homem, usada pela medicina moderna para tratamento ou prevenção de mais de quarenta doenças diferentes. Tratada como segredo de estado a pequena fruta foi trazida ao Brasil, no ano de 1956 e graças ao trabalho desenvolvido pelo Departamento de Agronomia da (Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE,1984), foram plantadas 245 sementes e apenas 10 germinaram e se transformaram em plantas produtivas, nos anos 80 a UFRPE patrocinou e desenvolveu uma campanha de conscientização sobre os valores nutricionais da acerola, e suas possibilidades de uso. É provável que a maior parte das mudas plantadas no Brasil, tenham sido geradas a partir daquelas primeiras matrizes.Muita gente denomina a acerola ou cereja–das–antilhas de cereja do Pará, o que é incorreto. É que os colonizadores portugueses, chegando ao Pará, encontraram ali a Britoa triflora, que os nossos índios chamavam de ibabirapa e, em sua semelhança com a cereja-da-europa, denominada em Portugal de ginja ou jinja, designaram-na simplesmente cereja-do-pará.Com um agradável aroma e sabor, aceita pela maioria dos consumidores, pela precocidade de produção e sua riqueza em vitamina C, a acerola vem despertando grande interesse por parte dos consumidores, produtores, indústrias e exportadores dentro da fruticultura nacional e mundial.

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A CULTURA DA ACEROLEIRA

Introduccedilatildeo

Nos uacuteltimos anos o cultivo da acerola (Malpighia punicifolia Linn) vem se destacando no Brasil principalmente pela adaptaccedilatildeo da planta ao clima tropical e subtropical

Em vista sua origem tropical a planta se adapta muito bem agraves condiccedilotildees climaacuteticas do norte e nordeste do Brasil sua cultura tem apresentado possibilidades de cultivo mesmo

nas regiotildees de latitudes mais elevadas resultando na sua exploraccedilatildeo em todos os estados brasileiros

Por muito tempo essa ldquocereja tropicalrdquonascida nas Antilhas permaneceu florescendo e

frutificando em terras americanas sem provocar maiores atenccedilotildees O interesse pela acerola e os estudos sobre suas potencialidades econocircmicas no entanto soacute foram

despertados a partir dos anos 40 quando cientistas portondashriquenhos encontraram na fruta altos teores de aacutecido ascoacuterbico ou seja vitamina C seu iacutendice chega a ser cem

vezes superior das frutas ciacutetricas ou dez vezes maior que o da goiaba tidas como as frutas de maior alto conteuacutedo de vitamina C e como se sabe esta vitamina eacute uma das

mais importantes para o homem usada pela medicina moderna para tratamento ou prevenccedilatildeo de mais de quarenta doenccedilas diferentes Tratada como segredo de estado a

pequena fruta foi trazida ao Brasil no ano de 1956 e graccedilas ao trabalho desenvolvido pelo Departamento de Agronomia da (Universidade Federal Rural de Pernambuco

UFRPE1984) foram plantadas 245 sementes e apenas 10 germinaram e se transformaram em plantas produtivas nos anos 80 a UFRPE patrocinou e desenvolveu

uma campanha de conscientizaccedilatildeo sobre os valores nutricionais da acerola e suas possibilidades de uso Eacute provaacutevel que a maior parte das mudas plantadas no Brasil

tenham sido geradas a partir daquelas primeiras matrizes Muita gente denomina a acerola ou cerejandashdasndashantilhas de cereja do Paraacute o que eacute

incorreto Eacute que os colonizadores portugueses chegando ao Paraacute encontraram ali a

Britoa triflora que os nossos iacutendios chamavam de ibabirapa e em sua semelhanccedila com a cereja-da-europa denominada em Portugal de ginja ou jinja designaram-na

simplesmente cereja-do-paraacute Com um agradaacutevel aroma e sabor aceita pela maioria dos consumidores pela

precocidade de produccedilatildeo e sua riqueza em vitamina C a acerola vem despertando grande interesse por parte dos consumidores produtores induacutestrias e exportadores dentro da

fruticultura nacional e mundial

Embora a acerola tenha grande possibilidade de produccedilatildeo no Brasil ela representa

problema na fase de comercializaccedilatildeo dos frutos pela sua grande sensibilidade depois de maduros deteriorando-se em poucos dias

Eacute importante salientar que ao contraacuterio da maioria das nossas frutas de exportaccedilatildeo a acerola registra um iacutendice ascendente de consumo no mercado interno e verifica-se

possibilidade real e potencial de o Brasil conquistar e ampliar sua pauta de exportaccedilatildeo com a acerola Nesse contexto o cultivo dessa fruta se destaca como uma alternativa

agriacutecola real

Aspectos botacircnicos florescimento e frutificaccedilatildeo

Quando comeccedilaram os estudos da classificaccedilatildeo botacircnica da aceroleira de acordo com

Simatildeo (1971) causou grande confusatildeo sendo inicialmente denominadas de Malpighia punicifolia e Malpighia glabra Informa esse autor que o nome Malpighia foi dado em

honra do fisiologista italiano Marcello Malphigi um dos pesquisadores que fez uso do microscoacutepio para estudar estruturas animais e vegetais A classificaccedilatildeo da acerola

despertou o interesse de taxonomistas de Porto Rico que chegaram agrave conclusatildeo que a cereja das Antilhas eacute uma planta hiacutebrida de Malpighia punicifolia e Malpighia glabra

(Simatildeo 1971)

Em 1753 a acerola foi classificada por Linaeus citado por Argles (1976) como Malpighia glabra Poucos anos depois em 1762 o mesmo botacircnico deu o nome de

Malpighia punicifolia a uma espeacutecie similar ou idecircntica Ainda de acordo com Argles (1976) o Dictionari of Gardening da Real Sociedade de

Horticultura listou separadamente as duas espeacutecies descrevendo a M glabra como uma aacutervore pequena medindo cerca de cinco metros de altura e a M punicifolia (sonocircmino de

M biflora) como uma arbusto de 24metros de altura Moscoso citado por Argles (1976) informa que em Porto Rico os botacircnicos preferem designar a aceroleira como Malpighia

punicifolia Alguns sugerem que a Barbados cherry a acerola cultivada nesse paiacutes pode de fato ser um hiacutebrido das espeacutecies mencionadas

Asenjo citado por Alves (1992) informou que novos estudos haviam permitido concluir que Malpighia glabra L e Malpighia punicifolia L satildeo sinocircnimos embora se apliquem a

uma espeacutecie diferente de acerola Informou por outro lado que seu nome correto eacute Malpighia emarginata Dc

Ruehle citado por Simatildeo (1971) esclarece que Malpighia glabra L eacute um arbusto de

tamanho meacutedio com 2 a 3 metros de altura Possui ramos densos e espalhados folhas opostas com peciacuteolo curto ovaladas e eliacuteptico-lanceoladas medindo entre 25 e 745 cm

A base e principalmente o aacutepice das folhas satildeo agudos de coloraccedilatildeo verde-escuro brilhante na superfiacutecie superior e verde-paacutelido na superfiacutecie inferior

O gecircnero Malpighia inclui cerca de 30 a 40 espeacutecies de arbustos e pequenas aacutervores todas elas encontradas em estado nativo nas Antilhas Em Cuba estatildeo presentes

aproximadamente 20 espeacutecies de Malpighia em Porto Rico existem apenas seis duas das quais satildeo endecircmicas (International Bord Plant GeneticResources 1986) Ledin (1958)

informa que o gecircnero Malpighia inclui apenas 15 a 20 espeacutecies importantes De acordo com Asenjo (1959) haacute contradiccedilatildeo no que respeita agrave espeacutecie a que pertence

a aceroleira cultivada em Porto Rico uma vez que para muitos botacircnicos Malpighia punicifolia e Malpighia glabra natildeo satildeo espeacutecies distintas mas sim formas botacircnicas

diferentes da mesma espeacutecie Asenjo menciona ainda que segundo Williams um botacircnico da Guatemala a acerola encontrada em Porto Rico eacute uma forma atiacutepica de Malpighia

punicifolia Ledin (1958) acrescenta que o nome correto eacute Malpighia glabra A

denominaccedilatildeo mais comum em Porto Rico entretanto eacute Malpigia punicifolia Uma vez que os pomares de acerola existentes no Brasil satildeo oriundos de Porto Rico

acredita-se que sejam formados essencialmente a partir de Malpighia glabra eou Malpighia punicifolia Eacute importante assinalar que em pomares implantados na regiatildeo do

Submeacutedio Satildeo Francisco existem plantas glabras que natildeo produzem irritaccedilatildeo na pele durante a colheita Outras entretanto causam forte irritaccedilatildeo quando em contato com a

pele humana devido agrave presenccedila de pecirclos nas folhas Esta observaccedilatildeo reforccedila a hipoacutetese da existecircncia no Submeacutedio Satildeo Francisco de Malpighia glabra e Malpighia punicifolia

De acordo com Ruehle citado por Simatildeo (1971) as inflorescecircncias da aceroleira acham-se dispostas em pequenas cimeiras axilares pedunculadas com trecircs a cinco flores

perfeitas medindo 1 a 2cm de diacircmetro Sua coloraccedilatildeo evolui do rosa-esbranquiccedilado ao

vermelho O caacutelice possui entre seis e dez seacutepalas seacutesseis a corola compotildee-se de cinco

peacutetalas franjadas ou irregularmente dentadas apresentando dez estames perfeitos As flores surgem sempre apoacutes um surto de crescimento vegetativo Podem tanto

originar-se na axila das folhas dos ramos maduros em crescimento como nas axilas das folhas do ramo receacutem-brotados

Segundo Simatildeo (1971) foram realizados estudos sobre a receptividade do estigma e sobre a deiscecircncia da antera Ficou caracterizada a natildeo ocorrecircncia de dicogamia e a

ocorrecircncia de dicogamia e a ocorrecircncia tanto de autopolinizaccedilatildeo como de polinizaccedilatildeo

cruzada Para esse autor tudo indica que a polinizaccedilatildeo cruzada responde em alguns casos pelo maior tamanho do fruto

Na observaccedilatildeo de aacutereas de plantio comercial tem-se constatado a presenccedila persistente e contiacutenua de abelhas sobre as folhas abertas o que pode iniciar ser este inseto um

polinizador eficiente para a cereja das Antilhas Algumas espeacutecies de Malpighia polinizadas por abelhas entre as quais a M emarginata respondem com uma alta taxa

de frutificaccedilatildeo efetiva (International Board Plant Genetic Resources 1986) Os frutos da aceroleira satildeo drupas de forma bastante variaacutevel Haacute frutos arredondados

ovalados ou mesmo cocircnicos Sua cor quando maduros pode ser vermelha roxa e amarela Estaacute caracteriacutestica eacute muito importante pois a induacutestria de processamento que

prefere os frutos de coloraccedilatildeo vermelha descarta os verdes ou amarelados Constata-se tambeacutem que as acerolas crescem isoladas ou em cachos de dois ou mais frutos sempre

na axilas das folhas Os frutos da aceroleira satildeo pequenos seu peso varia de 3 a 16 gramas em funccedilatildeo

basicamente do potencial geneacutetico da planta e das condiccedilotildees do cultivo Em geral o

tamanho dos frutos que crescem isolados eacute maior que o dos que formam cacho Segundo Arostegui e Pennock (1955) a acerola apresenta um conteuacutedo meacutedio de vitamina C de

aproximadamente 2 e um rendimento meacutedio de suco entre 59 e 73 do seu peso Arostegiu e outros (1955) destacaram que o teor de vitamina C do futuro pode ainda

variar em funccedilatildeo da eacutepoca da colheita Campillo e Asenjo (1957) informam por sua vez que o teor de aacutecido ascoacuterbico da acerola decresce a medida que esta vai amadurecendo

A formaccedilatildeo do fruto ocorre muito rapidamente Constatou-se no Submeacutedio Satildeo Francisco que o tempo decorrido entre o florescimento e a colheita eacute de aproximadamente

trecircs a quatro semanas Este conhecimento eacute da maior importacircncia para o produtor de acerola que pode assim programar com maior perspectiva de acerto suas atividades de

colheita e comercializaccedilatildeo da fruta nos mercados interno e externo Em geral as acerolas apresentam trecircs sementes por fruto Cada semente estaacute inserida

num caroccedilo reticulado e mais ou menos trilobado (Simatildeo 1971) Eacute bastante comum que algumas sementes sejam inviaacuteveis em virtude do abortamento do embriatildeo que responde

pelo baixo iacutendice de germinaccedilatildeo constatado

De acordo com Batista e outros (1989) e Simatildeo (1971) a acerola ou cereja das Antilhas produz de trecircs a quatro safras por ano A observaccedilatildeo direta de pomares irrigados

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco confirma entretanto a possibilidade de produccedilatildeo contiacutenua durante quase todo o ano Almeida e Arauacutejo (1992) informam que se receber

irrigaccedilatildeo e tratos culturais adequados a aceroleira pode produzir quatro a seis floradas por ano Esse comportamento se deve basicamente agraves condiccedilotildees de clima associadas agrave

praacutetica da irrigaccedilatildeo que ao favorecerem vaacuterios surtos de crescimento propiciam tambeacutem a floraccedilatildeo e frutificaccedilatildeo quase contiacutenua Eacute importante que a planta seja adequadamente

suprida de nutrientes essenciais sobretudo nitrogecircnio e de aacutegua apoacutes uma floraccedilatildeo pois eacute comum o abortamento de flores submetidas a condiccedilotildees adversas

Importacircncias Econocircmica alimentar e social

O cultivo da acerola vem acentuando de forma persistente e tem despertado interesse

entre os produtores e consumidores brasileiros ou estrangeiros tanto em natura ou

outros sub produtos industriais A importacircncia econocircmica da acerola nas estatiacutesticas eacute prejudicada pelo fato de que

exploraccedilatildeo comercial eacute em escala recente haacute pouca informaccedilatildeo a seu respeito Eacute faacutecil compreender a sua grande importacircncia econocircmica real e potencial em termos

de exportaccedilatildeo Uma vez que conquistou europeus japoneses e norte-americanos a acerola seraacute um

produto de peso na pauta exportaccedilatildeo No Brasil uma empresa baiana exporta anualmente 85 da sua produccedilatildeo o equivalente a 1500 toneladas de polpa (Lucas 1993)

A exportaccedilatildeo da fruta e do suco congelados de acerola satildeo promissores No Japatildeo segundo Genthon (1992) o valor dos sucos cultivados sem a aplicaccedilatildeo de pesticidas eacute

50 maior que ao similares que satildeo usados agrotoacutexicos As condiccedilotildees ecoloacutegicas das

aacutereas irrigadas do Nordeste onde o cultivo da acerola eacute reduzido o emprego de pesticidas

permitiratildeo ao Brasil atingir o mercado japonecircs para exportaccedilatildeo No Brasil alguns estados jaacute exportam acerola sob a forma de suco polpa ou fruta

congelada para Holanda e o Japatildeo alem de explorarem o mercado interno Vaz citado por Alves (1992) informa que o Japatildeo pretende importar o equivalente a US$ 30 milhotildees

em suco concentrado polpa e fruta em natura A produccedilatildeo brasileira de acerola ainda eacute suficiente para atender a essa demanda

Importacircncia Alimentar e Social Estudada desde 1946 por diversos pesquisadores dentre eles Asenjo (1959) e Sena e

Pereira (1984) como uma rica fonte de vitamina C o consumo da acerola deve ser incentivado pois possui grande valor nutricional e medicinal

Aleacutem do alto teor de vitamina C estatildeo presentes em sua composiccedilatildeo doses expressivas de vitamina A ferro e caacutelcio A acerola conteacutem ainda de acordo com Ledim (1958)

tiamina riboflavina e niacina aleacutem de ferro caacutelcio e foacutesforo necessaacuterio agraves funccedilotildees vitais do homem

Por ter um alto teor de vitamina C conclui-se que a acerola pode desempenhar um papel importante na alimentaccedilatildeo das pessoas

A acerola eacute caracterizada de matildeo-de-obra intensiva principalmente nas etapas de colheita e classificaccedilatildeo dos frutos Tratando-se de uma fruteira cuja produccedilatildeo nas aacutereas

irrigadas eacute quase ininterrupta seu cultivo requer maior contingecircncia de matildeo-de-obra O cultivo da acerola nos projetos irrigados do Nordeste eacute de suma importacircncia social

para o pequeno fruticultor que teraacute o fluxo de caixa quase contiacutenuo Este aspectos e

importante uma vez que o pequeno fruticultor em geral natildeo dispotildee de capital de giro

Variedades

A acerola eacute conhecida no Brasil haacute mais de 50 anos mas seu cultivo em escala comercial eacute recente No Nordeste a aacuterea plantada na maior parte foi instalada sem que

fosse necessaacuterio conhecimentos tecnoloacutegicos sobre as diversas variedades de aceroleiras Em quase todos os pomares pode ser observado uma escala acentuada de formas e tipos

de plantas e isso tem causado muitas dificuldades aos produtores de acerola uma vez que a desuniformidade das plantas acarreta perdas na produtividade dos pomares e na

qualidade dos frutos Pode-se encontrar no mesmo pomar plantas com crescimento distinto e aacutervores que produzem frutos em cacho e isolados assim como tamanho

formato e coloraccedilatildeo diferentes Essas diferenccedilas trazem problemas ao produtor pois as atividades agriacutecolas tornam-se difiacuteceis perante a diversidade de respostas que se obteacutem

de matrizes com caracteriacutesticas geneacuteticas diferentes

Eacute necessaacuterio que os pomares sejam formados a partir de variedades bem definidas contendo caracteriacutesticas agronocircmicas e tecnoloacutegicas adequadas

Tendo consciecircncia da necessidade de instalaccedilatildeo de pomares de aceroleiras com germoplasma caracterizado e selecionado alguns estados do Nordeste vem

desenvolvendo pesquisas no sentido de introduzir caracterizar selecionar e difundir plantas com qualidades agronocircmicas e tecnoloacutegicas comprovadoras e de interesse

comercial A variedade ideal de acerola para cultivo em aacutereas irrigadas do Nordeste teriam que

reunir caracteriacutesticas consideradas essenciais com alto niacutevel de produtividade (proacuteximo a 100 kgplantaano) e os frutos com coloraccedilatildeo vermelha e peso superior a 8 ndash 10 gramas

e teor de vitamina C acima de 2000 mg100g de polpa Dadas essas caracteriacutesticas deve-se buscar a seleccedilatildeo de plantas desprovidas de pecirclo

urticantes que podem acarretar seacuterios problemas agrave operaccedilatildeo de colheita buscando plantas que produzam frutos mais riacutegidos e resistentes ao transporte Eacute necessaacuterio que o

material selecionado possua resistecircncia ou toleracircncia a esse fitopatoacutegeno

As acerolas satildeo classificadas em doces e aacutecidas Sendo que as acerolas satildeo mais ricas em aacutecido ascoacuterbico Simatildeo (1971) informa que no Havaiacute foram selecionados os seguintes

clones Grupo doce ndash 4-43 (Mamoa) 9-68 (Rubi Tropical) e 8E-32 (Rainha do Havaiacute) No grupo aacutecido destacam-se 3B-21 (J H Beaumont) 22-40 (C F Rehnborg) e 3B-1

(Jumbo Vermelho) Na Estaccedilatildeo Experimental Agriacutecola da Universidade de Porto Rico onde se testaram

diversas seleccedilotildees de variedades clonais de acerola foram recomendadas para as condiccedilotildees locais as seleccedilotildees B-15 e B-17 A seleccedilatildeo B-15 caracteriza-se por ser produtiva

e gerar frutos com alto conteuacutedo de vitamina C A seleccedilatildeo B-17 produz frutos maiores faacuteceis de colher e adequados para comercializaccedilatildeo como fruta fresca (Marty e Pennok

1965) Os trabalhos de seleccedilatildeo realizados na Floacuterida destacam a variedade Floacuterida Sweet

como resistente a algumas doenccedilas fuacutengicas (International Board Plant Genetic

Resources 1986)

Variedades doces

Manoa Sweet Apresenta copa ereta e estendida Eacute vigorosa proliacutefica e tem tendecircncia a produzir muita ramagem liacuteder atingindo ateacute 5m de altura Seus frutos satildeo de coloraccedilatildeo

amarelo avermelhada quando completamente maduros Satildeo doces de bom sabor Eacute

recomendada para plantios caseiros Tropical Ruby O haacutebito de crescimento lembra a anterior necessitando de controle

para desenvolver tronco uacutenico Natildeo podada pode atingir 5m de altura Boa produtora seus frutos satildeo idecircnticos aos da Manoa Sweet

Hawaiian Queen Seu haacutebito de crescimento eacute ereto esparramado e aberto Igualmente deve ser conduzida de maneira a formar tronco uacutenico o que pode ser

praticado cem menor esforccedilo que as anteriores

Variedades aacutecidas

JHBeaumont Este clone eacute compacto baixo com ramagens densas e haacutebitos de crescimento que pode ser facilmente conduzido para formar arbusto de tronco uacutenico

Tanto a produccedilatildeo de frutos como a de aacutecido ascoacuterbico satildeo boas Fruto grande com coloraccedilatildeo laranja avermelhada quando completamente maduros

CFRehnborg A planta eacute de formaccedilatildeo compacta densamente ramificada podendo ser

facilmente conduzida para formar tronco uacutenico Embora altamente produtiva comparativamente seu teor em aacutecido ascoacuterbico eacute baixo Apresenta fruto grande com

coloraccedilatildeo laranja avermelhada passando a vermelho-escuro quando completamente maduro

F Haley Forma boas aacutervores para pomares sendo facilmente conduzida para formar tronco uacutenico e tem haacutebito de crescimento ereto Seus ramos satildeo alongados com

ramagem lateral natildeo esparramada Os frutos de tamanho meacutedio tecircm coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura quando plenamente maduros Esta variedade adapta-se melhor agraves

aacutereas mais secas Red Jumbo Possui tronco uacutenico e crescimento compacto ramagem bem distribuiacuteda e

haacutebito de crescimento baixo Embora seja arbusto baixo a porcentagem de frutificaccedilatildeo eacute relativamente alta e o fruto grande pesando 93g em meacutedia eacute de coloraccedilatildeo atrativa

passa do vermelho-cereja para o vermelho-puacuterpura quando em plena maturaccedilatildeo Maunawili Embora natildeo se destaque quanto ao conteuacutedo de aacutecido ascoacuterbico

demonstrou superior performance nas aacutereas bastante chuvosas e seu faacutecil e manejaacutevel

crescimento fizeram dela um clone desejaacutevel Desenvolve tronco uacutenico e exige pouca ou nenhuma posa seus ramos satildeo eretos e ao mesmo tempo compactos As folhas

geralmente pequenas e estreitas Seus frutos satildeo pequenos vermelho-cereja e ateacute vermelho-puacuterpura quando bem maduros

Condiccedilotildees Climaacuteticas Hiacutedricas e Solos

Clima

A acerola ou cereja das Antilhas eacute planta ruacutestica desenvolvendo-se em clima tropical e subtropical quando adulta (madura) suporta temperaturas de ateacute 0ordm C

Segundo Simatildeo (1971) e Almeida e Arauacutejo (1992) a acerola se adapta bem agrave temperatura meacutedia em torno de 26ordm C

Durante o periacuteodo seco e frio a planta permanece estacionaacuteria o que eacute normal e quando a temperatura se eleva a vegetaccedilatildeo e o florescimento mantecircm-se constantes

Sua frutificaccedilatildeo acontece na primavera-veratildeo A altitude pode ser de 0 niacutevel do mar ateacute

800m ou mais Por ser de clima tropical e subtropical com chuvas ou irrigaccedilotildees distribuiacutedas em torno de 1000 a 2000 mm poderaacute haver uma grande produccedilatildeo de frutos

de maior tamanho As chuvas excessivas ultrapassando 1600 mm podem ocasionar frutos com menos vitamina C e aquosos

Para Marty e Pennock (1965) a acerola natildeo exige solos especiacuteficos Os mais indicados satildeo os de meacutedia fertilidade e os argilo-arenosos por reterem maior teor de umidade

Entretanto certos cuidados devem ser tomados como a fertilizaccedilatildeo adequada dos terrenos arenosos e a drenagem das aacutereas de solos mais pesados onde pode ocorrer

salinaccedilatildeo e evitando nos solos mais arenosos as aacutereas infestadas por nematoacuteides

Propagaccedilatildeo

A aceroleira eacute uma planta considerada de propagaccedilatildeo simples dado que pode ser multiplicada por vaacuterios processos Ela se propaga facilmente com o emprego de

sementes estaquia e enxertia (Amaral 1992 Matry e Pennock 1965 Holmquist 1966 Bezerra e outros 1992)

O fato da aceroleira ser uma planta autofeacutertil podem-se obter plantas praticamente idecircnticas com a utilizaccedilatildeo da propagaccedilatildeo por meio de sementes (Simatildeo 1971) Nos

plantios em grandes escalas entretanto essa modalidade de propagaccedilatildeo soacute deve ser

adotada se as sementes provierem de frutos colhidos em aacutereas formadas com plantas uniformes portadoras das melhores caracteriacutesticas produtivas e comerciais pois desse

modo se reduz o risco da geraccedilatildeo de matrizes geneticamente indesejaacuteveis As mudas a partir de sementes podem ser formadas em canteiros com 15 cm de altura

e 120 cm de largura e comprimento variaacutevel em funccedilatildeo das caracteriacutesticas da propriedade A semeadura pode ser feita em caixa de madeira ou similar utilizadas como

germinador medindo 15 cm de largura ou em recipiente de polietileno preto com 20 cm de altura e 15 cm de diacircmetro Alguns viveiristas produzem as mudas em recipientes de

polietileno de 6 cm de diacircmetro e 25 cm de altura reduzindo assim o custo de produccedilatildeo devido ao maior nuacutemero de mudas transportadas por unidade de aacuterea

As sementes devem provir de frutos fisiologicamente maduros dos quais satildeo extraiacutedas sendo em seguida lavadas e postas a secar agrave sombra A germinaccedilatildeo ocorre em geral

dentro de 20 a 150 dias seu iacutendice eacute de 20 a 30 em virtude da ocorrecircncia frequumlente de abortamento do embriatildeo (Marty e Pennock 1965) A proteccedilatildeo contra a insolaccedilatildeo

direta e as regas diaacuterias satildeo praacuteticas indispensaacuteveis ao sucesso na germinaccedilatildeo das

sementes Diversos trabalhos comprovam por outro lado a viabilidade da propagaccedilatildeo assexuada

mediante o enraizamento de estaca Esse meacutetodo assegura maior precocidade na produccedilatildeo assim como a transmissibilidade das caracteriacutesticas geneacuteticas da planta

propagada Pomares implantados na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco com mudas propagadas por estaca iniciaram a frutificaccedilatildeo entre cinco e doze meses apoacutes o plantio no

local definitivo Embora a multiplicaccedilatildeo por estaca seja um meacutetodo mais difiacutecil e de custo de produccedilatildeo

mais elevado sua adoccedilatildeo eacute preferiacutevel pois com ele se obtecircm com certeza absoluta plantas natildeo soacute uniformes como portadoras de caracteriacutesticas determinadas O material

propagativo usado na estaquia deve ser coletado a partir de matrizes preacute-selecionadas comprovadamente produtivas e livres de pragas e doenccedilas As estacas com folhas devem

ser tuacutergidas e plantadas de imediato pois comprovou-se na praacutetica um maior percentual de enraizamento

Pesquisas realizadas por Nascimento (1991) em casa de vegetaccedilatildeo utilizando estacas

semilenhosas com folhas medindo 15 a 20cm de comprimento e 3 a 6mm de diacircmetro coletadas antes da floraccedilatildeo e plantadas em substrato de areia possibilitaram um

enraizamento da ordem de 50 quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico em poacute na concentraccedilatildeo de 6000ppm Nos estudos levados a efeito pela Universidade Federal em

Areias na Paraiacuteba nos quais se utilizaram estacas com 20cm de comprimento e diacircmetros entre 4 e 8mm plantadas sem folhas e num substrato de areia houve o enraizamento de

45 das estacas quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico na concentraccedilatildeo de 2400ppm (Alves e outros 1991)

Bezerra e outros em trabalhos realizados em Goiacircnia (Pernambuco) com estacas herbaacuteceas coletadas em duas eacutepocas fevereiro e abril - constataram que o uso dos

aacutecidos indolbutiacuterico e naftalenoaceacutetico nas concentraccedilotildees de 50 e 100ppm respectivamente natildeo estimulou o enraizamento das estacas Foi de 873 o percentual

de enraizamento obtido quando as estacas foram retiradas em abril Marty e Pennock (1965) assinalam que na propagaccedilatildeo da acerola por meio de estaca

devem-se utilizar as pontas dos ramos vigorosos de plantas jovens A medida

recomendada para a estaca eacute de 8 a 10 polegadas no substrato de enraizamento planta-se apenas o seu terccedilo inferior As estacas que devem ser tratadas com aacutecido

indolbutiacuterico satildeo colocadas para enraizar num substrato de areia ou vermiculita e em cacircmara de nebulizaccedilatildeo intermitente de modo a manter a umidade ambiental Apoacutes o

periacuteodo de enraizamento 50-60 dias as mudas enraizadas satildeo transplantadas para recipientes individuais com uma altura miacutenima de 15-20cm

A propagaccedilatildeo da acerola por meio de enxertia apesar de pouco recomendada tambeacutem pode ser utilizada com sucesso (Simatildeo 1971) Holmquist (1966) relata que de quatro

meacutetodos de enxertia testados na Universidade Central da Venezuela o processo de garfagem em fenda cheia possibilitou um pegamento de enxerto da ordem de 86

Natildeo obstante a maior rapidez na obtenccedilatildeo da muda de acerola quando se usa a

estaquia em lugar da enxertia o uso deste uacuteltimo meacutetodo apresenta algumas vantagens comparativas que merecem ser analisadas As mudas propagadas por enxertia criam um

sistema radicular mais vigoroso o qual explora consequumlentemente maior volume de solo Aleacutem disso a presenccedila da raiz pivotante na muda obtida por enxertia daacute maior

firmeza agrave planta no solo um efeito que deve ser levado em conta principalmente na implantaccedilatildeo de pomares em aacutereas sujeitas a ventos fortes Estes por exemplo satildeo

bastantes frequumlentes no segundo semestre do ano nas aacutereas irrigadas do Nordeste Ainda

que em pequena escala tem-se observado na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco o tombamento de plantas de acerola multiplicadas por estaca em consequumlecircncia da accedilatildeo do

vento Este fato ocorre porque essas plantas apoacutes serem transplantadas para o local definitivo apresentam um sistema radicular adventiacutecio portanto de localizaccedilatildeo mais

superficial Tendo em vista que os estudos sobre enxertia da aceroleira foram levados a efeito na

Venezuela recomenda-se a realizaccedilatildeo de ensaios experimentais no sentido de se definir o processo de enxertia mais adequado agraves condiccedilotildees dos ecossistemas brasileiros

principalmente nas aacutereas de maior incidecircncia de ventos fortes A EMBRAPA CPATSA (Centro de Pesquisa Agropecuaacuteria do Troacutepico Semi-Aacuterido) estaacute desenvolvendo um ensaio

em que considerou trecircs processos de enxertia ndash garfagem no topo em fendas cheias garfagem lateral em inglecircs simples e bolbulhia de placa em janela aberta - aleacutem de dois

meacutetodos de produccedilatildeo do porta-enxertos ndash viveiro e recipientes Haacute evidecircncia de que a enxertia de borbulhia de placa em janela aberta seraacute viaacutevel assim como o processo de

garfagem no topo em fenda cheia este quando realizado sob cobertura de tela

Cumpre acrescentar que as mudas quer propagadas por estaquia quer por enxertia devem ser adquiridas de entidades ou produtores credenciados e idocircneos Este aspecto eacute

de primordial importacircncia pois o sucesso do empreendimento frutiacutecola depende fundamentalmente da qualidade da muda utilizada

Tratos Culturais

O controle das plantas daninhas eacute uma praacutetica indispensaacutevel A ocorrecircncia dessas

plantas causa uma seacuterie de transtornos que prejudicam o crescimento d desenvolvimento das plantas frutiacuteferas sofrendo perdas qualitativas e quantitativas e favorecem no

aparecimento de pragas e doenccedilas tal infestaccedilatildeo dificulta a inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos sistemas de irrigaccedilatildeo aumentando o custo operacional nas aacutereas irrigadas por sistema de

aspersatildeo moacuteveis Devemos salientar que aleacutem dos transtornos mencionados tem tambeacutem as dificuldades na hora da colheita

O controle das plantas daninhas tem sido feito por capinas manuais na projeccedilatildeo da

copa deixando o mato para ser rebaixado com roccediladeiras ou manualmente com ferramentas apropriadas Na Zona da Mata (Regiatildeo Nordeste) tem sido comum esta

praacutetica no periacuteodo de chuva O controle das plantas daninhas mediante a aplicaccedilatildeo de herbicidas eacute recomendaacutevel

nas aacutereas das empresas agriacutecolas de meacutedio e grande porte que podem contar com assistecircncia teacutecnica especializada Neste caso eacute preciso o conhecimento minucioso natildeo soacute

da populaccedilatildeo invasora como do herbicida a ser aplicado Haacute necessidade de estudos nessa aacuterea envolvendo a aceroleira de modo a evitar efeitos toacutexicos agrave planta e na

contaminaccedilatildeo dos frutos a serem exportados ou comercializados no mercado interno

Podas de Formaccedilatildeo e Corretivas

As podas na cultura da acerola satildeo fundamentais em regiotildees tropicais a planta chega ateacute 9 safrasano com colheitas diaacuterias Podas de formaccedilatildeo limpeza e draacutesticas bem

executadas facilitaratildeo os tratos culturais e na colheita

Apoacutes o pegamento da muda no local definido seratildeo necessaacuterias podas de formaccedilatildeo para conduzi-las em haste uacutenica ateacute a altura de 30-40 cm do solo Esta haste apoacutes

podada a gema apical deveraacute ficar entre 50 a 60 cm de altura sendo com isto estimulada a brotaccedilatildeo das gemas laterais Estas gemas originaratildeo ramos laterais dos

quais seratildeo escolhidos 3 ou 4 ramos equumlidistantes com alturas diferentes na metade superior da haste permitindo simetria e equiliacutebrio fiacutesico entre os ramos

Tambeacutem eacute importante podas corretivas a fim de eliminar as brotaccedilotildees que surgem nos trecircs ou quatro ramos principais especialmente os que se dirigem para o solo Esta poda eacute

para evitar que os ramos cubram o solo na aacuterea da projeccedilatildeo da copa e atrapalhe na praacutetica de cultura ndash irrigaccedilatildeo adubaccedilatildeo e cobertura morta

Eacute necessaacuterio eliminar as brotaccedilotildees nas pernadas ou ramos principais ateacute dez

centiacutemetros a partir do tronco inclusive as que se voltam para o interior da copa a fim de que fique mais aberta no centro e arejada Marty e Pennock (1965) ressaltam que isso

permitiraacute maior penetraccedilatildeo de luz solar no dossel vegetal atingindo ramos e folhas no seu interior

A poda de ramos indesejaacuteveis deve ser feita assim que necessaacuteria para evitar que a planta gaste energia com ramos que mais tarde teratildeo que ser podados Se feito isto

tardiamente poderaacute determinar a formaccedilatildeo de uma copa defeituosa

A poda draacutestica tem sido executada uma vez ao ano quando a planta jaacute adulta encontra-se em repouso vegetativo o que acontece no periacuteodo de chuva no

NorteNordeste ou no inverno para outras regiotildees Essa poda eacute feita visando reduzir a altura da copa em 15 a 20m cortando os galhos

mais vigorosos e mal localizados facilitando a operaccedilatildeo de colheitas que se concentram na primavera e veratildeo

A poda corretiva deveraacute ser feita apoacutes cada ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo ou quando necessaacuteria de modo a manter as plantas na altura padratildeo do pomar Natildeo se recomenda

as podas destinadas a estimular a frutificaccedilatildeo pois ainda carece de estudos e pesquisas antes que tal praacutetica possa ser implementada em pomares orientados para a produccedilatildeo

comercial Eacute de forma generalizada que as aceroleiras com maior volume de copa satildeo mais

produtivas Daiacute a necessidade de agir com cautela no que concerne agraves podas de frutificaccedilatildeo pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas

espeacutecies prejudicam a produccedilatildeo

A poda de limpeza eacute feita durante toda a vida uacutetil das aceroleiras e torna indispensaacutevel a manutenccedilatildeo da conformaccedilatildeo desejada Devendo ser feita quando a planta estiver se

flores e frutos sempre que necessaacuterio

Irrigaccedilatildeo

A irrigaccedilatildeo na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiotildees com problemas de insuficiecircncia eou maacute distribuiccedilatildeo de chuvas (abaixo de 1600mm anuais)

Aacute medida que se reduz a disponibilidade de aacutegua diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aeacuterea da planta poreacutem a aacutegua em excesso provoca diminuiccedilatildeo da

qualidade do fruto reduzindo os teores de vitamina C o uso da irrigaccedilatildeo de forma racional permiti no miacutenimo a duplicaccedilatildeo da produccedilatildeo e o aumento no nuacutemero de safras

Segundo Scaloppi (1986) a escolha dos sistemas de rega depende de uma seacuterie de fatores teacutecnicos econocircmicos e culturais com as condiccedilotildees especiacuteficas da propriedade 1)

recursos hiacutedricos (potencial hiacutedrico situaccedilatildeo topograacutefica qualidade e custo da aacutegua) 2)

topografia 3) solos (caracteriacutesticas morfoloacutegicas retenccedilatildeo hiacutedrica infiltraccedilatildeo caracteriacutesticas quiacutemicas e variabilidade espacial) 4) clima (precipitaccedilatildeo ventos e

evapotranspiraccedilatildeo potencial) 5) culturas (sistema e densidade de plantio profundidade efetiva do sistema radicular altura das plantas exigecircncias agronocircmicas e valor

econocircmico) 6) aspectos econocircmicos (custos iniciais operacionais e de manutenccedilatildeo) 7) fatores humanos (niacutevel educacional poder aquisitivo tradiccedilatildeo etc)

Os tipos de irrigaccedilatildeo mais utilizados satildeo aspersatildeo convencional microaspersatildeo gotejamento e por tubos perfurados (Xique-xique) por sulco de infiltraccedilatildeo com bacias de

captaccedilatildeo na projeccedilatildeo da copa e irrigaccedilatildeo por mangueira no mesmo estilo Os sistemas de irrigaccedilatildeo por sulcos e gotejamento satildeo indicados para solos argilo-

arenosos jaacute os sistemas de aspersatildeo e microaspersatildeo se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos

Cultura intercalar

O plantio de culturas intercalares eacute viaacutevel em pomares de aceroleiras voltadas a exportaccedilatildeo embora esta praacutetica esteja sujeita a algumas restriccedilotildees A principal delas diz

respeito ao meacutetodo de irrigaccedilatildeo utilizado a consorciaccedilatildeo soacute eacute possiacutevel quando se adota a irrigaccedilatildeo por aspersatildeo ou se for feita no periacuteodo de chuvas Nesta eacutepoca ela pode tornar-

se pouco atraente devido agrave irregularidade temporal e espacial das precipitaccedilotildees tal como ocorre na regiatildeo Nordeste O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras ndash

Principalmente a mangueira ndash apesar de jaacute ter sido praticado em aacutereas irrigadas n Nordeste requer maiores conhecimentos teacutecnicos

Embora natildeo apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo o consoacutercio entre aceroleiras e mangueiras pode tornar-se bastante difiacutecil principalmente depois que

as mangueiras iniciam a produccedilatildeo econocircmica ou quando as copas das fruteiras

consorciadas comeccedilam a se interceptar Seacuterias dificuldades se fazem sentir na tentativa

de compatibilizar a irrigaccedilatildeo a adubaccedilatildeo e as pulverizaccedilotildees Estas praacuteticas satildeo especificas de cada cultura e devem ser executadas em eacutepocas predeterminadas entatildeo

vai haver uma hora que o produtor teraacute de eliminar a cultura secundaacuteria para natildeo prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal

Outro fator que define a espeacutecie da cultura a ser consorciada com a acerola eacute o sistema de irrigaccedilatildeo adotado Nas irrigaccedilotildees por sulco ou aspersatildeo as limitaccedilotildees restringem-se

apenas agraves espeacutecies de cultura passiacuteveis de consorciaccedilatildeo Se a irrigaccedilatildeo eacute a localizada a

intercalaccedilatildeo de culturas soacute pode ser feita entre plantas ao longo da fileira Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigaccedilatildeo localizada ndash

gotejamento microaspersatildeo tubos perfurados seraacute possiacutevel intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras

O alto padratildeo de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas natildeo eacute aconselhaacutevel a praacutetica da consorciaccedilatildeo jaacute que o produtor de acerola para exportaccedilatildeo

deve dispensar atenccedilatildeo maacutexima agrave obtenccedilatildeo de frutas que atendam aos padrotildees internacionais de qualidade Caso isso natildeo aconteccedila esse produtor teraacute dificuldades de

competir num mercado cada vez mais exigente Poreacutem a consorciaccedilatildeo deveraacute ser incentivada durante a fase de formaccedilatildeo do pomar de acerola como uma forma de

amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados e a adoccedilatildeo desse sistema poderaacute ser uacutetil principalmente em pequenas aacutereas associando-se a aceroleira com

culturas de ciclo curto e tendo em vista o incremento da renda e da remuneraccedilatildeo do fruticultor bem como o aproveitamento da matildeo-de-obra familiar

Nutriccedilatildeo Adubaccedilatildeo e Calagem

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta ruacutestica facilmente adaptaacutevel aos mais variados tipos de solo requer manejo correto quanto agrave adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo das

plantas principalmente nos pomares orientados para a exportaccedilatildeo A fertilizaccedilatildeo eacute de suma importacircncia em termos percentuais para o aumento da

produtividade Segundo Lopes e Guilherme (1990) se feita uma aplicaccedilatildeo correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produccedilatildeo por unidade de

nutriente aplicado A ineficiecircncia de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos

Para a exportaccedilatildeo o manejo racional dos fertilizantes eacute fundamentalmente necessaacuterio estas teacutecnicas de manejo baacutesico e essencial estatildeo a seguir

a) ndash Anaacutelise de solo ndash Eacute um excelente meio de se diagnosticar com maior precisatildeo o fertilizante e a quantidade a ser aplicada

b) ndash Anaacutelise foliar ndash Tornou-se um importante recurso para a diagnose de

problemas nutricionais principalmente em culturas perenes Se associada agrave anaacutelise de solo proporciona orientaccedilatildeo segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenoloacutegico

da cultura c) ndash Testes de tecidos ndash Os testes raacutepidos ou testes de tecidos satildeo muito

conhecidos nos Estados Unidos e Europa No Brasil o seu uso ainda eacute muito limitado Satildeo utilizados na avaliaccedilatildeo nutricional das plantas sobretudo no que diz respeito a nitrogecircnio

foacutesforo e potaacutessio Feitos no campo datildeo uma ideacuteia imediata da situaccedilatildeo nutricional do pomar

d) ndash Observaccedilatildeo dos sintomas de deficiecircncia de nutrientes ndash Permite a identificaccedilatildeo visual da deficiecircncia de nutrientes em plantas com vistas ao diagnoacutestico e agrave

previsatildeo dos problemas do pomar e) ndash Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes ndash Eacute

fundamental para a tomada de decisotildees a cerca da aplicaccedilatildeo de micronutrientes Esses fatores entre outros o niacutevel do pH do solo e a presenccedila do alumiacutenio em niacuteveis toacutexicos

Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histoacuterico da aacuterea a ser cultivada eacute de grande valia na otimizaccedilatildeo ou maximizaccedilatildeo do uso e eficiecircncia dos fertilizantes

No Brasil haacute pouca informaccedilatildeo disponiacutevel a respeito da adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas das aacutereas irrigadas do Nordeste

Estudos desenvolvidos em Porto Rico Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiecircncia nutricional na aceroleira cultivada em soluccedilatildeo

nutritiva 1 ndash A eliminaccedilatildeo do nitrogecircnio da soluccedilatildeo nutritiva foi o fator que mais deteve o

crescimento e a produccedilatildeo das plantas

2 ndash A deficiecircncia de foacutesforo boro enxofre e ferro natildeo tiveram efeito tatildeo nocivo sobre o

crescimento das plantas quanto o produzido pela carecircncia de nitrogecircnio porem diminuiu drasticamente a produccedilatildeo de frutos

3 ndash A deficiecircncia de magneacutesio e manganecircs produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produccedilatildeo das aceroleiras

4 ndash A falta de potaacutessio diminuiu o diacircmetro dos ramos e o tamanho dos frutos 5 ndash A deficiecircncia de caacutelcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas

6 ndash Os iacutendices mais altos de nitrogecircnio foram encontrados em folhas de aacutervores

deficientes em enxofre e ferro 7 ndash As plantas deficientes em nitrogecircnio apresentaram alta concentraccedilatildeo de foacutesforo nas

folhas 8 ndash As aacutervores deficientes em foacutesforo natildeo apresentaram sintoma algum dessa carecircncia

9 ndash Os menores niacuteveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em caacutelcio

10 ndash Os sintomas mais seacuterios de deficiecircncia de nitrogecircnio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas

Silva e Junior e outros (1988) citados por Alves (1992) observaram que o nitrogecircnio e

o potaacutessio satildeo os elementos extraiacutedos em maior quantidade pelos frutos Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniecircncia de suprir fartamente a aceroleira de

elementos maiores principalmente o nitrogecircnio sugerindo a aplicaccedilatildeo da foacutermula 14-4-10 duas vezes por ano na quantidade de 160kgha nos dois primeiros anos da

implantaccedilatildeo do pomar

Os adubos devem ser distribuiacutedos em circulo sobre a superfiacutecie do terreno na projeccedilatildeo da copa

Simatildeo (1971) indica a foacutermula 8-8-15 a base de 500gplanta ateacute a idade de quatro anos Para as plantas adultas recomenda a mesma foacutermula usando poreacutem 15 a

25kgplanta em duas aplicaccedilotildees Simatildeo (1971) recomenda ainda que ateacute o iniacutecio da frutificaccedilatildeo a planta seja adubada

anualmente com esta mistura 400 gramas de superfosfato de caacutelcio e 200 gramas de cloreto de potaacutessio Iniciada a frutificaccedilatildeo recomenda a aplicaccedilatildeo da seguinte foacutermula

660 1000 gramas de sulfato de amocircnio ou nitrocaacutelcio 600 a 900 gramas de superfosfato de caacutelcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potaacutessio Esta adubaccedilatildeo que eacute indicada para

aacutereas dependentes de chuvas deve ser dividida em duas doses iguais uma aplicada no iniacutecio do periacuteodo chuvoso e a outra no fim desse periacuteodo em faixa circular distante entre

20 e 40cm do tronco ou na projeccedilatildeo da copa Para as aacutereas irrigadas do submeacutedio Satildeo Francisco recomenda-se aplicar em fundaccedilatildeo

(cova) 400-500 gramas de superfosfato simples 300-400 gramas de cloreto de potaacutessio

e 20 litros no miacutenimo de esterco bem curtido Durante o primeiro ano recomenda-se a adubaccedilatildeo mensal em cobertura e na projeccedilatildeo da copa 30-40 gramas de ureacuteia e 30-40

gramas de sulfato de potaacutessio por planta adicionando-se a cada seis meses tambeacutem em cobertura 20 litros de esterco bem curtido

As adubaccedilotildees regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente sobretudo se natildeo estiverem acompanhadas de uma caracterizaccedilatildeo

detalhada do solo do manejo e do estaacutedio de desenvolvimento da cultura Na adubaccedilatildeo orgacircnica apesar das poucas experiecircncias realizadas seu uso eacute

recomendaacutevel principalmente por ocasiatildeo do plantio e depois duas vezes por ano em cobertura sob a projeccedilatildeo da copa Deve ser incentivado nos solos arenosos da regiatildeo

semi-aacuterida do Nordeste em virtude da sua pobreza em mateacuteria orgacircnica e pela proteccedilatildeo que essa adubaccedilatildeo oferece contra a insolaccedilatildeo direta e a consequumlente evaporaccedilatildeo

A anaacutelise quiacutemica do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos para que se possa avaliar a necessidade natildeo soacute da aplicaccedilatildeo de corretivos como da adequaccedilatildeo dos

niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio

A calagem eacute recomendada com base no teor de alumiacutenio trocaacutevel ou em funccedilatildeo dos niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio no complexo sortivo do solo Tambeacutem poderaacute basear-se no

teor de mateacuteria orgacircnica presente no solo Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira

apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 55 a 65 As aacutervores cresceram com maior vigor apresentaram uma folhagem verde-escuro e

propiciaram maior produtividade Nos pomares de acerola orientados para a exportaccedilatildeo a calagem constitui-se pois numa praacutetica indispensaacutevel com vistas agrave correccedilatildeo do pH do

solo para situaacute-lo na faixa que melhor atenda agraves exigecircncias da cultura Hernandez (1970) ainda ressalta que a aplicaccedilatildeo de calcaacuterio aumenta a produtividade i o conteuacutedo

de aacutecido ascoacuterbico da fruta

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

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Page 2: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

Embora a acerola tenha grande possibilidade de produccedilatildeo no Brasil ela representa

problema na fase de comercializaccedilatildeo dos frutos pela sua grande sensibilidade depois de maduros deteriorando-se em poucos dias

Eacute importante salientar que ao contraacuterio da maioria das nossas frutas de exportaccedilatildeo a acerola registra um iacutendice ascendente de consumo no mercado interno e verifica-se

possibilidade real e potencial de o Brasil conquistar e ampliar sua pauta de exportaccedilatildeo com a acerola Nesse contexto o cultivo dessa fruta se destaca como uma alternativa

agriacutecola real

Aspectos botacircnicos florescimento e frutificaccedilatildeo

Quando comeccedilaram os estudos da classificaccedilatildeo botacircnica da aceroleira de acordo com

Simatildeo (1971) causou grande confusatildeo sendo inicialmente denominadas de Malpighia punicifolia e Malpighia glabra Informa esse autor que o nome Malpighia foi dado em

honra do fisiologista italiano Marcello Malphigi um dos pesquisadores que fez uso do microscoacutepio para estudar estruturas animais e vegetais A classificaccedilatildeo da acerola

despertou o interesse de taxonomistas de Porto Rico que chegaram agrave conclusatildeo que a cereja das Antilhas eacute uma planta hiacutebrida de Malpighia punicifolia e Malpighia glabra

(Simatildeo 1971)

Em 1753 a acerola foi classificada por Linaeus citado por Argles (1976) como Malpighia glabra Poucos anos depois em 1762 o mesmo botacircnico deu o nome de

Malpighia punicifolia a uma espeacutecie similar ou idecircntica Ainda de acordo com Argles (1976) o Dictionari of Gardening da Real Sociedade de

Horticultura listou separadamente as duas espeacutecies descrevendo a M glabra como uma aacutervore pequena medindo cerca de cinco metros de altura e a M punicifolia (sonocircmino de

M biflora) como uma arbusto de 24metros de altura Moscoso citado por Argles (1976) informa que em Porto Rico os botacircnicos preferem designar a aceroleira como Malpighia

punicifolia Alguns sugerem que a Barbados cherry a acerola cultivada nesse paiacutes pode de fato ser um hiacutebrido das espeacutecies mencionadas

Asenjo citado por Alves (1992) informou que novos estudos haviam permitido concluir que Malpighia glabra L e Malpighia punicifolia L satildeo sinocircnimos embora se apliquem a

uma espeacutecie diferente de acerola Informou por outro lado que seu nome correto eacute Malpighia emarginata Dc

Ruehle citado por Simatildeo (1971) esclarece que Malpighia glabra L eacute um arbusto de

tamanho meacutedio com 2 a 3 metros de altura Possui ramos densos e espalhados folhas opostas com peciacuteolo curto ovaladas e eliacuteptico-lanceoladas medindo entre 25 e 745 cm

A base e principalmente o aacutepice das folhas satildeo agudos de coloraccedilatildeo verde-escuro brilhante na superfiacutecie superior e verde-paacutelido na superfiacutecie inferior

O gecircnero Malpighia inclui cerca de 30 a 40 espeacutecies de arbustos e pequenas aacutervores todas elas encontradas em estado nativo nas Antilhas Em Cuba estatildeo presentes

aproximadamente 20 espeacutecies de Malpighia em Porto Rico existem apenas seis duas das quais satildeo endecircmicas (International Bord Plant GeneticResources 1986) Ledin (1958)

informa que o gecircnero Malpighia inclui apenas 15 a 20 espeacutecies importantes De acordo com Asenjo (1959) haacute contradiccedilatildeo no que respeita agrave espeacutecie a que pertence

a aceroleira cultivada em Porto Rico uma vez que para muitos botacircnicos Malpighia punicifolia e Malpighia glabra natildeo satildeo espeacutecies distintas mas sim formas botacircnicas

diferentes da mesma espeacutecie Asenjo menciona ainda que segundo Williams um botacircnico da Guatemala a acerola encontrada em Porto Rico eacute uma forma atiacutepica de Malpighia

punicifolia Ledin (1958) acrescenta que o nome correto eacute Malpighia glabra A

denominaccedilatildeo mais comum em Porto Rico entretanto eacute Malpigia punicifolia Uma vez que os pomares de acerola existentes no Brasil satildeo oriundos de Porto Rico

acredita-se que sejam formados essencialmente a partir de Malpighia glabra eou Malpighia punicifolia Eacute importante assinalar que em pomares implantados na regiatildeo do

Submeacutedio Satildeo Francisco existem plantas glabras que natildeo produzem irritaccedilatildeo na pele durante a colheita Outras entretanto causam forte irritaccedilatildeo quando em contato com a

pele humana devido agrave presenccedila de pecirclos nas folhas Esta observaccedilatildeo reforccedila a hipoacutetese da existecircncia no Submeacutedio Satildeo Francisco de Malpighia glabra e Malpighia punicifolia

De acordo com Ruehle citado por Simatildeo (1971) as inflorescecircncias da aceroleira acham-se dispostas em pequenas cimeiras axilares pedunculadas com trecircs a cinco flores

perfeitas medindo 1 a 2cm de diacircmetro Sua coloraccedilatildeo evolui do rosa-esbranquiccedilado ao

vermelho O caacutelice possui entre seis e dez seacutepalas seacutesseis a corola compotildee-se de cinco

peacutetalas franjadas ou irregularmente dentadas apresentando dez estames perfeitos As flores surgem sempre apoacutes um surto de crescimento vegetativo Podem tanto

originar-se na axila das folhas dos ramos maduros em crescimento como nas axilas das folhas do ramo receacutem-brotados

Segundo Simatildeo (1971) foram realizados estudos sobre a receptividade do estigma e sobre a deiscecircncia da antera Ficou caracterizada a natildeo ocorrecircncia de dicogamia e a

ocorrecircncia de dicogamia e a ocorrecircncia tanto de autopolinizaccedilatildeo como de polinizaccedilatildeo

cruzada Para esse autor tudo indica que a polinizaccedilatildeo cruzada responde em alguns casos pelo maior tamanho do fruto

Na observaccedilatildeo de aacutereas de plantio comercial tem-se constatado a presenccedila persistente e contiacutenua de abelhas sobre as folhas abertas o que pode iniciar ser este inseto um

polinizador eficiente para a cereja das Antilhas Algumas espeacutecies de Malpighia polinizadas por abelhas entre as quais a M emarginata respondem com uma alta taxa

de frutificaccedilatildeo efetiva (International Board Plant Genetic Resources 1986) Os frutos da aceroleira satildeo drupas de forma bastante variaacutevel Haacute frutos arredondados

ovalados ou mesmo cocircnicos Sua cor quando maduros pode ser vermelha roxa e amarela Estaacute caracteriacutestica eacute muito importante pois a induacutestria de processamento que

prefere os frutos de coloraccedilatildeo vermelha descarta os verdes ou amarelados Constata-se tambeacutem que as acerolas crescem isoladas ou em cachos de dois ou mais frutos sempre

na axilas das folhas Os frutos da aceroleira satildeo pequenos seu peso varia de 3 a 16 gramas em funccedilatildeo

basicamente do potencial geneacutetico da planta e das condiccedilotildees do cultivo Em geral o

tamanho dos frutos que crescem isolados eacute maior que o dos que formam cacho Segundo Arostegui e Pennock (1955) a acerola apresenta um conteuacutedo meacutedio de vitamina C de

aproximadamente 2 e um rendimento meacutedio de suco entre 59 e 73 do seu peso Arostegiu e outros (1955) destacaram que o teor de vitamina C do futuro pode ainda

variar em funccedilatildeo da eacutepoca da colheita Campillo e Asenjo (1957) informam por sua vez que o teor de aacutecido ascoacuterbico da acerola decresce a medida que esta vai amadurecendo

A formaccedilatildeo do fruto ocorre muito rapidamente Constatou-se no Submeacutedio Satildeo Francisco que o tempo decorrido entre o florescimento e a colheita eacute de aproximadamente

trecircs a quatro semanas Este conhecimento eacute da maior importacircncia para o produtor de acerola que pode assim programar com maior perspectiva de acerto suas atividades de

colheita e comercializaccedilatildeo da fruta nos mercados interno e externo Em geral as acerolas apresentam trecircs sementes por fruto Cada semente estaacute inserida

num caroccedilo reticulado e mais ou menos trilobado (Simatildeo 1971) Eacute bastante comum que algumas sementes sejam inviaacuteveis em virtude do abortamento do embriatildeo que responde

pelo baixo iacutendice de germinaccedilatildeo constatado

De acordo com Batista e outros (1989) e Simatildeo (1971) a acerola ou cereja das Antilhas produz de trecircs a quatro safras por ano A observaccedilatildeo direta de pomares irrigados

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco confirma entretanto a possibilidade de produccedilatildeo contiacutenua durante quase todo o ano Almeida e Arauacutejo (1992) informam que se receber

irrigaccedilatildeo e tratos culturais adequados a aceroleira pode produzir quatro a seis floradas por ano Esse comportamento se deve basicamente agraves condiccedilotildees de clima associadas agrave

praacutetica da irrigaccedilatildeo que ao favorecerem vaacuterios surtos de crescimento propiciam tambeacutem a floraccedilatildeo e frutificaccedilatildeo quase contiacutenua Eacute importante que a planta seja adequadamente

suprida de nutrientes essenciais sobretudo nitrogecircnio e de aacutegua apoacutes uma floraccedilatildeo pois eacute comum o abortamento de flores submetidas a condiccedilotildees adversas

Importacircncias Econocircmica alimentar e social

O cultivo da acerola vem acentuando de forma persistente e tem despertado interesse

entre os produtores e consumidores brasileiros ou estrangeiros tanto em natura ou

outros sub produtos industriais A importacircncia econocircmica da acerola nas estatiacutesticas eacute prejudicada pelo fato de que

exploraccedilatildeo comercial eacute em escala recente haacute pouca informaccedilatildeo a seu respeito Eacute faacutecil compreender a sua grande importacircncia econocircmica real e potencial em termos

de exportaccedilatildeo Uma vez que conquistou europeus japoneses e norte-americanos a acerola seraacute um

produto de peso na pauta exportaccedilatildeo No Brasil uma empresa baiana exporta anualmente 85 da sua produccedilatildeo o equivalente a 1500 toneladas de polpa (Lucas 1993)

A exportaccedilatildeo da fruta e do suco congelados de acerola satildeo promissores No Japatildeo segundo Genthon (1992) o valor dos sucos cultivados sem a aplicaccedilatildeo de pesticidas eacute

50 maior que ao similares que satildeo usados agrotoacutexicos As condiccedilotildees ecoloacutegicas das

aacutereas irrigadas do Nordeste onde o cultivo da acerola eacute reduzido o emprego de pesticidas

permitiratildeo ao Brasil atingir o mercado japonecircs para exportaccedilatildeo No Brasil alguns estados jaacute exportam acerola sob a forma de suco polpa ou fruta

congelada para Holanda e o Japatildeo alem de explorarem o mercado interno Vaz citado por Alves (1992) informa que o Japatildeo pretende importar o equivalente a US$ 30 milhotildees

em suco concentrado polpa e fruta em natura A produccedilatildeo brasileira de acerola ainda eacute suficiente para atender a essa demanda

Importacircncia Alimentar e Social Estudada desde 1946 por diversos pesquisadores dentre eles Asenjo (1959) e Sena e

Pereira (1984) como uma rica fonte de vitamina C o consumo da acerola deve ser incentivado pois possui grande valor nutricional e medicinal

Aleacutem do alto teor de vitamina C estatildeo presentes em sua composiccedilatildeo doses expressivas de vitamina A ferro e caacutelcio A acerola conteacutem ainda de acordo com Ledim (1958)

tiamina riboflavina e niacina aleacutem de ferro caacutelcio e foacutesforo necessaacuterio agraves funccedilotildees vitais do homem

Por ter um alto teor de vitamina C conclui-se que a acerola pode desempenhar um papel importante na alimentaccedilatildeo das pessoas

A acerola eacute caracterizada de matildeo-de-obra intensiva principalmente nas etapas de colheita e classificaccedilatildeo dos frutos Tratando-se de uma fruteira cuja produccedilatildeo nas aacutereas

irrigadas eacute quase ininterrupta seu cultivo requer maior contingecircncia de matildeo-de-obra O cultivo da acerola nos projetos irrigados do Nordeste eacute de suma importacircncia social

para o pequeno fruticultor que teraacute o fluxo de caixa quase contiacutenuo Este aspectos e

importante uma vez que o pequeno fruticultor em geral natildeo dispotildee de capital de giro

Variedades

A acerola eacute conhecida no Brasil haacute mais de 50 anos mas seu cultivo em escala comercial eacute recente No Nordeste a aacuterea plantada na maior parte foi instalada sem que

fosse necessaacuterio conhecimentos tecnoloacutegicos sobre as diversas variedades de aceroleiras Em quase todos os pomares pode ser observado uma escala acentuada de formas e tipos

de plantas e isso tem causado muitas dificuldades aos produtores de acerola uma vez que a desuniformidade das plantas acarreta perdas na produtividade dos pomares e na

qualidade dos frutos Pode-se encontrar no mesmo pomar plantas com crescimento distinto e aacutervores que produzem frutos em cacho e isolados assim como tamanho

formato e coloraccedilatildeo diferentes Essas diferenccedilas trazem problemas ao produtor pois as atividades agriacutecolas tornam-se difiacuteceis perante a diversidade de respostas que se obteacutem

de matrizes com caracteriacutesticas geneacuteticas diferentes

Eacute necessaacuterio que os pomares sejam formados a partir de variedades bem definidas contendo caracteriacutesticas agronocircmicas e tecnoloacutegicas adequadas

Tendo consciecircncia da necessidade de instalaccedilatildeo de pomares de aceroleiras com germoplasma caracterizado e selecionado alguns estados do Nordeste vem

desenvolvendo pesquisas no sentido de introduzir caracterizar selecionar e difundir plantas com qualidades agronocircmicas e tecnoloacutegicas comprovadoras e de interesse

comercial A variedade ideal de acerola para cultivo em aacutereas irrigadas do Nordeste teriam que

reunir caracteriacutesticas consideradas essenciais com alto niacutevel de produtividade (proacuteximo a 100 kgplantaano) e os frutos com coloraccedilatildeo vermelha e peso superior a 8 ndash 10 gramas

e teor de vitamina C acima de 2000 mg100g de polpa Dadas essas caracteriacutesticas deve-se buscar a seleccedilatildeo de plantas desprovidas de pecirclo

urticantes que podem acarretar seacuterios problemas agrave operaccedilatildeo de colheita buscando plantas que produzam frutos mais riacutegidos e resistentes ao transporte Eacute necessaacuterio que o

material selecionado possua resistecircncia ou toleracircncia a esse fitopatoacutegeno

As acerolas satildeo classificadas em doces e aacutecidas Sendo que as acerolas satildeo mais ricas em aacutecido ascoacuterbico Simatildeo (1971) informa que no Havaiacute foram selecionados os seguintes

clones Grupo doce ndash 4-43 (Mamoa) 9-68 (Rubi Tropical) e 8E-32 (Rainha do Havaiacute) No grupo aacutecido destacam-se 3B-21 (J H Beaumont) 22-40 (C F Rehnborg) e 3B-1

(Jumbo Vermelho) Na Estaccedilatildeo Experimental Agriacutecola da Universidade de Porto Rico onde se testaram

diversas seleccedilotildees de variedades clonais de acerola foram recomendadas para as condiccedilotildees locais as seleccedilotildees B-15 e B-17 A seleccedilatildeo B-15 caracteriza-se por ser produtiva

e gerar frutos com alto conteuacutedo de vitamina C A seleccedilatildeo B-17 produz frutos maiores faacuteceis de colher e adequados para comercializaccedilatildeo como fruta fresca (Marty e Pennok

1965) Os trabalhos de seleccedilatildeo realizados na Floacuterida destacam a variedade Floacuterida Sweet

como resistente a algumas doenccedilas fuacutengicas (International Board Plant Genetic

Resources 1986)

Variedades doces

Manoa Sweet Apresenta copa ereta e estendida Eacute vigorosa proliacutefica e tem tendecircncia a produzir muita ramagem liacuteder atingindo ateacute 5m de altura Seus frutos satildeo de coloraccedilatildeo

amarelo avermelhada quando completamente maduros Satildeo doces de bom sabor Eacute

recomendada para plantios caseiros Tropical Ruby O haacutebito de crescimento lembra a anterior necessitando de controle

para desenvolver tronco uacutenico Natildeo podada pode atingir 5m de altura Boa produtora seus frutos satildeo idecircnticos aos da Manoa Sweet

Hawaiian Queen Seu haacutebito de crescimento eacute ereto esparramado e aberto Igualmente deve ser conduzida de maneira a formar tronco uacutenico o que pode ser

praticado cem menor esforccedilo que as anteriores

Variedades aacutecidas

JHBeaumont Este clone eacute compacto baixo com ramagens densas e haacutebitos de crescimento que pode ser facilmente conduzido para formar arbusto de tronco uacutenico

Tanto a produccedilatildeo de frutos como a de aacutecido ascoacuterbico satildeo boas Fruto grande com coloraccedilatildeo laranja avermelhada quando completamente maduros

CFRehnborg A planta eacute de formaccedilatildeo compacta densamente ramificada podendo ser

facilmente conduzida para formar tronco uacutenico Embora altamente produtiva comparativamente seu teor em aacutecido ascoacuterbico eacute baixo Apresenta fruto grande com

coloraccedilatildeo laranja avermelhada passando a vermelho-escuro quando completamente maduro

F Haley Forma boas aacutervores para pomares sendo facilmente conduzida para formar tronco uacutenico e tem haacutebito de crescimento ereto Seus ramos satildeo alongados com

ramagem lateral natildeo esparramada Os frutos de tamanho meacutedio tecircm coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura quando plenamente maduros Esta variedade adapta-se melhor agraves

aacutereas mais secas Red Jumbo Possui tronco uacutenico e crescimento compacto ramagem bem distribuiacuteda e

haacutebito de crescimento baixo Embora seja arbusto baixo a porcentagem de frutificaccedilatildeo eacute relativamente alta e o fruto grande pesando 93g em meacutedia eacute de coloraccedilatildeo atrativa

passa do vermelho-cereja para o vermelho-puacuterpura quando em plena maturaccedilatildeo Maunawili Embora natildeo se destaque quanto ao conteuacutedo de aacutecido ascoacuterbico

demonstrou superior performance nas aacutereas bastante chuvosas e seu faacutecil e manejaacutevel

crescimento fizeram dela um clone desejaacutevel Desenvolve tronco uacutenico e exige pouca ou nenhuma posa seus ramos satildeo eretos e ao mesmo tempo compactos As folhas

geralmente pequenas e estreitas Seus frutos satildeo pequenos vermelho-cereja e ateacute vermelho-puacuterpura quando bem maduros

Condiccedilotildees Climaacuteticas Hiacutedricas e Solos

Clima

A acerola ou cereja das Antilhas eacute planta ruacutestica desenvolvendo-se em clima tropical e subtropical quando adulta (madura) suporta temperaturas de ateacute 0ordm C

Segundo Simatildeo (1971) e Almeida e Arauacutejo (1992) a acerola se adapta bem agrave temperatura meacutedia em torno de 26ordm C

Durante o periacuteodo seco e frio a planta permanece estacionaacuteria o que eacute normal e quando a temperatura se eleva a vegetaccedilatildeo e o florescimento mantecircm-se constantes

Sua frutificaccedilatildeo acontece na primavera-veratildeo A altitude pode ser de 0 niacutevel do mar ateacute

800m ou mais Por ser de clima tropical e subtropical com chuvas ou irrigaccedilotildees distribuiacutedas em torno de 1000 a 2000 mm poderaacute haver uma grande produccedilatildeo de frutos

de maior tamanho As chuvas excessivas ultrapassando 1600 mm podem ocasionar frutos com menos vitamina C e aquosos

Para Marty e Pennock (1965) a acerola natildeo exige solos especiacuteficos Os mais indicados satildeo os de meacutedia fertilidade e os argilo-arenosos por reterem maior teor de umidade

Entretanto certos cuidados devem ser tomados como a fertilizaccedilatildeo adequada dos terrenos arenosos e a drenagem das aacutereas de solos mais pesados onde pode ocorrer

salinaccedilatildeo e evitando nos solos mais arenosos as aacutereas infestadas por nematoacuteides

Propagaccedilatildeo

A aceroleira eacute uma planta considerada de propagaccedilatildeo simples dado que pode ser multiplicada por vaacuterios processos Ela se propaga facilmente com o emprego de

sementes estaquia e enxertia (Amaral 1992 Matry e Pennock 1965 Holmquist 1966 Bezerra e outros 1992)

O fato da aceroleira ser uma planta autofeacutertil podem-se obter plantas praticamente idecircnticas com a utilizaccedilatildeo da propagaccedilatildeo por meio de sementes (Simatildeo 1971) Nos

plantios em grandes escalas entretanto essa modalidade de propagaccedilatildeo soacute deve ser

adotada se as sementes provierem de frutos colhidos em aacutereas formadas com plantas uniformes portadoras das melhores caracteriacutesticas produtivas e comerciais pois desse

modo se reduz o risco da geraccedilatildeo de matrizes geneticamente indesejaacuteveis As mudas a partir de sementes podem ser formadas em canteiros com 15 cm de altura

e 120 cm de largura e comprimento variaacutevel em funccedilatildeo das caracteriacutesticas da propriedade A semeadura pode ser feita em caixa de madeira ou similar utilizadas como

germinador medindo 15 cm de largura ou em recipiente de polietileno preto com 20 cm de altura e 15 cm de diacircmetro Alguns viveiristas produzem as mudas em recipientes de

polietileno de 6 cm de diacircmetro e 25 cm de altura reduzindo assim o custo de produccedilatildeo devido ao maior nuacutemero de mudas transportadas por unidade de aacuterea

As sementes devem provir de frutos fisiologicamente maduros dos quais satildeo extraiacutedas sendo em seguida lavadas e postas a secar agrave sombra A germinaccedilatildeo ocorre em geral

dentro de 20 a 150 dias seu iacutendice eacute de 20 a 30 em virtude da ocorrecircncia frequumlente de abortamento do embriatildeo (Marty e Pennock 1965) A proteccedilatildeo contra a insolaccedilatildeo

direta e as regas diaacuterias satildeo praacuteticas indispensaacuteveis ao sucesso na germinaccedilatildeo das

sementes Diversos trabalhos comprovam por outro lado a viabilidade da propagaccedilatildeo assexuada

mediante o enraizamento de estaca Esse meacutetodo assegura maior precocidade na produccedilatildeo assim como a transmissibilidade das caracteriacutesticas geneacuteticas da planta

propagada Pomares implantados na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco com mudas propagadas por estaca iniciaram a frutificaccedilatildeo entre cinco e doze meses apoacutes o plantio no

local definitivo Embora a multiplicaccedilatildeo por estaca seja um meacutetodo mais difiacutecil e de custo de produccedilatildeo

mais elevado sua adoccedilatildeo eacute preferiacutevel pois com ele se obtecircm com certeza absoluta plantas natildeo soacute uniformes como portadoras de caracteriacutesticas determinadas O material

propagativo usado na estaquia deve ser coletado a partir de matrizes preacute-selecionadas comprovadamente produtivas e livres de pragas e doenccedilas As estacas com folhas devem

ser tuacutergidas e plantadas de imediato pois comprovou-se na praacutetica um maior percentual de enraizamento

Pesquisas realizadas por Nascimento (1991) em casa de vegetaccedilatildeo utilizando estacas

semilenhosas com folhas medindo 15 a 20cm de comprimento e 3 a 6mm de diacircmetro coletadas antes da floraccedilatildeo e plantadas em substrato de areia possibilitaram um

enraizamento da ordem de 50 quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico em poacute na concentraccedilatildeo de 6000ppm Nos estudos levados a efeito pela Universidade Federal em

Areias na Paraiacuteba nos quais se utilizaram estacas com 20cm de comprimento e diacircmetros entre 4 e 8mm plantadas sem folhas e num substrato de areia houve o enraizamento de

45 das estacas quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico na concentraccedilatildeo de 2400ppm (Alves e outros 1991)

Bezerra e outros em trabalhos realizados em Goiacircnia (Pernambuco) com estacas herbaacuteceas coletadas em duas eacutepocas fevereiro e abril - constataram que o uso dos

aacutecidos indolbutiacuterico e naftalenoaceacutetico nas concentraccedilotildees de 50 e 100ppm respectivamente natildeo estimulou o enraizamento das estacas Foi de 873 o percentual

de enraizamento obtido quando as estacas foram retiradas em abril Marty e Pennock (1965) assinalam que na propagaccedilatildeo da acerola por meio de estaca

devem-se utilizar as pontas dos ramos vigorosos de plantas jovens A medida

recomendada para a estaca eacute de 8 a 10 polegadas no substrato de enraizamento planta-se apenas o seu terccedilo inferior As estacas que devem ser tratadas com aacutecido

indolbutiacuterico satildeo colocadas para enraizar num substrato de areia ou vermiculita e em cacircmara de nebulizaccedilatildeo intermitente de modo a manter a umidade ambiental Apoacutes o

periacuteodo de enraizamento 50-60 dias as mudas enraizadas satildeo transplantadas para recipientes individuais com uma altura miacutenima de 15-20cm

A propagaccedilatildeo da acerola por meio de enxertia apesar de pouco recomendada tambeacutem pode ser utilizada com sucesso (Simatildeo 1971) Holmquist (1966) relata que de quatro

meacutetodos de enxertia testados na Universidade Central da Venezuela o processo de garfagem em fenda cheia possibilitou um pegamento de enxerto da ordem de 86

Natildeo obstante a maior rapidez na obtenccedilatildeo da muda de acerola quando se usa a

estaquia em lugar da enxertia o uso deste uacuteltimo meacutetodo apresenta algumas vantagens comparativas que merecem ser analisadas As mudas propagadas por enxertia criam um

sistema radicular mais vigoroso o qual explora consequumlentemente maior volume de solo Aleacutem disso a presenccedila da raiz pivotante na muda obtida por enxertia daacute maior

firmeza agrave planta no solo um efeito que deve ser levado em conta principalmente na implantaccedilatildeo de pomares em aacutereas sujeitas a ventos fortes Estes por exemplo satildeo

bastantes frequumlentes no segundo semestre do ano nas aacutereas irrigadas do Nordeste Ainda

que em pequena escala tem-se observado na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco o tombamento de plantas de acerola multiplicadas por estaca em consequumlecircncia da accedilatildeo do

vento Este fato ocorre porque essas plantas apoacutes serem transplantadas para o local definitivo apresentam um sistema radicular adventiacutecio portanto de localizaccedilatildeo mais

superficial Tendo em vista que os estudos sobre enxertia da aceroleira foram levados a efeito na

Venezuela recomenda-se a realizaccedilatildeo de ensaios experimentais no sentido de se definir o processo de enxertia mais adequado agraves condiccedilotildees dos ecossistemas brasileiros

principalmente nas aacutereas de maior incidecircncia de ventos fortes A EMBRAPA CPATSA (Centro de Pesquisa Agropecuaacuteria do Troacutepico Semi-Aacuterido) estaacute desenvolvendo um ensaio

em que considerou trecircs processos de enxertia ndash garfagem no topo em fendas cheias garfagem lateral em inglecircs simples e bolbulhia de placa em janela aberta - aleacutem de dois

meacutetodos de produccedilatildeo do porta-enxertos ndash viveiro e recipientes Haacute evidecircncia de que a enxertia de borbulhia de placa em janela aberta seraacute viaacutevel assim como o processo de

garfagem no topo em fenda cheia este quando realizado sob cobertura de tela

Cumpre acrescentar que as mudas quer propagadas por estaquia quer por enxertia devem ser adquiridas de entidades ou produtores credenciados e idocircneos Este aspecto eacute

de primordial importacircncia pois o sucesso do empreendimento frutiacutecola depende fundamentalmente da qualidade da muda utilizada

Tratos Culturais

O controle das plantas daninhas eacute uma praacutetica indispensaacutevel A ocorrecircncia dessas

plantas causa uma seacuterie de transtornos que prejudicam o crescimento d desenvolvimento das plantas frutiacuteferas sofrendo perdas qualitativas e quantitativas e favorecem no

aparecimento de pragas e doenccedilas tal infestaccedilatildeo dificulta a inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos sistemas de irrigaccedilatildeo aumentando o custo operacional nas aacutereas irrigadas por sistema de

aspersatildeo moacuteveis Devemos salientar que aleacutem dos transtornos mencionados tem tambeacutem as dificuldades na hora da colheita

O controle das plantas daninhas tem sido feito por capinas manuais na projeccedilatildeo da

copa deixando o mato para ser rebaixado com roccediladeiras ou manualmente com ferramentas apropriadas Na Zona da Mata (Regiatildeo Nordeste) tem sido comum esta

praacutetica no periacuteodo de chuva O controle das plantas daninhas mediante a aplicaccedilatildeo de herbicidas eacute recomendaacutevel

nas aacutereas das empresas agriacutecolas de meacutedio e grande porte que podem contar com assistecircncia teacutecnica especializada Neste caso eacute preciso o conhecimento minucioso natildeo soacute

da populaccedilatildeo invasora como do herbicida a ser aplicado Haacute necessidade de estudos nessa aacuterea envolvendo a aceroleira de modo a evitar efeitos toacutexicos agrave planta e na

contaminaccedilatildeo dos frutos a serem exportados ou comercializados no mercado interno

Podas de Formaccedilatildeo e Corretivas

As podas na cultura da acerola satildeo fundamentais em regiotildees tropicais a planta chega ateacute 9 safrasano com colheitas diaacuterias Podas de formaccedilatildeo limpeza e draacutesticas bem

executadas facilitaratildeo os tratos culturais e na colheita

Apoacutes o pegamento da muda no local definido seratildeo necessaacuterias podas de formaccedilatildeo para conduzi-las em haste uacutenica ateacute a altura de 30-40 cm do solo Esta haste apoacutes

podada a gema apical deveraacute ficar entre 50 a 60 cm de altura sendo com isto estimulada a brotaccedilatildeo das gemas laterais Estas gemas originaratildeo ramos laterais dos

quais seratildeo escolhidos 3 ou 4 ramos equumlidistantes com alturas diferentes na metade superior da haste permitindo simetria e equiliacutebrio fiacutesico entre os ramos

Tambeacutem eacute importante podas corretivas a fim de eliminar as brotaccedilotildees que surgem nos trecircs ou quatro ramos principais especialmente os que se dirigem para o solo Esta poda eacute

para evitar que os ramos cubram o solo na aacuterea da projeccedilatildeo da copa e atrapalhe na praacutetica de cultura ndash irrigaccedilatildeo adubaccedilatildeo e cobertura morta

Eacute necessaacuterio eliminar as brotaccedilotildees nas pernadas ou ramos principais ateacute dez

centiacutemetros a partir do tronco inclusive as que se voltam para o interior da copa a fim de que fique mais aberta no centro e arejada Marty e Pennock (1965) ressaltam que isso

permitiraacute maior penetraccedilatildeo de luz solar no dossel vegetal atingindo ramos e folhas no seu interior

A poda de ramos indesejaacuteveis deve ser feita assim que necessaacuteria para evitar que a planta gaste energia com ramos que mais tarde teratildeo que ser podados Se feito isto

tardiamente poderaacute determinar a formaccedilatildeo de uma copa defeituosa

A poda draacutestica tem sido executada uma vez ao ano quando a planta jaacute adulta encontra-se em repouso vegetativo o que acontece no periacuteodo de chuva no

NorteNordeste ou no inverno para outras regiotildees Essa poda eacute feita visando reduzir a altura da copa em 15 a 20m cortando os galhos

mais vigorosos e mal localizados facilitando a operaccedilatildeo de colheitas que se concentram na primavera e veratildeo

A poda corretiva deveraacute ser feita apoacutes cada ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo ou quando necessaacuteria de modo a manter as plantas na altura padratildeo do pomar Natildeo se recomenda

as podas destinadas a estimular a frutificaccedilatildeo pois ainda carece de estudos e pesquisas antes que tal praacutetica possa ser implementada em pomares orientados para a produccedilatildeo

comercial Eacute de forma generalizada que as aceroleiras com maior volume de copa satildeo mais

produtivas Daiacute a necessidade de agir com cautela no que concerne agraves podas de frutificaccedilatildeo pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas

espeacutecies prejudicam a produccedilatildeo

A poda de limpeza eacute feita durante toda a vida uacutetil das aceroleiras e torna indispensaacutevel a manutenccedilatildeo da conformaccedilatildeo desejada Devendo ser feita quando a planta estiver se

flores e frutos sempre que necessaacuterio

Irrigaccedilatildeo

A irrigaccedilatildeo na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiotildees com problemas de insuficiecircncia eou maacute distribuiccedilatildeo de chuvas (abaixo de 1600mm anuais)

Aacute medida que se reduz a disponibilidade de aacutegua diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aeacuterea da planta poreacutem a aacutegua em excesso provoca diminuiccedilatildeo da

qualidade do fruto reduzindo os teores de vitamina C o uso da irrigaccedilatildeo de forma racional permiti no miacutenimo a duplicaccedilatildeo da produccedilatildeo e o aumento no nuacutemero de safras

Segundo Scaloppi (1986) a escolha dos sistemas de rega depende de uma seacuterie de fatores teacutecnicos econocircmicos e culturais com as condiccedilotildees especiacuteficas da propriedade 1)

recursos hiacutedricos (potencial hiacutedrico situaccedilatildeo topograacutefica qualidade e custo da aacutegua) 2)

topografia 3) solos (caracteriacutesticas morfoloacutegicas retenccedilatildeo hiacutedrica infiltraccedilatildeo caracteriacutesticas quiacutemicas e variabilidade espacial) 4) clima (precipitaccedilatildeo ventos e

evapotranspiraccedilatildeo potencial) 5) culturas (sistema e densidade de plantio profundidade efetiva do sistema radicular altura das plantas exigecircncias agronocircmicas e valor

econocircmico) 6) aspectos econocircmicos (custos iniciais operacionais e de manutenccedilatildeo) 7) fatores humanos (niacutevel educacional poder aquisitivo tradiccedilatildeo etc)

Os tipos de irrigaccedilatildeo mais utilizados satildeo aspersatildeo convencional microaspersatildeo gotejamento e por tubos perfurados (Xique-xique) por sulco de infiltraccedilatildeo com bacias de

captaccedilatildeo na projeccedilatildeo da copa e irrigaccedilatildeo por mangueira no mesmo estilo Os sistemas de irrigaccedilatildeo por sulcos e gotejamento satildeo indicados para solos argilo-

arenosos jaacute os sistemas de aspersatildeo e microaspersatildeo se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos

Cultura intercalar

O plantio de culturas intercalares eacute viaacutevel em pomares de aceroleiras voltadas a exportaccedilatildeo embora esta praacutetica esteja sujeita a algumas restriccedilotildees A principal delas diz

respeito ao meacutetodo de irrigaccedilatildeo utilizado a consorciaccedilatildeo soacute eacute possiacutevel quando se adota a irrigaccedilatildeo por aspersatildeo ou se for feita no periacuteodo de chuvas Nesta eacutepoca ela pode tornar-

se pouco atraente devido agrave irregularidade temporal e espacial das precipitaccedilotildees tal como ocorre na regiatildeo Nordeste O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras ndash

Principalmente a mangueira ndash apesar de jaacute ter sido praticado em aacutereas irrigadas n Nordeste requer maiores conhecimentos teacutecnicos

Embora natildeo apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo o consoacutercio entre aceroleiras e mangueiras pode tornar-se bastante difiacutecil principalmente depois que

as mangueiras iniciam a produccedilatildeo econocircmica ou quando as copas das fruteiras

consorciadas comeccedilam a se interceptar Seacuterias dificuldades se fazem sentir na tentativa

de compatibilizar a irrigaccedilatildeo a adubaccedilatildeo e as pulverizaccedilotildees Estas praacuteticas satildeo especificas de cada cultura e devem ser executadas em eacutepocas predeterminadas entatildeo

vai haver uma hora que o produtor teraacute de eliminar a cultura secundaacuteria para natildeo prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal

Outro fator que define a espeacutecie da cultura a ser consorciada com a acerola eacute o sistema de irrigaccedilatildeo adotado Nas irrigaccedilotildees por sulco ou aspersatildeo as limitaccedilotildees restringem-se

apenas agraves espeacutecies de cultura passiacuteveis de consorciaccedilatildeo Se a irrigaccedilatildeo eacute a localizada a

intercalaccedilatildeo de culturas soacute pode ser feita entre plantas ao longo da fileira Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigaccedilatildeo localizada ndash

gotejamento microaspersatildeo tubos perfurados seraacute possiacutevel intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras

O alto padratildeo de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas natildeo eacute aconselhaacutevel a praacutetica da consorciaccedilatildeo jaacute que o produtor de acerola para exportaccedilatildeo

deve dispensar atenccedilatildeo maacutexima agrave obtenccedilatildeo de frutas que atendam aos padrotildees internacionais de qualidade Caso isso natildeo aconteccedila esse produtor teraacute dificuldades de

competir num mercado cada vez mais exigente Poreacutem a consorciaccedilatildeo deveraacute ser incentivada durante a fase de formaccedilatildeo do pomar de acerola como uma forma de

amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados e a adoccedilatildeo desse sistema poderaacute ser uacutetil principalmente em pequenas aacutereas associando-se a aceroleira com

culturas de ciclo curto e tendo em vista o incremento da renda e da remuneraccedilatildeo do fruticultor bem como o aproveitamento da matildeo-de-obra familiar

Nutriccedilatildeo Adubaccedilatildeo e Calagem

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta ruacutestica facilmente adaptaacutevel aos mais variados tipos de solo requer manejo correto quanto agrave adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo das

plantas principalmente nos pomares orientados para a exportaccedilatildeo A fertilizaccedilatildeo eacute de suma importacircncia em termos percentuais para o aumento da

produtividade Segundo Lopes e Guilherme (1990) se feita uma aplicaccedilatildeo correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produccedilatildeo por unidade de

nutriente aplicado A ineficiecircncia de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos

Para a exportaccedilatildeo o manejo racional dos fertilizantes eacute fundamentalmente necessaacuterio estas teacutecnicas de manejo baacutesico e essencial estatildeo a seguir

a) ndash Anaacutelise de solo ndash Eacute um excelente meio de se diagnosticar com maior precisatildeo o fertilizante e a quantidade a ser aplicada

b) ndash Anaacutelise foliar ndash Tornou-se um importante recurso para a diagnose de

problemas nutricionais principalmente em culturas perenes Se associada agrave anaacutelise de solo proporciona orientaccedilatildeo segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenoloacutegico

da cultura c) ndash Testes de tecidos ndash Os testes raacutepidos ou testes de tecidos satildeo muito

conhecidos nos Estados Unidos e Europa No Brasil o seu uso ainda eacute muito limitado Satildeo utilizados na avaliaccedilatildeo nutricional das plantas sobretudo no que diz respeito a nitrogecircnio

foacutesforo e potaacutessio Feitos no campo datildeo uma ideacuteia imediata da situaccedilatildeo nutricional do pomar

d) ndash Observaccedilatildeo dos sintomas de deficiecircncia de nutrientes ndash Permite a identificaccedilatildeo visual da deficiecircncia de nutrientes em plantas com vistas ao diagnoacutestico e agrave

previsatildeo dos problemas do pomar e) ndash Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes ndash Eacute

fundamental para a tomada de decisotildees a cerca da aplicaccedilatildeo de micronutrientes Esses fatores entre outros o niacutevel do pH do solo e a presenccedila do alumiacutenio em niacuteveis toacutexicos

Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histoacuterico da aacuterea a ser cultivada eacute de grande valia na otimizaccedilatildeo ou maximizaccedilatildeo do uso e eficiecircncia dos fertilizantes

No Brasil haacute pouca informaccedilatildeo disponiacutevel a respeito da adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas das aacutereas irrigadas do Nordeste

Estudos desenvolvidos em Porto Rico Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiecircncia nutricional na aceroleira cultivada em soluccedilatildeo

nutritiva 1 ndash A eliminaccedilatildeo do nitrogecircnio da soluccedilatildeo nutritiva foi o fator que mais deteve o

crescimento e a produccedilatildeo das plantas

2 ndash A deficiecircncia de foacutesforo boro enxofre e ferro natildeo tiveram efeito tatildeo nocivo sobre o

crescimento das plantas quanto o produzido pela carecircncia de nitrogecircnio porem diminuiu drasticamente a produccedilatildeo de frutos

3 ndash A deficiecircncia de magneacutesio e manganecircs produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produccedilatildeo das aceroleiras

4 ndash A falta de potaacutessio diminuiu o diacircmetro dos ramos e o tamanho dos frutos 5 ndash A deficiecircncia de caacutelcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas

6 ndash Os iacutendices mais altos de nitrogecircnio foram encontrados em folhas de aacutervores

deficientes em enxofre e ferro 7 ndash As plantas deficientes em nitrogecircnio apresentaram alta concentraccedilatildeo de foacutesforo nas

folhas 8 ndash As aacutervores deficientes em foacutesforo natildeo apresentaram sintoma algum dessa carecircncia

9 ndash Os menores niacuteveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em caacutelcio

10 ndash Os sintomas mais seacuterios de deficiecircncia de nitrogecircnio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas

Silva e Junior e outros (1988) citados por Alves (1992) observaram que o nitrogecircnio e

o potaacutessio satildeo os elementos extraiacutedos em maior quantidade pelos frutos Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniecircncia de suprir fartamente a aceroleira de

elementos maiores principalmente o nitrogecircnio sugerindo a aplicaccedilatildeo da foacutermula 14-4-10 duas vezes por ano na quantidade de 160kgha nos dois primeiros anos da

implantaccedilatildeo do pomar

Os adubos devem ser distribuiacutedos em circulo sobre a superfiacutecie do terreno na projeccedilatildeo da copa

Simatildeo (1971) indica a foacutermula 8-8-15 a base de 500gplanta ateacute a idade de quatro anos Para as plantas adultas recomenda a mesma foacutermula usando poreacutem 15 a

25kgplanta em duas aplicaccedilotildees Simatildeo (1971) recomenda ainda que ateacute o iniacutecio da frutificaccedilatildeo a planta seja adubada

anualmente com esta mistura 400 gramas de superfosfato de caacutelcio e 200 gramas de cloreto de potaacutessio Iniciada a frutificaccedilatildeo recomenda a aplicaccedilatildeo da seguinte foacutermula

660 1000 gramas de sulfato de amocircnio ou nitrocaacutelcio 600 a 900 gramas de superfosfato de caacutelcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potaacutessio Esta adubaccedilatildeo que eacute indicada para

aacutereas dependentes de chuvas deve ser dividida em duas doses iguais uma aplicada no iniacutecio do periacuteodo chuvoso e a outra no fim desse periacuteodo em faixa circular distante entre

20 e 40cm do tronco ou na projeccedilatildeo da copa Para as aacutereas irrigadas do submeacutedio Satildeo Francisco recomenda-se aplicar em fundaccedilatildeo

(cova) 400-500 gramas de superfosfato simples 300-400 gramas de cloreto de potaacutessio

e 20 litros no miacutenimo de esterco bem curtido Durante o primeiro ano recomenda-se a adubaccedilatildeo mensal em cobertura e na projeccedilatildeo da copa 30-40 gramas de ureacuteia e 30-40

gramas de sulfato de potaacutessio por planta adicionando-se a cada seis meses tambeacutem em cobertura 20 litros de esterco bem curtido

As adubaccedilotildees regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente sobretudo se natildeo estiverem acompanhadas de uma caracterizaccedilatildeo

detalhada do solo do manejo e do estaacutedio de desenvolvimento da cultura Na adubaccedilatildeo orgacircnica apesar das poucas experiecircncias realizadas seu uso eacute

recomendaacutevel principalmente por ocasiatildeo do plantio e depois duas vezes por ano em cobertura sob a projeccedilatildeo da copa Deve ser incentivado nos solos arenosos da regiatildeo

semi-aacuterida do Nordeste em virtude da sua pobreza em mateacuteria orgacircnica e pela proteccedilatildeo que essa adubaccedilatildeo oferece contra a insolaccedilatildeo direta e a consequumlente evaporaccedilatildeo

A anaacutelise quiacutemica do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos para que se possa avaliar a necessidade natildeo soacute da aplicaccedilatildeo de corretivos como da adequaccedilatildeo dos

niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio

A calagem eacute recomendada com base no teor de alumiacutenio trocaacutevel ou em funccedilatildeo dos niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio no complexo sortivo do solo Tambeacutem poderaacute basear-se no

teor de mateacuteria orgacircnica presente no solo Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira

apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 55 a 65 As aacutervores cresceram com maior vigor apresentaram uma folhagem verde-escuro e

propiciaram maior produtividade Nos pomares de acerola orientados para a exportaccedilatildeo a calagem constitui-se pois numa praacutetica indispensaacutevel com vistas agrave correccedilatildeo do pH do

solo para situaacute-lo na faixa que melhor atenda agraves exigecircncias da cultura Hernandez (1970) ainda ressalta que a aplicaccedilatildeo de calcaacuterio aumenta a produtividade i o conteuacutedo

de aacutecido ascoacuterbico da fruta

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

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Page 3: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

vermelho O caacutelice possui entre seis e dez seacutepalas seacutesseis a corola compotildee-se de cinco

peacutetalas franjadas ou irregularmente dentadas apresentando dez estames perfeitos As flores surgem sempre apoacutes um surto de crescimento vegetativo Podem tanto

originar-se na axila das folhas dos ramos maduros em crescimento como nas axilas das folhas do ramo receacutem-brotados

Segundo Simatildeo (1971) foram realizados estudos sobre a receptividade do estigma e sobre a deiscecircncia da antera Ficou caracterizada a natildeo ocorrecircncia de dicogamia e a

ocorrecircncia de dicogamia e a ocorrecircncia tanto de autopolinizaccedilatildeo como de polinizaccedilatildeo

cruzada Para esse autor tudo indica que a polinizaccedilatildeo cruzada responde em alguns casos pelo maior tamanho do fruto

Na observaccedilatildeo de aacutereas de plantio comercial tem-se constatado a presenccedila persistente e contiacutenua de abelhas sobre as folhas abertas o que pode iniciar ser este inseto um

polinizador eficiente para a cereja das Antilhas Algumas espeacutecies de Malpighia polinizadas por abelhas entre as quais a M emarginata respondem com uma alta taxa

de frutificaccedilatildeo efetiva (International Board Plant Genetic Resources 1986) Os frutos da aceroleira satildeo drupas de forma bastante variaacutevel Haacute frutos arredondados

ovalados ou mesmo cocircnicos Sua cor quando maduros pode ser vermelha roxa e amarela Estaacute caracteriacutestica eacute muito importante pois a induacutestria de processamento que

prefere os frutos de coloraccedilatildeo vermelha descarta os verdes ou amarelados Constata-se tambeacutem que as acerolas crescem isoladas ou em cachos de dois ou mais frutos sempre

na axilas das folhas Os frutos da aceroleira satildeo pequenos seu peso varia de 3 a 16 gramas em funccedilatildeo

basicamente do potencial geneacutetico da planta e das condiccedilotildees do cultivo Em geral o

tamanho dos frutos que crescem isolados eacute maior que o dos que formam cacho Segundo Arostegui e Pennock (1955) a acerola apresenta um conteuacutedo meacutedio de vitamina C de

aproximadamente 2 e um rendimento meacutedio de suco entre 59 e 73 do seu peso Arostegiu e outros (1955) destacaram que o teor de vitamina C do futuro pode ainda

variar em funccedilatildeo da eacutepoca da colheita Campillo e Asenjo (1957) informam por sua vez que o teor de aacutecido ascoacuterbico da acerola decresce a medida que esta vai amadurecendo

A formaccedilatildeo do fruto ocorre muito rapidamente Constatou-se no Submeacutedio Satildeo Francisco que o tempo decorrido entre o florescimento e a colheita eacute de aproximadamente

trecircs a quatro semanas Este conhecimento eacute da maior importacircncia para o produtor de acerola que pode assim programar com maior perspectiva de acerto suas atividades de

colheita e comercializaccedilatildeo da fruta nos mercados interno e externo Em geral as acerolas apresentam trecircs sementes por fruto Cada semente estaacute inserida

num caroccedilo reticulado e mais ou menos trilobado (Simatildeo 1971) Eacute bastante comum que algumas sementes sejam inviaacuteveis em virtude do abortamento do embriatildeo que responde

pelo baixo iacutendice de germinaccedilatildeo constatado

De acordo com Batista e outros (1989) e Simatildeo (1971) a acerola ou cereja das Antilhas produz de trecircs a quatro safras por ano A observaccedilatildeo direta de pomares irrigados

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco confirma entretanto a possibilidade de produccedilatildeo contiacutenua durante quase todo o ano Almeida e Arauacutejo (1992) informam que se receber

irrigaccedilatildeo e tratos culturais adequados a aceroleira pode produzir quatro a seis floradas por ano Esse comportamento se deve basicamente agraves condiccedilotildees de clima associadas agrave

praacutetica da irrigaccedilatildeo que ao favorecerem vaacuterios surtos de crescimento propiciam tambeacutem a floraccedilatildeo e frutificaccedilatildeo quase contiacutenua Eacute importante que a planta seja adequadamente

suprida de nutrientes essenciais sobretudo nitrogecircnio e de aacutegua apoacutes uma floraccedilatildeo pois eacute comum o abortamento de flores submetidas a condiccedilotildees adversas

Importacircncias Econocircmica alimentar e social

O cultivo da acerola vem acentuando de forma persistente e tem despertado interesse

entre os produtores e consumidores brasileiros ou estrangeiros tanto em natura ou

outros sub produtos industriais A importacircncia econocircmica da acerola nas estatiacutesticas eacute prejudicada pelo fato de que

exploraccedilatildeo comercial eacute em escala recente haacute pouca informaccedilatildeo a seu respeito Eacute faacutecil compreender a sua grande importacircncia econocircmica real e potencial em termos

de exportaccedilatildeo Uma vez que conquistou europeus japoneses e norte-americanos a acerola seraacute um

produto de peso na pauta exportaccedilatildeo No Brasil uma empresa baiana exporta anualmente 85 da sua produccedilatildeo o equivalente a 1500 toneladas de polpa (Lucas 1993)

A exportaccedilatildeo da fruta e do suco congelados de acerola satildeo promissores No Japatildeo segundo Genthon (1992) o valor dos sucos cultivados sem a aplicaccedilatildeo de pesticidas eacute

50 maior que ao similares que satildeo usados agrotoacutexicos As condiccedilotildees ecoloacutegicas das

aacutereas irrigadas do Nordeste onde o cultivo da acerola eacute reduzido o emprego de pesticidas

permitiratildeo ao Brasil atingir o mercado japonecircs para exportaccedilatildeo No Brasil alguns estados jaacute exportam acerola sob a forma de suco polpa ou fruta

congelada para Holanda e o Japatildeo alem de explorarem o mercado interno Vaz citado por Alves (1992) informa que o Japatildeo pretende importar o equivalente a US$ 30 milhotildees

em suco concentrado polpa e fruta em natura A produccedilatildeo brasileira de acerola ainda eacute suficiente para atender a essa demanda

Importacircncia Alimentar e Social Estudada desde 1946 por diversos pesquisadores dentre eles Asenjo (1959) e Sena e

Pereira (1984) como uma rica fonte de vitamina C o consumo da acerola deve ser incentivado pois possui grande valor nutricional e medicinal

Aleacutem do alto teor de vitamina C estatildeo presentes em sua composiccedilatildeo doses expressivas de vitamina A ferro e caacutelcio A acerola conteacutem ainda de acordo com Ledim (1958)

tiamina riboflavina e niacina aleacutem de ferro caacutelcio e foacutesforo necessaacuterio agraves funccedilotildees vitais do homem

Por ter um alto teor de vitamina C conclui-se que a acerola pode desempenhar um papel importante na alimentaccedilatildeo das pessoas

A acerola eacute caracterizada de matildeo-de-obra intensiva principalmente nas etapas de colheita e classificaccedilatildeo dos frutos Tratando-se de uma fruteira cuja produccedilatildeo nas aacutereas

irrigadas eacute quase ininterrupta seu cultivo requer maior contingecircncia de matildeo-de-obra O cultivo da acerola nos projetos irrigados do Nordeste eacute de suma importacircncia social

para o pequeno fruticultor que teraacute o fluxo de caixa quase contiacutenuo Este aspectos e

importante uma vez que o pequeno fruticultor em geral natildeo dispotildee de capital de giro

Variedades

A acerola eacute conhecida no Brasil haacute mais de 50 anos mas seu cultivo em escala comercial eacute recente No Nordeste a aacuterea plantada na maior parte foi instalada sem que

fosse necessaacuterio conhecimentos tecnoloacutegicos sobre as diversas variedades de aceroleiras Em quase todos os pomares pode ser observado uma escala acentuada de formas e tipos

de plantas e isso tem causado muitas dificuldades aos produtores de acerola uma vez que a desuniformidade das plantas acarreta perdas na produtividade dos pomares e na

qualidade dos frutos Pode-se encontrar no mesmo pomar plantas com crescimento distinto e aacutervores que produzem frutos em cacho e isolados assim como tamanho

formato e coloraccedilatildeo diferentes Essas diferenccedilas trazem problemas ao produtor pois as atividades agriacutecolas tornam-se difiacuteceis perante a diversidade de respostas que se obteacutem

de matrizes com caracteriacutesticas geneacuteticas diferentes

Eacute necessaacuterio que os pomares sejam formados a partir de variedades bem definidas contendo caracteriacutesticas agronocircmicas e tecnoloacutegicas adequadas

Tendo consciecircncia da necessidade de instalaccedilatildeo de pomares de aceroleiras com germoplasma caracterizado e selecionado alguns estados do Nordeste vem

desenvolvendo pesquisas no sentido de introduzir caracterizar selecionar e difundir plantas com qualidades agronocircmicas e tecnoloacutegicas comprovadoras e de interesse

comercial A variedade ideal de acerola para cultivo em aacutereas irrigadas do Nordeste teriam que

reunir caracteriacutesticas consideradas essenciais com alto niacutevel de produtividade (proacuteximo a 100 kgplantaano) e os frutos com coloraccedilatildeo vermelha e peso superior a 8 ndash 10 gramas

e teor de vitamina C acima de 2000 mg100g de polpa Dadas essas caracteriacutesticas deve-se buscar a seleccedilatildeo de plantas desprovidas de pecirclo

urticantes que podem acarretar seacuterios problemas agrave operaccedilatildeo de colheita buscando plantas que produzam frutos mais riacutegidos e resistentes ao transporte Eacute necessaacuterio que o

material selecionado possua resistecircncia ou toleracircncia a esse fitopatoacutegeno

As acerolas satildeo classificadas em doces e aacutecidas Sendo que as acerolas satildeo mais ricas em aacutecido ascoacuterbico Simatildeo (1971) informa que no Havaiacute foram selecionados os seguintes

clones Grupo doce ndash 4-43 (Mamoa) 9-68 (Rubi Tropical) e 8E-32 (Rainha do Havaiacute) No grupo aacutecido destacam-se 3B-21 (J H Beaumont) 22-40 (C F Rehnborg) e 3B-1

(Jumbo Vermelho) Na Estaccedilatildeo Experimental Agriacutecola da Universidade de Porto Rico onde se testaram

diversas seleccedilotildees de variedades clonais de acerola foram recomendadas para as condiccedilotildees locais as seleccedilotildees B-15 e B-17 A seleccedilatildeo B-15 caracteriza-se por ser produtiva

e gerar frutos com alto conteuacutedo de vitamina C A seleccedilatildeo B-17 produz frutos maiores faacuteceis de colher e adequados para comercializaccedilatildeo como fruta fresca (Marty e Pennok

1965) Os trabalhos de seleccedilatildeo realizados na Floacuterida destacam a variedade Floacuterida Sweet

como resistente a algumas doenccedilas fuacutengicas (International Board Plant Genetic

Resources 1986)

Variedades doces

Manoa Sweet Apresenta copa ereta e estendida Eacute vigorosa proliacutefica e tem tendecircncia a produzir muita ramagem liacuteder atingindo ateacute 5m de altura Seus frutos satildeo de coloraccedilatildeo

amarelo avermelhada quando completamente maduros Satildeo doces de bom sabor Eacute

recomendada para plantios caseiros Tropical Ruby O haacutebito de crescimento lembra a anterior necessitando de controle

para desenvolver tronco uacutenico Natildeo podada pode atingir 5m de altura Boa produtora seus frutos satildeo idecircnticos aos da Manoa Sweet

Hawaiian Queen Seu haacutebito de crescimento eacute ereto esparramado e aberto Igualmente deve ser conduzida de maneira a formar tronco uacutenico o que pode ser

praticado cem menor esforccedilo que as anteriores

Variedades aacutecidas

JHBeaumont Este clone eacute compacto baixo com ramagens densas e haacutebitos de crescimento que pode ser facilmente conduzido para formar arbusto de tronco uacutenico

Tanto a produccedilatildeo de frutos como a de aacutecido ascoacuterbico satildeo boas Fruto grande com coloraccedilatildeo laranja avermelhada quando completamente maduros

CFRehnborg A planta eacute de formaccedilatildeo compacta densamente ramificada podendo ser

facilmente conduzida para formar tronco uacutenico Embora altamente produtiva comparativamente seu teor em aacutecido ascoacuterbico eacute baixo Apresenta fruto grande com

coloraccedilatildeo laranja avermelhada passando a vermelho-escuro quando completamente maduro

F Haley Forma boas aacutervores para pomares sendo facilmente conduzida para formar tronco uacutenico e tem haacutebito de crescimento ereto Seus ramos satildeo alongados com

ramagem lateral natildeo esparramada Os frutos de tamanho meacutedio tecircm coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura quando plenamente maduros Esta variedade adapta-se melhor agraves

aacutereas mais secas Red Jumbo Possui tronco uacutenico e crescimento compacto ramagem bem distribuiacuteda e

haacutebito de crescimento baixo Embora seja arbusto baixo a porcentagem de frutificaccedilatildeo eacute relativamente alta e o fruto grande pesando 93g em meacutedia eacute de coloraccedilatildeo atrativa

passa do vermelho-cereja para o vermelho-puacuterpura quando em plena maturaccedilatildeo Maunawili Embora natildeo se destaque quanto ao conteuacutedo de aacutecido ascoacuterbico

demonstrou superior performance nas aacutereas bastante chuvosas e seu faacutecil e manejaacutevel

crescimento fizeram dela um clone desejaacutevel Desenvolve tronco uacutenico e exige pouca ou nenhuma posa seus ramos satildeo eretos e ao mesmo tempo compactos As folhas

geralmente pequenas e estreitas Seus frutos satildeo pequenos vermelho-cereja e ateacute vermelho-puacuterpura quando bem maduros

Condiccedilotildees Climaacuteticas Hiacutedricas e Solos

Clima

A acerola ou cereja das Antilhas eacute planta ruacutestica desenvolvendo-se em clima tropical e subtropical quando adulta (madura) suporta temperaturas de ateacute 0ordm C

Segundo Simatildeo (1971) e Almeida e Arauacutejo (1992) a acerola se adapta bem agrave temperatura meacutedia em torno de 26ordm C

Durante o periacuteodo seco e frio a planta permanece estacionaacuteria o que eacute normal e quando a temperatura se eleva a vegetaccedilatildeo e o florescimento mantecircm-se constantes

Sua frutificaccedilatildeo acontece na primavera-veratildeo A altitude pode ser de 0 niacutevel do mar ateacute

800m ou mais Por ser de clima tropical e subtropical com chuvas ou irrigaccedilotildees distribuiacutedas em torno de 1000 a 2000 mm poderaacute haver uma grande produccedilatildeo de frutos

de maior tamanho As chuvas excessivas ultrapassando 1600 mm podem ocasionar frutos com menos vitamina C e aquosos

Para Marty e Pennock (1965) a acerola natildeo exige solos especiacuteficos Os mais indicados satildeo os de meacutedia fertilidade e os argilo-arenosos por reterem maior teor de umidade

Entretanto certos cuidados devem ser tomados como a fertilizaccedilatildeo adequada dos terrenos arenosos e a drenagem das aacutereas de solos mais pesados onde pode ocorrer

salinaccedilatildeo e evitando nos solos mais arenosos as aacutereas infestadas por nematoacuteides

Propagaccedilatildeo

A aceroleira eacute uma planta considerada de propagaccedilatildeo simples dado que pode ser multiplicada por vaacuterios processos Ela se propaga facilmente com o emprego de

sementes estaquia e enxertia (Amaral 1992 Matry e Pennock 1965 Holmquist 1966 Bezerra e outros 1992)

O fato da aceroleira ser uma planta autofeacutertil podem-se obter plantas praticamente idecircnticas com a utilizaccedilatildeo da propagaccedilatildeo por meio de sementes (Simatildeo 1971) Nos

plantios em grandes escalas entretanto essa modalidade de propagaccedilatildeo soacute deve ser

adotada se as sementes provierem de frutos colhidos em aacutereas formadas com plantas uniformes portadoras das melhores caracteriacutesticas produtivas e comerciais pois desse

modo se reduz o risco da geraccedilatildeo de matrizes geneticamente indesejaacuteveis As mudas a partir de sementes podem ser formadas em canteiros com 15 cm de altura

e 120 cm de largura e comprimento variaacutevel em funccedilatildeo das caracteriacutesticas da propriedade A semeadura pode ser feita em caixa de madeira ou similar utilizadas como

germinador medindo 15 cm de largura ou em recipiente de polietileno preto com 20 cm de altura e 15 cm de diacircmetro Alguns viveiristas produzem as mudas em recipientes de

polietileno de 6 cm de diacircmetro e 25 cm de altura reduzindo assim o custo de produccedilatildeo devido ao maior nuacutemero de mudas transportadas por unidade de aacuterea

As sementes devem provir de frutos fisiologicamente maduros dos quais satildeo extraiacutedas sendo em seguida lavadas e postas a secar agrave sombra A germinaccedilatildeo ocorre em geral

dentro de 20 a 150 dias seu iacutendice eacute de 20 a 30 em virtude da ocorrecircncia frequumlente de abortamento do embriatildeo (Marty e Pennock 1965) A proteccedilatildeo contra a insolaccedilatildeo

direta e as regas diaacuterias satildeo praacuteticas indispensaacuteveis ao sucesso na germinaccedilatildeo das

sementes Diversos trabalhos comprovam por outro lado a viabilidade da propagaccedilatildeo assexuada

mediante o enraizamento de estaca Esse meacutetodo assegura maior precocidade na produccedilatildeo assim como a transmissibilidade das caracteriacutesticas geneacuteticas da planta

propagada Pomares implantados na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco com mudas propagadas por estaca iniciaram a frutificaccedilatildeo entre cinco e doze meses apoacutes o plantio no

local definitivo Embora a multiplicaccedilatildeo por estaca seja um meacutetodo mais difiacutecil e de custo de produccedilatildeo

mais elevado sua adoccedilatildeo eacute preferiacutevel pois com ele se obtecircm com certeza absoluta plantas natildeo soacute uniformes como portadoras de caracteriacutesticas determinadas O material

propagativo usado na estaquia deve ser coletado a partir de matrizes preacute-selecionadas comprovadamente produtivas e livres de pragas e doenccedilas As estacas com folhas devem

ser tuacutergidas e plantadas de imediato pois comprovou-se na praacutetica um maior percentual de enraizamento

Pesquisas realizadas por Nascimento (1991) em casa de vegetaccedilatildeo utilizando estacas

semilenhosas com folhas medindo 15 a 20cm de comprimento e 3 a 6mm de diacircmetro coletadas antes da floraccedilatildeo e plantadas em substrato de areia possibilitaram um

enraizamento da ordem de 50 quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico em poacute na concentraccedilatildeo de 6000ppm Nos estudos levados a efeito pela Universidade Federal em

Areias na Paraiacuteba nos quais se utilizaram estacas com 20cm de comprimento e diacircmetros entre 4 e 8mm plantadas sem folhas e num substrato de areia houve o enraizamento de

45 das estacas quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico na concentraccedilatildeo de 2400ppm (Alves e outros 1991)

Bezerra e outros em trabalhos realizados em Goiacircnia (Pernambuco) com estacas herbaacuteceas coletadas em duas eacutepocas fevereiro e abril - constataram que o uso dos

aacutecidos indolbutiacuterico e naftalenoaceacutetico nas concentraccedilotildees de 50 e 100ppm respectivamente natildeo estimulou o enraizamento das estacas Foi de 873 o percentual

de enraizamento obtido quando as estacas foram retiradas em abril Marty e Pennock (1965) assinalam que na propagaccedilatildeo da acerola por meio de estaca

devem-se utilizar as pontas dos ramos vigorosos de plantas jovens A medida

recomendada para a estaca eacute de 8 a 10 polegadas no substrato de enraizamento planta-se apenas o seu terccedilo inferior As estacas que devem ser tratadas com aacutecido

indolbutiacuterico satildeo colocadas para enraizar num substrato de areia ou vermiculita e em cacircmara de nebulizaccedilatildeo intermitente de modo a manter a umidade ambiental Apoacutes o

periacuteodo de enraizamento 50-60 dias as mudas enraizadas satildeo transplantadas para recipientes individuais com uma altura miacutenima de 15-20cm

A propagaccedilatildeo da acerola por meio de enxertia apesar de pouco recomendada tambeacutem pode ser utilizada com sucesso (Simatildeo 1971) Holmquist (1966) relata que de quatro

meacutetodos de enxertia testados na Universidade Central da Venezuela o processo de garfagem em fenda cheia possibilitou um pegamento de enxerto da ordem de 86

Natildeo obstante a maior rapidez na obtenccedilatildeo da muda de acerola quando se usa a

estaquia em lugar da enxertia o uso deste uacuteltimo meacutetodo apresenta algumas vantagens comparativas que merecem ser analisadas As mudas propagadas por enxertia criam um

sistema radicular mais vigoroso o qual explora consequumlentemente maior volume de solo Aleacutem disso a presenccedila da raiz pivotante na muda obtida por enxertia daacute maior

firmeza agrave planta no solo um efeito que deve ser levado em conta principalmente na implantaccedilatildeo de pomares em aacutereas sujeitas a ventos fortes Estes por exemplo satildeo

bastantes frequumlentes no segundo semestre do ano nas aacutereas irrigadas do Nordeste Ainda

que em pequena escala tem-se observado na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco o tombamento de plantas de acerola multiplicadas por estaca em consequumlecircncia da accedilatildeo do

vento Este fato ocorre porque essas plantas apoacutes serem transplantadas para o local definitivo apresentam um sistema radicular adventiacutecio portanto de localizaccedilatildeo mais

superficial Tendo em vista que os estudos sobre enxertia da aceroleira foram levados a efeito na

Venezuela recomenda-se a realizaccedilatildeo de ensaios experimentais no sentido de se definir o processo de enxertia mais adequado agraves condiccedilotildees dos ecossistemas brasileiros

principalmente nas aacutereas de maior incidecircncia de ventos fortes A EMBRAPA CPATSA (Centro de Pesquisa Agropecuaacuteria do Troacutepico Semi-Aacuterido) estaacute desenvolvendo um ensaio

em que considerou trecircs processos de enxertia ndash garfagem no topo em fendas cheias garfagem lateral em inglecircs simples e bolbulhia de placa em janela aberta - aleacutem de dois

meacutetodos de produccedilatildeo do porta-enxertos ndash viveiro e recipientes Haacute evidecircncia de que a enxertia de borbulhia de placa em janela aberta seraacute viaacutevel assim como o processo de

garfagem no topo em fenda cheia este quando realizado sob cobertura de tela

Cumpre acrescentar que as mudas quer propagadas por estaquia quer por enxertia devem ser adquiridas de entidades ou produtores credenciados e idocircneos Este aspecto eacute

de primordial importacircncia pois o sucesso do empreendimento frutiacutecola depende fundamentalmente da qualidade da muda utilizada

Tratos Culturais

O controle das plantas daninhas eacute uma praacutetica indispensaacutevel A ocorrecircncia dessas

plantas causa uma seacuterie de transtornos que prejudicam o crescimento d desenvolvimento das plantas frutiacuteferas sofrendo perdas qualitativas e quantitativas e favorecem no

aparecimento de pragas e doenccedilas tal infestaccedilatildeo dificulta a inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos sistemas de irrigaccedilatildeo aumentando o custo operacional nas aacutereas irrigadas por sistema de

aspersatildeo moacuteveis Devemos salientar que aleacutem dos transtornos mencionados tem tambeacutem as dificuldades na hora da colheita

O controle das plantas daninhas tem sido feito por capinas manuais na projeccedilatildeo da

copa deixando o mato para ser rebaixado com roccediladeiras ou manualmente com ferramentas apropriadas Na Zona da Mata (Regiatildeo Nordeste) tem sido comum esta

praacutetica no periacuteodo de chuva O controle das plantas daninhas mediante a aplicaccedilatildeo de herbicidas eacute recomendaacutevel

nas aacutereas das empresas agriacutecolas de meacutedio e grande porte que podem contar com assistecircncia teacutecnica especializada Neste caso eacute preciso o conhecimento minucioso natildeo soacute

da populaccedilatildeo invasora como do herbicida a ser aplicado Haacute necessidade de estudos nessa aacuterea envolvendo a aceroleira de modo a evitar efeitos toacutexicos agrave planta e na

contaminaccedilatildeo dos frutos a serem exportados ou comercializados no mercado interno

Podas de Formaccedilatildeo e Corretivas

As podas na cultura da acerola satildeo fundamentais em regiotildees tropicais a planta chega ateacute 9 safrasano com colheitas diaacuterias Podas de formaccedilatildeo limpeza e draacutesticas bem

executadas facilitaratildeo os tratos culturais e na colheita

Apoacutes o pegamento da muda no local definido seratildeo necessaacuterias podas de formaccedilatildeo para conduzi-las em haste uacutenica ateacute a altura de 30-40 cm do solo Esta haste apoacutes

podada a gema apical deveraacute ficar entre 50 a 60 cm de altura sendo com isto estimulada a brotaccedilatildeo das gemas laterais Estas gemas originaratildeo ramos laterais dos

quais seratildeo escolhidos 3 ou 4 ramos equumlidistantes com alturas diferentes na metade superior da haste permitindo simetria e equiliacutebrio fiacutesico entre os ramos

Tambeacutem eacute importante podas corretivas a fim de eliminar as brotaccedilotildees que surgem nos trecircs ou quatro ramos principais especialmente os que se dirigem para o solo Esta poda eacute

para evitar que os ramos cubram o solo na aacuterea da projeccedilatildeo da copa e atrapalhe na praacutetica de cultura ndash irrigaccedilatildeo adubaccedilatildeo e cobertura morta

Eacute necessaacuterio eliminar as brotaccedilotildees nas pernadas ou ramos principais ateacute dez

centiacutemetros a partir do tronco inclusive as que se voltam para o interior da copa a fim de que fique mais aberta no centro e arejada Marty e Pennock (1965) ressaltam que isso

permitiraacute maior penetraccedilatildeo de luz solar no dossel vegetal atingindo ramos e folhas no seu interior

A poda de ramos indesejaacuteveis deve ser feita assim que necessaacuteria para evitar que a planta gaste energia com ramos que mais tarde teratildeo que ser podados Se feito isto

tardiamente poderaacute determinar a formaccedilatildeo de uma copa defeituosa

A poda draacutestica tem sido executada uma vez ao ano quando a planta jaacute adulta encontra-se em repouso vegetativo o que acontece no periacuteodo de chuva no

NorteNordeste ou no inverno para outras regiotildees Essa poda eacute feita visando reduzir a altura da copa em 15 a 20m cortando os galhos

mais vigorosos e mal localizados facilitando a operaccedilatildeo de colheitas que se concentram na primavera e veratildeo

A poda corretiva deveraacute ser feita apoacutes cada ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo ou quando necessaacuteria de modo a manter as plantas na altura padratildeo do pomar Natildeo se recomenda

as podas destinadas a estimular a frutificaccedilatildeo pois ainda carece de estudos e pesquisas antes que tal praacutetica possa ser implementada em pomares orientados para a produccedilatildeo

comercial Eacute de forma generalizada que as aceroleiras com maior volume de copa satildeo mais

produtivas Daiacute a necessidade de agir com cautela no que concerne agraves podas de frutificaccedilatildeo pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas

espeacutecies prejudicam a produccedilatildeo

A poda de limpeza eacute feita durante toda a vida uacutetil das aceroleiras e torna indispensaacutevel a manutenccedilatildeo da conformaccedilatildeo desejada Devendo ser feita quando a planta estiver se

flores e frutos sempre que necessaacuterio

Irrigaccedilatildeo

A irrigaccedilatildeo na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiotildees com problemas de insuficiecircncia eou maacute distribuiccedilatildeo de chuvas (abaixo de 1600mm anuais)

Aacute medida que se reduz a disponibilidade de aacutegua diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aeacuterea da planta poreacutem a aacutegua em excesso provoca diminuiccedilatildeo da

qualidade do fruto reduzindo os teores de vitamina C o uso da irrigaccedilatildeo de forma racional permiti no miacutenimo a duplicaccedilatildeo da produccedilatildeo e o aumento no nuacutemero de safras

Segundo Scaloppi (1986) a escolha dos sistemas de rega depende de uma seacuterie de fatores teacutecnicos econocircmicos e culturais com as condiccedilotildees especiacuteficas da propriedade 1)

recursos hiacutedricos (potencial hiacutedrico situaccedilatildeo topograacutefica qualidade e custo da aacutegua) 2)

topografia 3) solos (caracteriacutesticas morfoloacutegicas retenccedilatildeo hiacutedrica infiltraccedilatildeo caracteriacutesticas quiacutemicas e variabilidade espacial) 4) clima (precipitaccedilatildeo ventos e

evapotranspiraccedilatildeo potencial) 5) culturas (sistema e densidade de plantio profundidade efetiva do sistema radicular altura das plantas exigecircncias agronocircmicas e valor

econocircmico) 6) aspectos econocircmicos (custos iniciais operacionais e de manutenccedilatildeo) 7) fatores humanos (niacutevel educacional poder aquisitivo tradiccedilatildeo etc)

Os tipos de irrigaccedilatildeo mais utilizados satildeo aspersatildeo convencional microaspersatildeo gotejamento e por tubos perfurados (Xique-xique) por sulco de infiltraccedilatildeo com bacias de

captaccedilatildeo na projeccedilatildeo da copa e irrigaccedilatildeo por mangueira no mesmo estilo Os sistemas de irrigaccedilatildeo por sulcos e gotejamento satildeo indicados para solos argilo-

arenosos jaacute os sistemas de aspersatildeo e microaspersatildeo se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos

Cultura intercalar

O plantio de culturas intercalares eacute viaacutevel em pomares de aceroleiras voltadas a exportaccedilatildeo embora esta praacutetica esteja sujeita a algumas restriccedilotildees A principal delas diz

respeito ao meacutetodo de irrigaccedilatildeo utilizado a consorciaccedilatildeo soacute eacute possiacutevel quando se adota a irrigaccedilatildeo por aspersatildeo ou se for feita no periacuteodo de chuvas Nesta eacutepoca ela pode tornar-

se pouco atraente devido agrave irregularidade temporal e espacial das precipitaccedilotildees tal como ocorre na regiatildeo Nordeste O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras ndash

Principalmente a mangueira ndash apesar de jaacute ter sido praticado em aacutereas irrigadas n Nordeste requer maiores conhecimentos teacutecnicos

Embora natildeo apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo o consoacutercio entre aceroleiras e mangueiras pode tornar-se bastante difiacutecil principalmente depois que

as mangueiras iniciam a produccedilatildeo econocircmica ou quando as copas das fruteiras

consorciadas comeccedilam a se interceptar Seacuterias dificuldades se fazem sentir na tentativa

de compatibilizar a irrigaccedilatildeo a adubaccedilatildeo e as pulverizaccedilotildees Estas praacuteticas satildeo especificas de cada cultura e devem ser executadas em eacutepocas predeterminadas entatildeo

vai haver uma hora que o produtor teraacute de eliminar a cultura secundaacuteria para natildeo prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal

Outro fator que define a espeacutecie da cultura a ser consorciada com a acerola eacute o sistema de irrigaccedilatildeo adotado Nas irrigaccedilotildees por sulco ou aspersatildeo as limitaccedilotildees restringem-se

apenas agraves espeacutecies de cultura passiacuteveis de consorciaccedilatildeo Se a irrigaccedilatildeo eacute a localizada a

intercalaccedilatildeo de culturas soacute pode ser feita entre plantas ao longo da fileira Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigaccedilatildeo localizada ndash

gotejamento microaspersatildeo tubos perfurados seraacute possiacutevel intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras

O alto padratildeo de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas natildeo eacute aconselhaacutevel a praacutetica da consorciaccedilatildeo jaacute que o produtor de acerola para exportaccedilatildeo

deve dispensar atenccedilatildeo maacutexima agrave obtenccedilatildeo de frutas que atendam aos padrotildees internacionais de qualidade Caso isso natildeo aconteccedila esse produtor teraacute dificuldades de

competir num mercado cada vez mais exigente Poreacutem a consorciaccedilatildeo deveraacute ser incentivada durante a fase de formaccedilatildeo do pomar de acerola como uma forma de

amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados e a adoccedilatildeo desse sistema poderaacute ser uacutetil principalmente em pequenas aacutereas associando-se a aceroleira com

culturas de ciclo curto e tendo em vista o incremento da renda e da remuneraccedilatildeo do fruticultor bem como o aproveitamento da matildeo-de-obra familiar

Nutriccedilatildeo Adubaccedilatildeo e Calagem

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta ruacutestica facilmente adaptaacutevel aos mais variados tipos de solo requer manejo correto quanto agrave adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo das

plantas principalmente nos pomares orientados para a exportaccedilatildeo A fertilizaccedilatildeo eacute de suma importacircncia em termos percentuais para o aumento da

produtividade Segundo Lopes e Guilherme (1990) se feita uma aplicaccedilatildeo correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produccedilatildeo por unidade de

nutriente aplicado A ineficiecircncia de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos

Para a exportaccedilatildeo o manejo racional dos fertilizantes eacute fundamentalmente necessaacuterio estas teacutecnicas de manejo baacutesico e essencial estatildeo a seguir

a) ndash Anaacutelise de solo ndash Eacute um excelente meio de se diagnosticar com maior precisatildeo o fertilizante e a quantidade a ser aplicada

b) ndash Anaacutelise foliar ndash Tornou-se um importante recurso para a diagnose de

problemas nutricionais principalmente em culturas perenes Se associada agrave anaacutelise de solo proporciona orientaccedilatildeo segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenoloacutegico

da cultura c) ndash Testes de tecidos ndash Os testes raacutepidos ou testes de tecidos satildeo muito

conhecidos nos Estados Unidos e Europa No Brasil o seu uso ainda eacute muito limitado Satildeo utilizados na avaliaccedilatildeo nutricional das plantas sobretudo no que diz respeito a nitrogecircnio

foacutesforo e potaacutessio Feitos no campo datildeo uma ideacuteia imediata da situaccedilatildeo nutricional do pomar

d) ndash Observaccedilatildeo dos sintomas de deficiecircncia de nutrientes ndash Permite a identificaccedilatildeo visual da deficiecircncia de nutrientes em plantas com vistas ao diagnoacutestico e agrave

previsatildeo dos problemas do pomar e) ndash Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes ndash Eacute

fundamental para a tomada de decisotildees a cerca da aplicaccedilatildeo de micronutrientes Esses fatores entre outros o niacutevel do pH do solo e a presenccedila do alumiacutenio em niacuteveis toacutexicos

Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histoacuterico da aacuterea a ser cultivada eacute de grande valia na otimizaccedilatildeo ou maximizaccedilatildeo do uso e eficiecircncia dos fertilizantes

No Brasil haacute pouca informaccedilatildeo disponiacutevel a respeito da adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas das aacutereas irrigadas do Nordeste

Estudos desenvolvidos em Porto Rico Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiecircncia nutricional na aceroleira cultivada em soluccedilatildeo

nutritiva 1 ndash A eliminaccedilatildeo do nitrogecircnio da soluccedilatildeo nutritiva foi o fator que mais deteve o

crescimento e a produccedilatildeo das plantas

2 ndash A deficiecircncia de foacutesforo boro enxofre e ferro natildeo tiveram efeito tatildeo nocivo sobre o

crescimento das plantas quanto o produzido pela carecircncia de nitrogecircnio porem diminuiu drasticamente a produccedilatildeo de frutos

3 ndash A deficiecircncia de magneacutesio e manganecircs produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produccedilatildeo das aceroleiras

4 ndash A falta de potaacutessio diminuiu o diacircmetro dos ramos e o tamanho dos frutos 5 ndash A deficiecircncia de caacutelcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas

6 ndash Os iacutendices mais altos de nitrogecircnio foram encontrados em folhas de aacutervores

deficientes em enxofre e ferro 7 ndash As plantas deficientes em nitrogecircnio apresentaram alta concentraccedilatildeo de foacutesforo nas

folhas 8 ndash As aacutervores deficientes em foacutesforo natildeo apresentaram sintoma algum dessa carecircncia

9 ndash Os menores niacuteveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em caacutelcio

10 ndash Os sintomas mais seacuterios de deficiecircncia de nitrogecircnio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas

Silva e Junior e outros (1988) citados por Alves (1992) observaram que o nitrogecircnio e

o potaacutessio satildeo os elementos extraiacutedos em maior quantidade pelos frutos Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniecircncia de suprir fartamente a aceroleira de

elementos maiores principalmente o nitrogecircnio sugerindo a aplicaccedilatildeo da foacutermula 14-4-10 duas vezes por ano na quantidade de 160kgha nos dois primeiros anos da

implantaccedilatildeo do pomar

Os adubos devem ser distribuiacutedos em circulo sobre a superfiacutecie do terreno na projeccedilatildeo da copa

Simatildeo (1971) indica a foacutermula 8-8-15 a base de 500gplanta ateacute a idade de quatro anos Para as plantas adultas recomenda a mesma foacutermula usando poreacutem 15 a

25kgplanta em duas aplicaccedilotildees Simatildeo (1971) recomenda ainda que ateacute o iniacutecio da frutificaccedilatildeo a planta seja adubada

anualmente com esta mistura 400 gramas de superfosfato de caacutelcio e 200 gramas de cloreto de potaacutessio Iniciada a frutificaccedilatildeo recomenda a aplicaccedilatildeo da seguinte foacutermula

660 1000 gramas de sulfato de amocircnio ou nitrocaacutelcio 600 a 900 gramas de superfosfato de caacutelcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potaacutessio Esta adubaccedilatildeo que eacute indicada para

aacutereas dependentes de chuvas deve ser dividida em duas doses iguais uma aplicada no iniacutecio do periacuteodo chuvoso e a outra no fim desse periacuteodo em faixa circular distante entre

20 e 40cm do tronco ou na projeccedilatildeo da copa Para as aacutereas irrigadas do submeacutedio Satildeo Francisco recomenda-se aplicar em fundaccedilatildeo

(cova) 400-500 gramas de superfosfato simples 300-400 gramas de cloreto de potaacutessio

e 20 litros no miacutenimo de esterco bem curtido Durante o primeiro ano recomenda-se a adubaccedilatildeo mensal em cobertura e na projeccedilatildeo da copa 30-40 gramas de ureacuteia e 30-40

gramas de sulfato de potaacutessio por planta adicionando-se a cada seis meses tambeacutem em cobertura 20 litros de esterco bem curtido

As adubaccedilotildees regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente sobretudo se natildeo estiverem acompanhadas de uma caracterizaccedilatildeo

detalhada do solo do manejo e do estaacutedio de desenvolvimento da cultura Na adubaccedilatildeo orgacircnica apesar das poucas experiecircncias realizadas seu uso eacute

recomendaacutevel principalmente por ocasiatildeo do plantio e depois duas vezes por ano em cobertura sob a projeccedilatildeo da copa Deve ser incentivado nos solos arenosos da regiatildeo

semi-aacuterida do Nordeste em virtude da sua pobreza em mateacuteria orgacircnica e pela proteccedilatildeo que essa adubaccedilatildeo oferece contra a insolaccedilatildeo direta e a consequumlente evaporaccedilatildeo

A anaacutelise quiacutemica do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos para que se possa avaliar a necessidade natildeo soacute da aplicaccedilatildeo de corretivos como da adequaccedilatildeo dos

niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio

A calagem eacute recomendada com base no teor de alumiacutenio trocaacutevel ou em funccedilatildeo dos niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio no complexo sortivo do solo Tambeacutem poderaacute basear-se no

teor de mateacuteria orgacircnica presente no solo Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira

apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 55 a 65 As aacutervores cresceram com maior vigor apresentaram uma folhagem verde-escuro e

propiciaram maior produtividade Nos pomares de acerola orientados para a exportaccedilatildeo a calagem constitui-se pois numa praacutetica indispensaacutevel com vistas agrave correccedilatildeo do pH do

solo para situaacute-lo na faixa que melhor atenda agraves exigecircncias da cultura Hernandez (1970) ainda ressalta que a aplicaccedilatildeo de calcaacuterio aumenta a produtividade i o conteuacutedo

de aacutecido ascoacuterbico da fruta

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

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Page 4: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

aacutereas irrigadas do Nordeste onde o cultivo da acerola eacute reduzido o emprego de pesticidas

permitiratildeo ao Brasil atingir o mercado japonecircs para exportaccedilatildeo No Brasil alguns estados jaacute exportam acerola sob a forma de suco polpa ou fruta

congelada para Holanda e o Japatildeo alem de explorarem o mercado interno Vaz citado por Alves (1992) informa que o Japatildeo pretende importar o equivalente a US$ 30 milhotildees

em suco concentrado polpa e fruta em natura A produccedilatildeo brasileira de acerola ainda eacute suficiente para atender a essa demanda

Importacircncia Alimentar e Social Estudada desde 1946 por diversos pesquisadores dentre eles Asenjo (1959) e Sena e

Pereira (1984) como uma rica fonte de vitamina C o consumo da acerola deve ser incentivado pois possui grande valor nutricional e medicinal

Aleacutem do alto teor de vitamina C estatildeo presentes em sua composiccedilatildeo doses expressivas de vitamina A ferro e caacutelcio A acerola conteacutem ainda de acordo com Ledim (1958)

tiamina riboflavina e niacina aleacutem de ferro caacutelcio e foacutesforo necessaacuterio agraves funccedilotildees vitais do homem

Por ter um alto teor de vitamina C conclui-se que a acerola pode desempenhar um papel importante na alimentaccedilatildeo das pessoas

A acerola eacute caracterizada de matildeo-de-obra intensiva principalmente nas etapas de colheita e classificaccedilatildeo dos frutos Tratando-se de uma fruteira cuja produccedilatildeo nas aacutereas

irrigadas eacute quase ininterrupta seu cultivo requer maior contingecircncia de matildeo-de-obra O cultivo da acerola nos projetos irrigados do Nordeste eacute de suma importacircncia social

para o pequeno fruticultor que teraacute o fluxo de caixa quase contiacutenuo Este aspectos e

importante uma vez que o pequeno fruticultor em geral natildeo dispotildee de capital de giro

Variedades

A acerola eacute conhecida no Brasil haacute mais de 50 anos mas seu cultivo em escala comercial eacute recente No Nordeste a aacuterea plantada na maior parte foi instalada sem que

fosse necessaacuterio conhecimentos tecnoloacutegicos sobre as diversas variedades de aceroleiras Em quase todos os pomares pode ser observado uma escala acentuada de formas e tipos

de plantas e isso tem causado muitas dificuldades aos produtores de acerola uma vez que a desuniformidade das plantas acarreta perdas na produtividade dos pomares e na

qualidade dos frutos Pode-se encontrar no mesmo pomar plantas com crescimento distinto e aacutervores que produzem frutos em cacho e isolados assim como tamanho

formato e coloraccedilatildeo diferentes Essas diferenccedilas trazem problemas ao produtor pois as atividades agriacutecolas tornam-se difiacuteceis perante a diversidade de respostas que se obteacutem

de matrizes com caracteriacutesticas geneacuteticas diferentes

Eacute necessaacuterio que os pomares sejam formados a partir de variedades bem definidas contendo caracteriacutesticas agronocircmicas e tecnoloacutegicas adequadas

Tendo consciecircncia da necessidade de instalaccedilatildeo de pomares de aceroleiras com germoplasma caracterizado e selecionado alguns estados do Nordeste vem

desenvolvendo pesquisas no sentido de introduzir caracterizar selecionar e difundir plantas com qualidades agronocircmicas e tecnoloacutegicas comprovadoras e de interesse

comercial A variedade ideal de acerola para cultivo em aacutereas irrigadas do Nordeste teriam que

reunir caracteriacutesticas consideradas essenciais com alto niacutevel de produtividade (proacuteximo a 100 kgplantaano) e os frutos com coloraccedilatildeo vermelha e peso superior a 8 ndash 10 gramas

e teor de vitamina C acima de 2000 mg100g de polpa Dadas essas caracteriacutesticas deve-se buscar a seleccedilatildeo de plantas desprovidas de pecirclo

urticantes que podem acarretar seacuterios problemas agrave operaccedilatildeo de colheita buscando plantas que produzam frutos mais riacutegidos e resistentes ao transporte Eacute necessaacuterio que o

material selecionado possua resistecircncia ou toleracircncia a esse fitopatoacutegeno

As acerolas satildeo classificadas em doces e aacutecidas Sendo que as acerolas satildeo mais ricas em aacutecido ascoacuterbico Simatildeo (1971) informa que no Havaiacute foram selecionados os seguintes

clones Grupo doce ndash 4-43 (Mamoa) 9-68 (Rubi Tropical) e 8E-32 (Rainha do Havaiacute) No grupo aacutecido destacam-se 3B-21 (J H Beaumont) 22-40 (C F Rehnborg) e 3B-1

(Jumbo Vermelho) Na Estaccedilatildeo Experimental Agriacutecola da Universidade de Porto Rico onde se testaram

diversas seleccedilotildees de variedades clonais de acerola foram recomendadas para as condiccedilotildees locais as seleccedilotildees B-15 e B-17 A seleccedilatildeo B-15 caracteriza-se por ser produtiva

e gerar frutos com alto conteuacutedo de vitamina C A seleccedilatildeo B-17 produz frutos maiores faacuteceis de colher e adequados para comercializaccedilatildeo como fruta fresca (Marty e Pennok

1965) Os trabalhos de seleccedilatildeo realizados na Floacuterida destacam a variedade Floacuterida Sweet

como resistente a algumas doenccedilas fuacutengicas (International Board Plant Genetic

Resources 1986)

Variedades doces

Manoa Sweet Apresenta copa ereta e estendida Eacute vigorosa proliacutefica e tem tendecircncia a produzir muita ramagem liacuteder atingindo ateacute 5m de altura Seus frutos satildeo de coloraccedilatildeo

amarelo avermelhada quando completamente maduros Satildeo doces de bom sabor Eacute

recomendada para plantios caseiros Tropical Ruby O haacutebito de crescimento lembra a anterior necessitando de controle

para desenvolver tronco uacutenico Natildeo podada pode atingir 5m de altura Boa produtora seus frutos satildeo idecircnticos aos da Manoa Sweet

Hawaiian Queen Seu haacutebito de crescimento eacute ereto esparramado e aberto Igualmente deve ser conduzida de maneira a formar tronco uacutenico o que pode ser

praticado cem menor esforccedilo que as anteriores

Variedades aacutecidas

JHBeaumont Este clone eacute compacto baixo com ramagens densas e haacutebitos de crescimento que pode ser facilmente conduzido para formar arbusto de tronco uacutenico

Tanto a produccedilatildeo de frutos como a de aacutecido ascoacuterbico satildeo boas Fruto grande com coloraccedilatildeo laranja avermelhada quando completamente maduros

CFRehnborg A planta eacute de formaccedilatildeo compacta densamente ramificada podendo ser

facilmente conduzida para formar tronco uacutenico Embora altamente produtiva comparativamente seu teor em aacutecido ascoacuterbico eacute baixo Apresenta fruto grande com

coloraccedilatildeo laranja avermelhada passando a vermelho-escuro quando completamente maduro

F Haley Forma boas aacutervores para pomares sendo facilmente conduzida para formar tronco uacutenico e tem haacutebito de crescimento ereto Seus ramos satildeo alongados com

ramagem lateral natildeo esparramada Os frutos de tamanho meacutedio tecircm coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura quando plenamente maduros Esta variedade adapta-se melhor agraves

aacutereas mais secas Red Jumbo Possui tronco uacutenico e crescimento compacto ramagem bem distribuiacuteda e

haacutebito de crescimento baixo Embora seja arbusto baixo a porcentagem de frutificaccedilatildeo eacute relativamente alta e o fruto grande pesando 93g em meacutedia eacute de coloraccedilatildeo atrativa

passa do vermelho-cereja para o vermelho-puacuterpura quando em plena maturaccedilatildeo Maunawili Embora natildeo se destaque quanto ao conteuacutedo de aacutecido ascoacuterbico

demonstrou superior performance nas aacutereas bastante chuvosas e seu faacutecil e manejaacutevel

crescimento fizeram dela um clone desejaacutevel Desenvolve tronco uacutenico e exige pouca ou nenhuma posa seus ramos satildeo eretos e ao mesmo tempo compactos As folhas

geralmente pequenas e estreitas Seus frutos satildeo pequenos vermelho-cereja e ateacute vermelho-puacuterpura quando bem maduros

Condiccedilotildees Climaacuteticas Hiacutedricas e Solos

Clima

A acerola ou cereja das Antilhas eacute planta ruacutestica desenvolvendo-se em clima tropical e subtropical quando adulta (madura) suporta temperaturas de ateacute 0ordm C

Segundo Simatildeo (1971) e Almeida e Arauacutejo (1992) a acerola se adapta bem agrave temperatura meacutedia em torno de 26ordm C

Durante o periacuteodo seco e frio a planta permanece estacionaacuteria o que eacute normal e quando a temperatura se eleva a vegetaccedilatildeo e o florescimento mantecircm-se constantes

Sua frutificaccedilatildeo acontece na primavera-veratildeo A altitude pode ser de 0 niacutevel do mar ateacute

800m ou mais Por ser de clima tropical e subtropical com chuvas ou irrigaccedilotildees distribuiacutedas em torno de 1000 a 2000 mm poderaacute haver uma grande produccedilatildeo de frutos

de maior tamanho As chuvas excessivas ultrapassando 1600 mm podem ocasionar frutos com menos vitamina C e aquosos

Para Marty e Pennock (1965) a acerola natildeo exige solos especiacuteficos Os mais indicados satildeo os de meacutedia fertilidade e os argilo-arenosos por reterem maior teor de umidade

Entretanto certos cuidados devem ser tomados como a fertilizaccedilatildeo adequada dos terrenos arenosos e a drenagem das aacutereas de solos mais pesados onde pode ocorrer

salinaccedilatildeo e evitando nos solos mais arenosos as aacutereas infestadas por nematoacuteides

Propagaccedilatildeo

A aceroleira eacute uma planta considerada de propagaccedilatildeo simples dado que pode ser multiplicada por vaacuterios processos Ela se propaga facilmente com o emprego de

sementes estaquia e enxertia (Amaral 1992 Matry e Pennock 1965 Holmquist 1966 Bezerra e outros 1992)

O fato da aceroleira ser uma planta autofeacutertil podem-se obter plantas praticamente idecircnticas com a utilizaccedilatildeo da propagaccedilatildeo por meio de sementes (Simatildeo 1971) Nos

plantios em grandes escalas entretanto essa modalidade de propagaccedilatildeo soacute deve ser

adotada se as sementes provierem de frutos colhidos em aacutereas formadas com plantas uniformes portadoras das melhores caracteriacutesticas produtivas e comerciais pois desse

modo se reduz o risco da geraccedilatildeo de matrizes geneticamente indesejaacuteveis As mudas a partir de sementes podem ser formadas em canteiros com 15 cm de altura

e 120 cm de largura e comprimento variaacutevel em funccedilatildeo das caracteriacutesticas da propriedade A semeadura pode ser feita em caixa de madeira ou similar utilizadas como

germinador medindo 15 cm de largura ou em recipiente de polietileno preto com 20 cm de altura e 15 cm de diacircmetro Alguns viveiristas produzem as mudas em recipientes de

polietileno de 6 cm de diacircmetro e 25 cm de altura reduzindo assim o custo de produccedilatildeo devido ao maior nuacutemero de mudas transportadas por unidade de aacuterea

As sementes devem provir de frutos fisiologicamente maduros dos quais satildeo extraiacutedas sendo em seguida lavadas e postas a secar agrave sombra A germinaccedilatildeo ocorre em geral

dentro de 20 a 150 dias seu iacutendice eacute de 20 a 30 em virtude da ocorrecircncia frequumlente de abortamento do embriatildeo (Marty e Pennock 1965) A proteccedilatildeo contra a insolaccedilatildeo

direta e as regas diaacuterias satildeo praacuteticas indispensaacuteveis ao sucesso na germinaccedilatildeo das

sementes Diversos trabalhos comprovam por outro lado a viabilidade da propagaccedilatildeo assexuada

mediante o enraizamento de estaca Esse meacutetodo assegura maior precocidade na produccedilatildeo assim como a transmissibilidade das caracteriacutesticas geneacuteticas da planta

propagada Pomares implantados na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco com mudas propagadas por estaca iniciaram a frutificaccedilatildeo entre cinco e doze meses apoacutes o plantio no

local definitivo Embora a multiplicaccedilatildeo por estaca seja um meacutetodo mais difiacutecil e de custo de produccedilatildeo

mais elevado sua adoccedilatildeo eacute preferiacutevel pois com ele se obtecircm com certeza absoluta plantas natildeo soacute uniformes como portadoras de caracteriacutesticas determinadas O material

propagativo usado na estaquia deve ser coletado a partir de matrizes preacute-selecionadas comprovadamente produtivas e livres de pragas e doenccedilas As estacas com folhas devem

ser tuacutergidas e plantadas de imediato pois comprovou-se na praacutetica um maior percentual de enraizamento

Pesquisas realizadas por Nascimento (1991) em casa de vegetaccedilatildeo utilizando estacas

semilenhosas com folhas medindo 15 a 20cm de comprimento e 3 a 6mm de diacircmetro coletadas antes da floraccedilatildeo e plantadas em substrato de areia possibilitaram um

enraizamento da ordem de 50 quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico em poacute na concentraccedilatildeo de 6000ppm Nos estudos levados a efeito pela Universidade Federal em

Areias na Paraiacuteba nos quais se utilizaram estacas com 20cm de comprimento e diacircmetros entre 4 e 8mm plantadas sem folhas e num substrato de areia houve o enraizamento de

45 das estacas quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico na concentraccedilatildeo de 2400ppm (Alves e outros 1991)

Bezerra e outros em trabalhos realizados em Goiacircnia (Pernambuco) com estacas herbaacuteceas coletadas em duas eacutepocas fevereiro e abril - constataram que o uso dos

aacutecidos indolbutiacuterico e naftalenoaceacutetico nas concentraccedilotildees de 50 e 100ppm respectivamente natildeo estimulou o enraizamento das estacas Foi de 873 o percentual

de enraizamento obtido quando as estacas foram retiradas em abril Marty e Pennock (1965) assinalam que na propagaccedilatildeo da acerola por meio de estaca

devem-se utilizar as pontas dos ramos vigorosos de plantas jovens A medida

recomendada para a estaca eacute de 8 a 10 polegadas no substrato de enraizamento planta-se apenas o seu terccedilo inferior As estacas que devem ser tratadas com aacutecido

indolbutiacuterico satildeo colocadas para enraizar num substrato de areia ou vermiculita e em cacircmara de nebulizaccedilatildeo intermitente de modo a manter a umidade ambiental Apoacutes o

periacuteodo de enraizamento 50-60 dias as mudas enraizadas satildeo transplantadas para recipientes individuais com uma altura miacutenima de 15-20cm

A propagaccedilatildeo da acerola por meio de enxertia apesar de pouco recomendada tambeacutem pode ser utilizada com sucesso (Simatildeo 1971) Holmquist (1966) relata que de quatro

meacutetodos de enxertia testados na Universidade Central da Venezuela o processo de garfagem em fenda cheia possibilitou um pegamento de enxerto da ordem de 86

Natildeo obstante a maior rapidez na obtenccedilatildeo da muda de acerola quando se usa a

estaquia em lugar da enxertia o uso deste uacuteltimo meacutetodo apresenta algumas vantagens comparativas que merecem ser analisadas As mudas propagadas por enxertia criam um

sistema radicular mais vigoroso o qual explora consequumlentemente maior volume de solo Aleacutem disso a presenccedila da raiz pivotante na muda obtida por enxertia daacute maior

firmeza agrave planta no solo um efeito que deve ser levado em conta principalmente na implantaccedilatildeo de pomares em aacutereas sujeitas a ventos fortes Estes por exemplo satildeo

bastantes frequumlentes no segundo semestre do ano nas aacutereas irrigadas do Nordeste Ainda

que em pequena escala tem-se observado na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco o tombamento de plantas de acerola multiplicadas por estaca em consequumlecircncia da accedilatildeo do

vento Este fato ocorre porque essas plantas apoacutes serem transplantadas para o local definitivo apresentam um sistema radicular adventiacutecio portanto de localizaccedilatildeo mais

superficial Tendo em vista que os estudos sobre enxertia da aceroleira foram levados a efeito na

Venezuela recomenda-se a realizaccedilatildeo de ensaios experimentais no sentido de se definir o processo de enxertia mais adequado agraves condiccedilotildees dos ecossistemas brasileiros

principalmente nas aacutereas de maior incidecircncia de ventos fortes A EMBRAPA CPATSA (Centro de Pesquisa Agropecuaacuteria do Troacutepico Semi-Aacuterido) estaacute desenvolvendo um ensaio

em que considerou trecircs processos de enxertia ndash garfagem no topo em fendas cheias garfagem lateral em inglecircs simples e bolbulhia de placa em janela aberta - aleacutem de dois

meacutetodos de produccedilatildeo do porta-enxertos ndash viveiro e recipientes Haacute evidecircncia de que a enxertia de borbulhia de placa em janela aberta seraacute viaacutevel assim como o processo de

garfagem no topo em fenda cheia este quando realizado sob cobertura de tela

Cumpre acrescentar que as mudas quer propagadas por estaquia quer por enxertia devem ser adquiridas de entidades ou produtores credenciados e idocircneos Este aspecto eacute

de primordial importacircncia pois o sucesso do empreendimento frutiacutecola depende fundamentalmente da qualidade da muda utilizada

Tratos Culturais

O controle das plantas daninhas eacute uma praacutetica indispensaacutevel A ocorrecircncia dessas

plantas causa uma seacuterie de transtornos que prejudicam o crescimento d desenvolvimento das plantas frutiacuteferas sofrendo perdas qualitativas e quantitativas e favorecem no

aparecimento de pragas e doenccedilas tal infestaccedilatildeo dificulta a inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos sistemas de irrigaccedilatildeo aumentando o custo operacional nas aacutereas irrigadas por sistema de

aspersatildeo moacuteveis Devemos salientar que aleacutem dos transtornos mencionados tem tambeacutem as dificuldades na hora da colheita

O controle das plantas daninhas tem sido feito por capinas manuais na projeccedilatildeo da

copa deixando o mato para ser rebaixado com roccediladeiras ou manualmente com ferramentas apropriadas Na Zona da Mata (Regiatildeo Nordeste) tem sido comum esta

praacutetica no periacuteodo de chuva O controle das plantas daninhas mediante a aplicaccedilatildeo de herbicidas eacute recomendaacutevel

nas aacutereas das empresas agriacutecolas de meacutedio e grande porte que podem contar com assistecircncia teacutecnica especializada Neste caso eacute preciso o conhecimento minucioso natildeo soacute

da populaccedilatildeo invasora como do herbicida a ser aplicado Haacute necessidade de estudos nessa aacuterea envolvendo a aceroleira de modo a evitar efeitos toacutexicos agrave planta e na

contaminaccedilatildeo dos frutos a serem exportados ou comercializados no mercado interno

Podas de Formaccedilatildeo e Corretivas

As podas na cultura da acerola satildeo fundamentais em regiotildees tropicais a planta chega ateacute 9 safrasano com colheitas diaacuterias Podas de formaccedilatildeo limpeza e draacutesticas bem

executadas facilitaratildeo os tratos culturais e na colheita

Apoacutes o pegamento da muda no local definido seratildeo necessaacuterias podas de formaccedilatildeo para conduzi-las em haste uacutenica ateacute a altura de 30-40 cm do solo Esta haste apoacutes

podada a gema apical deveraacute ficar entre 50 a 60 cm de altura sendo com isto estimulada a brotaccedilatildeo das gemas laterais Estas gemas originaratildeo ramos laterais dos

quais seratildeo escolhidos 3 ou 4 ramos equumlidistantes com alturas diferentes na metade superior da haste permitindo simetria e equiliacutebrio fiacutesico entre os ramos

Tambeacutem eacute importante podas corretivas a fim de eliminar as brotaccedilotildees que surgem nos trecircs ou quatro ramos principais especialmente os que se dirigem para o solo Esta poda eacute

para evitar que os ramos cubram o solo na aacuterea da projeccedilatildeo da copa e atrapalhe na praacutetica de cultura ndash irrigaccedilatildeo adubaccedilatildeo e cobertura morta

Eacute necessaacuterio eliminar as brotaccedilotildees nas pernadas ou ramos principais ateacute dez

centiacutemetros a partir do tronco inclusive as que se voltam para o interior da copa a fim de que fique mais aberta no centro e arejada Marty e Pennock (1965) ressaltam que isso

permitiraacute maior penetraccedilatildeo de luz solar no dossel vegetal atingindo ramos e folhas no seu interior

A poda de ramos indesejaacuteveis deve ser feita assim que necessaacuteria para evitar que a planta gaste energia com ramos que mais tarde teratildeo que ser podados Se feito isto

tardiamente poderaacute determinar a formaccedilatildeo de uma copa defeituosa

A poda draacutestica tem sido executada uma vez ao ano quando a planta jaacute adulta encontra-se em repouso vegetativo o que acontece no periacuteodo de chuva no

NorteNordeste ou no inverno para outras regiotildees Essa poda eacute feita visando reduzir a altura da copa em 15 a 20m cortando os galhos

mais vigorosos e mal localizados facilitando a operaccedilatildeo de colheitas que se concentram na primavera e veratildeo

A poda corretiva deveraacute ser feita apoacutes cada ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo ou quando necessaacuteria de modo a manter as plantas na altura padratildeo do pomar Natildeo se recomenda

as podas destinadas a estimular a frutificaccedilatildeo pois ainda carece de estudos e pesquisas antes que tal praacutetica possa ser implementada em pomares orientados para a produccedilatildeo

comercial Eacute de forma generalizada que as aceroleiras com maior volume de copa satildeo mais

produtivas Daiacute a necessidade de agir com cautela no que concerne agraves podas de frutificaccedilatildeo pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas

espeacutecies prejudicam a produccedilatildeo

A poda de limpeza eacute feita durante toda a vida uacutetil das aceroleiras e torna indispensaacutevel a manutenccedilatildeo da conformaccedilatildeo desejada Devendo ser feita quando a planta estiver se

flores e frutos sempre que necessaacuterio

Irrigaccedilatildeo

A irrigaccedilatildeo na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiotildees com problemas de insuficiecircncia eou maacute distribuiccedilatildeo de chuvas (abaixo de 1600mm anuais)

Aacute medida que se reduz a disponibilidade de aacutegua diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aeacuterea da planta poreacutem a aacutegua em excesso provoca diminuiccedilatildeo da

qualidade do fruto reduzindo os teores de vitamina C o uso da irrigaccedilatildeo de forma racional permiti no miacutenimo a duplicaccedilatildeo da produccedilatildeo e o aumento no nuacutemero de safras

Segundo Scaloppi (1986) a escolha dos sistemas de rega depende de uma seacuterie de fatores teacutecnicos econocircmicos e culturais com as condiccedilotildees especiacuteficas da propriedade 1)

recursos hiacutedricos (potencial hiacutedrico situaccedilatildeo topograacutefica qualidade e custo da aacutegua) 2)

topografia 3) solos (caracteriacutesticas morfoloacutegicas retenccedilatildeo hiacutedrica infiltraccedilatildeo caracteriacutesticas quiacutemicas e variabilidade espacial) 4) clima (precipitaccedilatildeo ventos e

evapotranspiraccedilatildeo potencial) 5) culturas (sistema e densidade de plantio profundidade efetiva do sistema radicular altura das plantas exigecircncias agronocircmicas e valor

econocircmico) 6) aspectos econocircmicos (custos iniciais operacionais e de manutenccedilatildeo) 7) fatores humanos (niacutevel educacional poder aquisitivo tradiccedilatildeo etc)

Os tipos de irrigaccedilatildeo mais utilizados satildeo aspersatildeo convencional microaspersatildeo gotejamento e por tubos perfurados (Xique-xique) por sulco de infiltraccedilatildeo com bacias de

captaccedilatildeo na projeccedilatildeo da copa e irrigaccedilatildeo por mangueira no mesmo estilo Os sistemas de irrigaccedilatildeo por sulcos e gotejamento satildeo indicados para solos argilo-

arenosos jaacute os sistemas de aspersatildeo e microaspersatildeo se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos

Cultura intercalar

O plantio de culturas intercalares eacute viaacutevel em pomares de aceroleiras voltadas a exportaccedilatildeo embora esta praacutetica esteja sujeita a algumas restriccedilotildees A principal delas diz

respeito ao meacutetodo de irrigaccedilatildeo utilizado a consorciaccedilatildeo soacute eacute possiacutevel quando se adota a irrigaccedilatildeo por aspersatildeo ou se for feita no periacuteodo de chuvas Nesta eacutepoca ela pode tornar-

se pouco atraente devido agrave irregularidade temporal e espacial das precipitaccedilotildees tal como ocorre na regiatildeo Nordeste O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras ndash

Principalmente a mangueira ndash apesar de jaacute ter sido praticado em aacutereas irrigadas n Nordeste requer maiores conhecimentos teacutecnicos

Embora natildeo apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo o consoacutercio entre aceroleiras e mangueiras pode tornar-se bastante difiacutecil principalmente depois que

as mangueiras iniciam a produccedilatildeo econocircmica ou quando as copas das fruteiras

consorciadas comeccedilam a se interceptar Seacuterias dificuldades se fazem sentir na tentativa

de compatibilizar a irrigaccedilatildeo a adubaccedilatildeo e as pulverizaccedilotildees Estas praacuteticas satildeo especificas de cada cultura e devem ser executadas em eacutepocas predeterminadas entatildeo

vai haver uma hora que o produtor teraacute de eliminar a cultura secundaacuteria para natildeo prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal

Outro fator que define a espeacutecie da cultura a ser consorciada com a acerola eacute o sistema de irrigaccedilatildeo adotado Nas irrigaccedilotildees por sulco ou aspersatildeo as limitaccedilotildees restringem-se

apenas agraves espeacutecies de cultura passiacuteveis de consorciaccedilatildeo Se a irrigaccedilatildeo eacute a localizada a

intercalaccedilatildeo de culturas soacute pode ser feita entre plantas ao longo da fileira Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigaccedilatildeo localizada ndash

gotejamento microaspersatildeo tubos perfurados seraacute possiacutevel intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras

O alto padratildeo de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas natildeo eacute aconselhaacutevel a praacutetica da consorciaccedilatildeo jaacute que o produtor de acerola para exportaccedilatildeo

deve dispensar atenccedilatildeo maacutexima agrave obtenccedilatildeo de frutas que atendam aos padrotildees internacionais de qualidade Caso isso natildeo aconteccedila esse produtor teraacute dificuldades de

competir num mercado cada vez mais exigente Poreacutem a consorciaccedilatildeo deveraacute ser incentivada durante a fase de formaccedilatildeo do pomar de acerola como uma forma de

amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados e a adoccedilatildeo desse sistema poderaacute ser uacutetil principalmente em pequenas aacutereas associando-se a aceroleira com

culturas de ciclo curto e tendo em vista o incremento da renda e da remuneraccedilatildeo do fruticultor bem como o aproveitamento da matildeo-de-obra familiar

Nutriccedilatildeo Adubaccedilatildeo e Calagem

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta ruacutestica facilmente adaptaacutevel aos mais variados tipos de solo requer manejo correto quanto agrave adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo das

plantas principalmente nos pomares orientados para a exportaccedilatildeo A fertilizaccedilatildeo eacute de suma importacircncia em termos percentuais para o aumento da

produtividade Segundo Lopes e Guilherme (1990) se feita uma aplicaccedilatildeo correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produccedilatildeo por unidade de

nutriente aplicado A ineficiecircncia de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos

Para a exportaccedilatildeo o manejo racional dos fertilizantes eacute fundamentalmente necessaacuterio estas teacutecnicas de manejo baacutesico e essencial estatildeo a seguir

a) ndash Anaacutelise de solo ndash Eacute um excelente meio de se diagnosticar com maior precisatildeo o fertilizante e a quantidade a ser aplicada

b) ndash Anaacutelise foliar ndash Tornou-se um importante recurso para a diagnose de

problemas nutricionais principalmente em culturas perenes Se associada agrave anaacutelise de solo proporciona orientaccedilatildeo segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenoloacutegico

da cultura c) ndash Testes de tecidos ndash Os testes raacutepidos ou testes de tecidos satildeo muito

conhecidos nos Estados Unidos e Europa No Brasil o seu uso ainda eacute muito limitado Satildeo utilizados na avaliaccedilatildeo nutricional das plantas sobretudo no que diz respeito a nitrogecircnio

foacutesforo e potaacutessio Feitos no campo datildeo uma ideacuteia imediata da situaccedilatildeo nutricional do pomar

d) ndash Observaccedilatildeo dos sintomas de deficiecircncia de nutrientes ndash Permite a identificaccedilatildeo visual da deficiecircncia de nutrientes em plantas com vistas ao diagnoacutestico e agrave

previsatildeo dos problemas do pomar e) ndash Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes ndash Eacute

fundamental para a tomada de decisotildees a cerca da aplicaccedilatildeo de micronutrientes Esses fatores entre outros o niacutevel do pH do solo e a presenccedila do alumiacutenio em niacuteveis toacutexicos

Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histoacuterico da aacuterea a ser cultivada eacute de grande valia na otimizaccedilatildeo ou maximizaccedilatildeo do uso e eficiecircncia dos fertilizantes

No Brasil haacute pouca informaccedilatildeo disponiacutevel a respeito da adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas das aacutereas irrigadas do Nordeste

Estudos desenvolvidos em Porto Rico Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiecircncia nutricional na aceroleira cultivada em soluccedilatildeo

nutritiva 1 ndash A eliminaccedilatildeo do nitrogecircnio da soluccedilatildeo nutritiva foi o fator que mais deteve o

crescimento e a produccedilatildeo das plantas

2 ndash A deficiecircncia de foacutesforo boro enxofre e ferro natildeo tiveram efeito tatildeo nocivo sobre o

crescimento das plantas quanto o produzido pela carecircncia de nitrogecircnio porem diminuiu drasticamente a produccedilatildeo de frutos

3 ndash A deficiecircncia de magneacutesio e manganecircs produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produccedilatildeo das aceroleiras

4 ndash A falta de potaacutessio diminuiu o diacircmetro dos ramos e o tamanho dos frutos 5 ndash A deficiecircncia de caacutelcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas

6 ndash Os iacutendices mais altos de nitrogecircnio foram encontrados em folhas de aacutervores

deficientes em enxofre e ferro 7 ndash As plantas deficientes em nitrogecircnio apresentaram alta concentraccedilatildeo de foacutesforo nas

folhas 8 ndash As aacutervores deficientes em foacutesforo natildeo apresentaram sintoma algum dessa carecircncia

9 ndash Os menores niacuteveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em caacutelcio

10 ndash Os sintomas mais seacuterios de deficiecircncia de nitrogecircnio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas

Silva e Junior e outros (1988) citados por Alves (1992) observaram que o nitrogecircnio e

o potaacutessio satildeo os elementos extraiacutedos em maior quantidade pelos frutos Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniecircncia de suprir fartamente a aceroleira de

elementos maiores principalmente o nitrogecircnio sugerindo a aplicaccedilatildeo da foacutermula 14-4-10 duas vezes por ano na quantidade de 160kgha nos dois primeiros anos da

implantaccedilatildeo do pomar

Os adubos devem ser distribuiacutedos em circulo sobre a superfiacutecie do terreno na projeccedilatildeo da copa

Simatildeo (1971) indica a foacutermula 8-8-15 a base de 500gplanta ateacute a idade de quatro anos Para as plantas adultas recomenda a mesma foacutermula usando poreacutem 15 a

25kgplanta em duas aplicaccedilotildees Simatildeo (1971) recomenda ainda que ateacute o iniacutecio da frutificaccedilatildeo a planta seja adubada

anualmente com esta mistura 400 gramas de superfosfato de caacutelcio e 200 gramas de cloreto de potaacutessio Iniciada a frutificaccedilatildeo recomenda a aplicaccedilatildeo da seguinte foacutermula

660 1000 gramas de sulfato de amocircnio ou nitrocaacutelcio 600 a 900 gramas de superfosfato de caacutelcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potaacutessio Esta adubaccedilatildeo que eacute indicada para

aacutereas dependentes de chuvas deve ser dividida em duas doses iguais uma aplicada no iniacutecio do periacuteodo chuvoso e a outra no fim desse periacuteodo em faixa circular distante entre

20 e 40cm do tronco ou na projeccedilatildeo da copa Para as aacutereas irrigadas do submeacutedio Satildeo Francisco recomenda-se aplicar em fundaccedilatildeo

(cova) 400-500 gramas de superfosfato simples 300-400 gramas de cloreto de potaacutessio

e 20 litros no miacutenimo de esterco bem curtido Durante o primeiro ano recomenda-se a adubaccedilatildeo mensal em cobertura e na projeccedilatildeo da copa 30-40 gramas de ureacuteia e 30-40

gramas de sulfato de potaacutessio por planta adicionando-se a cada seis meses tambeacutem em cobertura 20 litros de esterco bem curtido

As adubaccedilotildees regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente sobretudo se natildeo estiverem acompanhadas de uma caracterizaccedilatildeo

detalhada do solo do manejo e do estaacutedio de desenvolvimento da cultura Na adubaccedilatildeo orgacircnica apesar das poucas experiecircncias realizadas seu uso eacute

recomendaacutevel principalmente por ocasiatildeo do plantio e depois duas vezes por ano em cobertura sob a projeccedilatildeo da copa Deve ser incentivado nos solos arenosos da regiatildeo

semi-aacuterida do Nordeste em virtude da sua pobreza em mateacuteria orgacircnica e pela proteccedilatildeo que essa adubaccedilatildeo oferece contra a insolaccedilatildeo direta e a consequumlente evaporaccedilatildeo

A anaacutelise quiacutemica do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos para que se possa avaliar a necessidade natildeo soacute da aplicaccedilatildeo de corretivos como da adequaccedilatildeo dos

niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio

A calagem eacute recomendada com base no teor de alumiacutenio trocaacutevel ou em funccedilatildeo dos niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio no complexo sortivo do solo Tambeacutem poderaacute basear-se no

teor de mateacuteria orgacircnica presente no solo Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira

apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 55 a 65 As aacutervores cresceram com maior vigor apresentaram uma folhagem verde-escuro e

propiciaram maior produtividade Nos pomares de acerola orientados para a exportaccedilatildeo a calagem constitui-se pois numa praacutetica indispensaacutevel com vistas agrave correccedilatildeo do pH do

solo para situaacute-lo na faixa que melhor atenda agraves exigecircncias da cultura Hernandez (1970) ainda ressalta que a aplicaccedilatildeo de calcaacuterio aumenta a produtividade i o conteuacutedo

de aacutecido ascoacuterbico da fruta

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

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Page 5: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

como resistente a algumas doenccedilas fuacutengicas (International Board Plant Genetic

Resources 1986)

Variedades doces

Manoa Sweet Apresenta copa ereta e estendida Eacute vigorosa proliacutefica e tem tendecircncia a produzir muita ramagem liacuteder atingindo ateacute 5m de altura Seus frutos satildeo de coloraccedilatildeo

amarelo avermelhada quando completamente maduros Satildeo doces de bom sabor Eacute

recomendada para plantios caseiros Tropical Ruby O haacutebito de crescimento lembra a anterior necessitando de controle

para desenvolver tronco uacutenico Natildeo podada pode atingir 5m de altura Boa produtora seus frutos satildeo idecircnticos aos da Manoa Sweet

Hawaiian Queen Seu haacutebito de crescimento eacute ereto esparramado e aberto Igualmente deve ser conduzida de maneira a formar tronco uacutenico o que pode ser

praticado cem menor esforccedilo que as anteriores

Variedades aacutecidas

JHBeaumont Este clone eacute compacto baixo com ramagens densas e haacutebitos de crescimento que pode ser facilmente conduzido para formar arbusto de tronco uacutenico

Tanto a produccedilatildeo de frutos como a de aacutecido ascoacuterbico satildeo boas Fruto grande com coloraccedilatildeo laranja avermelhada quando completamente maduros

CFRehnborg A planta eacute de formaccedilatildeo compacta densamente ramificada podendo ser

facilmente conduzida para formar tronco uacutenico Embora altamente produtiva comparativamente seu teor em aacutecido ascoacuterbico eacute baixo Apresenta fruto grande com

coloraccedilatildeo laranja avermelhada passando a vermelho-escuro quando completamente maduro

F Haley Forma boas aacutervores para pomares sendo facilmente conduzida para formar tronco uacutenico e tem haacutebito de crescimento ereto Seus ramos satildeo alongados com

ramagem lateral natildeo esparramada Os frutos de tamanho meacutedio tecircm coloraccedilatildeo vermelho-puacuterpura quando plenamente maduros Esta variedade adapta-se melhor agraves

aacutereas mais secas Red Jumbo Possui tronco uacutenico e crescimento compacto ramagem bem distribuiacuteda e

haacutebito de crescimento baixo Embora seja arbusto baixo a porcentagem de frutificaccedilatildeo eacute relativamente alta e o fruto grande pesando 93g em meacutedia eacute de coloraccedilatildeo atrativa

passa do vermelho-cereja para o vermelho-puacuterpura quando em plena maturaccedilatildeo Maunawili Embora natildeo se destaque quanto ao conteuacutedo de aacutecido ascoacuterbico

demonstrou superior performance nas aacutereas bastante chuvosas e seu faacutecil e manejaacutevel

crescimento fizeram dela um clone desejaacutevel Desenvolve tronco uacutenico e exige pouca ou nenhuma posa seus ramos satildeo eretos e ao mesmo tempo compactos As folhas

geralmente pequenas e estreitas Seus frutos satildeo pequenos vermelho-cereja e ateacute vermelho-puacuterpura quando bem maduros

Condiccedilotildees Climaacuteticas Hiacutedricas e Solos

Clima

A acerola ou cereja das Antilhas eacute planta ruacutestica desenvolvendo-se em clima tropical e subtropical quando adulta (madura) suporta temperaturas de ateacute 0ordm C

Segundo Simatildeo (1971) e Almeida e Arauacutejo (1992) a acerola se adapta bem agrave temperatura meacutedia em torno de 26ordm C

Durante o periacuteodo seco e frio a planta permanece estacionaacuteria o que eacute normal e quando a temperatura se eleva a vegetaccedilatildeo e o florescimento mantecircm-se constantes

Sua frutificaccedilatildeo acontece na primavera-veratildeo A altitude pode ser de 0 niacutevel do mar ateacute

800m ou mais Por ser de clima tropical e subtropical com chuvas ou irrigaccedilotildees distribuiacutedas em torno de 1000 a 2000 mm poderaacute haver uma grande produccedilatildeo de frutos

de maior tamanho As chuvas excessivas ultrapassando 1600 mm podem ocasionar frutos com menos vitamina C e aquosos

Para Marty e Pennock (1965) a acerola natildeo exige solos especiacuteficos Os mais indicados satildeo os de meacutedia fertilidade e os argilo-arenosos por reterem maior teor de umidade

Entretanto certos cuidados devem ser tomados como a fertilizaccedilatildeo adequada dos terrenos arenosos e a drenagem das aacutereas de solos mais pesados onde pode ocorrer

salinaccedilatildeo e evitando nos solos mais arenosos as aacutereas infestadas por nematoacuteides

Propagaccedilatildeo

A aceroleira eacute uma planta considerada de propagaccedilatildeo simples dado que pode ser multiplicada por vaacuterios processos Ela se propaga facilmente com o emprego de

sementes estaquia e enxertia (Amaral 1992 Matry e Pennock 1965 Holmquist 1966 Bezerra e outros 1992)

O fato da aceroleira ser uma planta autofeacutertil podem-se obter plantas praticamente idecircnticas com a utilizaccedilatildeo da propagaccedilatildeo por meio de sementes (Simatildeo 1971) Nos

plantios em grandes escalas entretanto essa modalidade de propagaccedilatildeo soacute deve ser

adotada se as sementes provierem de frutos colhidos em aacutereas formadas com plantas uniformes portadoras das melhores caracteriacutesticas produtivas e comerciais pois desse

modo se reduz o risco da geraccedilatildeo de matrizes geneticamente indesejaacuteveis As mudas a partir de sementes podem ser formadas em canteiros com 15 cm de altura

e 120 cm de largura e comprimento variaacutevel em funccedilatildeo das caracteriacutesticas da propriedade A semeadura pode ser feita em caixa de madeira ou similar utilizadas como

germinador medindo 15 cm de largura ou em recipiente de polietileno preto com 20 cm de altura e 15 cm de diacircmetro Alguns viveiristas produzem as mudas em recipientes de

polietileno de 6 cm de diacircmetro e 25 cm de altura reduzindo assim o custo de produccedilatildeo devido ao maior nuacutemero de mudas transportadas por unidade de aacuterea

As sementes devem provir de frutos fisiologicamente maduros dos quais satildeo extraiacutedas sendo em seguida lavadas e postas a secar agrave sombra A germinaccedilatildeo ocorre em geral

dentro de 20 a 150 dias seu iacutendice eacute de 20 a 30 em virtude da ocorrecircncia frequumlente de abortamento do embriatildeo (Marty e Pennock 1965) A proteccedilatildeo contra a insolaccedilatildeo

direta e as regas diaacuterias satildeo praacuteticas indispensaacuteveis ao sucesso na germinaccedilatildeo das

sementes Diversos trabalhos comprovam por outro lado a viabilidade da propagaccedilatildeo assexuada

mediante o enraizamento de estaca Esse meacutetodo assegura maior precocidade na produccedilatildeo assim como a transmissibilidade das caracteriacutesticas geneacuteticas da planta

propagada Pomares implantados na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco com mudas propagadas por estaca iniciaram a frutificaccedilatildeo entre cinco e doze meses apoacutes o plantio no

local definitivo Embora a multiplicaccedilatildeo por estaca seja um meacutetodo mais difiacutecil e de custo de produccedilatildeo

mais elevado sua adoccedilatildeo eacute preferiacutevel pois com ele se obtecircm com certeza absoluta plantas natildeo soacute uniformes como portadoras de caracteriacutesticas determinadas O material

propagativo usado na estaquia deve ser coletado a partir de matrizes preacute-selecionadas comprovadamente produtivas e livres de pragas e doenccedilas As estacas com folhas devem

ser tuacutergidas e plantadas de imediato pois comprovou-se na praacutetica um maior percentual de enraizamento

Pesquisas realizadas por Nascimento (1991) em casa de vegetaccedilatildeo utilizando estacas

semilenhosas com folhas medindo 15 a 20cm de comprimento e 3 a 6mm de diacircmetro coletadas antes da floraccedilatildeo e plantadas em substrato de areia possibilitaram um

enraizamento da ordem de 50 quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico em poacute na concentraccedilatildeo de 6000ppm Nos estudos levados a efeito pela Universidade Federal em

Areias na Paraiacuteba nos quais se utilizaram estacas com 20cm de comprimento e diacircmetros entre 4 e 8mm plantadas sem folhas e num substrato de areia houve o enraizamento de

45 das estacas quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico na concentraccedilatildeo de 2400ppm (Alves e outros 1991)

Bezerra e outros em trabalhos realizados em Goiacircnia (Pernambuco) com estacas herbaacuteceas coletadas em duas eacutepocas fevereiro e abril - constataram que o uso dos

aacutecidos indolbutiacuterico e naftalenoaceacutetico nas concentraccedilotildees de 50 e 100ppm respectivamente natildeo estimulou o enraizamento das estacas Foi de 873 o percentual

de enraizamento obtido quando as estacas foram retiradas em abril Marty e Pennock (1965) assinalam que na propagaccedilatildeo da acerola por meio de estaca

devem-se utilizar as pontas dos ramos vigorosos de plantas jovens A medida

recomendada para a estaca eacute de 8 a 10 polegadas no substrato de enraizamento planta-se apenas o seu terccedilo inferior As estacas que devem ser tratadas com aacutecido

indolbutiacuterico satildeo colocadas para enraizar num substrato de areia ou vermiculita e em cacircmara de nebulizaccedilatildeo intermitente de modo a manter a umidade ambiental Apoacutes o

periacuteodo de enraizamento 50-60 dias as mudas enraizadas satildeo transplantadas para recipientes individuais com uma altura miacutenima de 15-20cm

A propagaccedilatildeo da acerola por meio de enxertia apesar de pouco recomendada tambeacutem pode ser utilizada com sucesso (Simatildeo 1971) Holmquist (1966) relata que de quatro

meacutetodos de enxertia testados na Universidade Central da Venezuela o processo de garfagem em fenda cheia possibilitou um pegamento de enxerto da ordem de 86

Natildeo obstante a maior rapidez na obtenccedilatildeo da muda de acerola quando se usa a

estaquia em lugar da enxertia o uso deste uacuteltimo meacutetodo apresenta algumas vantagens comparativas que merecem ser analisadas As mudas propagadas por enxertia criam um

sistema radicular mais vigoroso o qual explora consequumlentemente maior volume de solo Aleacutem disso a presenccedila da raiz pivotante na muda obtida por enxertia daacute maior

firmeza agrave planta no solo um efeito que deve ser levado em conta principalmente na implantaccedilatildeo de pomares em aacutereas sujeitas a ventos fortes Estes por exemplo satildeo

bastantes frequumlentes no segundo semestre do ano nas aacutereas irrigadas do Nordeste Ainda

que em pequena escala tem-se observado na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco o tombamento de plantas de acerola multiplicadas por estaca em consequumlecircncia da accedilatildeo do

vento Este fato ocorre porque essas plantas apoacutes serem transplantadas para o local definitivo apresentam um sistema radicular adventiacutecio portanto de localizaccedilatildeo mais

superficial Tendo em vista que os estudos sobre enxertia da aceroleira foram levados a efeito na

Venezuela recomenda-se a realizaccedilatildeo de ensaios experimentais no sentido de se definir o processo de enxertia mais adequado agraves condiccedilotildees dos ecossistemas brasileiros

principalmente nas aacutereas de maior incidecircncia de ventos fortes A EMBRAPA CPATSA (Centro de Pesquisa Agropecuaacuteria do Troacutepico Semi-Aacuterido) estaacute desenvolvendo um ensaio

em que considerou trecircs processos de enxertia ndash garfagem no topo em fendas cheias garfagem lateral em inglecircs simples e bolbulhia de placa em janela aberta - aleacutem de dois

meacutetodos de produccedilatildeo do porta-enxertos ndash viveiro e recipientes Haacute evidecircncia de que a enxertia de borbulhia de placa em janela aberta seraacute viaacutevel assim como o processo de

garfagem no topo em fenda cheia este quando realizado sob cobertura de tela

Cumpre acrescentar que as mudas quer propagadas por estaquia quer por enxertia devem ser adquiridas de entidades ou produtores credenciados e idocircneos Este aspecto eacute

de primordial importacircncia pois o sucesso do empreendimento frutiacutecola depende fundamentalmente da qualidade da muda utilizada

Tratos Culturais

O controle das plantas daninhas eacute uma praacutetica indispensaacutevel A ocorrecircncia dessas

plantas causa uma seacuterie de transtornos que prejudicam o crescimento d desenvolvimento das plantas frutiacuteferas sofrendo perdas qualitativas e quantitativas e favorecem no

aparecimento de pragas e doenccedilas tal infestaccedilatildeo dificulta a inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos sistemas de irrigaccedilatildeo aumentando o custo operacional nas aacutereas irrigadas por sistema de

aspersatildeo moacuteveis Devemos salientar que aleacutem dos transtornos mencionados tem tambeacutem as dificuldades na hora da colheita

O controle das plantas daninhas tem sido feito por capinas manuais na projeccedilatildeo da

copa deixando o mato para ser rebaixado com roccediladeiras ou manualmente com ferramentas apropriadas Na Zona da Mata (Regiatildeo Nordeste) tem sido comum esta

praacutetica no periacuteodo de chuva O controle das plantas daninhas mediante a aplicaccedilatildeo de herbicidas eacute recomendaacutevel

nas aacutereas das empresas agriacutecolas de meacutedio e grande porte que podem contar com assistecircncia teacutecnica especializada Neste caso eacute preciso o conhecimento minucioso natildeo soacute

da populaccedilatildeo invasora como do herbicida a ser aplicado Haacute necessidade de estudos nessa aacuterea envolvendo a aceroleira de modo a evitar efeitos toacutexicos agrave planta e na

contaminaccedilatildeo dos frutos a serem exportados ou comercializados no mercado interno

Podas de Formaccedilatildeo e Corretivas

As podas na cultura da acerola satildeo fundamentais em regiotildees tropicais a planta chega ateacute 9 safrasano com colheitas diaacuterias Podas de formaccedilatildeo limpeza e draacutesticas bem

executadas facilitaratildeo os tratos culturais e na colheita

Apoacutes o pegamento da muda no local definido seratildeo necessaacuterias podas de formaccedilatildeo para conduzi-las em haste uacutenica ateacute a altura de 30-40 cm do solo Esta haste apoacutes

podada a gema apical deveraacute ficar entre 50 a 60 cm de altura sendo com isto estimulada a brotaccedilatildeo das gemas laterais Estas gemas originaratildeo ramos laterais dos

quais seratildeo escolhidos 3 ou 4 ramos equumlidistantes com alturas diferentes na metade superior da haste permitindo simetria e equiliacutebrio fiacutesico entre os ramos

Tambeacutem eacute importante podas corretivas a fim de eliminar as brotaccedilotildees que surgem nos trecircs ou quatro ramos principais especialmente os que se dirigem para o solo Esta poda eacute

para evitar que os ramos cubram o solo na aacuterea da projeccedilatildeo da copa e atrapalhe na praacutetica de cultura ndash irrigaccedilatildeo adubaccedilatildeo e cobertura morta

Eacute necessaacuterio eliminar as brotaccedilotildees nas pernadas ou ramos principais ateacute dez

centiacutemetros a partir do tronco inclusive as que se voltam para o interior da copa a fim de que fique mais aberta no centro e arejada Marty e Pennock (1965) ressaltam que isso

permitiraacute maior penetraccedilatildeo de luz solar no dossel vegetal atingindo ramos e folhas no seu interior

A poda de ramos indesejaacuteveis deve ser feita assim que necessaacuteria para evitar que a planta gaste energia com ramos que mais tarde teratildeo que ser podados Se feito isto

tardiamente poderaacute determinar a formaccedilatildeo de uma copa defeituosa

A poda draacutestica tem sido executada uma vez ao ano quando a planta jaacute adulta encontra-se em repouso vegetativo o que acontece no periacuteodo de chuva no

NorteNordeste ou no inverno para outras regiotildees Essa poda eacute feita visando reduzir a altura da copa em 15 a 20m cortando os galhos

mais vigorosos e mal localizados facilitando a operaccedilatildeo de colheitas que se concentram na primavera e veratildeo

A poda corretiva deveraacute ser feita apoacutes cada ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo ou quando necessaacuteria de modo a manter as plantas na altura padratildeo do pomar Natildeo se recomenda

as podas destinadas a estimular a frutificaccedilatildeo pois ainda carece de estudos e pesquisas antes que tal praacutetica possa ser implementada em pomares orientados para a produccedilatildeo

comercial Eacute de forma generalizada que as aceroleiras com maior volume de copa satildeo mais

produtivas Daiacute a necessidade de agir com cautela no que concerne agraves podas de frutificaccedilatildeo pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas

espeacutecies prejudicam a produccedilatildeo

A poda de limpeza eacute feita durante toda a vida uacutetil das aceroleiras e torna indispensaacutevel a manutenccedilatildeo da conformaccedilatildeo desejada Devendo ser feita quando a planta estiver se

flores e frutos sempre que necessaacuterio

Irrigaccedilatildeo

A irrigaccedilatildeo na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiotildees com problemas de insuficiecircncia eou maacute distribuiccedilatildeo de chuvas (abaixo de 1600mm anuais)

Aacute medida que se reduz a disponibilidade de aacutegua diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aeacuterea da planta poreacutem a aacutegua em excesso provoca diminuiccedilatildeo da

qualidade do fruto reduzindo os teores de vitamina C o uso da irrigaccedilatildeo de forma racional permiti no miacutenimo a duplicaccedilatildeo da produccedilatildeo e o aumento no nuacutemero de safras

Segundo Scaloppi (1986) a escolha dos sistemas de rega depende de uma seacuterie de fatores teacutecnicos econocircmicos e culturais com as condiccedilotildees especiacuteficas da propriedade 1)

recursos hiacutedricos (potencial hiacutedrico situaccedilatildeo topograacutefica qualidade e custo da aacutegua) 2)

topografia 3) solos (caracteriacutesticas morfoloacutegicas retenccedilatildeo hiacutedrica infiltraccedilatildeo caracteriacutesticas quiacutemicas e variabilidade espacial) 4) clima (precipitaccedilatildeo ventos e

evapotranspiraccedilatildeo potencial) 5) culturas (sistema e densidade de plantio profundidade efetiva do sistema radicular altura das plantas exigecircncias agronocircmicas e valor

econocircmico) 6) aspectos econocircmicos (custos iniciais operacionais e de manutenccedilatildeo) 7) fatores humanos (niacutevel educacional poder aquisitivo tradiccedilatildeo etc)

Os tipos de irrigaccedilatildeo mais utilizados satildeo aspersatildeo convencional microaspersatildeo gotejamento e por tubos perfurados (Xique-xique) por sulco de infiltraccedilatildeo com bacias de

captaccedilatildeo na projeccedilatildeo da copa e irrigaccedilatildeo por mangueira no mesmo estilo Os sistemas de irrigaccedilatildeo por sulcos e gotejamento satildeo indicados para solos argilo-

arenosos jaacute os sistemas de aspersatildeo e microaspersatildeo se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos

Cultura intercalar

O plantio de culturas intercalares eacute viaacutevel em pomares de aceroleiras voltadas a exportaccedilatildeo embora esta praacutetica esteja sujeita a algumas restriccedilotildees A principal delas diz

respeito ao meacutetodo de irrigaccedilatildeo utilizado a consorciaccedilatildeo soacute eacute possiacutevel quando se adota a irrigaccedilatildeo por aspersatildeo ou se for feita no periacuteodo de chuvas Nesta eacutepoca ela pode tornar-

se pouco atraente devido agrave irregularidade temporal e espacial das precipitaccedilotildees tal como ocorre na regiatildeo Nordeste O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras ndash

Principalmente a mangueira ndash apesar de jaacute ter sido praticado em aacutereas irrigadas n Nordeste requer maiores conhecimentos teacutecnicos

Embora natildeo apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo o consoacutercio entre aceroleiras e mangueiras pode tornar-se bastante difiacutecil principalmente depois que

as mangueiras iniciam a produccedilatildeo econocircmica ou quando as copas das fruteiras

consorciadas comeccedilam a se interceptar Seacuterias dificuldades se fazem sentir na tentativa

de compatibilizar a irrigaccedilatildeo a adubaccedilatildeo e as pulverizaccedilotildees Estas praacuteticas satildeo especificas de cada cultura e devem ser executadas em eacutepocas predeterminadas entatildeo

vai haver uma hora que o produtor teraacute de eliminar a cultura secundaacuteria para natildeo prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal

Outro fator que define a espeacutecie da cultura a ser consorciada com a acerola eacute o sistema de irrigaccedilatildeo adotado Nas irrigaccedilotildees por sulco ou aspersatildeo as limitaccedilotildees restringem-se

apenas agraves espeacutecies de cultura passiacuteveis de consorciaccedilatildeo Se a irrigaccedilatildeo eacute a localizada a

intercalaccedilatildeo de culturas soacute pode ser feita entre plantas ao longo da fileira Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigaccedilatildeo localizada ndash

gotejamento microaspersatildeo tubos perfurados seraacute possiacutevel intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras

O alto padratildeo de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas natildeo eacute aconselhaacutevel a praacutetica da consorciaccedilatildeo jaacute que o produtor de acerola para exportaccedilatildeo

deve dispensar atenccedilatildeo maacutexima agrave obtenccedilatildeo de frutas que atendam aos padrotildees internacionais de qualidade Caso isso natildeo aconteccedila esse produtor teraacute dificuldades de

competir num mercado cada vez mais exigente Poreacutem a consorciaccedilatildeo deveraacute ser incentivada durante a fase de formaccedilatildeo do pomar de acerola como uma forma de

amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados e a adoccedilatildeo desse sistema poderaacute ser uacutetil principalmente em pequenas aacutereas associando-se a aceroleira com

culturas de ciclo curto e tendo em vista o incremento da renda e da remuneraccedilatildeo do fruticultor bem como o aproveitamento da matildeo-de-obra familiar

Nutriccedilatildeo Adubaccedilatildeo e Calagem

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta ruacutestica facilmente adaptaacutevel aos mais variados tipos de solo requer manejo correto quanto agrave adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo das

plantas principalmente nos pomares orientados para a exportaccedilatildeo A fertilizaccedilatildeo eacute de suma importacircncia em termos percentuais para o aumento da

produtividade Segundo Lopes e Guilherme (1990) se feita uma aplicaccedilatildeo correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produccedilatildeo por unidade de

nutriente aplicado A ineficiecircncia de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos

Para a exportaccedilatildeo o manejo racional dos fertilizantes eacute fundamentalmente necessaacuterio estas teacutecnicas de manejo baacutesico e essencial estatildeo a seguir

a) ndash Anaacutelise de solo ndash Eacute um excelente meio de se diagnosticar com maior precisatildeo o fertilizante e a quantidade a ser aplicada

b) ndash Anaacutelise foliar ndash Tornou-se um importante recurso para a diagnose de

problemas nutricionais principalmente em culturas perenes Se associada agrave anaacutelise de solo proporciona orientaccedilatildeo segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenoloacutegico

da cultura c) ndash Testes de tecidos ndash Os testes raacutepidos ou testes de tecidos satildeo muito

conhecidos nos Estados Unidos e Europa No Brasil o seu uso ainda eacute muito limitado Satildeo utilizados na avaliaccedilatildeo nutricional das plantas sobretudo no que diz respeito a nitrogecircnio

foacutesforo e potaacutessio Feitos no campo datildeo uma ideacuteia imediata da situaccedilatildeo nutricional do pomar

d) ndash Observaccedilatildeo dos sintomas de deficiecircncia de nutrientes ndash Permite a identificaccedilatildeo visual da deficiecircncia de nutrientes em plantas com vistas ao diagnoacutestico e agrave

previsatildeo dos problemas do pomar e) ndash Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes ndash Eacute

fundamental para a tomada de decisotildees a cerca da aplicaccedilatildeo de micronutrientes Esses fatores entre outros o niacutevel do pH do solo e a presenccedila do alumiacutenio em niacuteveis toacutexicos

Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histoacuterico da aacuterea a ser cultivada eacute de grande valia na otimizaccedilatildeo ou maximizaccedilatildeo do uso e eficiecircncia dos fertilizantes

No Brasil haacute pouca informaccedilatildeo disponiacutevel a respeito da adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas das aacutereas irrigadas do Nordeste

Estudos desenvolvidos em Porto Rico Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiecircncia nutricional na aceroleira cultivada em soluccedilatildeo

nutritiva 1 ndash A eliminaccedilatildeo do nitrogecircnio da soluccedilatildeo nutritiva foi o fator que mais deteve o

crescimento e a produccedilatildeo das plantas

2 ndash A deficiecircncia de foacutesforo boro enxofre e ferro natildeo tiveram efeito tatildeo nocivo sobre o

crescimento das plantas quanto o produzido pela carecircncia de nitrogecircnio porem diminuiu drasticamente a produccedilatildeo de frutos

3 ndash A deficiecircncia de magneacutesio e manganecircs produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produccedilatildeo das aceroleiras

4 ndash A falta de potaacutessio diminuiu o diacircmetro dos ramos e o tamanho dos frutos 5 ndash A deficiecircncia de caacutelcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas

6 ndash Os iacutendices mais altos de nitrogecircnio foram encontrados em folhas de aacutervores

deficientes em enxofre e ferro 7 ndash As plantas deficientes em nitrogecircnio apresentaram alta concentraccedilatildeo de foacutesforo nas

folhas 8 ndash As aacutervores deficientes em foacutesforo natildeo apresentaram sintoma algum dessa carecircncia

9 ndash Os menores niacuteveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em caacutelcio

10 ndash Os sintomas mais seacuterios de deficiecircncia de nitrogecircnio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas

Silva e Junior e outros (1988) citados por Alves (1992) observaram que o nitrogecircnio e

o potaacutessio satildeo os elementos extraiacutedos em maior quantidade pelos frutos Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniecircncia de suprir fartamente a aceroleira de

elementos maiores principalmente o nitrogecircnio sugerindo a aplicaccedilatildeo da foacutermula 14-4-10 duas vezes por ano na quantidade de 160kgha nos dois primeiros anos da

implantaccedilatildeo do pomar

Os adubos devem ser distribuiacutedos em circulo sobre a superfiacutecie do terreno na projeccedilatildeo da copa

Simatildeo (1971) indica a foacutermula 8-8-15 a base de 500gplanta ateacute a idade de quatro anos Para as plantas adultas recomenda a mesma foacutermula usando poreacutem 15 a

25kgplanta em duas aplicaccedilotildees Simatildeo (1971) recomenda ainda que ateacute o iniacutecio da frutificaccedilatildeo a planta seja adubada

anualmente com esta mistura 400 gramas de superfosfato de caacutelcio e 200 gramas de cloreto de potaacutessio Iniciada a frutificaccedilatildeo recomenda a aplicaccedilatildeo da seguinte foacutermula

660 1000 gramas de sulfato de amocircnio ou nitrocaacutelcio 600 a 900 gramas de superfosfato de caacutelcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potaacutessio Esta adubaccedilatildeo que eacute indicada para

aacutereas dependentes de chuvas deve ser dividida em duas doses iguais uma aplicada no iniacutecio do periacuteodo chuvoso e a outra no fim desse periacuteodo em faixa circular distante entre

20 e 40cm do tronco ou na projeccedilatildeo da copa Para as aacutereas irrigadas do submeacutedio Satildeo Francisco recomenda-se aplicar em fundaccedilatildeo

(cova) 400-500 gramas de superfosfato simples 300-400 gramas de cloreto de potaacutessio

e 20 litros no miacutenimo de esterco bem curtido Durante o primeiro ano recomenda-se a adubaccedilatildeo mensal em cobertura e na projeccedilatildeo da copa 30-40 gramas de ureacuteia e 30-40

gramas de sulfato de potaacutessio por planta adicionando-se a cada seis meses tambeacutem em cobertura 20 litros de esterco bem curtido

As adubaccedilotildees regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente sobretudo se natildeo estiverem acompanhadas de uma caracterizaccedilatildeo

detalhada do solo do manejo e do estaacutedio de desenvolvimento da cultura Na adubaccedilatildeo orgacircnica apesar das poucas experiecircncias realizadas seu uso eacute

recomendaacutevel principalmente por ocasiatildeo do plantio e depois duas vezes por ano em cobertura sob a projeccedilatildeo da copa Deve ser incentivado nos solos arenosos da regiatildeo

semi-aacuterida do Nordeste em virtude da sua pobreza em mateacuteria orgacircnica e pela proteccedilatildeo que essa adubaccedilatildeo oferece contra a insolaccedilatildeo direta e a consequumlente evaporaccedilatildeo

A anaacutelise quiacutemica do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos para que se possa avaliar a necessidade natildeo soacute da aplicaccedilatildeo de corretivos como da adequaccedilatildeo dos

niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio

A calagem eacute recomendada com base no teor de alumiacutenio trocaacutevel ou em funccedilatildeo dos niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio no complexo sortivo do solo Tambeacutem poderaacute basear-se no

teor de mateacuteria orgacircnica presente no solo Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira

apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 55 a 65 As aacutervores cresceram com maior vigor apresentaram uma folhagem verde-escuro e

propiciaram maior produtividade Nos pomares de acerola orientados para a exportaccedilatildeo a calagem constitui-se pois numa praacutetica indispensaacutevel com vistas agrave correccedilatildeo do pH do

solo para situaacute-lo na faixa que melhor atenda agraves exigecircncias da cultura Hernandez (1970) ainda ressalta que a aplicaccedilatildeo de calcaacuterio aumenta a produtividade i o conteuacutedo

de aacutecido ascoacuterbico da fruta

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

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Page 6: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

A aceroleira eacute uma planta considerada de propagaccedilatildeo simples dado que pode ser multiplicada por vaacuterios processos Ela se propaga facilmente com o emprego de

sementes estaquia e enxertia (Amaral 1992 Matry e Pennock 1965 Holmquist 1966 Bezerra e outros 1992)

O fato da aceroleira ser uma planta autofeacutertil podem-se obter plantas praticamente idecircnticas com a utilizaccedilatildeo da propagaccedilatildeo por meio de sementes (Simatildeo 1971) Nos

plantios em grandes escalas entretanto essa modalidade de propagaccedilatildeo soacute deve ser

adotada se as sementes provierem de frutos colhidos em aacutereas formadas com plantas uniformes portadoras das melhores caracteriacutesticas produtivas e comerciais pois desse

modo se reduz o risco da geraccedilatildeo de matrizes geneticamente indesejaacuteveis As mudas a partir de sementes podem ser formadas em canteiros com 15 cm de altura

e 120 cm de largura e comprimento variaacutevel em funccedilatildeo das caracteriacutesticas da propriedade A semeadura pode ser feita em caixa de madeira ou similar utilizadas como

germinador medindo 15 cm de largura ou em recipiente de polietileno preto com 20 cm de altura e 15 cm de diacircmetro Alguns viveiristas produzem as mudas em recipientes de

polietileno de 6 cm de diacircmetro e 25 cm de altura reduzindo assim o custo de produccedilatildeo devido ao maior nuacutemero de mudas transportadas por unidade de aacuterea

As sementes devem provir de frutos fisiologicamente maduros dos quais satildeo extraiacutedas sendo em seguida lavadas e postas a secar agrave sombra A germinaccedilatildeo ocorre em geral

dentro de 20 a 150 dias seu iacutendice eacute de 20 a 30 em virtude da ocorrecircncia frequumlente de abortamento do embriatildeo (Marty e Pennock 1965) A proteccedilatildeo contra a insolaccedilatildeo

direta e as regas diaacuterias satildeo praacuteticas indispensaacuteveis ao sucesso na germinaccedilatildeo das

sementes Diversos trabalhos comprovam por outro lado a viabilidade da propagaccedilatildeo assexuada

mediante o enraizamento de estaca Esse meacutetodo assegura maior precocidade na produccedilatildeo assim como a transmissibilidade das caracteriacutesticas geneacuteticas da planta

propagada Pomares implantados na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco com mudas propagadas por estaca iniciaram a frutificaccedilatildeo entre cinco e doze meses apoacutes o plantio no

local definitivo Embora a multiplicaccedilatildeo por estaca seja um meacutetodo mais difiacutecil e de custo de produccedilatildeo

mais elevado sua adoccedilatildeo eacute preferiacutevel pois com ele se obtecircm com certeza absoluta plantas natildeo soacute uniformes como portadoras de caracteriacutesticas determinadas O material

propagativo usado na estaquia deve ser coletado a partir de matrizes preacute-selecionadas comprovadamente produtivas e livres de pragas e doenccedilas As estacas com folhas devem

ser tuacutergidas e plantadas de imediato pois comprovou-se na praacutetica um maior percentual de enraizamento

Pesquisas realizadas por Nascimento (1991) em casa de vegetaccedilatildeo utilizando estacas

semilenhosas com folhas medindo 15 a 20cm de comprimento e 3 a 6mm de diacircmetro coletadas antes da floraccedilatildeo e plantadas em substrato de areia possibilitaram um

enraizamento da ordem de 50 quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico em poacute na concentraccedilatildeo de 6000ppm Nos estudos levados a efeito pela Universidade Federal em

Areias na Paraiacuteba nos quais se utilizaram estacas com 20cm de comprimento e diacircmetros entre 4 e 8mm plantadas sem folhas e num substrato de areia houve o enraizamento de

45 das estacas quando se utilizou o aacutecido indolbutiacuterico na concentraccedilatildeo de 2400ppm (Alves e outros 1991)

Bezerra e outros em trabalhos realizados em Goiacircnia (Pernambuco) com estacas herbaacuteceas coletadas em duas eacutepocas fevereiro e abril - constataram que o uso dos

aacutecidos indolbutiacuterico e naftalenoaceacutetico nas concentraccedilotildees de 50 e 100ppm respectivamente natildeo estimulou o enraizamento das estacas Foi de 873 o percentual

de enraizamento obtido quando as estacas foram retiradas em abril Marty e Pennock (1965) assinalam que na propagaccedilatildeo da acerola por meio de estaca

devem-se utilizar as pontas dos ramos vigorosos de plantas jovens A medida

recomendada para a estaca eacute de 8 a 10 polegadas no substrato de enraizamento planta-se apenas o seu terccedilo inferior As estacas que devem ser tratadas com aacutecido

indolbutiacuterico satildeo colocadas para enraizar num substrato de areia ou vermiculita e em cacircmara de nebulizaccedilatildeo intermitente de modo a manter a umidade ambiental Apoacutes o

periacuteodo de enraizamento 50-60 dias as mudas enraizadas satildeo transplantadas para recipientes individuais com uma altura miacutenima de 15-20cm

A propagaccedilatildeo da acerola por meio de enxertia apesar de pouco recomendada tambeacutem pode ser utilizada com sucesso (Simatildeo 1971) Holmquist (1966) relata que de quatro

meacutetodos de enxertia testados na Universidade Central da Venezuela o processo de garfagem em fenda cheia possibilitou um pegamento de enxerto da ordem de 86

Natildeo obstante a maior rapidez na obtenccedilatildeo da muda de acerola quando se usa a

estaquia em lugar da enxertia o uso deste uacuteltimo meacutetodo apresenta algumas vantagens comparativas que merecem ser analisadas As mudas propagadas por enxertia criam um

sistema radicular mais vigoroso o qual explora consequumlentemente maior volume de solo Aleacutem disso a presenccedila da raiz pivotante na muda obtida por enxertia daacute maior

firmeza agrave planta no solo um efeito que deve ser levado em conta principalmente na implantaccedilatildeo de pomares em aacutereas sujeitas a ventos fortes Estes por exemplo satildeo

bastantes frequumlentes no segundo semestre do ano nas aacutereas irrigadas do Nordeste Ainda

que em pequena escala tem-se observado na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco o tombamento de plantas de acerola multiplicadas por estaca em consequumlecircncia da accedilatildeo do

vento Este fato ocorre porque essas plantas apoacutes serem transplantadas para o local definitivo apresentam um sistema radicular adventiacutecio portanto de localizaccedilatildeo mais

superficial Tendo em vista que os estudos sobre enxertia da aceroleira foram levados a efeito na

Venezuela recomenda-se a realizaccedilatildeo de ensaios experimentais no sentido de se definir o processo de enxertia mais adequado agraves condiccedilotildees dos ecossistemas brasileiros

principalmente nas aacutereas de maior incidecircncia de ventos fortes A EMBRAPA CPATSA (Centro de Pesquisa Agropecuaacuteria do Troacutepico Semi-Aacuterido) estaacute desenvolvendo um ensaio

em que considerou trecircs processos de enxertia ndash garfagem no topo em fendas cheias garfagem lateral em inglecircs simples e bolbulhia de placa em janela aberta - aleacutem de dois

meacutetodos de produccedilatildeo do porta-enxertos ndash viveiro e recipientes Haacute evidecircncia de que a enxertia de borbulhia de placa em janela aberta seraacute viaacutevel assim como o processo de

garfagem no topo em fenda cheia este quando realizado sob cobertura de tela

Cumpre acrescentar que as mudas quer propagadas por estaquia quer por enxertia devem ser adquiridas de entidades ou produtores credenciados e idocircneos Este aspecto eacute

de primordial importacircncia pois o sucesso do empreendimento frutiacutecola depende fundamentalmente da qualidade da muda utilizada

Tratos Culturais

O controle das plantas daninhas eacute uma praacutetica indispensaacutevel A ocorrecircncia dessas

plantas causa uma seacuterie de transtornos que prejudicam o crescimento d desenvolvimento das plantas frutiacuteferas sofrendo perdas qualitativas e quantitativas e favorecem no

aparecimento de pragas e doenccedilas tal infestaccedilatildeo dificulta a inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos sistemas de irrigaccedilatildeo aumentando o custo operacional nas aacutereas irrigadas por sistema de

aspersatildeo moacuteveis Devemos salientar que aleacutem dos transtornos mencionados tem tambeacutem as dificuldades na hora da colheita

O controle das plantas daninhas tem sido feito por capinas manuais na projeccedilatildeo da

copa deixando o mato para ser rebaixado com roccediladeiras ou manualmente com ferramentas apropriadas Na Zona da Mata (Regiatildeo Nordeste) tem sido comum esta

praacutetica no periacuteodo de chuva O controle das plantas daninhas mediante a aplicaccedilatildeo de herbicidas eacute recomendaacutevel

nas aacutereas das empresas agriacutecolas de meacutedio e grande porte que podem contar com assistecircncia teacutecnica especializada Neste caso eacute preciso o conhecimento minucioso natildeo soacute

da populaccedilatildeo invasora como do herbicida a ser aplicado Haacute necessidade de estudos nessa aacuterea envolvendo a aceroleira de modo a evitar efeitos toacutexicos agrave planta e na

contaminaccedilatildeo dos frutos a serem exportados ou comercializados no mercado interno

Podas de Formaccedilatildeo e Corretivas

As podas na cultura da acerola satildeo fundamentais em regiotildees tropicais a planta chega ateacute 9 safrasano com colheitas diaacuterias Podas de formaccedilatildeo limpeza e draacutesticas bem

executadas facilitaratildeo os tratos culturais e na colheita

Apoacutes o pegamento da muda no local definido seratildeo necessaacuterias podas de formaccedilatildeo para conduzi-las em haste uacutenica ateacute a altura de 30-40 cm do solo Esta haste apoacutes

podada a gema apical deveraacute ficar entre 50 a 60 cm de altura sendo com isto estimulada a brotaccedilatildeo das gemas laterais Estas gemas originaratildeo ramos laterais dos

quais seratildeo escolhidos 3 ou 4 ramos equumlidistantes com alturas diferentes na metade superior da haste permitindo simetria e equiliacutebrio fiacutesico entre os ramos

Tambeacutem eacute importante podas corretivas a fim de eliminar as brotaccedilotildees que surgem nos trecircs ou quatro ramos principais especialmente os que se dirigem para o solo Esta poda eacute

para evitar que os ramos cubram o solo na aacuterea da projeccedilatildeo da copa e atrapalhe na praacutetica de cultura ndash irrigaccedilatildeo adubaccedilatildeo e cobertura morta

Eacute necessaacuterio eliminar as brotaccedilotildees nas pernadas ou ramos principais ateacute dez

centiacutemetros a partir do tronco inclusive as que se voltam para o interior da copa a fim de que fique mais aberta no centro e arejada Marty e Pennock (1965) ressaltam que isso

permitiraacute maior penetraccedilatildeo de luz solar no dossel vegetal atingindo ramos e folhas no seu interior

A poda de ramos indesejaacuteveis deve ser feita assim que necessaacuteria para evitar que a planta gaste energia com ramos que mais tarde teratildeo que ser podados Se feito isto

tardiamente poderaacute determinar a formaccedilatildeo de uma copa defeituosa

A poda draacutestica tem sido executada uma vez ao ano quando a planta jaacute adulta encontra-se em repouso vegetativo o que acontece no periacuteodo de chuva no

NorteNordeste ou no inverno para outras regiotildees Essa poda eacute feita visando reduzir a altura da copa em 15 a 20m cortando os galhos

mais vigorosos e mal localizados facilitando a operaccedilatildeo de colheitas que se concentram na primavera e veratildeo

A poda corretiva deveraacute ser feita apoacutes cada ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo ou quando necessaacuteria de modo a manter as plantas na altura padratildeo do pomar Natildeo se recomenda

as podas destinadas a estimular a frutificaccedilatildeo pois ainda carece de estudos e pesquisas antes que tal praacutetica possa ser implementada em pomares orientados para a produccedilatildeo

comercial Eacute de forma generalizada que as aceroleiras com maior volume de copa satildeo mais

produtivas Daiacute a necessidade de agir com cautela no que concerne agraves podas de frutificaccedilatildeo pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas

espeacutecies prejudicam a produccedilatildeo

A poda de limpeza eacute feita durante toda a vida uacutetil das aceroleiras e torna indispensaacutevel a manutenccedilatildeo da conformaccedilatildeo desejada Devendo ser feita quando a planta estiver se

flores e frutos sempre que necessaacuterio

Irrigaccedilatildeo

A irrigaccedilatildeo na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiotildees com problemas de insuficiecircncia eou maacute distribuiccedilatildeo de chuvas (abaixo de 1600mm anuais)

Aacute medida que se reduz a disponibilidade de aacutegua diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aeacuterea da planta poreacutem a aacutegua em excesso provoca diminuiccedilatildeo da

qualidade do fruto reduzindo os teores de vitamina C o uso da irrigaccedilatildeo de forma racional permiti no miacutenimo a duplicaccedilatildeo da produccedilatildeo e o aumento no nuacutemero de safras

Segundo Scaloppi (1986) a escolha dos sistemas de rega depende de uma seacuterie de fatores teacutecnicos econocircmicos e culturais com as condiccedilotildees especiacuteficas da propriedade 1)

recursos hiacutedricos (potencial hiacutedrico situaccedilatildeo topograacutefica qualidade e custo da aacutegua) 2)

topografia 3) solos (caracteriacutesticas morfoloacutegicas retenccedilatildeo hiacutedrica infiltraccedilatildeo caracteriacutesticas quiacutemicas e variabilidade espacial) 4) clima (precipitaccedilatildeo ventos e

evapotranspiraccedilatildeo potencial) 5) culturas (sistema e densidade de plantio profundidade efetiva do sistema radicular altura das plantas exigecircncias agronocircmicas e valor

econocircmico) 6) aspectos econocircmicos (custos iniciais operacionais e de manutenccedilatildeo) 7) fatores humanos (niacutevel educacional poder aquisitivo tradiccedilatildeo etc)

Os tipos de irrigaccedilatildeo mais utilizados satildeo aspersatildeo convencional microaspersatildeo gotejamento e por tubos perfurados (Xique-xique) por sulco de infiltraccedilatildeo com bacias de

captaccedilatildeo na projeccedilatildeo da copa e irrigaccedilatildeo por mangueira no mesmo estilo Os sistemas de irrigaccedilatildeo por sulcos e gotejamento satildeo indicados para solos argilo-

arenosos jaacute os sistemas de aspersatildeo e microaspersatildeo se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos

Cultura intercalar

O plantio de culturas intercalares eacute viaacutevel em pomares de aceroleiras voltadas a exportaccedilatildeo embora esta praacutetica esteja sujeita a algumas restriccedilotildees A principal delas diz

respeito ao meacutetodo de irrigaccedilatildeo utilizado a consorciaccedilatildeo soacute eacute possiacutevel quando se adota a irrigaccedilatildeo por aspersatildeo ou se for feita no periacuteodo de chuvas Nesta eacutepoca ela pode tornar-

se pouco atraente devido agrave irregularidade temporal e espacial das precipitaccedilotildees tal como ocorre na regiatildeo Nordeste O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras ndash

Principalmente a mangueira ndash apesar de jaacute ter sido praticado em aacutereas irrigadas n Nordeste requer maiores conhecimentos teacutecnicos

Embora natildeo apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo o consoacutercio entre aceroleiras e mangueiras pode tornar-se bastante difiacutecil principalmente depois que

as mangueiras iniciam a produccedilatildeo econocircmica ou quando as copas das fruteiras

consorciadas comeccedilam a se interceptar Seacuterias dificuldades se fazem sentir na tentativa

de compatibilizar a irrigaccedilatildeo a adubaccedilatildeo e as pulverizaccedilotildees Estas praacuteticas satildeo especificas de cada cultura e devem ser executadas em eacutepocas predeterminadas entatildeo

vai haver uma hora que o produtor teraacute de eliminar a cultura secundaacuteria para natildeo prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal

Outro fator que define a espeacutecie da cultura a ser consorciada com a acerola eacute o sistema de irrigaccedilatildeo adotado Nas irrigaccedilotildees por sulco ou aspersatildeo as limitaccedilotildees restringem-se

apenas agraves espeacutecies de cultura passiacuteveis de consorciaccedilatildeo Se a irrigaccedilatildeo eacute a localizada a

intercalaccedilatildeo de culturas soacute pode ser feita entre plantas ao longo da fileira Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigaccedilatildeo localizada ndash

gotejamento microaspersatildeo tubos perfurados seraacute possiacutevel intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras

O alto padratildeo de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas natildeo eacute aconselhaacutevel a praacutetica da consorciaccedilatildeo jaacute que o produtor de acerola para exportaccedilatildeo

deve dispensar atenccedilatildeo maacutexima agrave obtenccedilatildeo de frutas que atendam aos padrotildees internacionais de qualidade Caso isso natildeo aconteccedila esse produtor teraacute dificuldades de

competir num mercado cada vez mais exigente Poreacutem a consorciaccedilatildeo deveraacute ser incentivada durante a fase de formaccedilatildeo do pomar de acerola como uma forma de

amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados e a adoccedilatildeo desse sistema poderaacute ser uacutetil principalmente em pequenas aacutereas associando-se a aceroleira com

culturas de ciclo curto e tendo em vista o incremento da renda e da remuneraccedilatildeo do fruticultor bem como o aproveitamento da matildeo-de-obra familiar

Nutriccedilatildeo Adubaccedilatildeo e Calagem

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta ruacutestica facilmente adaptaacutevel aos mais variados tipos de solo requer manejo correto quanto agrave adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo das

plantas principalmente nos pomares orientados para a exportaccedilatildeo A fertilizaccedilatildeo eacute de suma importacircncia em termos percentuais para o aumento da

produtividade Segundo Lopes e Guilherme (1990) se feita uma aplicaccedilatildeo correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produccedilatildeo por unidade de

nutriente aplicado A ineficiecircncia de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos

Para a exportaccedilatildeo o manejo racional dos fertilizantes eacute fundamentalmente necessaacuterio estas teacutecnicas de manejo baacutesico e essencial estatildeo a seguir

a) ndash Anaacutelise de solo ndash Eacute um excelente meio de se diagnosticar com maior precisatildeo o fertilizante e a quantidade a ser aplicada

b) ndash Anaacutelise foliar ndash Tornou-se um importante recurso para a diagnose de

problemas nutricionais principalmente em culturas perenes Se associada agrave anaacutelise de solo proporciona orientaccedilatildeo segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenoloacutegico

da cultura c) ndash Testes de tecidos ndash Os testes raacutepidos ou testes de tecidos satildeo muito

conhecidos nos Estados Unidos e Europa No Brasil o seu uso ainda eacute muito limitado Satildeo utilizados na avaliaccedilatildeo nutricional das plantas sobretudo no que diz respeito a nitrogecircnio

foacutesforo e potaacutessio Feitos no campo datildeo uma ideacuteia imediata da situaccedilatildeo nutricional do pomar

d) ndash Observaccedilatildeo dos sintomas de deficiecircncia de nutrientes ndash Permite a identificaccedilatildeo visual da deficiecircncia de nutrientes em plantas com vistas ao diagnoacutestico e agrave

previsatildeo dos problemas do pomar e) ndash Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes ndash Eacute

fundamental para a tomada de decisotildees a cerca da aplicaccedilatildeo de micronutrientes Esses fatores entre outros o niacutevel do pH do solo e a presenccedila do alumiacutenio em niacuteveis toacutexicos

Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histoacuterico da aacuterea a ser cultivada eacute de grande valia na otimizaccedilatildeo ou maximizaccedilatildeo do uso e eficiecircncia dos fertilizantes

No Brasil haacute pouca informaccedilatildeo disponiacutevel a respeito da adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas das aacutereas irrigadas do Nordeste

Estudos desenvolvidos em Porto Rico Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiecircncia nutricional na aceroleira cultivada em soluccedilatildeo

nutritiva 1 ndash A eliminaccedilatildeo do nitrogecircnio da soluccedilatildeo nutritiva foi o fator que mais deteve o

crescimento e a produccedilatildeo das plantas

2 ndash A deficiecircncia de foacutesforo boro enxofre e ferro natildeo tiveram efeito tatildeo nocivo sobre o

crescimento das plantas quanto o produzido pela carecircncia de nitrogecircnio porem diminuiu drasticamente a produccedilatildeo de frutos

3 ndash A deficiecircncia de magneacutesio e manganecircs produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produccedilatildeo das aceroleiras

4 ndash A falta de potaacutessio diminuiu o diacircmetro dos ramos e o tamanho dos frutos 5 ndash A deficiecircncia de caacutelcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas

6 ndash Os iacutendices mais altos de nitrogecircnio foram encontrados em folhas de aacutervores

deficientes em enxofre e ferro 7 ndash As plantas deficientes em nitrogecircnio apresentaram alta concentraccedilatildeo de foacutesforo nas

folhas 8 ndash As aacutervores deficientes em foacutesforo natildeo apresentaram sintoma algum dessa carecircncia

9 ndash Os menores niacuteveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em caacutelcio

10 ndash Os sintomas mais seacuterios de deficiecircncia de nitrogecircnio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas

Silva e Junior e outros (1988) citados por Alves (1992) observaram que o nitrogecircnio e

o potaacutessio satildeo os elementos extraiacutedos em maior quantidade pelos frutos Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniecircncia de suprir fartamente a aceroleira de

elementos maiores principalmente o nitrogecircnio sugerindo a aplicaccedilatildeo da foacutermula 14-4-10 duas vezes por ano na quantidade de 160kgha nos dois primeiros anos da

implantaccedilatildeo do pomar

Os adubos devem ser distribuiacutedos em circulo sobre a superfiacutecie do terreno na projeccedilatildeo da copa

Simatildeo (1971) indica a foacutermula 8-8-15 a base de 500gplanta ateacute a idade de quatro anos Para as plantas adultas recomenda a mesma foacutermula usando poreacutem 15 a

25kgplanta em duas aplicaccedilotildees Simatildeo (1971) recomenda ainda que ateacute o iniacutecio da frutificaccedilatildeo a planta seja adubada

anualmente com esta mistura 400 gramas de superfosfato de caacutelcio e 200 gramas de cloreto de potaacutessio Iniciada a frutificaccedilatildeo recomenda a aplicaccedilatildeo da seguinte foacutermula

660 1000 gramas de sulfato de amocircnio ou nitrocaacutelcio 600 a 900 gramas de superfosfato de caacutelcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potaacutessio Esta adubaccedilatildeo que eacute indicada para

aacutereas dependentes de chuvas deve ser dividida em duas doses iguais uma aplicada no iniacutecio do periacuteodo chuvoso e a outra no fim desse periacuteodo em faixa circular distante entre

20 e 40cm do tronco ou na projeccedilatildeo da copa Para as aacutereas irrigadas do submeacutedio Satildeo Francisco recomenda-se aplicar em fundaccedilatildeo

(cova) 400-500 gramas de superfosfato simples 300-400 gramas de cloreto de potaacutessio

e 20 litros no miacutenimo de esterco bem curtido Durante o primeiro ano recomenda-se a adubaccedilatildeo mensal em cobertura e na projeccedilatildeo da copa 30-40 gramas de ureacuteia e 30-40

gramas de sulfato de potaacutessio por planta adicionando-se a cada seis meses tambeacutem em cobertura 20 litros de esterco bem curtido

As adubaccedilotildees regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente sobretudo se natildeo estiverem acompanhadas de uma caracterizaccedilatildeo

detalhada do solo do manejo e do estaacutedio de desenvolvimento da cultura Na adubaccedilatildeo orgacircnica apesar das poucas experiecircncias realizadas seu uso eacute

recomendaacutevel principalmente por ocasiatildeo do plantio e depois duas vezes por ano em cobertura sob a projeccedilatildeo da copa Deve ser incentivado nos solos arenosos da regiatildeo

semi-aacuterida do Nordeste em virtude da sua pobreza em mateacuteria orgacircnica e pela proteccedilatildeo que essa adubaccedilatildeo oferece contra a insolaccedilatildeo direta e a consequumlente evaporaccedilatildeo

A anaacutelise quiacutemica do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos para que se possa avaliar a necessidade natildeo soacute da aplicaccedilatildeo de corretivos como da adequaccedilatildeo dos

niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio

A calagem eacute recomendada com base no teor de alumiacutenio trocaacutevel ou em funccedilatildeo dos niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio no complexo sortivo do solo Tambeacutem poderaacute basear-se no

teor de mateacuteria orgacircnica presente no solo Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira

apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 55 a 65 As aacutervores cresceram com maior vigor apresentaram uma folhagem verde-escuro e

propiciaram maior produtividade Nos pomares de acerola orientados para a exportaccedilatildeo a calagem constitui-se pois numa praacutetica indispensaacutevel com vistas agrave correccedilatildeo do pH do

solo para situaacute-lo na faixa que melhor atenda agraves exigecircncias da cultura Hernandez (1970) ainda ressalta que a aplicaccedilatildeo de calcaacuterio aumenta a produtividade i o conteuacutedo

de aacutecido ascoacuterbico da fruta

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

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Page 7: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

Natildeo obstante a maior rapidez na obtenccedilatildeo da muda de acerola quando se usa a

estaquia em lugar da enxertia o uso deste uacuteltimo meacutetodo apresenta algumas vantagens comparativas que merecem ser analisadas As mudas propagadas por enxertia criam um

sistema radicular mais vigoroso o qual explora consequumlentemente maior volume de solo Aleacutem disso a presenccedila da raiz pivotante na muda obtida por enxertia daacute maior

firmeza agrave planta no solo um efeito que deve ser levado em conta principalmente na implantaccedilatildeo de pomares em aacutereas sujeitas a ventos fortes Estes por exemplo satildeo

bastantes frequumlentes no segundo semestre do ano nas aacutereas irrigadas do Nordeste Ainda

que em pequena escala tem-se observado na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco o tombamento de plantas de acerola multiplicadas por estaca em consequumlecircncia da accedilatildeo do

vento Este fato ocorre porque essas plantas apoacutes serem transplantadas para o local definitivo apresentam um sistema radicular adventiacutecio portanto de localizaccedilatildeo mais

superficial Tendo em vista que os estudos sobre enxertia da aceroleira foram levados a efeito na

Venezuela recomenda-se a realizaccedilatildeo de ensaios experimentais no sentido de se definir o processo de enxertia mais adequado agraves condiccedilotildees dos ecossistemas brasileiros

principalmente nas aacutereas de maior incidecircncia de ventos fortes A EMBRAPA CPATSA (Centro de Pesquisa Agropecuaacuteria do Troacutepico Semi-Aacuterido) estaacute desenvolvendo um ensaio

em que considerou trecircs processos de enxertia ndash garfagem no topo em fendas cheias garfagem lateral em inglecircs simples e bolbulhia de placa em janela aberta - aleacutem de dois

meacutetodos de produccedilatildeo do porta-enxertos ndash viveiro e recipientes Haacute evidecircncia de que a enxertia de borbulhia de placa em janela aberta seraacute viaacutevel assim como o processo de

garfagem no topo em fenda cheia este quando realizado sob cobertura de tela

Cumpre acrescentar que as mudas quer propagadas por estaquia quer por enxertia devem ser adquiridas de entidades ou produtores credenciados e idocircneos Este aspecto eacute

de primordial importacircncia pois o sucesso do empreendimento frutiacutecola depende fundamentalmente da qualidade da muda utilizada

Tratos Culturais

O controle das plantas daninhas eacute uma praacutetica indispensaacutevel A ocorrecircncia dessas

plantas causa uma seacuterie de transtornos que prejudicam o crescimento d desenvolvimento das plantas frutiacuteferas sofrendo perdas qualitativas e quantitativas e favorecem no

aparecimento de pragas e doenccedilas tal infestaccedilatildeo dificulta a inspeccedilatildeo e manutenccedilatildeo dos sistemas de irrigaccedilatildeo aumentando o custo operacional nas aacutereas irrigadas por sistema de

aspersatildeo moacuteveis Devemos salientar que aleacutem dos transtornos mencionados tem tambeacutem as dificuldades na hora da colheita

O controle das plantas daninhas tem sido feito por capinas manuais na projeccedilatildeo da

copa deixando o mato para ser rebaixado com roccediladeiras ou manualmente com ferramentas apropriadas Na Zona da Mata (Regiatildeo Nordeste) tem sido comum esta

praacutetica no periacuteodo de chuva O controle das plantas daninhas mediante a aplicaccedilatildeo de herbicidas eacute recomendaacutevel

nas aacutereas das empresas agriacutecolas de meacutedio e grande porte que podem contar com assistecircncia teacutecnica especializada Neste caso eacute preciso o conhecimento minucioso natildeo soacute

da populaccedilatildeo invasora como do herbicida a ser aplicado Haacute necessidade de estudos nessa aacuterea envolvendo a aceroleira de modo a evitar efeitos toacutexicos agrave planta e na

contaminaccedilatildeo dos frutos a serem exportados ou comercializados no mercado interno

Podas de Formaccedilatildeo e Corretivas

As podas na cultura da acerola satildeo fundamentais em regiotildees tropicais a planta chega ateacute 9 safrasano com colheitas diaacuterias Podas de formaccedilatildeo limpeza e draacutesticas bem

executadas facilitaratildeo os tratos culturais e na colheita

Apoacutes o pegamento da muda no local definido seratildeo necessaacuterias podas de formaccedilatildeo para conduzi-las em haste uacutenica ateacute a altura de 30-40 cm do solo Esta haste apoacutes

podada a gema apical deveraacute ficar entre 50 a 60 cm de altura sendo com isto estimulada a brotaccedilatildeo das gemas laterais Estas gemas originaratildeo ramos laterais dos

quais seratildeo escolhidos 3 ou 4 ramos equumlidistantes com alturas diferentes na metade superior da haste permitindo simetria e equiliacutebrio fiacutesico entre os ramos

Tambeacutem eacute importante podas corretivas a fim de eliminar as brotaccedilotildees que surgem nos trecircs ou quatro ramos principais especialmente os que se dirigem para o solo Esta poda eacute

para evitar que os ramos cubram o solo na aacuterea da projeccedilatildeo da copa e atrapalhe na praacutetica de cultura ndash irrigaccedilatildeo adubaccedilatildeo e cobertura morta

Eacute necessaacuterio eliminar as brotaccedilotildees nas pernadas ou ramos principais ateacute dez

centiacutemetros a partir do tronco inclusive as que se voltam para o interior da copa a fim de que fique mais aberta no centro e arejada Marty e Pennock (1965) ressaltam que isso

permitiraacute maior penetraccedilatildeo de luz solar no dossel vegetal atingindo ramos e folhas no seu interior

A poda de ramos indesejaacuteveis deve ser feita assim que necessaacuteria para evitar que a planta gaste energia com ramos que mais tarde teratildeo que ser podados Se feito isto

tardiamente poderaacute determinar a formaccedilatildeo de uma copa defeituosa

A poda draacutestica tem sido executada uma vez ao ano quando a planta jaacute adulta encontra-se em repouso vegetativo o que acontece no periacuteodo de chuva no

NorteNordeste ou no inverno para outras regiotildees Essa poda eacute feita visando reduzir a altura da copa em 15 a 20m cortando os galhos

mais vigorosos e mal localizados facilitando a operaccedilatildeo de colheitas que se concentram na primavera e veratildeo

A poda corretiva deveraacute ser feita apoacutes cada ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo ou quando necessaacuteria de modo a manter as plantas na altura padratildeo do pomar Natildeo se recomenda

as podas destinadas a estimular a frutificaccedilatildeo pois ainda carece de estudos e pesquisas antes que tal praacutetica possa ser implementada em pomares orientados para a produccedilatildeo

comercial Eacute de forma generalizada que as aceroleiras com maior volume de copa satildeo mais

produtivas Daiacute a necessidade de agir com cautela no que concerne agraves podas de frutificaccedilatildeo pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas

espeacutecies prejudicam a produccedilatildeo

A poda de limpeza eacute feita durante toda a vida uacutetil das aceroleiras e torna indispensaacutevel a manutenccedilatildeo da conformaccedilatildeo desejada Devendo ser feita quando a planta estiver se

flores e frutos sempre que necessaacuterio

Irrigaccedilatildeo

A irrigaccedilatildeo na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiotildees com problemas de insuficiecircncia eou maacute distribuiccedilatildeo de chuvas (abaixo de 1600mm anuais)

Aacute medida que se reduz a disponibilidade de aacutegua diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aeacuterea da planta poreacutem a aacutegua em excesso provoca diminuiccedilatildeo da

qualidade do fruto reduzindo os teores de vitamina C o uso da irrigaccedilatildeo de forma racional permiti no miacutenimo a duplicaccedilatildeo da produccedilatildeo e o aumento no nuacutemero de safras

Segundo Scaloppi (1986) a escolha dos sistemas de rega depende de uma seacuterie de fatores teacutecnicos econocircmicos e culturais com as condiccedilotildees especiacuteficas da propriedade 1)

recursos hiacutedricos (potencial hiacutedrico situaccedilatildeo topograacutefica qualidade e custo da aacutegua) 2)

topografia 3) solos (caracteriacutesticas morfoloacutegicas retenccedilatildeo hiacutedrica infiltraccedilatildeo caracteriacutesticas quiacutemicas e variabilidade espacial) 4) clima (precipitaccedilatildeo ventos e

evapotranspiraccedilatildeo potencial) 5) culturas (sistema e densidade de plantio profundidade efetiva do sistema radicular altura das plantas exigecircncias agronocircmicas e valor

econocircmico) 6) aspectos econocircmicos (custos iniciais operacionais e de manutenccedilatildeo) 7) fatores humanos (niacutevel educacional poder aquisitivo tradiccedilatildeo etc)

Os tipos de irrigaccedilatildeo mais utilizados satildeo aspersatildeo convencional microaspersatildeo gotejamento e por tubos perfurados (Xique-xique) por sulco de infiltraccedilatildeo com bacias de

captaccedilatildeo na projeccedilatildeo da copa e irrigaccedilatildeo por mangueira no mesmo estilo Os sistemas de irrigaccedilatildeo por sulcos e gotejamento satildeo indicados para solos argilo-

arenosos jaacute os sistemas de aspersatildeo e microaspersatildeo se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos

Cultura intercalar

O plantio de culturas intercalares eacute viaacutevel em pomares de aceroleiras voltadas a exportaccedilatildeo embora esta praacutetica esteja sujeita a algumas restriccedilotildees A principal delas diz

respeito ao meacutetodo de irrigaccedilatildeo utilizado a consorciaccedilatildeo soacute eacute possiacutevel quando se adota a irrigaccedilatildeo por aspersatildeo ou se for feita no periacuteodo de chuvas Nesta eacutepoca ela pode tornar-

se pouco atraente devido agrave irregularidade temporal e espacial das precipitaccedilotildees tal como ocorre na regiatildeo Nordeste O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras ndash

Principalmente a mangueira ndash apesar de jaacute ter sido praticado em aacutereas irrigadas n Nordeste requer maiores conhecimentos teacutecnicos

Embora natildeo apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo o consoacutercio entre aceroleiras e mangueiras pode tornar-se bastante difiacutecil principalmente depois que

as mangueiras iniciam a produccedilatildeo econocircmica ou quando as copas das fruteiras

consorciadas comeccedilam a se interceptar Seacuterias dificuldades se fazem sentir na tentativa

de compatibilizar a irrigaccedilatildeo a adubaccedilatildeo e as pulverizaccedilotildees Estas praacuteticas satildeo especificas de cada cultura e devem ser executadas em eacutepocas predeterminadas entatildeo

vai haver uma hora que o produtor teraacute de eliminar a cultura secundaacuteria para natildeo prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal

Outro fator que define a espeacutecie da cultura a ser consorciada com a acerola eacute o sistema de irrigaccedilatildeo adotado Nas irrigaccedilotildees por sulco ou aspersatildeo as limitaccedilotildees restringem-se

apenas agraves espeacutecies de cultura passiacuteveis de consorciaccedilatildeo Se a irrigaccedilatildeo eacute a localizada a

intercalaccedilatildeo de culturas soacute pode ser feita entre plantas ao longo da fileira Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigaccedilatildeo localizada ndash

gotejamento microaspersatildeo tubos perfurados seraacute possiacutevel intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras

O alto padratildeo de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas natildeo eacute aconselhaacutevel a praacutetica da consorciaccedilatildeo jaacute que o produtor de acerola para exportaccedilatildeo

deve dispensar atenccedilatildeo maacutexima agrave obtenccedilatildeo de frutas que atendam aos padrotildees internacionais de qualidade Caso isso natildeo aconteccedila esse produtor teraacute dificuldades de

competir num mercado cada vez mais exigente Poreacutem a consorciaccedilatildeo deveraacute ser incentivada durante a fase de formaccedilatildeo do pomar de acerola como uma forma de

amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados e a adoccedilatildeo desse sistema poderaacute ser uacutetil principalmente em pequenas aacutereas associando-se a aceroleira com

culturas de ciclo curto e tendo em vista o incremento da renda e da remuneraccedilatildeo do fruticultor bem como o aproveitamento da matildeo-de-obra familiar

Nutriccedilatildeo Adubaccedilatildeo e Calagem

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta ruacutestica facilmente adaptaacutevel aos mais variados tipos de solo requer manejo correto quanto agrave adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo das

plantas principalmente nos pomares orientados para a exportaccedilatildeo A fertilizaccedilatildeo eacute de suma importacircncia em termos percentuais para o aumento da

produtividade Segundo Lopes e Guilherme (1990) se feita uma aplicaccedilatildeo correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produccedilatildeo por unidade de

nutriente aplicado A ineficiecircncia de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos

Para a exportaccedilatildeo o manejo racional dos fertilizantes eacute fundamentalmente necessaacuterio estas teacutecnicas de manejo baacutesico e essencial estatildeo a seguir

a) ndash Anaacutelise de solo ndash Eacute um excelente meio de se diagnosticar com maior precisatildeo o fertilizante e a quantidade a ser aplicada

b) ndash Anaacutelise foliar ndash Tornou-se um importante recurso para a diagnose de

problemas nutricionais principalmente em culturas perenes Se associada agrave anaacutelise de solo proporciona orientaccedilatildeo segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenoloacutegico

da cultura c) ndash Testes de tecidos ndash Os testes raacutepidos ou testes de tecidos satildeo muito

conhecidos nos Estados Unidos e Europa No Brasil o seu uso ainda eacute muito limitado Satildeo utilizados na avaliaccedilatildeo nutricional das plantas sobretudo no que diz respeito a nitrogecircnio

foacutesforo e potaacutessio Feitos no campo datildeo uma ideacuteia imediata da situaccedilatildeo nutricional do pomar

d) ndash Observaccedilatildeo dos sintomas de deficiecircncia de nutrientes ndash Permite a identificaccedilatildeo visual da deficiecircncia de nutrientes em plantas com vistas ao diagnoacutestico e agrave

previsatildeo dos problemas do pomar e) ndash Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes ndash Eacute

fundamental para a tomada de decisotildees a cerca da aplicaccedilatildeo de micronutrientes Esses fatores entre outros o niacutevel do pH do solo e a presenccedila do alumiacutenio em niacuteveis toacutexicos

Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histoacuterico da aacuterea a ser cultivada eacute de grande valia na otimizaccedilatildeo ou maximizaccedilatildeo do uso e eficiecircncia dos fertilizantes

No Brasil haacute pouca informaccedilatildeo disponiacutevel a respeito da adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas das aacutereas irrigadas do Nordeste

Estudos desenvolvidos em Porto Rico Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiecircncia nutricional na aceroleira cultivada em soluccedilatildeo

nutritiva 1 ndash A eliminaccedilatildeo do nitrogecircnio da soluccedilatildeo nutritiva foi o fator que mais deteve o

crescimento e a produccedilatildeo das plantas

2 ndash A deficiecircncia de foacutesforo boro enxofre e ferro natildeo tiveram efeito tatildeo nocivo sobre o

crescimento das plantas quanto o produzido pela carecircncia de nitrogecircnio porem diminuiu drasticamente a produccedilatildeo de frutos

3 ndash A deficiecircncia de magneacutesio e manganecircs produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produccedilatildeo das aceroleiras

4 ndash A falta de potaacutessio diminuiu o diacircmetro dos ramos e o tamanho dos frutos 5 ndash A deficiecircncia de caacutelcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas

6 ndash Os iacutendices mais altos de nitrogecircnio foram encontrados em folhas de aacutervores

deficientes em enxofre e ferro 7 ndash As plantas deficientes em nitrogecircnio apresentaram alta concentraccedilatildeo de foacutesforo nas

folhas 8 ndash As aacutervores deficientes em foacutesforo natildeo apresentaram sintoma algum dessa carecircncia

9 ndash Os menores niacuteveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em caacutelcio

10 ndash Os sintomas mais seacuterios de deficiecircncia de nitrogecircnio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas

Silva e Junior e outros (1988) citados por Alves (1992) observaram que o nitrogecircnio e

o potaacutessio satildeo os elementos extraiacutedos em maior quantidade pelos frutos Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniecircncia de suprir fartamente a aceroleira de

elementos maiores principalmente o nitrogecircnio sugerindo a aplicaccedilatildeo da foacutermula 14-4-10 duas vezes por ano na quantidade de 160kgha nos dois primeiros anos da

implantaccedilatildeo do pomar

Os adubos devem ser distribuiacutedos em circulo sobre a superfiacutecie do terreno na projeccedilatildeo da copa

Simatildeo (1971) indica a foacutermula 8-8-15 a base de 500gplanta ateacute a idade de quatro anos Para as plantas adultas recomenda a mesma foacutermula usando poreacutem 15 a

25kgplanta em duas aplicaccedilotildees Simatildeo (1971) recomenda ainda que ateacute o iniacutecio da frutificaccedilatildeo a planta seja adubada

anualmente com esta mistura 400 gramas de superfosfato de caacutelcio e 200 gramas de cloreto de potaacutessio Iniciada a frutificaccedilatildeo recomenda a aplicaccedilatildeo da seguinte foacutermula

660 1000 gramas de sulfato de amocircnio ou nitrocaacutelcio 600 a 900 gramas de superfosfato de caacutelcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potaacutessio Esta adubaccedilatildeo que eacute indicada para

aacutereas dependentes de chuvas deve ser dividida em duas doses iguais uma aplicada no iniacutecio do periacuteodo chuvoso e a outra no fim desse periacuteodo em faixa circular distante entre

20 e 40cm do tronco ou na projeccedilatildeo da copa Para as aacutereas irrigadas do submeacutedio Satildeo Francisco recomenda-se aplicar em fundaccedilatildeo

(cova) 400-500 gramas de superfosfato simples 300-400 gramas de cloreto de potaacutessio

e 20 litros no miacutenimo de esterco bem curtido Durante o primeiro ano recomenda-se a adubaccedilatildeo mensal em cobertura e na projeccedilatildeo da copa 30-40 gramas de ureacuteia e 30-40

gramas de sulfato de potaacutessio por planta adicionando-se a cada seis meses tambeacutem em cobertura 20 litros de esterco bem curtido

As adubaccedilotildees regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente sobretudo se natildeo estiverem acompanhadas de uma caracterizaccedilatildeo

detalhada do solo do manejo e do estaacutedio de desenvolvimento da cultura Na adubaccedilatildeo orgacircnica apesar das poucas experiecircncias realizadas seu uso eacute

recomendaacutevel principalmente por ocasiatildeo do plantio e depois duas vezes por ano em cobertura sob a projeccedilatildeo da copa Deve ser incentivado nos solos arenosos da regiatildeo

semi-aacuterida do Nordeste em virtude da sua pobreza em mateacuteria orgacircnica e pela proteccedilatildeo que essa adubaccedilatildeo oferece contra a insolaccedilatildeo direta e a consequumlente evaporaccedilatildeo

A anaacutelise quiacutemica do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos para que se possa avaliar a necessidade natildeo soacute da aplicaccedilatildeo de corretivos como da adequaccedilatildeo dos

niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio

A calagem eacute recomendada com base no teor de alumiacutenio trocaacutevel ou em funccedilatildeo dos niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio no complexo sortivo do solo Tambeacutem poderaacute basear-se no

teor de mateacuteria orgacircnica presente no solo Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira

apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 55 a 65 As aacutervores cresceram com maior vigor apresentaram uma folhagem verde-escuro e

propiciaram maior produtividade Nos pomares de acerola orientados para a exportaccedilatildeo a calagem constitui-se pois numa praacutetica indispensaacutevel com vistas agrave correccedilatildeo do pH do

solo para situaacute-lo na faixa que melhor atenda agraves exigecircncias da cultura Hernandez (1970) ainda ressalta que a aplicaccedilatildeo de calcaacuterio aumenta a produtividade i o conteuacutedo

de aacutecido ascoacuterbico da fruta

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

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Page 8: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

Eacute necessaacuterio eliminar as brotaccedilotildees nas pernadas ou ramos principais ateacute dez

centiacutemetros a partir do tronco inclusive as que se voltam para o interior da copa a fim de que fique mais aberta no centro e arejada Marty e Pennock (1965) ressaltam que isso

permitiraacute maior penetraccedilatildeo de luz solar no dossel vegetal atingindo ramos e folhas no seu interior

A poda de ramos indesejaacuteveis deve ser feita assim que necessaacuteria para evitar que a planta gaste energia com ramos que mais tarde teratildeo que ser podados Se feito isto

tardiamente poderaacute determinar a formaccedilatildeo de uma copa defeituosa

A poda draacutestica tem sido executada uma vez ao ano quando a planta jaacute adulta encontra-se em repouso vegetativo o que acontece no periacuteodo de chuva no

NorteNordeste ou no inverno para outras regiotildees Essa poda eacute feita visando reduzir a altura da copa em 15 a 20m cortando os galhos

mais vigorosos e mal localizados facilitando a operaccedilatildeo de colheitas que se concentram na primavera e veratildeo

A poda corretiva deveraacute ser feita apoacutes cada ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo ou quando necessaacuteria de modo a manter as plantas na altura padratildeo do pomar Natildeo se recomenda

as podas destinadas a estimular a frutificaccedilatildeo pois ainda carece de estudos e pesquisas antes que tal praacutetica possa ser implementada em pomares orientados para a produccedilatildeo

comercial Eacute de forma generalizada que as aceroleiras com maior volume de copa satildeo mais

produtivas Daiacute a necessidade de agir com cautela no que concerne agraves podas de frutificaccedilatildeo pois geralmente diminuem o volume da copa da planta o que em algumas

espeacutecies prejudicam a produccedilatildeo

A poda de limpeza eacute feita durante toda a vida uacutetil das aceroleiras e torna indispensaacutevel a manutenccedilatildeo da conformaccedilatildeo desejada Devendo ser feita quando a planta estiver se

flores e frutos sempre que necessaacuterio

Irrigaccedilatildeo

A irrigaccedilatildeo na cultura da acerola tem sido usada especialmente em regiotildees com problemas de insuficiecircncia eou maacute distribuiccedilatildeo de chuvas (abaixo de 1600mm anuais)

Aacute medida que se reduz a disponibilidade de aacutegua diminui o crescimento do sistema radicular e da parte aeacuterea da planta poreacutem a aacutegua em excesso provoca diminuiccedilatildeo da

qualidade do fruto reduzindo os teores de vitamina C o uso da irrigaccedilatildeo de forma racional permiti no miacutenimo a duplicaccedilatildeo da produccedilatildeo e o aumento no nuacutemero de safras

Segundo Scaloppi (1986) a escolha dos sistemas de rega depende de uma seacuterie de fatores teacutecnicos econocircmicos e culturais com as condiccedilotildees especiacuteficas da propriedade 1)

recursos hiacutedricos (potencial hiacutedrico situaccedilatildeo topograacutefica qualidade e custo da aacutegua) 2)

topografia 3) solos (caracteriacutesticas morfoloacutegicas retenccedilatildeo hiacutedrica infiltraccedilatildeo caracteriacutesticas quiacutemicas e variabilidade espacial) 4) clima (precipitaccedilatildeo ventos e

evapotranspiraccedilatildeo potencial) 5) culturas (sistema e densidade de plantio profundidade efetiva do sistema radicular altura das plantas exigecircncias agronocircmicas e valor

econocircmico) 6) aspectos econocircmicos (custos iniciais operacionais e de manutenccedilatildeo) 7) fatores humanos (niacutevel educacional poder aquisitivo tradiccedilatildeo etc)

Os tipos de irrigaccedilatildeo mais utilizados satildeo aspersatildeo convencional microaspersatildeo gotejamento e por tubos perfurados (Xique-xique) por sulco de infiltraccedilatildeo com bacias de

captaccedilatildeo na projeccedilatildeo da copa e irrigaccedilatildeo por mangueira no mesmo estilo Os sistemas de irrigaccedilatildeo por sulcos e gotejamento satildeo indicados para solos argilo-

arenosos jaacute os sistemas de aspersatildeo e microaspersatildeo se prestam melhor aos solos arenosos e areno-argilosos

Cultura intercalar

O plantio de culturas intercalares eacute viaacutevel em pomares de aceroleiras voltadas a exportaccedilatildeo embora esta praacutetica esteja sujeita a algumas restriccedilotildees A principal delas diz

respeito ao meacutetodo de irrigaccedilatildeo utilizado a consorciaccedilatildeo soacute eacute possiacutevel quando se adota a irrigaccedilatildeo por aspersatildeo ou se for feita no periacuteodo de chuvas Nesta eacutepoca ela pode tornar-

se pouco atraente devido agrave irregularidade temporal e espacial das precipitaccedilotildees tal como ocorre na regiatildeo Nordeste O plantio intercalado de aceroleira com outras fruteiras ndash

Principalmente a mangueira ndash apesar de jaacute ter sido praticado em aacutereas irrigadas n Nordeste requer maiores conhecimentos teacutecnicos

Embora natildeo apresente maiores problemas nos primeiros anos de cultivo o consoacutercio entre aceroleiras e mangueiras pode tornar-se bastante difiacutecil principalmente depois que

as mangueiras iniciam a produccedilatildeo econocircmica ou quando as copas das fruteiras

consorciadas comeccedilam a se interceptar Seacuterias dificuldades se fazem sentir na tentativa

de compatibilizar a irrigaccedilatildeo a adubaccedilatildeo e as pulverizaccedilotildees Estas praacuteticas satildeo especificas de cada cultura e devem ser executadas em eacutepocas predeterminadas entatildeo

vai haver uma hora que o produtor teraacute de eliminar a cultura secundaacuteria para natildeo prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal

Outro fator que define a espeacutecie da cultura a ser consorciada com a acerola eacute o sistema de irrigaccedilatildeo adotado Nas irrigaccedilotildees por sulco ou aspersatildeo as limitaccedilotildees restringem-se

apenas agraves espeacutecies de cultura passiacuteveis de consorciaccedilatildeo Se a irrigaccedilatildeo eacute a localizada a

intercalaccedilatildeo de culturas soacute pode ser feita entre plantas ao longo da fileira Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigaccedilatildeo localizada ndash

gotejamento microaspersatildeo tubos perfurados seraacute possiacutevel intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras

O alto padratildeo de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas natildeo eacute aconselhaacutevel a praacutetica da consorciaccedilatildeo jaacute que o produtor de acerola para exportaccedilatildeo

deve dispensar atenccedilatildeo maacutexima agrave obtenccedilatildeo de frutas que atendam aos padrotildees internacionais de qualidade Caso isso natildeo aconteccedila esse produtor teraacute dificuldades de

competir num mercado cada vez mais exigente Poreacutem a consorciaccedilatildeo deveraacute ser incentivada durante a fase de formaccedilatildeo do pomar de acerola como uma forma de

amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados e a adoccedilatildeo desse sistema poderaacute ser uacutetil principalmente em pequenas aacutereas associando-se a aceroleira com

culturas de ciclo curto e tendo em vista o incremento da renda e da remuneraccedilatildeo do fruticultor bem como o aproveitamento da matildeo-de-obra familiar

Nutriccedilatildeo Adubaccedilatildeo e Calagem

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta ruacutestica facilmente adaptaacutevel aos mais variados tipos de solo requer manejo correto quanto agrave adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo das

plantas principalmente nos pomares orientados para a exportaccedilatildeo A fertilizaccedilatildeo eacute de suma importacircncia em termos percentuais para o aumento da

produtividade Segundo Lopes e Guilherme (1990) se feita uma aplicaccedilatildeo correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produccedilatildeo por unidade de

nutriente aplicado A ineficiecircncia de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos

Para a exportaccedilatildeo o manejo racional dos fertilizantes eacute fundamentalmente necessaacuterio estas teacutecnicas de manejo baacutesico e essencial estatildeo a seguir

a) ndash Anaacutelise de solo ndash Eacute um excelente meio de se diagnosticar com maior precisatildeo o fertilizante e a quantidade a ser aplicada

b) ndash Anaacutelise foliar ndash Tornou-se um importante recurso para a diagnose de

problemas nutricionais principalmente em culturas perenes Se associada agrave anaacutelise de solo proporciona orientaccedilatildeo segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenoloacutegico

da cultura c) ndash Testes de tecidos ndash Os testes raacutepidos ou testes de tecidos satildeo muito

conhecidos nos Estados Unidos e Europa No Brasil o seu uso ainda eacute muito limitado Satildeo utilizados na avaliaccedilatildeo nutricional das plantas sobretudo no que diz respeito a nitrogecircnio

foacutesforo e potaacutessio Feitos no campo datildeo uma ideacuteia imediata da situaccedilatildeo nutricional do pomar

d) ndash Observaccedilatildeo dos sintomas de deficiecircncia de nutrientes ndash Permite a identificaccedilatildeo visual da deficiecircncia de nutrientes em plantas com vistas ao diagnoacutestico e agrave

previsatildeo dos problemas do pomar e) ndash Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes ndash Eacute

fundamental para a tomada de decisotildees a cerca da aplicaccedilatildeo de micronutrientes Esses fatores entre outros o niacutevel do pH do solo e a presenccedila do alumiacutenio em niacuteveis toacutexicos

Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histoacuterico da aacuterea a ser cultivada eacute de grande valia na otimizaccedilatildeo ou maximizaccedilatildeo do uso e eficiecircncia dos fertilizantes

No Brasil haacute pouca informaccedilatildeo disponiacutevel a respeito da adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas das aacutereas irrigadas do Nordeste

Estudos desenvolvidos em Porto Rico Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiecircncia nutricional na aceroleira cultivada em soluccedilatildeo

nutritiva 1 ndash A eliminaccedilatildeo do nitrogecircnio da soluccedilatildeo nutritiva foi o fator que mais deteve o

crescimento e a produccedilatildeo das plantas

2 ndash A deficiecircncia de foacutesforo boro enxofre e ferro natildeo tiveram efeito tatildeo nocivo sobre o

crescimento das plantas quanto o produzido pela carecircncia de nitrogecircnio porem diminuiu drasticamente a produccedilatildeo de frutos

3 ndash A deficiecircncia de magneacutesio e manganecircs produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produccedilatildeo das aceroleiras

4 ndash A falta de potaacutessio diminuiu o diacircmetro dos ramos e o tamanho dos frutos 5 ndash A deficiecircncia de caacutelcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas

6 ndash Os iacutendices mais altos de nitrogecircnio foram encontrados em folhas de aacutervores

deficientes em enxofre e ferro 7 ndash As plantas deficientes em nitrogecircnio apresentaram alta concentraccedilatildeo de foacutesforo nas

folhas 8 ndash As aacutervores deficientes em foacutesforo natildeo apresentaram sintoma algum dessa carecircncia

9 ndash Os menores niacuteveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em caacutelcio

10 ndash Os sintomas mais seacuterios de deficiecircncia de nitrogecircnio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas

Silva e Junior e outros (1988) citados por Alves (1992) observaram que o nitrogecircnio e

o potaacutessio satildeo os elementos extraiacutedos em maior quantidade pelos frutos Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniecircncia de suprir fartamente a aceroleira de

elementos maiores principalmente o nitrogecircnio sugerindo a aplicaccedilatildeo da foacutermula 14-4-10 duas vezes por ano na quantidade de 160kgha nos dois primeiros anos da

implantaccedilatildeo do pomar

Os adubos devem ser distribuiacutedos em circulo sobre a superfiacutecie do terreno na projeccedilatildeo da copa

Simatildeo (1971) indica a foacutermula 8-8-15 a base de 500gplanta ateacute a idade de quatro anos Para as plantas adultas recomenda a mesma foacutermula usando poreacutem 15 a

25kgplanta em duas aplicaccedilotildees Simatildeo (1971) recomenda ainda que ateacute o iniacutecio da frutificaccedilatildeo a planta seja adubada

anualmente com esta mistura 400 gramas de superfosfato de caacutelcio e 200 gramas de cloreto de potaacutessio Iniciada a frutificaccedilatildeo recomenda a aplicaccedilatildeo da seguinte foacutermula

660 1000 gramas de sulfato de amocircnio ou nitrocaacutelcio 600 a 900 gramas de superfosfato de caacutelcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potaacutessio Esta adubaccedilatildeo que eacute indicada para

aacutereas dependentes de chuvas deve ser dividida em duas doses iguais uma aplicada no iniacutecio do periacuteodo chuvoso e a outra no fim desse periacuteodo em faixa circular distante entre

20 e 40cm do tronco ou na projeccedilatildeo da copa Para as aacutereas irrigadas do submeacutedio Satildeo Francisco recomenda-se aplicar em fundaccedilatildeo

(cova) 400-500 gramas de superfosfato simples 300-400 gramas de cloreto de potaacutessio

e 20 litros no miacutenimo de esterco bem curtido Durante o primeiro ano recomenda-se a adubaccedilatildeo mensal em cobertura e na projeccedilatildeo da copa 30-40 gramas de ureacuteia e 30-40

gramas de sulfato de potaacutessio por planta adicionando-se a cada seis meses tambeacutem em cobertura 20 litros de esterco bem curtido

As adubaccedilotildees regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente sobretudo se natildeo estiverem acompanhadas de uma caracterizaccedilatildeo

detalhada do solo do manejo e do estaacutedio de desenvolvimento da cultura Na adubaccedilatildeo orgacircnica apesar das poucas experiecircncias realizadas seu uso eacute

recomendaacutevel principalmente por ocasiatildeo do plantio e depois duas vezes por ano em cobertura sob a projeccedilatildeo da copa Deve ser incentivado nos solos arenosos da regiatildeo

semi-aacuterida do Nordeste em virtude da sua pobreza em mateacuteria orgacircnica e pela proteccedilatildeo que essa adubaccedilatildeo oferece contra a insolaccedilatildeo direta e a consequumlente evaporaccedilatildeo

A anaacutelise quiacutemica do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos para que se possa avaliar a necessidade natildeo soacute da aplicaccedilatildeo de corretivos como da adequaccedilatildeo dos

niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio

A calagem eacute recomendada com base no teor de alumiacutenio trocaacutevel ou em funccedilatildeo dos niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio no complexo sortivo do solo Tambeacutem poderaacute basear-se no

teor de mateacuteria orgacircnica presente no solo Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira

apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 55 a 65 As aacutervores cresceram com maior vigor apresentaram uma folhagem verde-escuro e

propiciaram maior produtividade Nos pomares de acerola orientados para a exportaccedilatildeo a calagem constitui-se pois numa praacutetica indispensaacutevel com vistas agrave correccedilatildeo do pH do

solo para situaacute-lo na faixa que melhor atenda agraves exigecircncias da cultura Hernandez (1970) ainda ressalta que a aplicaccedilatildeo de calcaacuterio aumenta a produtividade i o conteuacutedo

de aacutecido ascoacuterbico da fruta

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

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Page 9: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

consorciadas comeccedilam a se interceptar Seacuterias dificuldades se fazem sentir na tentativa

de compatibilizar a irrigaccedilatildeo a adubaccedilatildeo e as pulverizaccedilotildees Estas praacuteticas satildeo especificas de cada cultura e devem ser executadas em eacutepocas predeterminadas entatildeo

vai haver uma hora que o produtor teraacute de eliminar a cultura secundaacuteria para natildeo prejudicar a produtividade da fruteira consorciada considerada principal

Outro fator que define a espeacutecie da cultura a ser consorciada com a acerola eacute o sistema de irrigaccedilatildeo adotado Nas irrigaccedilotildees por sulco ou aspersatildeo as limitaccedilotildees restringem-se

apenas agraves espeacutecies de cultura passiacuteveis de consorciaccedilatildeo Se a irrigaccedilatildeo eacute a localizada a

intercalaccedilatildeo de culturas soacute pode ser feita entre plantas ao longo da fileira Porem se o produtor dispuser a movimentar as linhas laterais dos sistemas de irrigaccedilatildeo localizada ndash

gotejamento microaspersatildeo tubos perfurados seraacute possiacutevel intercalar outras culturas entre as fileiras de aceroleiras

O alto padratildeo de qualidade exigida pelo mercado importador de frutas frescas natildeo eacute aconselhaacutevel a praacutetica da consorciaccedilatildeo jaacute que o produtor de acerola para exportaccedilatildeo

deve dispensar atenccedilatildeo maacutexima agrave obtenccedilatildeo de frutas que atendam aos padrotildees internacionais de qualidade Caso isso natildeo aconteccedila esse produtor teraacute dificuldades de

competir num mercado cada vez mais exigente Poreacutem a consorciaccedilatildeo deveraacute ser incentivada durante a fase de formaccedilatildeo do pomar de acerola como uma forma de

amortizar ou agilizar o retorno dos investimentos realizados e a adoccedilatildeo desse sistema poderaacute ser uacutetil principalmente em pequenas aacutereas associando-se a aceroleira com

culturas de ciclo curto e tendo em vista o incremento da renda e da remuneraccedilatildeo do fruticultor bem como o aproveitamento da matildeo-de-obra familiar

Nutriccedilatildeo Adubaccedilatildeo e Calagem

Apesar de o cultivo da aceroleira envolver uma planta ruacutestica facilmente adaptaacutevel aos mais variados tipos de solo requer manejo correto quanto agrave adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo das

plantas principalmente nos pomares orientados para a exportaccedilatildeo A fertilizaccedilatildeo eacute de suma importacircncia em termos percentuais para o aumento da

produtividade Segundo Lopes e Guilherme (1990) se feita uma aplicaccedilatildeo correta o retorno de investimentos realizados reflete-se no aumento da produccedilatildeo por unidade de

nutriente aplicado A ineficiecircncia de fertilizantes significa baixa produtividade e baixo lucro resultado que pode inviabilizar o retorno dos investimentos

Para a exportaccedilatildeo o manejo racional dos fertilizantes eacute fundamentalmente necessaacuterio estas teacutecnicas de manejo baacutesico e essencial estatildeo a seguir

a) ndash Anaacutelise de solo ndash Eacute um excelente meio de se diagnosticar com maior precisatildeo o fertilizante e a quantidade a ser aplicada

b) ndash Anaacutelise foliar ndash Tornou-se um importante recurso para a diagnose de

problemas nutricionais principalmente em culturas perenes Se associada agrave anaacutelise de solo proporciona orientaccedilatildeo segura no manejo dos nutrientes ao longo do ciclo fenoloacutegico

da cultura c) ndash Testes de tecidos ndash Os testes raacutepidos ou testes de tecidos satildeo muito

conhecidos nos Estados Unidos e Europa No Brasil o seu uso ainda eacute muito limitado Satildeo utilizados na avaliaccedilatildeo nutricional das plantas sobretudo no que diz respeito a nitrogecircnio

foacutesforo e potaacutessio Feitos no campo datildeo uma ideacuteia imediata da situaccedilatildeo nutricional do pomar

d) ndash Observaccedilatildeo dos sintomas de deficiecircncia de nutrientes ndash Permite a identificaccedilatildeo visual da deficiecircncia de nutrientes em plantas com vistas ao diagnoacutestico e agrave

previsatildeo dos problemas do pomar e) ndash Conhecimento dos fatores que afetam a disponibilidade de nutrientes ndash Eacute

fundamental para a tomada de decisotildees a cerca da aplicaccedilatildeo de micronutrientes Esses fatores entre outros o niacutevel do pH do solo e a presenccedila do alumiacutenio em niacuteveis toacutexicos

Lopes e Guilherme (1990) assinalam que o histoacuterico da aacuterea a ser cultivada eacute de grande valia na otimizaccedilatildeo ou maximizaccedilatildeo do uso e eficiecircncia dos fertilizantes

No Brasil haacute pouca informaccedilatildeo disponiacutevel a respeito da adubaccedilatildeo e nutriccedilatildeo nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas das aacutereas irrigadas do Nordeste

Estudos desenvolvidos em Porto Rico Cibes e Samuels (1955) assinalaram os principais problemas e sintomas de deficiecircncia nutricional na aceroleira cultivada em soluccedilatildeo

nutritiva 1 ndash A eliminaccedilatildeo do nitrogecircnio da soluccedilatildeo nutritiva foi o fator que mais deteve o

crescimento e a produccedilatildeo das plantas

2 ndash A deficiecircncia de foacutesforo boro enxofre e ferro natildeo tiveram efeito tatildeo nocivo sobre o

crescimento das plantas quanto o produzido pela carecircncia de nitrogecircnio porem diminuiu drasticamente a produccedilatildeo de frutos

3 ndash A deficiecircncia de magneacutesio e manganecircs produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produccedilatildeo das aceroleiras

4 ndash A falta de potaacutessio diminuiu o diacircmetro dos ramos e o tamanho dos frutos 5 ndash A deficiecircncia de caacutelcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas

6 ndash Os iacutendices mais altos de nitrogecircnio foram encontrados em folhas de aacutervores

deficientes em enxofre e ferro 7 ndash As plantas deficientes em nitrogecircnio apresentaram alta concentraccedilatildeo de foacutesforo nas

folhas 8 ndash As aacutervores deficientes em foacutesforo natildeo apresentaram sintoma algum dessa carecircncia

9 ndash Os menores niacuteveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em caacutelcio

10 ndash Os sintomas mais seacuterios de deficiecircncia de nitrogecircnio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas

Silva e Junior e outros (1988) citados por Alves (1992) observaram que o nitrogecircnio e

o potaacutessio satildeo os elementos extraiacutedos em maior quantidade pelos frutos Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniecircncia de suprir fartamente a aceroleira de

elementos maiores principalmente o nitrogecircnio sugerindo a aplicaccedilatildeo da foacutermula 14-4-10 duas vezes por ano na quantidade de 160kgha nos dois primeiros anos da

implantaccedilatildeo do pomar

Os adubos devem ser distribuiacutedos em circulo sobre a superfiacutecie do terreno na projeccedilatildeo da copa

Simatildeo (1971) indica a foacutermula 8-8-15 a base de 500gplanta ateacute a idade de quatro anos Para as plantas adultas recomenda a mesma foacutermula usando poreacutem 15 a

25kgplanta em duas aplicaccedilotildees Simatildeo (1971) recomenda ainda que ateacute o iniacutecio da frutificaccedilatildeo a planta seja adubada

anualmente com esta mistura 400 gramas de superfosfato de caacutelcio e 200 gramas de cloreto de potaacutessio Iniciada a frutificaccedilatildeo recomenda a aplicaccedilatildeo da seguinte foacutermula

660 1000 gramas de sulfato de amocircnio ou nitrocaacutelcio 600 a 900 gramas de superfosfato de caacutelcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potaacutessio Esta adubaccedilatildeo que eacute indicada para

aacutereas dependentes de chuvas deve ser dividida em duas doses iguais uma aplicada no iniacutecio do periacuteodo chuvoso e a outra no fim desse periacuteodo em faixa circular distante entre

20 e 40cm do tronco ou na projeccedilatildeo da copa Para as aacutereas irrigadas do submeacutedio Satildeo Francisco recomenda-se aplicar em fundaccedilatildeo

(cova) 400-500 gramas de superfosfato simples 300-400 gramas de cloreto de potaacutessio

e 20 litros no miacutenimo de esterco bem curtido Durante o primeiro ano recomenda-se a adubaccedilatildeo mensal em cobertura e na projeccedilatildeo da copa 30-40 gramas de ureacuteia e 30-40

gramas de sulfato de potaacutessio por planta adicionando-se a cada seis meses tambeacutem em cobertura 20 litros de esterco bem curtido

As adubaccedilotildees regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente sobretudo se natildeo estiverem acompanhadas de uma caracterizaccedilatildeo

detalhada do solo do manejo e do estaacutedio de desenvolvimento da cultura Na adubaccedilatildeo orgacircnica apesar das poucas experiecircncias realizadas seu uso eacute

recomendaacutevel principalmente por ocasiatildeo do plantio e depois duas vezes por ano em cobertura sob a projeccedilatildeo da copa Deve ser incentivado nos solos arenosos da regiatildeo

semi-aacuterida do Nordeste em virtude da sua pobreza em mateacuteria orgacircnica e pela proteccedilatildeo que essa adubaccedilatildeo oferece contra a insolaccedilatildeo direta e a consequumlente evaporaccedilatildeo

A anaacutelise quiacutemica do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos para que se possa avaliar a necessidade natildeo soacute da aplicaccedilatildeo de corretivos como da adequaccedilatildeo dos

niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio

A calagem eacute recomendada com base no teor de alumiacutenio trocaacutevel ou em funccedilatildeo dos niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio no complexo sortivo do solo Tambeacutem poderaacute basear-se no

teor de mateacuteria orgacircnica presente no solo Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira

apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 55 a 65 As aacutervores cresceram com maior vigor apresentaram uma folhagem verde-escuro e

propiciaram maior produtividade Nos pomares de acerola orientados para a exportaccedilatildeo a calagem constitui-se pois numa praacutetica indispensaacutevel com vistas agrave correccedilatildeo do pH do

solo para situaacute-lo na faixa que melhor atenda agraves exigecircncias da cultura Hernandez (1970) ainda ressalta que a aplicaccedilatildeo de calcaacuterio aumenta a produtividade i o conteuacutedo

de aacutecido ascoacuterbico da fruta

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

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Page 10: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

2 ndash A deficiecircncia de foacutesforo boro enxofre e ferro natildeo tiveram efeito tatildeo nocivo sobre o

crescimento das plantas quanto o produzido pela carecircncia de nitrogecircnio porem diminuiu drasticamente a produccedilatildeo de frutos

3 ndash A deficiecircncia de magneacutesio e manganecircs produziu efeito pouco significativo sobre o crescimento e a produccedilatildeo das aceroleiras

4 ndash A falta de potaacutessio diminuiu o diacircmetro dos ramos e o tamanho dos frutos 5 ndash A deficiecircncia de caacutelcio retardou de modo significativo o crescimento das plantas

6 ndash Os iacutendices mais altos de nitrogecircnio foram encontrados em folhas de aacutervores

deficientes em enxofre e ferro 7 ndash As plantas deficientes em nitrogecircnio apresentaram alta concentraccedilatildeo de foacutesforo nas

folhas 8 ndash As aacutervores deficientes em foacutesforo natildeo apresentaram sintoma algum dessa carecircncia

9 ndash Os menores niacuteveis de ferro foram observados nas folhas de plantas deficientes em caacutelcio

10 ndash Os sintomas mais seacuterios de deficiecircncia de nitrogecircnio provocaram o amarelecimento total e a queda das folhas

Silva e Junior e outros (1988) citados por Alves (1992) observaram que o nitrogecircnio e

o potaacutessio satildeo os elementos extraiacutedos em maior quantidade pelos frutos Marty e Pennock (1965) ressaltam a conveniecircncia de suprir fartamente a aceroleira de

elementos maiores principalmente o nitrogecircnio sugerindo a aplicaccedilatildeo da foacutermula 14-4-10 duas vezes por ano na quantidade de 160kgha nos dois primeiros anos da

implantaccedilatildeo do pomar

Os adubos devem ser distribuiacutedos em circulo sobre a superfiacutecie do terreno na projeccedilatildeo da copa

Simatildeo (1971) indica a foacutermula 8-8-15 a base de 500gplanta ateacute a idade de quatro anos Para as plantas adultas recomenda a mesma foacutermula usando poreacutem 15 a

25kgplanta em duas aplicaccedilotildees Simatildeo (1971) recomenda ainda que ateacute o iniacutecio da frutificaccedilatildeo a planta seja adubada

anualmente com esta mistura 400 gramas de superfosfato de caacutelcio e 200 gramas de cloreto de potaacutessio Iniciada a frutificaccedilatildeo recomenda a aplicaccedilatildeo da seguinte foacutermula

660 1000 gramas de sulfato de amocircnio ou nitrocaacutelcio 600 a 900 gramas de superfosfato de caacutelcio e 375 a 500 gramas de cloreto de potaacutessio Esta adubaccedilatildeo que eacute indicada para

aacutereas dependentes de chuvas deve ser dividida em duas doses iguais uma aplicada no iniacutecio do periacuteodo chuvoso e a outra no fim desse periacuteodo em faixa circular distante entre

20 e 40cm do tronco ou na projeccedilatildeo da copa Para as aacutereas irrigadas do submeacutedio Satildeo Francisco recomenda-se aplicar em fundaccedilatildeo

(cova) 400-500 gramas de superfosfato simples 300-400 gramas de cloreto de potaacutessio

e 20 litros no miacutenimo de esterco bem curtido Durante o primeiro ano recomenda-se a adubaccedilatildeo mensal em cobertura e na projeccedilatildeo da copa 30-40 gramas de ureacuteia e 30-40

gramas de sulfato de potaacutessio por planta adicionando-se a cada seis meses tambeacutem em cobertura 20 litros de esterco bem curtido

As adubaccedilotildees regionalizadas ou generalizadas nem sempre devem ser adotadas indiscriminadamente sobretudo se natildeo estiverem acompanhadas de uma caracterizaccedilatildeo

detalhada do solo do manejo e do estaacutedio de desenvolvimento da cultura Na adubaccedilatildeo orgacircnica apesar das poucas experiecircncias realizadas seu uso eacute

recomendaacutevel principalmente por ocasiatildeo do plantio e depois duas vezes por ano em cobertura sob a projeccedilatildeo da copa Deve ser incentivado nos solos arenosos da regiatildeo

semi-aacuterida do Nordeste em virtude da sua pobreza em mateacuteria orgacircnica e pela proteccedilatildeo que essa adubaccedilatildeo oferece contra a insolaccedilatildeo direta e a consequumlente evaporaccedilatildeo

A anaacutelise quiacutemica do solo deve ser feita pelo menos a cada dois anos para que se possa avaliar a necessidade natildeo soacute da aplicaccedilatildeo de corretivos como da adequaccedilatildeo dos

niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio

A calagem eacute recomendada com base no teor de alumiacutenio trocaacutevel ou em funccedilatildeo dos niacuteveis de caacutelcio e magneacutesio no complexo sortivo do solo Tambeacutem poderaacute basear-se no

teor de mateacuteria orgacircnica presente no solo Estudos realizados por Hernandez-Medina e outros(1970) relatam que a aceroleira

apresentou um sistema radicular mais vigoroso nos solos com pH na faixa de 55 a 65 As aacutervores cresceram com maior vigor apresentaram uma folhagem verde-escuro e

propiciaram maior produtividade Nos pomares de acerola orientados para a exportaccedilatildeo a calagem constitui-se pois numa praacutetica indispensaacutevel com vistas agrave correccedilatildeo do pH do

solo para situaacute-lo na faixa que melhor atenda agraves exigecircncias da cultura Hernandez (1970) ainda ressalta que a aplicaccedilatildeo de calcaacuterio aumenta a produtividade i o conteuacutedo

de aacutecido ascoacuterbico da fruta

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

PE Fonte FRUPEX EMBRAPA ndash SPI 1994

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set 1993

Page 11: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

O sucesso da calagem dependeraacute das caracteriacutesticas do corretivo bem como da

dosagem e do meacutetodo de aplicaccedilatildeo do produto Eacute indispensaacutevel que o produtor dispense cuidados especiais agrave adubaccedilatildeo e agrave correccedilatildeo do

solo para que possa conseguir na sua atividade frutiacutecola uma relaccedilatildeo custobenefiacutecio eficiente

Pragas

Pulgatildeo (Aphis spiraecola)

Estes insetos destacam-se na estaccedilatildeo seca Atacam geralmente a extremidade tenra dos ramos -a sua preferida- apoacutes um surto de crescimento

Os pulgotildees podem causar seacuterios prejuiacutezos agrave planta Ao sugarem a parte final dos ramos provocam seu murchamento e morte o que forccedila a planta a gerar brotos laterais

Eacute comum o pulgatildeo atacar flores e frutos em formaccedilatildeo prejudicando a produtividade geral da cultura

Bicudo (Anthomonus flavus Boheman)

Este inseto faz a sua oviposiccedilatildeo no ovaacuterio das flores e nos frutos em desenvolvimento

que serve como alimento a eles (Marty e Pennock 1965) Quase sempre os frutos

atacados pelo bicudo se deformam Marty e Pennock sugerem trecircs medidas baacutesicas 1 Pulverizar com paration na eacutepoca do florescimento repetindo dez dias apoacutes

2 Recolher e enterrar todos os frutos caiacutedos no chatildeo 3 Eliminar as outras espeacutecies do gecircnero Malpighia existentes proacuteximas ao pomar

Nematoacuteides

De todas as pragas que atacam a aceroleira o nematoacuteide eacute a de maior importacircncia

econocircmica (Internacional Board Plant Genetic Resources 1986) A aceroleira eacute muito sensiacutevel ao ataque dessa praga Estes parasitos atacam as raiacutezes induzindo-as a

formaccedilatildeo de galhas (Marty e Pennock 1965) As plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos na parte aeacuterea e nas raiacutezes que encurtam e engrossam A infecccedilatildeo

das raiacutezes Choud hury e Choud hury (1992) atrapalha na absorccedilatildeo da aacutegua e nutrientes do solo e isso se reflete no crescimento da copa da planta

A acerola eacute realmente suscetiacutevel aos nematoacuteides segundo Ferraz e outros poreacutem eacute

resistente a Pratylenchus brachyurus e a Meloidogine graminicola Radpholus similis Rolytenchus reniformis e Tylenchulus semipenetrans Pomares no municiacutepio de Mossoroacute

Rio Grande do Norte apresentaram baixo desempenho em virtude da quebra do ritmo do crescimento e produccedilatildeo das plantas em consequumlecircncia do ataque do Meloidogyne arenaria

e Meloidogyne incognita jaacute mencionados Choud hury e Coud hury 1992 recomendam aos fruticultores seguintes medidas para

diminuir a populaccedilatildeo desses nimatoacuteides 1 Obter mudas sadias produzidas em solos natildeo infetados por fitonematoacuteides

2 Utilizar leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior incorporaccedilatildeo no solo

Outras pragas

Poderaacute ocorrer o ataque de cochonilhas e cigarrinhas natildeo identificados maacutes de controle

simples com pulverizaccedilotildees para o seu combate

Simatildeo (1971) informa que em algumas eacutepocas do ano a mosca-da-fruta Ceratitis capitata causa prejuiacutezos aos frutos da acerola Simatildeo recomenda o uso de paration ou

oacuteleo mineral para o controle das cochonilhas de enxofre para os aacutecaros e de produtos agrave base de fenthion como isca ou pulverizaccedilatildeo contra a mosca-das-frutas

Doenccedilas

O desmatamento para a implantaccedilatildeo da aceroleira implicou na quebra do equiliacutebrio

bioloacutegico como consequumlecircncia o surgimento de enfermidades ateacute entatildeo natildeo relatadas para a cultura da acerola em outros paises produtores

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

PE Fonte FRUPEX EMBRAPA ndash SPI 1994

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VIGLIO ECBL O potencial de acerola Conjuntura Econocircmica Rio de Janeiro v47 n9 p53-54

set 1993

Page 12: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

Marino Neto (1986) e Marty e Pennock (1965) relatam a ocorrecircncia da cercospora (leaf

spot) ou mancha-das-folhas como sendo o maior problema da cultura da acerola no Havaiacute

O fungo Cercospora bunchosiae aparentemente soacute ataca as folhas da acerola em alta precipitaccedilatildeo e alta umidade relativa do ar Essa doenccedila pode causar seacuterios danos e se

caracteriza pela presenccedila de pontuaccedilotildees necroacuteticas medindo 1 a 5mm de diacircmetro arredondados ou irregulares que amarelecem e caem Segundo Melendez (1963) nesse

caso pode dar-se a desfolhaccedilatildeo total da planta

Marino Neto (1986) informa que os clones ou variedades de frutas mais doces satildeo dotados de grandes resistecircncia a cercosporiose e as aacutecidas apresentam diferentes graus

de toleracircncia Para esse autor os produtos quiacutemicos agrave base de cobre na sua formulaccedilatildeo controlam essa doenccedila

Nas aacutereas irrigadas do semi-aacuterido nordestino a cultura da acerola ainda natildeo apresentou nenhum problema fitossanitaacuterio associado a doenccedilas Tampouco nos pomares

da regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco e de outras aacutereas irrigadas do Nordeste a presenccedila da cercosporiose Eacute possiacutevel que em climas com baixa umidade relativa do ar esse

problema fitossanitaacuterio natildeo aconteccedila pelo menos a curto ou meacutedio prazo Haacute duas doenccedilas que poderatildeo eventualmente atacar os pomares de aceroleira A

verrugose e a antracnose

Antracnose Constitui-se de uma enfermidade da acerola no Brasil podendo afetar tanto em mudas quanto em plantas adultas os sintomas da antracnose satildeo manchas

esbranquiccediladas com estreito marrom circundando a aacuterea necrosada Nos frutos infectam

e causam manchas pequenas enegrecidas as quais podem coalescer aumentando a aacuterea necrosada

Os frutos atacados natildeo se prestam para a exportaccedilatildeo se tornando em prejuiacutezos aos produtores

No Brasil natildeo existem defensivos agriacutecolas para a acerola mas em pesquisas em desenvolvimento pela EMBRAPACNPAT mostram que o fungo pode ser controlado atraveacutes

de pulverizaccedilotildees preventivas com oxicloreto de cobre e pulverizaccedilotildees curativas com benomil ou tiofanato metiacutelico + chlorotalonil

Verrugose De constataccedilatildeo recente no Brasil foi identificada pela primeira vez no

Estado do Paraacute (Trindade et alli1993) Recentemente em Lucena no litoral da Paraiacuteba Essa enfermidade se caracteriza por rugosidade nas folhas principalmente na superfiacutecie

superior as vezes com nervura das folhas Em infecccedilotildees severas as folhas apresentam limbo retorcido Os prejuiacutezos mais notoacuterios satildeo notados nos frutos A rugosidade

decorrente da infecccedilatildeo afetam o desenvolvimento normal dos frutos provocando

distorccedilotildees e atrofiamento podendo natildeo atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometido O agente causal da Verrugose eacute o fungo Sphaceloma sp Desconhecem-

se ateacute o presente medidas eficientes para o controle do patoacutegeno sobre a acerola A doenccedila foi inicialmente encontrada no Havaiacute

Produccedilatildeo e produtividade

A planta oriunda de sementes ou estacas comeccedilam a produzir cedo ou seja 2 a 25

ou 15 anos apoacutes o plantioe frutifica trecircs a quatro vezes ao ano Em Porto Rico tem-se reportado ateacute sete picos de produccedilatildeo (Simatildeo 1971) No entanto em algumas regiotildees do

Nordeste brasileiro com alta disponibilidade de luz e temperatura e sob irrigaccedilatildeo as plantas advindas de sementes ou estacas tem comeccedilado a frutificar em menos de um ano

e produzindo praticamente o ano inteiro No que se refere ao rendimento alcanccedilado por planta e por hectare pode-se dizer que

este apresenta grandes diferenccedilas entre as aacutereas cultivadas dependendo principalmente

da variedade ou clone explorado dos tratos culturais adotados e do manejo da irrigaccedilatildeo entre outros fatores

Eacute importante salientar que o potencial geneacutetico das plantas ateado agraves condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo poderaacute influir fortemente na produccedilatildeo e produtividade da

aceroleira Plantas conduzidas em aacutereas de sequeiro em regime de dependecircncia das chuvas com precipitaccedilatildeo anual meacutedia em torno de 1480mm apresentaram produccedilotildees

entre 201 e 2711kg com quatro safras ao ano (Batista e outros 1989) Registrou-se no campo experimental de Bebedouro em Petrolina ndash PE a colheita de

17Kgplanta em matrizes que iniciaram a produccedilatildeo cerca de cinco meses apoacutes o plantio definitivo e num ciclo fenoloacutegico de produccedilatildeo de apenas seis meses ndash junho a dezembro

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

PE Fonte FRUPEX EMBRAPA ndash SPI 1994

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ALCARDE JC Corretivos dos solos Caracteriacutesticas e interpretaccedilotildees teacutecnicas Satildeo Paulo ANDA

1992 26 p (ANDA Boletim Teacutecnico 6)

ALMEIDA JIL de amp ARAUJO FE de A acerola Instruccedilotildees preliminares de cultivo Fortaleza CE

EPACE 1992 6p (EPACE Pesquisa em Andamento 21)

ALVES RE Cultura da acerola In DONADIO LC MARTINS ABG VALENTE JP (editores)

Fruticultura Tropical Jaboticabal FUNEP 1992 p15-37

ALVES RE SILVA AQ SILVA H MASSER RS Contribuiccedilatildeo ao estudo da acerola I Efeitos do IBA e

da sacarose no enraizamento de estacas In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991

Petrolina PE Revista Brasileira de Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 2 out 1991 p 19-26

ALVES RE Cultura da acerola In DONADIO LC MARTINS ABC VALENTE JP Fruticultura

Tropical Jaboticabal FUNEPUNESP 1992 p 15-37

AMARAL MQG do Efeito de topos de ramos sobre o enraizamento de estacas de acerola

(Malpighia glabra L) em diferentes substratos Mossoroacute RN ESAM 1992 36p il Tese de graduaccedilatildeo

ASENJO CE Acerola In NAGY Samp SHAW PE Tropical and subtropical fruit-composition

properties and uses Westport AVI 1980 p341-374

ARGLES GK Malpighia glabra ndash Barbados cherry In GARNER RJ amp CHAUDHRI SA The

propagation of tropical fruit trees Fernham Royal UK FAOCAB 1976 p 386-402 (CAB Horicultural

Review 4 )

AROSTEGUI F amp PENNOCK W La acerola Rio Piedras Universidade de Puerto Rico Estacion

Experimental agriacutecola 1955 9p (Universidad de Puerto Rico EEA Publicacion Miscelacircnea 15)

BATISTA FAS MUGRUET BRR BELTRAtildeO AES Comportamento da aceroleira na Paraiacuteba In

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 10 Fortaleza 1989 Anais Fortaleza SBFBNB 1991 p26-

32

BEZERRA JEF LEDERMAN IE SILVA MFF da SOUZA AA de M Enraizamento de estacas de

acerola com aacutecido endolbutirico e aacutecido alfanaftalenoaceacutetico com baixas concentraccedilotildees em duas eacutepocas IN

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 12 1992 Porto Alegre RS Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 14 n 1 1992 p 1-6

CAMPILLO A del amp ANSEJOCF The distribution of ascorbic acid dehydroascorbic acid and

diketogulonic acid in the acerola fruit at deferent stages of development Journal of Agriculture of

University of Puerto Rico v41 1957 p 161-166

CHOUDHURY MM amp CHOUDHURY EN Ocorrecircncia de nematoacuteides das galhas em aceroleira

irrigada no Submeacutedio Satildeo Francisco Petrolina PE EMBRAPA-CPATSA 1992 2p(EMBRAPA-CPATSA

Comunicado Teacutecnico 50)

CIBES H amp SAMUELS G Mineral deficiency symptoms displayed by acerola trees grown in the

greenhouse under controlled condition Rio Piedras University of Puerto Rico Agricultural Experiment

Station 1955 18p (University of Puerto Rico Agricultural Experiment Station Technical Paper 15)

GENTHON M Fruticultura planejamento e administraccedilatildeo para o futuro Manchete Rural v5 n68

1992 p 50-51

HERNANDEZ-MEDINA E VELEZ-SANTIAGO J LUGO LOPEZ MA Root development of acerola trees

afeected by liming Journal of Agriculture of University of Puerto Rico v 54 n1 1970 p 57-61

HOLMQUIST Jde D Ensayo comparativo de injertacioacuten del semeruco a acerola (Malpighia glabra L)

Proceedings of the Caribbean Region Aerican Society for Horticultural Science v10 1966 p 46-

56

INTERNATIONAL BOARD PLANT GENETIC RESOURCES (Rome Italy) Malpighia emarginata (Acerola) In

INTERNATIONAL BOARD FOR PLANT GENETIC RESOURCES (Rome Italy) Genetic resources of tropical

and subtropical fruits and nuts (excluding musa) Rome 1986 p 52-54

LEDIN RB The Barbados or West Indian cherry Gainesville University of Florida 1958 p28

LOPES AP amp GUILHERME LRE Uso eficiente de fertilizantes aspectos agronocircmicos Satildeo Paulo

ANDA 1990 54p (ANDA Boletim Teacutecnico 4)

LUCAS AP Acerola suco da sauacutede conquista o mundo inteiro Manchete Rural Rio de Janeiro v5 n

69 jan1993 p10-13

MARTY GM amp PENNOCK W Praacuteticas agronocircmicas para el cultivo comercial de la acerola em Puerto

Rico Revista de Agricultura de Puerto Rico v 521965 p 107-111

MARINO NETO LAcerola a cereja tropical Satildeo Paulo Nobel 1986 94p il

MELENDEZ PL A cercospora leaf spot of acerola in Puerto Rico Journal of the University of Puerto

Rico V 52 1963 p 71-73

NASCIMENTO CE da S Efeito do aacutecido indolbutiacuterico sobre o enraizamento de estacas semilenhosas de

acerola In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991 Petrolina PE Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 3 out 1991 p 255-257

SCALOPPI EJ Criteacuterios baacutesicos para seleccedilatildeo de sistemas de irrigaccedilatildeo Informe Agropecuaacuterio

Belo Horizonte v 12 n 139 1986 p 54-63

SIMAtildeO S Cereja das Antilhas In SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Agronocircmica Ceres

1971 cap15 p 477-485

TRINDADE DR POLTRONIERI LS SILVA HM ALBUQUERQUE FC Doenccedilas em plantio de acerola

(Malpighia glabra) no Estado do Paraacute Fitopatologia Brasileira 18(Suplemento) 280 p (resumo) 1993

VIGLIO ECBL O potencial de acerola Conjuntura Econocircmica Rio de Janeiro v47 n9 p53-54

set 1993

Page 13: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

Eacute importante frisar que no caso dos pomares de aceroleira orientados para a

exportaccedilatildeo a importacircncia do fator quantidade o peso total dos frutos produzidos eacute apenas relativa O produtor de acerola ndash para consumo in natura ou produccedilatildeo de suco ndash

que estiver interessado em abastecer os grandes centros consumidores interno e o mercado externo deveraacute estabelecer sua meta de produccedilatildeo e um programa riacutegido e

sistemaacutetico de controle de qualidade dos frutos produzidos pra que possa conquistar e permanecer num mercado externo altamente exigente e competitivo eacute importante que o

produtor implante em seu pomar uma plantaccedilatildeo de aceroleiras com maior conteuacutedo

possiacutevel de aacutecido ascoacuterbico

Colheita e manejo da fruta

A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou de sucos para fins de exportaccedilatildeo deve ser feita de maneira criteriosa potildees o sucesso na comercializaccedilatildeo

do produto Por isso os frutos devem ser colhidos sempre nas horas de temperatura mais amena

Os colhedores devem ser treinados e conscientizados da importacircncia de evitar que as acerolas sofram pancadas ou danos mecacircnicos uma vez machucados ou lesionados teratildeo

o processo de deterioraccedilatildeo acelerado O fator determinante do ponto de colheita eacute o destino que se pretende dar aos frutos

No caso de congelamento ou processamento os frutos deveratildeo ser colhidos com coloraccedilatildeo vermelho intensa mas ainda firmes para suportar o manuseio Neste estaacutedio o

fruto apresenta elevado teor de accediluacutecar baixa acidez e menos teor de vitamina C

entretanto ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os frutos ciacutetricos tidos como ricos em vitaminas C

Os frutos podem ser colhidos no inicio da maturaccedilatildeo (verde verde amarelado ou ateacute o iniacutecio da pigmentaccedilatildeo vermelha) quando se destina a fabricaccedilatildeo de produtos em poacute

caacutepsulas concentrados para o enriquecimento de outros alimentos deve ser efetuada duas a trecircs vezes por semana ou diariamente dependendo do pique de produccedilatildeo para

evitar que caiam depois de determinado ponto de maturaccedilatildeo As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes devem ser colhidas ldquode

vezrdquo jaacute as vendidas aos mercados locais e induacutestrias processadoras devem ser colhidas maduras

Os frutos principalmente maduros devem ser acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas pois o peso das camadas superiores pode provocar o rompimento da

casca dos frutos colocados em posiccedilatildeo inferior Deve-se utilizar caixa de PVC de tamanho pequeno que permitam coluna de frutos ateacute 15cm No caso de utilizar caixas de PVC

tradicionais preferir as com aberturas laterais ou entatildeo protegecirc-las com plaacutestico

esponjoso para evitar injuacuterias mecacircnicas no transporte e fissuras provocadas pela grade da caixa

A operaccedilatildeo colheita eacute sem duacutevida uma das mais delicadas e de maior custo no cultivo de acerola No auge da safra e em pomares quase ou jaacute em produccedilatildeo plena uma pessoa

colhe cerca de 40 a 50 kgfrutadia A lavagem dos frutos deve ser feita em esteiras rolantes adequadas para o uso de jatos

drsquoaacutegua fria sobre os frutos Seu congelamento deveraacute ser apoacutes a seleccedilatildeo e lavagem levados para cacircmara ou tuacutenel

de congelamento em recipientes que permitem a passagem uniforme de fluxo de ar frio pelos frutos O congelamento deve ser realizado no menor espaccedilo de tempo possiacutevel No

processo de congelamento lento ocorrem alteraccedilotildees fiacutesicas muito draacutesticas no produto principalmente formaccedilatildeo de cristais de gelo que podem perfurar as ceacutelulas liberando

enzimas responsaacuteveis pela degradaccedilatildeo dos principais constituintes (accediluacutecares vitaminas entre outros) e provocam alteraccedilotildees indesejaacuteveis na cor (amarelecimento)

A conservaccedilatildeo dos frutos dura algum tempo quando armazenados em recipientes

hermeticamente fechados e em temperaturas de refrigeraccedilatildeo de 7ordmC Mustard procurando conhecer a perda de vitamina C da acerola durante a

transformaccedilatildeo em geleacuteia verificou que apoacutes o cozimento o suco conserva alto teor de vitaminas Esse ponto eacute importante pois segundo o autor em geral o cozimento tende a

destruir a vitamina C no caso da acerola o teor se manteve Santini tambeacutem procurando conhecer a perda do teor vitamiacutenico durante a

transformaccedilatildeo dos frutos chegou a conclusatildeo de que o aacutecido ascoacuterbico pode ser mantido quase integralmente desde que o suco seja pasteurizado e enlatado imediatamente

Verificou que se mantido agrave temperatura de 7ordmC por doze meses a perda de teor de aacutecido ascoacuterbico eacute de apenas 18

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

PE Fonte FRUPEX EMBRAPA ndash SPI 1994

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ALCARDE JC Corretivos dos solos Caracteriacutesticas e interpretaccedilotildees teacutecnicas Satildeo Paulo ANDA

1992 26 p (ANDA Boletim Teacutecnico 6)

ALMEIDA JIL de amp ARAUJO FE de A acerola Instruccedilotildees preliminares de cultivo Fortaleza CE

EPACE 1992 6p (EPACE Pesquisa em Andamento 21)

ALVES RE Cultura da acerola In DONADIO LC MARTINS ABG VALENTE JP (editores)

Fruticultura Tropical Jaboticabal FUNEP 1992 p15-37

ALVES RE SILVA AQ SILVA H MASSER RS Contribuiccedilatildeo ao estudo da acerola I Efeitos do IBA e

da sacarose no enraizamento de estacas In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991

Petrolina PE Revista Brasileira de Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 2 out 1991 p 19-26

ALVES RE Cultura da acerola In DONADIO LC MARTINS ABC VALENTE JP Fruticultura

Tropical Jaboticabal FUNEPUNESP 1992 p 15-37

AMARAL MQG do Efeito de topos de ramos sobre o enraizamento de estacas de acerola

(Malpighia glabra L) em diferentes substratos Mossoroacute RN ESAM 1992 36p il Tese de graduaccedilatildeo

ASENJO CE Acerola In NAGY Samp SHAW PE Tropical and subtropical fruit-composition

properties and uses Westport AVI 1980 p341-374

ARGLES GK Malpighia glabra ndash Barbados cherry In GARNER RJ amp CHAUDHRI SA The

propagation of tropical fruit trees Fernham Royal UK FAOCAB 1976 p 386-402 (CAB Horicultural

Review 4 )

AROSTEGUI F amp PENNOCK W La acerola Rio Piedras Universidade de Puerto Rico Estacion

Experimental agriacutecola 1955 9p (Universidad de Puerto Rico EEA Publicacion Miscelacircnea 15)

BATISTA FAS MUGRUET BRR BELTRAtildeO AES Comportamento da aceroleira na Paraiacuteba In

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 10 Fortaleza 1989 Anais Fortaleza SBFBNB 1991 p26-

32

BEZERRA JEF LEDERMAN IE SILVA MFF da SOUZA AA de M Enraizamento de estacas de

acerola com aacutecido endolbutirico e aacutecido alfanaftalenoaceacutetico com baixas concentraccedilotildees em duas eacutepocas IN

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 12 1992 Porto Alegre RS Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 14 n 1 1992 p 1-6

CAMPILLO A del amp ANSEJOCF The distribution of ascorbic acid dehydroascorbic acid and

diketogulonic acid in the acerola fruit at deferent stages of development Journal of Agriculture of

University of Puerto Rico v41 1957 p 161-166

CHOUDHURY MM amp CHOUDHURY EN Ocorrecircncia de nematoacuteides das galhas em aceroleira

irrigada no Submeacutedio Satildeo Francisco Petrolina PE EMBRAPA-CPATSA 1992 2p(EMBRAPA-CPATSA

Comunicado Teacutecnico 50)

CIBES H amp SAMUELS G Mineral deficiency symptoms displayed by acerola trees grown in the

greenhouse under controlled condition Rio Piedras University of Puerto Rico Agricultural Experiment

Station 1955 18p (University of Puerto Rico Agricultural Experiment Station Technical Paper 15)

GENTHON M Fruticultura planejamento e administraccedilatildeo para o futuro Manchete Rural v5 n68

1992 p 50-51

HERNANDEZ-MEDINA E VELEZ-SANTIAGO J LUGO LOPEZ MA Root development of acerola trees

afeected by liming Journal of Agriculture of University of Puerto Rico v 54 n1 1970 p 57-61

HOLMQUIST Jde D Ensayo comparativo de injertacioacuten del semeruco a acerola (Malpighia glabra L)

Proceedings of the Caribbean Region Aerican Society for Horticultural Science v10 1966 p 46-

56

INTERNATIONAL BOARD PLANT GENETIC RESOURCES (Rome Italy) Malpighia emarginata (Acerola) In

INTERNATIONAL BOARD FOR PLANT GENETIC RESOURCES (Rome Italy) Genetic resources of tropical

and subtropical fruits and nuts (excluding musa) Rome 1986 p 52-54

LEDIN RB The Barbados or West Indian cherry Gainesville University of Florida 1958 p28

LOPES AP amp GUILHERME LRE Uso eficiente de fertilizantes aspectos agronocircmicos Satildeo Paulo

ANDA 1990 54p (ANDA Boletim Teacutecnico 4)

LUCAS AP Acerola suco da sauacutede conquista o mundo inteiro Manchete Rural Rio de Janeiro v5 n

69 jan1993 p10-13

MARTY GM amp PENNOCK W Praacuteticas agronocircmicas para el cultivo comercial de la acerola em Puerto

Rico Revista de Agricultura de Puerto Rico v 521965 p 107-111

MARINO NETO LAcerola a cereja tropical Satildeo Paulo Nobel 1986 94p il

MELENDEZ PL A cercospora leaf spot of acerola in Puerto Rico Journal of the University of Puerto

Rico V 52 1963 p 71-73

NASCIMENTO CE da S Efeito do aacutecido indolbutiacuterico sobre o enraizamento de estacas semilenhosas de

acerola In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991 Petrolina PE Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 3 out 1991 p 255-257

SCALOPPI EJ Criteacuterios baacutesicos para seleccedilatildeo de sistemas de irrigaccedilatildeo Informe Agropecuaacuterio

Belo Horizonte v 12 n 139 1986 p 54-63

SIMAtildeO S Cereja das Antilhas In SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Agronocircmica Ceres

1971 cap15 p 477-485

TRINDADE DR POLTRONIERI LS SILVA HM ALBUQUERQUE FC Doenccedilas em plantio de acerola

(Malpighia glabra) no Estado do Paraacute Fitopatologia Brasileira 18(Suplemento) 280 p (resumo) 1993

VIGLIO ECBL O potencial de acerola Conjuntura Econocircmica Rio de Janeiro v47 n9 p53-54

set 1993

Page 14: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

No congelamento assim como na refrigeraccedilatildeo utiliza a diminuiccedilatildeo da temperatura para

prolongar o periacuteodo de conservaccedilatildeo dos frutos poreacutem devido a baixa temperatura ocorre a formaccedilatildeo de cristais de gelo nos tecidos implicando na paralisaccedilatildeo quase por completo

e irreversiacutevel de toda a atividade metaboacutelica e na morte da ceacutelula seja por congelamento lento ou raacutepido Quando o congelamento eacute lento seguido de descongelamento apresenta

uma desestruturaccedilatildeo a polpa permitindo sua utilizaccedilatildeo apenas em industrias de processamento Quando se utiliza o congelamento o tempo de armazenamento se

prolonga consideravelmente viabilizando inclusive a exportaccedilatildeo para os paises mais

distantes

Custo de produccedilatildeo e receita estimada

Os custos de implantaccedilatildeo manutenccedilatildeo e produccedilatildeo de um pomar de aceroleira variam evidentemente conforme o local em que ele seta instalado a finalidade da produccedilatildeo e as

praacuteticas culturais adotadas Dadas as perspectivas e a viabilidade econocircmica do cultivo da aceroleira nas aacutereas

irrigadas do Nordeste na Tabela satildeo apresentados os principais coeficientes teacutecnicos da produccedilatildeo dessa cultura na regiatildeo do Submeacutedio Satildeo Francisco Eacute importante assinalar que

essa planilha deveraacute ser ajustada no caso da instalaccedilatildeo de pomares de aceroleira para fins de exportaccedilatildeo em agro ecossistemas diferentes ou em funccedilatildeo de novos

conhecimentos gerados Na falta de informaccedilotildees sistematizadas sobre os preccedilos praticados nos mercados

importadores estimou-se uma receita bruta a partir do preccedilo que a induacutestria local paga

por frutos de primeira qualidade Considerando a possibilidade de que um pomar de aceroleira sob condiccedilotildees irrigadas

atinha apoacutes o segundo ano niacuteveis de produtividade de 18thaano e que o preccedilo praticado seja de US$060kg da fruta estima-se uma renda bruta em torno de

US$10800haano ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 Calculando ainda que a produtividade potencial de um pomar apoacutes sua estabilizaccedilatildeo seja da ordem de

100kg frutaplantaano equivalentes no espaccedilamento de 40 x 40m a 62thaano um niacutevel perfeitamente atingiacutevel pelas aceroleiras e admitindo a mesma remuneraccedilatildeo de

US$060kgfruta ao preccedilo da primeira quinzena de junho de 1993 estima-se uma receita bruta de aproximadamente US$37000haano

O custo operacional de produccedilatildeo a partir do quarto ano segundo a CODEVASP citado por Viglio (1993) situam-se em torno de US$1977ha natildeo incluindo os custos da infra-

estrutura de irrigaccedilatildeo

Tabela Coeficiente teacutecnico para implantaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da cultura da

aceroleira no espaccedilamento de 40 x 40m

Ano I

Ano II

Ano III

Discriminaccedilatildeo Unidade

Quant

Quant

Quant

1INSUMOS

11 Mudas (plantio + replantio)

Um 670 -

12 Tutores Um 670 - 13 Fertilizantes

Ureacuteia Kg 130 260 260 Super fosfato simples Kg 350 - 350

Cloreto de potaacutessio Kg 130 260 260 14 Corretivos

Calcaacuterio T 25 - - Gesso kg 500 - -

15 Adubo orgacircnico

Esterco M3 20 30 30 16 Defensivos

Oxicloreto de cobre kg - 10 10 Triclorfon L 20 30 30

Formicida Kg 50 30 20 Espalhante adesivo L 01 02 01

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

PE Fonte FRUPEX EMBRAPA ndash SPI 1994

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ALCARDE JC Corretivos dos solos Caracteriacutesticas e interpretaccedilotildees teacutecnicas Satildeo Paulo ANDA

1992 26 p (ANDA Boletim Teacutecnico 6)

ALMEIDA JIL de amp ARAUJO FE de A acerola Instruccedilotildees preliminares de cultivo Fortaleza CE

EPACE 1992 6p (EPACE Pesquisa em Andamento 21)

ALVES RE Cultura da acerola In DONADIO LC MARTINS ABG VALENTE JP (editores)

Fruticultura Tropical Jaboticabal FUNEP 1992 p15-37

ALVES RE SILVA AQ SILVA H MASSER RS Contribuiccedilatildeo ao estudo da acerola I Efeitos do IBA e

da sacarose no enraizamento de estacas In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991

Petrolina PE Revista Brasileira de Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 2 out 1991 p 19-26

ALVES RE Cultura da acerola In DONADIO LC MARTINS ABC VALENTE JP Fruticultura

Tropical Jaboticabal FUNEPUNESP 1992 p 15-37

AMARAL MQG do Efeito de topos de ramos sobre o enraizamento de estacas de acerola

(Malpighia glabra L) em diferentes substratos Mossoroacute RN ESAM 1992 36p il Tese de graduaccedilatildeo

ASENJO CE Acerola In NAGY Samp SHAW PE Tropical and subtropical fruit-composition

properties and uses Westport AVI 1980 p341-374

ARGLES GK Malpighia glabra ndash Barbados cherry In GARNER RJ amp CHAUDHRI SA The

propagation of tropical fruit trees Fernham Royal UK FAOCAB 1976 p 386-402 (CAB Horicultural

Review 4 )

AROSTEGUI F amp PENNOCK W La acerola Rio Piedras Universidade de Puerto Rico Estacion

Experimental agriacutecola 1955 9p (Universidad de Puerto Rico EEA Publicacion Miscelacircnea 15)

BATISTA FAS MUGRUET BRR BELTRAtildeO AES Comportamento da aceroleira na Paraiacuteba In

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 10 Fortaleza 1989 Anais Fortaleza SBFBNB 1991 p26-

32

BEZERRA JEF LEDERMAN IE SILVA MFF da SOUZA AA de M Enraizamento de estacas de

acerola com aacutecido endolbutirico e aacutecido alfanaftalenoaceacutetico com baixas concentraccedilotildees em duas eacutepocas IN

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 12 1992 Porto Alegre RS Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 14 n 1 1992 p 1-6

CAMPILLO A del amp ANSEJOCF The distribution of ascorbic acid dehydroascorbic acid and

diketogulonic acid in the acerola fruit at deferent stages of development Journal of Agriculture of

University of Puerto Rico v41 1957 p 161-166

CHOUDHURY MM amp CHOUDHURY EN Ocorrecircncia de nematoacuteides das galhas em aceroleira

irrigada no Submeacutedio Satildeo Francisco Petrolina PE EMBRAPA-CPATSA 1992 2p(EMBRAPA-CPATSA

Comunicado Teacutecnico 50)

CIBES H amp SAMUELS G Mineral deficiency symptoms displayed by acerola trees grown in the

greenhouse under controlled condition Rio Piedras University of Puerto Rico Agricultural Experiment

Station 1955 18p (University of Puerto Rico Agricultural Experiment Station Technical Paper 15)

GENTHON M Fruticultura planejamento e administraccedilatildeo para o futuro Manchete Rural v5 n68

1992 p 50-51

HERNANDEZ-MEDINA E VELEZ-SANTIAGO J LUGO LOPEZ MA Root development of acerola trees

afeected by liming Journal of Agriculture of University of Puerto Rico v 54 n1 1970 p 57-61

HOLMQUIST Jde D Ensayo comparativo de injertacioacuten del semeruco a acerola (Malpighia glabra L)

Proceedings of the Caribbean Region Aerican Society for Horticultural Science v10 1966 p 46-

56

INTERNATIONAL BOARD PLANT GENETIC RESOURCES (Rome Italy) Malpighia emarginata (Acerola) In

INTERNATIONAL BOARD FOR PLANT GENETIC RESOURCES (Rome Italy) Genetic resources of tropical

and subtropical fruits and nuts (excluding musa) Rome 1986 p 52-54

LEDIN RB The Barbados or West Indian cherry Gainesville University of Florida 1958 p28

LOPES AP amp GUILHERME LRE Uso eficiente de fertilizantes aspectos agronocircmicos Satildeo Paulo

ANDA 1990 54p (ANDA Boletim Teacutecnico 4)

LUCAS AP Acerola suco da sauacutede conquista o mundo inteiro Manchete Rural Rio de Janeiro v5 n

69 jan1993 p10-13

MARTY GM amp PENNOCK W Praacuteticas agronocircmicas para el cultivo comercial de la acerola em Puerto

Rico Revista de Agricultura de Puerto Rico v 521965 p 107-111

MARINO NETO LAcerola a cereja tropical Satildeo Paulo Nobel 1986 94p il

MELENDEZ PL A cercospora leaf spot of acerola in Puerto Rico Journal of the University of Puerto

Rico V 52 1963 p 71-73

NASCIMENTO CE da S Efeito do aacutecido indolbutiacuterico sobre o enraizamento de estacas semilenhosas de

acerola In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991 Petrolina PE Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 3 out 1991 p 255-257

SCALOPPI EJ Criteacuterios baacutesicos para seleccedilatildeo de sistemas de irrigaccedilatildeo Informe Agropecuaacuterio

Belo Horizonte v 12 n 139 1986 p 54-63

SIMAtildeO S Cereja das Antilhas In SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Agronocircmica Ceres

1971 cap15 p 477-485

TRINDADE DR POLTRONIERI LS SILVA HM ALBUQUERQUE FC Doenccedilas em plantio de acerola

(Malpighia glabra) no Estado do Paraacute Fitopatologia Brasileira 18(Suplemento) 280 p (resumo) 1993

VIGLIO ECBL O potencial de acerola Conjuntura Econocircmica Rio de Janeiro v47 n9 p53-54

set 1993

Page 15: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

Oacuteleo mineral L 01 01 01

Material pcobertura morta

M3 06 - -

Carbamato L 01 02 02 17 Aacutegua M3 160

00

160

00

160

00 2 PREPARO DO SOLO

21 Roccedilagem e destoca HD 80 - -

22 Araccedilatildeo HTrat

04 - -

23 Gradagem HTrat

02 - -

24 Marcaccedilatildeo da aacuterea HD 03 - - 25 Coveamento HD 12 - -

26 Adubaccedilatildeo baacutesica e cobertura morta

HD 10 08 08

27 PlantioTutoramentoReplantio

HD 05 - -

28 Calagem HTrat

02 - -

3 TRATOS CULTURAIS 31 Coroamento HD 9x3 9x3 9x3

32 Poda de formaccedilatildeo e

corretiva

HD 30 50 50

33 Capina mecacircnica HTrat

4x2 4x2 4x2

34 Cobertura morta HD 06 06 06

35 Pulverizaccedilatildeo Motorizada

HTrat

6x2 6x2 6x2

36 Aplicaccedilatildeo de calcaacuterio e incorporaccedilatildeo

HTrat

04 - 04

37 Pulverizaccedilatildeo manual HD 06 12 12 38 Irrigaccedilatildeo

Ano

I

Ano

II

Ano

III Discriminaccedilatildeo Unida

de

Qua

nt

Qua

nt

Qua

nt

3 TRATOS CULTURAIS

(Continuaccedilatildeo)

38 Irrigaccedilatildeo

Localizada HD 15 15 15

Aspersatildeo HD 50 50 50 39 Controle de formiga HD 06 04 04

310 Colheita HD 16 480 1400

4 OUTROS CUSTOS 41 Energia pirrigaccedilatildeo

(depende do projeto)

42 Tesoura de poda Um 02 - 02

43 Serrote de poda Um 02 - 02 44 Cordatildeo ou barbante Rl 04 - -

45 Caixa colheita capacidade 20kg

Cx 10 30 50

46 Transporte interno HTrat

05 05 05

Tabela adaptada de dados da CODEVASF Diretoria Regional de Petrolina

PE Fonte FRUPEX EMBRAPA ndash SPI 1994

REFEREcircNCIA BIBLIOGRAacuteFICA

ALCARDE JC Corretivos dos solos Caracteriacutesticas e interpretaccedilotildees teacutecnicas Satildeo Paulo ANDA

1992 26 p (ANDA Boletim Teacutecnico 6)

ALMEIDA JIL de amp ARAUJO FE de A acerola Instruccedilotildees preliminares de cultivo Fortaleza CE

EPACE 1992 6p (EPACE Pesquisa em Andamento 21)

ALVES RE Cultura da acerola In DONADIO LC MARTINS ABG VALENTE JP (editores)

Fruticultura Tropical Jaboticabal FUNEP 1992 p15-37

ALVES RE SILVA AQ SILVA H MASSER RS Contribuiccedilatildeo ao estudo da acerola I Efeitos do IBA e

da sacarose no enraizamento de estacas In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991

Petrolina PE Revista Brasileira de Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 2 out 1991 p 19-26

ALVES RE Cultura da acerola In DONADIO LC MARTINS ABC VALENTE JP Fruticultura

Tropical Jaboticabal FUNEPUNESP 1992 p 15-37

AMARAL MQG do Efeito de topos de ramos sobre o enraizamento de estacas de acerola

(Malpighia glabra L) em diferentes substratos Mossoroacute RN ESAM 1992 36p il Tese de graduaccedilatildeo

ASENJO CE Acerola In NAGY Samp SHAW PE Tropical and subtropical fruit-composition

properties and uses Westport AVI 1980 p341-374

ARGLES GK Malpighia glabra ndash Barbados cherry In GARNER RJ amp CHAUDHRI SA The

propagation of tropical fruit trees Fernham Royal UK FAOCAB 1976 p 386-402 (CAB Horicultural

Review 4 )

AROSTEGUI F amp PENNOCK W La acerola Rio Piedras Universidade de Puerto Rico Estacion

Experimental agriacutecola 1955 9p (Universidad de Puerto Rico EEA Publicacion Miscelacircnea 15)

BATISTA FAS MUGRUET BRR BELTRAtildeO AES Comportamento da aceroleira na Paraiacuteba In

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 10 Fortaleza 1989 Anais Fortaleza SBFBNB 1991 p26-

32

BEZERRA JEF LEDERMAN IE SILVA MFF da SOUZA AA de M Enraizamento de estacas de

acerola com aacutecido endolbutirico e aacutecido alfanaftalenoaceacutetico com baixas concentraccedilotildees em duas eacutepocas IN

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 12 1992 Porto Alegre RS Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 14 n 1 1992 p 1-6

CAMPILLO A del amp ANSEJOCF The distribution of ascorbic acid dehydroascorbic acid and

diketogulonic acid in the acerola fruit at deferent stages of development Journal of Agriculture of

University of Puerto Rico v41 1957 p 161-166

CHOUDHURY MM amp CHOUDHURY EN Ocorrecircncia de nematoacuteides das galhas em aceroleira

irrigada no Submeacutedio Satildeo Francisco Petrolina PE EMBRAPA-CPATSA 1992 2p(EMBRAPA-CPATSA

Comunicado Teacutecnico 50)

CIBES H amp SAMUELS G Mineral deficiency symptoms displayed by acerola trees grown in the

greenhouse under controlled condition Rio Piedras University of Puerto Rico Agricultural Experiment

Station 1955 18p (University of Puerto Rico Agricultural Experiment Station Technical Paper 15)

GENTHON M Fruticultura planejamento e administraccedilatildeo para o futuro Manchete Rural v5 n68

1992 p 50-51

HERNANDEZ-MEDINA E VELEZ-SANTIAGO J LUGO LOPEZ MA Root development of acerola trees

afeected by liming Journal of Agriculture of University of Puerto Rico v 54 n1 1970 p 57-61

HOLMQUIST Jde D Ensayo comparativo de injertacioacuten del semeruco a acerola (Malpighia glabra L)

Proceedings of the Caribbean Region Aerican Society for Horticultural Science v10 1966 p 46-

56

INTERNATIONAL BOARD PLANT GENETIC RESOURCES (Rome Italy) Malpighia emarginata (Acerola) In

INTERNATIONAL BOARD FOR PLANT GENETIC RESOURCES (Rome Italy) Genetic resources of tropical

and subtropical fruits and nuts (excluding musa) Rome 1986 p 52-54

LEDIN RB The Barbados or West Indian cherry Gainesville University of Florida 1958 p28

LOPES AP amp GUILHERME LRE Uso eficiente de fertilizantes aspectos agronocircmicos Satildeo Paulo

ANDA 1990 54p (ANDA Boletim Teacutecnico 4)

LUCAS AP Acerola suco da sauacutede conquista o mundo inteiro Manchete Rural Rio de Janeiro v5 n

69 jan1993 p10-13

MARTY GM amp PENNOCK W Praacuteticas agronocircmicas para el cultivo comercial de la acerola em Puerto

Rico Revista de Agricultura de Puerto Rico v 521965 p 107-111

MARINO NETO LAcerola a cereja tropical Satildeo Paulo Nobel 1986 94p il

MELENDEZ PL A cercospora leaf spot of acerola in Puerto Rico Journal of the University of Puerto

Rico V 52 1963 p 71-73

NASCIMENTO CE da S Efeito do aacutecido indolbutiacuterico sobre o enraizamento de estacas semilenhosas de

acerola In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991 Petrolina PE Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 3 out 1991 p 255-257

SCALOPPI EJ Criteacuterios baacutesicos para seleccedilatildeo de sistemas de irrigaccedilatildeo Informe Agropecuaacuterio

Belo Horizonte v 12 n 139 1986 p 54-63

SIMAtildeO S Cereja das Antilhas In SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Agronocircmica Ceres

1971 cap15 p 477-485

TRINDADE DR POLTRONIERI LS SILVA HM ALBUQUERQUE FC Doenccedilas em plantio de acerola

(Malpighia glabra) no Estado do Paraacute Fitopatologia Brasileira 18(Suplemento) 280 p (resumo) 1993

VIGLIO ECBL O potencial de acerola Conjuntura Econocircmica Rio de Janeiro v47 n9 p53-54

set 1993

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ALCARDE JC Corretivos dos solos Caracteriacutesticas e interpretaccedilotildees teacutecnicas Satildeo Paulo ANDA

1992 26 p (ANDA Boletim Teacutecnico 6)

ALMEIDA JIL de amp ARAUJO FE de A acerola Instruccedilotildees preliminares de cultivo Fortaleza CE

EPACE 1992 6p (EPACE Pesquisa em Andamento 21)

ALVES RE Cultura da acerola In DONADIO LC MARTINS ABG VALENTE JP (editores)

Fruticultura Tropical Jaboticabal FUNEP 1992 p15-37

ALVES RE SILVA AQ SILVA H MASSER RS Contribuiccedilatildeo ao estudo da acerola I Efeitos do IBA e

da sacarose no enraizamento de estacas In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991

Petrolina PE Revista Brasileira de Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 2 out 1991 p 19-26

ALVES RE Cultura da acerola In DONADIO LC MARTINS ABC VALENTE JP Fruticultura

Tropical Jaboticabal FUNEPUNESP 1992 p 15-37

AMARAL MQG do Efeito de topos de ramos sobre o enraizamento de estacas de acerola

(Malpighia glabra L) em diferentes substratos Mossoroacute RN ESAM 1992 36p il Tese de graduaccedilatildeo

ASENJO CE Acerola In NAGY Samp SHAW PE Tropical and subtropical fruit-composition

properties and uses Westport AVI 1980 p341-374

ARGLES GK Malpighia glabra ndash Barbados cherry In GARNER RJ amp CHAUDHRI SA The

propagation of tropical fruit trees Fernham Royal UK FAOCAB 1976 p 386-402 (CAB Horicultural

Review 4 )

AROSTEGUI F amp PENNOCK W La acerola Rio Piedras Universidade de Puerto Rico Estacion

Experimental agriacutecola 1955 9p (Universidad de Puerto Rico EEA Publicacion Miscelacircnea 15)

BATISTA FAS MUGRUET BRR BELTRAtildeO AES Comportamento da aceroleira na Paraiacuteba In

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 10 Fortaleza 1989 Anais Fortaleza SBFBNB 1991 p26-

32

BEZERRA JEF LEDERMAN IE SILVA MFF da SOUZA AA de M Enraizamento de estacas de

acerola com aacutecido endolbutirico e aacutecido alfanaftalenoaceacutetico com baixas concentraccedilotildees em duas eacutepocas IN

CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 12 1992 Porto Alegre RS Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 14 n 1 1992 p 1-6

CAMPILLO A del amp ANSEJOCF The distribution of ascorbic acid dehydroascorbic acid and

diketogulonic acid in the acerola fruit at deferent stages of development Journal of Agriculture of

University of Puerto Rico v41 1957 p 161-166

CHOUDHURY MM amp CHOUDHURY EN Ocorrecircncia de nematoacuteides das galhas em aceroleira

irrigada no Submeacutedio Satildeo Francisco Petrolina PE EMBRAPA-CPATSA 1992 2p(EMBRAPA-CPATSA

Comunicado Teacutecnico 50)

CIBES H amp SAMUELS G Mineral deficiency symptoms displayed by acerola trees grown in the

greenhouse under controlled condition Rio Piedras University of Puerto Rico Agricultural Experiment

Station 1955 18p (University of Puerto Rico Agricultural Experiment Station Technical Paper 15)

GENTHON M Fruticultura planejamento e administraccedilatildeo para o futuro Manchete Rural v5 n68

1992 p 50-51

HERNANDEZ-MEDINA E VELEZ-SANTIAGO J LUGO LOPEZ MA Root development of acerola trees

afeected by liming Journal of Agriculture of University of Puerto Rico v 54 n1 1970 p 57-61

HOLMQUIST Jde D Ensayo comparativo de injertacioacuten del semeruco a acerola (Malpighia glabra L)

Proceedings of the Caribbean Region Aerican Society for Horticultural Science v10 1966 p 46-

56

INTERNATIONAL BOARD PLANT GENETIC RESOURCES (Rome Italy) Malpighia emarginata (Acerola) In

INTERNATIONAL BOARD FOR PLANT GENETIC RESOURCES (Rome Italy) Genetic resources of tropical

and subtropical fruits and nuts (excluding musa) Rome 1986 p 52-54

LEDIN RB The Barbados or West Indian cherry Gainesville University of Florida 1958 p28

LOPES AP amp GUILHERME LRE Uso eficiente de fertilizantes aspectos agronocircmicos Satildeo Paulo

ANDA 1990 54p (ANDA Boletim Teacutecnico 4)

LUCAS AP Acerola suco da sauacutede conquista o mundo inteiro Manchete Rural Rio de Janeiro v5 n

69 jan1993 p10-13

MARTY GM amp PENNOCK W Praacuteticas agronocircmicas para el cultivo comercial de la acerola em Puerto

Rico Revista de Agricultura de Puerto Rico v 521965 p 107-111

MARINO NETO LAcerola a cereja tropical Satildeo Paulo Nobel 1986 94p il

MELENDEZ PL A cercospora leaf spot of acerola in Puerto Rico Journal of the University of Puerto

Rico V 52 1963 p 71-73

NASCIMENTO CE da S Efeito do aacutecido indolbutiacuterico sobre o enraizamento de estacas semilenhosas de

acerola In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991 Petrolina PE Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 3 out 1991 p 255-257

SCALOPPI EJ Criteacuterios baacutesicos para seleccedilatildeo de sistemas de irrigaccedilatildeo Informe Agropecuaacuterio

Belo Horizonte v 12 n 139 1986 p 54-63

SIMAtildeO S Cereja das Antilhas In SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Agronocircmica Ceres

1971 cap15 p 477-485

TRINDADE DR POLTRONIERI LS SILVA HM ALBUQUERQUE FC Doenccedilas em plantio de acerola

(Malpighia glabra) no Estado do Paraacute Fitopatologia Brasileira 18(Suplemento) 280 p (resumo) 1993

VIGLIO ECBL O potencial de acerola Conjuntura Econocircmica Rio de Janeiro v47 n9 p53-54

set 1993

Page 17: Cultura da Aceroleira - EMBRAPA.pdf

MELENDEZ PL A cercospora leaf spot of acerola in Puerto Rico Journal of the University of Puerto

Rico V 52 1963 p 71-73

NASCIMENTO CE da S Efeito do aacutecido indolbutiacuterico sobre o enraizamento de estacas semilenhosas de

acerola In CONGRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 11 1991 Petrolina PE Revista Brasileira de

Fruticultura Cruz das Almas v 13 n 3 out 1991 p 255-257

SCALOPPI EJ Criteacuterios baacutesicos para seleccedilatildeo de sistemas de irrigaccedilatildeo Informe Agropecuaacuterio

Belo Horizonte v 12 n 139 1986 p 54-63

SIMAtildeO S Cereja das Antilhas In SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Agronocircmica Ceres

1971 cap15 p 477-485

TRINDADE DR POLTRONIERI LS SILVA HM ALBUQUERQUE FC Doenccedilas em plantio de acerola

(Malpighia glabra) no Estado do Paraacute Fitopatologia Brasileira 18(Suplemento) 280 p (resumo) 1993

VIGLIO ECBL O potencial de acerola Conjuntura Econocircmica Rio de Janeiro v47 n9 p53-54

set 1993