Cultura Do Milho

21
ANTONIO WILLIAN ARAÚJO DE SOUZA GILCINEIDE ARAÚJO PIRES REVISÃO DE LITERATURA: MILHO RIO BRANCO 2013

description

cultura do milho

Transcript of Cultura Do Milho

  • ANTONIO WILLIAN ARAJO DE SOUZA

    GILCINEIDE ARAJO PIRES

    REVISO DE LITERATURA: MILHO

    RIO BRANCO

    2013

  • Introduo

    O milho (Zea mays) est entre as plantas de maior eficincia comercial,

    originado das Amricas, mas especificamente no pas do Mxico, Amrica Central

    ou Sudoeste dos Estados Unidos. A histria de produo do milho tem crescido

    anualmente, principalmente devido s atividades de avicultura e suinocultura, onde o

    milho pode ser consumido diretamente ou ser utilizado na fabricao de raes e

    destinado ao consumo de animais (MARCHI, 2008). O milho mostra-se importante

    na comercializao nacional por ser tpico de determinadas regies, utilizado nas

    refeies, em pocas festivas e culturais no preparo de derivados, complemento e

    consumo humano direto da espiga cozida ou assada. O milho apresenta inmeras

    utilidades, na indstria de raes, na indstria de alimentos, na elaborao de

    produtos finais, intermedirios entres outros. Geralmente, produtores com grandes

    propriedades e reas de lavoura investem em tecnologia e consequentemente

    obtm maior rendimento na produo.

    Antes de ser descoberta a importncia alimentcia do milho, a espcie era

    cultivada em jardins europeus. No Brasil, a importncia do milho na alimentao

    humana varia de regio, devido em determinadas regies o maior consumo do gro

    e seus derivados ser realizado por famlias de baixa renda e por ser tradicional em

    culinrias de algumas culturas, como dos nordestinos. E mundialmente, para os

    mexicanos, por exemplo, o uso desse cereal e seus derivados na sua culinria

    uma rica fonte de energia para a populao (EMBRAPA, 2000).

    Em uma pesquisa realizada pelo Ministrio da Agricultura (2010) na safra de

    2009/2010, a produo de milho no Brasil mostra um total de 53,2 milhes de

    toneladas, atendendo a demanda de comrcio interno para fins de consumo dos

    brasileiros e indstria de rao para animais. As regies de Centro-Oeste, Sul e

    Sudeste so as que apresentam maiores ndices de produo do gro, e na regio

    Norte, o Estado do Acre apresenta potencial de produtividade em torno de 6.000

    kg.ha, logo, alcanando as projees que h em crescimento da produo brasileira

    em milho e rea plantada, as estimativas de exportao tambm aumentar e

    solucionando necessidade mundial de milho como ingrediente para indstria de

    rao animal e culinrio. Cultivado em diferentes sistemas produtivos, a cultura do

    milho ainda superado por outras culturas, como o trigo e o arroz, mundialmente.

  • Origem e Histrico

    Apesar de parecer ser nativo do Brasil, o milho tem como centro de origem o

    Mxico e a Guatemala, sendo encontrada a mais antiga espiga de milho no vale do

    Tehucan na data de 7000 a.C, essa regio atualmente onde se localiza o Mxico.

    O Teosinte ou alimento dos deuses, chamado pelos maias, foi originado por meio

    do processo de seleo artificial, feito pelo homem. O mesmo ainda encontrado na

    Amrica Central (Lerayer, 2006).

    Sendo uma espcie da famlia das gramneas, o milho o nico cereal nativo

    do Mundo, como suas altitudes vo desde o nvel do mar at 3 mil metros, sua

    cultura encontrada numa grande regio do globo (Lerayer, 2006).

    Conforme foi passando o tempo, a domesticao desta cultura feita pelo

    homem foi evoluindo cada vez mais atravs da seleo visual no campo,

    destacando as principais caractersticas como produtividade, resistncia a doenas

    e capacidade de adaptao, dentre outras originando as variedades hoje conhecidas

    (Lerayer, 2006).

    Importncia Econmica

    A cultura do milho cultivada em todas as partes do mundo. Sendo os

    maiores produtores mundiais os Estados Unidos, a China e o Brasil que ocupa

    terceiro lugar com mdia de produo atual em torno de 53,2 milhes de toneladas

    (MINISTRIO DA AGRICULTURA, 2010). O Brasil destaca-se mundialmente em

    relao cultura do milho como produtor, consumidor e exportador. E com a grande

    multiplicidade de usos que o cereal apresenta, as estimativas de procura pelo gro

    aumentar. A primeira ideia com a descoberta da espcie foi para alimentao

    humana, basicamente para as regies de baixa renda por ser uma rica fonte de

    energia, mas sua safra tem como principal destino as indstrias de raes para

    animais e at indstrias de alta tecnologia.

    Atualmente, a maior parte da utilizao do milho est concentrada fbrica

    de raes para animais, sobretudo devido s suas caractersticas nutricionais,

    constitudo da maioria dos aminocidos, alm de ser um cereal com produo de

    baixo custo, comparado obteno de outros gros. No Brasil, a produo do gro

    destinado alimentao animal est representada entre 70-80%. H espcies da

  • planta do milho que tambm utilizada na elaborao de silagem, como ingrediente

    nico ou complemento (EMBRAPA, 2000).

    A cultura do milho alm de apresentar qualidades nutricionais relevantes,

    destaca-se tambm na gerao de empregos, sobretudo na poca da safra.

    Geralmente, o cultivo do milho mecanizado, beneficiado por tcnicas modernas de

    plantio e colheita, principalmente nas grandes lavouras, nesse caso a gerao de

    empregos menor do que em pequenas propriedades, onde o cultivo

    semimecanizado na maioria das produes, h um grande ndice de emprego nas

    zonas rurais, atraindo famlias, pessoas de baixa renda, logo evitando situaes de

    xodo rural.

    Botnica e Cultivares

    De acordo com a classificao botnica, o milho um monocotilednea,

    pertencente a famlia Poaceae, Subfamlia Panicoidae, gnero Zea e espcie Zea

    mays L. (Siloto, 2002). uma planta herbcea, monica, portanto possuem os dois

    sexos na mesma planta em inflorescncias diferentes, completa seu ciclo em quatro

    a cinco meses caracterizando uma planta anual (PONS & BRESOLIN, 1981).

    Sendo uma espcie algama e originada do Mxico, o milho apresenta uma

    grande variabilidade, existindo atualmente cerca de 250 raas. Com um aumento

    significativo na segunda metade do sculo XX houve uma grande evoluo com

    desenvolvimento de variedades e hbridos (Santos, 2012).

    Uma colheita realizada com sucesso dentro do planejamento e com grande

    produo o resultado de um trabalho realizado com potencial gentico da semente

    e das condies edafoclimticas do local de plantio, alm do manejo da lavoura,

    levando a cultivar o maior responsvel por 50% do rendimento final, a escolha

    correta da semente pode levar ao sucesso ou insucesso da lavoura (Carlos Cruz,

    2002).

    Segundo Carlos Cruz (2002) antes da escolha da cultivar, o produtor deve

    fazer um levantamento completo das sementes que ele deseja utilizar, avaliao de

    pesquisas, assistncias tcnicas, quais as empresas produtoras das sementes,

    experincias regionais e o comportamento em safras passadas. Visando obter

    sucesso em sua lavoura o produtor deve ter em mente os aspectos: Adaptao a

  • regio, produtividade e estabilidade, ciclo, tolerncia a doenas, qualidade do colmo

    e da raiz, textura e cor do gro.

    Adaptao a Regio

    Conhecer a regio onde ser implantado o milho crucial para a escolha da cultivar,

    a mesma deve ser bem adaptada a regio. Sendo o Brasil dividido em quatro

    grandes microrregies homogneas de cultivo do milho diferencias pelos fatores

    latitude, altitude e clima. So eles, regio subtropical, de transio, tropical e

    nordeste (Carlos Cruz, 2002).

    Produtividade e Estabilidade

    O potencial produtivo e a estabilidade de produo determinada em funo do

    seu comportamento nos cultivos em diferentes locais e anos, tambm devem ser

    consideradas pelos produtores no ato da compra das sementes. As cultivares

    estveis ao passar dois anos e dentro de uma determinada rea geogrfica oscila

    pouco em resposta a melhoria do ambiente, alm de evitar perdas maiores em

    ambientes desfavorveis (Carlos Cruz, 2002).

    Conforme foi crescendo o melhoramento gentico, houve o acompanhamento

    de uma maior variedade no mercado, com hbridos duplos, hbridos triplos e hbridos

    simples, sendo que os hbridos triplos e simples podem ser dos tipos modificados ou

    no. Sementes de menores custos so aquelas variedades melhoradas, portanto

    multiplicadas com os devidos cuidados podem ser reutilizadas por alguns anos, sem

    diminuio substancial da produtividade (Carlos Cruz, 2002).

    O milho hbrido possui alta produtividade, devido seu melhoramento gentico,

    contudo depois de colhido no se deve plantar novamente, pois o seu potencial

    gentico tem maior produtividade somente na primeira gerao (F1), no caso do

    replantio a produo vai ter uma queda significativa acarretando prejuzos ao

    produtor.

    Ciclo

    Atravs do numero de dias da semeadura at o pendoamento, at a

    maturao fisiolgica ou at mesmo a colheita determinado o ciclo de uma cultivar,

    seus grupos variam de acordo com seu ciclo, descritos como: superprecoce,

    precoce, semiprecoce e normal (Carlos Cruz, 2002).

  • Tecnicamente, o ciclo de uma cultivar leva em considerao as unidades de

    calor necessrias para atingir o florescimento. O agricultor deve ter em mente que

    essa determinao de ciclo das cultivares no muito rgida, a diferena entre as

    cultivares mais tardias e as mais superprecoces pode no chegar a dez dias. Alm

    da classificao no ser rigorosa, uma cultivar classificada como superprecoces

    pode comportar-se como precoce e vice- versa. Por outro lado a colheita pode

    acontecer mais cedo devido as diferentes taxas de secagem aps a maturao

    fisiolgica (Carlos Cruz, 2002).

    Portanto no tem como fazer o perfeito ajuste entre as culturas usadas na

    rotao ou sucesso sem a escolha da cultivar de ciclo adequado, para compor o

    sistema de produo da propriedade (Carlos Cruz, 2002).

    Tolerncia a Doenas

    As doenas podem causar grandes danos as lavouras ou at mesmo atingir

    toda a cultura, elas se instalam com facilidade e demoram na maioria das vezes

    mais de anos para se tornar ausente.

    de fundamental importncia a escolha de cultivares tolerantes as principais

    doenas, para evitar a reduo de produtividade. A sanidade dos gros tambm

    importante para a escolha da cultivar, essa caracterstica funo principalmente da

    resistncia gentica da cultivar aos fungos que atacam o gro e est normalmente

    associada a um bom empalhamento (Carlos Cruz, 2002).

    Qualidade do Colmo e Raiz

    A boa qualidade do colmo alm de ser considerado uma resistncia das

    plantas ao acamamento e ao quebramento, ele evita maiores perdas durante a

    colheita mecnica, devido sua boa qualidade variando de cultivar para cultivar

    (Carlos Cruz, 2002).

    Textura e Cor do Gro

    Outra forma em que as cultivares so agrupas de acordo com a textura dos

    gros. Milhos comuns podem apresentar gros com as seguintes texturas: 1

    Dentado ou mole: os gros de amido so densamente arranjados nas laterais dos

    gros, formando um cilindro aberto que envolve parcialmente o embrio. 2 Gro

    duro ou cristalino: os gros apresentam reduzida proporo de endosperma

  • amilceo em seu interior, notando-se que a parte dura ou cristalina a predominante

    e envolve por completo o amido amilceo. Existem, ainda, os gros semiduros e os

    semidentados, que apresentam caractersticas intermedirias (Carlos Cruz, 2002).

    Com isso no mercado existem diversas variedades para o produtor escolher aquela

    que mais se encaixa nas caractersticas exigidas pela sua regio, sem deixar de

    levar em considerao os demais fatores que podem afetar sua produo. Para o

    sucesso de sua produo s depende da escolha de uma boa cultivar.

    Clima, Solo, Plantio e Tratos Culturais

    Para obteno de rendimentos satisfatrios na produo de qualquer cultura,

    fundamental a realizao de um estudo prvio da rea e planejamento sobre a

    implantao da cultura. Considerando as necessidades de cada espcie, em relao

    a fatores que implicaro em todas as operaes envolvidas na lavoura, alm de

    determinar o resultado da produtividade da cultura.

    O milho apresenta grande flexibilidade, sendo bastante adaptado a sistemas

    de rotao, sucesso e consorciao de culturas, mas como a maioria das culturas,

    requer uma interao entre fatores edafoclimticos e manejo. Inicialmente, deve-se

    escolher a rea de plantio, verificar se o solo local adequado para o plantio do

    milho. Geralmente, o solo ideal para a cultura do milho apresenta caractersticas

    fsicas em textura mdia de 30-35% de argila ou argilosos bem estruturados,

    permeveis e adequados drenagem, permitindo a planta boa capacidade de

    reteno de gua e de nutrientes (SANS; SANTANA, 2002). O sistema radicular do

    milho cresce rpido, sendo o ideal solo com profundidade mais de 1 m para no

    prejudicar o desenvolvimento das razes. E solo com caractersticas qumicas em

    reao neutra ou ligeiramente cida e rica em nutrientes disponveis (SILVA et al.,

    2010).

    Verificar a topografia do solo fundamental antes de implantar a cultura,

    sendo o relevo plano o ideal, evitando a suscetibilidade eroso, contribuindo para

    a mecanizao do solo, tratos culturais e colheita. Se necessrio, realizar anlise de

    solo das caractersticas fsico-qumicas e fornecer ao solo o que falta de nutrientes

    para o bom desenvolvimento da planta.

    A exigncia da planta do milho em gua est em torno de 500-800 mm, e a

    planta s realiza os processos de germinao e emergncia na presena da gua. A

  • falta de gua vai prejudicar a disponibilidade, absoro e o transporte de nutrientes,

    tornando a planta suscetvel ao ataque de pragas e doenas. Logo percebe-se a

    importncia do fornecimento de gua a cultura, principalmente aps a germinao j

    na fase reprodutiva no perodo do pendoamento ao espigamento, sendo a poca

    crucial 15 dias antes e 15 dias depois do pendoamento, contribuindo para o

    florescimento das inflorescncias masculinas e femininas (SILVA et al., 2010).

    Em relao ao clima, deve considerar a radiao solar e a intensidade e

    frequncia do veranico nas diferentes fases fenolgicas da cultura. A temperatura

    diurna ideal est entre 21 C e 27C, principalmente da emergncia a florao. E

    temperatura noturnas superiores a 24C, aumenta a respirao da planta, logo

    diminui a taxa de fotoassimilados e ocasiona queda na produo. O clima mais

    favorvel cultura aquele que apresenta veres quentes e midos durante o ciclo

    vegetativo, acompanhado de invernos secos o que vem a facilitar a colheita e o

    armazenamento (SILVA et al., 2010).

    A fisiologia da planta do milho que C4, responde melhor a temperaturas

    mais elevadas do que plantas C3, ou seja, tem o mecanismo de crescimento

    acelerado, isso explica que o aumento da temperatura reduz o ciclo da cultura do

    milho. Em outras palavras, a planta C4 tem resposta positiva ao aumento da

    luminosidade, principalmente no enchimento dos gros. O aproveitamento da luz

    est vinculado populao de plantas e de sua distribuio na rea, arquitetura e

    idade das folhas e rea foliar (SILVA et al., 2010). No Brasil, a limitao climtica

    para a produo de milho s encontrado em regies da Bacia Amaznica, do

    Nordeste e extremo Sul.

    A ao dos ventos pode interferir no desenvolvimento da planta por meio da

    proliferao de esporos de fungos e bactrias, friagem, desidratao, aumento pela

    demanda de gua e acamamento das plantas. Mas tem como benefcio na

    realizao da polinizao, onde o vento apanha o plen maduro e o transporta pela

    lavoura. A destruio causada por ventos fortes pode ser evitadas com a

    implantao de quebra ventos, desde que seja adequado estatura da espcie e

    no faa sombreamento (RITCHIE et al., 2003).

    A escolha da semente para a produo de uma cultura deve ser condicionada

    rea selecionada para a lavoura. Onde o rendimento da produo est relacionado

    ao potencial gentico da semente, por isso a escolha da cultivar deve atender as

    necessidades especficas da situao e considerar o ciclo de cada espcie, pois h

  • cultivares superprecoces, precoce, semiprecoce e normal. Mas pode ocorrer

    oscilao de produo se no forem cultivadas de acordo com suas exigncias

    nutricionais e de manejo. E logo, conhecer a finalidade de cada cultivar (CRUZ et al.,

    2002). Ao comprar a semente, deve verificar se na embalagem no h mistura de

    sementes, pois pode prejudicar a gentica da cultivar; a semente deve apresentar

    pureza fsica, sem nenhum tipo ferimento, rachadura, amassamento ou qualquer

    dano mecnico; qualidade fisiolgica com alto poder germinativo; e qualidade

    sanitria com sementes livres de pragas e doenas. Ainda ser resistente ao

    tombamento, com boas caractersticas organolpticas/industrias, apresente

    sincronismo de florescimento, contribuindo para uma colheita uniforme e de bom

    empalhamento. Em algumas situaes so necessria realizao de tratamentos

    da semente, a fim de conferir proteo contra patgenos, insetos-pragas e manter a

    qualidade fitossanitria.

    O preparo do solo para o plantio da semente de milho para facilitar as

    condies de germinao, emergncia e o estabelecimento das plantas. Entre os

    principais, destaca-se o preparo convencional, que consiste na realizao de uma

    arao com 20 cm de profundidade e depois duas gradagens para quebrar os

    torres e nivelar o solo. Em caso de o terreno no apresentar declividade plana, o

    ideal fazer o plantio em curva de nvel (ALVARENGA et al., 2002). E outro mtodo

    de preparo do solo comum o plantio direto, esse sistema vem ganhando espao no

    setor agrcola, pois proporciona um melhor aproveitamento da rea, conserva o solo,

    a matria seca deixado no solo mantm e produz mais nutriente, aumentou o

    nmero de gros obtidos numa mesma rea e em menor tempo, controla a entrada

    de plantas invasoras e outras inmeras vantagens. Mas, para implantao desse

    sistema, o solo preparado convencionalmente, depois da implantao de culturas

    que produzem grande quantidade de matria seca e deixada no solo, no plantio

    direto o solo no revolvido (CRUZ et al., 2002). Esse sistema de plantio direto

    apresenta maior sucesso em grandes lavouras, onde o preparo do solo e colheita

    mecanizado. Sero usadas mquinas apenas para colheita e essa apta a triturar a

    palhada e pulverizar ao solo novamente. Atualmente, o sistema de plantio direto o

    mais recomendado para a produo de milho.

    A poca de plantio varivel de acordo com cada regio. No Brasil, h duas

    pocas: plantio de vero, no perodo das chuvas-primeira safra, mais adaptado s

    regies Sul, Sudeste e Nordeste. Realizado nos meses de agosto, outubro-

  • novembro e janeiro-fevereiro, respectivamente. E o plantio da safrinha, que a

    segunda safra, ideal para milho sequeiro. Mais comum na regio do Centro-oeste,

    nos Estados de So Paulo e Paran com plantio entre fevereiro e maro.

    A semeadura da semente do milho deve atender s condies de solo e

    ambientais. Em caso de solo argiloso, a profundidade de semeadura vai de 3-5 cm e

    em solos arenosos a profundidade de semeadura de 5-8 cm. Na regio Norte, os

    meses de semeadura ideal so em setembro e outubro. E analisar as condies

    ambientais, pois a cultivar do milho leva em mdia 120-150 dias para completar seu

    ciclo, e o sucesso e rentabilidade da produo depende de fatores como a

    temperatura, chuvas e radiao solar nas diferentes fases fenolgicas da cultura.

    Portanto, de acordo com cada regio que determinada a poca de semeadura

    (PEREIRA FILHO; CRUZ, 2002).

    A semeadura pode ser realizada com uso de matracas em plantios menores e

    em grandes plantios, usam-se mquinas semeadoras/adubadoras, atentando-se

    para a velocidade de semeadura, em torno de 4 a 6 km.h-. O espaamento entre

    linhas depende da cultivar, no Brasil o espaamento mais utilizado de 80 a 90 cm

    (PEREIRA FILHO; CRUZ, 2002). O objetivo de menor espaamento entre as plantas

    contribuem para uma melhor distribuio na rea, aumentando a eficincia na

    utilizao da radiao solar, gua e nutrientes e logo maior rendimento. Alm de

    contribuir para o controle de plantas daninhas e diminuio de eroso. Mas para

    decidir sobre qual espaamento recomendvel considerar a operao de colheita,

    espaamento entre os bicos coletores e a semeadora deve ter nmero de linhas

    igual ou mltiplo do nmero de linhas da colhedora.

    A densidade populacional depende da cultivar, onde as cultivares precoces

    suportam melhor a alta densidades, da poca de semeadura, em caso de safrinha,

    diminui 20% a densidade. Depende da disponibilidade hdrica, em regies sujeitas a

    secas, optar por baixa densidades ou em solos arenosos, a capacidade de fornecer

    menor, ento, o certo reduzir a densidade de populaes de plantas na rea. E

    por fim, o destino do produto tambm influencia proporo da densidade, pois, por

    exemplo, para milho verde, a densidade de plantas so 35.000 a 55.000 plantas.ha-

    e para produo de silagem, a possibilidade de 80.000 plantas.ha-, sendo

    necessrio a irrigao sobre as plantas (PEREIRA FILHO; CRUZ, 2002). A

    quantidade de semente por hectare depende tambm do tamanho da semente e do

    poder germinativo.

  • As prticas culturais esto relacionadas realizao de rotao de culturas e

    consorciao, principalmente em caso de preparo do solo para plantio direto. O

    emprego de um sistema de rotao equilibrado contemplar o solo com uma maior

    diversidade possvel de espcies utilizadas como adubo verde (RITCHIE et al.,

    2003). E os tratos culturais, compreende aos cuidados de carter edfico, como a

    eliminao de queimadas, uso de corretivo no solo, rotao de culturas, adubao

    orgnica e qumica equilibrada; de carter vegetativo, corresponde ao uso de

    adubos verdes, capinas entre as faixas e implantao de quebra ventos. Carter

    mecnico, por sua vez, corresponde a construo de terraos em rea a partir de

    3% de declividade, semeadura em nvel e carreadores e canais escoadouros

    evitando o tombamento das plantas eroso no solo, na rea de plantio. As maiores

    restries a maiores produtividades devero ser associadas ao aspecto nutricional e

    ao controle de plantas invasoras.

    Melhoramento Gentico

    H ainda disponvel no mercado variedades sinttica e hbrido simples, duplo

    e triplo que foram modificadas geneticamente. Os hbridos duplos dominaram o

    mercado de sementes de milho at h poucos anos. Hoje, j existe uma

    predominncia dos hbridos triplos. O vigor do hbrido proporciona com grande

    contribuio para as prticas genticas.

    Sendo uma cultura mundial o milho vem de uma crescente em relao ao

    estudo em se tratando de melhoramento gentico ao longo dos anos, cada vez mais

    melhoristas criam nova cultivares adaptadas ao clima ou regio diferentes e com

    resistncia a determinados tipos de insetos e doenas.

    Vrios mtodos de melhoramento so utilizados, entre eles a seleo massal,

    na qual so escolhidas espigas com qualidades desejadas. At chegar ao

    melhoramento gentico o milho passou por um longo processo de melhorias

    significativas, mas que no obteriam o mesmo sucesso.

    O aumento da produtividade foi conseguido por etapas, partindo dos mtodos

    empricos at chegar aos atuais em que se empregam tcnicas modernas de

    melhoramento, que culminam com a obteno do milho hbrido. Para se obter o

    melhoramento gentico precisa considerar os aspectos cientficos, tecnolgicos,

  • agrcolas, ecolgicos, sociais e econmicos para tomar decises acertadas (SOUZA

    et al., 2013).

    H os transgnicos, que so plantas geneticamente modificadas, cujo

    genoma foi alterado pela introduo do DNA exgeno, que pode ser derivado de

    outros indivduos da mesma espcie ou de outra espcie completamente diferente,

    podendo ser inclusive artificial, isto sintetizado em laboratrio. Essa descoberta

    veio disponibilizar aos produtores novas alternativas no controle pragas e de

    espcies daninhas principalmente. Um exemplo de variedade transgnica o milho

    Bt, originado do Bacillus thuringiensis, na qual sua formulao reduziu

    substancialmente o uso de inseticidas qumicos. Aps essas modificaes, so

    comercializados milhos tolerantes a herbicidas. Portanto, o melhoramento gentico

    na cultura do milho possibilita ao homem, gros de qualidade, produtividades

    rentveis e diminui os impactos causado ao meio ambiente proveniente do setor

    agrcola (SOUSA ALMEIDA, 2010)

    Nutrio e Adubao

    O aumento da produo de gros no Brasil est acontecendo devido as

    grandes mudanas tecnolgicas, sempre em busca de alternativas de melhor

    eficincia, menores custos e qualidade na hora de produzir gros. Entre essas

    tecnologias, destaca-se a necessidade da melhoria da qualidade dos solos,

    buscando uma produo sustentada (Marcos Coelho, 2002).

    Essa melhoria na qualidade dos solos est geralmente relacionada ao

    adequado manejo, o qual inclui a rotao de culturas, plantio direto e o manejo da

    fertilidade do solo por meio da calagem, gessagem e adubao equilibrada com

    macro e micronutrientes, utilizando fertilizantes qumicos ou orgnicos (Marcos

    Coelho, 2002).

    No planejamento para adubao, alguns aspectos devem ser considerados: 1

    Diagnose adequada dos problemas; 2 Quais nutrientes devem ser considerados

    neste caso particular; 3 Quantidade de N, P e K necessrios na semeadura; 4

    Qual a fonte, quantidade e quando aplicar N; 5 Quais nutrientes podem ter

    problemas nesse solo (Marcos Coelho, 2002).

    Trabalhos realizados em Sete Lagoas e Janaba por Coelho & Frana (1995)

    mostra como funciona a extrao de nutrientes feitos pelo milho, observou-se que a

  • extrao de nitrognio, fsforo, potssio, clcio e magnsio aumenta linearmente

    com o aumento na produtividade, tendo como principal exigncia N e K, seguido de

    Ca, Mg e P.

    O manejo da adubao de suma importncia, pois visa a mxima eficincia,

    atravs do conhecimento da absoro e acumulao de nutrientes nas diferentes

    fases de desenvolvimento da planta, sabemos as pocas em que os elementos so

    exigidos em maiores quantidades. Fatores importantes quando h perdas por

    lixiviao de nutrientes ajudando na aplicao parcelada de fertilizantes,

    principalmente nitrogenados e potssicos (Marcos Coelho, 2002).

    A utilizao de culturas de coberturas e rotao de culturas no plantio direto

    tem ajudado a aumentar a sustentabilidade desse sistema, deixando assim o solo

    com mais fertilidade e com otimizao da adubao nitrogenada (Marcos Coelho,

    2002).

    Irrigao

    A implantao do sistema de irrigao na produo de milho somente necessrio

    em regies ridas e semiridas, pois em regies onde ocorre muita chuva

    suficiente para suprir as necessidades da planta em pelo menos uma safra.

    Portanto, fundamental antes de comprar os equipamentos para instalao do

    sistema de irrigao, saber se necessrio e se possvel. Se for preciso a

    instalao do sistema de irrigao, verificar se fatores como a distribuio de chuva

    e disponibilidade de gua, o efeito da irrigao na produo, a necessidade de gua

    das cultivares e a qualidade de gua da fonte (ANDRADE; BRITO, 2008).

    A quantidade de gua que o milho utiliza varivel durante o ciclo e aumenta de

    acordo com a regio de cultivo. H variedades que responde melhor a irrigao,

    sendo proporcionado um aumento na produtividade da cultura, maior eficincia na

    aplicao de fertilizantes e a possibilidade do emprego do emprego de uma maior

    densidade de plantas numa mesma rea. Se optar por uma cultura irrigada,

    essencial verificar se o volume de gua disponvel de qualidade e suficiente para

    atender a necessidade sazonal de gua da cultivar, respeitando as leis de uso da

    gua, em vigor no pas, sendo obrigado a requerer a outorga para uso da gua junto

    as agncias responsveis ( ALBUQUERQUE; RESENDE, 2002).

  • Se atender as exigncias e for necessrio o uso da irrigao, o prximo passo

    escolher o mtodo a ser implantado na lavoura. Os principais mtodos so:

    superfcie, asperso, localizada e subirrigao. Conhecendo quais so os mtodos,

    deve analisar fatores que podem influenciar no sucesso do sistema, como

    declividade do terreno, taxa de infiltrao dos solos, sensibilidade da cultura ao

    molhamento e o efeito do vento. Alm desses fatores, recomendvel pesquisar se

    o custo do material vivel, se a implantao da atividade agrcola vai trazer retorno

    econmico ao produtor e escolher implementos de qualidade. Para a cultura do

    milho, o sistema de irrigao mais apropriado o que se adapta as condies do

    ambiente, do que precisa e das condies financeiras do produtor (ANDRADE;

    BRITO, 2008).

    Plantas Daninhas

    Os fatores que o milho precisa para seu desenvolvimento so basicamente os

    mesmo exigidos pelas plantas daninhas, tais como: gua, luz, nutriente e espao

    fsico, se torna um processo competitivo quando a cultura e a planta daninha se

    desenvolvem conjuntamente (Karam, 2002).

    O milho pode assumir uma arquitetura diferente por estar em competio com

    as plantas daninhas, diferente de quando cresce livre da presena de outras plantas.

    A presena da alelopatia liberadas por plantas daninhas no meio prejudicando o

    desenvolvimento de outro, podendo ocorrer inclusive entre indivduos da mesma

    espcie (Karam, 2002).

    Para evitar danos irreversveis a cultura e prejudicar o rendimento da cultura,

    realizado o manejo de plantas daninhas visando elimina-las durante o perodo

    crtico de competio. Outro aspecto importante dar condies para que a colheita

    mecanizada tenha a mxima eficincia, e evitar a proliferao de plantas daninhas,

    garantindo assim a produo nas prximas safras (Karam, 2002).

    O produtor deve entender que as perdas podem variar de ano a ano, em

    virtude das condies climticas, e de propriedade a propriedade, devido as

    variaes de solo, populao de plantas daninhas, sistemas de manejo incluindo

    rotao de culturas no plantio direto, alm do beneficiamento na colheita evitando

    assim perdas na produo (Karam, 2002).

    O solo no pode ser colocado em pousio para evitar altas taxas de

    germinao de plantas daninhas, por isso importante plantar leguminosas para

  • aumentar a fertilidade do solo e no deixar as plantas daninhas encontrar condies

    adequadas.

    O controle cultural utilizado pelos produtores e no se encaixa como um

    processo de manejo de plantas daninhas, e sim visando aumentar a capacidade

    competitiva da cultura em detrimento das plantas daninhas. O menor espaamento

    entre linhas, maior densidade de plantio, poca adequada de plantio, uso de

    variedades adaptadas s regies, uso de cobertura morta, adubaes adequadas,

    irrigao bem manejada, rotao de culturas, so tcnicas que tornam a cultura mais

    competitiva com as plantas daninhas (Karam, 2002).

    Outros tipos de controles podem ser feitos atravs de capina manual,

    mecnica, controle qumico e aplicaes de herbicidas na quantidade adequada

    (Karam, 2002).

    Pragas e Doenas

    A importncia de se entender a evoluo das doenas e o ataque pragas em

    determinada cultura imprescindvel para um controle eficiente de danos

    produo. Para amenizar a ocorrncia de prejuzos a lavoura, recomendvel um

    estudo prvio sobre a cultivar ou hbrido que deseja cultivar. Verificar se a rea

    escolhida no propcia a incidncia de doenas e pragas.

    O emprego de sementes selecionadas, tratos culturais, o uso de agrotxicos

    contribuem para a disseminao de pragas e doenas da cultura. O descuido com

    as lavouras ainda um forte fator responsvel pela baixa produtividade do milho na

    maioria dos casos. Se no conhece o invasor e apresenta-se em grande quantidade,

    o ideal procurar ajuda tcnica e orientaes e recomendaes de como proceder a

    fim de diminuir os danos econmicos.

    As principais pragas que atacam a cultura do milho so os cupins, lagarta do

    cartucho, lagarta da espiga, lagarta rosca, cigarrinha e as pragas de

    armazenamento, por exemplo, Sitophilus zeamais (VIANA et al., 2002). E as

    doenas mais conhecidas que atacam o milho so: Cercosporiose, ferrugem

    comum, antracnose do colmo, antracnose foliar e mancha branca (CASELA et al.,

    2002). A maioria das cultivares do milho apresenta vulnerabilidade incidncia de

    patgenos. O controle qumico ainda a grande soluo para o ataque de doenas.

  • Algumas medidas contribuem para preveno e disseminao dos invasores,

    podendo preparar o solo adequadamente, realizar a colheita em poca certa,

    seguida de destruio dos restos culturais e entorno dos mesmos; manter a cultura e

    das reas prximas ao limpo, isentas de ervas daninhas e outros tipos de vegetao

    que servem de hospedeiros (CASELA et al., 2002). A realizao de rotao de

    culturas fundamental, pois alm de contribuir no controle cultural das pragas, ainda

    fertiliza e conserva o solo. Aplicao do controle biolgico, a maioria das pragas tem

    inimigos naturais. O produtor deve estar atento a lavoura, pois esses invasores

    podem diminuir o nmero de plantas, reduzir a populao; outras ainda promovem a

    perda e o apodrecimento das razes das plantas.

    Colheita, Beneficiamento e Armazenamento

    A colheita do milho depende muito da cultivar e do consumidor final do

    produto, com isso ela depender da maturidade fisiolgica do milho e condies

    climtica que se encontram no dia e hora da colheita, sendo importante tambm de

    que forma ser realizada, mecanizada ou manual, essa escolha depender do

    produtor, tendo em vista a quantidade de gros produzidos, suas condies

    financeiras e objetivo.

    O ponto de colheita se refere as caractersticas relacionadas ao momento

    timo para se colher o milho, sendo de acordo com o tipo de armazenamento

    disponvel ou finalidade a que se destina. No caso do milho verde, este deve ser

    colhido com os gros no estado leitoso, apresentado de 70 a 80% de umidade. As

    condies climticas resultantes das pocas de semeadura ou da regio onde a

    lavoura foi instalada faz com que o ponto de colheita seja varivel (Pereira Filho &

    Carlos Cruz 2002).

    A colheita pode ser realizada manualmente ou mecanizada. A colheita manual

    promove menos danos espiga, assim como na debulha, provoca pouca perda na

    colheita, entretanto a mo-de-obra requer maiores despesas aumentando os custos

    com o rendimento abaixo do ideal. Na colheita mecanizada o importante regular

    bem as mquinas evitando perdas quantitativas e qualitativas, ou seja, perdas de

    gros ou massa de gros e reduo da qualidade por trincamento e quebra do

    mesmo, causando uma perda de 08 a 10%, sem esquecer das doenas que podem

    surgir atravs dessas causas (Fonseca, 2013).

  • Considerada uma das ltimas etapas do programa de produo de gros, o

    beneficiamento a unidade em que o produto adquire aps a retirada de

    contaminantes como: sementes ou gros imaturos, rachados ou partidos, sementes

    de ervas daninhas, material inerte, pedaos de plantas e outros, as qualidades

    fsicas, fisiolgicas e sanitrias que possibilitam sua boa classificao em padres

    comerciais (Silva et al., 2008).

    A limpeza deve acontecer para remover as impurezas, restos culturais e

    retirada de gros trincados, quebrados ou ardidos do lote a ser armazenado

    (Fonseca, 2013).

    Existem varias formas de armazenagem de gros, depende somente da finalidade

    do mesmo, a armazenagem a granel a forma mais comum de armazenagem do

    milho, devido aos avanos tecnolgicos disponveis para os produtores, atravs de

    maquinas e implementos. Apropriada para armazenamento de produes em maior

    escala, pode ser feito em silos areos ou subterrneos, e em armazns em sistema

    hermtico (Fonseca, 2013).

    No armazenamento em sacarias o milho deve estar com umidade entre 12,5 a

    14%, garantindo assim a qualidade do milho, para isso a sacaria deve ser suspensa

    do piso, sobre estrados, e mantida distante das paredes para haver circulao de

    carrinhos hidrulicos ou de pessoas, para inspees e movimentao de carga.

    Deve conter ventilao, limpeza e controle de pragas e ratos. Existe outro tipo de

    armazenamento para pequenas propriedades com custo tecnolgico mais baixo e

    durabilidade, requer maior ateno no perodo de armazenamento, esse

    armazenamento de espigas favorece a boa conservao, desfavorece o ataque de

    pragas (Fonseca, 2013).

    Comercializao

    A cultura do milho apresenta uma multiplicidade de usos. Logo, a

    comercializao bastante difundida, apresentando fluxos de comercializao

    direcionados para fabricas de raes, indstrias qumicas, mercado de consumo in

    natura e exportaes. Nesta atividade, h os agentes intermedirios que

    movimentam este setor, reduzindo a produtividade mdia dos estabelecimentos que

    usam este meio para venda (OLIVEIRA DUARTE, 2008).

  • O avano tecnolgico tem contribudo para o aumento da produo do milho,

    apresentando vantagens em permitir, por exemplo, a antecipao da colheita,

    liberando terra para outras culturas; utilizao de um sistema de armazenamento

    mais simples e econmico, evitando o ataque de roedores e carunchos nos gros,

    diminuindo deste modo s perdas a campo; e conservao do valor nutritivo por um

    maior perodo de tempo, com isso, a comercializao do produto ganha um

    incentivo, possibilitando maior retorno econmico ao produtor (REIS et al., 2001).

    O milho verde, comparado com o milho destinado para gro, apresenta

    resultados mais satisfatrio e expressivo no valor comercial. Nos perodos de

    entressafra, os preos de comercializao do milho so mais altos, principalmente o

    milho verde. E os produtores que destinam a produo de milho para gros,

    aproveitam esta poca para comercializar esse produto na forma de milho verde e o

    restante da lavoura sendo triturada, destinada a compor a produo de silagem para

    alimentao animal (REIS et al., 2001). importante que o produtor faa um

    planejamento da semeadura para evitar o acmulo da produo em uma s poca,

    obtendo, assim, quantidades adequadas do produto para um maior perodo de

    comercializao. Nas pequenas propriedades, costumam destinar seus produtos ao

    comrcio por meio de sacas e por varejo, na base de espigas. J em grandes

    lavouras, a comercializao feita em estoques elevadssimos, vendido no atacado.

  • REFERNCIAS

    ALBUQUERQUE, P. E. P. de.; RESENDE, M. Cultivo do Milho: Manejo de

    Irrigao. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Ed.). Sete Lagoas,

    MG. Dez. 2002. Comunicado Tcnico.

    ALVARENGA, R. C.; CRUZ, J. C.; NOVOTNY, E. H. Cultivo do Milho. Preparo

    convencional do solo. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Ed.).

    Sete Lagoas, MG. Dez. 2002. Comunicado Tcnico.

    ANDRADE, C. de L. T. de.; BRITO, R. A. L. Embrapa Milho e Sorgo: Cultivo do

    Milho. Irrigao. 4 ed. Set. 2008.

    CASELA, C. R.; SILVA FERREIRA, A. da.; FERNANDES, F. T.; ALMEIDA PINTO,

    N. F.J. de. Cultivo do Milho. Doenas Foliares. Ministrio da Agricultura, Pecuria e

    Abastecimento (Ed.). Sete Lagoas, MG. Dez. 2002. Comunicado Tcnico.

    CRUZ, J. C.; ALVARENGA, R. C.; NOVOTNY, E. H.; PEREIRA FILHO, I. A.;

    SANTANA, D. P.; PEREIRA, F. T. F.; HERNANI, L. C. Cultivo do Milho. Sistema

    Plantio Direto. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Ed.). Sete

    Lagoas, MG. Dez. 2002. Comunicado Tcnico.

    FONSECA, M. J. de. Colheita e Ps-Colheita, Disponvel em

    file:///G:/milho/Colheita%20e%20p%C3%B3s-colheita.htm. Acesso em: 25 ago.

    2013.

    MARCHI, S. L. Interao entre desfolha e populao de plantas na cultura do

    milho na Regio Oeste do Paran. Dissertao. Paran, Dez. 2008.

    MARCOS COELHO, A.; FRANA, G. E. de. Seja o Doutor do Seu Milho: Nutrio e

    Adubao. INFORMAES AGRNOMICAS, Sete Lagoas, MG, n 71, set. 1995.

    Arquivo Agronmico, Sete Lagoas, MG, n. 2, p. 1-3, set. 1995. Encarte tcnico.

  • Ministrio da Agricultura. Milho. Disponvel em:<

    http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/milho>. Acesso em 23 de Agosto de

    2013.

    OLIVEIRA DUARTE, J. de. Embrapa Milho e Sorgo Sistema de Produo, 1.

    Importncia econmica. Embrapa, 2000.

    OLIVEIRA DUARTE, J. de. Cultivo do Milho. Mercado e comercializao. Embrapa

    (Ed.). Set. 2008.

    PEDRINHO, E. A. N. Isolamento e caracterizao de bactrias promotoras de

    crescimento em milho (Zea mays L.). Tese. So Paulo, Fev. 2009.

    PEREIRA FILHO, I. A. & CARLOS CRUZ, J. Colheita, Transporte e Comercializao

    do Milho Verde. In: PEREIRA FILHO, I. A. (Ed.). O Cultivo do Milho Verde. Sete

    Lagoas, MG: Embrapa Milho e Sorgo, 2002.

    PEREIRA FILHO, I. A.; CRUZ, J. C. Cultivo do Milho. Plantio, Espaamento,

    Densidade, Quantidade de Sementes. Ministrio da Agricultura, Pecuria e

    Abastecimento (Ed.). Sete Lagoas, MG. Dez. 2002. Comunicado Tcnico.

    REIS, W. dos.; JOBIM, C. C.; MACEDO, F. A. F.; MARTINS, E. N. e; CECATO, U.

    Caractersticas da carcaa de cordeiros alimentados com dietas contendo

    gros de milho conservados em diferentes formas. Revista brasileira zootcnica.

    Viosa, Agos. 2001.

    RITCHIE, S. W.; HANWAY, J. J.; BENSON, G. O. Como a Planta de Milho se

    desenvolve. Potafos (Ed.). Set. 2003. Arquivo do Agrnomo.

    SANS, L. M. A.; SANTANA, D. P. Cultivo do Milho. Clima e Solo. Ministrio da

    Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Ed.). Sete Lagoas, MG. Dez. 2002.

    Comunicado Tcnico.

  • SILVA, J. de S. e; PARIZZI, F. P.; CARDOSO SOBRINHO, J. Beneficiamento de

    Gros. In: SILVA, J. de S. e (Ed.). Secagem e Armazenagem de Produtos

    Agrcolas. Viosa, MG: Aprenda Fcil, 2008.

    SILVA, R. F. da.; OLIVEIRA, E. C. de.; JUSTINO, F. B. e; GROSSI, M. C. Influncia

    das mudanas climticas na cultura do milho na rea da Amaznia Legal. XVI

    Congresso Brasileiro De Meteorologia. Set. Par, 2010.

    SOUSA ALMEIDA, A. C. de. Estudos em Doenas de Plantas. Melhoramento

    Gentico da Cultura do Milho (Zea mays. L.). Disponvel em:

    patologia1.blogspot.com.br/2010/07/revisao-de-literatura-do

    melhoramento_06.html> . Acesso em: 25 de Agosto de 2013.

    SOUZA, T. de; ALMEIDA, J. S. de; PIO, A. T.; BUSCARIOLI, A. L.; ROCHA, R. M.;

    POSSA, J.; TRINDADE, D. V. Melhoramento Gentico do Milho, Disponvel em

    http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=5&ved=0CEQ

    QFjAE&url=http%3A%2F%2Fwww.revista.ulbrajp.edu.br%2Fseer%2Finicia%2Fojs%

    2Finclude%2Fgetdoc.php%3Fid%3D1922%26article%3D816%26mode%3Dpdf&ei=g

    JEbUtSBJ4XU9QTXuYCADg&usg=AFQjCNGtwVouCqHhJ7VrfHvVG-JG-

    nrRMA&bvm=bv.51156542,d.eWU. Acesso em: 25 ago. 2013.

    VIANA, P. A.; CRUZ, I.; WAQUIL, J. M. Cultivo do Milho. Pragas Iniciais. Ministrio

    da Agricultura, Pecuria e Abastecimento (Ed.). Sete Lagoas, MG. Dez. 2002.

    Comunicado Tcnico.