CULTURA REGIÃO NORDESTE

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CULTURA REGIÃO NORDESTE A Região Nordeste do território brasileiro é composta pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Apresenta grande pluralidade cultural, com elementos diversificados, por esse motivo serão abordados alguns elementos que integram a cultura da região. O carnaval é o evento popular mais famoso do Nordeste, especialmente em Salvador, Olinda e Recife. Também as festas juninas de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB) se destacam. Os festejos de bumba meu boi são tradicionais em todos estados nordestinos. Bumba Meu boi Bumba meu Boi é um festejo que apresenta um pequeno drama. O dono do boi, um homem branco, presencia um homem negro roubando o seu animal para alimentar a esposa grávida que estava com vontade de comer língua de boi. Matam o boi, mas depois é preciso ressuscitá-lo. A capoeira foi introduzida no Brasil pelos escravos africanos, é considerada uma modalidade de luta e também de dança. Adquiriu adeptos rapidamente nos estados nordestinos, principalmente na Bahia e Pernambuco. O instrumento utilizado durante as apresentações de capoeira é o berimbau, que é constituído de arco, cabaça cortada, caxixi (cestinha com sementes), vareta e dobrão (moeda). O Reisado é uma manifestação cultural trazida pelos colonizadores portugueses. É um espetáculo popular das festas de Natal e Reis, cujo palco é a praça pública, a rua. No Nordeste, a partir do dia 24 de dezembro, saem os vários Reisados, cada bairro com o seu, cantando e dançando. Os participantes dos Reisados acreditam ser continuadores dos Reis Magos que vieram do Oriente para visitar o Menino Jesus, em Belém. O coco é um estilo de dança muito praticado nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A dança é uma expressão do desabafo da alma popular, da gente mais sofrida do Nordeste brasileiro; além disso, foi a dança preferida dos cangaceiros; Lampião e outros cangaceiros dançavam nas horas de descanso e distração.

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CULTURA REGIÃO NORDESTE

A Região Nordeste do território brasileiro é composta pelos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Apresenta grande pluralidade cultural, com elementos diversificados, por esse motivo serão abordados alguns elementos que integram a cultura da região.

O carnaval é o evento popular mais famoso do Nordeste, especialmente em Salvador, Olinda e Recife. Também as festas juninas de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB) se destacam. Os festejos de bumba meu boi são tradicionais em todos estados nordestinos.

Bumba Meu boi

Bumba meu Boi é um festejo que apresenta um pequeno drama. O dono do boi, um homem branco, presencia um homem negro roubando o seu animal para alimentar a esposa grávida que estava com vontade de comer língua de boi. Matam o boi, mas depois é preciso ressuscitá-lo.

A capoeira foi introduzida no Brasil pelos escravos africanos, é considerada uma modalidade de luta e também de dança. Adquiriu adeptos rapidamente nos estados nordestinos, principalmente na Bahia e Pernambuco. O instrumento utilizado durante as apresentações de capoeira é o berimbau, que é constituído de arco, cabaça cortada, caxixi (cestinha com sementes), vareta e dobrão (moeda).

O Reisado é uma manifestação cultural trazida pelos colonizadores portugueses. É um espetáculo popular das festas de Natal e Reis, cujo palco é a praça pública, a rua. No Nordeste, a partir do dia 24 de dezembro, saem os vários Reisados, cada bairro com o seu, cantando e dançando. Os participantes dos Reisados acreditam ser continuadores dos Reis Magos que vieram do Oriente para visitar o Menino Jesus, em Belém.

O coco é um estilo de dança muito praticado nos estados de Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. A dança é uma expressão do desabafo da alma popular, da gente mais sofrida do Nordeste brasileiro; além disso, foi a dança preferida dos cangaceiros; Lampião e outros cangaceiros dançavam nas horas de descanso e distração.

O frevo surgiu através da capoeira, pois o capoeirista sai dançando o frevo à frente dos cordões, das bandas de música, executando passos semelhantes ao da capoeira. É uma dança de alucinação coletiva, do carnaval pernambucano, é praticado em salões e nas ruas.

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Frevo em Pernambuco

Terno de Zabumba é um conjunto musical típico do Nordeste, que alegra sempre as festas. O Terno de Zabumba exerce função profana e religiosa. Tocam as “salvas”, nas rezas e novenas. É conhecido também pelos nomes de Terno de Música, Esquenta Mulher, Cabaçal e Banda de Couro.

O maracatu é originário de Recife (PE), surgiu durante as procissões em louvor a Nossa Senhora do Rosário dos Negros, que batiam o xangô (candomblé) o ano inteiro. O maracatu é um cortejo simples, inicialmente tinha um cunho altamente religioso, hoje é uma mistura de música primitiva e teatro.

Marujada é um bailado popular muito antigo. Consiste na dramatização das lutas portuguesas, da tragédia que foi a conquista marítima.

Quilombo é um folguedo tradicional alagoano, tema puramente brasileiro, revivendo a época do Brasil Colônia. Dramatiza a fuga dos escravos, que foram buscar um local seguro para se esconder, na serra da Barriga, formando o Quilombo dos Palmares.

Candomblé consiste num culto de origem africana trazido pelos escravos negros, na época do Brasil colonial. Na Bahia esse culto é chamado de candomblé, em Pernambuco nomeia-se xangô, no Maranhão, tambor de menina. Atualmente o candomblé, em algumas regiões, está muito modificado em razão da influência dos brancos.

Afoxê é o sagrado participando do profano. É uma obrigação religiosa que os membros dos candomblés (de origem jeje-nagô) devem cumprir. É uma vertente do candomblé adequado ao carnaval. Inicia-se com um despacho para Exu, para que ele não interrompa as festividades carnavalescas, dão-lhe farofa de dendê com azeite.

A Festa de Iemanjá é um agradecimento à Rainha do Mar. A maior festa de Iemanjá ocorre na Bahia, no Rio Vermelho, dia 2 de fevereiro. Todas as pessoas que têm “obrigação” com a Rainha do Mar se dirigem para a praia. Nesse evento cultural há o encontro de todos os candomblés da Bahia. Levam flores e presentes, principalmente espelhos, pentes, joias e perfumes.

Lavagem do Bonfim é uma das maiores festas religiosas populares da Bahia. É realizada numa quinta feira de janeiro. Milhares de romeiros chegam ao Santuário do Senhor do Bonfim, na Bahia. Senhor do Bonfim é o Oxalá africano, existem também promessas católicas de “lavagens de igrejas”. Os fiéis lavam as escadarias da igreja com água e flores.

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Lavagem do Bonfim

Literatura de Cordel é uma das manifestações culturais nordestinas, consiste na elaboração de pequenos livros contendo histórias escritas em prosa ou verso, os assuntos são os mais variados: desafios, histórias ligadas à religião, ritos ou cerimônias.

Outro elemento cultural de extrema importância no Nordeste são os artesanatos. A variedade de produtos artesanais na região é imensa, entre eles podemos destacar as redes tecidas, rendas, crivo, produtos de couro, cerâmica, madeira, entre outros.

A culinária nordestina é bem diversificada e se destaca pelos temperos fortes e comidas apimentadas. Os pratos típicos são: carne de sol, buchada de bode, sarapatel, acarajé, vatapá, cururu, feijão verde, canjica , tapioca, peixes, frutos do mar, etc. Também são comuns as frutas ciriguela, umbu, buriti, cajá e macaúba.

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CULTURA REGIÕES NORTEA Região Norte do Brasil é formada pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Sua população é bem miscigenada (indígenas, imigrantes: cearenses, gaúchos, paranaenses, nordestinos, africanos, europeus e asiáticos), fator que contribui para a diversidade cultural da Região. A quantidade de eventos culturais do Norte é imensa, por esse motivo iremos destacar alguns desses vários elementos que compõem a cultura desse povo tão alegre e receptivo.

São várias as manifestações culturais realizadas pelas diferentes tribos indígenas distribuídas pela Região Norte. O índio, por vaidade ou questões religiosas, se enfeita através de pinturas e acessórios durante suas celebrações.

Celebração indígena

As duas maiores festas populares do Norte são o Círio de Nazaré, que no segundo domingo de outubro reúne mais de 2 milhões de pessoas em Belém (PA), e o Festival de Parintins, a mais conhecida festa do boi bumbá do país, que ocorre em junho, no Amazonas.

Realizado em Belém do Pará há mais de dois séculos, o Círio de Nazaré é uma das maiores e mais belas procissões católicas do Brasil e do mundo. Reúne, anualmente, cerca de dois milhões de romeiros numa caminhada de fé pelas ruas da capital do Estado, num espetáculo grandioso em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré, a mãe de Jesus.

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O boi bumbá é uma das variações do bumba meu boi, largamente praticado no Brasil. É uma das mais antigas formas de distração popular. Foi introduzido pelos colonizadores europeus, sendo a primeira expressão de teatro popular brasileiro. O Festival de Parintins é um dos maiores responsáveis pela divulgação cultural do boi bumbá. No Bumbódromo apresentam-se as agremiações Boi Garantido (vermelho), e o Boi Caprichoso (azul). São três noites de apresentação onde são abordados, através das alegorias e encenações, aspectos regionais como lendas, rituais indígenas e costumes dos ribeirinhos.

Festival de Parintins

O carimbó é um estilo musical de origem negra, é uma manifestação cultural marcante no estado do Pará. A dança é realizada em pares, onde são formadas duas fileiras de homens e mulheres, quando a música é iniciada os homens se direcionam às mulheres batendo palmas; formados os pares, eles ficam girando em torno de si mesmos.

O Congo ou Congada é uma manifestação cultural de origem africana, mas com influência ibérica, o congo já era conhecido em Lisboa entre 1840 e 1850. É popular em toda a Região Norte do Brasil, durante o Natal e nas festividades de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. A congada é a representação da coroação do rei e da rainha eleitos pelos escravos e da chegada da embaixada, que motiva a luta entre o partido do rei e do embaixador. Vence o rei, perdoa-se o embaixador. Termina com o batizado dos infiéis.

Congada

Em Taguatinga, no sul do Estado do Tocantins, as Cavalhadas tiveram início em 1937. Acontecem durante a festa de Nossa Senhora da Abadia, nos dias 12 e 13 de agosto. O ritual se inicia com a benção do sacerdote aos cavalheiros; a entrega ao imperador das lanças usadas nos treinamentos para a batalha simbolizando que estes estão preparados para se apresentar em louvor a Nossa Senhora da Abadia e em honra ao imperador. A Folia de Reis é outro evento comum nos estados do Norte. Comemora-se o nascimento de Jesus Cristo encenando a visita dos três Reis Magos à gruta de Belém para adorar o Menino-Deus. Dados a respeito desta festa afirmam que a sua origem é portuguesa e tinha um caráter de diversão, era a comemoração do nascimento de Cristo.

A Festa do Divino é de origem portuguesa, é uma da mais cultuadas em Rondônia, reúne centenas de fiéis nos meses de abril, maio e junho, proporcionando um belo espetáculo.

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Jerusalém da Amazônia é a segunda maior cidade cenográfica do mundo, onde se encena a Paixão de Cristo durante a Semana Santa. Esse é outro evento cultural de fundamental importância para a população de Rondônia.

A herança indígena é fortíssima na culinária do Norte, baseada na mandioca e em peixes. No estado do Amapá, a carne de sol é bastante consumida pela população. Nas cidades de Belém e em Manaus é tomado direto na cuia indígena o tacacá, espécie de sopa quente feita com tucupi, goma de mandioca, jambu (um tipo de erva), camarão seco e pimenta de cheiro. O tucupi é um caldo da mandioca cozida e espremida no tipiti (peneira indígena), que acompanha o típico pato ao tucupi, do Pará.

Na Ilha de Marajó se destaca o frito do vaqueiro, feito de cortes de carne de búfalo acompanhados de pirão de leite. Também da ilha vem a mussarela de búfala. A biodiversidade da Amazônia se reflete ainda na variedade de frutas: cupuaçu, bacuri, açaí, taperebá, graviola, buriti, tucumã, pupunha, entre outros.

O artesanato no Norte é bem diversificado e os trabalhos são produzidos com fibras, coquinhos, cerâmica, pedra-sabão, barro, couro, madeira, látex, entre outros. São feitos bichos, colares, pulseiras, brincos, cestarias, potes, etc.

O artesanato indígena é utilizado como enfeites, para compor a indumentária usada nos rituais e também para a produção de utensílios domésticos e na comercialização. Os Karajá são excelentes artesãos da arte plumária e cerâmica. Os Akwe (Xerente) são considerados o povo do trançado (cestaria) e os Timbiras (Apinajé e Krahô), são especialistas na arte dos trançados e artefatos de sementes nativas do cerrado.

Artesanato indígena

No Tocantins se destaca o artesanato com capim dourado. É uma planta exclusiva do estado, sendo mais comum no Jalapão. Na produção dos artesanatos são feitas bolsas, potes, pulseiras, brincos, mandalas, chapéus, enfeites, suplast. Hoje são confeccionados por volta de 50 tipos de produtos; os artesanatos são necessariamente em formatos arredondados porque a fibra não permite ser dobrada.

Por Wagner de Cerqueira e FranciscoGraduado em Geografia

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CULTURA DA REGIAÕ SULDESTE

A região Sudeste do Brasil é composta pelos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Apresenta grande pluralidade cultural, com manifestações de origem indígena, africana, europeia e asiática.

As manifestações culturais da Região ocorrem através de elementos como:

Congada – A presença desse bailado popular é assinalada no Brasil colônia, ocorre do Ceará ao Rio Grande do Sul. Na congada existem dois grupos de negros que entram em luta. É a luta do Bem contra o Mal. O Bem é representado pelos cristãos, o Mal é o grupo de mouros. O Bem usa roupa azul, e o mal, vermelha. Há lutas, embaixadas, cantos, e sempre os cristãos vencem os mouros, que são batizados. E todos juntos fazem a festa em louvor a São Benedito, padroeiro dos negros em todo o Brasil. As violas, o canzá (reco-reco), caixas, tambores, acompanham os cantadores.

Congada

Fandango - nas cidades do litoral paulista é muito popular. O fandango é rufado com passos marcados, com batidas de pés, é dançado até meia noite. Depois dançam os fandangos valsados, mais calmos.

Batuque – dança de origem africana, do ritual da procissão. É uma festa muito popular nas cidades do interior de São Paulo, nas festas do Divino Espírito Santo, ou nas festas juninas. O batuque é dançado em terreiro ou

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praça pública. Uma fileira de homens fica a 15 metros de distância das mulheres, quando começa a dança, os homens se aproximam das mulheres e encostam suas barrigas por três vezes na companheira.

Samba de Lenço – é uma dança de origem africana, ele é sambado no meio urbano (samba de salão), e no meio rural há três modalidades: samba de roda, samba de campineiro e samba de lenço.

Carnaval – Evento carioca mais famoso do mundo atrai turistas brasileiros e estrangeiros para prestigiarem os desfiles das escolas de samba. Esse evento também tem se destacado no estado de São Paulo.

Desfile de Escolas de Samba no Carnaval

Dança de Velhos – A dança aparece durante as festas do Divino Espírito Santo. Ainda existe no litoral fluminense, em Parati e Angra dos Reis. E também nas cidades paulistas de Cunha e São Luís do Paraitinga.

Festa de Iemanjá – Iemanjá é a mais prestigiada entidade feminina do Candomblé, Umbanda e Macumba. O culto à Iemanjá é realizado na noite de 31 de dezembro para 1° de janeiro. Nesse dia os devotos vão prestar sua homenagem. Quando a noite vem chegando, milhares de fiéis dirigem-se para a praia, e todos festejam a Rainha do Mar, protetora das viagens marítimas e mãe de todos os orixás. As pessoas levam presentes, flores, comidas e bebidas.

Folia de Reis ou Reisado – Folia de Reis, folguedo que ocorre no período do Natal, de 24 de dezembro a 6 de janeiro, é o dia dedicado aos Santos Reis. A formação das folias se difere conforme o lugar, mas há sempre um mestre, líder maior, responsável pela cantoria e pela coordenação geral do grupo. Seu auxiliar é o contramestre, que angaria os donativos e o substitui em caso de necessidade. Algumas trazem a figura do embaixador, que pede licença para entrar nas casas, pronuncia as profecias e lembra as palavras escritas pelos profetas a respeito do nascimento de Cristo. Há os instrumentistas e cantores e algumas trazem os reis, representando os três reis magos.

Dança de São Gonçalo – As moças se vestem de branco, rosa ou azul. Cada figurante conduz um arco de madeira enfeitado de papel de seda da cor do vestido. Em certos lugares, um único homem participa da dança e comanda a função, trajado de branco, o qual desempenha o papel de São Gonçalo.

Caiapó – é um bailado de influência indígena. Aparece em diversos Estados do Brasil, com variações: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais.

Ticumbi – é uma versão capixaba da Congada. Só é encontrada no Estado do Espírito Santo, é uma dança dramática guerreira. É praticada por negros que se vestem de branco, usam batas longas enfeitadas de fitas muito coloridas.

A culinária do Sudeste é bem diversificada e apresenta forte influência do índio, do escravo e dos diversos imigrantes europeus e asiáticos. Entre os pratos típicos se destacam a moqueca capixaba, feita com tintura de urucum (ES); pão de queijo, feijão tropeiro, carne de porco servida com couve, quiabo, milho ou mandioca (MG); feijoada, aipim frito, bolinho de bacalhau, picadinho (RJ); virado à paulista, cuscuz paulista, farofa, pizza (SP).

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CULTURA DA REGIÃO SUL

ortemente influenciada pela cultura dos imigrantes europeus, a região Sul do Brasil apresenta grande pluralidade cultural. Os estados integrantes são: o Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Os imigrantes europeus começaram a chegar ao fim do século XIX e contribuíram para o desenvolvimento econômico da região, baseado na pequena propriedade rural de policultura.

Essa região apresenta elementos culturais dos índios (primeiros ocupantes do território), espanhóis e portugueses (colonizadores), negros (escravos). Posteriormente, os imigrantes alemães, italianos, açorianos, eslavos, japoneses, entre outros, contribuíram para a diversidade cultural do Sul do Brasil.

Entre as manifestações culturais dessa região estão:

Rio Grande do Sul Os gaúchos dos pampas, ou das cidades, formam um povo rico em tradições. Grande parte dos seus aspectos culturais é oriunda dos imigrantes alemães, que habitaram a região por volta de 1824. Os italianos, espanhóis e portugueses também contribuíram para a riqueza cultural desse estado.

Entre as principais características culturais do gaúcho estão: a bombacha, o lenço, o poncho, e o chimarrão.

Chimarrão

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A festa de Nossa Senhora dos Navegantes, de origem portuguesa, é realizada em Porto Alegre no dia 2 de fevereiro, no rio Guaíba, onde centenas de barcos e milhares de fiéis devotos participam da procissão fluvial. Algumas cidades do Sul celebram as tradições dos antepassados em festas típicas, como a Festa da Uva, em Caxias do Sul (RS).

Paraná Apresenta aspectos culturais dos imigrantes alemães, italianos, poloneses, ucranianos, holandeses, etc. Eles influenciaram fortemente a cultura do estado.

As principais festas culturais do Paraná são: cavalhada, congada, dança ou fandango de São Gonçalo, festa da cerejeira, festa do Divino, coroação de Nossa Senhora, festa de São Benedito, entre outras.

Um dos pratos típicos do Paraná é o barreado, um cozido de carne, prato caboclo típico do litoral. Ele é preparado com carne bovina, toucinho e temperos colocados em uma panela de barro. Ela é enterrada e acende-se por cima, uma fogueira. Após 12 horas de cozimento, a iguaria está pronta.

Barreado

Santa Catarina

Em Santa Catarina há uma grande quantidade de casas com arquitetura tipicamente europeia, além da arquitetura, os imigrantes do velho continente contribuíram na cultura vinhateira, na triticultura (cultura com trigo), linho, algodão, cânhamo e mandioca.

Alguns eventos culturais são marcantes, e mobilizam várias pessoas. O boi-de-mamão, por exemplo, vai do Natal ao Carnaval. Começa com as prendas e pedidos de ajuda e termina com a morte e ressurreição do boi.

A Oktoberfest, em Blumenau (SC), é uma festa de origem alemã, tradicional festa da cerveja. Esse evento atrai milhares de turistas.

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Oktoberfest

Outro elemento da cultura de Santa Catarina é a dança de fitas, uma tradição milenar, o qual consiste num pau de fita, cujo mastro é sustentado no centro da dança por um menino. Da ponta do mastro saem pares de fita, cujas figurações se atém ao ato de trançá-las, girando e dançando em torno do mastro central.

Em Santa Catarina o boi na vara ainda é praticado, sendo uma espécie de tourada. O boi, preso a uma vara com corda, investe num boneco até o esgotamento. Outras vezes, soltam os animais e os homens saem correndo, derrubam o boi e despedaçam-no.

CULTURA DA REGIAO CENTRO-OESTE

A cultura do Centro-Oeste brasileiro é bem diversificada, pois recebeu contribuições principalmente dos indígenas, paulistas, mineiros, gaúchos, bolivianos e paraguaios. São manifestações culturais típicas da região: a cavalhada, no estado de Goiás; o cururu, em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul; além da culinária como o arroz com pequi, sopa paraguaia, arroz carreteiro, arroz boliviano, Maria Isabel, entre outros.

Em Goiás se destacam os eventos culturais, como a Cavalhada e a Procissão do Fogaréu. As Cavalhadas ocorrem na cidade de Pirenópolis, é uma apresentação teatral ao ar livre em que homens montados a cavalo representam uma luta medieval entre Cristãos e Mouros. Essa é uma das principais atrações turísticas da Festa do Divino de Pirenópolis, em Goiás.

Durante as comemorações da Páscoa ocorre na cidade de Goiás a Procissão do Fogaréu, na quarta-feira da Semana Santa. Esse evento cultural atrai cerca de 10 mil turistas.

Procissão do Fogaréu

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Em muitos lugares do Brasil o tear manual se tornou peça de museu. Porém, em alguns municípios ainda são encontradas tecelãs confeccionando várias peças de tecido, agora valorizadas pelo turismo. Destacam-se entre os pratos principais goianos a galinhada com pequi e guariroba, o empadão goiano e os diversos frutos do cerrado.

O Mato Grosso apresenta como manifestação cultural o cururu, dança de provável origem indígena, que homenageia santos padroeiros de cidades do interior do Mato Grosso. Os homens, únicos participantes da festa, dançam em círculos ao som de viola de concho e reco-reco.

Cururu

Outros eventos culturais são a festa de São Benedito, Siriri, Rasqueado Cuiabano, Viola-de-Cocho. A culinária é marcada pelo bolo de arroz, mojica de pintado, Maria Isabel e farofa de banana.

O artesanato do Mato Grosso é conhecido principalmente pela viola-de-cocho e pelas redes bordadas, que atualmente são vendidas até para outros países. Se destacam também as bonecas de pano, artesanato em madeira e cerâmica.

As manifestações culturais no Mato Grosso do Sul apresentam aspectos parecidos com os do Mato Grosso. Destacam-se as danças como o cururu, siriri, guarânia e os pratos típicos: arroz boliviano, caribeu, farofa de banana, sopa paraguaia, arroz carreteiro, farofa de carne.

Arroz carreteiro

A população do Distrito Federal é oriunda de imigrantes de diversos estados brasileiros, esse fato é o grande responsável pela diversidade na culinária, sotaques, costumes, comidas típicas e músicas. São principalmente nordestinos, goianos, mineiros e paulistas, havendo características culturais de todos esses locais.

1. Acertar no alvo: Cada jogador recebe três bolinhas e, de uma certa distância, procura jogá-las dentro da boca de um grande caipira, desenhado em cartolina.

♥2. Catar amendoim: Cada criança deve apanhar, com uma colher, os amendoim colocados à sua frente, a uma certa distância, e levá-los para seu lugar, junto à linha de partida, um de cada vez. Vence quem primeiro reúne

os cinco grãos.

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3. Corrida de funis: Introduzir numa corda, dois funis, com a parte mais fina voltada para um laço feito no centro. Os jogadores terão que, apenas soprando, levar os funis até o laço.

4. Bigode no caipira: Desenhar o rosto de um caipira. Cada jogador, de olhos vendados, tentará colocar um bigode (coloque fita adesiva). Vencerá o que mais se aproximar do objetivo.

♥5. Corrida do Saci: Riscar no chão duas linhas paralelas e uma linha de chegada. Ao sinal combinado, as

crianças saem pulando num pé só, em direção à linha de chegada.

♥6. Corrida de sacos: Semelhante à corrida do saci, fazendo cada jogador o percurso com o corpo enfiado em

um saco, bem preso à cintura.♥

7. Ovo na colher: Cada criança corre equilibrando um ovo cozido numa colher.

♥8. Corrida de três pés: Feita em duplas. Onde se amarra a perna esquerda de um à direita do outro e, assim,

correrão até a chegada.♥

9. Dança da laranja: Formam-se alguns casais para a dança. Uma laranja é colocada entre as testas de cada par. Os casais devem dançar, sem tocar na laranja com as mãos. Se a laranja cair no chão, o casal é

desclassificado. A música prossegue até que fique só um casal.

♥10. Dança das cadeiras: Forma-se um círculo com tantas cadeiras quantos forem os participantes menos uma.

Os assentos ficam voltados para fora. Coloca-se música e todos dançam em volta das cadeiras. Quando a música parar, cada um deve sentar numa cadeira. Um participante vai sobrar e sair da brincadeira. Tira-se uma

cadeira e a dança recomeça. Vence quem conseguir sentar-se na última cadeira.

♥11. Cadeia: Escolhe-se um local isolado ou cercado por cadeiras, para ser a cadeia. Nomeia-se (ou sorteia-se) um delegado e seus ajudantes. O preso vai até a cadeia e, paga uma prenda (mostra uma habilidade), para ser

solto, que pode ser: cantar, recitar, dançar, fazer uma imitação, etc. Se houver um palco com microfone, a cadeia pode ser colocada num canto dele. E a prenda, ao ser paga diante do microfone, será vista por todos da

festa.

♥12. Corrida do milho: Traçam-se duas linhas paralelas e distantes. Atrás de uma das linhas, coloca-se uma

bacia com grãos de milho. Atrás da outra linha, os participantes são reunidos aos pares - um deles segura uma colher e o outro um copo descartável. Dado o sinal, os participantes com a colher correm até a bacia. Enchem

a colher com milho e voltam para a linha de largada. Lá chegando, colocam o milho no copo que seu companheiro segura. Vence a dupla que primeiro encher o copinho com milho.

♥13. Tiro ao alvo - tem de todo tipo: latas empilhadas, boca do palhaço, alvo redondo... Quem conseguir acertar

o alvo leva o prêmio.

♥14. Pescaria: pode ser na água ou na areia. Os pescadores têm que conseguir pegar os peixes usando anzóis.

Cada peixe corresponde a um brinde.

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♥15. Jogo da argola: cada pino corresponde a um brinde diferente. O jogador escolhe o presente que quer

ganhar e tenta acertar uma argola no pino correspondente.

♥16. Pular fogueira: fazer uma "fogueira" de papel laminado para pular.

♥17. Bingo: fazer as cartelas (ou comprar) e sortear os números. Vence o jogador que preencher toda a cartela.

♥18. Pesca da maçã: Sobre uma mesa, coloca-se uma bacia com água filtrada e maçãs boiando. Cada

participante deve colocar as mãos nas costas e inclinar-se sobre a bacia e morder uma maçã. Quem conseguir ganha um brinde.

♥19. Rabo do burro: Desenhe um animal de costas ou de lado numa cartolina e prenda numa parede. Cada

participante deve receber um "rabinho" com adesivo. De olhos vendados, deve caminhar até o desenho e colar o rabo do animal. Quem colocar o rabo mais próximo do local correto é o vencedor.

♥20. Caça ao objeto: Faz-se uma lista de objetos fáceis de serem encontrados no local onde a festa será realizada. Reúne-se os participantes para avisá-los do tempo disponível e o nome do objeto que devem

procurar. Ao sinal de um apito todos correm para procurá-lo. Ao sinal de outro apito devem retornar pois é o aviso de que o tempo terminou ou o objeto já foi achado. O primeiro que retornar com o objeto pedido é o

vencedor. Se o objeto não for encontrado, pede-se o seguinte da lista.♥

Sugestão de decoração da festa