Curitiba

2
À Curitiba, Pinhão, ainda que em extinção. Um frio do cão e muito leite quente para esquentar, lareira, canjica e quentão. Muitas cores para espantar a ranzinzice. Gentarada falando alto, rindo à toa, assim ninguém fica sozinho. Dos teus filhos espalhados pelo mundo... Sempre na lembrança, a chuva e o dia cinza, colorido pela animada poesia e pelas noites de teatro, Mas, o que mais tem ainda é piá de prédio e guria de topete, a posar na noite em um número sem fim de botecos. Uma cidade turística,

description

Poesia

Transcript of Curitiba

  • Curitiba,

    Pinho, ainda que em extino.

    Um frio do co e

    muito leite quente

    para esquentar,

    lareira, canjica e quento.

    Muitas cores para espantar

    a ranzinzice.

    Gentarada falando alto,

    rindo toa,

    assim ningum fica sozinho.

    Dos teus filhos espalhados

    pelo mundo...

    Sempre na lembrana,

    a chuva e o dia cinza,

    colorido pela animada poesia

    e pelas noites de teatro,

    Mas, o que mais tem

    ainda pi de prdio e

    guria de topete,

    a posar na noite

    em um nmero sem fim

    de botecos.

    Uma cidade turstica,

  • quase deixada de lado.

    Sofre o sufoco do

    descompasso,

    do acelerado mundo.

    Guarda relqueas e mazelas

    no mesmo prato,

    na mesma panela.

    Eveline Araujo

    29.03.2015

    (uma filha da terra, em terras outras, sempre voltando, sempre indo)