CURITIBA-PR OUTUBRO/2010 · Rua Buda, 08 – Santa Cândida – Curitiba/PR Tels.: 3356-3515 e...
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CURITIBA-PROUTUBRO/2010
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 071 IDENTIFICAÇÃO 1.1 Histórico da escola........................................................................................... 08 1.2 Estrutura Física................ ............................................................................... 10 1.3 Mobiliários Equipamentos e Recursos Materiais. .......................................... 10 1.4 Recursos Humanos.......................................................................................... 14 1.5 Recursos Financeiros............................................................. ......................... 17 1.6 Características da Comunidade........................................................................ 17
2. OBJETIVOS.................................................................................................................. 18
3. REFERENCIAIS TEÓRICOS 3.1.MARCO SITUACIONAL...................................................................................... 19 3.1.1 Contexto social.................................................................................. 19 3.1. 2. Constatações.................................................................................... 20 3. 2 MARCO CONCEITUAL............................................................................... 21 3.2.1- A concepção de ato Pedagógico....................................................... 23 3.2.2 Concepção de ensino/aprendizagem................................................. 23 3.2.3 Concepção de Mundo a partir da pedagogia histórico crítica.......... 24 3.2.4 Concepção de Trabalho Docente..................................................... 25 3.2.5 Concepção de Conhecimento.......................................................... 26 3.2.6- Gestão Democrática....................................................................... 27 3.2.7 Concepção de Avaliação................................................................. 28 3.2.8- Concepção de Homem.................................................................... 31 3.2.9 Concepção de Cidadania................................................................. 31 3.2.10- Concepção de Currículo............................................................... 32 3.2.11 Cultura........................................................................................... 33 3.3 MARCO OPERACIONAL............................................................................ 34 3.3.1 Ações prioritárias............................................................................. 34 3.3.2 Qualidade da Educação................................................................... 35 3.3.3 Os desafios a curto, médio e longo prazo........................................ 37
3.3.4 Metas.. ........ ........ ........ .............................................................. 38 3.3.5 Organização do espaço-tempo escolar............................................. 40 3.3.6 Formação continuada dos Profissionais da Educação...................... 40 3.3.7 Papel e o Trabalho do Pedagogo.......... ...... ...... ............................. 41 3.3.8 Repetência e Evasão......................................................................... 41 3.3.9 Equipamentos Pedagógicos.............................................................. 42
3.3.10 Inclusão Escolar .............................................................................. 423.3.11 Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico ................ 43
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4. MATRIZ CURRICULAR. 4.1 ENSINO FUNDAMENTAL........................................................................... 47 4.2 ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS ......... 48
5. ENSINO DA ARTE 5.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA ARTE ..................................................... 49 5.2 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS................................... 51 5.3 OBJETIVO GERAL DO ENSINO DA ARTE............................................. 55 5.4 CONTEÚDOS DO ENSINO DA ARTE...................................................... 55 5.5 CONTÉUDOS ESTRUTURANTES............................................................ 56 5.6 SERIAÇÃO.................................................................................................. 57 5.7 CONTÉUDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS.............................................. 59 5.8 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO ENSINO DA ARTE...... 60 5.9 CAMPOS DO CONHECIMENTO ARTICULADOR DA ARTE............. 63 5.10 AVALIAÇÃO DO ENSINO DA ARTE................................................... 64
6. ENSINO DE BIOLOGIA 6.1. CONCEPÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA.............................................. 65 6.1.1 Pensamento biológico mecanicista................................................... 67 6.1.2. Pensamento biológico evolutivo...................................................... 68 6.1.3. O pensamento biológico da manipulação genética......................... 69 6.2. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS.................................. 70 6.3. AVALIAÇÃO .............................................................................................. 71 6.4. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA ...................................................... 72 6.5. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ........................................................... 72 6.5.1. Conteúdos específicos dos conteúdos estruturantes ..................... 72
7. ENSINO DE CIÊNCIAS 7.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS .............................................. 78 7.2 FUND. TEÓRICOS METODOLÓGICOS NO ENS. DE CIÊNCIAS......... 78 7.3 AVALIAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS ............................................... 79 7.4 OBJETIVO GERAL DO ENSINO DE CIÊNCIAS ..................................... 80 7.5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENS. DE CIÊNCIAS ................. 80 7.6 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENS. DE CIÊNCIAS .................................. 80 7.7 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO ENS. DE CIÊNCIAS ..... 81
8. ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA 8.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ............................. 84 8.2 OBJETIVO DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA .................................. 84 8.3 CONTEÚDOS 8.3.1 Conteúdos Estruturantes ................................................................... 85 8.3.2 Conteúdos Específicos ...................................................................... 85 8.4 ENCAMINHAMENTO MET. DO ENSINO DE ED. FÍSICA .................... 88 8.5 AVALIAÇÃO DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA ............................. 89
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9. ENSINO RELIGIOSO 9.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO RELIGIOSO .................................................... 90 9.2 OBJETIVOS DO ENSINO RELIGIOSO....................................................... 90 9.3 CONTEÚDOS DO ENSINO RELIGIOSO.................................................... 91 9.3.1 Conteúdos Estruturantes .................................................................. 91 9.3.2 Conteúdos Específicos ...................................................................... 92 9.4 ENC. METODOLÓGICO DO ENSINO RELIGIOSO............................... 94 9.5 AVALIAÇÃO NO ENSINO RELIGIOSO ................................................. 94
10. ENSINO DA FÍSICA 10.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA .......................................................... 95 10.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO ENSINO DA FÍSICA..................... 96 10.3. AVALIAÇÃO DO ENSINO DA FÍSICA .................................................. 97 10.4. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA DE FÍSICA ................................. 98 10.5. CONTEÚDOS DO ENSINO DA FÍSICA ................................................. 98 10.5.1 Conteúdos Estruturantes ................................................................. 98 10.5.2 Conteúdos Específicos ................................................................... 99 10.6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................... 100 10.7 ENC. METODOLÓGICO DO ENSINO DA FÍSICA .............................. 101 10.8 AVALIAÇÃO ............................................................................................... 102
11. ENSINO DA GEOGRAFIA 11.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA ....................................... 104 11.2. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICO ............................................. 105 11.3. AVALIAÇÃO .......................................................................................... 106 11.4. OBJETIVO GERAL .................................................................................. 106 11.5. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ............................................................... 107 11.6. CONTEÚDOS BÁSICOS: ENSINO FUNDAMENTAL ...................................... 108 11.7. CONTEÚDOS BÁSICOS: ENSINO MÉDIO ................................................... 113 11.8 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO ....................................................... 115
12. ENSINO DE HISTÓRIA 12.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DE HISTÓRIA .............................................. 117 12.2 OBJETIVO DO ENSINO DE HISTÓRIA .................................................. 117
12.3.CONTEÚDOS ............................................................................................. 118 12.3.1 Conteúdos Estruturantes ................................................................ 118 12.3.2 Conteúdos Específicos .................................................................. 119 12.4 ENC. METODOLÓGICO DO ENSINO DE HISTÓRIA................ 123 12.5. AVALIAÇÃO DO ENSINO DE HISTÓRIA............................................. 123
13. ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA 13.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA...................... 125 13.2 OBJETIVOS DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA ........................ 126 13.3 CONTEÚDOS DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA .................... 127
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13.3.1 Conteúdos Estruturantes ............................................................... 127 13.3.2 Conteúdos Específicos .................................................................. 127 13.4 ENC. MET. DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA ......................... 131 13.5 AVALIAÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA .................... 133
14. ENSINO DA MATEMÁTICA 14.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA ................................... 134 14.2 OBJETIVOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA ...................................... 135 14.3 CONTEÚDOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA .................................... 135 14.3.1 Conteúdos Estruturantes ................................................................ 135 14.4 ENCAM. MET. DO ENSINO DA MATEMÁTICA .................................. 142 14.5 AVALIAÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA ..................................... 144
15. ENSINO DA QUÍMICA 15.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA QUÍMICA .............................................. 144 15.2 FUND. TEÓRICO-METODOL. QUE NORTEIAM A DISCIPLINA ....... 146 15.3. A AVALIAÇÃO......................................................................................... 147 15.4. OBJETIVO DA DISCIPLINA ....................................................................... 148 15.5.CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ................................................................. 148 15.5.1 Conteúdos Específicos ............................................................... 148 15.5.2 Objetivos específicos ................................................................. 149 15.6 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO E RECURSOS DIDÁTICOS ................... 151 15.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ....................................................................... 151
16. ENSINO DA FILOSOFIA 16.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ....................................................... 153 16.2 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS ................................ 154 16.3 AVALIAÇÃO DO ENSINO DA FILOSOFIA .......................................... 154 16.4 OBJETIVO GERAL .................................................................................. 154 16.5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ........................................................... 155 16.5.1 Conteúdos Específicos ................................................................... 155 16.5.2 Enc. Metodológico do Ensino da Filosofia .................................... 158 16.5.3 Critérios de Avaliação .................................................................... 158
17. ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA-LEM 17.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA ........................................................ 159 17.2 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS ................................. 163 17.3 AVALIAÇÃO .............................................................................................. 165 17.4 OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA ..................................................... 165 17.5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ......................................................... 166 17.5.1.Conteúdos e objetivos específicos .............................................. 167 17.6 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS .................................................. 169
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18. ENSINO DA SOCIOLOGIA 18.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA SOCIOLOGIA ..................................... 172 18.2 OBJETIVOS DO ENSINO DA SOCIOLOGIA ........................................ 173 18.3. CONTEÚDOS DO ENSINO DA SOCIOLOGIA ..................................... 173 18.3.1 Conteúdos Estruturantes ............................................................... 173 18.3.2 Conteúdos Específicos .................................................................. 173 18.3.3 Enc. Metodológico no Ensino da Sociologia ............................... 176 18.4 AVALIAÇÃO NO ENSINO DA SOCIOLOGIA ...................................... 176
19. PROJETOS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA 19.1 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - I ETAPA Título: PREPARATÓRIO PARA O VESTIBULAR................................ 178 19.2 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - II ETAPA Título: CLUBE DE CIÊNCIAS ............................................................... 179 19.3 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - II ETAPA Título: XADREZ ..................................................................................... 181 19.4 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - II ETAPA Título: PROJETO PALCO ESCOLA ....................................................... 182 19.5 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - I ETAPA Título: MÚSICA VIVA ............................................................................ 181 20. PROJETO INSERIDO À PROPOSTA EM 2010 20.1 PROGRAMA PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA......................... 186
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 160
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APRESENTAÇÃO
A comunidade educativa do Colégio Estadual Cruzeiro do Sul, após ampla
discussão que envolveu os diversos segmentos de nossa Escola, apresenta o Projeto
Político-Pedagógico, que objetiva definir os princípios para a orientação das atividades
de ensino – Ensino Fundamental e Médio. No presente projeto consta a Proposta
Pedagógica Curricular do Colégio de modo global, inclusive as suas intenções no
campo educativo.
Desde o início do ano de 2006, a comunidade escolar do Colégio Estadual
Cruzeiro do Sul, por meio de estudos dirigidos e discussões, desenvolve textos que
orientam a construção dos marcos norteadores que elaboraram este Projeto. E por se
tratar de uma proposta, fruto de um trabalho coletivo, marcado pela participação, nem
sempre uniforme, mas, finalmente, consensual, ele é o instrumento teórico-
metodológico que vem auxiliar a enfrentar o dia-a-dia da problemática escolar, pois
expressa o compromisso do grupo todo, sendo referência para nosso trabalho.
Nesta perspectiva buscamos sistematizar o pensamento e as ações no
direcionamento de nosso trabalho.
Esse documento é fruto das reflexões e discussões coletivas de uma equipe
comprometida com resultados educacionais.
Um projeto educativo pode ser tomado como promessa, frente
a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os
campos de ação possível, comprometendo seus atores e
autores. (GADOTTI, 2000, p.579)
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1. IDENTIFICAÇÃO
Denominação: Colégio Estadual Cruzeiro do Sul - EFM.
Endereço: Rua Buda n.º 08 - Santa Cândida - CEP 82630-370
Telefones: 3356-3515 / 3356- 4107
e-mail: colé[email protected]
Site: www.ctacruzeirodosul.seed.pr.gov.br
Município: Curitiba- Paraná
NRE- Curitiba
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Entidade proprietária do imóvel: Governo do Estado do Paraná
Dependência Administrativa: Estadual
Zona: Urbana
Cursos oferecidos: Curso Ensino Fundamental 5ª a 8ª série
Ensino Médio por Blocos de Disciplinas Semestrais
Espanhol Básico
Sala de Recursos
Complementação Curricular
N° de Professores: 47 N° de Pedagogos: 05 N° de Ag. Educ.1: 08 N° de Ag. Educ.2: 07
N° de alunos Ens. Fundamental: 590 N° de alunos Ensino Médio por Blocos: 296
Porte da Escola: VI - acima de 761 alunos.
Perfil Sócio Econômico da Comunidade Escolar: Renda Familiar média varia em torno de três
salários mínimos. Pais/responsáveis por alunos tem maior índice de escolaridade nas séries
iniciais do Ensino Fundamental.
1.1. Histórico da Escola
A Escola Estadual Cruzeiro do Sul - Ensino de 1º Grau, foi criada e autorizada a
funcionar em regime de comodato no turno da noite nas dependências da Escola
Municipal Bela Vista do Paraíso, à Rua: Antonio Antoniacomi n.º 13 no bairro de Santa
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Cândida, conforme Resolução nº 029/85 de 03/01/85, para funcionar com classes de 5ª
a 8ª séries, obedecendo ao cronograma de implantação gradativa. Em 1988, passou a
funcionar em prédio próprio à Rua Buda n.º 08, no mesmo bairro, em três turnos,
manhã, tarde e noite, totalizando 503 alunos.
Em 21/12/90 por meio da resolução n.º 4075/90 é oficializado o reconhecimento
da Escola Estadual Cruzeiro do Sul - Ensino de 1º Grau.
A partir do primeiro semestre de 1998 o Colégio passa o ofertar Ensino Supletivo
- Fase II (5ª à 8ª), conforme Res. 854/98 no período noturno. Devido a outros
estabelecimentos de ensino na região também ofertarem Educação de Jovens e
Adultos, foi solicitada junto à SEED a cessação do curso supletivo, o qual foi autorizado
conforme Res. 2723/2001.
Em 12/11/2003, a Resolução n. 2983/03, procurando atender as reivindicações
da comunidade escolar e a demanda local autorizou o funcionamento do Ensino Médio
com implantação gradativa de três turmas no período da noite.
Em 2004, foi autorizado também o funcionamento do Ensino Médio pela manhã.
Em dezembro de 2008, atendendo a Resolução Nº 5590, o Colégio optou pela
organização do Ensino Médio em Blocos de Disciplinas Semestrais, com implantação
simultânea a partir do ano letivo de 2009. Essa proposta adota alguns princípios
norteadores a fim de garantir o direito do aluno à continuidade e ao aproveitamento dos
estudos parciais para os alunos desse nível.
O Ensino Médio por Blocos de disciplinas semestrais se propõe a um novo olhar
para o aluno desse segmento de ensino. É uma proposta que traz flexibilidade de
acesso e permanência do aluno e a possibilidade de uma prática pedagógica
diferenciada. Tal proposta se apresenta como uma alternativa para a efetivação de
uma escola includente, na perspectiva de garantir a continuidade dos estudos e o
aproveitamento dos estudos parciais. Valoriza a qualidade de ensino, a equidade das
disciplinas e a competência do professor. (Documento elaborado pela SEED/PR;
Departamento de Educação Básica/2009).
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1.2 ESTRUTURA FÍSICA
QUANTIDADE
DESCRIÇÃO M2 ESTADO DE CONSERVAÇÃO
07 Salas de Aula 50,41 Bom01 Laboratório ciências 73,62 Bom01 Laboratório de Informática 50,41 Bom01 Biblioteca 73,62 Bom01 Cozinha 33.07 Bom01 Depósito de Merenda 10,28 Bom01 Área de Serviço 7,94 Bom01 Supervisão 16,80 Bom01 Sala de Apoio/Recursos 7,87 Bom02 Sanitários Masc. 3,10 Bom02 Sanitários Fem. 3,95 Bom
Bloco Administrativo01 Secretaria 17,10 Bom01 Arquivo 10,03 Bom01 Sala Professores 24,85 Bom01 Sala Direção 12,25 Bom01 Hall 6,54 Bom02 Sanitários M/F 2,90 Bom01 Cancha de Areia 57,62 Regular01 Quadra Poliesportiva 600,00 Bom01 Pátio Coberto 118,30 Bom01 Casa do Zelador 57,62 Bom
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1.3 MOBILIÁRIOS EQUIPAMENTOS E RECURSOS MATERIAIS
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MURAL 1CONJUNTO EM L CONTENDO 1 MESA SECRETARIA 1MESA PARA REUNIÃO 1BALCÃO COM 2 PORTAS 1MESA SECRETARIA 1MESA SECRETARIA 1CONJUNTO AUDITORIO 3 LUGARES 1CONJUNTO AUDITORIO 3 LUGARES 1MESA RECEPÇÃO 1GAVETEIRO C/02 GAVETAS 1GAVETEIRO C/02 GAVETAS 1MICROFONE LESON SM48 1TELEFONE SEM FIO GE 26928 1MICROCOMPUTADOR 1VENTILADOR DE TETO 1VENTILADOR DE TETO 1VENTILADOR DE TETO 1VENTILADOR DE TETO 1CALCULADORA 1VENTILADOR DE TETO COMERCIAL 1VENTILADOR DE TETO COMERCIAL 1VENTILADOR DE TETO COMERCIAL 1VENTILADOR DE TETO COMERCIAL 1VENTILADOR DE TETO COMERCIAL 1QUADRO DE EDITAL 1ARMARIO DE AÇO 02 PORTAS 1BALCÃO MDF 1BALCÃO MDF 1BALCÃO MDF 1APARELHO DE FAX PANASONIC C/IDENTIF.KXFT 1RÁDIO CD BS5 MP3 1RÁDIO CD BS5 MP3 1CÂMERA DIGITAL KODAC C/CARREGADOR 1SOFTWARE COLETOR DE DADOS HENRY ORION SU 1
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ATUALIZAÇÃO DE MATERIAIS/EQUIPAMENTOS
DESCRIÇÃO DO MATERIAL QTD.
VIDEO CASSETE MARCA-CCE MODELO-VCR30X 34 1PROJETOR DE SLIDES MARCA-DIAMATOR MODELO 1VIDEO CASSETTE 1MESA PARA TV E VIDEO 1MICROSCOPIO 128 1RETROPROJETOR 1RETROPROJETOR 1RETROPROJETOR 1SISTEMA DE ANTENA PARABOLICA MARCA-BASSO 1TELEVISOR A CORES 1IMPRESSORA BJC MARCA-CANON GMI 10032 1MICROCOMPUTADOR 10100-BID COMPLETO C/ TE 1CONJUNTO DE TERMOLOGIA 1LEIS DE HOM 1CONJUNTOS DE OTICAS E ONDAS 1MICROSCOPIO ESTEROSCOPIO 1TORSO HUMANO M85 CM 1IMPRESSORA 1MESA PARA MICRO/TERMINAL 1CADEIRA GIRATORIA 1MESA PARA IMPRESSORA 1GLOBO TERRESTRE 1GLOBO TERRESTRE 1GLOBO TERRESTRE 1GLOBO TERRESTRE 1ESTANTE 1ESTANTE 1ESTANTE 1RECEPTOR DE SINAIS DE TV VIA SATELITE 1AMPLIFICADOR 1TV 29" PANASONIC 1APARELHO DE DVD PANASONIC 1TV 29 POL. C/ENTR. USB 1TV 29 POL. C/ENTR. USB 1TV 29 POL. C/ENTR. USB 1
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TV 29 POL. C/ENTR. USB 1TV 29 POL. C/ENTR. USB 1TV 29 POL. C/ENTR. USB 1TV 29 POL. C/ENTR. USB 1TV 29 POL. C/ENTR. USB 1TV 29 POL. C/ENTR. USB 1RACK PARA TV 29 1RACK PARA TV 29 1RACK PARA TV 29 1RACK PARA TV 29 1RACK PARA TV 29 1RACK PARA TV 29 1RACK PARA TV 29 1RACK PARA TV 29 1RACK PARA TV 29 1CARTEIRA DO ALUNO FDE/3 VERDE 35CADEIRA FDE/3 VERDE 34ENCICLOPEDIA 2CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR AZUL 12CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR PRETA 66CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 7CADEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR AZUL F 20CADEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR PRETA 90CADEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 14CADEIRA POLIPROPILENO BRANCA 10CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 62CADEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 68CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 1CADEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR AZUL F 3CADEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR PRETA 32CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 6CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 5CADEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 4CADEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 1CADEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 1CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 4CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 3CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 5CADEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR VERDE 6CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR AZUL 6CARTEIRA ESCOLAR ESTRUTURA TUBULAR PRETA 60CARTEIRA DO ALUNO FDE/3 VERDE 37CADEIRA FDE/3 VERDE 46CONJUNTO ESC. FDE/4 - PROEM 40CONJUNTO ESC. FDE/4 - PROEM 40CONJUNTO CART/CAD. MOD. FDE/4 30CONJUNTO CART/CAD. MOD. FDE/4 30ARQUIVO DE ACO 04 GAVETAS 1ARQUIVO DE ACO 04 GAVETAS 1ARQUIVO DE ACO 1MAQUINA DE ESCREVER ELETRICA 1ARMARIO DE ACO 1
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1.4 RECURSOS HUMANOS
TÉCNICO PEDAGÓGICO
Nomes Função Rg FormaçãoTempo
de Serviço
na escola
Tempo de
Serviço público
Valdete Aparecida Ramos Diretora 4445730-0 Pós-graduação 12 a 24a
Nilseli Maria Firmo de Matos Dir. Auxiliar 4962708-4 Pós-graduação 3a 12a
Céris Edine Florenski Pedagoga 1466536-6 Pós graduação 7a 18a
Fátima Maria Bezerra Pedagoga 1181880-3 Pós graduação 8a 21a
Sabrina C. da Silva Pedagoga 6867386-0 Pós graduação 3a 8m 3a 8m
Maria Dilma Sella A. Queiróz Pedagoga 7325762-0 Pós graduação 4 a 2m 4a 8m
TEC.ADMISTRATIVO
Claudete Carrard Pessanha
Téc.Adm. 1922196-2 Ens. Médio 1a 23a
Edemir Antonio de Almeida
Ag.Educ. ll 3620733-7 Ens. Médio 1a 1a
Iraci Paulique Ferreira Ag.Educ. ll 5.506.786-4 Ens. Médio 1a 1a
Ironete da Rosa Ag.Educ. ll 9.965.163-6 Ens. Médio 1a 1a
Maria da C. Nunes Ag.Educ. ll 6.612.827-0 Ens. Médio 1a 1a
Renato Ribeiro Garcia Bibliotecário 934922-3 Sup.completo c/ licenciatura
20a 26a
Roderlei de Moura Alves
Secretário Escolar
6216920-6 Sup. Completo 3a 8m 3a 8m
Stella Adriana dos Santos Batista
Ag.Educ. ll 4709781-9 Sup. Em curso 2a 9m 2a 9m
AUX.SERV.GERAISAnaide Valter Machado
Ag.Educ. l 4848503-0 Ens.Fund. 6 a 11a
Andreia Rosa dos Anjos Barbosa
Ag.Educ. l 7.680.706-0 Ens.Médio completo
6m 6m
Conseição de Andrade
Ag.Educ. l 3705675-8 Ens.Fund. 4a 16 a
Gessy dos Santos Silva
Ag.Educ. l 3664595-4 Ens.Fund. 19a 19a
Maria da Conceição Viana Bittencourt Amorim
Ag.Educ. l 12833087-9 Ens.Médio completo
1a 4m
Marize Pereira Ag.Educ. l 3488783-7 Ens.Médio 8m 8m
Sandra Mara P. da Silva
Ag.Educ. l 4972876-0 Ens.Médio completo
18a 18a
Sirlei de Fátima Assis Ag.Educ. l 6.310.969-0 Ens.Fund.
16
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CORPO DOCENTE ENS.FUND.Beatriz Lima da Silva L. Port. 770794-0 Sup.comp. c/
licenciatura21a 43a
Ana Luiza Moreira L.Port. 6.111.286-3 Sup.comp. 4m 4m
Liana Maria P.dos Santos
L. Port. 1147715-1 Sup.completo c/licenciatura
12a 12a
Andrea Zocateli Guebur
L. Port. 5858026-0 Sup.completo c/licenciatura
5 a 6 a
Arissa Bert Carvalho Arte 8.8679.605-8 Sup.comp. 4m 4mFabiana Antoniacommi
Ciências 6.412.71-4 Sup.comp. 10m 10m
Irene Bernardo Munhoz
Sl.Recursos 2240744-9 Pós-graduação 2a 10m 26a 7m
Ricardo Martins Ed..Art. 6212433-4 Sup.completo c/licenciatura
5a 5a
Bruno Schiminki História 8.118.008-3 Sup.comp. 10m 10m
Elizeu Paulo Machado Ed. Física 4.451.651-9 Sup.comp. 10m 10mJosemar Miranda dos Santos
Ed.Fśica 4501392-8 Sup.completo c/licenciatura
10m 10m
Marcia Anschau Pinto Geografia 8482929-3 Sup.completo c/licenciatura
1a 10m 5a 8m
Nivaldo Buani Matem. 3316052-6 Sup.completo c/licenciatura
8 a 9 a
Vilma Borba Ciências 4397166-2 Sup.completo c/licenciatura
5a 16a
Joeli Maria Garcia Lopes
História 514321-1 Sup.completo c/licenciatura
4a 10a 6m
Juciane do Rocio Maltaca
História 3690573-5 Sup.completo c/licenciatura
10m 10a 5m
Josiane C. H. Fernandes
Geografia 2098014-1 Sup.completo c/licenciatura
17 a 24 a
Mara Regina Diniz Matemática 5995353-2 Sup.completo c/licenciatura
1a 10m 4a 8m
Quelen da Siva OsorioGeografia 12739316-8 Sup.completo c/licenciatura
8m 8m
Thayanna Schmidt Artes 6313419-8 Sup.completo c/licenciatura
4m 4m
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CORPO DOCENTE ENS.MÉDIO
Nomes Disciplina Rg Formação Tempo de
Serviço na Escola
Tempo de Serviço no
Estado
Allan Alves Bahls Química 3590951-6 Sup.com. c/licenciatura
2a 10m 4a 10m
Barbara Maria Rouze Biologia 8.321.62-8 Sup.comp. 10m 10m
Bruna Nhevilla Dutra Barth
Matemática 6459972-0 Sup.comp. c/licenciatura
5m 5m
Cristiana Zucco Espanhol 5.957.304-7 Sup.comp. c/ licenciatura
2a 2a
Davi Brito da Silva Ling. Port. 10079613-9 Sup.com. C/ licenciatura
10m 3a 8m
Edimara Humenhuk Ed.Física 7578919-0 Sup.completo c/licenciatura
2m 2a 6m
Eliana de Cassia Nunes
L.E.M.-Inglês 8981987-3 Sup.com. C/ licenciatura
4a 8m 6a 8m
José A Basseti Neto História 6.086.114-5 Sup.comp. c/licenciatura
1a 1a
Helder Cirelli de Souza
História 6.109.31-1 Sup.comp. 10m 10m
Joás Ferreira da Silva Filosofia 3130500-4 Sup.com. C/ licenciatura
2a 10m 14a 8m
José Carlos Klocker Vasconcellos Filho
Lingua Portuguesa
6956558-1 Sup.com. C/ licenciatura
8m 10a 2m
Luciana Caetano Queiroz
Biologia 5217979-3 Sup.com. C/ licenciatura
4 a 16 a
Marcio Pereira Ribeiro L.Port. 7127146-3 Sup.com. c/licenciatura
10 m 3 a 5m
Melissa Dorta Esmanhoto
Matemática 7613701-3 Sup.completo c/licenciatura
8m 6a 4m
Nivaldo Buani Matemática 3316052-6 Sup.comp. c/licenciatura
5 a 6 a
Oswaldo Oliveira de Alcantara Filho
Ed.Física 3312596-8 Pós-Graduação 1a 10m 4a 10m
Ricardo Martins Ed.Artística 6212433-4 Sup.comp. c/licenciatura
5a 5a
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1.5 - RECURSOS FINANCEIROS
SaídasPeríodo Origem Valor Aplicado
1º Sem/ 2009 Fundo Rotativo 11452,52 Material Escolar, expediente, limpeza, atividades extracurriculares, reparos, utensílios de cozinha.
2º Sem/2009 Fundo Rotativo 26364,61 Material Escolar, didático, esportivo, expediente, limpeza, utensílios de cozinha, atividades extracurriculares.
2009 PDDE/FNDE 10041,90 Material de Limpeza, expediente, esportivo, elétricos, reparos, escrivaninhas, mesas e equipamento de som.
2009 APMF Estrela Dalva
4.644,90 Material de Expediente, mão de obra, consertos, despesa de transporte, cópias, correio, ferramentas etc.
Total das Saídas/2009 52503,93
1.6 CARACTERÍSTICAS DA COMUNIDADE
O Colégio Estadual Cruzeiro do Sul - Ensino Fundamental e Médio está
localizado na região norte da cidade de Curitiba, no bairro Santa Cândida, bairro que
foi instalado pelo governo provincial do Paraná no ano de 1875, fazendo parte dos
planos governamentais para a formação de um cinturão verde ao redor de Curitiba.
O estabelecimento de colônias agrícolas eram habitadas por imigrantes
europeus, principalmente poloneses, cujo trabalho se ligava ao cultivo da terra que foi
uma das estratégias de governo para solucionar o quadro de crise que vivia o país com
a falta de alimento.
Em 1876, Lamenha Lins afirmou ter mandado construir uma casa de madeira
onde cada lote media, aproximadamente 108.900 m2. Tal possibilidade garantiu que
cada família imigrante se tornasse proprietária de um pedaço de terra e
comercializasse os produtos da sua lavoura. Isso atraiu a vinda de muitas famílias
polonesas para o Paraná, as quais estabeleceram-se no Bairro Santa Cândida.
Com o passar dos anos, a expansão demográfica e o surgimento do comércio
local, o bairro foi crescendo com os novos moradores fixando residência na localidade.
Porém, devido ao grande número de chácaras na região tornou-se difícil encontrar
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terrenos pequenos para comprar. Foi quando o Sr. Tomáz Conciole, comprou uma
grande área de terra, nas proximidades do Rio Atuba, onde estavam localizadas cavas
e de onde era extraído barro para as olarias de sua propriedade. A região foi limpa, as
áreas mais altas foram devastadas, para cobrir as cavas, e preparar os terrenos para
que fossem vendidos.
Em 1970, novos moradores começam a fixar residência no local, denominado
“Olaria”; pessoas, em sua maioria, oriundas do interior do Estado do Paraná, que vêm
para a Capital em busca de uma oportunidade de trabalho.
Hoje, a região passa por um processo acelerado de crescimento populacional.
Ao longo do Rio Atuba formou-se uma favela, e muitos de nossos alunos
convivem com os problemas sociais, com a violência, e, especialmente, no que diz
respeito a envolvimento com as drogas.
Em relação à vida familiar, constatou-se que um número significativo de alunos
vive com avós, irmãos mais velhos e tios; muitos, devido à separação de seus pais.
Dentre os responsáveis pelos alunos constatou-se que o maior índice de
escolaridade encontra-se nas séries iniciais do Ensino Fundamental e a renda familiar
variar em torno de três salários mínimos mensais.
Há muita dificuldade em mobilizar os pais a participarem das reuniões que
acontecem no Colégio. São poucos aqueles que acompanham e estão efetivamente
envolvidos com o cotidiano escolar de seus filhos. A maioria alega que precisa
trabalhar e não dispõe de tempo para participar.
2. OBJETIVOS
Oferecer uma educação de qualidade onde a democracia seja condição básica
para a construção da cidadania.
Conquistar a cidadania por meio do acesso aos recursos culturais relevantes:
domínio do saber científico presente na escola, preocupações com o meio ambiente,
saúde, sexualidade, questões éticas relacionadas à igualdade dos direitos humanos, à
dignidade do ser humano, à solidariedade.
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Compreender a cidadania como participação social e política, assim como
exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais; posicionar-se de maneira
crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais.
Conhecer e valorizar a pluralidade do patrimônio sócio-cultural local, brasileiro e
de outros povos evitando discriminações; perceber-se integrante, dependente e agente
transformador do ambiente contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente.
Desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo tendo em vista a inter-
relação pessoal e a inserção social; conhecer e cuidar do próprio corpo; utilizar as
diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal, como meio
para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir das produções
culturais.
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para
adquirir e construir conhecimentos.
Desenvolver as dimensões éticas, estéticas e políticas da ação educativa.
.... Para que a Escola seja palco de inovação e investigação e torne-se autônoma é fundamental a opção por um referencial teórico-metodológico que permita a construção de sua identidade e exerça seu direito à diferença, à singularidade, à transparência, à solidariedade e à participação. (VEIGA, 1998).
3. REFERENCIAIS TEÓRICOS
3. 1 MARCO SITUACIONAL
3.1.1 Contexto Social
Nosso Colégio está inserido num contexto social onde vivenciamos muitas
dificuldades, especialmente de ordem econômica. Não podemos nos afastar e ignorar
isso. É a partir dessa premissa que estruturamos nossas diretrizes para enfrentar os
desafios que se nos apresentam. Não nos convém apenas diagnosticar os problemas,
mas, sobretudo, propor alternativas para solucioná-los.
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Desejamos uma escola pública gratuita e de qualidade, mas para isso
precisamos levar em consideração os aspectos decorrentes dos problemas inerentes
ao contexto social.
O caminho de superação dos obstáculos está na consciência social coletiva, que
procurará desenvolver um trabalho amplo e gradual, com o comprometimento de todos
os profissionais que atuam na tarefa escolar. Para atingir nossos objetivos é
imprescindível a colaboração mútua da comunidade escolar.
Pretendemos que o trabalho, desenvolvido no seio da escola, contribua para a
construção de uma sociedade mais humana, justa, livre, participativa e feliz. Por outro
lado, é indispensável um olhar sobre o paradoxo instalado atualmente: enquanto
presenciamos as maiores e mais rápidas transformações tecnológicas, convivemos
com o crescimento desenfreado da miséria e da injustiça social. Por isso, precisamos
compreender o mundo e situar os problemas presentes em nosso cotidiano para, em
seguida, apontarmos em que direção caminhará nossa Escola.
A globalização exige de nós uma melhor preparação para a vida. É preciso criar
oportunidades e caminhos alternativos no sentido de preparar nossos alunos para o
mundo do trabalho, e para que possam intervir positivamente nas questões sociais,
políticas, econômicas, culturais, na busca da construção de uma sociedade mais justa
e igualitária.
3.1.2 Constatações
No que diz respeito à educação, percebe-se grande investimento de ofertas na
educação à distância e de vagas nos estabelecimentos privados, enquanto que nas
escolas públicas os recursos são precários. Inúmeros são os problemas relacionados à
educação. Muitos jovens continuam fora da escola, pois, precisam deixar os estudos
para trabalhar. O pouco investimento na educação traz como conseqüência: a falta de
material didático e recursos para a formação de docentes; professores mal
remunerados; instalações precárias; alunos indisciplinados e com defasagem de
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conhecimento, ausência do acompanhamento de muitos pais na educação de seus
filhos; entre outras situações que interferem na qualidade do ensino.
Apesar de todos estes desafios, quando matriculam seus filhos na escola, os
pais acreditam que esses terão um futuro melhor, com igualdade de condições no
mercado de trabalho. Esperam que a escola cumpra sua função social. Por isso,
querem uma escola de qualidade, com segurança, com bons professores e material
didático adequado. É necessária uma infra-estrutura que ofereça condição à escola
para cumprir sua finalidade.
O quadro acima apresenta uma visão real da sociedade, ressalta uma gama de
problemas de tal amplitude que parece insolúvel, sem possibilidade de melhora.
Entretanto, é importante ressaltar que ao longo das discussões que explicitaram o
referido quadro, os sujeitos envolvidos manifestaram suas visões movidos pelo desejo
de transformação. As reflexões sugerem que a escola, imbuída de sua função social,
possa contribuir com as transformações atuando, criticamente para reconstruir as
representações que os sujeitos têm da realidade, de modo a promover a mudança de
postura e de prática diante dessa realidade.
Vale ressaltar que este projeto prevê as possibilidades de avanços da prática
pedagógica a partir das necessidades constatadas, imbuindo toda a comunidade
escolar à participação na proposta educativa; isto vai desde trazer os pais à
participação no cotidiano da aprendizagem escolar de seus filhos, ao atendimento à
formação continuada dos profissionais da educação, à organização do espaço e do
tempo, aos índices de aproveitamento escolar, à relação entre os profissionais da
escola e discentes, aos equipamentos físicos e pedagógicos, aos critérios de
organização das turmas, ao acompanhamento.
3. 2 MARCO CONCEITUAL
O processo educacional brasileiro se orienta com base nos objetivos e priorida-
des do Plano Nacional de Educação na forma da Lei 10.172, de 9 de janeiro de 2001.
Estes são objetivos e prioridades são:
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• a elevação global do nível de escolaridade da população;
• a melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis;
• a redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à
permanência, com sucesso, na educação pública e
• democratização da gestão do ensino público, nos estabelecimentos oficiais,
obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação na
elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades
escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.
Orientado pelo Plano Educacional Nacional, o processo educacional paranaense
dá ênfase à escola como lugar de socialização do conhecimento, pois essa
função da escola consiste especialmente para “os estudantes das classes
menos favorecidas, que têm nela uma oportunidade, algumas vezes a única,
de acesso ao mundo letrado, do conhecimento científico, da reflexão
filosófica e do contato com a arte”. Esta perspectiva da educação no Paraná
sobre a socialização do conhecimento contribui “para a crítica às
contradições sociais, políticas e econômicas presentes nas estruturas da
sociedade contemporânea e propiciem compreender a produção científica, a
reflexão filosófica, a criação artística, nos contextos em que elas se
constituem”.1
A dinâmica de educação no Paraná incentiva a prática pedagógica
fundamentada em diferentes metodologias, com isso, “valorizando
concepções de ensino, de aprendizagem (internalização) e de avaliação que
permitam aos professores e estudantes conscientizarem-se da necessidade
de “uma transformação emancipadora”.2
A partir do contexto do processo educacional nacional e estadual, a
concepção de educação que o Colégio Estadual Cruzeiro do Sul se
fundamenta na construção do conhecimento ajustado em si mesmo, tendo em
vista: a inter-relação pessoal e a inserção social; o conhecer e o cuidar do próprio
1 Cf. http://www.diaadia.pr.gov.br/deb/arquivos/File/texto.pdf. 20/11/2010. 9:21. 2 Cf. http://www.diaadia.pr.gov.br/deb/arquivos/File/texto.pdf. 20/11/2010. 9:29.
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corpo; a utilização das diferentes linguagens – verbal, matemática, gráfica, plástica e
corporal, como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e
usufruir das produções culturais.
3.2.1- A concepção de Ato Pedagógico
O ato pedagógico constitui-se de uma relação entre o aluno e as matérias de
estudo, mediadas pelo professor, a quem cabe garantir os efeitos formativos desse
encontro. O ato pedagógico não se dá ao acaso, exige um trabalho docente
sistemático, intencional, planejado, visando introduzir o aluno nas estruturas
significativas; exige, além disso, que a assimilação seja ativa, embora não espontânea.
É preciso que se conheçam as disposições do aluno, em termos socioculturais e
psicológicos, a fim de que sejam conquistados seus interesses, sua colaboração, sua
aspiração à formação. É preciso não apenas que se valorize o significado humano e
social da cultura, mas o desvelamento das contradições sociais, atribuindo-se uma
conotação crítica à transmissão do saber.
Num novo professor, mediador do conhecimento, sensível e
crítico, aprendiz permanente e organizador do trabalho na
escola, um orientador, um cooperador, curioso e, sobretudo, um
construtor de sentido. Ensinar não é transferir conhecimento,
mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua
construção (...) (FREIRE, 1994).
3.2.2 Concepção de Ensino/Aprendizagem
Para que se repensem as ciências humanas e a possibilidade de
um conhecimento científico humanizado há que se romper com a
relação hierárquica entre teoria, prática e metodologia. Teoria e
prática não se cristalizam, mas se redimensionam, criam e são
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também objetos de investigação. Nesse sentido, pesquisa é a
atividade básica da ciência na sua indagação e construção da
realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de
ensino/aprendizagem e a atualiza (DIAS, 2001).
Segundo Ribeiro, “o processo de ensino-aprendizagem tem sido historicamente
caracterizado de formas diferentes que vão desde a ênfase no papel do professor
como transmissor de conhecimento”. Percebe-se que “até as concepções atuais que
concebem o processo de ensino-aprendizagem com um todo integrado que destaca o
papel do educando”.
A autora identifica que “as reflexões sobre o estado atual do processo ensino-
aprendizagem nos permite identificar um movimento de idéias de diferentes correntes
teóricas sobre a profundidade do binômio ensino e aprendizagem”. Entre os fatores que
descritos por Ribeiro estão provocando esse movimento, aponta-se para “as
contribuições da Psicologia atual em relação à aprendizagem, que leva a todos a
repensar a prática educativa, buscando uma conceptualização do processo ensino-
aprendizagem”. 3
Deve-se valorizar a instrução como domínio do saber sistematizado e os meios
de ensino como processo de desenvolvimento das capacidades cognitivas dos alunos
e viabilização da atividade de construção ativa de conhecimentos.
É necessário assumir a historicidade da escola, sendo essa determinada pelos
interesses opostos das classes existentes na sociedade, e, determinante, porque
histórica e fruto da atividade humana transformadora. O ensino/aprendizagem passa a
ter uma nova função - ser espaço de otimização dos processos de aprendizagem e dos
processos de construção de cidadãos.
A escola deverá oferecer um leque de possibilidades que
permita ao aluno atingir qualquer condição, perfazer qualquer
caminho, inclusive caminhos que a humanidade nunca
percorreu. (BECKER, 2000)
3.2.3 Concepção de Mundo a partir da pedagogia histórico crítica3 RIBEIRO, Sabrina L. Processo Ensino-Aprendizagem: do conceito à análise do atual processo. In: http://www.abpp.com.br/artigos/37.htm. 29/11/10, 10:08.
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A pedagogia histórico crítico-social propõe uma teoria pedagógica embasada
numa concepção de mundo que parte das condições concretas em que se desenvolve
a luta de classes; propõe uma didática que determina princípios e meios como
diretrizes orientadoras para os processos de ensino necessários ao domínio de
conhecimentos, garantindo durabilidade aos efeitos formativos da instrução e da
educação.
A concepção de mundo, segundo a pedagogia histórico-crítica, “concebe o
homem como um ser social que ao mesmo tempo é determinado e determinante da
sociedade, podendo, efetivamente transformá-la”; dessa forma “a sociedade é
concebida como sendo resultado de um processo dialético de transformação, por parte
dos homens, no percurso da história, e que, sobretudo, não é imutável”.4
A educação, para Saviani significa “a apropriação pela classe trabalhadora dos
conhecimentos acumulados pela classe dominante, mas que, no entanto, não são
inerentes a ela” (SAVIANI, 2005).
3.2.4 Concepção de Trabalho Docente
O trabalho docente concebe o aluno como ser educável, sujeito ativo do próprio
conhecimento, mas também como ser social, historicamente determinado, indivíduo
concreto, inserido no movimento coletivo de emancipação humana. É preciso que o
professor aprenda a abarcar todos os aspectos, ligações e mediações inerentes à ação
pedagógica, tomá-lo no seu desenvolvimento, nas suas contradições, a fim de
introduzir no trabalho docente a dimensão da prática histórico-social no processo do
conhecimento. O trabalho docente consiste então na atuação do professor no ato
educativo medindo os processos pelos quais o aluno se apropria ou reapropria o saber
de sua cultura e o da cultura dominante, elevando-se do senso comum ao saber
criticamente elaborado.
4 BACZINSKI, Alexandra. PITON, Ivania. TURMENA, Leandro. Caminhos e descaminhos da prática docente: uma análise da pedagogia histórico-crítica e das diretrizes curriculares do Estado do Pananá. In: www.periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/.../10298 - Similares. 29/11/10, 10:35
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O núcleo do trabalho docente é o encontro direto do aluno com o material
formativo (apropriação ativa de conhecimentos). O trabalho docente consiste numa
atividade mediadora entre o individual e o social, entre o aluno e a cultura social e
historicamente acumulada, entre o aluno e as matérias de estudo.
Oração do Estudante “... Por que me impôs o que sabes se eu quero aprender o desconhecido e ser fonte em minha própria descoberta? ( MATURANA, 1989)
3.2.5 Concepção de Conhecimento
Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as
possibilidades para a sua produção ou a sua construção (...)
(FREIRE, 1994).
Uma didática crítico-social concebe o ensino como construção sistemática de
conhecimentos culturais e científicos, a partir do entendimento de cultura como
expressão das contradições e lutas concretas da sociedade. A pedagogia crítico-social
dos conteúdos tem como propósitos integrar os aspectos material/formal do ensino e,
ao mesmo tempo, articulá-los com os movimentos concretos tendentes à
transformação da sociedade.
O conhecimento não pode ser concebido nem de uma
forma(inata) nem de outra(conhecimento a posteriori) e, sim, o
conhecimento necessariamente vai ser construído a partir das
experiências (fatores externos ao indivíduo) e pelas
características próprias do sujeito (fatores internos do indivíduo.
(ARANHA, 1996, pg. 202)
A valorização da escola enquanto mediadora entre o aluno e o mundo da
cultura, cumprindo esse papel pelo processo de construção crítica dos conhecimentos,
inseridos no movimento da prática social concreta dos homens, que é objetiva e
histórica.
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O conhecimento científico é visto como a construção de Mentes
humanas (e não o conjunto de verdades a serem descobertas),
sempre sujeitas a mudanças [...] e provisórias. (HARLEN, 1998).
3.2.6 Gestão Democrática
A Escola deverá construir sua filosofia político-pedagógica, onde todos os
participantes da comunidade escolar (estudantes, pais, professores, funcionários e
direção), participem efetivamente na organização de uma escola democrática,
formando cidadãos emancipados, críticos e conscientes.
Uma gestão, verdadeiramente democrática procurará ampliar os compromissos
com a população, articulando-se com os anseios da comunidade escolar.
O fortalecimento do Conselho Escolar é a instância onde a escola e a
comunidade se identifica no enfrentamento não só dos desafios escolares imediatos,
mas dos graves problemas sociais vividos na realidade brasileira.
A gestão democrática envolve um trabalho coletivo, onde todos os segmentos
vivenciam os problemas e buscam soluções e alternativas para a melhoria do
funcionamento da escola, procurando fortalecer a unidade escolar e democratizar as
relações escolares.
O objetivo da "Democratização da Escola Pública" deve estar direcionado ao
ensino, a valorização da escola, de um trabalho didático-pedagógico diferenciado. Os
docentes, por sua vez, devem deixar de lado sua cômoda posição de culpar "o
sistema" (entenda-se: governo, direção da escola, situação econômica do país,
desinteresse dos alunos...) e lutar para que o ensino público sirva, não só de canal de
informação, mas também de formação dos educandos. Democratizar a escola é formar
um aluno capaz de se expressar bem; capaz de se comunicar de diversas formas, de
desenvolver o gosto pelo estudo, de dominar o saber escolar; é ajudá-lo na formação
de sua personalidade social, percebendo-se dentro da organização enquanto
coletividade. Trata-se de proporcionar-lhe o saber e o saber-fazer críticos, inclusive
para melhoria de suas condições de vida, afim de que ele consiga evoluir do senso-
comum para o conhecimento científico.
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Democratizar exige um enfrentamento das questões de
exclusão, reprovação e da não-permanência do aluno na sala
de aula. Esse compromisso implica a construção coletiva do
Projeto Político Pedagógico visando romper com a separação
entre concepção e execução (VEIGA, 1998).
3.2.7 Concepção de Avaliação
A partir de uma análise histórica, percebe-se que por muitos anos fez-se uso de
métodos de avaliação como um instrumento a serviço de quem o aplicava, baseando-
se em uma série de perguntas com respostas prontas a ser estudadas, decoradas e
transcritas em dias de prova. Julgava-se, dentro desta visão, que existia um controle do
professor sobre a aprendizagem e sobre todo um grupo de alunos, aplicando-se a ideia
de homogeneidade do saber dos educandos. Isso, baseado no princípio de que o
professor ensina e o aluno devolve a informação tal como foi recebida , ou seja, “o
professor sabe, o aluno aprende”. A escola era um lugar em que todas as perguntas
tinham respostas prontas.
Pensar em avaliação, hoje, implica rever objetivos de ensino, metodologias
utilizadas e essencialmente, refletir sobre o trabalho que realizamos.
Bourdieu e Passeron (1970) demonstraram claramente como, pela avaliação, se
controla o quê, como e quanto cada um deve saber para a manutenção das hierarquias
das classes sociais. Para tanto, a avaliação legitima determinada cultura em detrimento
de outras, agindo como um instrumento de méritos, com base na ideologia de dons
inatos dissimulando a relação entre escola e sociedade, uma vez que o fracasso
escolar torna-se responsabilidade do aluno e não do sistema como tal.
A avaliação que se coloca como mecanismo de premiação com base nos
méritos e esforços pessoais, nada mais é que um mecanismo de exclusão das
camadas populares do acesso às conquistas da humanidade.
O mecanismo aqui referido tem sido em síntese, o esquema
aprovação/reprovação, calcado na estruturação de um ensino seriado, sequenciado,
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fragmentado com quebra de continuidade, aliado a uma série de condições concretas,
adversas, que cercam a escola.
A partir da década de 70, um começo de ruptura em relação aos pressupostos
da avaliação tradicional, começa a se esboçar. Inicialmente, com as teorias
reprodutivistas e hoje, com novos esquemas interpretativos que evocam as relações
entre indivíduo e sociedade numa perspectiva histórica, percebendo-se a história como
uma construção humana e a avaliação sendo definida como uma prática relacional,
crítica e transformadora.
Na esteira destes pressupostos de análise surgem novas formas de visualizar a
avaliação na escola tentando encontrar caminhos que levem a verdadeira
aprendizagem dos alunos. O ato de avaliar, portanto, deve ser exercido em todos os
momentos da vida diária dos alunos, direcionando o processo ensino/aprendizagem
para a construção do conhecimento.
O processo de avaliação requer um olhar qualitativo no aumento de informação
exigida no passado que não dava conta do que foi aprendido e apreendido pelos
educandos. A avaliação só tem sentido se indicar novos caminhos, novas intervenções,
pistas para a construção de uma educação que se constitui de significados que
extrapolem provas, testes, trabalhos e ganhem a contextualização da vida, pois, a
sociedade e o mundo do trabalho não cobrarão mais a "quantidade de conhecimentos",
mas sim a "qualidade dos conhecimentos", que o ser humano apresenta.
A avaliação deve ser vista como ação fundamental para a
garantia do êxito do Projeto Político Pedagógico. A avaliação é
essencial para definição, correção e aprimoramento dos rumos.
A avaliação é ponto de partida e ponto de chegada. (VEIGA,
1998).
Recoloca-se aqui a necessidade da avaliação ser um processo contínuo, onde
os alunos irão revelar suas dúvidas e fraquezas ousando cometer enganos ou
demonstrar seus caminhos, para resolver os problemas que se colocam na construção
do conhecimento. Portanto os “erros”, expressos no momento de avaliação, constituem
sinais que devem regular o processo de ensino/aprendizagem. Significa, ainda, a
recusa a um ensino indiferenciado, preocupado somente com a
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transmissão/assimilação do conhecimento feita de uma forma homogênea para todos
os alunos, sem se preocupar com a maneira diferente de cada um aprender, por força
das desigualdades sociais, que a Escola não pode mais exacerbar.
Se a aprendizagem é fruto de uma construção pessoal, cada processo é distinto
e, em conseqüência, a ajuda ao aluno se concretiza de modo distinto para cada um
deles, segundo suas necessidades, as quais podem variar ao longo do processo. O
papel do professor aqui entendido é o de prestar ajuda ao processo de elaboração que
o aluno realiza e o da escola, é promover um ambiente propício para que essa ação
aconteça de forma clara e objetiva.
Concebemos, então, que a finalidade da aprendizagem escolar e do ensino é
possibilitar ao aluno não apenas interpretar a realidade, mas nela intervir, seja para
aceitá-la, seja para rejeitá-la, seja para transformá-la.
A avaliação, portanto, não pode ser um elemento estranho ao processo de
construção de conhecimentos, mas um meio de fornecer informações sobre a ação
educativa do educador. Este, por sua vez, não pode ter como objetivo verificar
reproduções de informações tão somente, e sim oportunizar condições para que o
aluno produza algo novo. A avaliação deve abrir novos caminhos para o educando, o
educador e toda equipe nela envolvida.
O aluno não é nem pode ser o único alvo no processo de avaliação. Como
educadores, temos a responsabilidade de sempre nos auto-avaliar, pois só assim
podemos assumir a avaliação como um ato construtivo, formativo.
É assim que a comunidade educativa de nosso Colégio esforça-se para fazer do
ato de avaliar um processo, em que todos são responsáveis. Acreditamos na avaliação
que seja democrática e transformadora, criando e reinventando estratégias de ensino
diferenciadas, tendo por base uma perspectiva cognitivista de aprendizagem, criando
novas formas de agir com vistas a melhoria da ação pedagógica e, consequentemente
nos resultados obtidos pelos nossos alunos.
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3.2.8 Concepção de Homem
As constantes transformações pelas quais a humanidade tem passado, os
avanços tecnológicos e os progressos do mundo atual, mostram a necessidade de que
o homem deve estar preparado para acompanhar essas mudanças. Diante dessa
realidade se exige, hoje, das instituições escolares, um grande compromisso na
formação desse homem, pois a ciência está no cotidiano de qualquer classe social,
está na cultura, na tecnologia, nos modos de pensar da sociedade. Esse homem
deverá estar em condições de enfrentar e participar do desenvolvimento desta
sociedade, apto a solucionar problemas, pois o valor do ser humano está na sua
criatividade, iniciativa, competência perante as vastas transformações no mundo do
trabalho da produção e da vida social.
Conforme Veiga, (1998), no Projeto Político Pedagógico o compromisso político
para com a população, deve ser à formação do cidadão participativo para um
determinado tipo de sociedade.
O ser humano deve ser entendido integralmente, necessitando estar em
constante processo de construção do conhecimento, das inovações tecnológicas, das
relações humanas, considerando a busca por uma formação integral. Isso vem
desenvolver suas potencialidades como elemento de auto-realização, a qual ocorre
pela prática consciente de seus direitos como cidadão participativo, sujeito de direitos,
liberdade e opinião. Tendo assim, por objetivo, não formar uma classe de críticos, mas
desenvolver seres humanos capazes de avaliar o mundo e a si mesmos, preparando
os cidadãos para a vida e para o trabalho nos diferentes aspectos intelectuais, sociais e
afetivos.
3.2.9 Concepção de Cidadania
Educar para a Cidadania implica na integração dos conteúdos didáticos,
evitando fazê-lo de forma independente. O aluno precisa ser orientado a perceber a
comunidade escolar como parte de um sistema maior: o mundo. É necessário que ele
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se integre a esse sistema e se torne cidadão ativo e disposto a influenciar a sociedade
de forma positiva.
O processo de formação da cidadania não pode escapar aos objetivos
fundamentais da escola. Contudo, deve-se ter claro a definição de cidadania para que
o processo pedagógico elabore estratégias para alcançar tal objetivo. Segundo Gadotti
(2001), cidadania é a consciência de direitos e deveres da democracia. Para construir
essa consciência democrática, a escola deve promover o compromisso com a
construção de uma sociedade mais justa e igualitária através de um ensino de
qualidade que orienta a participação do indivíduo na sociedade. É reconhecido como
cidadão consciente de seus direitos e deveres pelas suas atitudes, as quais se
manifestam na busca constante de informação, bem como em sua crítica, criatividade e
capacidade de avaliar as condições sociais e econômicas que o envolve (DEMO, 2002,
p. 31).
A escola deve retomar sua função de ensinar e cumprir seu
papel no exercício da cidadania. A escola de qualidade, além de
ser direito de todos, é um dos elementos básicos da vida social
e da cultura.(KRAMER, 1998).
3.2.10 Concepção de Currículo
O currículo deve ser centrado nos conteúdos como instrumento teórico- prático
produzido socialmente e que deve ser apropriado pelo aluno, enfatizando o estudo dos
condicionamentos sociais, históricos e econômicos como caminho para o exercício do
pensamento crítico. O currículo aproxima a escola e vida social, não podendo alienar-
se e devendo adequar os conteúdos escolares às novas exigências de formação
impostas pelo mundo moderno. No nosso entendimento o currículo precisa ser
construído observando os seguintes princípios:
- Aproximação dos conteúdos escolares aos conteúdos práticos/vivenciais dos
alunos;
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- Proposição de situações-problema como forma de contribuir para o
desenvolvimento do pensamento do aluno;
- Preocupação em realizar uma educação direcionada às demandas do tempo na
qual ela se insere;
- Emprego de aulas e outras estratégias que favoreçam a atividade intelectual dos
alunos por oposição à recepção passiva dos conteúdos escolares;
- Considerar o interesse dos alunos como ponto de partida para novas
aprendizagens.
Enfim, o currículo deve ser um conjunto de conhecimentos produzidos em
práticas e situações didáticas, que favoreçam a aprendizagem de informações que faça
mais “sentido” para os alunos, ainda que a tradição curricular e as demandas por
aprovação continuem a funcionar como balizas na definição do quê e do como ensinar
nas escolas de educação básica. O Projeto Político Pedagógico construído pela própria
comunidade escolar é o definidor de critérios para a organização curricular. Deve-se
fortalecer o conceito curricular por meio de uma ação intencional e uma prática
reflexiva dos educadores na formação de indivíduos.
Na elaboração do currículo, deve-se cuidar para estruturá-lo de
forma que o saber seja dosado e sequenciado, visando a
transmissão - assimilação do saber sistematizado. Este é o fim
a atingir. (SAVIANI, 1985).
3.2.11 Cultura
Sociedade e cultura estão intimamente relacionadas. A cultura é produto das
relações sociais. A escola deve fazer com que o aluno descubra-se como um
construtor desse mundo da cultura, entendendo a cultura como a contribuição que o
homem faz ao mundo, ou como o resultado do seu trabalho, do seu esforço criador.
Essa descoberta é a responsável pelo resgate da sua auto-estima, pois, tanto é cultura
a obra de um grande escultor, quanto o tijolo feito pelo oleiro.
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De acordo com OLIVEIRA (1992), o homem, todo e qualquer ser humano, não
existe dissociado da cultura. Quando o aluno descobre que sua prática supõe um
saber, conclui que conhecer é interferir na realidade, percebe-se como um sujeito da
história.
Para Kramer (1998), a escola deve ser o espaço da singularidade e da
pluralidade. Todos somos produzidos na cultura e produtores de cultura.
3.3 MARCO OPERACIONAL
O Colégio Estadual Cruzeiro do Sul baseia-se numa gestão democrática
participativa, considerando que todas as decisões são compartilhadas entre o corpo
docente, discente, equipe pedagógica e administrativa, pais e comunidade. Assim, os
caminhos aqui apontados representam uma conquista para nossa instituição, pois
contemplam a diversidade de opiniões voltadas ao mesmo foco: a melhoria da
qualidade de ensino. Isso fica evidente quando foi proposta a toda comunidade escolar
para os momentos de reflexão sobre nosso quadro situacional, estabelecendo
relações entre o macro contexto e realidade local para assim determinar nossos limites
e possibilidades. As mudanças significativas a serem alcançadas contemplam os
aspectos administrativos, pedagógicos, financeiros e político educacional.
3.3.1 Ações prioritárias
Entende-se por este item as questões, que devem ser incorporadas no
cotidiano escolar, para gerarem condições da transformação que almejamos em nossa
sociedade, através da escola.
Indiscutivelmente a escola é o centro de referência na construção do saber
sistematizado, representando uma via de mão dupla: ensino/aprendizagem. O
interesse e participação dos alunos devem ser uma conquista a ser alcançada, através
do acolhimento da disciplina e motivação, as quais se cumprem quando, todos estão
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desenvolvendo adequadamente seu trabalho, ou seja, a falta de disciplina não se
centra apenas no aluno, pois geralmente está relacionada a outros elementos. O
primeiro passo é sensibilizar, mantendo uma organizada “rede de orientações”
necessárias ao estabelecimento das normas contidas no estatuto que rege a
instituição, e se fazer cumprir estas normas com rigor.
A disciplina depende do comprometimento tanto dos alunos com a
aprendizagem, como também do professor em aprimorar a cada dia as aulas que
ministra, tornando-as interessantes e diversificadas e garantindo também que a carga
horária de sua disciplina seja cumprida.
A equipe pedagógica deve estar coligada a todas as esferas educacionais, não
se limitando apenas a uma de suas atribuições, orientando alunos, pais e professores.
A equipe administrativa atuará sempre de forma dinâmica e presente, estabelecendo a
democracia juntamente com o Conselho Escolar, funcionários, pais e comunidade.
AÇÕES OBJETIVAS:
- Propiciar estratégias e alternativas na busca do interesse e participação dos
alunos para a construção e produção do conhecimento;
- Sensibilizar e mobilizar os alunos para o cumprimento consciente das normas
contidas no estatuto que rege a Instituição. (Para que se cumpram normas é
necessário que as mesmas sejam construídas coletivamente);
- Manter um ambiente democrático, cultivando sempre o diálogo como meio de
entendimento;
- Buscar o comprometimento de alunos e professores em relação ao processo
ensino e aprendizagem através do aprimoramento da prática docente;
- Envolver a equipe pedagógica no assessoramento ao professor, na orientação
aos alunos e pais;
- Envolver a equipe administrativa de forma dinâmica no estabelecimento da
democracia junto ao Conselho Escolar.
3.3.2 Qualidade da Educação
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Ao recorrermos ao saudosismo que nos remete a escola normalista, quando o
ensino público mantinha certo status de qualidade, geralmente nos esquecemos que
essa “qualidade” direcionava-se á uma pequena elite. Hoje com a universalização, uma
grande conquista da educação básica, tem como desafio garantir a qualidade para
todos.
Essa é uma luta que deve acontecer dentro e fora do espaço escolar,
implementando ações políticas e pedagógicas para garantir a valorização do ensino.
Os problemas muitas vezes são de proporção muito grande e fogem do alcance de
nossas mãos. Sabemos que fatores sociais determinam condições precárias de vida à
grande parte dos alunos da rede pública de ensino e afetam diretamente o nível de
aproveitamento escolar. As condições de trabalho, tanto de professores quanto da
própria escola também derivam desta mesma ditadura neoliberal, como a má formação
docente, falta de apoio especializado, falta de recursos, indisciplina e desinteresse dos
alunos, entre tantos outros imperativos – conforme o Marco Situacional aponta.
Mesmo não podendo resolver todas as questões sociais, a escola deve resolver
o que lhe cabe. A escola ao mesmo tempo em que propaga o saber sistematizado,
forma cidadãos e dissemina ideologias.
Portanto sua função é de natureza formal e política. Nosso intuito é o de
promover reflexões da conjuntura social, não de forma fragmentada, mas sim
contextualizada ao cotidiano escolar. O professor é peça fundamental neste processo.
Em termos de qualidade política, a questão é muito grave,
porquanto, se educação básica é instrumentação de cidadania,
o professor não poderia ser agente dela, sem ser, ele mesmo,
cidadão (DEMO, 1990, p. 87).
Nossa proposta de ação baseia-se no perfil do profissional criativo, crítico e
inovador, que supere a função de mero transmissor de conteúdos adequando sua
prática aos desafios postos, propiciando superação destes. Qualidade buscada através
da formação continuada, utilização de materiais de apoio (além do livro didático), da
pesquisa, do planejamento, sendo assim, deve ser ele mesmo a expressão viva do
“aprender a aprender”. Por tão importante função merece ser valorizado e melhor
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remunerado - uma luta que deve ser associada ao trabalho escolar, por meio do
Conselho Escolar e eventos abertos à comunidade, na área artística, cultural e
esportiva. Busca de parcerias com empresas da região para implantar projetos voltados
a formação e a vida do aluno.
Uma proposta de trabalho adotada por nossa escola é o projeto com as datas
comemorativas onde cada professor dentro de sua disciplina, elabora uma pesquisa e
apresenta através de painéis os resultados obtidos pelos alunos. Estas apresentações
também podem abordar outras metodologias, como teatro, exposições de maquetes
entre outros. Desta forma, estimula-se a curiosidade científica e de uma forma
prazerosa estará sendo realizada a construção do saber, motivando e valorizando a
produção discente.
A qualidade da educação também estará atrelada às demais instâncias de
representação, como Grêmio Estudantil, APMF e Conselho Escolar, participando de
forma efetiva nas decisões escolares, não de forma colaborativa, mas trabalhando
junto e propagando o valor de nossas conquistas.
3.3.3 Os desafios a curto, médio e longo prazo
Para uma escola pública que responda às necessidades sociais é inadiável
enfrentar os mais imediatos desafios, tais como:
- Orientar as ações com base em pressupostos éticos entendendo que a
sociedade vive uma crise de valores no que tange ao convívio social, à manutenção da
paz, o respeito aos direitos humanos.
- Preparar o aluno para que se torne capaz de fazer intervenções na sociedade
no sentido de superar as desigualdades sociais.
- Atuar diretamente em problemas da comunidade, buscando trazer a
comunidade também para colaborar nas dificuldades enfrentadas cotidianamente
dentro da escola.
- Construir a identidade e a autonomia da escola.
- Criar condições para que os professores, alunos e funcionários, atuem de
modo responsável e comprometido com a função social da escola. Construindo uma
organicidade coletiva.39
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Esses desafios implicam a quebra de muitos paradigmas relacionados à função
da Escola na sociedade e remetem para a educação a condição de libertação do
homem. O direito à liberdade, à justiça e à dignidade é condição indispensável para a
construção de uma nova ordem social.
Nessa perspectiva, a educação escolar é um espaço fundamental para a
formação do cidadão pleno, sujeito consciente, com visão crítica e, sobretudo, atuante
na sociedade.
Mobilizar-se nessa direção significa condenar toda e qualquer ação que implica
em exploração do Ser Humano e atuar para humanização no cotidiano escolar.
3.3.4. Metas
O Colégio Cruzeiro do Sul insere-se dentro desta sociedade complexa, que
exige a formação de um ser crítico e integrado, com habilidades individuais
diversificadas e com profundo senso do coletivo. Formar o estudante com estas
perspectivas é uma das muitas metas que devemos ter diante de nós.
Para que possamos educar, necessitamos estar atentos às causas que levam o
estudante a ser indisciplinado, a desanimar, a não investir e a não confiar em si
mesmo.
Por isso, precisamos ser agentes também da auto-estima, que deve ser o
veículo propulsor dos elementos principais que o fazem vitorioso. O estudante não vive
isolado do resto do mundo, é influenciado pelo mundo que o cerca e do qual tira suas
referências.
A Comunidade escolar está inserida no mesmo universo das mudanças, das
exigências, das concorrências e até mesmo das exclusões. Entende que cada membro
dessa comunidade faz parte do todo, e tem suas responsabilidades, obrigações,
direitas e deveres, cada um deve procurar cumprir com responsabilidade o que lhe
corresponde. Nas diferenças de cada tarefa empreendida e realizada está a riqueza
que pretendemos entregar ao nosso educando.
Compreendemos o educando, em qualquer nível como pessoa em
desenvolvimento, sujeitos da sociedade que se transformam mediante os
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conhecimentos adquiridos que os conduz ao caminho seguro e inequívoco da
humanização.
Entretanto, para que as nossas metas sejam alcançadas, é preciso fazer
algumas considerações práticas, que fazem com que a nossa força educativa esteja
em baixa, ao se julgar pelo nível dos resultados que vemos. Os educandos precisam
de uma educação sólida, com elementos que os ponham em condições de igualdade
para atuar no mundo do trabalho e, assim, atuar positivamente na sociedade.
Questões como a falta de professores, falta de interesse do aluno, entre outras,
são fatos que nos levam a concluir que o trabalho docente carece de maior
comprometimento, até mesmo para otimizar e oportunizar mais ao aluno o senso crítico
diante da realidade e desenvolver mais o potencial de cada educando.
O Colégio Estadual Cruzeiro do Sul pretende que seus alunos sejam
participantes e sujeitos da realidade: que disponham dos conhecimentos científicos,
que façam uso da tecnologia, que apliquem seus conhecimentos nos problemas
cotidianos. E pretende mais: que sejam pessoas felizes, fraternas, solidárias. Capazes
de transformar a realidade, de torná-la mais humana.
A interação entre pais, alunos, professores e funcionários, onde cada um tem
um papel diferenciado a cumprir é que se encontra a riqueza que representa o
encontro de posturas, opiniões e avaliações na qual a escola cresce. A escola exerce
seu papel educativo compondo-se como espaço organizado institucionalmente,
baseado no respeito e na confiança entre suas partes. A escola encontra-se aberta à
participação de todos os segmentos e, desta forma, institui canais privilegiados de
comunicação de forma a garantir que todos possam se expressar livremente.
Compreendendo a criança, o adolescente e o adulto como pessoas em
desenvolvimento e como sujeitos de direitos humanos, civis e sociais, a escola propõe-
se a ser um espaço de vida, onde os alunos possam desenvolver-se plenamente.
No trabalho do dia a dia, busca colocar na prática este sonho. Sonho possível,
de realidade em que ética e respeito sejam valores maiores, respeitados e exercidos
por cada cidadão que forma um conjunto completo de uma sociedade sadia e segura
de suas responsabilidades.
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3.3.5 Organização do espaço-tempo escolar
Na organização do espaço-tempo escolar, a partir do planejamento básico,
contemplar-se-á a flexibilização necessária a atender as demandas de nossa realidade,
determinando tempo para a realização de atividades pedagógicas organizadas, tais
como reuniões com os professores para reavaliar o processo de ensino aprendizagem
e os resultados de nossas ações; encontros para promover a integração entre escola e
comunidade; eventos culturais e científicos, como também desportivos e cursos de
formação continuada.
Sugere-se que estes eventos sejam organizados com antecedência dentro de
um cronograma pré-estabelecido de trabalho, para que não haja prejuízo do
conteúdo programado.5 A hora-atividade dos docentes deve propiciar o encontro de
diferentes disciplinas para a realização de projetos interdisciplinares, baseados em
uma temática comum6, como já ocorreu no ano de 2.005/2006, na Mostra Cultural do
Colégio Cruzeiro do Sul.
3.3.6 Formação Continuada dos Profissionais da Educação
A formação continuada dos professores, diretores, equipe pedagógica e
funcionários é direito que deve ser assegurado, portanto, a escola deve se organizar
para propiciar a todos os seus profissionais esse momento de formação.
Também inclui uma avaliação continua do desempenho dos docentes, dos
pedagogos e funcionários que pode acontecer nas reuniões mensais, onde serão
debatidos os problemas e as soluções coletivamente. Portanto, desenvolveremos
5 Os eventos não deveriam estar relacionados aos conteúdos programados? 6 As diferentes disciplinas envolvendo uma temática comum. Como se daria na prática esse projeto interdisciplinar? É bom lembrar que a interdisciplinaridade não é junção de conteúdos, mas sim uma questão de postura do professor. Interdisciplinaridade é trabalhar um conteúdo sob vários ângulos. É importante que os professores das diferentes disciplinas (ou mesmo da mesma disciplina, mas séries diferentes) planejem em conjunto, para elaborarem seus planos de trabalho, pois há conteúdos que se relacionam e podem ser tratados concomitantemente. O que não se recomenda é fazer projetos paralelos, ou seja, que exija do professor um tempo “a parte” para desenvolve-lo, ou que não esteja relacionado com o conteúdo programado para aquela série/turma.
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periodicamente a formação continuada dos profissionais da educação – professores,
diretores, pedagogos e funcionários analisando e discutindo as situações problemáticas
na busca de soluções apropriadas.
3.3.7 Papel e o trabalho do pedagogo
É importante destacar o papel do pedagogo na escola, que não pode ser
confundida com a de um inspetor que apenas trabalha para salvaguardar a disciplina. e
O pedagogo é compreendido como articulador e mediador do processo educacional
tendo o papel de mediador entre o pai, o aluno e o professor.
Desde o início do ano letivo o pedagogo deve deixar explicita para o coletivo da
comunidade escolar a proposta pedagógica, para que nos planejamentos bimestrais os
docentes sigam o eixo norteador, construindo assim, a identidade de nossa escola,
acompanhando e orientando este trabalho. Deve propor momentos de estudos
permanentes com o professor durante a hora-atividade do professor. , em dias
determinados durante a hora atividade destes.
Cabe a equipe pedagógica:
- Atuar junto ao professor, quando necessário, na elaboração e implementação de
planos especiais de ensino.
- Organizar atividades de formação continuada.
- Atender demandas burocráticas próprias da função e realizar acompanhamento
de projetos desenvolvidos na escola, entre outras tarefas.
- Apresentar para a comunidade escolar o projeto político-pedagógico, assim
como a proposta pedagógica curricular que devem ser o eixo norteador do
trabalho didático-pedagógico.
- Acompanhar e orientar os professores durante a hora-atividade propondo
momentos de estudos
3.3.8 Repetência e evasão
Coibir a evasão escolar é uma questão social, mas que pode ser superada
através de práticas educacionais coerentes e acolhedoras.43
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Primeiramente, faz-se necessário um diagnóstico correto da realidade da
comunidade escolar para então desenvolver ações propositivas da instituição. Práticas
pedagógicas inovadoras que despertem o interesse, o respeito, a compreensão. A
Escola não pode perder o seu caráter de referência social do educando, cabendo a
todos estabelecer relações de proximidade para que o aluno sinta-se inserido no grupo.
3.3.9 Equipamentos Pedagógicos
Com a implantação do laboratório de informática, pretende-se oferecer ao aluno
o contato com as novas tecnologias com objetivo de sociabilizá-los para o saber
tecnológico, através de instrumentos e instruções especializadas. Necessita-se,
também, de um profissional qualificado para operar e administrar esses equipamentos
para que sua utilização tenha um caráter educacional. O Laboratório de Informática é
mais um instrumento de apoio para o trabalho do professor, que poderá fazer uso de
novas tecnologias para melhorar o processo de ensino-aprendizagem.
- Oportunizar aos alunos e professores o contato com as novas tecnologias tendo
por objetivo socializar o saber tecnologia através dos instrumentos e instruções
especializadas. Para isso, é necessário que busquemos, junto aos setores
oficiais, um profissional qualificado para administrar e operar esses
equipamentos.
3.3.10 Inclusão Escolar
Somos todos diferentes. Cada um de nós possui características próprias,
dispostas em nosso genoma e que são desenvolvidas em um meio distinto sob
condições específicas, portanto, a diversidade é uma característica inerente ao ser
humano, seja ela de ordem física, cultural ou social.
A socialização desta diversidade se dá em todo tempo e espaço de vida e
acontece com os mais diferentes propósitos, podendo ela servir como celebração das
diferenças num sentido de complementação onde se busca a harmonia, ou de modo
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inverso, com exploração, expropriação de direitos, seguindo critérios pré-estabelecidos,
onde se busca a padronização.
Para combater a discriminação e exclusão, o Colégio Estadual Cruzeiro do Sul,
estabeleceu como parâmetro de trabalho a busca pela harmonia e a luta contra a
ditadura estabelecida pelos padrões do neoliberalismo, que exclui e estratifica a
sociedade.
A pedagogia inclusiva direciona-se a todos que de uma forma ou de outra
sofrem com a expropriação de oportunidades educativas abordando não apenas os
portadores de algum tipo de deficiência, mas também aqueles que encontram-se as
margens do sistema, não possuindo condições satisfatórias ao desenvolvimento
cognitivo.
Pretendemos alcançar esta meta através de um trabalho diferenciado,
iniciando-se através do diagnóstico do corpo discente, reconhecendo as
potencialidades e os limites. O planejamento será baseado neste trabalho partindo da
realidade, suprindo as necessidades, com vistas à superação das condições pré-
existentes, pressupondo um trabalho cooperativo, democrático e dinâmico.
O professor que desenvolve este trabalho em sala de aula deverá contar com
apoio, tanto da Equipe Pedagógica como de auxílio especializado sempre que se fizer
necessário. Também é importante mencionar que capacitação adequada é
fundamental, representando uma bandeira de luta em destaque.
A avaliação na escola inclusiva tem como função melhorar as condições do
trabalho pedagógico, portanto não pode significar um “hanking” de notas, tampouco
uma taxação ou ainda punição. Deve estar presente no cotidiano escolar como
elemento de reflexão, apontando tanto ao professor quanto ao aluno, as dificuldades
encontradas e os sucessos obtidos. Isso requer muitas vezes, uma forma
individualizada de análise, principalmente nos casos de alunos portadores de
necessidades especiais.
É importante que seja garantida a verdadeira inclusão, isto é, que sejam
atendidos os requisitos básicos para a implementação desta política educacional,
partindo da conscientização e envolvimento da comunidade escolar na organização do
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trabalho interno como na luta por uma justa condição de trabalho promovida pela
mantenedora.
3.3.11 Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico
Como o trabalho pedagógico deve organizar-se com base em nossos alunos,
então nosso projeto deverá estar em constante mudança e aperfeiçoamento. Não é
algo para ficar arquivado, pronto e acabado.
A organização do trabalho pedagógico inclui o trabalho do professor na dinâmica
da sala de aula. Nesse sentido, optamos por nos alicerçar nos pressupostos da
Pedagogia histórico-crítica, que a nosso ver está na linha progressista e
compromissada em buscar soluções para os problemas da educação e do ensino na
escola.
Como o Projeto Político Pedagógico busca a qualidade do processo vivido na
Escola, não podemos simplesmente reproduzir determinações impostas, o primordial é
o aluno adquirir uma base sólida de conhecimentos para ter instrumentos e conseguir
posicionar-se de forma crítica em nossa sociedade, onde possam se estabelecer. Por
isso, não defendemos uma avaliação classificatória, excludente, portanto, não
podemos mais aceitar uma escola, onde o professor finge que está ensinando e o
aluno finge que está aprendendo.
Nossa preocupação não é fazer o aluno “passar de ano” e sim contribuir para
que este apreenda conhecimentos que o emancipe amplie sua capacidade de
compreender, interpretar, analisar, atuar; enfim, que possa interagir crítica e
produtivamente com o mundo no qual vive. A escola não deve estar preocupada com
índices oficiais e sim com a efetiva aprendizagem de seus alunos, que possibilite ao
aluno de escola pública lutar pelo seu espaço na sociedade e essa luta dever ser justa
e igualitária. Desse modo, cabe à escola ofertar as ferramentas necessárias para esse
aluno se posicionar na sociedade.
A revisão permanente dos rumos traçados pela comunidade escolar é que
dimensiona o processo e os resultados da prática educativa. Portanto, a análise,
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reflexão e aprofundamento deverão ser constantes. A intenção é voltarmos a discutir
esse documento após o término do 1º semestre.
(CALADO,1999) diz, “mostra-me a qualidade do teu cotidiano e dir-te-ei que
mundo e que sociedade sonhas construir”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PROPOSTA PEDAGOGICA CURRICULAR4. MATRIZ CURRICULAR
4.1 ENSINO FUNDAMENTAL
NRE 09 CURITIBA MUNÍPICIO: 0690- CURITIBAESTABELECIMENTO: 05144- CRUZEIRO DO SUL. C.E.E.FUND.MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. CURSO: 4000 – ENS.FUNDAMENTAL 5/8 SÉRIE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006- SIMULTÂNEA MODULO 40 SEMANAS
BASE
NACIONAL
COMUM
PD
ÁREA DE CONHECIMENTO
DISCIPLINAS/ SÉRIE
5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE
LINGUAGENS
CÓDIGOS E SUAS
TECNOLOGIAS
LÍNGUA PORTUGUESA
4 4 4 4
ED.ARTÍSTICA 2 2 2 2
ED.FÍSICA 3 3 3 3
CIENCIAS DA NATUREZA,
MATEMÁTICA E SUAS
TECNOLOGIAS
MATEMÁTICA 4 4 4 4
CIENCIAS3 3 3 3
CIÊNCIAS
HUMANAS E
SUAS
TECNOLOGIAS
HISTÓRIA 4 4 3 4
GEOGRAFIA 3 3 4 3
ENSINO RELIGIOSO*
1 1 - -
SUB – TOTAL 23 23 23 23
L.E.M.-INGLÊS
2 2 2 2
SUB – TOTAL 2 2 2 2
TOTAL25 25 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LEI 9394/96
• * NÃO COMPUTADAS NAS 800 HORAS MÍNIMAS
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4.2. ENSINO MÉDIO POR BLOCOS DE DISCIPLINAS SEMESTRAIS
1ª SÉRIEBLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .
BIOLOGIA 04 ARTE 04ED FÍSICA 04 FÍSICA 04FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06LEM 04 SOCIOLOGIA 03LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04Total Semanal 25 Total Semanal 25
2ª SÉRIEBLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .
BIOLOGIA 04 ARTE 04ED FÍSICA 04 FÍSICA 04FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06LEM 04 SOCIOLOGIA 03LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04Total Semanal 25 Total Semanal 25
3ª SÉRIEBLOCO 1 H. A . BLOCO 2 H. A .
BIOLOGIA 04 ARTE 04ED FÍSICA 04 FÍSICA 04FILOSOFIA 03 GEOGRAFIA 04HISTÓRIA 04 MATEMÁTICA 06LEM 04 SOCIOLOGIA 03LÍNGUA PORTUGUESA 06 QUÍMICA 04Total Semanal 25 Total Semanal 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LEI 9394/96
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5. ENSINO DA ARTE
5.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação católica
denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa,
indígena e africana, uma educação de tradição religiosa cujos registros dos indígenas
se davam com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica, literatura,
música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Ensinava-se a arte ibérica da
Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se, também, as manifestações artísticas
locais.
Esse contexto foi importante na constituição da matriz cultural brasileira e manifesta-
se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música caipira em sua forma
de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola); no folclore, com as Cavalhadas em
Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa, entre
outras que permanecem com algumas variações.
No Paraná, foi fundado o Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná,
que seguia o currículo do Colégio Pedro II, e a Escola Normal (1876), atual Instituto de
Educação, para a formação em magistério. Em 1886, foi criada por Antonio Mariano de
Lima a Escola de Belas Artes e Indústrias que desempenhou um papel importante no
desenvolvimento das artes plásticas e da música na cidade; dessa escola, foi criada,
em 1917, a Escola Profissional Feminina, que oferecia, além de desenho e pintura,
cursos de corte e costura, arranjos de flores e bordados, que faziam parte da formação
da mulher. O ensino de Arte passou a ter, então, enfoque na expressividade,
espontaneísmo e criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essa concepção
foi gradativamente incorporada para o ensino de outras faixas etárias. Apoiou-se muito
na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na
individualidade, inspiração e sensibilidade, o que rompia com a transposição
mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional.
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Pela primeira vez uma tendência pedagógica – Escola Nova – centrava sua ação
no aluno e na sua cultura, em contraposição às formas anteriores de ensino impostas
por modelos que não correspondiam ao universo cultural dos alunos, como por
exemplo, a arte medieval e renascentista dos Jesuítas sobre a arte indígena; ou a
cultura neoclássica da Missão Francesa sobre a arte colonial e Barroca, com
características brasileiras.
No Paraná, houve reflexos desses vários processos pelos quais passou o ensino
de Arte, como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e, entre eles,
artistas, que vieram com novas ideias e experiências culturais diversas, como a
aplicação da Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o
desenvolvimento da sociedade. As características da nova sociedade em formação e a
necessária valorização da realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se
tornar disciplina escolar.
Entre os artistas e professores que participaram desse momento histórico
destacaram-se Mariano de Lima, Alfredo Andersen, Guido Viaro, Emma Koch, Ricardo
Koch, Bento Mossurunga e outros considerados precursores do ensino da Arte no
Paraná. Emma Koch, durante a gestão de Erasmo Piloto como Secretário de Estado da
Educação e Cultura do Paraná, participou da criação do Departamento de Educação
Artística nessa Secretaria e propôs a instituição de clubes infantis de cultura e de
assistência técnica às escolas primárias. Em 1957, participou da elaboração de uma
concepção teórico-metodológica para a Escola de Arte do Colégio Estadual do Paraná
(CEP).
Neste contexto de mudanças e avanços no ensino de arte, ressaltamos ainda que
foi sancionada pelo Presidente da República a lei 8 que estabelece no currículo oficial
da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e
Indígena”. Para o ensino desta disciplina significa uma possibilidade de romper com
uma hegemonia da cultura europeia, ainda presente em muitas escolas.
A Arte é uma das formas de expressão e de organização social. Reflete a cultura de
um povo através de suas manifestações artísticas e o momento histórico em que está
situado. O ensino da Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa a
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fazer parte do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída
historicamente e em constante transformação. Tendo como referencial as Diretrizes
Curriculares e visando pensar o aluno como um sujeito histórico e social, a disciplina de
Arte para o Ensino Fundamental tem como elementos basilares a arte e a cultura e a
arte e a linguagem. No Ensino Médio são apontadas três interpretações fundamentais
da arte: arte e ideologia, arte e o seu conhecimento e arte e trabalho criador. Essas
abordagens da arte norteiam e organizam a metodologia, a seleção dos conteúdos e a
avaliação na prática escolar.
- O Objeto de estudo da disciplina de Arte
Conhecimento estético: O conhecimento teorizado sobre a arte, produzido pelas
ciências humanas, como filosofia, sociologia, psicologia, antropologia e literatura.
Conhecimento artístico: O conhecimento do fazer artístico e do processo criativo.
São as formas de organização e estruturação do trabalho artístico.
Conhecimento contextualizado: O contexto é o conhecimento estético e artístico do
aluno e da comunidade em que está inserido e sua relação com o conhecimento
sistematizado em arte. Outra dimensão do contexto é o estudo da origem histórica e
social do conhecimento especifico da arte. Este contexto deve ser compreendido como
resultado de experiências sociais dos sujeitos históricos produtores do conhecimento.
5.2 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
As diferentes formas de pensar a Arte e o seu ensino são constituídas nas relações
socioculturais, econômicas e políticas do momento histórico em que se desenvolveram.
Nesse sentido, as diversas teorias sobre a arte estabelecem referências sobre sua
função social, tais como: da arte poder servir à ética, à política, à religião, à ideologia;
ser utilitária ou mágica; transformar-se em mercadoria ou simplesmente proporcionar
prazer. Nessa introdução dos fundamentos teórico-metodológicos, serão abordadas as
formas como a arte é compreendida no cotidiano dos estabelecimentos de ensino e
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como as pessoas se defrontam com o problema de conceituá-la. Tal abordagem se
embasará nos campos de estudos da estética,da história e da filosofia.
Arte como mímesis e representação
As mais antigas interpretações da arte foram desenvolvidas na Grécia Antiga,
a partir das ideias do filósofo grego Platão, nascido em Atenas (427 a 347 a.C.) e
têm por definição que arte é mimeses (imitação).
Entretanto, convém lembrar que “a mímesis não é uma operação ingênua, idêntica
em todas as épocas e para todos os povos. Conhecer quem mimetiza, como, onde e
quando, não é uma informação externa [ou acessória], mas inerente [e essencial] ao
discurso sobre o realismo na arte” (BOSI, 1991, p. 31). Isso implica que, em diferentes
contextos históricos, a ênfase na mímesis no campo das artes tem características
diversas e atinge objetivos diferenciados, tais como:
• servir para acomodar a percepção a uma visão de mundo específica;
• exaltar determinados valores;
• amortecer a sensibilidade, predispondo o indivíduo a aderir aos interesses da classe
social hegemônica;
• cercear ímpetos revolucionários de qualquer ordem, tanto no âmbito social quanto no
econômico ou no político, etc.
Assim, mesmo de modo não consciente, essa concepção auxilia na formação de in-
divíduos submissos ao sistema vigente, seja qual for, e aos modelos existentes. Por ex-
tensão, favorece o espírito de submissão à realidade tal e qual está posta/ imposta,
como se a história e a sociedade fossem estáticas, modelos prontos a serem conheci-
dos/reproduzidos. A partir dessa concepção, cabe à educação tão somente promover o
ajustamento do sujeito que deve achar seu lugar na sociedade e resignar-se. Nega-se,
então, a possibilidade de conhecer a realidade para somar na sua construção, de modo
a superá-la e transformá-la.
Arte como expressão
Com os filósofos e artistas românticos do final do século XVIII, a concepção de Arte
mudou de perspectiva e se contrapôs ao modelo fundamentado na representação fiel
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ou idealizada da natureza. Passou, então, a ser considerada obra de arte toda expres-
são concretizada em formas visível/audível/dramática ou em movimentos de sentimen-
tos e emoções. O movimento romântico defendia que a Arte deveria libertar-se das limi-
tações
das concepções anteriores – mímesis e representação – e, ao mesmo tempo, desloca-
va para o artista/criador a chave da compreensão da Arte.
Na Arte como expressão, destacaram-se filósofos, artistas plásticos, músicos e es-
critores que, em muitas de suas obras, apresentam ou representam características ro-
mânticas, tais como Kant, Tolstoi, Van Gogh, Edward Munch, Goethe, Ibsen,Wagner,
entre outros.
Assim, uma importante função da Arte foi a de revelar as contradições da socieda-
de, prestando-se desse modo a uma crítica social que representava os conflitos sociais
internalizados e expressos artisticamente pelos sujeitos criadores. Essa ideia de Arte
como expressão consolidou-se no ensino com a pedagogia da Escola Nova, que era
centrada no aluno. O encaminhamento metodológico no ensino da Arte passou a priori-
zar atividades práticas (fazer) ancoradas na espontaneidade (o que reduzia as aulas,
muitas vezes, ao espontaneísmo) para assegurar o desenvolvimento da imaginação e
da autonomia do aluno. Assim, o aluno alcançaria a realização pessoal a partir de ativi -
dades de expressão artística que valorizam a imaginação e a criatividade, o que pres-
supõe a produção em Arte, fruto de um dom nato.
Arte como técnica (formalismo)
Outra concepção de Arte a ser analisada é o formalismo que se vinculou à pedago-
gia tecnicista dos anos de 1970 e ainda está presente na prática escolar. O formalismo
na Arte supervaloriza a técnica e o fazer do aluno e tem origem num movimento artísti-
co do início do século XX. No formalismo considera-se a obra de Arte pelas proprieda-
des formais de sua composição.
Identifica-se a concepção formalista em afirmações como as seguintes:
“Coloque o chão (uma base) na figura para ela não ficar voando!”;
“Esse quadro é uma verdadeira obra-prima devido à harmonia e ao equilíbrio
da composição!”;
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“A música da Bossa Nova é complexa e rica devido à organização dos seus
acordes!”;
“Essa dança não tem qualidade porque não está bem sincronizada!”.
Nas Diretrizes, tratar das concepções da arte como imitação e representação, arte
como expressão ou arte como forma significante tem por objetivo auxiliar o professor
no importante processo de reflexão e avaliação de sua prática, o que significa pensar
em que medida tais concepções se fazem presentes nas suas aulas, no dia-a-dia da
escola, bem como nas implicações que tal fato terá no processo educativo dos seus
alunos.
ARTE NA EDUCAÇÃO BÁSICA
O ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da
Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos,
os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta. Por isso,
desde o início as discussões coletivas para a elaboração destas diretrizes curriculares
pautaram-se em um diálogo entre a realidade de sala de aula e o conhecimento no
campo das teorias críticas de Arte e de educação.
O conhecimento estético e o conhecimento da produção artística, são campos concei-
tuais para a construção do conhecimento em Arte, materializada nas representações
artísticas.
Nas aulas de Arte, os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise his-
tórica, abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de manei-
ra crítica, o que permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas di-
mensões cognitivas e possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdades
e injustiças. Para que o processo de ensino e aprendizagem se efetive é necessário,
ainda, que o professor trabalhe a partir de sua área de formação (Artes Visuais, Músi-
ca, Teatro e Dança).
Arte como fonte de humanização
O enfoque dado ao ensino de Arte na Educação Básica funda-se nos nexos históri-
cos entre arte e sociedade.
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5.3 OBJETIVO GERAL DO ENSINO DA ARTE
Tornar o aluno consciente de sua existência individual e social para interpretar o
mundo e a si mesmo através da arte, promovendo a leitura de mundo, estimulando-o a
refletir com o objetivo de ampliar as suas possibilidades de fruição e expressão
artística. Possibilitar a apropriação do conhecimento estético e contextualizado,
interpretando a arte na sociedade como ideologia, como conhecimento e como trabalho
criador.
5.4 CONTEÚDOS DO ENSINO DA ARTE
Quando buscamos definir um novo papel para a Arte na Escola, é importante ter
clareza da dificuldade de sua definição e da diversidade teórica relacionada a ela. Não
há um dizer único e universal sobre a Arte e, portanto, estamos sempre na situação de
ter de fazer várias opções teóricas para sustentar nossas propostas curriculares e
metodológicas.
Ensino Fundamental:
Arte e Cultura: A articulação da arte com a cultura, nessa proposta, implica em
propiciar ao aluno reflexões a respeito da diversidade cultura, possibilitar leituras dos
signos artísticos existentes na herança cultural e na cultura de massa, bem como,
promover discussões sobre a indústria cultural e compreender de que forma esta
interfere na sociedade e censura as produções/manifestações com as quais os sujeitos
identificam -se.
Arte e Linguagem: A associação da arte com a linguagem permitem ao aluno
perceber e interpretar os valores sócio-culturais expressos nas
produções/manifestações representadas em forma de bens materiais e imateriais das
linguagens das artes visuais, da dança, da música e do teatro. Na escola, a
organização dessa disciplina estará pautada em três conteúdos estruturantes:
elementos básicos, produções/manifestações e elementos contextualizadores. Abordar
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arte articulada com a cultura e a linguagem permite ainda visualizar com maior
amplitude o objeto de estudo da disciplina de Arte que é composto pelos
conhecimentos estético, artístico e contextualizado.
Ensino Médio:
Arte e Ideologia: A arte é produto de um conjunto de ideias, crenças e doutrinas
próprias de uma sociedade, de uma época ou de uma classe. A arte não é só ideologia,
porém, ela está presente nas produções artísticas.
Arte e o seu conhecimento: A arte é organizada e estruturada por um conhecimento
próprio, ao mesmo tempo possui conteúdo social, que tem como objeto o ser humano
em suas múltiplas dimensões.
Arte e trabalho criador: A arte é uma forma de trabalho onde ao criar o ser humano
se recria, constituindo-se como ser que toma posição ante o mundo. O trabalho
artístico além de representar, objetivamente ou não, uma dada realidade constitui-se,
em si mesma, numa nova realidade. Sem a criação e o trabalho, a arte deixa de ser
arte e não há aprendizagem. O educando precisa passar pelo fazer artístico.
5.5 CONTÉUDOS ESTRUTURANTES
Ensino Fundamental:
Elementos Básicos das Linguagens Artísticas: Este conteúdo estruturante estará
presente em todas as linguagens artísticas, desdobrando-se em conteúdos específicos
em cada uma delas. O artista/autor organiza elementos da(s) linguagem(s), visando a
criação artística; gerando signos que possibilitam a interpretação para o
espectador/fruidor.
Produções/manifestações artísticas: Esse conteúdo estruturante também vai estar
presente em todas as linguagens artísticas, configurando-se na organização e
articulação dos elementos básicos das mesmas, na forma de composição,
improvisação ou interpretação, ou seja, nas produções/manifestações percebidas pelos
sentidos humanos.
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Elementos Contextualizadores: Ampliam e aprofundam a apreensão do objeto de
estudos. Abrangem a contextualização histórica (social, política, econômica e cultural),
autores/artistas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias correntes artísticas e as
relações identidárias (local/regional/global) tanto do autor, como do aluno com a obra.
Ensino Médio:
Elementos Formais
Composição
Movimentos e Períodos
5.6 SERIAÇÃO
Ensino Fundamental
5ª série – Artes Visuais: elementos da linguagem visual, noções básicas de
ponto, linha, plano, cor, textura, luz, volume. Arte paranaense e brasileira, Arte na pré-
história, Arte Africana, Cubismo, abstracionismo, Fauvismo, Impressionismo ( e outros,
conforme a necessidade do professor). Música: elementos formadores do som:
percepção de sons, percussão, sopro, corda, altura, intensidade. Teatro: expressão
fisionômica e corporal, personagem, jogos dramáticos, fábulas,folclore. Dança: danças
circulares, folclóricas, espaço e ritmo.
6ªsérie – Artes Visuais: aprofundamento do estudo dos elementos da
linguagem visual, enfatizandos através do desenho, noções de perspectiva, HQ’s,
releitura de obras. Arte na Antiguidade, Arte Oriental (Mangá), Arte Paranaense e
brasileira, Renascimento, Pop Art, Op Art ( e outros, conforme necessidade do
professor). Música: elementos formadores do som: altura, intensidade, duração,
percussão, sopro, corda, melodia. Teatro: expressão fisionômica e corporal, jogos
dramáticos, enredo, representação, folclore. Dança: danças circulares, folclóricas,
espaço, tempo, ritmo.
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7ª série – Artes Visuais: aprofundamento do estudo dos elementos da
linguagem visual, enfatizando as cores (monocromia, policromia, círculo cromático,
etc), gravura. Arte Paranaense e brasileira, Arte Cinética, Romantismo, Surrealismo,
Expressionismo ( e outros, conforme a necessidade do professor). Música: elementos
formadores do som (altura, intensidade), improvisação. Teatro: jogos dramáticos,
gêneros e histórico teatral (inclusive no Brasil). Dança: profissionais da dança (o
professor, o coreógrafo, os bailarinos, os produtores, etc.) Danças populares.
8ª série – Artes Visuais: aprofundamento do estudo dos elementos da
linguagem visual, logotipo, logomarca, publicidade, signos, grafitti. Barroco,
abstracionismo, Pop Art, Dadaísmo, Cubismo, Renascimento ( e outros, conforme
necessidade do professor). Música: histórico da música e seus gêneros, harmonia,
melodia. Teatro: jogos dramáticos, gêneros e histórico teatral (inclusive no Brasil).
Dança: histórico da dança, movimento corporal.
Ensino Médio
1º Ano: Pré-história ao Barroco ( incluindo o Brasil e culturas orientais).
2º Ano: Neoclassicismo a Arte Moderna ( incluindo o Brasil, o Paraná e culturas
orientais).
3º Ano: Arte Contemporânea e novas tendências ( incluindo o Brasil, o Paraná,
e culturas orientais) . Cinema / Indústria Cultural.
Observando:
- Destacar a arte paranaense e brasileira dos períodos estudados;
- Fazer analogias constantes com a atualidade ( exemplo: arte rupestre – grafitti
como forma de arte – o hip-hop);
- Inserir nos planejamentos o trabalho de pesquisa e leitura de notícias
atualizadas (revistas, jornais, sites, etc.);
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- Utilização de tecnologias: visitas virtuais, jogos interativos, etc., e suas co-
relações com o assunto abordado.
5.7 CONTÉUDOS BÁSICOS E ESPECÍFICOS
Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para cada
série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, considerados im-
prescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas disciplinas da
Educação Básica. A formação do professor dará sustentação para elaboração do plano
de trabalho e para o desenvolvimento da prática docente, de modo a abordar outras
áreas da disciplina de Arte, bem como outras disciplinas do currículo.
O desenvolvimento dos conteúdos em cada série deve pautar-se no conteúdo estru-
turante “Composição” e seus desdobramentos. Este conteúdo, como eixo central, dire-
ciona o olhar para determinados “elementos formais” e “movimentos e períodos” que,
ao serem abordados e estudados, aprofundam a compreensão e a apropriação do co-
nhecimento em Arte. Os conteúdos estão organizados de forma que compõem uma
unidade. Para isso foram selecionados enfoques a serem aprofundados em cada série
para todas as áreas.
Ensino Fundamental:
Artes Visuais: Contextualização histórica; Autores/artistas; Gêneros; Estilos;
Técnicas; Correntes artísticas; Relações identidárias locais /regionais/ globais.
Dança: Contextualização histórica; Artistas / Autores; Gêneros; Estilos; Técnicas;
Correntes artísticas; Relações identidárias locais/ regionais / globais.
Música: Contextualização histórica Autores/ artistas; Gêneros; Estilos;Técnicas,
Correntes artísticas; Relações Identidárias locais/ regionais/ globais.
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Teatro: Contextualização histórica Autores/ artistas; Gêneros; Estilos; Técnicas,
Correntes artísticas; Relações Identidárias locais/ regionais/ globais.
Ensino Médio:
Elementos Formais: Elementos da cultura observados nas produções humanas e na
natureza, sendo matéria prima para a produção artística e o conhecimento em arte. Por
exemplo: ponto (Artes Visuais), duração (Música), personagem (Teatro), movimento
corporal (Dança), entre outros.
Composição: É a produção artística que acontece por meio da organização e dos
desdobramentos dos elementos formais. Por exemplo: tridimensional (Artes Visuais),
ritmo (Música), representação (Teatro), rotação (Dança), entre outros.
Movimentos e Período: É o conteúdo da História relacionado com o conhecimento
em arte. Ele tem por objetivo revelar o conteúdo social da arte por meio dos fatos
históricos, culturais e sociais que alteram as relações internas ou externas de um
movimento artístico. Por exemplo: renascimento (Artes Visuais), rap (música), teatro
pobre (Teatro), dança moderna (Dança), entre outros.
Tempo e Espaço: Tem dupla dimensão: è categoria articuladora, pois está presente
em todas as áreas e é também conteúdo específico. Por exemplo, na composição:
tridimensional (Artes Visuais), altura (música), cenografia (Teatro), coreografia (Dança),
entre outros.
5.8 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO ENSINO DA ARTE
Deve-se selecionar metodologias para que o aluno pense e reflita e construa o seu
conhecimento. A experiência do educando e sua cultura são referenciais importantes
na seleção de conteúdos pois os levam a construir sua identidade e cidadania.
Portanto, optar por conteúdos significativos, isto é, trabalhar com o conhecimento de
forma que o aluno tenha condições de lhe atribuir significado através do conhecimento
de relações, não só com outras áreas como também com sua experiência de vida. Ao
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abordar os conteúdos, procurar-se-á formas dinâmicas de modo que o aluno possa
problematizar e encontrar soluções criativas para as questões propostas. Incentivar o
trabalho em grupo e a troca de experiências e com os alunos conhecimentos.
Definir juntamente com os alunos temas que possam vir a se transformar em
projetos integradores com as várias disciplinas que mobilizem toda a classe. “A arte de
dirigir o espírito na investigação da verdade (FERREIRA, 1986) é o elemento da
pedagogia que está intimamente ligado à prática em sala de aula”. O método a ser
aplicado é “para quem, como, por que e o quê?” O trabalho em sala de aula deve-se
pautar pela relação que o ser humano tem com a arte, essa relação é de produzir arte,
desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras artísticas. No
espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. A metodologia do ensino da
arte contempla três momentos da organização pedagógica: o sentir e perceber, que
são as formas de apreciação e apropriação, o trabalho artístico, que é a prática criativa,
o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um
trabalho artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o aluno à formação de
conceitos artísticos.
Esses três momentos constituem uma totalidade; o trabalho em sala de aula poderá
iniciar por qualquer um deles, ou pelos três simultaneamente. O importante é que no
final das atividades (em uma ou várias aulas) com o conteúdo desenvolvido, todos
esses momentos tenham sido realizados com os alunos.
SENTIR E PERCEBER
É possibilitar aos alunos o acesso às obras artísticas de música, teatro, dança e
artes visuais para que os mesmos possam familiarizar-se com as diversas formas de
produção de arte. Este momento metodológico deve, também, envolver a apreciação e
apropriação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão estética. Na
análise da obra de arte deve-se perceber que o artista, no processo de composição de
sua obra, imprime na mesma sua visão de mundo, a ideologia a qual se identifica, o
sue momento histórico e outras determinações sociais.
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Para o trabalho com os produtos da indústria cultural é importante perceber os
mecanismos de padronização excessiva dos bens culturais, da homogeneização do
gosto e da ampliação do consumo.
CONHECIMENTO DA ARTE: Este é o momento privilegiado da cognição, onde a
racionalidade opera para apreender o conhecimento historicamente produzido sobre
arte. O conhecimento em arte, na perspectiva das Diretrizes materializa-se no trabalho
escolar com os conteúdos estruturantes (elementos formais, composição, movimentos
e períodos, tempo e espaço) da disciplina e como eles se constituem nas artes visuais,
dança, música e teatro.
A abordagem dos conteúdos (conhecimento) não deve ser feita como aula teórica e
sim estar contida no sentir e perceber e no trabalho artístico, pois o conhecimento em
arte se efetiva somente quando esses três momentos são trabalhados.
TRABALHO ARTÍSTICO: A prática artística (trabalho criador) é expressão
privilegiada do aluno e momento do exercício da imaginação e criação. A arte não pode
ser apreendida somente de forma abstrata; o processo de produção do aluno acontece
quando ele interioriza e se familiariza com os processo artísticos e humaniza os
sentidos. O trabalho com teatro pode ser iniciado, por exemplo, com exercícios de
relaxamento, aquecimento, personagem (expressão vocal, gestual, corporal e facial),
jogos teatrais e transposição de texto literário para texto dramático, pequenas
encenações construídas pelos alunos e outros exercícios cênicos.
O início deste encaminhamento é pelo trabalho artístico, mas em todos os
momentos é necessário tratar do conhecimento em arte, isto é, o aluno faz, mas sabe o
que e o porquê está fazendo, construindo, junto com o professor, esse conhecimento.
São fundamentais também, aulas teóricas sobre os conteúdos e movimentos artísticos
importantes da história do Teatro. Durante as aulas, é possível, também, solicitar aos
alunos uma análise das diferentes formas de representação na televisão e no cinema
(plano de imagens, formas de expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia).
Para complementar o momento “sentir e perceber”, são essenciais que os alunos
possam assistir a peças teatrais. O professor poderá solicitar um trabalho de análise da
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mesma (escrito na aula ou em casa posteriormente à apresentação) a partir de
questões como:
a) descrição do contexto, nome da peça, autor, direção, local, atores, período histórico
da representação;
b) análise da estrutura e organização da peça, tipo de cenário e sonoplastia,
expressões utilizadas com mais ênfase pelos personagens e outros trabalhados em
aula.;
c) análise da peça sob o ponto de vista do aluno, descrevendo sua percepção e
sentimentos ao assistir a peça.
Neste momento do sentir e perceber, o aluno estará no item (a) conhecendo o
contexto em que a peça foi produzida, no item (b), fará uma análise a partir do
conhecimento trabalhado em sala de aula e no item (c), estará fazendo uma análise
pessoal da peça, mediada pelo conhecimento em arte.
No conjunto desses trabalhos percebe-se que esses três momentos foram tratados
na seguinte ordem metodológica: trabalho artístico, conhecimento em arte e sentir e
perceber, mas em várias situações eles são simultâneos. Percebe-se também que
todos os conteúdos estruturantes, os elementos formais (personagem, ação), a
composição (representação, cenografia) os movimentos e períodos (história do teatro)
e o tempo e espaço (espaço cênico, atos, cenografia, música) – foram tratados de
forma orgânica.
5.9 CAMPOS DO CONHECIMENTO ARTICULADOR DA ARTE
a) História da Arte: A História da arte é uma das áreas de estudo da disciplina de
História tratada como fonte e documento histórico para pesquisa. Ela está articulada
com o conteúdo estruturante “movimentos e períodos”, que é o objeto da história que
esta mais intimamente relacionada à disciplina de arte. As categorias da História são
fundamentais para a compreensão da produção artística da humanidade,
principalmente “permanências e mudanças” para se trabalhar a arte paranaense e
brasileira.
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b) Semiótica: É uma ciência relativamente nova e entendida como a ciência geral da
representação, do signo ou a arte dos sinais. No mesmo campo, a semiologia é o
estudo dos sistemas dos signos e estuda conceitos como signo, veiculo do signo,
imagem (representação imagética), assim como significação e referência. Originaria
dos estudos de comunicação e linguística, a semiótica é importante para a análise de
qualquer fenômeno relacionado á transmissão e retenção de informação na linguagem,
na arte e em todas as outras formas de expressão. Em arte, a maioria dos estudos
semióticos, estão direcionados à análise da imagem (pintura, fotografia, cinema e
imagens do cotidiano) como signo, mas seus princípios também são aplicados na
dança, música e teatro.
c) Estética: Tradicionalmente, estética é entendida como o estudo racional do belo,
quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de
emoções e sentimentos que ele suscita no homem. Este conceito, que é o mais comum
de estética, é fundamentado na arte clássica e de sua relação com a natureza.
5.10. AVALIAÇÃO DO ENSINO DA ARTE
A avaliação se insere dentro do processo de aprendizagem. Mas antes do planeja -
mento ou avaliação deste processo é necessário que se conheça o que o aluno traz de
conhecimento sobre as formas artísticas. A concepção de avaliação para a disciplina
de Arte proposta nas Diretrizes Curriculares é diagnóstica e processual. É diagnóstica
por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é proces-
sual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica.
Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da
apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas
para o aluno. Ao ser processual e não estabelecer parâmetros comparativos entre os
alunos, discute dificuldades e progressos de cada um a partir da própria produção, de
modo que leva em conta a sistematização dos conhecimentos para a compreensão
mais efetiva da realidade. Portanto, o conhecimento que o aluno acumula deve ser so-
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cializado entre os colegas e, ao mesmo tempo, constitui-se como referência para o pro-
fessor propor abordagens diferenciadas.
A fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vá-
rios instrumentos de verificação tais como:
• trabalhos artísticos individuais e em grupo;
• pesquisas bibliográfica e de campo;
• debates em forma de seminários e simpósios;
• provas teóricas e práticas;
• registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual e outros.
Espera-se que o aluno, ao final da educação básica seja capaz de:
- Expressar-se utilizando conhecimentos da História da Arte;
- Vivenciar instrumentos e procedimentos variados em artes – visuais, dança, música e
teatro;
- Ter a percepção das várias possibilidades de expressão artística; Obter conhecimento
estético;
- Distinguir e respeitar as diferentes culturas dos diferentes povos, bem como suas
produções;
-Refletir sobre seu próprio trabalho e do outro e sobre os valores e maneiras de pensar
e ver o mundo;
- Apresentar capacidade de interpretação e representação;
- Apresentar criatividade na exposição dos temas;
- Analisar os processos ocorridos consigo e com os colegas.
6. ENSINO DE BIOLOGIA
6.1. CONCEPÇÃO DO ENSINO DE BIOLOGIA
Apresentação da disciplina:
A Ciência é uma produção humana sujeita as interferências, determinações e
transformações da sociedade , assim é imprescindível contextualizá-la historicamente
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para a compreensão do processo de construção dos conceitos relacionados com o
fenômeno VIDA.
A história da ciência mostra que tentativas de definir a vida tem origem na
antiguidade. Um dos principais pensadores, o filosofo Aristóteles deixou contribuições
relevantes quanto a organização dos seres vivos, com interpretações filosóficas que
buscavam explicações para a compreensão da natureza.
A igreja na idade média tornou-se poderosa tanto no aspecto religioso quanto
social, politico e econômico. O conhecimento do universo vinculado a um Deus criador
oficializado pela igreja transformou-o em dogma. Essa concepção permeou as
explicações sobre a natureza e considerava que “ tudo que não podia ser explicado,
visto ou reproduzido, havia uma razão divina; Deus era o responsável”.
(RAW,2002,p.13)
Ocorrendo a necessidade de organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento
produzido pelo o ser humano fez surgir as primeiras universidades, sistematizando o
conhecimento acumulado passando a discuti-lo de maneira distinta do que ocorria nos
centros religiosos. Nas universidades mesmo sobre influência da igreja as divergências
relativas aos estudos dos fenômenos naturais prenunciam mudanças de pensamento
em relação as concepções.
A história da ciência na renascença, foi marcado pelo confronto de ideias, alguns
naturalistas utilizaram o pensamento matemático para interpretar a ordem mecânica da
natureza(ROSSI, 2001), outros como os botânicos, realizavam seus estudos sobre o
enfoque descritivo. O número elevado de espécies vegetais despertaram maior
interesse pela a observação empírica e direta das plantas, representando a
preocupação dos naturalistas em descrever e ilustrar a natureza criada por Deus.
A descrição dos animais na zoologia desenvolveu-se de modo diferente da
botânica. Eram analisados de forma comparativa, com atenção maior a sua
organização na escala natural no que hoje se denomina de comportamento e ecologia.
A partir dos avanços tecnológicos, os estudos de zoologia desenvolveu mais
rapidamente, posteriores a 1800, com o desenvolvimento das técnicas de conservação
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dos animais que permitiram estudos anatômicos comparativos dando impulso a
sistemática animal e aperfeiçoando observações e descrições feita por Aristóteles.
Nesse período surgiram novos conhecimentos biológicos, entretanto muitos
naturalistas se mantiveram sob a influência do paradigma Aristotélico.
Diante de discussões sobre a classificação dos seres vivos por diversos
naturalistas Carl von Linné ( 1707 – 1778), propôs em sua obra Systema Naturae
(1735), organização dos seres vivos a partir de características estruturais, anatômicas
e comportamentais, mantendo a visão de mundo estático idêntico em sua essência á
criação perfeita do Criador (FUTUYMA, 1993,p.02).
Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia pela
comparação das espécies coletadas em diferentes locais, com a exploração empírica
da natureza pautada pelo método da observação e descrição, o que caracterizaria o
pensamento biológico descritivo.
6.1.1 Pensamento biológico mecanicista
Enquanto a zoologia, a botânica e a medicina trataram de explicar a natureza de
forma descritiva, no contexto filosófico discutia-se a proposição de um método científico
a ser adotado para compreender a natureza. Em meio as contradições, o pensamento
do filósofo Francis Bacon ( 1561-1626) contribui para uma nova visão de ciência,
recuperando o domínio do ser humano sobre a natureza.
Bacon, ao introduzir suas ideias sobre a aplicação prática do conhecimento,
propôs um procedimento de investigação que “ substitui a revelação mistica da verdade
pelo caminho no qual ela é obtida pelo controle metódico e sistemático da
observação”(FEIJÓ, 2003, p.18).
Nesse período o filósofo francês René Descartes ( 1596 – 1650) contrapõe o
pensamento baconiano considerando que “ o domínio e a compreensão do mundo
requerem a aceitação de um poder especial na mente que assegurava a verdade: a
razão humana”.
Em meio a mudanças no mundo filosófico o médico Willian Harvey (1578-1657)
que, segundo Descartes possuía uma visão de mundo baseada em uma filosofia
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mecanicista, publica a obra De Modus Cordis, em 1628 propondo um novo modelo
referente á circulação do sangue, resultante de experiências como o corpo humano.
Os embates teóricos tornaram-se mais evidentes com o questionamentos sobre
a origem da vida. As ideias sobre a geração espontânea aceitas pelos os naturalistas
até o século XIX começaram a ser contrariadas no século XVII, quando o físico
Francisco Red (1626 – 1698) entre outros, apresentou estudos sobre a biogênese.
O pensamento mecanicista reafirmou-se com a invenção e o aperfeiçoamento
de instrumentos que permitiram ampliar a visão anatômica e fisiológica. A Biologia
fracionou os organismos vivos em partes cada vez mais especializadas e menores com
o proposito de compreender as relações de causa e efeito no funcionamento de cada
uma delas.
6.1.2. Pensamento biológico evolutivo
Evidências sobre a extinção de espécies forjaram, no pensamento científico
europeu, a luz dos nossos achados, proposições para teoria da evolução em confronto
com as ideias anteriores.
No fim do século XVIII e inicio do século XIX, a imutabilidade da vida foi
questionada com as evidências do processo evolutivo dos seres vivos. Erasmus Darwin
acreditava na herança de características adquiridas, com essa crença produziu o que
decerto era uma emergente teoria da evolução, embora ainda deixasse muitas
questões sem resposta. Lamarc considerava a classificação importante porém artificial
por acreditar em uma “ seqüência natural”.
No início do século XIX o naturalista britânico Charles Darwin ( 1809-1882)
apresentou suas ideias sobre a evolução das espécies. Com Darwin a concepção
teológica criacionista compreendia as espécies como imutável desde sua criação deu
lugar á reorganização temporal dessas espécies, inclusive humana.
Para consolidar sua teoria sobre a origem das espécies por meio da seleção ou
favorecidas na luta pela vida, Darwin valeu-se de evidências evolutivas as quais foram
consideradas provas e suporte de suas concepções: “ o registro dos fósseis, a
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distribuição geográfica das espécies, anatomia e embriologia comparadas e a
modificação de organismos modificados”(FUTUYMA,1993,p.06).
Ainda assim, os mecanismos evolutivos foram alvo de discussões, Hull(1973)
apud Futuyama ( 1993) afirmou que, durante a vida de Darwin, a hipótese da seleção
natural foi compreendida por poucos e aceito por uma minoria.
As leis que regulam a hereditariedade, tal como foi proposto por Gregor Mendell
( 1822-1884) eram desconhecidos de Darwin. O modelo usado para explicar a
hereditariedade defendia a herança por misturas, nas quais patrimônios heterogêneos
dariam origem á homogeneidade entre indivíduos de uma mesma espécie, o que
reforçaria o fixismo.
Mendell em 1865 apresentou sua pesquisa sobre a transmissão de
características entre seres vivos baseado em conhecimentos desenvolvidos por outros
pesquisadores, acrescidos de sua formação matemática e com cuidados especiais no
planejamento e na execução das experiências, realizou diversos cruzamentos
utilizando diferentes organismos como vegetais da espécie Pisum Sativum (ervilhas).
A biologia fez grandes progressos no século XIX com a proposição da teoria
celular, a partir das descrições feitas por Mathias Scheleiden ( 1804-1881), em 1838 e
Thedor Schwann( 1810 – 1882) em 1839, afirmaram que todas as coisas vivas eram
compostas por células.
A nova geração geneticista no século XIX confirmou os trabalhos de Mendell e
contribuiu para construção de um modelo explicativo dos mecanismos evolutivos,
vinculados ao material genético, sob influência do pensamento biológico evolutivo.
6.1.3. O pensamento biológico da manipulação genética
Os estudos do geneticista Thomas Hunt Morgan ( 1866 – 1945) promoveu uma
re- significação do Darwinismo e deu força ao processo de unificação das ciências
biológicas. A biologia começou a ser vista como utilitária pela aplicação de seus
conhecimentos na medicina na agricultura e outras áreas.
Em meados de 1970, as discussões acerca do progresso da ciência, expuseram
a fragilidade da concepção de ciência ainda limitada a uma epistemologia empírica.
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Assim, a crise da ciência ficou exposta com a necessidade de rever o método
de construção do conhecimento científico. Nesse contexto a complexidade dos
problemas estudados pela a biologia exigiu modificações do método.
A biologia ampliou sua área de atuação e se diversificou. Tais avanços, sobre
tudo os relativos a bioquímica, a biofísica e a própria biologia molecular, permitiram o
desenvolvimento de inovações tecnológicas e interferiram no pensamento biológico
evolutivo.
Esses conhecimentos geram conflitos filosóficos, científicos e sociais e põem em
discussão a manipulação genética e suas implicações sobre o fenômeno VIDA, isso
contribui para que um novo modelo explicativo se constitua como base para o
desenvolvimento do pensamento biológico da manipulação genética.
6.2. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
A Biologia , como parte de processo de construção científica deve ser entendida
e compreendida como processo de produção do próprio desenvolvimento humano
( ANDERY,1988).
Compreendida assim é mais uma das formas de conhecimento produzido pelo
desenvolvimento do homem e determinada pelas necessidades materiais deste em
cada momento histórico.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino
Médio representam os modelos teóricos elaborados no esforço para entender, utilizar e
manipular os recursos naturais, uma busca constante de compreender o fenômeno
VIDA.
Portanto assim, a biologia deixa de ser apenas descritiva, contemplativa e passa
a ter caráter mais dialógico e crítico. Deixa de considerar apenas o saber elitista e
passa a valorizar também as vivências de modo a desconstruir as tradicionais
fronteiras entre cultura popular, erudita e de cultura de massa. O saber é algo em
construção, portanto mutável e não mais uma verdade absoluta à qual
obrigatoriamente se alcança quando se seguem os passos da metodologia científica.
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Os saberes constituem elementos que levam a superação de concepções anteriores,
de estereótipos e de pressões difusas da ideologia dominante.
A metodologia de ensino é, então influenciada pela filosofia da ciência e pelos
contextos históricos, políticos, social e cultural possibilitando a formação de sujeitos
críticos e atuantes e que percebem a ciência enquanto processo.
A utilização do método experimental surge como um momento de reflexão capaz
de permitir a construção do racional do conhecimento científico, com caráter de
superação. O professor e o aluno são sujeitos sócios- históricos e a autoridade do
professor resulta de sua competência em direcionar o processo pedagógico. È ele que
interfere e cria condições necessárias a apropriação do conhecimento.
Há necessidade de o professor assumir seu papel de mediador no processo de
ensino-aprendizagem, onde o aluno passe a uma posição ativa na construção de seu
próprio saber.
6.3. Avaliação
A avaliação em Biologia deve ser concebida e utilizada como um instrumento de
aprendizagem que permita fornecer um feedback adequado para promover o avanço
dos alunos. É preciso conceber a avaliação como prática emancipadora. Deste modo a
avaliação na disciplina de Biologia, passa a ser entendida como instrumento cuja
finalidade é obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática
pedagógica para nela intervir e reformular o processo de aprendizagem. Pressupõe-se
uma tomada de decisão, onde o aluno toma conhecimento dos resultados de sua
aprendizagem e organiza-se as mudanças necessárias.
Enfim, a avaliação como instrumento reflexivo prevê um conjunto de ações
pedagógicas pensadas e realizadas pelo professor ao longo do ano letivo. Professores
e alunos tornam-se observadores dos avanços e dificuldades a fim de superar os
obstáculos.
No Plano de Trabalho Docente, ao definir os conteúdos específicos trabalhados
naquele período de tempo, já se definem os critérios, estratégias e instrumentos de
avaliação. Os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de acordo
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com as possibilidades teóricas- metodológicas que oferecem para avaliar os critérios
estabelecidos É preciso diversificar os instrumentos para aumentar a possibilidade de
observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como: memorização,
observação, percepção. Descrição, argumentação, analise critica, interpretação, entre
outros.
Uma atividade avaliativa deve ser tomada apenas como um momento e não
como o resultado final do processo de ensino aprendizagem.
A recuperação se dará a todo tempo, quando se fizer necessária, priorizando
aspectos qualitativos e não quantitativos.
6.4. OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
Desenvolver o pensamento biológico através do conhecimento de sua evolução
histórica, articulada à cultura científica no desenvolvimento de um sujeito crítico,
reflexivo e analítico em relação ao fenômeno VIDA e todas as suas implicações.
6.5. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A disciplina de Biologia possui uma dimensão histórica na qual se identificam
marcos conceituais do pensamento biológico utilizados no estabelecimento de seus
quatro Conteúdos estruturantes:
- Organização dos seres vivos.
- Mecanismos biológicos.
- Biodiversidade.
- Avanços biológicos no fenômeno Vida.
6.5.1. Conteúdos específicos dos conteúdos estruturantes
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Organização dos seres vivos: O aluno necessita conhecer a diversidade biológica;
estabelecendo critérios que permitam agrupar e categorizar os seres vivos e
reconhecer as relações de interdependência entre os mesmos e o ambiente. É
importante que o aluno reconheça que os critérios taxionômicos são produtos da
necessidade de organizar a natureza para melhor conhecê-la. Para tanto, os problemas
construídos, os conceitos e as práticas trabalhadas deverão abordar conceitos que
permitam conhecer a organização dos seres vivos relacionado-os à existência de
características comuns entre estes e sua origem única(ancestralidade comum)
baseada na visão macroscópica e descritiva da natureza, porém sempre apontando
para a concepção evolutiva, com o propósito de compreender o processo de
reelaboração dos conceitos científicos na Biologia.
Conceitos específicos: considerados fundamentais (sendo que outros devem ser
elencados pelo(a) professor(a): ser vivo, organismo, espécie, taxonomia filogenia,
ancestralidade, organismo uni e pluricelulares.
Encaminhamento metodológico: a metodologia descritiva, utilizada no momento
histórico em que esse conteúdo estruturante foi sistematizado no pensamento
biológico, propõe a observação e descrição dos seres vivos. Busca-se partir desta
metodologia ampliando a discussão para a comparação das características estruturais
anatômicas e comportamentais dos seres, realizando discussões entre os critérios
usados desde Linné até a atualidade, com a introdução da analise genômica,
propiciando a compreensão sobre como o pensamento humano, partindo da
compreensão de mundo imutável chegou ao modelo de mundo em constante
mudança.
Mecanismos biológicos: conhecer os mecanismos que explicam como os sistemas
orgânicos dos seres vivos funcionam. Para tanto, os problemas construídos, os
conceitos e as práticas trabalhadas deverão abordar o estudo dos componentes
celulares e suas respectivas funções; o funcionamento dos sistemas que constituem os
diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a
respiração. É importante que a abordagem permita que o aluno perceba, por exemplo, 75
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como a construção e aperfeiçoamento do microscópio e a contribuição de estudos da
Física e da Química, permitam novas análises comparativas entre organismos
unicelulares e pluricelulares, numa perspectiva evolutiva, como relata a história da
Ciência. É importante ainda que o aluno perceba que para compreender o
funcionamento das estruturas que compõem os seres vivos, fez-se necessário, ao
longo da construção do pensamento biológico, pensar o organismo de forma
fragmentada, separada, permitindo analises especializadas de cada função biológica,
partindo da visão macroscópica e construindo a visão microscópica do mundo natural.
Conteúdos específicos: componentes celulares: suas respectivas funções e relações
com o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de seres
vivos.
Conceitos considerados fundamentais(sendo que outros devem ser elencados
pelo(a) professor(a); mecanismos fisiológicos e anatômicos (reprodução, nutrição,
circulação, respiração, excreção, digestão, regulação, hereditariedade, locomoção,
transporte, defesa, entre outros); sistemas biológicos (relação entre os mecanismos);
célula.
Encaminhamento metodológico : considera-se que este conhecimento,
isoladamente, é suficiente para permitir ao aluno compreender as relações que
estabelecem entre os diversos mecanismos para a manutenção da vida.
É importante que o professor considere o aprofundamento, a especialização, o
conhecimento objetivo como ponto de partida para que se possa compreender os
sistemas vivos como fruto de interação entre seus elementos constituintes e da
interação deste sistema com os demais componentes do seu meio.
Biodiversidade: compreender o conceito biodiversidade e, conhecer os processos
pelos quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam a variabilidade genética e
estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade de seres vivos . Para tanto,
os problemas construídos, os conceitos e as práticas trabalhadas deverão abordar o
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complexo sistema de conhecimentos biológicos interagindo num processo integrado e
dinâmico.
Conteúdos específicos; processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações
perpetuam a variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas.
Conceitos considerados fundamentais (sendo que outros devem ser elencados
pelo(a) professor(a) ): variabilidade genética; seleção natural; espécies; população;
evolução; biodiversidade.
Encaminhamento metodológico : caracteriza a diversidade da VIDA como um
conjunto de processos organizados e integrados, quer no nível de uma célula, de
um indivíduo, ou de organismos de seu meio. Pretende-se que as relações
propostas neste conteúdo estruturante partam das contribuições de Lamarck e
Darwin, para superar as ideias fixistas, já superadas há muito pela ciência e
supostamente pela sociedade
Pretende-se a superação das concepções alternativas do aluno com a
aproximação das concepções cientificas, procurando compreender os conceitos de
genética, da evolução e da ecologia, como forma de explicar a diversidade dos
seres vivos.
Implicações dos avanços Biológicos no fenômeno Vida: reconhecer as implicações
da engenharia genética sobre a VIDA; compreender como os avanços da biologia
molecular e a manipulação do material genético dos seres vivos modificam conceitos
fundamentais da biologia; perceber como a aplicação do conhecimento biológico
interfere e modifica o contexto de vida da humanidade, necessitando assim, da
participação e da critica de cidadãos responsáveis pela VIDA. Neste contexto os
problemas construídos, os conceitos e as praticas trabalhadas deverão abordar os
avanços da genética molecular, as biotecnologias aplicadas, e aspectos bioéticos dos
avanços biotecnológicos, como a fertilização in vitro e células – tronco, clonagem,
eutanásia, transgênicos, estudos sobre os microrganismos e suas contribuições para a
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produção de produtos farmacêuticos, hormônios, vacinas, alimentos, medicamentos,
bem como problemas ambientais envolvendo biomonitoramento, entre outros. Estes
estudos devem suscitar reflexões acerca das implicações éticas, morais, políticas e
econômicas dessas manipulações.
Conteúdos específicos: genética molecular, as biotecnologias aplicadas e os
aspectos bioéticos dos avanços tecnológicos.
Conceitos considerados fundamentais (sendo que outros deve ser elencados
pelo(a) professor(a): biotecnologia; manipulação genética; biologia molecular.
Bioética.
Encaminhamento metodológico : o que se pretende é garantir a reflexão sobre as
implicações dos avanços biológicos para o desenvolvimento da sociedade. Uma
possibilidade metodológica a ser utilizada é a problematização. Esta proposta
metodológica parte do princípio da provocação e mobilização do aluno na busca por
conhecimentos necessários para a resolução de problemas. Estes problemas
relacionam os conteúdos de Biologia ao cotidiano do aluno para que ele busque
compreender e atuar na sociedade de forma crítica.
Distribuição dos conteúdos por série
1º ano
- Organização dos seres vivos: Citologia, histologia.
- Mecanismos biológicos: ciclos biogeoquímicos e cadeia alimentar.
- Biodiversidade: ecologia (relações ecológicas e biomas).
- Avanços biológicos: (DNA, clonagem, transgênicos).
2º ano
- Seres vivos: embriologia, genética.
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- Mecanismos biológicos: reprodução, embriologia e organogenese.
- Biodiversidade; (ecologia (relações ecológicas e biomas).
- Avanços biológicos: embriologia, genética, evolução.
3º ano
- Seres vivos: taxionomia.
- Mecanismos biológicos: fisiologia animal, fisiologia vegetal.
- Biodiversidade: grupos de seres vivos (incluir 6º reino) e saúde.
Avanços biológicos: saúde, transgênia, clonagem, célula-tronco.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M.J.P.M. Discursos da Ciência e da escola: ideologia e leituras
possíveis. Campinas : Mercado de Letras, 2004.
NADERY, M. ª [ et all}. Para compreender a ciência . São Paulo : educ, 1988.
APPLE, M.W. Ideologia e Currículo . Porto Alegre: Artmed, 2006.
ARANHA. M.L. [ et all} . Filosofando : introdução à filosofia . São Paulo:
Moderna, 1993.
ARAUJO, I.L. Introdução à Filosofia de Ciência . Curitiba. UFPR, 2002
ARROYO, M.G. A função do ensino de Ciências . In: Em aberto , ano 7, nº 40 ,
out/dez, Brasília ,1988.
ASTOLFI, J.P. A didática das ciências . Campinas / SP : Papirus, 1991.
AXT, R . O papel da experimentação no ensino de ciências. In : Moreira, MA.
[ et all ] Tópicos em ensino de Ciências . Porto Alegre: Sagra, 1991, p79-90.
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BACHELARD, G. A epistemologia. Rio de janeiro: Edições 70, 1971.
BARRA, V.M [ et all ] Produção de materiais didáticos de ciências no Brasil,
período: 1950 a 1980. in Revista Ciência e Cultura 38 ( 12 ) , p. 1970- 1983,
dezembro , 1986.
BASTOS , F. História da Ciência e pesquisa em ensino de ciências . In : Nadir,
Questões Atuais no Ensino de Ciências . São Paulo : Escrituras, 1988.
7. ENSINO DE CIÊNCIAS
7. 1. CONCEPÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS
História do Ensino de Ciências
A história da ciência é permeada pelos tempos históricos em que esteve
presente e atuante. Ela, como um conhecimento fundamentado, sempre teve seu lugar
na história da humanidade. É isto que a faz diferenciar-se da mera opinião. Mais do
isto, a ciência está imbricada na própria concepção de mundo que os povos tiveram e
continuam tendo. Em cada época se fez uma leitura particular do que é ciência.
Exemplo disto é a idade média onde havia pouca clareza quanto aos limites entre
ciência e religião. Em cada sociedade, o mundo é lido conforme seu universo simbólico
e esta leitura têm que predominar entre as demais para ser amplamente aceita e
realizada. O ser humano é um construto histórico. Qualquer investigação da história de
ciência corresponderá a visões de mundo historicamente construídas.
Neste sentido Morin destaca a complexidade do conhecimento científico atual e
a necessidade de inter-relação entre as diversas ciências, buscando entender sua
inserção na sociedade, pois vê as teorias científicas como co-produzidas pelo espírito
humano e por uma realidade sociocultural.
7.2 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS
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O transcorrer do ensino de ciências sempre foi permeado pela visão de mundo
das pessoas que fizeram a Ciência em suas épocas. É da maneira de pensar e agir
destes cientistas que as ciências construíram seu campo metodológico, tanto no
sentido de pensar como no de agir.
Para BERTONI, 2007 pensar sobre o fenômeno da vida enquanto objeto de
estudo da biologia também implica em pensar no ensino desta disciplina. Para o autor,
isto demonstra claramente a possibilidade de escolha dos conteúdos a serem
ensinados, uma vez que o ramo da biologia é vasto. Mas o que priorizar?
O objeto de estudo da disciplina de Ciências são os fenômenos naturais. Nesta
perspectiva, o currículo de Ciências deve permitir ao educando a sabedoria necessária
para que este possa estabelecer relações entre o mundo natural (conteúdo da ciência),
o mundo construído pelo homem (tecnologia) e seu cotidiano (sociedade). Para tanto,
todas as correntes são bem vindas. O empirismo, o dedutivismo, o pensamento
evolutivo fazem parte da construção do pensar e agir científicos. Cabe ao professor,
reconhecer o caminho da construção do conteúdo a ser apresentado ao educando,
mesclando sempre que possível, metodologias capazes de se entender o conteúdo
apresentado.
7.3 AVALIAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
A avaliação é um dos momentos fundamentais no trabalho pedagógico. É ela
que coloca a prova o andamento das produções, na medida em que ajuda a detectar o
avanço na apropriação do conhecimento. De acordo com Vigotski, o que diferencia os
processos de desenvolvimento de conceitos espontâneos e os processos de
desenvolvimento de conceitos científicos é o estabelecimento de relações distintas com
o objeto. Ainda, segundo SFORNI, 2004 os conceitos espontâneos são formados no
enfrentamento do sujeito com as coisas ao passo que, os conceitos científicos têm
início numa atividade mediada em relação ao objeto.
Se tomarmos como pressuposto que a aquisição do conhecimento faz parte de
um processo contínuo do ensino e aprendizagem, a avaliação terá que ser capaz de
mostrar, diagnosticar e sinalizar os avanços criados na direção dos conhecimentos
espontâneos para os conhecimentos científicos.
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Avaliar na disciplina de Ciências requer do professor um olhar atento na
construção e apropriação do conhecimento científico pelo educando. Para tanto, o
professor deverá ser capaz de pluralizar sua forma de ensinar, na ânsia de contemplar
um número maior de possibilidades que culminem numa aprendizagem significativa por
parte do educando.
7.4 OBJETIVO GERAL DO ENSINO DE CIÊNCIAS
O ensino de ciências deve proporcionar a aquisição dos conhecimentos
construídos através do conhecimento científico e que sejam capazes de suscitar
mudanças cognitivas capazes de fazer o educando compreender o mundo que o cerca
e seus fenômenos, sejam eles biológicos, físicos e químicos.
7.5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO DE CIÊNCIAS
Os conteúdos estruturantes, no ensino de Ciências, são oriundos da
sistematização feita pelo Departamento de Educação Básica a partir das discussões
feitas com os professores do Estado do Paraná nos encontros de formação continuada
ocorridos nos anos de 2007 e 2008. São eles:
Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade. Estes
conteúdos ajudam a estruturar o ensino de ciências, conferindo uma uniformidade no
conteúdo, para que o acesso do conhecimento seja garantido a todos os(as)
educandos(as).
7.6 CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO DE CIÊNCIAS
Já o conhecimento básico, segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais,
garante os conhecimentos fundamentais para cada série do ensino fundamental e são
assim apresentados:
5ª Série: Universo, Sistema Solar, Movimentos Terrestres, Movimentos
Celestes, Astros, Constituição da matéria, Nível de organização celular, Formas de
Energia, Conversão de Energia, Transmissão de Energia, Organização dos seres
vivos, Ecossistema, Evolução do Seres Vivos.
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6ª Série: Astros, Movimentos Terrestres, Movimentos Celestes, Constituição da
matéria. Célula, Morfologia e fisiologia dos seres vivos, Formas de Energia,
Transmissão de energia, Origem da Vida, Organização dos Seres Vivos, Sistemática.
7ª Série: Origem e evolução do Universo, Constituição da matéria, Célula,
Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos, Formas de Energia, Evolução dos seres vivos,
8ª Série: Astros, Gravitação universal, Propriedades da Matéria, Morfologia e
Fisiologia dos Seres Vivos, Mecanismos de Herança Genética, Formas de Energia,
Conservação de energia, Interações Ecológicas.
7.7 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO ENSINO DE CIÊNCIAS
Cada ciclo compreende em si o estrato cognitivo em que o educando é capaz de
apropriar-se dos conhecimentos. O professor constitui-se em peça motriz que levará o
aluno em contato com os conteúdos necessários, tornando-os significativos para sua
vida.
Os conteúdos devem ser desenvolvidos através do diálogo entre a parte docente
e discente, na observação direta e indireta dos objetos de estudo, bem como de sua
pesquisa seja de campo ou bibliográfica. As aulas devem ser desenvolvidas através de
problematizações, fazendo com que o aluno almeje a busca dos conhecimentos
necessários ao saberes específicos de cada conteúdo apresentado e satisfaça sua
ânsia de conhecer.
Para Driver(1986): as ideias de quem vai aprender tem importância, encontrar
sentido supõe estabelecer relações, quem aprende constrói ativamente significados e
os alunos são responsáveis pela sua própria aprendizagem.
Os caminhos tomados para a instrumentalização dos conteúdos podem ser:
Aulas expositivas e dialogadas
Aulas práticas;
Pesquisas de campo e bibliográficas;
Elaboração de seminários e debates
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Estudo em grupo;
Estudo de textos
Entrevistas;
Palestras;
Resolução de exercícios;
Dinâmicas de grupos;
Elaboração de modelos biológicos
Avaliação
A avaliação deve levar em conta o nível cognitivo do educando e deve ser capaz
de sinalizar os avanços do educando(a) na apropriação do conhecimento científico.
Para isto é preciso reconhecer os diferentes níveis de apropriação do conhecimento
científico.
5ª Série: Alfabetização científica. A criança entra em contado com o mundo da
Ciência, aprende a reconhecer os elementos constituintes da ciência e do fazer
científico. A avaliação deve acontecer no sentido de diagnosticar este reconhecimento
por parte da criança e do adolescente.
6ª Série: Continuação da alfabetização científica. Apropria ainda mais os
elementos constituintes da Ciência, sendo capaz de começar a estabelecer relações
entre os aspectos físicos, químicos e biológicos no campo conceitual e do concreto.
Aqui a avaliação deve sinalizar a capacidade do educando(a) em estabelecer estas
relações.
7ª Série: Espera-se que os conceitos científicos já estejam sendo utilizados com
propriedade pelo educando(a) para que ele consiga estabelecer relações entre os
aspectos físicos, químicos e biológicos, entendendo-se como parte constituinte no
constructo da Ciência. Aqui se deve avaliar se o educando(a) usa os conceitos com
propriedade, se ele(a) consegue estabelecer relações pertinentes aos aspectos físicos,
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químicos e biológicos e se ele(a) consegue diagnosticar estes aspectos como partes
constituintes do seu dia a dia.
8ª Série: Neste nível o educando não só é capaz de estabelecer relações entre
os aspectos físicos, químicos e biológicos, bem como extrapolar estes conhecimentos
para outros campos do saber, inclusive em suas subjetividades. A avaliação deve criar
condições para que o educando(a) crie a prática da argumentação, criando
possibilidades de um fazer científico crítico e politizado.
Bibliografia utilizada
Aprendizagem conceitual e organização do ensino: contribuições da teoria da
atividade/Marta Sueli de Faria Sforni. 1ª edição. Araraquara: JM Editora, 2004, p. 200.
Metodologia do Ensino de Ciências [por] Georg J. Hennig/ 3ª Ed. Porto Alegre,
Mercado Aberto, 1998. 416p.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Básico.
Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências. Curitiba: SEED/DEB, 2008
Um estudo dos estilos de pensamento biológico sobre o fenômeno vida/ Danislei
Bertoni. – Curitiba, 2007. Dissertação (Mestrado) – Setor de Educação da
Universidade Federal do Paraná.
8. ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
8.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
A Educação Física está pautada na noção de corporalidade. Através das
práticas corporais do esporte, da dança, da ginástica, dos jogos, das brincadeiras e
brinquedos, pretende-se ir além da dimensão motriz levando em conta a multiplicidade
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de experiências manifestas pelo corpo e que permeiam estas práticas, tais como
expressões de alegria, raiva, dor, violência, preconceito, sexualidade, dentre outras,
que tem sentido amplo no corpo e são historicamente produzidos.
Introduzindo e integrando o aluno na cultura corporal do movimento, a
Educação Física formará o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la,
para usufruir dos jogos, dos esportes, das danças, das lutas e da ginástica em
benefício do exercício crítico da cidadania e da melhoria da qualidade de vida.
Objeto de Estudo:
As aulas de Educação Física têm como objeto de estudo a totalidade das
manifestações corporais e sua potencialidade formativa, que podem transformar o
espaço pedagógico repleto de significados, pois através das práticas se expressam
as múltiplas relações étnicas, de gênero, de violência, de sexualidade, dos limites e
das possibilidades corporais que podem exprimir uma linguagem, uma determinada
condição de classe, seja do ponto de vista do poder, ou da condição material dos
sujeitos sociais.
8.2 OBJETIVO DO ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA
Oportunizar e incentivar a participação de todos os alunos nas atividades da
prática corporal, de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento
como seres humanos.
Propiciar aos alunos a potencialização das forças de expressão do corpo,
através da ginástica, dança, lutas, jogos e esportes, destacando a importância:
- Do contato corporal e o respeito mútuo que este reclama; Do grupo, em
estabelecer critérios que contemplem todos os participantes;
- Do respeito por aqueles, que de alguma forma, não conseguem realizar o
que foi proposto pelo próprio grupo, devendo refletir, com elementos que
levem o sujeito a questionar formas já “naturalizadas” de preconceito,
sobre a domesticação e violência em relação ao corpo.
8.3 CONTEÚDOS
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8.3.1 Conteúdos Estruturantes
Ensino Fundamental: o conteúdo estruturante é a Expressividade Corporal,
que através dos conteúdos específicos: Manifestações Esportivas; Manifestações
Ginásticas; Brincadeiras, Brinquedos e Jogos; Manifestações estético-corporais na
dança e no teatro permite aflorar as diferentes manifestações corporais que se
tornam essenciais nesta fase quando a educação do corpo se constitui como alicerce
do projeto educativo.
Ensino Médio constituem-se conteúdos estruturantes: Ginástica; Esporte;
Dança; Lutas e Jogos, devido à capacidade de abstração dos alunos nesta fase e,
também, à quase completa construção de sua expressividade cultural.
Os elementos articuladores (O corpo que brinca e aprende: manifestações
lúdicas; Desenvolvimento corporal e construção da saúde; O corpo no mundo do
trabalho) que integram e interligam as práticas corporais, favorecem um maior
aprofundamento e diálogo com as diferentes expressões do corpo.
8.3.2 Conteúdos específicos
Ensino fundamental
Manifestações Esportivas: - Origem dos diferentes esportes e sua mudança na
história; o esporte como fenômeno de massa; princípios básicos dos esportes, táticas
e regras; o sentido da competição esportiva; possibilidades dos esportes como
atividade corporal; elementos básicos constitutivos dos esportes; arremessos,
fintas,passes, práticas esportivas: esportes com e sem materiais e equipamentos.
Manifestações ginásticas: origem d a ginástica e sua mudança no tempo;
diferentes tipos de ginástica; práticas ginásticas; cultura de rua; cultura do circo;
malabares, acrobacia.
Brincadeiras, brinquedos e jogos: a construção coletiva de jogos e brincadeiras;
por que brincamos? oficina de construção de brinquedos; brinquedos e brincadeiras
tradicionais; brinquedos cantados; rodas e cirandas; diferentes manifestações e tipos
de jogos; jogos e brincadeira com e sem materiais; diferença entre jogo e esporte.
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Manifestações estético-corporais na dança e no teatro: a dança e o teatro como
manifestação corporal; diferentes tipos de dança; por que dançamos? danças
tradicionais e folclóricas; desenvolvimento de formas corporais rítmico-expressivas;
mímica; imitação e representação; expressão corporal com e sem material.
Elementos Articuladores:
- O corpo que brinca e aprende: manifestações lúdicas.
- Desenvolvimento corporal e construção da saúde.
- Relação do corpo com o mundo do trabalho.
Ensino Médio
Jogos:
- Elementos lúdicos: resgatar a ludicidade e a cooperação, combatendo a
prática excludente, sexista e individualista; A utilização dos jogos por diversos
povos: como o jogo se constitui em elemento da cultura de determinado
povo?; Jogo vinculado ao lazer; Como o jogo pode ser articulado ao tempo
livre e como possibilidade de fruição?
Ginástica:
- Corpo e Ginástica: como se tem visto o corpo desde os primórdios da
ginástica (a partir da idealização dos métodos ginásticos);
- Ginástica escolar: referenciar a ginástica partindo da contextualização escolar;
que fundamentos devem expressar a prática da ginástica na escola (vivência
sem preocupação com a técnica, como exclusividade);
- Ginástica na sociedade capitalista: como a ginástica tem sido utilizada na
preparação de um novo trabalhador, a exemplo da ginástica laboral; quais
objetivos, implicações e formas desta utilização; diferentes formas desta
utilização; diferentes formas de manifestações ginásticas: de academia,
circense; rítmica; artística, geral (sempre estabelecendo relação com o
cotidiano escolar).
Dança
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- Espetacularização das danças: discussão do processo de mercadorização da
dança; como a dança se transforma em espetáculo pela atual sociedade;
massificação da dança.
- Dança como expressão cultural: a dança relacionada à cultura popular
(aspectos envolvendo a dança enquanto resgate da cultura popular); padrão
corporal e dança: como os aspectos técnicos influenciam no estabelecimento
de um padrão corporal para determinadas danças? Dança e tecnologia: como
a dança tem incorporado aparatos tecnológicos em suas coreografias, e até
mesmo nos corpos dos dançarinos?
- Concepção de danças: Abordar concepções de danças em seus aspectos
históricos; as possibilidades de reinvenção destas concepções a fim de
transpô-las para a escola ( dança espetáculo x dança escolar).
Lutas
- Histórico: o desenvolvimento histórico das lutas; papel das lutas em diversas
culturas; aspectos técnicos: a relação da técnica desenvolvida por
determinada luta com o contexto histórico e social da sua criação; lutas e
possibilidades de simbolização: as lutas e sua potencialidade na
representação social de diversos povos; possibilidades de lutas no
estabelecimento de novas representações sociais e golpes.
- Contextualização social das lutas: como as lutas têm se estabelecido como
um campo de poder e disputas; como e com que interesses, as instituições
(federações, confederações e ligas) tem se apropriado das lutas; a
descaracterização das lutas como manifestação popular e cultural;
desportivização das lutas: com que objetivos as lutas tem se tornado esporte;
que implicadores esta desportivização tem para determinada luta.
Esporte:
- Aspectos técnicos e táticos dos diversos esportes que compõem a cultura
corporal; os condicionantes da mídia sobre a evolução das regras dos
esportes;
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- Regras: discutir, de forma contextualizada e crítica, o estabelecimento das
regras oficiais.
- Histórico: situar historicamente as diferentes manifestações esportivas.
Elementos Articuladores:
- Os elementos articuladores contidos nas Diretrizes para o Ensino Médio,
apontam para algumas possibilidades de integração da totalidade das
atividades expressivo-corporais, possibilitando ampliação do debate para
outras áreas do conhecimento. São eles:
- Desportivização, mídia, saúde, corpo, tática e técnica, lazer e diversidade.
8.4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
A metodologia deve incluir além das atividades da prática corporal, momentos
de reflexão sobre o compromisso com a escolarização, sempre a favor da formação
humana.
A aula de Educação Física compõe-se de:
1. Proposição do que será executado - o conteúdo da aula é apresentado aos
alunos e problematizado, buscando as melhores formas de organização para
execução das atividades a serem desenvolvidas. Conversa-se com o aluno
sobre as formas de execução das práticas corporais a fim de descobrir as
possibilidades e os limites de cada um no desenvolvimento da atividade
proposta.
2. Execução do que foi proposto - é a fase do desenvolvimento das atividades e
refere-se à apreensão do conhecimento. O professor observa as atividades
realizadas pelos alunos, bem como as diferentes manifestações advindas da
prática corporal.
3. Reflexão sobre o que foi executado - é o momento do diálogo, levando cada
aluno a pensar e repensar suas atitudes pedagógicas durante a aula,
destacando todos os aspectos positivos e negativos, oportunizando ao
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professor um conhecimento maior sobre os alunos que, ao interagirem entre si
conhecem outras culturas.
8.5 AVALIAÇÃO DO ENSINO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Avaliar, segundo a concepção de Educação Física adotada nas Diretrizes,
busca uma coerência entre a concepção defendida e as práticas
entrem a concepção defendida e as práticas avaliativas que integram o processo de
ensino e aprendizagem, ou seja, ensino e aprendizagem devem ser vistos como
integrantes de um mesmo sistema.
A avaliação deve estar vinculada ao PPP da Escola, com critérios
estabelecidos de forma clara, devendo ser uns processos contínuos, permanentes e
cumulativos, onde o professor estará identificando os progressos do aluno e
organizando e reorganizando o seu trabalho tendo no horizonte as diversas
manifestações corporais, evidenciadas na forma da ginástica, do esporte, dos jogos,
da dança e das lutas, levando os alunos a refletirem e a se posicionarem
criticamente com o intuito de buscar as mudanças necessárias.
Nas aulas de Educação Física pretende-se avaliar se o aluno realiza as
atividades reconhecendo e respeitando suas características físicas e possibilidades
bem como a de seus colegas, sem discriminações; agindo de maneira cooperativa;
desenvolvendo formas de expressão criativa e que favoreçam a integração grupal;
adotando atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade.
Sendo assim, cabe ao professor a partir da avaliação diagnóstica, planejar e
propor encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas. O
professor organizará e reorganizará o seu trabalho visando as diversas
manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos
jogos, das danças e das lutas.
9. ENSINO RELIGIOSO
9.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO RELIGIOSO
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O Ensino Religioso deve focar o conhecimento religioso, o respeito as diferentes
manifestações do sagrado, considerando a diversidade religiosa no Estado,
necessidade do diálogo/estudo na escola sobre as diferentes leituras do sagrado na
sociedade.
O Ensino Religioso tem por base a diversidade expressa nas diferentes
expressões religiosas. Aquilo que para as igrejas é objeto de fé, para a escola é objeto
de estudo.
O Ensino Religioso perdeu sua função catequética, pois com a manifestação do
pluralismo religioso na sociedade brasileira, o modelo curricular centrado na
doutrinação passou a ser muito questionado. Também foi superado a ideia de trabalhar
com valores humanos e princípios éticos, avançando para o Ensino Religioso enquanto
conhecimento religioso. Assim, uma das problematizações proposta é a abordagem do
conhecimento religioso, tendo como objeto de estudo o sagrado que será a base a
partir da qual serão tratados os conteúdos.
Portanto, o objeto de estudo é o Sagrado. Pensar esse objeto pressupõe
percorrer os conteúdos estruturantes e conteúdos específicos da disciplina.
Com base na diversidade religiosa, o Ensino Religioso define como objeto de
estudo o sagrado como Fenômeno Religioso, por contemplar algo que está presente
em todas as tradições religiosas, favorecendo, assim, uma abordagem ampla dos
conteúdos específicos da disciplina. O sagrado perpassará todo o currículo de Ensino
Religioso, de modo a permitir uma análise mais completa de sua presença nas
diferentes manifestações religiosas.
9.2 OBJETIVOS DO ENSINO RELIGIOSO
• Analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do
cotidiano que o contextualiza no universo cultural.
- Superar, pelo conhecimento, o preconceito, a ausência ou à presença de
qualquer crença religiosa, caracterizando, assim, uma forma de proselitismo,
bem como da discriminação de algumas expressões do sagrado.
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- Garantir a não admissão do uso do espaço/tempo escolar para legitimar uma
manifestação do sagrado em detrimento de outra, uma vez que a escola não é
um espaço de doutrinação, evangelização, de expressão de ritos, símbolos,
campanhas, celebração.
- Reconhecer as diversas manifestações do sagrado como sendo componentes
do patrimônio cultural e as relações que estabelecem entre si.
- Provocar no indivíduo a necessidade de construção, reflexão e socialização do
conhecimento religioso que possibilite sua base de formação integral, de
respeito e de convívio com o diferente.
9.3 CONTEÚDOS DO ENSINO RELIGIOSO
9.3.1 Conteúdos Estruturantes
Compreende-se por Conteúdos Estruturantes, os saberes, os acontecimentos de
grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de
estudos a serem contemplados no Ensino Religioso. A saber os conteúdos
estruturantes são : Paisagem, Religiosa, Texto Sagrado e Símbolo.
Paisagem Religiosa: Entende-se como paisagem religiosa o lugar ou os espaços
geográficos que remetem às experiências do sagrado. O homem consagra certos
espaços porque necessita viver e conviver; ele precisa locomover-se num mundo
sagrado, que passam a assumir significados diversos, transformando-se num lugar
especialmente simbólico, que resulta das crenças existentes entre as Tradições
Religiosas.
Textos Sagrados: Eles abrangem as comunicações expressas nas pinturas de corpos,
paredes, quadros, nos vitrais, ícones, na combinação de sons, ritmo, na harmonia das
músicas, nas danças, na disposição dos objetos de culto e rito. Enfim, abarcam
diferentes formas de linguagens, além daquelas escritas ou transmitidas pela forma
oral.
Símbolos: São linguagens que expressam sentidos; possuem a função de comunicar e
exercerem um papel relevante para a vida imaginativa e para a constituição das
diferentes religiões no mundo. O símbolo também pode ser definido como algo que
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veicula uma concepção, podendo ser uma palavra, um som, um gesto, um ritual, um
sonho, uma obra de arte, uma notação matemática etc.
9.3.2 Conteúdos Específicos
5ª Série:
Respeito à Diversidade Religiosa
- Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa. Declaração
Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à
liberdade religiosa.
- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão;
- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;
- Direitos Humanos e sua vinculação como sagrado.
Lugares Sagrados
- Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de
reverencia, de culto, de identidade. Principais práticas de expressar o
sagrado nestes locais.
- Lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
- Lugares construídos : templos, cidades sagradas, etc.
Textos Orais e Escritos Sagrados:
- Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes
culturas religiosas.
- Literatura oral e escrita (cartas, narrativas, poemas, etc)
- Exemplo: Vedas - Hinduismo – Escrita Baha-is ; Fé-Bahá. Tradições orais
Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão, Islamismo, etc.
- Organizações Religiosas. As organizações religiosas que compõem os
sistemas organizacionais serão tratadas como conteúdos, destacando-se as
suas principais características de organização, estrutura e dinâmica social
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dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de
compreensão e de relação com o sagrado.
- Exemplo de organizações religiosas mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta
Gautama) Confucionismo (Confúcio); Espiritismo (Allan Kardec); Taoísmo
(Lao-Tse) etc.
6ª Série:
Universo Simbólico Religioso:
- Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos: nos
ritos, nos Mitos, No cotidiano. Ex: Arquitetura Religiosa, Mantras,
Paramentos, Objetos, etc.
- Ritos: São práticas celebrativas das tradições/ manifestações religiosas,
formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a
recapitulação de um acontecimento sagrado anterior; é imitação, serve à
memória e á preservação da identidade de diferentes
tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades
futuras a partir de transformações presentes. - Ritos de passagem –
Mortuários – Propiciatórios – Outros. Exemplos: Danças (Xire) – Candomblé,
Kiki
- ( Kaingang – ritual fúnebre ) Via sacra. Festejo indígena de colheita, Etc.
- Festas Religiosas: São os eventos organizados pelos diferentes grupos
religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos
símbolos, períodos ou datas importantes.
- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo). Ramada (Islâmica). Kuaup
(indígena). Festa de Iemanjá (Afro-Brasileira), Pessach (Judaísmo) etc.
- Vida e Morte. As respostas elaboradas para a vida além da morte nas
diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado. O
sentido da vida nas tradições/ manifestações religiosas – Reencarnação -
Ressurreição – ação de voltar à vida - Além –Morte – Ancestralidade – vida
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dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam presentes –
Outras interpretações.
9.4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO ENSINO RELIGIOSO
A forma de apresentação dos conteúdos específicos explicita a intenção de
partir de abordagens de manifestações religiosas ou expressões do sagrado
desconhecidas ou pouco conhecidas dos alunos., para posteriormente inserir os
conteúdos que tratam de manifestações religiosas mais comuns que já fazem parte do
universo cultural da comunidade.
Desse modo, pretende-se evitar a redução dos conteúdos da disciplina às
manifestações religiosas hegemônicas, que historicamente têm ocupado um grande
espaço nas aulas de Ensino Religioso e pouco tem acrescentado ao processo de
formação integral dos educandos, ou seja, no alargamento de sua compreensão e do
seu conhecimento a respeito da diversidade religiosa e dos múltiplos significados do
sagrado.
Isso não significa que as tradições e manifestações religiosas mais conhecidas e ou
majoritárias não serão tratadas no currículo de Ensino Religioso. Elas serão objeto de
estudos ao final de cada conteúdo tratado, de modo que os conhecimentos
apreendidos de outras manifestações religiosas, constituam-se em novas referencias
para se analisar e aprofundar os conhecimentos a respeito das manifestações já
conhecidas e ou praticadas pelos alunos e/ou comunidade.
9.5 AVALIAÇÃO NO ENSINO RELIGIOSO
O Ensino Religioso não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas
no que se refere a atribuição de notas e conceitos, ou seja, não se constitui como
objeto de reprovação, bem como terá registro de notas ou conceitos na documentação
escolar. Isso se justifica pelo caráter facultativo da matricula na disciplina.
Cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam
acompanhar o processo de apropriação de conhecimento pelo aluno, tendo como
parâmetro os conteúdos estudados e os seus objetivos. Por exemplo: observar em que
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medida o aluno expressa uma relação respeitosa com os colegas de classe que têm
opções religiosas diferentes da sua.
10. ENSINO DA FÍSICA
10.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física, no inicio de seu desenvolvimento , era considerada como a ciência que
se dedicava a estudar todos os fenômenos que ocorrem na natureza . Daí ter sido esta
ciência, durante muitos anos denominada “Filosofia Natural”.
Entretanto, a partir do século XIX a Física restringiu seu campo, limitando-se a
estudar mais profundamente um menor numero de fenômenos, denominados
“fenômenos físicos”, e os fenômenos que dela se destacaram deram origem a outras
ciências naturais. Hoje é a ciência que estuda, pela experimentação e elaboração de
teorias, as propriedades fundamentais da matéria e do espaço-tempo.
A física contemporânea, essencialmente experimental e matemática,
desenvolveram-se graças ao aperfeiçoamento dos instrumentos de observação, a
elaboração de teorias e a reunião de leis dispersas num todo coerente, com definições
e princípios claramente formulados.
A física clássica, que é aquela estudada nos cursos de ensino médio e nos anos
iniciais dos cursos superiores, costuma ser dividida em cinco grandes grupos: a
mecânica, a termodinâmica, a óptica geométrica, a ondulatória e a eletricidade.
São grandes nomes da física clássica Galileu Galilei (considerado o pai da
Física), Kepler, Huygens, Stevin, Pascal e especialmente Isaac Newton (1643-1727).
Já a física moderna, cujos representates mais conhecidos são Dirac Heinsenberg, de
Broglie, Planck e principalmente Albert Einstein, tem como ramos a Mecânica Quântica
e a Relatividade.
Como uma das ciências básicas da natureza, o estudo da física é indispensável
aqueles que querem entender os mecanismos mais profundos de tudo que ocorre na
natureza. No mundo atual, globalizado e altamente tecnológico, quem domina o
conhecimento, a física é parcela relevante desse conhecimento e ao mesmo tempo, 97
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essa cultura deve incluir também a compreensão do conjunto de equipamentos e
procedimentos técnicos ou tecnológicos, que cercam os cotidianos domésticos, sociais
e profissionais de todos nós
10.2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO ENSINO DA FÍSICA
A Física está incorporada em nossa cultura e no aparato social e tecnológico de nossos
dias, tornando-se, ao mesmo tempo, um instrumento necessário para a compreensão
desse mundo em que vivemos e para a atuação naquele que antevemos, sendo seu
conhecimento indispensável à constituição desta cidadania contemporânea. Sendo tão
amplos e variados os conhecimentos desta ciência, incluindo potencialidades, temas e
tópicos tão complexos, não é simples definir o que ou como se pretende ensinar física,
em cada etapa da escolaridade.
Em breve retrospectiva histórica, é possível afirmar que, até o Renasci-
mento, o que se entendia por conhecimento se aproximava muito da noção
de pensamento filosófico, o qual buscava uma explicação racional para o
mundo e para os fenômenos naturais e sociais.
A filosofia permite um conhecimento racional, qual um exercício da razão. [...] A partir do século VI a.C. pas-sou a circunscrever todo o conhecimento da época em explica-ções racionais acerca do cosmo. A razão indagava a natureza e obtinha respostas a problemas teóricos, especula-tivos. Até o século XVI, o pensamento permaneceu imbuído da filosofia como instrumento do pensamento especulativo. [...] Desta forma, a filosofia representou, até o advento da ciência moderna, a culminância de todos os esforços da racionalidade ocidental. Era o saber por excelência; a filosofia e a ciência for-mavam um único campo racional. (ARAUJO, 2003, p. 23-24)
A dimensão filosófica do conhecimento não desapareceu com o desenvolvimento
da razão científica. Ambas caminharam no século XX, quando se observou a emergên-
cia de métodos próprios para as ciências humanas, que se emanciparam das ciências
naturais. Assim, as dimensões filosófica e científica transformaram a concepção de ci-
ência ao incluírem o elemento da interpretação ou significação que os sujeitos dão às
suas ações – o homem torna-se, ao mesmo tempo, objeto e sujeito do conhecimento.
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Dessa forma espera-se que o ensino da Física contribua para a formação de
uma cultura científica efetiva que permita ao indivíduo a interpretação dos fatos
fenômeno e processos naturais, situando e dimensionando a interação do ser humano
com a natureza como parte da própria natureza em transformação. Ao mesmo tempo,
essa cultura deve incluir também a compreensão do conjunto de equipamentos e
procedimentos técnicos ou tecnológicos, que cercam os cotidianos domésticos, sociais
e profissionais de todos nós.
A Física representa uma produção cultural, construída nas/e pelas relações
sociais. Dessa forma, torna-se importante que o(a) professor(a) ao escolher um
determinado conteúdo físico, localize-o no espaço e no tempo. Um texto de Física deve
tratar da evolução dos conceitos, levantando questões do tipo: onde, como e por que o
conhecimento que permite o estudo desse conteúdo foi desenvolvido, em que tipo de
sociedade vivia, quem o desenvolveu que respostas a ciência buscava (ou busca), qual
o modelo resultante dessa busca. Daí, a importância de uma contextualização
espaço/temporal. E, ainda, delimitar a validade de um modelo como forma de mostrar a
Física como uma ciência ainda em construção, portanto, não acabada.
O objeto de estudo da Física é o Universo. Logo, os conteúdos de ensino da
disciplina devem dar conta do entendimento desse objeto: a compreensão do universo,
a sua evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam.
10.3 AVALIAÇÃO DO ENSINO DA FÍSICA
Se o objetivo é garantir o objeto de estudo da Física, então ao avaliar deve-se
considerar a apropriação desses objetos pelos estudantes. Considerar o progresso dos
estudantes quanto aos aspectos históricos, conceituais e culturais, a evolução das
ideias em Física e a não neutralidade da ciência.
Deve-se buscar, sempre, uma avaliação do processo de aprendizagem como
um todo, não só para verificar a apropriação do conteúdo, mas para, valorizar a
criatividade, o interesse, a sociabilidade e a participação do aluno em todas as
atividades escolares e extraclasses propostas,a partir dela, o(a) professor(a) encontrar
subsídios para intervir.
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10.4 OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA DE FÍSICA
Construir um ensino de Física centrado em conteúdos e metodologias capazes
de levar os estudantes a refletir sobre o mundo das ciências sob a perspectiva de que
esta ciência não é fruto apenas de pura racionalidade científica. Assim, busca-se
contribuir para o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da
produção científica e compreender a necessidade deste conhecimento para entender o
universo de fenômenos que o cerca, percebendo a não neutralidade de uma produção,
bem como os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência, seu
comprometimento e envolvimento com as estruturas que representam esses aspectos.
10.5 CONTEÚDOS DO ENSINO DA FÍSICA
10.5.1 Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos estruturantes foram escolhidos através de estudo de história da
ciências/disciplina, tendo em vista o quadro conceitual de referência da Física. São
eles: Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo, porque esses três conteúdos
são, na verdade, grandes campos de estudo, teorias cujas entidades, conceitos e
idéias nelas presentes, permitem a compreensão do objeto de estudo da Física da
forma mais abrangente possível para o ensino médio.
Esses três campos foram escolhidos, porque, embora tenham evoluído
separadamente, representam teorias unificadoras:
- O estudo dos movimentos, a mecânica de Newton, unificou a Estática, a
Dinâmica e a Astronomia (século XVII);
- A Termodinâmica unificou os conhecimentos sobre os gases, pressão,
temperatura e calor (séc. XIX);
- A teoria Eletromagnética unificou o Magnetismo, a Eletricidade e a Óptica (séc.
XIX).
A interdependência entre esses três campos nos obriga a buscar, para um
mesmo conteúdo, às vezes, os referenciais teóricos dos três campos de estudo. Por
exemplo, o estudo da luz, que tem os seus referenciais teóricos no Eletromagnetismo,
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mas também, no estudo dos movimentos. Daí a dificuldade em se destinar cada um
desses conteúdos a uma série diferente.
Conteúdo
Estruturante
Movimento Termodinâmica Eletromagnetismo
Entidades fundamentais
Espaço, tempo e massa
Calor e entropia Carga, pólos magnéticos e campos
Conceitos fundamentais
Inércia, Momentum de um corpo, a variação do momentum e suas conseqüências.
Temperatura e calor, Reversibilidade e irreversibilidade dos fenômenos físicos, a conservação da energia.
As quatro Leis de Maxwell, a luz como uma onda eletromagnética.
10.5.2 Conteúdos Específicos
Movimento:
Quantidade de movimento e inércia, o papel da massa; A conservação da quantidade
de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton – a idéia de força; Conceito de Equilíbrio e
3ª Lei de Newton . Potência; Movimentos retilíneos e curvilíneos; Gravitação universal;
A energia e o princípio da conservação da energia. Sistemas oscilatórios: movimentos
periódicos, oscilações num sistema massa mola, ondulatória, acústica: Movimentos dos
Fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade dos
fluídos, comportamento de superfícies e interfaces, estrutura dos materiais; As
interações mecânicas.
Termodinâmica:
Temperatura e sua medida. Leis da Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica,
equilíbrio térmico, propriedades termométricas, medidas de
temperatura; 1ª Lei da termodinâmica: idéia de calor como energia, sistemas termodi-
nâmicos que realizam trabalho, a conservação da energia; Estudo das transformações
dos gases, 2ª Lei da Termodinâmica: máquinas térmicas, a idéia de entropia, proces-
sos irreversíveis/reversíveis; 3ª Lei da Termodinâmica: as hipóteses da sua formula-
ção. Comportamento da matéria nas proximidades do zero absoluto. 101
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As ideias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da
Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.
Eletromagnetismo:
Conceitos de carga elétrica e pólos magnéticos. As leis de Maxwell: Lei de Coulomb,
Lei de Gaus, Lei de Faraday, Lei de Ampere e Lei de Lenz. Campo elétrico e
magnético, as linhas de campo. Força elétrica e Magnética, Força de Lorentz. Circuitos
elétricos e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num circuito. As ondas
eletromagnéticas: a luz como uma onda eletromagnética. Propriedades da luz como
uma onda e como partícula: a dualidade onda-partícula. Óptica Física e Geométrica. A
dualidade da matéria. As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria.
10.6 OBJETIVOS ESPECIFICOS
Os objetivos específicos do ensino de Física para o ensino médio devem levar o aluno
a:
- Reconhecer diferentes aparelhos elétricos e classificá-los segundo sua função
- Identificar movimentos presentes no dia-a-dia
- Classificar diferentes formas de energia presentes no uso cotidiano, observando
suas transformações e suas regularidades.
- Desenvolver habilidades para medir e quantificar, identificando os parâmetros
relevantes, reunindo e analisando dados, propondo conclusões.
- Compreender as leis e princípios de Física
- Ser capaz de fazer leitura das generalizações do mundo
- Compreender conceitos, leis teorias e modelos mais importantes e gerais da Fí-
sica, que permitam uma visão global dos processos que ocorrem na natureza e
proporcionem uma formação cientifica básica.
- Aplicar conceitos, leis, teorias e modelos trabalhados em sala de aula a situa-
ções cotidianas próximas da realidade social, tecnológicas e ambientais.
- Analisar criticamente hipóteses e teorias, conhecendo como se procede a sua
evolução e desenvolvimento o pensamento cientifico e critico.102
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- Utilizar com autonomia habilidades investigativas, tais como: propor problemas,
formular e constatar hipóteses: realizar experiências.
- Desenvolver valores e atitudes próprios do trabalho cientifico, tais como a busca
de informações o “olhar” critico, a necessidade de verificação das hipóteses e a
procura de novas ideias.
- Desenvolver atitudes positivas e o gosto pela Física sua aprendizagem, bem
como o potencial, o interesse e a autoconfiança em realizar atividades vincula-
das a ciência.
- Identificar problemas a ser resolvido, estimular a observação, a classificação e a
organização dos fatos e fenômenos a nossa volta segundo os aspectos físicos e
funcionais relevantes.
10.7 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO ENSINO DA FÍSICA
- Partir do conhecimento prévio dos estudantes por meio da investigação feita
pelo professor. A mediação entre o estudante e o professor se dará pelo
conhecimento físico, processo organizado e sistematizado do professor.
Igualmente importante é considerar o cotidiano do estudante.
- Considerar a História interna (a qual mostra a evolução das ideias e conceitos
físicos) e externa à Física.
- A História que mostre a não-neutralidade da produção científica, suas relações
externas, sua interdependência com os sistemas produtivos, os aspectos
sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência.
- Os modelos matemáticos como construção humana, uma aproximação dos
fenômenos físicos, com limite de validade delimitado pela conjuntura utilizada
para a construção do modelo, portanto não para todas as situações.
- A importância de considerar a Filosofia da Ciência no ensino de Física. Afastar-
se do mito cientificista sem negar o valor da Ciência.
- A experimentação como uma metodologia de ensino – a experiência é tão
metodologia como o são as concepções espontâneas, o livro didático, textos,
leituras, etc.
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- No desenvolvimento teórico considerar a Física como um campo disciplinar de
conhecimento. Assim, os conceitos físicos devem ser concebidos,
independentes da metodologia utilizada, a partir do referencial teórico. Lembrar
que a Física Moderna e Contemporânea são nomes dados devidos limitações
temporais.
- O contemporâneo deve ser pensado como a abordagem atual de um conteúdo.
Não se trata de aplicações tecnológicas de um conteúdo físico. Na opção por
uma tecnologia, o conteúdo físico deve receber destaque.
- Esse campo disciplinar mantém relações com outras disciplinas. Os conceitos
de outras disciplinas devem ser utilizados para o melhor entendimento do
conhecimento físico ou, o contrário.
10.8 Avaliação
Na disciplina de Física, a avaliação procurará verificar se o aluno é capaz de:
- Expressar-se corretamente na linguagem física;
- Identificar as grandezas físicas de acordo com as situações dadas;
- Saber identificar símbolos matemáticos;
- Relatar os resultados de uma experiência de laboratório, uma visita a uma usi-
na, uma entrevista com um profissional eletricista, mecânico ou engenheiro, des-
crevendo conhecimentos físicos;
- Sistematizar, produzir e difundir informações, procurando acompanhar o ritmo
do mundo em que vivemos.
Valorizaremos a criatividade, o interesse, a sociabilidade e a participação do
aluno em todas as atividades escolares e extraclasses propostas.
Visando acompanhar o processo ensino aprendizagem e viabilizar a
concretização dos objetivos propostos à avaliação se darão pelo relato de atividades
investigativas, pesquisa propostas e por avaliações individuais.
Durante o ano letivo estaremos verificando os objetivos que não foram
alcançados e promovendo a sua recuperação. Nosso objetivo, nessa questão, é
conduzir toda a turma em um ritmo mais ou menos equilibrado, evitando a perda do
trabalho e as repetências. Para garantir o sucesso desta Recuperação, esperamos
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contar com o apoio inestimável do aluno envolvendo-se, cada vez mais, com os
estudos e priorizando no seu cotidiano, todas as atividades propostas em sala. Assim,
os alunos devem fazer da recuperação paralela uma oportunidade para dirimir
eventuais dúvidas e em conjunto com os demais colegas da sala na busca do
desenvolvimento das competências propostas nos planos curriculares. Nossa meta de
aprovação é de 100%.
BIBLIOGRAFIA
ALVARENGA, B., MAXIMO, A. curso de física. Vol.1,2 e 3. São Paulo: Scipione, 2000.
AMALDI, U. Imagens da física. São Paulo: Scipione, 1995.
-Física/ vários autores. – Curitiba: SEED – PR, 2006 (1. Física. 2. Ensino Médio. 3. Ensino de física . 4. Movimentos . 5. eletromagnetismo. 6. termodinâmica. I Folhas. II Material de apoio pedagógico. III. Material de apoio Teórico . IV Secretaria do Estado da Educação. Superintendência da educação. V Título).
GASPAR, A. Física. Vol.1,2 e 3. São Paulo: Ática, 2000.
GONÇALVES, TOSCANO. Física e Realidade. Vol. Único. São Paulo: Scipione, 1997.
HEWITT, P G. Física conceitual. Trad. Trieste Freie Ricci e Maria Helena Gravina. Porto Alegre: Bookman, 2002.
PARANÁ, Djalma Nunes da Silva. Física. Vol. 1, 2 e 3, 6ª ed. São Paulo : Ática, 1998.
RESNICK, R. HALLIDAY, D. Física. Vol. 1, 2 e 3 São Paulo: Livros técnicos e Científicos.S.A, 1996.
SEARS e ZEMANSKI. Física. . Vol. 1, 2, 3 e 4. São Paulo: Livros técnicos e Científicos.S.A, 1985.
SILVIA, Mônica Ribeiro, Competência : A pedagogia do “ Novo Ensino Médio”, São Paulo, 2003, Tese de doutoramento.
PENTEADO, César M, TORRES, Carlos Magno A. FISICA, Ciência e Tecnologia. Vol. 1, 2 e 3, ed. Moderna : São Paulo , 2006
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MENEZES, L.C. A matéria. São Paulo: SBF, 2005;
ROCHA, J.F. (Org) Origens e evolução das ideias da Física. Salvador: EDUFRA,
2002.
www.sbfisica.org.br/rbef
www.fsc.ufsc.br/ccef/
www.ufsem.br/cienciaeambiente
http://www.ifi.unicamp.br/~ghtc/
www.scielo.br
Revista Eletrônica de Ensino de Ciências.
- Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física.
11. ENSINO DA GEOGRAFIA
11.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA
Geografia é uma palavra que tem origem na Grécia antiga, onde "geo" significa
Terra e "graphos" significa escrever, portanto, Geografia é o estudo científico da
superfície da Terra com o objetivo de descrever e analisar a variação espacial de
fenômenos físicos, biológicos e humanos que acontecem na superfície do globo
terrestre.
Modernamente a Geografia é definida como o estudo das relações entre o
espaço e as sociedades. Daí a necessidade, hoje experimentada pelo geógrafo, de
recorrer a outras ciências como à Geologia, Oceanografia, Meteorologia, Ecologia,
Matemática, Estatística, bem como também às Ciências Sociais, tais como a
Economia, Sociologia, História e Política.
A Geografia é o estudo do nosso próprio planeta enquanto morada da
humanidade. Pois ela enfoca a organização da sociedade e nas suas relações com
espaço físico, os diversos aspectos da natureza e da paisagem.
O ensino de Geografia deve partir do princípio de que o trabalho do professor é
ajudar o aluno a entender as diversidades e as mudanças que acontecem no espaço
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geográfico, tornando-o capaz de pensar esse espaço e perceber-se como parte
integrante dele.
O estudo desse espaço pressupõe a compreensão da dinâmica da sociedade,
que nele vive e o (re) produz constantemente, e da dinâmica da natureza, que é a
gênese de todo o real e permanentemente apropriada e modificada pela ação humana.
Portanto, o ensino da Geografia objetiva um estudo integrado do natural e do
social, que não perde a especificidade de cada aspecto dentro da estrutura que está
contido e, as mudanças e adaptações que sofrem ao longo da evolução das
sociedades.
Estabelecer relações com a Natureza fez parte das estratégias de sobrevivência
dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização. Para os povos
navegadores e, conhecer a direção e a dinâmica dos ventos, os movimentos das marés
e as correntes marítimas eram condições de existência. Para os povos agricultores, foi
essencial conhecer as variações climáticas e a alternância entre período seco e
período chuvoso. Esses conhecimentos permitiram às sociedades se relacionarem com
a Natureza e modifica-la em benefício próprio.
11.2. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICO
A análise acerca do ensino de Geografia começa pela compreensão do seu
objeto de estudo. Muitos foram os objetos da Geografia antes de se ter algum
consenso, sempre relativo, em torno da idéia de que o espaço geográfico é o foco da
análise. Entretanto, a expressão espaço geográfico, bem como os conceitos básicos da
Geografia – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade – não se auto-
explicam. Ao contrário, são termos que exigem esclarecimentos, pois a depender do
fundamento teórico a que se vincula, refletem posições filosóficas e políticas distintas.
O objetivo do espaço geográfico é entendido como interdependente do sujeito
que o constrói. Trata-se de uma abordagem que não nega o sujeito do conhecimento
nem supervaloriza o objeto, mas antes, estabelece uma relação entre eles,
entendendo-os como dois pólos no processo do conhecimento. Assim, o sujeito torna-
se presente no discurso geográfico.
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A espacialização dos fatos, dinâmicas e processos geográficos, bem como a
explicação das localizações relacionais dos eventos em estudo são próprias da análise
geográfica da realidade.
11.3. AVALIAÇÃO
O processo de avaliação será norteado a partir da implementação de um ensino
crítico, através do desenvolvimento cognitivo do aluno e o desenvolvimento de suas
habilidades (raciocínio, aplicação de conceitos, capacidade de observação e de crítica)
e atitudes (sociabilidade, responsabilidade, ausência de preconceitos).
É proposto também uma avaliação contínua ou permanente (qualitativa) pois o
objetivo da avaliação não é prejudicar o educando e, sim orientá-lo, através de
atividades permanentes onde possam demonstrar capacidades e dificuldades que
também serão uma forma de acompanhar o trabalho pedagógico do professor.
Nesse sentido, a avaliação deve proporcionar articulações entre teoria e pratica
para possibilitar a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das
relações sócio-espaciais, ou seja, a avaliação visa priorizar a qualidade e o processo
de aprendizagem e o desempenho do aluno ao longo da período letivo.
11.4. OBJETIVO GERAL
Deseja-se que o aluno seja capaz de: compreender o significado e a importância
da geografia para o entendimento da realidade e transformação do espaço em que
vive, construir o conceito de espaço geográfico enquanto um produto das relações
entre os homens e destes com a natureza como, o reconhecimento dos processos em
que está inserido o aluno reconhecendo a dinâmica das paisagens natural e cultural
identificando seus elementos bem como o trabalho humano como agente modificador
desse espaço.
11.5. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço
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Relações de produção e de trabalho. Discutir como as sociedades produzem o
espaço geográfico sob a perspectiva da produção de objetos (fixos e móveis)
necessários para a manutenção da dinâmica da sociedade (capitalista).
Ênfase nas desigualdades econômicas, na produção de necessidades, nas
diferentes classes sociais, na configuração socioespacial.
Os espaços de produção e agropecuário; as aproximações e especificidades de
cada um; a hierarquia dos lugares; as relações econômicas entre as diferentes porções
territoriais como as cidades/províncias, os países e regiões.
Dimensão política do espaço Geográfico
Relações de poder e domínio sobre os territórios. As instâncias e instituições,
oficiais ou não, que governam os territórios.
As relações de poder sobre territórios de escala micro (rua, bairro) até a escala
macro (país, instituições internacionais)
O papel do Estado e das forças políticas não estatais (ongs, narcotráfico, crime
organizado, associações)
As redefinições de fronteiras, orientadas por motivos econômicos, culturais,
sociais, são fundamentais para a discussão de conteúdos específicos.
Conceitos geográficos enfatizados neste conteúdo estruturantes: Território e
Lugar.
Dimensão socioambiental do espaço Geográfico
A lógica das relações sociedade-capital-natureza baliza as discussões deste
conteúdo estruturante.
Questões centrais: a produção do espaço geográfico, a criação de necessidades
e a mobilização de “recursos” naturais para satisfazê-las, no modelo econômico do
capitalismo.
Como as relações sociedade-capital-natureza se concretizam na diferenciação
das paisagens sociais e culturais.
Os conceitos de Sociedade e de Natureza são entendidos como categoria de
análise neste conteúdo estruturante.
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Os conceitos de modo de produção, classes sociais, consumo, sustentabilidade,
dinâmica da natureza e tempo são discutidos da perspectiva da produção espacial e da
paisagem.
11.6. CONTEÚDOS BÁSICOS: ENSINO FUNDAMENTAL 5ª SÉRIE
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias
de exploração e produção.
A formação, localização, exploração e utilização do recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
Critérios de Avaliação
Espera-se que o aluno:
Reconheça o processo de formação e transformação das paisagens
geográficas.
Entenda que o espaço geográfico é composto pela materialidade (natural e
técnica) e pelas ações sociais, econômicas, culturais e políticas.
Identifique as formas de apropriação da natureza, a partir do trabalho e suas
consequências econômicas, socioambientais e políticas.
Forme e signifique os conceitos de paisagem, lugar, região, território, natureza e
sociedade.
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Identifique as relações existentes entre o espaço urbano e rural: questões
econômicas, ambientais, políticas, culturais, movimentos demográficos, atividades
produtivas.
Entenda a transformação e a distribuição espacial da população, como resultado
de fatores históricos, naturais e econômicos.
Identifique as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.
Reconheça as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.
6ª Série
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
Critérios de Avaliação
Espera-se que o aluno:
Aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza, sociedade e
lugar.
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Localize-se e oriente-se no território brasileiro, através da linguagem
cartográfica.
Identifique o processo de formação do território brasileiro e as diferentes formas
de regionalização do espaço geográfico.
Entenda o espaço brasileiro dentro do contexto mundial, compreendendo suas
relações econômicas, culturais e políticas com outros países.
Identifique as áreas de proteção ambiental e sua importância para a preservação
dos recursos naturais.
Identifique a diversidade cultural regional no Brasil construída pelos diferentes
povos.
Compreenda o processo de crescimento da população e sua mobilidade no
território.
Relacione as migrações e a ocupação do território brasileiro.
Identifique a importância dos fatores naturais e o uso de novas tecnologias na
agropecuária brasileira.
Entenda o processo de formação e localização dos micro territórios urbanos.
Compreenda como a industrialização influenciou o processo de urbanização
brasileira.
Entenda como a industrialização acelerou a exploração dos elementos da
natureza e trouxe consequências ambientais.
Reconheça a configuração do espaço de circulação de mão-de-obra,
mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.
7ª Série
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações socioespaciais.
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A circulação da mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
Critérios de Avaliação
Espera-se que o aluno:
Forme e signifique os conceitos de região, território, paisagem, natureza,
sociedade e lugar.
Identifique a configuração socioespacial da América por meio da leitura dos
mapas, gráficos, tabelas e imagens.
Diferencie as formas de regionalização do Continente Americano nos diversos
critérios adotados.
Reconheça a constituição dos blocos econômicos, considerando a influência
política e econômica na regionalização do Continente Americano.
Entenda como as atividades produtivas interferem na organização espacial e
nas questões ambientais.
Estabeleça a relação entre o processo de industrialização e a urbanização.
Compreenda as inovações tecnológicas, sua relação com as atividades
produtivas industriais e agrícolas e suas consequências ambientais e sociais.
Entenda o processo de industrialização e a produção agropecuária em sua
relação com a apropriação dos recursos naturais.
Compreenda os fatores que influenciam na mobilidade da população e sua
distribuição espacial.
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Reconheça as configurações espaciais dos diferentes grupos étnicos
americanos em suas manifestações culturais e em seus conflitos étnicos e políticos.
Compreenda a formação, localização e importância estratégica dos recursos
naturais para a sociedade contemporânea.
8ª Série
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
A revolução técnico científico informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
O comércio mundial e as implicações socioespaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores
estatísticos da população.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
Critérios de Avaliação
Espera-se que o aluno:
Forme e signifique os conceitos geográficos de lugar, território, natureza,
sociedades, região.
Identifique a configuração socioespacial mundial por meio da leitura dos mapas,
gráficos, tabelas e imagens.
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Reconheça a constituição dos blocos econômicos considerando a influência
política e econômica na regionalização mundial.
Compreenda que os espaços estão inseridos numa ordem econômica e política
global, mas também apresentam particularidades.
Relacione as diferentes formas de apropriação espacial com a diversidade
cultural.
Identifique os conflitos étnicos e separatistas e suas consequências no espaço
geográfico.
Identifique a estrutura da população mundial e relacione com as políticas
demográficas adotadas nos diferentes espaços.
Reconheça as motivações dos fluxos migratórios mundiais.
Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas atividades
produtivas.
Entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produtivas.
Analise as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego de
tecnologias de exploração e produção.
Entenda a importância das redes de transporte e comunicação no
desenvolvimento das atividades produtivas.
11.7 Conteúdos básicos: Ensino Médio
A formação e transformação das paisagens.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de
exploração e produção.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço
geográfico.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnica científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
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O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização recente.
A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores
estatísticos.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio as e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
Critérios de Avaliação
Espera-se que o aluno:
Aproprie-se dos conceitos de região,território, paisagem, natureza e lugar.
Compreenda a formação natural e transformação das diferentes paisagens pela ação
humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalista.
Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas.
Compreenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas atividades
produtivas.
Identifique os problemas ambientais globais decorrentes da forma de exploração e uso
dos recursos naturais.
Reconheça a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das atividades
produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da população.
Compreenda a importância da revolução técnico-científica informacional e sua relação
com os espaços de produção, circulação de mercadorias e nas formas de consumo.
Entenda a importância das redes de comunicação e de informação na formação
dos espaços mundiais.
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Identifique a relação entre a produção industrial e agropecuária e os problemas
sociais e ambientais.
Reconheça as interdependências econômicas e culturais entre campo e cidade
e suas implicações socioespaciais.
Entenda o processo de crescimento urbano e as implicações socioambientais.
Compreenda que os espaços de lazer são também espaços de trabalho,
consumo e de produção.
Compreenda a espacialização das desigualdades sociais evidenciadas nos
indicadores sociais.
Entenda como se constitui a dinâmica populacional em diferentes países.
Estabeleça a relação entre impactos culturais, demográficos e econômicos no
processo de expansão das fronteiras agrícolas.
Reconheça o caráter das políticas migratórias internacionais referentes aos
fatores de estímulo dos deslocamentos populacionais.
Diferencie as formas de regionalização do espaço mundial, considerando a
divisão norte-sul e a formação dos blocos econômicos.
Analise a formação dos territórios supranacionais decorrente das relações
econômicas e de poder na nova ordem mundial.
Compreenda a regionalização do espaço mundial e a importância das relações
de poder na configuração das fronteiras e territórios.
11.8 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O estudo do espaço geográfico pressupõe a compreensão da dinâmica da
sociedade que nela vive e se reproduz constantemente e da dinâmica da natureza,
fonte primeira de todo o real e permanentemente apropriada e modificada pela ação
humana como por exemplo, desenvolver pesquisa sobre o cotidiano e sensibiliza-lo
para questões e problemas de cunho social, estimular a criatividade a partir de
conteúdos estudados, desenvolver a comunicação e a expressão oral oferendo-lhes a
oportunidade de conhecer e compreender os conteúdos na dimensão física, social e
econômica respeitando a cultura dos povos.
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Considerando a Geografia como a ciência que estuda a realidade, sendo esta
constituída pelas diferentes paisagens (humanizada – campo e cidade, e natural) nas
quais a sociedade se desenvolve, age, produz e transforma, o ensino da Geografia
deve ter como objetivo desenvolver em seus alunos as noções de espaço relacionadas
a estas diferentes paisagens, onde os mesmos tenham condições de compreender a
realidade onde estão inseridos como também sentir-se co-responsáveis pela produção,
construção e transformação do espaço.
A Geografia está, então, identificada como a ciência que busca decodificar as
imagens presentes no cotidiano, suas representações, contribuindo para que se
compreenda como se estabelecem as relações locais com as universais.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO
Textos, livros didáticos, pen-drive, quadro, giz, maquetes, cartazes.
Bibliografia:
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de & RIGOLIN, Tércio Barbosa. Geografia. São
Paulo: Ática, 2005.
BRANCO, Anselmo Lazaro. Geografia Geral e do Brasil – ensino médio/Elian
Alabi Lucci, Cláudio Mendonça. São Paulo: Saraiva, 2003.
MOREIRA, Igos. Construindo o espaço. São Paulo: Ática, 2001.
VESENTINI, José William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. São Paulo: Ática,
2004.
ONTEÚDOSESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOSABORDAGEM12. ENSINO DE HISTÓRIA
12.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DE HISTÓRIA
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As Diretrizes Curriculares apontam para uma análise histórica da disciplina de
História, recusando uma concepção de história como verdade pronta e definitiva,
vinculada a uma determinada vertente do pensamento humano, sem diálogo com
outras vertentes. Os consensos mínimos construídos no debate entre as vertentes
teóricas não são meras opiniões, mas fundamentos do conhecimento histórico que
serão tidos como referenciais para a construção das Diretrizes.
A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e às
relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram
às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações humanas
produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio- históricas, ou
seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de representar, de imaginar, de
instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente.
12.2 OBJETIVO DO ENSINO DE HISTÓRIA
A finalidade da História é expressa no processo de produção do conhecimento
humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a
interpretação dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão
da provisoriedade deste conhecimento. Esta provisoriedade não significa relativismo
teórico, mas que, além de existirem várias explicações e/ou interpretações para um
determinado fato, algumas delas são mais válidas historiograficamente do que outras.
Esta validade é constituída pelo estado atual da ciência histórica em relação ao seu
objeto e a seu método. O conhecimento histórico possui formas diferentes de explicar
seu objeto de investigação, construídas a partir das experiências dos sujeitos.
12.3.CONTEÚDOS
12.3.1 Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos estruturantes para a disciplina de História no Ensino Médio são as
relações de trabalho, relações de poder e as relações culturais, os quais dão seqüência
aos conteúdos estruturantes trabalhados no Ensino Fundamental.
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ENSINO FUNDAMENTAL
- Dimensão Política
A dimensão política está relacionada a questão do poder. Poder este entendido de
forma mais ampla que apenas a relação entre o Estado e os sujeitos, mas também o
estudo dos micro-poderes presentes no cotidiano (fábricas, famílias, prisões,
escolas...). Além dos personagens estudados pela história tradicional, deve-se dar
ênfase ao sujeito comum da história a partir do estudo de espaços e relações sociais
pautadas pelas relações de poder.
- Dimensão Econômico – social: Esta dimensão trata as relações sociais para além
dos denominados modos de produção e dos modelos fechados, onde os papeis, a
priori, já foram determinados em função do capital. Visa, por exemplo, uma abordagem
da historia vista de baixo, dando voz aos excluídos, indo além das fontes oficiais. Deve-
se compreender que as experiências dos diferentes sujeitos se constroem a partir das
relações inter e intra-classes.
Dimensão Cultural: A dimensão cultural permite conhecer os conjuntos de significados
que os homens conferem a sua realidade para explicar o mundo.
- Diversidade das sociedades humanas. Desmistifica a dicotomia cultura
popular x cultura erudita. Trabalha com o conceito de circularidade cultural. Entende
que as representações são construídas, geram práticas e que estas, por sua vez,
podem gerar novas representações.
ENSINO MÉDIO
- Relações de Trabalho
Este conteúdo estruturante permite aprofundar a compreensão das relações no mundo
contemporâneo, como estas se configuram e como o mundo do trabalho se constitui
em diferentes períodos históricos, considerando os conflitos de classe e intra-classes.
- Relações de Poder
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Este conteúdo estruturante permite ao aluno aprofundar a compreensão sobre como as
relações de poder encontram-se em todos os espaços sociais e, também permite
identificar, localizar as arenas decisórias e os mecanismos que a constituíram.
- Relações Culturais
Este conteúdo estruturante permite ao aluno reconhecer a si e aos outros como
construtores de uma cultura comum, compreendendo a especificidade de cada
sociedade e as relações entre elas. E, ainda, entender como se constituíram as
experiências culturais dos sujeitos ao longo do tempo, detectando as permanências e
mudanças nas diversas tradições e costumes sociais.
12.3.2 Conteúdos Específicos
Ensino Fundamental
5ª série
O recorte/tema : Das origens do homem ao século XVI – diferentes trajetórias,
diferentes culturas.
− Produção do conhecimento histórico
− Origem do homem
− Surgimento do homem americano
− Primeiras civilizações
− Sociedades Medievais
− Chegada dos europeus na América
6ª série
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O recorte/tema : Das contestações a ordem colonial ao processo de independência
do Brasil – século XVI ao século XIX.
− declínio do feudalismo
− capitalismo
− expansão mercantil europeia
− absolutismo monárquico
− mercantilismo
− exploração colonial
− relações de trabalho na colônia
− renascimento cultural e científico
- Revolução Industrial
- Independência do Brasil
- Independência da América
- Iluminismo
7ª série
O recorte/tema: Pensando a nacionalidade: do século XIX ao XX – a constituição do
ideários de nação no Brasil.
8ª série
O recorte/tema: Repensando a nacionalidade: do século XX ao XXI - elementos
constitutivos da contemporaneidade.
− República Nova
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− República café com leite
− Reorganização econômica e política do Brasil
− Era Vargas
− Segunda Guerra Mundial
− Guerra Fria
− Descolonização Afro-Ásia
− A República populista brasileira
− Golpe Militar
− Regime Militar
− O processo de redemocratização do Brasil
− O mundo globalizado
Vale ressaltar que o recorte/tema permite a inserção de novos conteúdos por parte
do professor, que deve estar atento a concepção apontada nas Diretrizes.
É importante destacar que os conteúdos específicos e os conteúdos
complementares sejam tratados, a partir das dimensões política, econômico-social e
cultural.
Ensino Médio
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A organização/seriação dos conteúdos para o Ensino Médio deve considerar:
A construção de temporalidade e a relação ou aproximação conceitual de
contextos espaço temporais.
− Recorte espaço/temporal.
− A construção pelos alunos dos conceitos históricos presentes nas Diretrizes.
− Ensino Médio – conteúdos específicos
− O conceito de trabalho
− O mundo do trabalho em diferentes sociedades
− A contribuição do trabalho negro na sociedade brasileira
− A construção do trabalho assalariado
− Transição do trabalho escravo para o trabalho livre
− Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo
− Urbanização e industrialização do Brasil
− O trabalho na sociedade contemporânea
− O Estado nos mundos antigo e medieval
− O Estado e as relações de poder
− Teóricos do Estado na nacional Absolutista
− Teóricos do Estado-nação
− Independência do Brasil e a formação do Estado Nacional
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− O Estado e as relações de poder
− Conflitos Mundiais
− Totalitarismo e violência
− A Guerra Fria e a violência
− Relações de poder e formas de violência
− O Imperialismo
− Socialismo
− História do Paraná
− Urbanização e industrialização do Estado
12.4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO ENSINO DE HISTÓRIA
No Ensino Fundamental justifica-se a importância de se tratar sobre o processo
de construção do conhecimento histórico, ou seja, como é produzido a partir do
trabalho de um pesquisador que tem por objeto de estudos os processos históricos
relativos às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos
que os sujeitos deram às mesmas de forma consciente ou não. A metodologia para o
Ensino Médio tem por base os conteúdos estruturantes, os quais deverão estar
articulados com a fundamentação teórica e os temas selecionados pelos professores e
devem estar assegurados no Projeto Político Pedagógico da escola.
12.5 AVALIAÇÃO DO ENSINO DE HISTÓRIA
A avaliação deve ser formal, processual, continuada e diagnóstica, com finalidade
de superar a avaliação classificatória.
A avaliação de acordo com as Diretrizes Curriculares considera os seguintes
aspectos: a apropriação de conceitos históricos e o aprendizado dos conteúdos
estruturantes e específicos, estes aspectos se complementam e são indissociáveis. O
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professor deve utilizar-se de atividades como leitura, interpretação e análise de textos
historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de narrativas históricas,
pesquisas bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, apresentação de
seminários, entre outras.
Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram
tratados em salas de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência
histórica, apresenta-se alguns apontamentos a serem observados :
- os conteúdos e conceitos históricos que estão sendo apropriados pelos alunos;
- o conceito de tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes
dimensões e contextos históricos propostos para este nível de ensino;
- os alunos empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos
históricos;
- compreendem a história como prática social, da qual participam como sujeitos
históricos do seu tempo;
- analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômico-
social, política e cultural;
- compreendem que o conceito histórico é produzido com base em um método, da
problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisados
produz a narrativa histórica;
- explicita o respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, a partir
do conhecimento dos processos históricos que os constituíram.
- compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar ou
complementar a produção historiográfica já existente.
Estes apontamentos não esgotam os aspectos a serem analisados pelo professor
de História no processo de ensino e aprendizagem, são indicativos que poderão ser
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enriquecidos para orientar o planejamento das práticas avaliativas e a elaboração dos
instrumentos avaliativos em consonância com estas diretrizes.
13. ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
13.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
A disciplina de Língua Portuguesa/Literatura deve ser orientada por práticas de
oralidade, leitura e escrita, vivenciando experiências com a língua em uso,
concretizadas em atividades de leitura, produção de textos e reflexões com e sobre a
língua, norteada por uma concepção teórica que vê a língua em permanente
constituição na interação entre sujeitos históricos e socialmente situada.
O objeto de estudo/ensino da disciplina é a Língua e o Conteúdo Estruturante de
Língua Portuguesa e Literatura é o discurso enquanto prática social concretizando-se
na leitura, escrita e oralidade).
A unidade de ensino é o Texto, como prática de recepção e produção de textos.
A língua é uma realidade histórica, a qual faz o indivíduo buscar uma atividade
inter-humana. É um meio de expressão, de competência textual em situações de
comunicação e interação no seu meio; e, também reflexão acerca dos usos da
linguagem oral e escrita. O que a utiliza é um ser dialético, que a constrói e é
construído por ela, tornando-se assim um ser social, refletindo uma relação intrínseca
entre o linguístico e o social, que precisa ser considerada no estudo da língua. Por isso,
o lugar privilegiado para a análise desse fenômeno é o discurso, que se materializa na
forma de um texto.
Segundo Bakhtin, o enunciado – seja ele constituído de uma palavra, uma frase
ou uma sequência de frases – é a unidade base da língua, é o próprio discurso, já que
é no enunciado que o discurso se constrói. Dessa forma, o discurso, por sua vez,
materializa-se em práticas discursivas, no texto.
Geraldi apoiado em Bakhtin diz, “a língua não é um sistema fechado, pronto,
acabado de que poderíamos nos apropriar”.
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Assim há a necessidade do texto ser entendido e trabalhado em sua dimensão
discursiva e dialética, como espaço de constituição do sujeito e de suas relações
histórico/crítico/sociais, desdobrado em três práticas: leitura, escrita e oralidade.
13.2 OBJETIVOS DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
- O trabalho pedagógico com a Língua Portuguesa/Literatura tem por objetivo
a proliferação do pensamento, o aprimoramento da expressão, da leitura
crítica, bem como da compreensão do fenômeno estético no âmbito da
literatura, de maneira a contribuir tanto na constituição da identidade dos
sujeitos, quanto com a sua formação para o efetivo exercício da cidadania.
- Vivenciar situações em que os alunos tenham oportunidade de refletir sobre
os textos que lêem, escrevem, falam ou ouvem, intuindo, de forma
contextualizada, as características de cada gênero e tipo de texto, assim
como os elementos gramaticais empregados na organização do discurso ou
texto.
- Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus
objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção/leitura.
- Refletir sobre os textos produzidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo
de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização.
- Aprimorar pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento
crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da literatura
a constituição de um espaço
- dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da
oralidade, da leitura e da escrita.
13.3 CONTEÚDOS DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
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13.3.1 Conteúdos Estruturantes
É o discurso enquanto prática social – leitura, oralidade e escrita. Tais práticas
não devem ser fragmentadas em bimestres ou mesmo em séries, mas trabalhadas em
uma perspectiva de continuidade e num grau de dificuldade crescente.
É no contexto das práticas discursivas que se farão presentes os conceitos
oriundos da Linguística, Semiótica, Pragmática, Estudos Literários, Análise do
Discurso, Gramáticas Normativas, descritiva, de usos, entre outros, de modo a
contribuir com o aprimoramento da prática linguística dos estudantes.
13.3.2 Conteúdos Específicos
Na abordagem dos conteúdos específicos todas as séries, o professor deve
considerar:
- Os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao que se pretende
ensinar.
- Nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em função das
possibilidades de compreensão dos alunos nos diferentes momentos do seu
processo de aprendizagem.
- Ampliação do nível de complexidade dos diferentes conteúdos, conforme
autonomia linguística adquirida pelos alunos na realização das práticas
discursivas.
Prática da oralidade:
- Atividades sistemáticas de fala escuta e reflexão sobre a língua que devem
acontecer no interior de atividades significativas.
- Textos literários: canção e textos dramáticos
- Textos de imprensa: noticia, entrevista radiofônica e televisiva, debate e
depoimento.
- Texto de divulgação científica: exposição, debate, relato de experiência
científica.
- Textos de ordem do relatar: historias em família, experiências vividas, diários,
testemunhos, autobiografia, notícia curta, etc.
- Textos argumentativos: exposição e debate
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- Textos instrucionais ou prescritivos: instruções, regras em geral, receitas,
normas.
Conteúdos decorrentes da produção oral em função da reflexão e do uso: a prática da
análise linguística na oralidade:
- Materialidade fônica dos textos poéticos
- Reconhecimento das diferentes possibilidades de uso da língua.
- Recursos linguísticos próprios da oralidade
- As variedades linguísticas e a adequação da linguagem ao contexto de uso:
diferentes registros, grau de formalidade em relação à fala e à escrita.
- Aspectos formais e estruturais do texto.
O que observar na prática da oralidade:
- A utilização, pelo aluno, da linguagem oral, com eficácia, sabendo adequá-la a
intenções e situações comunicativas, conforme as instancias de uso da
linguagem, ou seja, para defender pontos de vista, narrar, relatar, expor, intervir,
formular questões, etc. tendo em
- vista o atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado e
adequação ao nível de linguagem.
Prática da leitura:
- Textos literários: canção, textos dramáticos, romances, crônica, conto, poema,
contos de fada e fábula.
- Textos lúdicos: advinhas, parlendas, quadrinhas, cantigas.
- Textos de narrativa gráfico-visual: histórias em quadrinho, tiras e Cartum.
- Textos de imprensa: noticia, textos informativos e de opinião, classificados,
anúncios, folhetos, entre outros.
- Textos midiáticos: textos publicitários, chats, e-mails, mensagens de telefone.
- Texto de divulgação cientifica: verbetes de dicionário e enciclopédia, relatos de
experiências científicas.
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- Textos de ordem do relatar: histórias em família, experiência vividas, diários,
testemunhos, autobiografias, etc.
- Textos de ordem da correspondência: cartas familiares, correspondências
comerciais, bilhetes, convites.
- Textos argumentativos: textos de opinião, editoriais.
- Textos instrucionais ou prescritivos: instruções, regras em geral, receitas,
normas, leis e estatutos.
Conteúdos decorrentes da leitura em função da reflexão e do uso: a prática da análise
linguística.
- Organização do plano textual: conteúdos veiculados, possíveis interlocutores,
assunto, fonte, papeis sociais representados, intencionalidades e valor estético.
- Diferentes vozes presentes no texto.
- Reconhecimento e importância dos elementos coesivos e marcadores de
discurso para a progressão textual, encadeamento de idéias e para a coerência
do texto, incluindo o estudo, a análise e a importância contextual de conteúdos
gramaticais na organização do texto.
- A importância e função das conjunções no conjunto do texto e seus efeitos de
sentido.
- Expressividade dos nomes e função referencial no texto (substantivos, adjetivos,
advérbios) e efeitos de sentido.
- O uso do artigo como recurso referencial e expressivo em função da
intencionalidade do conteúdo textual.
- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomada e
sequenciação do texto.
- Valor sintático e estilístico dos tempos verbais em função dos propósitos do
texto, estilo composicional e natureza do gênero discursivo.
- Relações semânticas que as preposições e os numerais estabelecem no texto.
- A pontuação como recurso sintático e estilístico em função dos efeitos de
sentido, entonação e ritmo, intenção, significação e objetivos do texto.
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- O que observar na prática da leitura:
- Os processos utilizados pelos alunos para a construção do sentido do texto de
forma colaborativa. Esses processos são: produção de inferências, coerência de
sentido, previsão, conhecimento prévio, leitura de mundo, intertextualidade,
expressão da subjetividade por meio do diálogo e da interação.
- Compreensão do texto de maneira global e não fragmentada.
- Utilização de diferentes modalidades de leitura adequadas a diferentes objetivos:
ler para revisar, obter uma informação, produzir outros textos, adquirir
conhecimentos, etc.
- O entendimento do aluno sobre os elementos linguísticos do texto como pistas,
marcas, indícios de enunciação.
- Compreensão do aluno acerca do funcionamento dos elementos
linguísticos/gramaticais presentes no texto.
Prática da produção textual:
- Textos literários: canções, textos dramáticos, poemas, textos narrativos, etc.
- Textos de narrativa gráfico-visual: histórias em quadrinho.
- Textos de imprensa: noticias, entrevistas, textos informativos e de opinião,
classificados, anúncios, folhetos, entre outros.
- Textos midiáticos: textos publicitários, chats, e-mails, mensagens de telefone.
- Textos de divulgação cientifica : relatos de experiências cientificas.
- Textos de ordem do relatar: histórias em família, experiências vividas, diários,
testemunhos, autobiografias, etc
- Textos de ordem de correspondência: cartas familiares, correspondência
comercial, bilhetes, convites.
- Textos argumentativos: textos de opinião, carta do leitor.
- Textos instrucionais ou prescritivos: instruções, regras em geral, normas, leis e
estatutos.
Conteúdos decorrentes da produção escrita em função da reflexão e do uso: a prática
da análise linguística:
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- Conteúdos relacionados à norma padrão em função do aprimoramento das
praticas discursivas, tendo em vista o uso e o princípio da regularidade:
concordância verbal e nominal, regência verbal e nominal, acentuação, crase,
ortografia, pontuação, tempos verbais.
- Elementos de coesão e coerência na constituição textual, incluindo os conteúdos
relacionados aos aspectos semânticos e léxicos: sinônimos, antônimos,
polissemia, nominalizações, hiperonímia.
- Elementos composicionais formais e estruturais dos diferentes gêneros
discursivos.
O que observar na prática da escrita enquanto processo:
- Atendimento à natureza da informação ou do conteúdo veiculado.
- Adequação ao nível de linguagem e/ou norma padrão.
- Coerência com o tipo de situação em que o gênero se situa (pública, privada,
corriqueira, solene, etc).
- Observância à relação entre os participantes (conhecidos, desconhecidos, nível
social, formação, etc).
- Atendimento aos objetivos do texto
- Unidade temática.
- Clareza na exposição de ideias.
- Utilização dos recursos coesivos.
- Atualização do gênero – as características são percebidas no uso.
13.4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
Segundo Bakhtin (1986) o texto é caracterizado como evento que se concretiza
realmente na interação e, por isso mesmo, não é compreendido apenas nos limites
formais. Acrescente-se a isso uma perspectiva teórica que considera que o texto
extrapola seus limites para abranger, na malha discursiva, aquilo que o antecedeu e
também aquilo que a ele se soma.
Neste sentido a metodologia deve considerar:133
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Um ensino atrelado a ações pedagógicas libertadoras, pautada na construção
do conhecimento de forma crítica, engajado na realidade, de modo a privilegiar a
relação prática/teoria/prática na busca da apreensão das diferentes formas do saber.
Um ensino de Língua Portuguesa que não ignore o contexto histórico, político e
cultural dos agentes do processo educativo bem como da sociedade em que estão
inseridos. Essas bagagens culturais deverão ser consideradas como conteúdos de
aprendizagem superando as barreiras disciplinares e conceituais do conhecimento.
Um ensino em que o educador e o educando são parceiros na construção do
conhecimento sistematizado, sendo o professor o articulador das diversas fontes de
saber relacionando teoria e prática, ciência e a vivência diária numa visão global e não
fragmentada de conhecimento de humanidade.
Uma relação dialética que leve professor/aluno, aluno/aluno, aluno/professor a
exercerem uma prática reflexiva e problematizadora com o objetivo de construir coletiva
e socialmente o conhecimento.
Considerar as multiplicidades de visões analisando a sua lógica, as suas
determinações, a coerência de suas ideias levando-se em consideração o contexto em
que se insere, buscando-se outras tantas maneiras de interpretar o mundo.
Valorizar as práticas inter/trans/disciplinares, uma vez que as diversas ciências
se articulam umas às outras por afinidade.
Desenvolver as potencialidades dos alunos não só no campo intelectual, mas
também no campo emocional, das habilidades artísticas, desenvolvendo, dessa forma
sua criatividade, suas formas de expressão bem,como a capacidade de interagir com o
outro, considerando os valores éticos.
As aulas de Língua Portuguesa devem propor situações de interlocução que
fomentarão atividades de produção e reflexão discursivas. No que se refere às práticas
de leitura, a interlocução deverá não só estimular, como fazer dialogar leituras distintas
suscitadas pelos textos apresentados.
[...] pode-se entender que as práticas da linguagem, enquanto fenômeno de uma
interlocução viva, perpassa todas as áreas do agir humano, potencializando, na escola,
a perspectiva interdisciplinar.
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Destaque-se, aqui, o potencial da Literatura para trazer sabor ao saber:
“verdadeiramente enciclopédica ”ela“ faz girar os saberes, não fixa, não feitichiza
nenhum deles(...) A literatura não diz que sabe alguma coisa, mas que sabe de alguma
coisa; ou melhor: que ela sabe algo das coisas – que sabe muito dos homens”.
(BARTHES, 1989).
Convém lembrar que quando se assume a língua como interação, em sua
dimensão discursiva-textual, o que importa não é o ensino da nomenclatura
gramatical, de definições ou regras (as quais até podem ser re-construídas pelo aluno).
O mais importante é criar oportunidades para o aluno refletir, construir, levantar
hipóteses, a partir da leitura e da escrita de diferentes textos, única instância em que o
aluno pode chegar a compreensão de como a língua funciona e à decorrente
competência textual.
Uma nova perspectiva de trabalho com o texto literário seria o que poderíamos
chamar de perspectiva rizomática: o rizoma é uma raiz subterrânea que se prolonga
horizontalmente (ex: gengibre). O rizoma sugere um movimento que leva a libertação
do pensamento em relação à linha do tempo. Um movimento mais preocupado em
fazer mapas de leituras do que enfeixá-las em gavetas imobilizadas na história.
O professor estimulará as conexões entre um ponto e outro, a serem realizadas
pelos alunos, e estabelecerá, ele mesmo, suas conexões a partir dos textos
apresentados pelos alunos, produzidos por eles ou não. Ao trabalhar com os textos
selecionados por ele mesmo, o professor estimulará as relações dos textos escolhidos
como contexto corrente.
Desenvolver a “Pedagogia do Afeto”.
13.5 AVALIAÇÃO DO ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
Precisa ser entendida como um processo de compreensão do nível de
aprendizagem dos alunos em relação aos conceitos estudados e os objetivos
desenvolvidos, com o fim subsidiar a tomada de decisões quanto ao direcionamento
das intervenções, visando ao aprimoramento do trabalho escolar. Essa ação necessita
ser contínua, com a observação das conquistas e dificuldades do aluno.
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Libâneo (1994), define a avaliação escolar como um componente do processo de
ensino que visa através da verificação e qualificação dos resultados obtidos determinar
a correspondência destes com os objetivos propostos e, daí orientar a tomada de
decisões em relação às atividades didáticas seguintes.
Critérios: Espera-se que o aluno seja capaz de ler com entonação, compreensão,
criticidade; escrever de forma clara e compreensiva; participar nos diálogos, relatos e
discussões, expondo suas ideias, com fluência e desembaraço, argumentando ao
defender seus pontos de vista e de modo especial, adequar o discurso aos diferentes
interlocutores e situações. Desse modo, ele poderá ter o domínio da língua para
interpretar situações reais e intervenções sociais.
Instrumentos:
- Pesquisas - Avaliação formal – Seminários -Auto-avaliação (professor/ aluno)
- Debates - Observação da leitura oral e individual do aluno
- Observação contínua do comportamento do aluno (participação, organização,
atenção, respeito etc).
14.ENSINO DA MATEMÁTICA
14.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA
Levando em consideração o ensino da matemática, devemos considerar que nas
situações do cotidiano a matemática está presente.
A participação do aluno, no processo de construção do conhecimento, deverá
ser registrado, desde que se procedam cálculos que levem ao raciocínio, que
contribuam com uma aprendizagem dinâmica e crítica.
Selecionados os conteúdos em três grupos principais: números, geometria e
medidas, deverão ser trabalhados não de forma isolada, mas inter-relacionados para
que o saber ganhe significado.
A organização e a seleção dos conteúdos se faz necessária para que o aluno
tenha em mente a valorização das definições, abordagens de enunciados e
demonstrações de fórmulas como objeto para propiciar a compreensão dos mesmos.
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Através de reflexões, pode-se buscar alternativas como as novas
práticas metodológicas para propiciar ao aluno a aplicação dos
conhecimentos adquiridos em novas situações.
O objeto de estudo da disciplina matemática, ainda em construção, são as
formas espaciais e as quantidades. No documento das diretrizes curriculares o objeto
de estudo da Matemática encontra desdobrados em campos do conhecimento
matemático, denominado conteúdos estruturantes. São eles:
Ensino Fundamental: Números, Operações e Álgebra; Medidas; Geometria(s) e
Tratamento da Informação.
Ensino Médio: Números e Álgebra , Funções, Geometrias e Tratamento da Informação.
14.2 OBJETIVOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA
A finalidade da Educação Matemática é fazer com que o estudante compreenda
e se aproprie da própria Matemática, concebida como um conjunto de resultados,
métodos, procedimentos, algoritmos, etc. Outra finalidade é fazer com que o estudante
construa por intermédio do conhecimento matemático, valores e atitudes de natureza
diversa, visando a formação integral do ser humano e, particularmente, do cidadão, isto
é, do homem público.
A disciplina de Matemática na Educação Básica visa um processo de ensino e
aprendizagem que contribua para que o estudante tenha condições de constatar
regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada
para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do
conhecimento. Assim, a partir do conhecimento matemático, possibilite ao aluno criticar
questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
14.3 CONTEÚDOS DO ENSINO DA MATEMÁTICA
14.3.1 Conteúdos Estruturantes
Ensino Fundamental
- Números, Operações e Álgebra
- Medidas
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- Geometria
- Tratamento da Informação
Ensino Médio:
- Números e Álgebra
- Geometria
- Funções
- Tratamento da Informação
Conteúdos Específicos
Ensino Fundamental
Números, Operações e Álgebra:
- Sistemas de Numeração Decimal e não decimal;
- Números naturais e suas representações;
- Conjuntos numéricos (naturais, racionais, reais, inteiros e irracionais)
- As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão,
potenciação e radiciação);
- Transformações de números fracionários ( na forma de razão/quociente) em
números decimais.
- Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência;
- Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculo (razão,
proporção, frações decimais).
- Noções de variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da
substituição de letras por valores numéricos.
- Noções de proporcionalidade: fração, razão, proporção, semelhança e diferença.
- Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;
- Equações. Inequações e sistemas de equações de 1º e de 2º graus;
- Polinômios e os casos notáveis;
- Produtos notáveis
- Ângulos
- Fatoração;
- Cálculo de número de diagonais de um polígono;
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- Expressões Numéricas;
- Funções;
- Trigonometria no triângulo retângulo
Medidas:
- Organização do sistema métrico decimal e do sistema monetário;
- Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e
tempo;
- Perímetro. Área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução
de problemas algébricos;
- Capacidade e volume e suas relações;
- Ângulos e arcos – unidade, fracionamento e cálculo;
- Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Talles;
- Triângulo retângulo - Relações métricas e o Teorema de Pitágoras;
- Triângulos quaisquer;
- Poliedro regulares e suas relações métricas.
Geometria:
- Elementos de geometria euclidiana e noções de geometria não euclidiana;
- Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;
- Construções e representações no espaço e no plano;
- Planificação de sólidos geométricos;
- Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas;
- Condições de paralelismo e perpendicularidade;
- Desenho geométrico com uso de régua e compasso;
- Classificação de poliedros e corpos redondos, polígonos e círculos;
- Ângulos, polígonos e circunferência;
- Classificação de triângulos;
- Representação cartesiana e confecção de gráficos;
- Estudo de polígonos encontrados a partir de prismas e pirâmides;
- Interpretação geométrica de equações, inequações e sistemas de equações;
- Representação geométrica dos produtos notáveis;
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- Estudo dos poliedros de Platão;
- Construção de polígonos inscritos em circunferências;
- Círculo e cilindro;
- Noções de geometria espacial.
Tratamento da Informação:
- Coleta, organização e descrição de dados;
- Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas,
diagramas, quadros e gráficos;
- Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e
histogramas;
- Noções de probabilidade;
- Médias, moda e mediana.
Ensino Médio:
Números e Álgebra:
- Conjuntos dos Números Reais: conceito, conjunto dos números naturais,
conjunto dos números inteiros, conjunto dos números racionais, conjunto dos
números irracionais, conjunto dos números reais e operações com conjuntos.
- Noções de Números Complexos: conceito, igualdade de números complexos,
adição e multiplicação de números complexos, divisão de números complexos,
complexos conjugados, plano de Argand-Gaus, forma trigonométrica dos
números complexos, potencias de números complexos, radiciação de números
complexos.
- Matrizes: conceito, representação de matrizes, tipos de matrizes, igualdade de
matrizes, operações com matrizes, matriz identidade e matriz inversa.
- Determinantes: conceito, determinantes de matrizes de 1ª, 2ª e 3ª ordens, menor
complementar e cofator, determinantes de matrizes de ordens maiores que 3,
Teorema de Laplace, propriedades dos determinantes.
- Sistemas lineares: conceito, equação linear, sistema de equações lineares,
classificação de sistemas lineares, sistemas equivalentes, resolução de sistemas
lineares por escalonamento, regra de Cramer e discussão de sistema linear.
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- Polinômios: conceito de polinômios, valor numérico e raiz, função polinomial,
igualdade de polinômios, adição e multiplicação de polinômios, divisão de
polinômios, equações polinomiais, teorema fundamental da Álgebra, Teorema
da decomposição.
Geometria:
- Geometria Plana: semelhança de figuras geométricas planas (feixe de paralelas,
teorema de Talles nas paralelas, teorema de bissetriz interna, triângulos
semelhantes); relações métricas no triângulo retângulo (elementos do triângulo
retângulo, as relações métricas, aplicações do teorema de Pitágoras na
resolução de problemas); polígonos regulares inscritos na circunferência:
relações métricas (polígonos regulares inscritos, medida do lado e apótema do
polígono em função do raio: quadrado inscrito, hexágono regular inscrito,
triângulo equilátero inscrito; polígonos regulares inscritos; medida do
cumprimento da circunferência); áreas de figuras geométricas planas (retângulo,
quadrado, paralelogramo, triângulo e seus casos particulares: triângulo retângulo
e triângulo equilátero, losango, trapézio, hexágono, circulo e suas partes).
- Geometria Espacial: noções sobre poliedros (poliedros convexos, relação de
Euler, poliedros de Platão, poliedros regulares); estudo do prisma (conceito,
elementos, classificação, área, volume, paralelepípedos: retângulo e cubo);
estudo da pirâmide (conceito, elementos, classificação, área, volume, tronco,
tetraedo regular); estudo do cilindro (conceito, elementos, classificação, área,
volume, seção meridiana, cilindro equilátero); estudo do cone (conceito,
elementos, classificação, área, volume, tronco, seção meridiana, cone
equilátero); estudo da esfera (conceito, elementos, classificação, área, volume,
partes da esfera).
- Geometria Analítica: ponto e reta (conceitos, sistema cartesiano ortogonal,
distância entre dois pontos, ponto médio de um segmento, condições de
alinhamento de três pontos, inclinação de uma reta, equação da reta: forma
reduzida, segmentaria geral e paramétrica, posições relativas de duas retas no
plano, distância entre ponto e reta, ângulos de duas retas concorrentes, área do
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triângulo); circunferência ( conceito, equação da circunferência, posições
relativas entre um ponto e uma circunferência,, posições relativas de uma reta e
uma circunferência, posições relativas de duas circunferências), seções Cônicas
(conceito, parábola, elipse, hipérbole).
- Noções básicas de Geometria Não-euclidiana: introdução e conceitos básicos.
Funções:
- Função Afim: conceito, domínio e imagem, coeficiente da função afim, zero e
equação de 1º grau, crescimento e decrescimento, estudo do sinal e
inequações.
- Função Quadrática: conceito, zeros e equação do 2º grau, coordenadas do
vértice da parábola, imagem, construção da parábola, estudo do sinal e
inequações.
- Função Modular: conceitos da função modular e função definida por mais de
uma sentença, módulo de um número, construção e abordagem gráfica, domínio
e imagem. Função composta, funções compostas com a modular, equações
modulares e inequações modulares.
- Função Exponencial : potencias de expoente natural, potencia de expoente
inteiro negativo, raiz n-ésima (enésima) aritmética, potência de expoente
racional, conceito de função exponencial e inequações exponenciais.
- Função Logarítmica: Logaritmos – conceitos, propriedades operatórias dos
logaritmos e mudança de base. Função Logarítmica – equações exponenciais,
equações logarítmicas, inequações exponenciais e inequações logarítmicas.
- Função Trigonométrica – trigonometria no triangulo retângulo – conceito, razões
trigonométricas (seno de um ângulo agudo, tangente de um ângulo agudo),
relação seno2x + cos2 = 1, ângulos notáveis ( 30º , 45º e 90º ). Senos de dois
ângulos suplementares, lei dos senos ou teorema dos senos, lei dos cossenos
ou teorema dos cossenos ou teorema dos cossenos e expressões da área de
um triângulo. Funções Trigonométricas (Funções Circulares, Funções
Periódicas) – Relações Fundamentais – (medidas de arcos e ângulos e o ciclo
trigonométrico), função seno ( y= sem x), função cosseno ( y = cós x), função
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tangente ( y = tg x = ___), sinais no ciclo trigonométrico, função cotangente
( cotg x = ___ ), função secante (séc x = __ ), função cossecante (cossec x
=__ ). Construção gráfica e conceito de domínio e imagem. Funções
trigonométricas inversas (função arco-seno, função arco-cosseno, função arco-
tangente. Transformações trigonométricas. Equações e in equações
trigonométricas).
- Progressão Aritmética: conceitos de sequencias numéricas, conceito de
progressão aritmética, termo geral da P.A. e soma dos n primeiros termos de
uma P.A.
- Progressão Geométrica: conceito de uma progressão aritmética, termo geral de
uma P.G. e soma dos n primeiros termos de uma P.G.
Tratamento da Informação:
- Análise Combinatória; conceito, princípio fundamental da contagem, fatorial de
um número natural, arranjos, permutações (simples, circular e com elementos
repetidos) e combinações.
- Estatística: conceito, variável discreta e variável contínua, organização de
dados em tabelas, representação gráfica, medidas de posição (médias, moda,
mediana, relações entre média aritmética, mediana e moda), medidas de
dispersão (amplitude, desvio médio, desvio padrão, variância, coeficiente de
variação, quartis, decis, percentis) e medidas de assimetria.
- Probabilidade: conceito, experimento aleatório, espaço amostral, evento,
probabilidades em espaços amostrais equiprováveis, probabilidade da união de
dois eventos, probabilidade condicional, probabilidade de dois eventos
simultâneos (ou sucessivos) e experimentos e descontos simples.
- Matemática Financeira: retomar conceitos de razão e proporção, porcentagem e
juros simples, Juros compostos e descontos simples.
- Binômio de Newton: conceito, coeficientes binomiais, triângulo de Pascal,
somatório, desenvolvimento de (a+b)n e termo do binômio.
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14.4 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DO ENSINO DA
MATEMÁTICA
O ensino da Matemática tratará a construção do conhecimento matemático, por
meio de uma visão histórica em que os conceitos foram apresentados, discutidos,
construídos e reconstruídos, influenciando na formação do pensamento humano e na
produção de sua existência por meio dos ideais e da tecnologia.
É necessário que o processo de ensino e aprendizagem em Matemática contribua para
que o estudante tenha condições de constatar regularidades matemáticas,
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar
fenômenos ligados à matemática e outras áreas do conhecimento.
Assim, a partir desses conhecimentos seja possível o estudante participar
ativamente na sua formação assumindo posicionamentos críticos a respeito das
questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
O como ensinar Matemática está vinculado às reflexões realizadas por
educadores matemáticos. Encontram-se apontamentos para o exercício da prática
docente nas tendências temáticas e metodológicas da Educação Matemática. Beatriz
D’Ambrósio (1988), elege algumas propostas metodológicas que procuram alterar as
maneiras pelas quais se ensina Matemática. A autora destaca a Resolução de
Problemas, a Modelagem Matemática, o uso de Mídias Tecnológicas, a
Etnomatemática e a História da Matemática.
Resolução de Problemas: é o meio pelo qual o estudante terá a oportunidade de
aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações. Na solução de um
problema, o estudante precisa ter condições de buscar várias alternativas que almejam
a solução. De acordo com Schoenfeld (1997), a resolução de problemas pode
possibilitar aos estudantes, compreender os argumentos matemáticos e ajudar a vê-los
como um conhecimento passível de ser apreendido por todos os sujeitos presentes no
processo de ensino e aprendizagem.
É importante lembrar que a resolução de exercícios e resolução de problemas
são metodologias diferentes. Enquanto na resolução de exercícios os estudantes
dispõem e utilizam mecanismos que os levam, de forma imediata, à solução, na
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resolução de problemas, isto não ocorre de forma imediata, pois, muitas vezes, é
preciso levantar hipóteses e testá-las. Desta forma, uma mesma situação pode ser um
exercício para alguns e um problema para os outros, dependendo dos seus
conhecimentos prévios.
Etnomatemática: o papel da etnomatemática é reconhecer e registrar questões de
relevância social que produzem conhecimento matemático.
Esta tendência leva em consideração que não existe um único saber, mas vários
saberes distintos e nenhum é menos importante que outro.
Modelagem Matemática: De acordo com Barbosa (2001, p.6), a Modelagem
Matemática é entendida como sendo “um ambiente de aprendizagem no qual os
alunos são convidados a indagar e/ou investigar, por meio da Matemática, situações
oriundas de outras áreas da realidade. Estas se constituem como integrantes de outras
disciplinas ou do dia-a-dia; os seus atributos e dados quantitativos existem em
determinadas circunstâncias”.
Mídias Tecnológicas: as ferramentas tecnológicas são interfaces importantes no
desenvolvimento de ações em Educação Matemática. Destacam que abordar
atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatizam um aspecto
fundamental na proposta pedagógica da disciplina: a experimentação. De posse dos
recursos tecnológicos, os estudantes conseguem desenvolver argumentos e
conjecturas relacionadas às atividades com as quais se envolvem, sendo as
conjecturas resultado dessa experimentação.
História da Matemática: Elaborar problemas, partindo da História da Matemática é
oportunizar ao aluno conhecer a Matemática como campo do conhecimento que se
encontra em construção e pensar em um ensino, não apenas em resolver exercícios
repetitivos e padronizados, sem nenhuma relação com os outros campos do
conhecimento. É também, uma possibilidade de dividir com eles as dúvidas e
questionamentos que levam à construção da Ciência Matemática.
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14.5 AVALIAÇÃO DO ENSINO DA MATEMÁTICA
Avaliar, segundo a concepção de Educação Matemática adotada nestas
Diretrizes, tem um papel de mediação no processo de ensino e aprendizagem, ou seja,
ensino, aprendizagem e avaliação devem ser vistos como elementos integrantes de um
mesmo sistema. Cabe ao professor considerar no contexto das práticas de avaliação
encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e
subjetividades, isto é, buscar diversos métodos avaliativos (formas escritas, orais e de
demonstração), incluindo o uso de materiais manipuláveis, computador ou calculadora.
Desta forma, rompe-se com a linearidade e a limitação que tem marcado as práticas
avaliativas.
Na proposta de Educação Matemática o professor é o responsável pelo
processo de ensino e da aprendizagem e precisa considerar nos registros escritos e
nas manifestações orais de seus alunos, os erros de raciocínio e de cálculo do ponto
de vista do processo de aprendizagem. Nesse sentido, passa a subsidiar o
planejamento de novos encaminhamentos metodológicos. Dessa forma, o professor
poderá problematizar:
- Por que o aluno foi por este caminho e não por outro?
- Que conceitos utilizaram para resolver uma atividade de uma maneira
equivocada?
- Como ajudá-lo a retomar o raciocínio com vistas à apreensão de conceitos?
- Que conceitos precisam ser discutidos ou rediscutidos?
- Há alguma lógica no processo escolhido pelo aluno ou ele fez uma tentativa
mecânica de resolução?
15. ENSINO DA QUÍMICA
15.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA QUÍMICA
Madeira, ossos, rochas e peles foram os primeiros materiais utilizados pelo ser
humano. Aprendendo a transformá-los , pudemos fabricar ferramentas e objetos. O ser
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humano dominou o fogo e pôde provocar novas transformações, o calor foi empregado
para cozinhar, o barro foi moldado e cozido em objetos para armazenar alimentos e
água. Desse modo, a utilização e transformação dos materiais e o domínio do fogo
significaram um grande passo a humanidade.
Nossos antepassados procuravam por poções e procedimentos que pudessem
controlar as forças da natureza e colocá-las a seu serviço. Com isso, foram se
acumulando conhecimentos práticos que usados e aprimorados levaram ao
desenvolvimento de técnicas como fermentação, tingimento, vitrificação e metalurgia.
Durante milhares de anos perdurou este modo de interpretar o mundo, mas à
medida que as técnicas de controle da natureza se tornaram mais eficientes uma nova
percepção do mundo se formou.
No século V a .C. os Gregos introduziram a ideia do mundo ser formado por
átomos e das infinitas maneiras como podiam ser combinados.
No período de 300 a 1400 desenvolveu-se a alquimia (técnica sagrada de
transformação de metais em ouro). Ela admitia a ideia de uma substância que colocada
em contato com qualquer metal o transforma em ouro. Tal substância recebeu os
nomes de tintura, elixir e pedra filosofal, e teria propriedades semelhantes a dos
remédios: curar doenças e dar longa vida ou até mesmo a eternidade. Os Alquimistas
deixaram um rico legado. Na tentativa de provar suas crenças examinaram e testaram
praticamente todas as substancias conhecidas, desenvolvendo assim boa quantidade
de conhecimentos relativos a medicamentos e compostos químicos além de
desenvolver boa parte dos processos usados industrialmente hoje.
A concepção dos alquimistas de um universo vivo compreendido por meio de
signos e símbolos começa a romper-se no século XVII, dando lugar a uma
interpretação quantitativa e mecanicista do mundo e da matéria.
Surgem duas grandes figuras no período de transição medieval para a ciência
moderna: Francis Bacon (1561-1626) e René Descartes (1596-1650) se preocuparam
com procedimentos a serem adotados pelo cientista em seu trabalho de investigação
da natureza.
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Posteriormente as ideias de Colbe (1627-1691) acerca da constituição da
matéria resumidas nos postulados de modelo atômico:
- A matéria é formada por entidades extremamente pequenas chamadas átomos.
- Os átomos são indivisíveis.
- Os átomos estão em constante movimento.
- Existem diferentes tipos de átomos.
- Os átomos podem se combinar de diferentes maneiras formando agregados
atômicos.
Com esse modelo iniciamos o estudo da Química moderna que é a ciência que
estuda a matéria, suas características e transformações. O conhecimento das
propriedades da matéria permite seu uso adequado e a identificação e distinção e
criação de diferentes tipos de materiais. (Texto adaptado de NÓBREGA, Olimpio Salgado et All
Química volume único- editora Ática-2008)
15.2 FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS QUE NORTEIAM A DISCIPLINA.
Assim como os demais conhecimentos científicos, é importante ressaltar que o
conhecimento químico é construído pelos homens e que por isso está em constante
transformação ao longo dos tempos, sempre influenciado pelo contexto histórico-social
da época. Sendo assim, fica claro que o conhecimento químico não é neutro e esta
sujeito a defender teorias e/ou modelos provisórios frutos de um dado tempo histórico.
Por isso, é importante que o ensino de química não seja focado na memorização
de fórmulas, conceitos, nomenclaturas e classificações. É necessário priorizar o
desenvolvimento de um aluno crítico, de um aluno que consiga interpretar a sua
realidade e intervir nela através de seus conhecimentos. Este fato é extremamente
relevante em uma sociedade como a atual, na qual o lucro, o consumo desenfreado e o
desperdício são a força motriz da economia, bem como as principais causas dos atuais
problemas ambientais.
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Há de se considerar, ainda, a vivência e os conceitos prévios dos alunos, a fim
de facilitar a troca de conhecimentos e a possível reconstrução de conceitos e ideias
que facilitem a compreensão do mundo em que estão inseridos.
O conhecimento químico deve proporcionar a inserção do aluno na cultura
científica, ou seja, deve aproximar o aluno do fazer científico, desmistificando, assim, a
figura do cientista inabalável, detentor do conhecimento e das verdades absolutas. O
aluno precisa ter a oportunidade, ainda, de se envolver no desenvolvimento das
práticas experimentais, na análise de situações cotidianas, bem como na busca de
relações entre a química, o cotidiano e a tecnologia. Este processo é essencial para
que ocorra uma aprendizagem significativa do aluno, com uma apropriação real do
conhecimento científico, contribuindo, assim, com o desenvolvimento de um sujeito
capaz de compreender e questionar a ciência do seu tempo.
15.3 A AVALIAÇÃO
A Avaliação deve ser formativa, condicionada ao desenvolvimento do aluno
descrito no diagnóstico inicial. Esse processo ocorre por meio de interações recíprocas,
no dia a dia, no transcorrer da própria aula e sujeita a alterações em sua estrutura. Os
critérios e formas de avaliação devem ser claros para os alunos.
Em Química um dos principais critérios é a formação de conceitos científicos.
Logo, os instrumentos não devem estar restritos a provas, podendo ser usados
apresentações individuais ou em grupo, demonstrações de experiências (laboratório),
pesquisas bibliográficas que vêem complementar os ensinamentos de sala de aula.
O aluno deve ser criterioso em relação a leituras e debates, utilizando o
conhecimento químico as questões de seu dia a dia.
Esta forma de avaliação exige do professor critica a respeito do ensino da
Química.
Não se podem considerar os ensinamentos como verdades absolutas uma vez
que teorias vão sendo derrubadas à medida que o conhecimento humano progride.
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15.4. OBJETIVO DA DISCIPLINA
Desenvolver o raciocínio lógico necessário para a compreensão da linguagem e
do pensamento químico ampliando assim sua interação com o mundo e a comunidade
que o cerca.
15.5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Matéria e sua Natureza
- Biogeoquímica
- Química Sintética.
15.5.1 Conteúdos Específicos
- Matéria e Sua Natureza:
Estrutura da matéria
fenômenos físicos e químicos
substância, misturas
métodos de separação
estrutura atômica,
distribuição eletrônica
tabela periódica
ligações químicas
funções químicas,
classificação de reações químicas
radioatividade.
- Biogeoquímica:
Reações Químicas (balanceamento e estequiometria)
Soluções;
Termoquímica: entalpia, lei de Hess, reações endotérmicas e exotérmicas;
Cinética Química: velocidade de reação, fatores que influenciam a velocidade de
reações
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Equilíbrio Químico: calculo da constante de equilíbrio, deslocamento do
equilíbrio, equilíbrio iônico e da água, pH e pOH.
Eletroquímica (pilha eletrólise e baterias).
- Química Sintética:
Estudo da Química do carbono
classificação de cadeias
Funções orgânicas: Alcoóis, aldeídos, cetonas, fenóis, éteres, ésteres, ácidos
carboxílicos, aminas, amidas, nitrocompostos,
funções oxigenadas e nitrogenadas,
Isomeria plana e espacial
Fonte de compostos orgânicos naturais e sintéticos
reações orgânicas.
Radioatividade
15.5.2 Objetivos específicos.
- Matéria e sua natureza:
- Caracterizar os modelos atômicos de Dalton, Thomson, Rutherford-Bohr e
estabelecer comparação entre eles.
- Exibir as diferentes maneiras de interação (ligações) entre átomos para a
formação de substancias.
- Compreender as transformações químicas da matéria como resultante de
quebra de ligação e rearranjo para a formação de novas substâncias.
- Reconhecer as funções químicas (ácidos, bases, sais e óxidos) através da
identificação de suas propriedades funcionais e sua forma peculiar de escrita.
- Compreender as relações qualitativas e quantitativas de massa atômica , de
quantidade de matéria (mol) e número de Avogadro nos fenômenos químicos.
Biogeoquímica:
- Identificar e relacionar unidades de medida usadas para diferentes grandezas,
como energia, densidade, volume e concentração de solução.
- Analisar e compreender gráficos e tabelas.
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- Classificar as reações quanto à variação de energia;
- Expressar as grandezas variação de entalpia de reação (calor de reação) e
entalpia de formação (calor de formação) em Joule (J) ou Quilojoule (KJ) em
caloria (cal) ou quilocaloria (Kcal).
- Calcular a variação da Entalpia (ΔH) de reações por intermédio de gráficos de
energia, tabelas ou equações termoquímicas (aplicação da lei de Hess) .
- Calcular a variação da Entalpia (ΔH) de uma reação com base em dados de
energia de ligação e vive-versa.
- Reconhecer os principais fatores que modificam a rapidez das reações
(temperatura, superfície de contato , concentração e o uso de catalisadores).
- Relacionar os conceitos de pH e pOH das soluções aquosas e suas
implicações nos fenômenos naturais como chuva ácida.
- Compreender que se pode obter energia elétrica a partir de reações químicas
simples.
- Prever a espontaneidade de uma reação química , a ocorrência de uma reação
de oxido-redução , analisando o valor do potencial padrão da pilha, em tabelas
(ddp) de potenciais – padrão redução.
Química Sintética
- Reconhecer a importância da química orgânica na atualidade.
- Caracterizar as principais diferenças entre os compostos orgânicos e
inorgânicos.
- Relacionar os diversos compostos orgânicos com o cotidiano enfatizando sua
obtenção e aplicação como matéria-prima para a fabricação de vários materiais,
Poe ex.: o petróleo como fonte de hidrocarbonetos.
- Identificar grupos funcionais de compostos orgânicos oxigenados, nitrogenados
e halogenados.
- Compreender os códigos e símbolos próprios da Química para nomear
compostos orgânicos de acordo com as regras oficiais recomendadas pela
IUPAC e nomenclatura usual.
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- Reconhecer os principais usos e aplicações industriais das substancias
oxigenadas, nitrogenadas e halogenadas.
Identificar os diferentes tipos de isomeria.
- Dispor as questões de algumas reações especifica importantes dos
hidrocarbonetos, alcoóis e ácidos carboxílicos.
- Reconhecer a importância dessas reações nos processos de transformação
das matérias-primas.
− Identificar os principais fenômenos radioativos.
15.6 Encaminhamento metodológico e recursos didáticos
aulas teóricas expositivas;
caixa de perguntas (ideia e construção do professor);
vídeos;
experimentos de laboratório;
textos informativos;
software de uso livre;
multimídia,
TV pen drive
livro didático da SEED, livro didático governo federal, livros de leitura sugerida
da biblioteca do professor.
15.7 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
- Matéria e sua natureza:
Analisar se o aluno compreende a relação do conteúdo assimilado e sua
utilização no dia a dia (densidade porque as substancias flutuam e ou afundam).
Identificar os diferentes modelos atômicos e compreender o uso da Tabela
Periódica.
A diferenciação entre as quatro funções inorgânicas ácidos, bases, sais e óxidos
A correta classificação das reações químicas.
- Biogeoquímica:
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Analisar se o aluno compreende a relação do conteúdo assimilado e sua utilização
no dia a dia “como e porque do cozimento mais rápido em temperatura mais elevada”.
Construir e utilizar os diversos tipos de pilhas e baterias.
Caracterizar a variação de energia e velocidade de reações químicas.
Relacionar propriedades.
- Química Sintética
Analisar se o aluno compreende a relação do conteúdo assimilado e sua
utilização no dia a dia , ler e compreender rótulos de alimentos e medicamentos.
A diferenciação e caracterização entre as funções orgânicas .
Relacionar propriedades de compostos orgânicos.
A diferenciação entre as estruturas moleculares orgânicas.
Prever e diferenciar as estruturas orgânicas espaciais e sua influência nos
organismos vivos.
Prever reações orgânicas.
Prever o decaimento radioativo de uma substância.
Referências Bibliográficas:
(LDP)-Secretaria de Estado da Educação
Química – Ensino médio – Superintendência da educação. 2 edição
CARGRAPHICS – Impressão
REIS, Martha Química Integral vol. Único.
Editora Ática.
USBERTO & SALVADOR. Química Geral vol. 1, 2, e 3
Editora Saraiva
CARVALHO, Geraldo Camargo de Química Moderna.
Editora Scipione
UNIFICADO, Apostilas 1 e 2 , autores Diversos
Editora Unificado
(LQM)-NÓBREGA, Olimpio Salgado
Química volume único - - 1 Ed - - São Paulo -. Ática , 2005.
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CASTELLAN, Gilbert, Fundamentos de Físico-Química. Editora LTC.
(LBP)-VANIN Jose Atílio – Alquimistas e Químicos
Diretrizes Curriculares da Educação Básica- Secretaria de Estado da Educação do
Paraná - 2008
16. ENSINO DA FILOSOFIA
16.1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Filosofia compreende ao mesmo tempo, a sua própria história -
um conteúdo produzido pelos filósofos ao longo do tempo, mas também a arte de
filosofar ou seja, o exercício do pensamento em busca do entendimento dos seres, dos
objetos, das pessoas e do meio em que se vivem. Portanto, um pensar histórico, crítico
e criativo, que discute os problemas da vida à luz da história da Filosofia.
Partindo, pois, do principio de que o ensino da Filosofia é um espaço para a
criação de conceitos, que une a Filosofia ao filosofar, como duas atividades
inseparáveis, espera-se que o educando ao ir aos textos filosóficos, possa pensar e
argumentar criticamente e assim aprenda a sublime arte de filosofar. Eis aí, segundo
Severino, o grande desafio com que nos deparamos (SEVERINO, 2004, p.108).
A Filosofia tem como objeto a investigação de problemas filosóficos que têm
recorrência histórica e seus conceitos, que são criados e ressignificados também
historicamente, gerando discussões promissoras e criativas que podem desencadear
ações transformadoras, individuais e coletivas, nos sujeitos do fazer filosófico.
É um saber que opera por questionamentos, conceitos e categorias de
pensamento que buscam articular a totalidade espaço-temporal e sócio-histórica em
que se dá o pensamento e a experiência humana. O pensamento filosófico deve
formular questões sobre a significação; sobre a estrutura, sobre as relações e sobre a
origem de um objeto, de um valor, de uma ideia.
Com relação ao pensamento, a reflexão pode se dar a partir do questionamento
dos motivos e razões; do conteúdo e do sentido; da intenção e da finalidade do
pensamento e das ações.
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16.2. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
A disciplina de Filosofia é um espaço para o exercício do pensamento filosófico.
Os passos para a experiência filosófica são: a sensibilização, a problematização, a
investigação e a interlocução com o texto filosófico, no sentido de compreender seu
conteúdo e seu significado para o nosso tempo, buscando a criação/recriação de
conceitos.
“(...) a própria prática da Filosofia leva consigo o seu produto e não é possível
fazer Filosofia sem filosofar, nem filosofar sem Filosofia não é um sistema acabado,
nem o filosofar apenas a investigação dos princípios universais propostos pelos
filósofos(...). ( GALLO; KOHAN, 2000.P 184)”
Portanto, os objetos de estudo/ensino da Filosofia são os problemas, conceitos e
ideias presentes no exercício do próprio pensar do educando, através da “leitura e da
escrita”.
16.3 AVALIAÇÃO DO ENSINO DA FILOSOFIA
A avaliação deve ser concebida na sua função diagnóstica, isto é, ela não tem
finalidade em si mesma, mas sim tem a função de subsidiar e redirecionar o curso da
ação no processo ensino - aprendizagem.
16.4 OBJETIVO GERAL
Estudar o significado histórico da compreensão filosófica do mundo e sua
relação com a analise da realidade tal qual ela é produzida.
Oferecendo aos educandos uma possibilidade de compreensão das
complexidades do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e
especializações, e que se manifesta quase sempre de forma fragmentada.
Um dialogar com outras disciplinas na busca da compreensão do mundo da
linguagem, da literatura, da história, das ciências e da arte. Que possibilite aos
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educandos o acesso ao saber filosófico produzido historicamente como
fundamento do pensamento ocidental.
- Aprimoramento no educando a sua formação ética, desenvolvendo a autonomia
intelectual e a capacidade de criticidade sobre o conhecimento espontâneo e
científico para que o mesmo possa realizar uma síntese acerca da realidade
sócio-histórico-política.
16.5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Mito e Filosofia
- Teoria do Conhecimento
- Ética
- Filosofia Política
- Estética
- Filosofia da Ciência
16.5.1 Conteúdos Específicos
Ensino Médio
1º Ano:
- Mito e Filosofia: Mito e Filosofia - Ironia e Maiêutica, dialética e analítica
aristotélica.
- Teoria do Conhecimento: o problema do conhecimento; Filosofia e questões de
método (científico); Perspectiva do conhecimento.
2° Ano
- Ética: A virtude na Antiguidade; A Amizade, Amor e Paixão; A Liberdade:
Questões sobre o Bem e a Justiça;
- Filosofia e Política: A busca da essência da política; A Política na Antiguidade e
na Modernidade; Política e violência; Formas de Governo contemporâneas.
3º Ano:
- Filosofia da Ciência: O progresso da Ciência; Pensar a Ciência; Bioética
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- Estética: Pensar a Beleza; A Universalidade do gosto; Necessidade ou Fim da
Arte; O Cinema e as novas percepções de arte.
Conteúdos conforme as Diretrizes Curriculares:
- Mito e Filosofia
- Saber mítico; Saber filosófico; Relação Mito e Filosofia; O que é Filosofia?
- Por caminhos distintos, são tentativas de compreensão do mundo. Para o mito –
as imagens, para a Filosofia – os conceitos. O mito fundamenta-se na
autoridade (quase sempre religiosa) do narrador; a autoridade da filosofia é da
razão, dos argumentos, e não do pensador. O mito não aceita o
questionamento, enquanto a filosofia tem no questionamento e na crítica a sua
base. As grandes questões neste conteúdo são a superação, a permanência e
as formas da experiência mítica no passado e na atualidade, como por exemplo,
na ciência, na tecnologia, na mídia, na política.
- Teoria do conhecimento:
- As formas de conhecimento; O problema da verdade; A questão do método;
Conhecimento e lógica;
Este conteúdo teoriza e problematiza o sentido, os fundamentos, a possibilidade
e a validade do conhecimento. Evidencia os limites do conhecimento,
possibilitando perceber fatores históricos e temporais que influíram na sua
elaboração e assim retomar problemáticas já pensadas na perspectiva de novas
soluções relativas há seu tempo. Entre os clássicos que tratam desse problema
podemos citar filósofos como: Platão, Aristóteles, Descartes, Hume, Kant, Hegel.
- Ética:
- Ética E Moral; Pluralidade Ética; Razão, desejo e vontade; Liberdade;
Trata dos fundamentos da ação humana e dos valores que permeiam as
relações intersubjetivas. Por ser especulativa e também normativa um dos
grandes problemas enfrentados pela Ética é a tensão entre o sujeito (particular)
e a norma (universal). Outra grande questão está na fundamentação dos valores
e das ações: razão ou paixões/desejos. A ética possibilita a problematização,
análise e crítica dos valores, virtude, felicidade, liberdade, consciência,
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responsabilidade, vontade, autonomia, heteronomia, anomia, niilismo, violência,
relação entre meios e fins.
- Filosofia Política:
- Relações entre comunidade e poder; Política e Ideologia; Cidadania formal e
participativa;
Discute as relações de poder para compreender os mecanismos que estruturam
e legitimam os diversos sistemas políticos. Ocupa-se da investigação sobre a
necessidade humana da vida em comum, seja pela capacidade de autogoverno
ou pela necessidade da existência de um poder externo e coercitivo.
Problematiza conceitos como o de cidadania, democracia, soberania, justiça,
igualdade e liberdade, soberania, público e privado, retórica, individuo e cidadão.
- Filosofia da Ciência:
- Concepções de ciência; A questão do método; Contribuições e limites da
Ciência; Ciência e Ideologia; Ciência e Ética;
Filosofia da Ciência é o estudo dos princípios, das hipóteses e dos resultados
das diversas ciências. Discute a provisoriedade do conhecimento científico e o
relacionamento com planos epistemológicos, políticos, econômicos, religiosos.
Ciência e tecnologia são frutos da cultura do nosso tempo e envolvem o
universo do empirismo e do pragmatismo da pesquisa aplicada, daí a
necessidade de entendê-las.
- Estética:
- Natureza da Arte; Filosofia e Arte; Estética e Sociedade;
- Compreender a sensibilidade, a representação criativa, a apreensão intuitiva do
mundo concreto e a forma como elas determinam as relações do homem com o
mundo e consigo mesmo é objeto do conteúdo estruturante de Estética. Voltada
principalmente para a beleza e a arte, a Estética está intimamente ligada à
realidade e às pretensões humanas de dominar, moldar, representar, reproduzir,
completar, alterar, apropriar-se do mundo enquanto realidade humanizada.
Também estão em questão as diferentes concepções sobre a arte, as relações
entre a arte e o pensamento, arte e mercado, arte e sociedade. LDP: Pensar a
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Beleza. A universidade do gosto, necessidade ou fim da Arte? O Cinema e uma
nova percepção.
16.5.2 Encaminhamento Metodológico do Ensino Filosofia
O ensino de filosofia não se confunde apenas com o ensino de conteúdos. Os
conteúdos são elementos mediadores fundamentais para que se possa desenvolver o
ensino de filosofia. Portanto o ensino de filosofia se dará por meio da sensibilização ,
da problematização, e da criação/recriação de conceitos.
Sensibilização: A sensibilização não é uma atividade propriamente filosófica. Utiliza-se
de diversos recursos como filme, obra de arte, texto jornalístico ou literário, música,
charges, trabalho de campo, atividades conduzidas pelo professor, com o objetivo de
instigar, provocar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o
conteúdo filosófico a ser desenvolvido. Porém, não pode ser confundida com provocar
emoções, sentimentos de pena, culpa, piedade.
Problematização: Após a sensibilização inicia-se o trabalho propriamente filosófico
– a problematização, a investigação, a criação de conceitos, o que não significa dizer
que a sensibilização não possa ocorrer diretamente a partir do conteúdo
problematizado.
“[...] Os problemas filosóficos não se encontram (somente) nos textos filosóficos e
sequer podem ser comunicados pelos professores de Filosofia; eles estão submetidos
aos devires, às orientações e as direções que não pertencem á história da Filosofia,
mas do acontecimento [...] Os problemas emergem dos acontecimentos e das
experimentações (GALLINA, 2004, P.361).
Investigação filosófica: Investigar é exercitar o pensamento de forma metódica
buscando elementos, informações, conhecimentos para discutir o problema, conforme
a fundamentação teórico-metodológico do professor.
Criação/recriação de conceito: É o processo pelo qual o estudante se apropria,
pensa e repensa os conceitos problematizados e investigados da tradição filosófica.
16.5.3 Critérios de Avaliação
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- Avaliar a capacidade do estudante de trabalhar e criar conceitos: qual conceito
trabalhou; qual discurso tinha antes e qual discurso tem após o estudo da Filosofia.
- Analisar a atualidade, com uma abordagem contemporânea, que remeta o
estudante a sua própria realidade ou formular conceitos, construir seu discurso
filosófico.
- Compreender que o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia,
entender os problemas de nossa sociedade.
- Perceber o que está implícito nas ideias e como elas se tornam conhecimento e
por vezes ideologia, criando a possibilidade de argumentar filosoficamente por
meio de raciocínios lógicos num pensar coerente e crítico.
BIBLIOGRAFIA
BRASÍLIA. Secretaria de Educação Básica, Orientações curriculares do ensino
médio, Brasília: MEC/SEB, 2004.
CORBISIER, R. Introdução a Filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,
1986. v.1.
FERRATER MORA. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Loyola, 2001.
HOHAN; WAKSMAN. Perspectivas atuais do ensino de filosofia no Brasil. In: FÁVERO
A; Kohan, W.O.; RAUBER, J. J. Um olhar sobre o ensino de filosofia. Iluí: Ed. da
UNUJUÍ, 2002.
17. ENSINO DA LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA-LEM
17.1 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O cenário do ensino de Línguas Estrangeiras no Brasil e a estrutura do currículo
escolar sofreram constantes mudanças em decorrência da organização social, política
e econômica ao longo da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino
são instigados a atender às expectativas e demandas sociais contemporâneas e a
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propiciar a aprendizagem dos conhecimentos historicamente produzidos às novas
gerações.
Desde o início da colonização do território, houve a preocupação do Estado
português em facilitar o processo de dominação e expandir o catolicismo. Naquele
contexto, coube aos jesuítas a responsabilidade de evangelizar e de ensinar o latim
aos povos que habitavam o território, como exemplo de língua culta. No entanto,
durante a União Ibérica (1580-1640), os jesuítas foram considerados os principais
incentivadores da resistência dos nativos, pois as reduções jesuíticas acabaram
apresentando em sua estrutura organizacional um refúgio para os povos indígenas,
em virtude da desumanidade e exploração desse povo pelos colonizadores.
Esse foi um dos fatores que contribuiu para a decisão de expulsar os padres
jesuítas dos territórios portugueses na América e, em 1759, o ministro Marquês de
Pombal instituiu o sistema de ensino régio no Brasil, por meio do qual cabia ao Estado
a responsabilidade de contratar professores não-religiosos. As línguas que continuaram
a integrar o currículo eram o Grego e o Latim, línguas clássicas consideradas de suma
importância para o desenvolvimento do pensamento e da literatura. Por meio dessas
línguas, ensinavam-se o vernáculo, a História e a Geografia.
Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas
advindas da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou o decreto
de 22 de junho para criar as cadeiras de Inglês e Francês. A partir daí, o ensino das
línguas modernas começou a ser valorizado.
Em 1837 ocorreu a fundação do Colégio Dom Pedro II – referência de modelo
de ensino para a maioria das instituições escolares por quase um século. Nele o idioma
priorizado era o Francês, seguido do Inglês e do Alemão. Em 1929 o Italiano também
passou a fazer parte do currículo, porém não tendo continuidade após 1931.
Baseando-se principalmente numa abordagem tradicionalista de gramática e
tradução o ensino partia do pressuposto de que o aluno tendo estudado a gramática
normativa teria um melhor desempenho tanto na fala quanto na escrita.
Após 1920, graças à políticas educacionais geridas com intuito nacionalista
proibiu-se o ensino de Língua Estrangeira Moderna para menores de dez anos,
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alegando suas limitações, uma vez que ainda não dominavam corretamente o
Português.
Em 1930, com a posse de Getúlio Vargas no governo brasileiro, iniciaram-se
estudos com vistas à reforma do sistema de ensino.
Uma destas reformas foi a intitulada Francisco Campos que, pela primeira vez,
estabeleceu um método de ensino de Língua Estrangeira: o método direto.
Com o início da Segunda Guerra mundial, passou-se a valorizar ainda mais o
ensino da história nacional, que traziam consigo um maior interesse no ensino da
língua materna em detrimento dos outros idiomas pertencentes aos povos
colonizadores.
A partir do Estado Novo fora intensificado a ênfase no discurso nacionalista de
fortalecimento da identidade nacional. Nesta conjuntura, o prestígio das Línguas
Estrangeiras fora mantido no, então criado pela Reforma Capanema, ginásio. O
Francês apresentava uma certa vantagem em relação ao ensino do Inglês, e o
Espanhol foi introduzido como matéria obrigatória alternativo ao ensino do Alemão,
continuando o Latim como Língua Clássica.
Desde a década de 1950 houve uma preocupação maior em preparar a
população para o mercado de trabalho, tornado o ensino mais tecnicista, diminuindo
assim, a carga horária das Línguas Estrangeiras.
Ainda assim, identificou-se a valorização da Língua Inglesa devido às demandas
de mercado de trabalho.
Nos anos 50 - com o desenvolvimento da ciência linguística surgiriam novas
formas de pensar o ensino de Línguas Estrangeiras, como o behaviorismo de Pavlov e
Skinner e o estruturalismo de Saussure, que traziam consigo novos metódos de
abordagem linguísticas:os métodos audiovisual e áudio-oral.
Na década de 1970, em oposição ao modelo inatista de aquisição de linguagem,
teve início, no Brasil, a discussão das teorias de Piaget sobre a abordagem cognitiva e
construtivista. Nessa abordagem, a aquisição da língua é entendida como resultado de
interação entre o organismo e o ambiente, em assimilações e acomodações
responsáveis pelo desenvolvimento da inteligência.
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Com a Lei n. 5692/71 e sob a égide de um suposto nacionalismo, o governo
militar desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de primeiro e
segundo graus, sob o argumento de que a escola não deveria se prestar a ser a porta
de entrada de mecanismos de impregnação cultural estrangeira. Assim, evitar-se-ia o
aumento da dominação ideológica de outras sociedades e do colonialismo cultural no
país.
Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando a
disciplina se tornou novamente obrigatória somente no segundo grau. Entretanto, não
perdeu o caráter de recomendação para o primeiro grau, desde que a escola tivesse
condições de oferecê-la. De acordo com parecer n. 581/76 do Conselho Federal, a
Língua Estrangeira seria ensinada por acréscimo, conforme as condições de cada
estabelecimento. Isso fez muitas escolas suprimirem a Língua Estrangeira no segundo
grau ou reduzirem seu ensino para uma hora semanal, por apenas um ano, com um
único idioma.
O grande interesse despertado pelos métodos áudio-linguais, fundamentados na
linguística estrutural e no behaviorismo de Skinner, imperava nesse contexto, de modo
que o ensino de Inglês tornou-se hegemônico sob a finalidade estritamente
Instrumental. Nessa perspectiva, deixava-se de ensinar língua e civilização
estrangeiras para ensinar apenas a língua como recurso instrumental.
No Estado do Paraná, a partir década de 1970, tais questões geraram
movimentos de professores insatisfeitos com a reforma do ensino. Esses movimentos
ecoaram no Colégio Estadual do Paraná, fundado em 1846, o qual contava com
professores de Latim, Grego, Francês, Inglês e Espanhol. Uma das formas, então,
para manter a oferta de línguas estrangeiras nas escolas públicas após o parecer n.
581/76, bem como a tentativa de superar a hegemonia de um único idioma ensinado
nas escolas, foi a criação do Centro de Línguas Estrangeiras no Colégio Estadual do
Paraná, em 1982, que passou a oferecer aulas de Inglês, Espanhol, Francês e Alemão,
aos alunos no contra turno.
O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas também ocorreu na
Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir de 1982, quando foram incluídas no
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vestibular as Línguas Espanhola, Italiana e Alemã. Esse fato estimulou a demanda de
professores dessas línguas.
Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propício para
que os professores, organizados em associações, liderassem um amplo movimento
pelo retorno da pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas escolas públicas.
Em decorrência de tais mobilizações, a Secretaria de Estado da Educação
criou, oficialmente, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15
de agosto de 1986, como forma de valorizar o plurilinguismo e a diversidade étnica
que marca a história paranaense, tal oferta tem sido preservada pela SEED há mais
de vinte anos.
Em 04 de novembro de 2009, a partir da Instrução n° 019/2008-SUED/SEED, o
Colégio Estadual Cruzeiro do Sul, tem o Parecer Favorável do Conselho Escolar, à
implantação do Centro de Língua Estrangeira Moderna- CELEM, que iniciou-se a
partir do ano de 2010, ministrando aulas de Língua Espanhola no período da tarde.
17.2. FUNDAMENTOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS
Ao explicitarem aspectos relativos ao ensino da LEM no que se refere a suas
práticas e objetivos atribuídos à disciplina, identificou-se que a abordagem
comunicativa tem orientado o trabalho em sala de aula. Esta opção favorece o uso da
língua pelos alunos, mesmo de forma limitada, e evidencia uma perspectiva utilitarista
de ensino, na qual a língua é concebida como um sistema para a expressão do
significado num contexto interativo.
No entanto os professores explicitam também o reconhecimento dos limites de
tal abordagem ao pretenderem ampliar o papel deste componente curricular na
formação integral dos alunos. Trata-se de uma situação que exige a busca de
fundamentos teóricos-metodológicos para subsidiar efetivamente o ensino de LEM no
processo de escolarização. A abordagem comunicativa tem marcado o ensino de LEM
na Rede Pública Estadual.
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No Paraná, Gimenez (1999) afirma que a abordagem comunicativa foi
apropriada como referencial teórico na elaboração da proposta do ensino de LEM do
Currículo Básico (1992).
A abordagem comunicativa apresenta aspectos positivos na medida em que
incorpora em seu modelo o uso da gramática exigida para a interpretação, expressão
e negociação de sentidos, no contexto imediato da situação da fala, colocando-se a
serviço dos objetivos de comunicação segundo Marcaria (2003, p.218), “uma
primeira é associada ao nacional-funcional e é calçada em práticas áudio-linguais; a
segunda marcada pelos atos de fala com a incorporação de tendências
sociolinguistas e a terceira corresponde a uma vertente mais crítica, em que se
pretendeu promover as interações culturais.
A partir das reflexões em torno da abordagem comunicativa e de suas
implicações no ensino de LEM, serão apresentados a seguir os fundamentos
teóricos-metodológicos que referenciam estas Diretrizes. Inicialmente destaca-se
alguns princípios educacionais que orientam essa escolha:
- o atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a
garantia da equidade no tratamento da disciplina de LEM em relação às
demais obrigatórias do currículo;
- o resgate da função social e educacional do ensino de LEM no currículo da
Educação Básica;
- o respeito à diversidade (cultural, identitária, linguística), pautado no ensino de
línguas que não priorize a manutenção da hegemonia cultural.
Partindo desses princípios, a pedagogia crítica é o referencial teórico que
sustenta este documento de Diretrizes Curriculares, por ser esta a tônica de uma
abordagem que valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela
apropriação crítica e histórica do conhecimento como instrumento de compreensão
das relações sociais e para a transformação da realidade.
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As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado; relacionam-
se, atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e buscam entender-
se mutuamente. Possibilitar aos alunos que usem uma língua estrangeira em
situações de comunicação produção e compreensão de textos verbais e não verbais,
e também inseri-los na sociedade como participantes ativos não limitados a suas
comunidades locais, mas capazes de relacionar com outras comunidades e outros
conhecimentos.
17.3 A AVALIAÇÃO
A avaliação servirá, além de aferir a aprendizagem do aluno, para que o
professor repense a sua metodologia e planeje as suas aulas de acordo com as
necessidades de seus alunos. É através dela que é possível perceber quais são os
conhecimentos e as práticas que ainda não foram suficientemente trabalhadas.
Avaliar implica em apreciação e valorização. No entanto, a avaliação escolar
está inserida em um processo ensino aprendizagem.
Então busca-se em LEM, superar a concepção de avaliação como mero
instrumento de mediação da apreensão de conteúdos.
Espera-se que subsidie discussões a cerca das dificuldades dos alunos a partir
de suas produções.
A avaliação deverá estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a
partir das concepções e encaminhamentos metodológicos.
Não se trata por tanto de testar conhecimentos, mas, sim verificar a construção
dos significados na interação com os textos, tendo em vista que vários significados
são possíveis e válidos desde que apropriadamente justificados.
17.4 OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA
A língua deve ser concebida como princípio social, dinâmico, heterogêneo e
ideológico, em que o leitor estabeleça diferentes relações entre os diversos
elementos envolvidos nesse processo de construção de sentidos como: cultura,
língua, procedimentos interpretativos, contextos, ideologias, etc, a fim de construir as
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leituras possíveis de um texto, as quais envolvam a oralidade e também a escrita
para efetivar esta prática discursiva enquanto prática social.
Ampliar as perspectivas de ver o mundo, de avaliar os paradigmas já existentes
e criar novas possibilidades de construir sentido do e no mundo.
Possibilitar a análise e reflexão sobre os fenômenos linguísticos e culturais
como realizações discursivas, as quais se revelam na/pela história dos sujeitos que
fazem parte desse processo.
Proporcionar a inclusão social, o desenvolvimento da consciência do papel da
língua na sociedade, o reconhecimento da diversidade e o processo de construção
de identidades transformadoras.
Fazendo então que o aluno:
- use a língua em situações de comunicação oral e escrita;
- vivencie, na aula de LEM, formas de participação que lhe possibilite
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;
- compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto, passíveis de transformação na prática social;
- tenha maior consciência sobre o papel das língua na sociedade;
- reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
Destaca-se que tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar
diferenças, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte comum.
17.5 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conhecimentos que organizam as áreas de estudo da LEM na escola são
considerados pilares para se identificar o objeto de estudo dessa disciplina. Por tanto
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são considerados os conteúdos estruturantes e a partir deles se abordam os
conteúdos específicos na prática docente.
O conteúdo estruturante está ligado ao momento histórico social. Dessa forma,
o conteúdo estruturante de LEM definisse como o discurso como prática social. A
leitura, a oralidade e a escrita, tratados de forma dinâmica, são práticas que efetivam
o discurso.
Assim, os alunos terão a oportunidade de perceber a inter discursividade, as
formas de produção dos diferentes discursos e os diferentes discursos que existem
nas relações sociais.
É importante que os níveis linguísticos – fonéticos – fonológicos, léxico –
semântico e de sintaxe contribuam na compreensão e na produção da linguagem
verbal e não verbal.
Para tanto, o docente deve considerar que o objeto de estudo da LEM, por sua
complexidade e abrangência, possibilita o trabalho em sala de aula por meio dos mais
variados textos de diferentes gêneros. Dessa forma contempla-se à construção de
significados por meio do engajamento discursivo.
É indispensável apresentar os diferentes graus de complexidade da estrutura
linguística através da exploração de diversos gêneros discursivos.
A oportunidade para que o aluno participe na escolha das temáticas dos textos
é o caminho para que o objetivo de possibilitar formas de participação que permitam o
estabelecimento de relações entre ações individuais e coletivas, seja alcançado.
17.5.1 Conteúdos e objetivos específicos
Os conteúdos por série para o Ensino Fundamental e Médio serão
desdobrados a partir de textos (verbais e não-verbais) de diferentes tipos,
considerando seus elementos linguístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-
semânticos de sintáticos), manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita e
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oralidade). Portanto, os textos escolhidos para o trabalho pedagógico definirão os
conteúdos linguístico-discursivos, bem como as práticas discursivas a serem
trabalhadas.
Estes conteúdos são considerados essenciais e imprescindíveis para a
formação conceitual dos estudantes, os mesmos receberão abordagens
contextualizadas historicamente, socialmente e politicamente, de modo que façam
sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas,
contribuindo com sua formação cidadã.
As práticas de leitura, oralidade, escrita e análise linguística serão abordadas
a partir de um gênero, conforme as esferas sociais: cotidiana, escolar, imprensa,
política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática e jurídica.
Desta forma espera-se que o aluno:
- use a língua em situações de comunicação oral e escrita.
- Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno
perceberá que as formas linguísticas não são sempre idênticas, não
assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam
dependendo do contexto e da situação em que a prática social do uso
da linguagem ocorre.
- As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação
primeira com o texto. Isso não representa privilegiar a prática da leitura
em detrimento às demais no trabalho em sala de aula, visto que na
interação com o texto, há uma simultânea utilização de todas as
práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade.
- Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau
de conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que
tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização
de conceitos.
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- Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao
constatar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito
histórico e socialmente constituído e assim elabore a consciência da
própria identidade.
- O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas
do currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não
significa, obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras
disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que os conteúdos de
disciplinas distintas podem muitas vezes estar relacionados entre si.
Devendo-se considerar as relações que podem ser estabelecidas entre a
língua estudada e a inclusão social, objetivando o desenvolvimento da consciência do
papel das línguas na sociedade e o reconhecimento da diversidade cultural.
17.6 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
- Envolver os alunos em atividades críticas e problematizadoras, que se
concretizam por meio da língua e como prática social;
O texto, enquanto unidade de linguagem em uso, ou visual, será o ponto de
partida da aula de língua estrangeira;
- Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá que
as formas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o
mesmo significado, mas são flexíveis e variam dependendo do contexto e da
situação em que a prática social do uso da linguagem ocorre.
- As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação primeira com
o texto. Isso não representa privilegiar a prática da leitura em detrimento às
demais no trabalho em sala de aula, visto que na interação com o texto, há uma
simultânea utilização de todas as práticas discursivas: leitura, escrita e
oralidade.
- Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau de
conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que tenha por
finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização de conceitos.171
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Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao constatar a
sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito histórico e socialmente
constituído e assim elabore a consciência da própria identidade.
O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais disciplinas do
currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa,
obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo inúmeras disciplinas, mas fazer
com que o aluno perceba que os conteúdos de disciplinas distintas podem muitas
vexes estar relacionados entre si.
AVALIAÇÃO
Envolver os alunos em atividades críticas e problematizadoras, que se
concretizam por meio da língua e como prática social, conforme os seguintes critérios:
- O texto, enquanto unidade de linguagem em uso, ou visual, será o
ponto de partida da aula de língua estrangeira;
- Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno
perceberá que as formas linguísticas não são sempre idênticas, não
assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e variam
dependendo do contexto e da situação em que a prática social do uso
da linguagem ocorre.
- As reflexões discursivas e ideológicas dependem de uma interação
primeira com o texto. Isso não representa privilegiar a prática da
leitura em detrimento às demais no trabalho em sala de aula, visto que
na interação com o texto, há uma simultânea utilização de todas as
práticas discursivas: leitura, escrita e oralidade.
- Os conhecimentos linguísticos serão trabalhados dependendo do grau
de conhecimento dos alunos e estarão voltados para a interação que
tenha por finalidade o uso efetivo da linguagem e não a memorização
de conceitos.
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- Ao trabalhar com as diferentes culturas, é importante que o aluno, ao
constatar a sua cultura com a do outro, perceba-se como sujeito
histórico e socialmente constituído e assim elabore a consciência da
própria identidade.
- O ensino de língua estrangeira estará articulado com as demais
disciplinas do currículo, objetivando relacionar os vários conhecimentos.
Isso não significa, obrigatoriamente, desenvolver projetos envolvendo
inúmeras disciplinas, mas fazer com que o aluno perceba que os
conteúdos de disciplinas distintas podem muitas vezes estar relacionados
entre si.
A avaliação será contínua e diagnóstica conforme os instrumentos abaixo:
* Atividades realizadas em casa e em sala de aula
* Pesquisas e exercícios de vocabulário
* Testes e avaliações
* Textos orais (leitura)
* Produção de textos. (escrita)
• Participação em sala ( debates, questionamentos).
BIBLIOGRAFIA
Challonge – Amos – Prescher – Pasqualen – Editora Richmond Publishing.
A practical English Grammar – Thonson, E. Martinet – Editora Oxford.
Inglês – De olho no mundo do trabalho – Mariza Ferrari e Sarah G. Rubin –
Editora Scipione.
Inglês para o ensino médio – Mariza Ferrari e Sarah G. Rubin – Editora
Scipione.
Password – Amadeu Marques – Editora Ática.
Great Times – Arnon Hollaender – Editora Moderna.
Inglês – Volume único – Elizabeth Prescher – Editora Moderma.
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Basic English – Amadeu Marques – Editora Ática.
Inglês – Volume único – Amadeu Marques – Editora Ática.
Psicopedagogia, um diálogo entre a psicologia a Educação – Laura Monte
Serrat Barbosa – Bolsa nacional do livro – Curitiba – 2.006.
Teaching and Learning English: A course for teachers – Open University
United Kingdom.
English for the teacher – Mary Spratt – Cambridge University Press.
18 ENSINO DA SOCIOLOGIA
18.1 CONCEPÇÃO DO ENSINO DA SOCIOLOGIA
As relações sociais decorrentes das mudanças estruturais impostas pela
formação do modo de produção capitalista são o objeto de estudo/ensino da Sociologia
Crítica . Estas relações materializam-se nas diversas instâncias sociais: instituições
sociais, movimentos sociais, práticas políticas e culturais, as quais devem ser
estudadas em sua especificidade e historicidade. Hoje, embora já consolidado, o
sistema capitalista não cessa a sua dinâmica, assumindo inéditas formas de produção,
distribuição e opressão, o que implica em novas formas de olhar, compreender e atuar
socialmente.
A concepção de disciplina é a de uma Sociologia Crítica, mas seus conteúdos
fundamentam-se em teorias com diferentes tradições sociológicas: os autores
clássicos, a saber, são: Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber.
Contemporaneamente, Antonio Gramsci, Pierre Bourdieu, Folrestan Fernandes, entre
outros, também buscaram responder as questões surgidas nos diferentes contextos
das sociedades, pensando as relações sociais, políticas e sociais.
É tarefa primordial do conhecimento sociológico explicitar e explicar problemáticas
sociais concretas e contextualizadas, desconstruindo pré-noções e pré-conceitos que
quase sempre dificultam o desenvolvimento da autonomia intelectual e ações políticas
direcionadas à transformação social.
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18.2 OBJETIVOS DO ENSINO DA SOCIOLOGIA
- Desnaturalização das ações que se estabelecem na sociedade – percepção
de que a realidade social é histórica e socialmente construída;
- Inserção do aluno como sujeito social que compreende a sua realidade
imediata, mas que também percebe o que se estabelece além dela;
- Questionamento quanto a existência de verdades absolutas, sejam elas na
compreensão comum do cotidiano, ou na constituição da ciência.
18.3. CONTEÚDOS DO ENSINO DA SOCIOLOGIA
18.3.1 Conteúdos Estruturantes
Os conteúdos estruturantes devem instrumentalizar professores e alunos na
seleção, organização e problematização dos conteúdos específicos a partir das
necessidades locais e coletivas, sem perder de vista a busca da totalidade, através do
estabelecimento de inter-relações e não da simples soma das partes.
Eles não estão ordenados numa seqüência linear, e nem seriados, embora a
existência de cada um esteja ligada à existência dos outros – a realidade social não
está dividida ou compartimentada em disciplinas e conteúdos – cabe aos professores,
alunos e equipe pedagógica a definição e delimitação dos conteúdos que melhor
auxiliem a responder aos problemas sociais vividos pelo grupo.
Estes problemas estão ligados à faixa etária dos alunos, à localização da escola, aos
projetos políticos desses indivíduos e grupos, ao momento histórico vivido, entre
outros.
18.3.2 Conteúdos Específicos:
Os conteúdos específicos podem estar presentes em mais de um conteúdo
estruturante e devem ser problematizados sempre à luz das teorias sociológicas.
- Processo de socialização e instituições sociais: As instituições devem ser
situadas no tempo e no espaço, ou seja, não é possível estabelecer
comparações entre instituições de sociedades diferentes, e devem ser
estudadas em suas dinâmicas e contradições, entendidas como construções
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sociais, passíveis de críticas e mudanças. Dinâmica do processo de
socialização; Instituições escolares, familiares, religiosas, empresariais,
presidiárias, etc.
- Cultura e indústria cultural: Esse conteúdo deve problematizar e desnaturalizar
os conceitos de cultura e suas derivações. As diferentes sociedades e grupos
sociais não podem ser comparados entre si e classificadas como mais, ou
menos importantes, pois possuem desenvolvimento político, econômico e social
bastante diversificados. Conceitos de cultura, diversidade cultural,
etnocentrismo, relativismo cultural, cultura e gênero, etnia, e minorias,
mercantilização da cultura.
- Trabalho, Produção e Classes Sociais: As mudanças estruturais das sociedades
modernas e contemporâneas e as decorrentes mudanças nas relações de
trabalho. Construção das relações de trabalho na sociedade capitalista,
mudanças no mundo do trabalho nas sociedades contemporâneas neoliberais,
desemprego, subemprego, novas configurações das classes sociais.
- Poder, Política e Ideologia: Problematização à respeito da constituição do poder:
este não se constitui por si só, mas possui uma estratégia, um discurso e uma
forma para se legitimar. Portanto, em sua forma de efetivação está embutida a
ideologia que se manifesta a partir de práticas políticas. Os conceitos poderão
ser trabalhados separadamente, mas deverão estar sempre em diálogo.
Conceitos de poder, política, e ideologia e suas implicações nas diversas
instancias sociais.
- Direito, Cidadania e Movimentos Sociais: Este conteúdo articula os conceitos de
direito, cidadania e movimentos sociais, pois na análise dos direitos deve-se
considerar que esses foram sendo inscritos nas leis, lentamente, ou foram sendo
conquistados pela pressão dos que não tinham direitos.
São os direitos que definem a cidadania, ou seja, a possibilidade de sermos
indivíduos atuantes com direitos e deveres. Mas os direitos só se tornam plenos, e,
portanto, elementos da cidadania, se forem exercidos no cotidiano das ações das
pessoas.
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Por isso a vinculação desta temática com os movimentos sociais. Estes têm sua
existência vinculada à criação de novos direitos ou no sentido de fazer valer os que já
estão inscritos na lei.
Conceitos de direito, cidadania e movimentos sociais rurais, movimentos sociais
urbanos, movimentos estudantis, movimentos conservadores, outras formas de
participação e organização na sociedade.
Em 2007, a disciplina de Sociologia é ministrada apenas no 3º. ano do Ensino Médio, portanto os conteúdos estruturantes são trabalhados em um ano. Porém, na proposta a seguir propõe-se a divisão em três anos:
- A Sociologia: introdução ao pensamento sociológico – Durkheim/ Foucault / Bourdieu.
- Regras e Métodos Sociológicos.
- As revoluções burguesas.
- Aparelhos ideológicos do Estado.
- Princípios de sociologia.
- Religião.
- Cultura Popular / brasileira – identidade nacional
- Cultura nas Ciências sociais
- 2º ano do EM
- Identidade e etnia / raças / inclusão e exclusão
- Indústria cultural
- Marx/ O capital
- Weber/ Ética
- Divisão social do trabalho
- A era do globalismo
- 3º ano do EM
- Teoria das formas de governo
- Ideologia alemã
- Movimentos sociais no início do século XXI177
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18.3.3 Encaminhamento Metodológico no Ensino da Sociologia
Essas diretrizes sugerem que a disciplina seja iniciada, a título de introdução,
com uma breve contextualização da construção histórica da Sociologia, e das teorias
sociológicas fundamentais, as quais devem ser constantemente retomadas, numa
perspectiva crítica, no sentido de fundamentar teoricamente os conteúdos específicos.
Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e a agir nas diversas
instâncias sociais, implica antes de tudo numa atitude ativa e participativa. O ensino de
Sociologia pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito de seu
aprendizado, não importa que o encaminhamento seja a leitura, o debate, a pesquisa
de campo, ou a análise de filmes, imagens ou charges, mas importa que o aluno esteja
constantemente provocado a relacionar a teoria com o vivido, a rever conhecimentos e
a reconstruir coletivamente novos saberes.
18.4 AVALIAÇÃO NO ENSINO DA SOCIOLOGIA
O processo de avaliação no âmbito de ensino da Sociologia deve perpassar
todas as atividades relacionadas à disciplina, e ser pensada e elaborada de forma
transparente e coletiva, ou seja, seus critérios devem ser discutidos por todos os
envolvidos na disciplina.
A apreciação de alguns conceitos básicos da ciência articulados com a prática
social, a capacidade de argumentação fundamentada teoricamente, a clareza e
coerência na exposição de ideias, seja no texto oral ou escrito, são alguns critérios
possíveis de serem verificados no decorrer do ano letivo.
A mudança na forma de olhar para os problemas sociais assim como a iniciativa
e a autonomia para tomar atitudes diferenciadas e criativas que rompam com a
acomodação e o senso comum, são dados que informarão aos professores, o alcance
e a importância de seu trabalho no cotidiano de seus alunos.
As formas de avaliação em Sociologia acompanham as práticas de ensino e
aprendizagem da disciplina. As reflexões críticas nos debatem, que acompanham os
textos ou filmes, participação nas pesquisas de campo, produção de textos.
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Devem demonstrar a capacidade de articulação entre teoria e prática. Podem
ser de diferentes formas, desde que se tenha como perspectiva ao selecioná-las, a
clareza dos objetivos que se pretende atingir, no sentido de apreensão, compreensão e
reflexão dos conteúdos pelo aluno.
Por fim, entendemos que não só aluno, mas também os professores e a
instituição escolar devem constantemente se auto-avaliarem em suas dimensões
práticas e discursivas e principalmente em seus princípios políticos com a qualidade e
a democracia.
BIBLIOGRAFIA
ANTUNES, R. A Dialética do Trabalho. São Paulo: Brasiliense, 1983. 1973.
BERNARDI, B. Introdução aos estudos etno-antropológicos. Milão. F BOBBIO, N.
Estado, governo, sociedade: por uma teoria geral da política. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1990.ENGELS, F. A origem da família, da propriedade privada e do Estado.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
HARRY B. Trabalho e Capital monopolista: a degradação do trabalho no século XX.
Rio de Janeiro: Zahar, 198l.
MARX, Kant. O capital: crítica da economia política: Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.
1994.
WEBER, M. Sociologia. São Paulo: Ática, 1979.
19. PROJETOS DESENVOLVIDOS NA ESCOLA
19.1 ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - I ETAPA
Título: Preparatório para o Vestibular
Detalhes da Atividade Período Atividade: 2010 Data Criação: 16/10/2009 Núcleo de Conhecimento: INTEGRAÇÃO COMUNIDADE E ESCOLA
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Atividade: Atividades preparatórias para o Vestibular Turno em que a atividade é desenvolvida: TARDE Envolvidos: Alunos do 3º ano do Ensino Médio Qtde alunos : 20 Período de Desenvolvimento: De 01/02/2010 a 15/12/2010
Proposta Pedagógica
Justificativa: Será organizada a fim de proporcionar ao estudante do 3º Ano do Ensino Médio, as condições necessárias e adequadas para realizar os exames do ENEM e o Vestibular. Revisar o conteúdo aprendido ao longo da vida escolar para que, preparado, possa ser classificado nos concorridos exames vestibulares. Privilegiar o ensino das competências cognitivas exigidas, deixando-os aptos para terem sucesso, revisando, também, todas as disciplinas e os conteúdos cobrados pelas universidades e faculdades. Oportunizar o acesso a todo conteúdo necessário, para assimilá-lo, completando, durante o projeto, seus conhecimentos, sanando também suas deficiências anteriores e revisando assuntos estudados em todas as séries do ensino médio, ficando assim em condições de competir com qualquer outro candidato no exame do vestibular, aumentando sua chance de ser aprovado no curso escolhido. Prepará-lo para a escolha do curso a efetuar.
Conteúdos: Proposta Curricular das Disciplinas do Ensino Médio. Objetivos: Oportunizar a preparação dos alunos interessados, que desejam ingressar em uma Universidade e que, por motivos econômicos, se veem alijados dos cursos pré-vestibulares particulares, desencadeando um processo de intervenção na realidade social. Oferecer aulas para os alunos que pretendem concorrer ao vestibular, desenvolvendo programas de avaliação e auxílio sobre didática e metodologia de ensino, realizando ciclo de palestras. Disponibilizar aos estudantes, o contato com a realidade social, possibilitando maior desenvolvimento de suas atividades extracurriculares e cidadãs. Proporcionar dentro do possível a consciência, para que propicie, ao estudante um crescimento cultural e social, tornando-o um agente transformador.
Encaminhamentos Metodológicos: Elaborar um horário semanal das disciplinas para a organização das aulas; eleger um monitor para cada disciplina, auxiliando o professor no monitoramento dos grupos de estudo; utilizar diversas fontes e recursos para o estudo das provas de vestibulares e do ENEM; analisar e discutir a questão das cotas sociais, raciais e o Prouni das Universidades Brasileiras; convidar outros professores a participarem do projeto em sua hora-atividade;fazer a contextualização histórica e/ou sociológica das obras literárias. Organizar simulados das provas dos vestibulares e do ENEM; interlocução com as Instituições de Ensino Superior para a participação de acadêmicos em estágio supervisionado. Visitar feiras de profissões das instituições de ensino superior; utilizar as video aulas vinculadas à TV Paulo Freire. Usar novas tecnologias e mídias. Trabalhar com a intertextualidade e gêneros literários diversos; Discussão informal onde contará suas impressões sobres as obras lidas; Técnicas de apresentação teatral ( de sombras e fantoches ); Textos informativos em formato de telejornal.
Infraestrutura: Sala de aula; laboratório de informática; biblioteca.
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Resultados Esperados: Espera-se que ao final do curso os alunos estejam preparados para as principais provas de vestibular da região e que, além disso, tenham tido uma formação ampla que colabore para seu desenvolvimento como cidadãos mais críticos, conscientes e engajados. Espera-se também desenvolver nos nossos alunos o hábito de estudar, fornecendo ferramentas que facilitem a escolha da carreira desejada.
Critérios de Participação: Alunos do 3º ano interessados em realizar exame vestibular e ENEM.
Professor Participante: ELIANA DE CÁSSIA NUNES RG: 0089819873Disciplina de Formação: LINGUA PORTUGUESA
Vínculo: QPM
19.2 - ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - I ETAPA
Título: CLUBE DE CIÊNCIAS
Detalhes da Atividade:Período Atividade: 2009/2010 Data Criação: 20/10/2008
Núcleo de Conhecimento: CIENTÍFICO-CULTURAL Atividade: INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA Turno em que a Atividade é desenvolvida: MANHÃ Envolvidos: Ensino- ENSINO FUNDAMENTAL - 5ª/8ª SÉRIE Qtde alunos : 20 Período de Desenvolvimento: De 01/02/2009 a 10/12/2010
Proposta Pedagógica :
Justificativa: Vivemos num mundo onde a cada segundo estamos em contato novos conhecimentos e novas tecnologias capazes de transformar sensivelmente nossas vidas. Conhecer a fonte de tais produções e poder questioná-las é um requisito básico para que possamos fazer nossas escolhas. O clube de Ciências tem como proposta o desenvolvimento de habilidades e potencialidades, que permitam ao aluno uma compreensão da esfera científica, desenvolvendo o pensamento lógico, a observação, reflexão, elaboração de conceitos, aumentando sua autoconfiança, despertando vocações e proporcionando o trabalho em grupo. Conteúdos: Desenvolver habilidades científicas e o espírito cooperativo, bem como promover as atividades culturais e a integração entre as áreas de estudo. O desenvolvimento de todas as atividades terá como base o método científico onde o aluno começará pelos três passos básicos da ciência, que são observar, o analisar, e o concluir. A partir daí todas as atividades se utilizarão de técnicas de ensino de ciências como a Técnica da Redescoberta, Técnica de Investigação, Técnica de Problemas, entre outras, levando o aluno a compreender o processo científico.
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Objetivos: • Proporcionar oportunidades no campo científico;• Estimular no aluno o gosto pela Ciência e seus processos; • Desenvolver a criatividade; • Criar condições para o desenvolvimento de hábitos, atitudes, sociabilidade, responsabilidade,
atitudes científicas, espírito de g rupo; Encaminhamento Metodológico: O trabalho será direcionados para alunos do ensino fundamental, a cada semana os alunos serão expostos a novas atividades, que partirão sempre de uma indagação capaz de g erar a necessidade da busca de respostas. Neste momento seguem as diferentes técnicas capazes de ajudá-los.
Metodologia : *leitura e discussão de textos complementares à sala de aula; *atividades de observação; *atividades de construção de materiais; *realização de experiências simples com conteúdo de 5ª e 6ª série; *elaboração de experiências simples; *produção de relatórios no \"caderno da vida\"; *apresentação dos trabalhos elaborados em um momento específico na escola; *visitas monitoradas; *pesquisas de campo em locais próximos a escola;
Infraestrutura: - Laboratório de Ciências do Estabelecimento de Ensino;
Resultados Esperados: Espera-se que no final do projeto os alunos tenham uma visão ampliada e crítica da Ciência, apropriando-se de seus processos e produtos de modo a melhorar a sua vida e sua comunidade. Critérios de Participação: Depois de avaliação diagnóstica de leitura e interpretação de texto, serão selecionados os alunos com maior defasagem de conteúdos. Professor Participante: NILSELI MARIA FIRMO DE MATOS - RG: 0049627084Disciplina de Formação: CIENCIAS
19.3 - ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - I ETAPA
Título: XADREZ
Detalhes da Atividade: Período Atividade: 2009/2010 Data Criação: 20/10/2008
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Núcleo de Conhecimento: EXPRESSIVO-CORPORAL Atividade: JOGOS
Turno em que a atividade é desenvolvida: MANHÃ Envolvidos: Ensino- ENSINO FUNDAMENTAL - 5/8 SÉRIE Qtde alunos: 20 Período de Desenvolvimento: De 01/02/2009 a 15/12/2010. Proposta Pedagógica
Justificativa: A implantação do Projeto deve-se ao fato que o xadrez proporciona ao praticante uma melhora na aquisição do conhecimento nas diversas áreas, pois desenvolve o raciocínio e a concentração contribuindo para uma melhora da vida escolar do educando. Conteúdos: Utilizando como bibliografia básica a Cartilha de Xadrez dos professores Antonio Villar, Sandro Heleno, Antonio Bento e Adriano Valle, Centro de Excelência do Xadrez, apostilas de xadrez com reprodução parcial ou total, conhecer o histórico do xadrez para que possa entender a função de cada peça no tabuleiro , a importância que o xadrez desempenhava na historia sendo utilizado como exercício de estratégia, espera-se o desenvolvimento de atividades de concentração, lazer, ciência e esporte nas diferentes faixas etárias através de uma forma de ranking tendo como carro chefe o trabalho desenvolvido com a prática dos jogos de xadrez. Objetivos: Possibilitar conhecer e praticar a modalidade xadrez na comunidade escolar do Colégio Estadual Cruzeiro do Sul que se enquadrem no projeto Viva Escola. Oferecer a comunidade escolar a prática do xadrez ;Despertar no aluno o interesse por essa modalidade de jogos; Oferecer ao aluno a oportunidade de se ocupar com atividades intelectuais e de crescimento no período em que estuda;Possibilitar a participação em torneios e campeonatos; Encaminhamentos Metodológicos:Utilização de tabuleiros de xadrez,xadrez na internet, portal dia-a-dia, salas de aulas e sala ambiente da escola.
Infraestrutura: Sala de aula; Laboratório de Informática; Sala ambiente; Resultados Esperados: Espera-se que através da prática do xadrez possa ocorrer a conscientização da prática da atividade física que assim possam despertar a necessidade de uma melhor qualidade de vida junto com outras modalidades em projetos futuros.
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Critérios de Participação: Serão selecionados através do interesse pela atividade. Alunos com defasagem de conteúdo e com dificuldades de concentração; Professor Participante: OSWALDO DE OLIVEIRA ALCANTARA FILHO-RG: 0033125968 Disciplina de Formação: EDUCACAO FISICA
Vínculo: SCO2 (extraordinária)
19.4 - ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - II ETAPA
Título: PROJETO PALCO ESCOLA: TEATRALIZAÇÃO E EDUCAÇÃO ESCOLAR
Detalhes da Atividade Período Atividade: 2009 /2010
Núcleo de Conhecimento: EXPRESSIVO-CORPORAL Atividade: TEATROS Turno em que a atividade é desenvolvida: TARDE Envolvidos: Ensino Fundamental e Ensino Médio Qtde alunos > 20
Período de Desenvolvimento: De 01/02/2009 a 15/12/2009; 01/03/2010 a 12/12/2010. Proposta Pedagógica Justificativa: O projeto Palco Escola apresenta-se como uma proposta para o ensino e a prática do teatro na escola e também como uma forma de continuar a proposta desenvolvida no ano letivo de 2009, uma vez que os resultados superaram os objetivos propostos inicialmente. Sendo que o grupo, em seu primeiro ano, desenvolveu-se na perspectiva de criação cênica, uma proposta estética específica e inovadora que possui possibilidades de evoluir para um processo de construção experimental e coletivo. Lembremos que a princípio, a professora que assumiu este projeto, possui mestrado em Fundamentos da Educação, na linha de pesquisa Teatro-educação, da Universidade Estadual de Maringá. Assim, a prática será um instrumento que procurará unir teatralidade e didatismo, uma vez que a experiência do teatro na escola, conforme as Diretrizes Curriculares de Arte, deve ampliar a capacidade de dialogar, desenvolvendo a tolerância e a convivência com a ambiguidade. No processo de construção do conhecimento, o educando estabelece com os seus pares uma relação de trabalho, combinando sua imaginação criadora com a prática e a consciência na observação cênica. Neste sentido, o teatro como um diálogo entre o ensino e a aprendizagem pode se tornar um instrumento de orientação educacional na escola. Portanto, o projeto se justifica, baseado nas Diretrizes Curriculares de Arte, na medida em que o teatro incentiva a descoberta, algo de suma importância no processo de aprendizagem. estimula a sensibilidade, permitindo ao educando vivenciar e desenvolver suas potencialidades, buscando uma coerência entre sentir, pensar e agir, exercitando a criatividade individual no conjunto da coletividade. O tirocínio criador supera a simples aquisição de habilidades, pois quando está criando, o educando está crescendo, analisando e transformando sua própria realidade. Dessa forma, apresento o aspecto central do projeto: a
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mediação e o processo cênico como inter-relação entre os campos de educação e de humanização, porque ambos implicam na inserção em um momento pluricultural, pleno de negociações pela hegemonia; recepção e consumo de materiais e bens culturais; saberes prévios e novos saberes; dialogicidade para a construção de sujeitos autônomos e livres. Conteúdos: O Projeto Palco Escola desenvolverá os seguintes conteúdos estruturantes propostos pela Diretriz Curricular de Artes do Estado do Paraná: 1) Jogos de Improviso, formulados tanto pela teatro-educadora Viola Spolin como pelo Augusto Boal. Basicamente os Jogos de Improviso representam um conjunto de desafios ou problemas de atuação Cênica apresentados sob forma de jogos com regras e no âmbito das Diretrizes Curriculares, esses jogos aparecem como parte do conteúdo estruturante de composição do teatro, uma vez que que no seu repertório contempla elementos como: improvisação e criação do ator cênico. 2) O conteúdo estruturante que engloba os aspectos formais do teatro, será desenvolvido dentro da proposta do teatro Épico e Didático do dramaturgo alemão Bertoldt Brecht, sobretudo porque por meio de seu Efeito de Estranhamento, ou seja, no distanciamento da cena apresentada no tempo histórico e no espaço geográfico, mostrando os acontecimentos como transitórios e mutáveis, isto é, historicizando-os. 3) Por fim abordaremos o conteúdo estruturante de movimentos e períodos, explicitado no item Encaminhamento Metodológico. Objetivos: O teatro oportunizará aos alunos a análise através do jogo teatral, capaz de contribuir para a ampliação de suas capacidades de auto-expressão, identificando as relações existentes entre o sujeito/educando, o outro e o meio, atentando para o trinômio: personagem, espaço e tempo. Desenvolver, através de Jogos Teatrais, as capacidades de: espontaneidade, imaginação, ideias, sentimentos, sensações, observação, percepção e relacionamento social. Conhecer a história do teatro e relacioná-la com o processo de sociabilidade do ser humano ao longo dos modos de produção. Analisar e comparar os principais referenciais e perspectivas teóricas do teatro. Interpretar textos dramáticos, desenvolvendo, paralelamente, a aprendizagem de exercícios de interpretação, considerando: construção da personagem, enredo, marcação, conflito, clímax e clima. Criar, confeccionar e aplicar nas peças para apresentar: cenários, figurinos, máscaras, fantoches, sombras, maquiagem, sonoplastia e iluminação.
Encaminhamentos Metodológicos: A perspectiva metodológica para o projeto, embasada no teatro Brechtiano, fará com que o educando se identifique com a construção cênica e mantenha uma postura crítica em relação aos acontecimentos representados no palco. Isso porque a proposta estética do projeto Palco Escola, é representar o mundo atual como um mundo em transformação. Neste sentido, desenvolveremos o projeto a partir dos marcos teóricos propostos pelo MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO, por entendermos que esta perspectiva nos oferece o referencial de análise que nos possibilitará abarcar o projeto a partir do contexto em que será produzido. Dessa forma, as atividades serão divididas em três blocos: 1º Bloco – história e teoria do teatro, através da perspectiva sociológica; 2º Bloco – os jogos teatrais de improviso na perspectiva de Viola Spolin; 3º Bloco – técnica e prática do teatro didático de Brecht e Augusto Boal. O sistema de jogos teatrais sustenta-se sobre os seguintes procedimentos operacionais: 1) FOCO – Ponto de concentração dos jogadores durante a busca corporal de soluções para os desafios cênicos formulados pelo professor; 2) INSTRUÇÃO – Espécie de “dica” pronunciada em voz alta pelo professor durante as ações dos jogadores que
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têm como objetivo reativar a atenção dos jogadores no FOCO da atividade proposta; 3) PLATÉIA – A partir da prévia delimitação da área física onde se dará o jogo criam-se as condições para que se configure o local de onde os jogadores em inter-atividade cênica serão observados por parte do grupo; 4) AVALIAÇÃO – Discussão dos resultados obtidos pelos jogadores logo após sua apresentação na área do jogo. Infraestrutura: O projeto será desenvolvido em sala de aula, pátio, sala ambiente e eventualmente, quadra de esporte. Uma vez que o grupo terá contato teórico com a história do teatro e os principais referenciais metodológicos do universo cênico. A sala de aula será transformada, posteriormente, em laboratório cênico, onde o grupo fará atividades destinadas à oficina de teatro e aos ensaios para a apresentação do espetáculo. Eventualmente serão utilizados outros espaços, tais como: pátio, quadra esportiva e sala ambiente, somente nos momentos em que a dinâmica da oficina com jogos teatrais, necessite de um espaço mais amplo. Resultados Esperados: O projeto Palco Escola é pautado na perspectiva ludopedagógica do teatro na escola. Sendo assim, esperamos obter como resultado o aprendizado de conteúdos científicos e de comportamentos socialmente engajados, uma vez que o teatro é a expressão de uma realidade que, ao ser produzido, resulta tanto em objetos artísticos quanto produz, dialeticamente, seu criador, concebendo-o como ser que sente, percebe, conhece, reflete e toma posição frente a sua vida cotidiana. Dessa maneira a socialização da atividade no fim do ano será desenvolvida através de espetáculos produzidos pelo grupo para toda a comunidade escolar. Mas, observo que poderão surgir outras possibilidades, como as que ocorreram no primeiro projeto, tal qual a participação dos alunos em curtas-metragens produzidas pela FAP, por exemplo. Ou também a participação do grupo em eventos sociais, tais como o Primeiro de Maio, entre outros.
Critérios de Participação: Ser aluno do Ensino Fundamental I e Ensino Médio do Colégio Estadual Cruzeiro do Sul; ter disponibilidade de horário e estar em vulnerabilidade social. Professor Participante: THAYANNA SCHMIDT RG: 0063134198
Disciplina de Formação: ARTE Vínculo: SCO2(extraordinária)
Ano:2010 – Professora: Thayanna Schmidt
19.5. - ATIVIDADES DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR - II ETAPA
Título: MÚSICA VIVA
Detalhes da Atividade Período Atividade: 2010
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Núcleo de Conhecimento: CIENTÍFICO-CULTURALAtividade: MÚSICAS Turno em que a atividade é desenvolvida: MANHÃ Envolvidos: Ensino Fundamental 5ª a 8ª série Qtde alunos > 20
Período de Desenvolvimento: De 01/02/2010 a 15/12/2010. Proposta Pedagógica Justificativa: O estudo das artes, sobretudo da música, têm exercido papel fundamental na formação do homem há séculos. Desde a Antiguidade o ensino musical faz parte de todo e qualquer currículo educacional. O acesso a um ensino qualificado de música, no entanto, tornou-se difícil e, em alguns casos, impossível com o passar do tempo. No Brasil este quadro é agravado pela ausência da música na maioria dos programas de ensino de 1º e 2º graus, somado ao baixo poder aquisitivo da maioria da população. Sendo assim, faz-se necessária a implantação desse projeto que visa não só o aprimoramento dos educandos no que cabe ao conhecimento artístico-musical, mas também ao aprimoramento nas demais áreas que envolvem o conhecimento musical, como a matemática, a literatura, entre outros. Conteúdos: ELEMENTOS FORMAIS: Altura/ Duração/ Timbre/ Intensidade/ Densidade. COMPOSIÇÃO: Ritmo/ Melodia/ Harmonia/ Tonal/ Moda Contemporânea/ Escalas/ Sonoplastia/ Estrutura/ Gêneros: erudita, folclórica... Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...MOVIMENTOS E PERÍODOS: Rap, Tecno, Música serial, Música Eletrônica, Música Minimalista, Música Popular, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Word music... Objetivos: Conhecer o conceito de patrimônio histórico, artístico e cultural, sendo capaz de identificar a sua existência através do estudo musical dirigido. Relacionar as obras musicais às épocas em que foram produzidas, comparando-as a outras obras de mídias distintas, como literatura, cinema, artes visuais, etc. Despertar no educando o senso crítico sobre o que ouvem, tornando-se mais autônomos em suas escolhas relacionadas ao lazer e cultura. Aprimorar o gosto pela música, não só no que tange a sua audição, mas sim ser capaz de analisar, compreender e produzir música a partir dos recursos e materiais ofertados. Desenvolver e aprimorar a capacidade de expressão verbal e não-verbal, bem como habilidades matemáticas, linguísticas e artísticas resultantes de uma maior capacidade de criação de trabalho coletivo.
Encaminhamentos Metodológicos: Utilização de livros e apostilas, estudo dirigido no laboratório de informática, iniciação de forma lúdica, isto é, a criança experimenta os instrumentos musicais sem a responsabilidade técnica da música. Essa metodologia contribui sobremaneira para a formação do ser sensível, do equilíbrio interior, da concentração, da organização de ideias, do raciocínio lógico, do falar e escrever, do agir e reagir, deixando ainda para o futuro o resultado das vivências da linguagem musical. Conhecimento básico de instrumentos de percussão, chocalhos, tambores, flautas, triângulo, etc. Instrumentos alternativos: bambolês, bolas, tecidos, etc. Construção de instrumentos a partir de sucatas, audição, análise de músicas de todos os períodos artísticos, assim como de seus autores e
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intérpretes; estudo e composição de pequenas peças musicais; apresentação para a comunidade escolar, participação em Festivais de Arte (Fera). Infraestrutura: O projeto será desenvolvido em sala de aula, pátio, sala ambiente, flautas doces, instrumentos percussivos. Resultados Esperados: Espera-se que através da prática musical possa ocorrer um avanço nas áreas relacionadas à linguagem, às artes e à matemática, assim como uma conscientização maior no que se refere às escolhas musicais individuais dos alunos.
Critérios de Participação: Alunos que demonstrarem interesse pela prática musical, que estejam matriculados na escola e que tenham interesse por música, tenham disponibilidade e que estejam em vulnerabilidade social. Ser aluno do Ensino Fundamental de 5ª a 8ª série.
Professor Participante: RICARDO MARTINS RG: 0062124334 Disciplina de Formação: ARTE
Vínculo: SCO2(extraordinária)
20 PROJETO INSERIDO À PROPOSTA EM 2010
20.1 PROGRAMA DE PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA- PEP
Durante o período de Julho de 2010, o Colégio Estadual Cruzeiro do Sul, seguindo a
INSTRUÇÃO N° 02/10 – DAE/SUDE, que Orienta sobre o Programa Prontidão Escolar
Preventiva – PEP, nos Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual, faz a implantação
deste Projeto, treinando e instruindo toda a Comunidade Escolar.
Conforme a Instrução o Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP é um programa de
natureza pedagógica que visa preparar os profissionais que atuam nas escolas e o corpo discente
a executar ações de prevenção de incêndios, desastres naturais e situações de risco nas escolas. É
importante que docentes, discentes e toda a comunidade escolar estejam preparados para, de
maneira eficaz, enfrentar esses acontecimentos. Na eventualidade de um sinistro é de grande
valia que todos saibam os primeiros passos de enfrentamento de princípios de incêndio,
procedimentos de segurança pessoal, bem como noções de primeiros socorros a serem utilizados
até que o socorro especializado chegue ao local.
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O Programa Prontidão Escolar Preventiva - PEP será implantado no 1° semestre de 2010, entre os meses de março a julho, nas escolas da rede estadual.
DA IMPLANTAÇÃO
• Reunião de Partida: Direção, Direção - Auxiliar, Pedagogos (as) e Secretário (a)
Escolar para planejamento da implantação do Programa Prontidão Escolar
Preventiva – PEP.
• Reunião de Apresentação do Programa PEP – reunir todos os professores e
funcionários do Estabelecimento de Ensino para apresentação da PEP em relação
a concepção do Programa, parcerias, materiais de consulta e didáticos, plano de
trabalho, utilizando o material audiovisual recebido no evento de lançamento da
PEP. Nesta reunião ficarão estabelecidas as competências da Direção, Direção -
Auxiliar e Pedagogos (as) como disseminadores e condutores do Programa PEP.
• Reunião com pais e/ou responsáveis, comunidade escolar (Conselho Escolar,
APMF, Grêmio Estudantil, vizinhos da escola): orientações sobre a importância e
implantação do Programa PEP, bem como as atividades que serão desenvolvidas
no Programa.
• Reunião com alunos: tem como objetivo esclarecer sobre as etapas do Programa
Prontidão Escolar Preventiva – PEP, sua importância e utilidade na vida escolar e
sua aplicabilidade na vida pessoal.
DAS ETAPAS OBRIGATÓRIAS – DA OPERACIONALIZAÇÃO
*. Das Competências dos Profissionais do Estabelecimento em relação à:
• Criação da Comissão de Gerenciamento do Programa PEP;
• Implantação da Brigada de Emergência;
• Inclusão do Programa PEP no Projeto Político Pedagógico e Introdução dos temas do
Programa PEP na Proposta Pedagógica Curricular e no Plano de Trabalho Docente.
A Comissão de Gerenciamento do Programa PEP será permanente, consultiva
e deliberativa, composta pela Direção, Direção - Auxiliar, Pedagogos (as), representantes de
professores, funcionários e APMF. Sua função é de implantação e gerenciamento do Programa
PEP.
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A etapa que prevê a organização da Brigada de Emergência é sequencial à conclusão da
Etapa Obrigatória de Conscientização (item 3), e está constituída por:
a) Plano de Evacuação (Rotas de Fuga, Ponto de Encontro, Saídas de Emergências, Sinalização),
através do mapeamento do prédio escolar. Caso necessário usar a Consultoria do Bombeiro
Militar ou Comunitário da Região. Cópias dos mapas deverão ser fixadas por todos os ambientes
do prédio (blocos, pavimentos) e sendo de fácil visibilidade;
b) Organograma institucional: definição do papel de cada profissional na estrutura da Brigada de
Emergência, prevendo minimamente, as seguintes funções: Coordenador Geral da Brigada;
Responsável pela Comunicação e Recepção (contato externo com órgãos competentes); Líder de
turno; Coordenador de bloco/pavimento; Líder de Combate; Grupo de Apoio; Primeiros
Socorros. (anexos III, IV e V).
c) Aquisição de materiais e equipamentos: o Estabelecimento de Ensino deverá adquirir com
recurso regular ou suplementar do Fundo Rotativo e PDDE materiais e equipamentos, tais como:
Kit de primeiros socorros, megafone, apitos, lanternas (baterias), confecção das placas de
sinalização, coletes para os integrantes da Brigada de Emergência, quantidade de extintores
conforme Plano de Trabalho, bandeiras sinalizadoras (por cor) indicando os blocos ou andares
do prédio.
Para atendimento aos portadores de necessidades especiais: sinal luminoso de alerta (tipo
pisca-pisca) em corredores e pátios; placas de sinalização tátil, colocadas em locais de acesso
conforme legislação vigente.
d) Elaboração do Cronograma de Simulações – Exercício de Alerta Simulado. Inserção no
calendário escolar do Estabelecimento das datas previstas para as simulações durante o ano
letivo, incluindo os exercícios de alerta parcial: por sala, por corredor, por bloco, por turno.
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CALADO, Alder J. F. Movimentos Sociais e cidadania é um enfoque multifacetado. Paraíba: Editora Idéia. 2000.
DEMO, Pedro. Pesquisa - Princípios Científicos e Educativos. São Paulo: Cortez. 1990.
DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA ESTADUAIS – Departamento de Educação Básica/ SEED. Paraná: 2008
FREIRE, Madalena. Espaço Pedagógico – São Paulo: Cortez/Autores associados. 2003.
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HARLEN, Weissmann (0rg). Didática das Ciências Naturais. Contribuições e Reflexões. Porto Alegre: Artmed, 1998.
KRAMER, Sônia. O que é Básico na Escola Básica? Campinas: Papirus, 1998.
LUCK, Heloisa. Avaliação Educacional Novos Passos e Perspectivas. Gestão em Rede. Nº 69. Curitiba. Maio 2006.
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SAVIANI, Dermeval. Pedagogia Histórico-Crítica - Sobre a Natureza e Especificidade da Educação. Campinas: Cortez. 8ªed. 1991.
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