CURO DE PÓS-GRADUAÇÃOS PLANEAMENTO … · Habitação “social” e desenho da cidade; - As New...
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O curso é coordenado pelo Professor Doutor Sidónio Pardal e conta com a
participação dos seguintes docentes convidados:
Este curso de pós-graduação tem por finalidade proporcionar aos
técnicos que trabalham em urbanismo um momento de actualização e
aprofundamento de conhecimentos. O programa lectivo desenvolve-
se com base no discurso multidisciplinar que o urbanista utiliza
enquanto coordenador de equipas que elaboram planos territoriais.
O curso dirige-se, portanto, a um amplo espectro de profissionais e
estudiosos dos ramos do Urbanismo enquanto disciplina, das
Engenharias (Civil, Agronómica, Florestal, Ambiente), da Arquitectura,
da Arquitectura Paisagista, da Geografia, da Economia, da Sociologia,
do Direito do Urbanismo e de outras especialidades que participam no
processo do planeamento do território.
O ensino do planeamento regional e urbano pressupõe que os alunos
possuem já conhecimentos de nível universitário num domínio
disciplinar afim e de preferência alguma experiência profissional, para
melhor aprofundar os estudos e o diálogo interdisciplinar. Serão
apresentados e avaliados os conceitos e referências históricas,
correntes do pensamento e principalmente as obras mais
paradigmáticas, alicerçando a capacidade de trabalho criativo, erudito
e conseguido nos domínios do urbanismo. Pretende-se, assim,
habilitar os profissionais que aqui se apresentem como alunos a
prosseguir os seus estudos numa relação comunicacional contínua e
aberta com a Universidade.
O programa, pela sua extensão, apresenta-se aos docentes como um
desafio de capacidade de síntese e de exposição concisa. Poderá
também transcender os limites do horário lectivo, mas fica sempre
como uma referência importante para os debates e reflexões menos
formais que o curso, na sua estrutura pedagógica, cuidará de
assegurar e fomentar.
Os interessados em frequentar este curso devem apresentar a sua candidatura, com
curriculum vitae resumido, até dia 25 de Fevereiro de 2011.
Esta pré-inscrição deverá ser enviada por e-mail para [email protected] e
[email protected] Os alunos cuja candidatura tenha sido aceite deverão proceder à
sua inscrição na secretaria do ISA até ao dia 4 de Março de 2011.
As propinas são de 300,00€ (trezentos euros), pagas no acto de inscrição. Mais
informações em http://www.isa.utl.pt
- Especificidades do uso agrícola. A estrutura das
explorações e a sua sustentabilidade económica e
financeira; - Desenvolvimento e mudanças na estrutura do
povoamento e na distribuição da população activa na
agricultura; - Elementos fundamentais das políticas
agrícolas comunitárias; - O enquadramento da agricultura
enquanto sector económico com significado estratégico; -
Potencialidades e limitações das diversas regiões, sub-
regiões e zonas homogéneas para uma determinada
cultura; - Ordenamento agrário, parcelamento da
propriedade e mercado fundiário;- Especificidades das
diversas tipologias de explorações agrícolas; - Equação
dos problemas estruturais da agricultura e face ao
mercado distribuidor e às agro-indústrias; - Infra-
estruturação e redes de serviços específicas para o sector
agrícola.
8 e 9 de Junho | 10.ª Semana
- Percepção, leituras e significantes do território; - Antes e depois da paisagem; - O meio natural bruto, o refúgio doméstico, o hortus inclusus e a ideia de paisagem; - As imagens da arquitectura e da cidade, os cenários campestres e os campos panorâmicos em contraponto com a criação de paisagens; - O conceito de belo natural no contexto da filosofia crítica; - Do jardim à paisagem. Le Nôtre e Vaux-Le-Vicomte; - Escola Paisagista Inglesa. As obras de Charles Bridgeman, William Kent e de Lancelot Brown. As paisagens de Stowe e Blenheim; - A poética do sublime na obra de Pückler; - O movimento dos parques urbanos; - Obras de referência da Arquitectura Paisagista no séc. XX; - A Arquitectura Paisagista aplicada ao planeamento regional e urbano.
11.ª Semana | 16 e 17 de Junho
AS REFERÊNCIAS DA ARQUITECTURA PAISAGISTA
PLANEAMENTO DOS ESPAÇOS AGRÍCOLAS
8 e 9 de Junho | 10.ª Semana
ANÁLISE CRÍTICA DO PLANEAMENTO DO TERRITÓRIO
- A separação e articulação entre a competência técnica, o
procedimento administrativo e a decisão política; - Análise de
âmbito e de conteúdos do PNPOT e dos PROT; - Primeira geração
de PDM: a experiência e os resultados da sua aplicação; - A
função do PDM como instrumento de classificação e afectação os
usos do solo, de forma integrada e fazendo o pleno do território; - A
importância operacional dos planos gerais de urbanização e do
seu desdobramento em planos de pormenor; - Os planos formais
e o planeamento em contínuo com respostas em tempo real; -
Avaliação crítica da situação actual e referências para o futuro do
planeamento do território em Portugal; - Princípios de seriedade
intelectual e regras de deontologia profissional.
23 e 24 de Junho | 12.ª Semana
DOCENTES
CONDIÇÕES DE INSCRIÇÃO
P AN A EN G O AL U A L E M TO RE I N E RB NO
DE GRADUAÇÃ CURSO PÓS- O em
Apresentação
Março-Junho de 2011
Professor Manuel Leal da Costa Lobo
Professor Doutor Jorge Gaspar
Professor Doutor Paulo V. D. Correia
Professor Doutor Carlos Baptista Lobo
Professor Doutor Manuel Belo Moreira
Professor Doutor António Simões Lopes
Professor Doutor Álvaro Seco
Professor Doutor António Cândido de Oliveira
Professor Doutor José Miguel Cardoso Pereira
Professor Doutor Jorge Júlio Landeiro de Vaz
Professora Doutora Luísa Genésio
Professor Doutor António Ricardo da Costa
Professora Doutora Filipa Roseta
Arq. Bartolomeu Costa Cabral
Mestre Dr. Cláudio Monteiro
Mestre Dr.ª Alice Santos Silva
Mestre Eng. João Rocha Pinho
Mestre Eng. Pedro Bingre do Amaral
Mestre Arq. Francisco Lemos Peixoto
Mestre Eng. Natércia Cabral
Mestre Dr.ª Graça Nogueira da Silva
Mestre Dr.ª Zélia Gil Pinheiro
Mestre Eng. Vítor Oliveira
AS ÁREAS CLASSIFICADAS E AS POLÍTICAS AMBIENTAIS
- O perfil do urbanista como coordenador da equipa e autor do plano; - Os conceitos de ocupação, uso e utilização do solo; - Os principais usos do solo (silvestre, agrícola e urbano) e seus desdobramentos; - Classificação e afectação dos usos do solo. A articulação entre os conceitos de uso dominante, de classe e de categoria de uso do solo; - O contraponto entre o espaço rústico e o espaço urbano;- Referências para uma taxonomia dos usos do solo; - Os usos indicativos e os usos imperativos; - Classificação analítica e classificação propositiva em sede de plano territorial; - Diferença entre bases de ordenamento e planeamento; - Os níveis de planeamento e a “hierarquia” dos planos; - A desterritorialização e as novas territorialidades;-Conceitos de topologia geral aplicados à compreensão abstracta do espaço territorial. Conceitos de topologia, vizinhança, fechado, interior,
aderente, região, adjacência, densidade, agrupado-disperso, fronteira, relação-aplicação-função, homomorfismo,
sucessão-conjunto dirigido-rede, limite e descontinuidade, conexo, classe e categoria, uniforme, proximidade,...
A componente lectiva compreende 72 horas, com aulas às quintas-feiras e sextas-feiras, em horário pós-laboral, das 18h30 às 20h00 e das 20h30 às 22h00, ao longo de doze semanas, correspondente a 6 créditos/ECTS. O início das aulas está previsto para 17 de Março de 2011.
- A morfogénese do espaço urbano no processo de territorialização; - Tipologia e padrões dos assentamentos urbanos. Elementos do desenho e composição. O sentido estético e a evolução das formas e das funcionalidades;- O urbanismo entre a necessidade, a expressão arquitectónica e a economia do território; - Os traçados hipodâmicos da expansão grega. A estrutura cardo-decumânica da engenharia militar romana. A cidade pragmática medieval. Organicidade, cânones e saber(es) vernacular(es); - As “novas cidades” planeadas na transição para o Renascimento. As bastides; - Leon Battista Alberti. De Re Aedificatoria e a relação edifício-cidade; - Miguel Ângelo, Bernini e Domenico Fontana. Roma, Sisto V e o programa barroco de (re)desenho e composição urbana; - Vauban. A morfologia da cidade fortificada. Compacidade e limite; - O caso de Mannheim. Oradial e a quadrícula ao serviço da simbólica régia; - Christopher Wren. O plano de reconstrução de Londres (1666);- Nash e as “squares”, “crescents” e “circus” londrinos; - A experiência de Bath: Nash, John Wood e as novas morfotipologias da praça;- Lisboa pombalina: a Baixa de Maia, Santos e Mardel; - A cidade americana: a fundação colonial, a Washington maçónica de L'Enfant e a Chicago de Burnham; - Ledoux, Boulée e o neoclassicismo utópico; - Haussmann, Alphand e a “École des Ponts et Chaussées”; - Cerdá e o “ensanche”. Contributos da engenharia e do higienismo para uma visão integrada; - Otto Wagner e a expansão de Viena. O “zeitgeist” da Arte (Nova) guiada pela razão;- Camillo Sitte. Nascimento de um proto-revisionismo anti-racionalista: “a construção da cidade segundo princípios artísticos”. A revisitação do medieval e da estética do empirismo; - Jože Plecnik. Um urbanismo “pré-pós moderno”. O peso da memória e da complexidade; - Howard, Unwin, a “City Beautiful” e as “Garden City” suburbanas. A metrópole multipolar; - Clarence Stein e a experiência de Radburn; - Le Corbusier. A “Ville Radieuse”, o ”Plano Voisin”, “Chandighar”. O CIAM e o utopismo nihilista. Leitura crítica da Carta de Atenas; - Meier, Taut e o racionalismo socialista de Weimar. Habitação “social” e desenho da cidade; - As New Towns inglesas. Funcionalidade, polarização e zonamento; - Lúcio Costa e Óscar Niemeyer. Brasília e a poética do moderno austral. Do pictórico ao urbano; - A experiência portuguesa: (I) Ressano
Garcia e as Avenidas Novas entre Haussmann e Cerdá; (II) Os estrangeiros: Parker, Piacentini, Muzio e o Porto,
Forestier e Lisboa, Agache e a Costa do Sol; (III) Duarte Pacheco, De Gröer, o PDUL e os PGU; Faria da Costa e os
arquitectos e engenheiros urbanistas da DGSU; Alvalade, Olivais e Chelas: três actos na ascensão e queda “Da
Fábrica que falece à Cidade de Lisboa” (Francisco de Holanda, séc. XVI); (IV) O “laissez-faire” pós-1965 e o primado
do administrativismo sobre o desenho arquetípico; - A cidade como um agregado de bairros.
AS REFERÊNCIAS DO URBANISMO
1.ª Semana | 17 e 18 de Março
OS PRINCÍPIOS DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO URBANISMO
24 e 25 de Março | 2.ª Semana
Programa- Introdução à Geografia aplicada ao planeamento do território. História e conceitos;-
Tendências recentes da Geografia Humana; - A Geografia dos riscos; - Geografia e
alimentação; - Demografia, habitação, emprego e estrutura do povoamento; - Jean Labasse
e a sua obra de referência L'Organisation de L'Espace.
3.ª Semana | 31 de Março e 1 de Abril
A GEOGRAFIA APLICADA AO PLANEAMENTO DO TERRITÓRIO
- Fundamentos da Sociologia Urbana; - Max Weber e as etapas do Pensamento
Sociológico; - Regras e métodos da Sociologia aplicada ao planeamento regional e urbano;
- A Escola de Chicago. Ecologia humana, comunidades e competências sociais; -
População, organização social e tecnologia. - A Teoria dos Círculos Concêntricos. O
espaço urbano e as suas “leis naturais”; - A cidade como um produto social (economia,
estrutura, acção); - A urbanidade como modo de vida, encontro de culturas e etnicidades. A
inadequação do urbanismo contemporâneo. Integração versus segregação; - A
perspectiva sócio-espacial.
A SOCIOLOGIA APLICADA AO PLANEAMENTO DO TERRITÓRIO
7 e 8 de Abril | 4.ª Semana
- A segmentação do mercado em função dos usos e das utilizações do solo; - Instrumentos
de regulação do mercado imobiliário; - Os conceitos de valor do solo. A distinção entre valor,
custo e preço; - Elementos para a compreensão e análise da formação do valor do
imobiliário; - O processo de avaliação e os seus métodos;
A formação de mais-valias simples e indirectas; - O mercado imobiliário, o crédito
hipotecário e o mercado de arrendamento. As repercussões do congelamento das rendas
em Lisboa e Porto em 1948 e do seu posterior alargamento a todo o país (1975); - Efeito da
divisão da propriedade no preço do solo e no ordenamento do território; - Economia das
redes de infra-estruturas públicas enquanto monopólios naturais.
5.ª Semana | 28 e 29 de Abril
A ECONOMIA DO TERRITÓRIO
- Introdução ao Direito do Urbanismo e a sua articulação com o Direito Administrativo e com
o Direito Económico; - O direito da propriedade imobiliária, as prerrogativas e os deveres
que lhe estão subjacentes; - A distinção substantiva entre o direito de urbanizar e o direito
de construir; - As diferentes repercussões dos conteúdos dos planos territoriais sobre os
direitos da propriedade privada; - Enquadramento jurídico e económico do sistema de
perequação compensatória; - A função social da propriedade no contexto do planeamento
do território; - O conceito de utilidade pública e o direito à expropriação. A propriedade
privada face às servidões de utilidade pública e restrições administrativas; - Os problemas
resultantes do conceito de solo urbanizável nos PDM de primeira geração. O conceito de
solo rústico disponível para o Município programar a expansão urbana; - A organização
registral da propriedade e o controlo do parcelamento; - Faculdades gerais e específicas
dos proprietários do solo, considerando o estatuto jurídico da propriedade em função da
sua classificação em sede de plano territorial; - A regulação concreta do solo rústico e do
solo urbano; - Os regimes de arrendamento urbano, agrícola e florestal; - Orientações
alternativas e complementares de política de solos e seus principais instrumentos; - A
tributação do património imobiliário; - Análise comparada da legislação urbanística
portuguesa das décadas de 30, 40, 60, 70 e da actualidade.
DIREITO DO URBANISMO E POLÍTICA DE SOLOS
5 e 6 de Maio | 6.ª Semana
- As redes de infra-estruturas e a estrutura do povoamento; - O traçado da rede viária inter-urbana e intra-urbana; - As redes de infra-estruturas públicas, os serviços que prestam e os problemas associados à sua gestão; - O desenho das vias na composição do tecido urbano; - A problemática dos transportes no planeamento regional e urbano; - A optimização das acessibilidades e dos movimentos pendulares casa-emprego; - As exigências do parqueamento e a procura de soluções; - As especificidades das redes de energia eléctrica, de gás, de esgotos, de abastecimento de água e de telecomunicações no que diz respeito à sua implantação no contexto do desenho urbano; - Redes de equipamentos e serviços sociais.
7.ª Semana | 12 e 13 de Maio
AS REDES
- Princípios fundamentais da Ecologia. Eugene Odum, um clássico de referência; - Os movimentos de conservação da natureza na Europa e nos Estados Unidos. Alguns dos principais protagonistas: John Muir, Gifford Pinchot, Stephen Mather e Horace Albright;- Marcos mais significativos das políticas de conservação da natureza em Portugal; - A instrumentalização ideológica dos problemas ambientais; - A problemática dos danos, dos riscos e do controlo da poluição do ar, da água, do solo, do ruído, dos resíduos e afluentes domésticos e industriais, dos focos infecto-contagiosos e das radiações perigosas; - Políticas de salvaguarda de valores e recursos naturais em geral e, em particular, nas áreas classificadas de parques e reservas.
19 e 20 de Maio | 8.ª Semana
- Breve resenha histórica dos Serviços Florestais, desde a sua génese em 1824, na Administração Geral das Matas do Reino; - Bases para o planeamento e tratamento dos espaços silvestres. O Projecto de Lei de Fomento Rural de J. P. Oliveira Martins de 1887 como precursor da Lei do Regime Florestal de 1901, 1903 e 1905; - A importância dos espaços silvestres na gestão dos recursos hídricos. Apresentação da obra Noções de Hidráulica Florestal do Professor Ruy Mayer; - O pensamento estruturado do Professor António Manuel de Azevedo Gomes. A valorização, protecção e exploração da floresta à luz do conceito de uso múltiplo, a subericultura, o ordenamento das matas de produção de lenho e resina, a fauna cinegética, aquícola e apícola, e a silvo-pastorícia; - A promoção do aproveitamento da energia primária, da água e do solo; - Elementos de Economia Florestal. A indústria e o comércio dos produtos florestais; - A questão dos baldios a partir da Lei do Povoamento Florestal de 1938; - Principais distinções e eventuais complementaridades entre os espaços silvestres e os espaços agrícolas; - Princípios de ordenamento dos espaços silvestres. O conceito de compartimentação e medidas de protecção do solo; - Elementos fundamentais de uma política florestal e sua articulação com o Regime Florestal e com a reestruturação dos serviços públicos de assistência aos espaços silvestres.
9.ª Semana | 26 e 27 de Maio
PLANEAMENTO DOS ESPAÇOS SILVESTRES